custo ou investimento?

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Custo ou investimento?

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O agregador da advocacia18 Junho de 2011

www.advocatus.ptRecrutamento

“A selecção de candidatos através de

network, referências ou círculo pessoal está a dar lugar a processos de recrutamento mais objectivos, eficazes e

isentos”

Vasco salgueiro

manager Tax & Legal do Grupo Michael Page Portugal

Custo ou investimento?O recurso a empresas de recrutamento especializado deixou de ser concebido como um custo mas passa, ao invés, a ser entendido como um investimento com um retorno efectivo

Nos últimos dois anos, tem-se verificado um efeito de com-pensação bastante interessante no mercado de recrutamento e selecção na área jurídica e fis-cal. Se algumas áreas foram particularmente afectadas pela conjuntura económica, como a Corporate, Merger & Acquisi-tions, Direito Bancário, Financei-ro e Mercado de Capitais, tem--se verificado, por outro lado, um acréscimo de necessidades em áreas como o Contencioso, Direito Fiscal, Direito Laboral e Insolvências.O Direito Fiscal, apresentan-do-se como uma necessidade sempre premente, continua a ser uma área de forte aposta de sociedades de advogados e de-partamentos financeiros de em-presas. A conjuntura económica actual, com efeitos directos na criação e extinção de postos de trabalho, eleva a importância do Direito Laboral no seio das em-presas. As mudanças previstas no domí-nio do Código do Trabalho e a simplificação administrativa, com redução dos custos de contexto das empresas, estão entre as medidas impostas a Portugal em 2011. Neste contexto, os espe-cialistas destas áreas sentirão, de forma positiva, uma procura crescente de serviços relacio-nados com a nova legislação laboral.No universo das sociedades de advogados, o mercado nacio-nal tem sofrido alterações com a criação de novas sucursais de sociedades internacionais em Portugal, nomeadamente espa-nholas e angolanas. Por outro lado, assistimos também à de-sagregação de algumas equipas de advogados que deram ori-gem a novas sociedades. Este é

“Assistimos à desagregação de algumas equipas

de advogados que deram origem a novas

sociedades. este é um sinal positivo que

tem contribuído para a mobilidade profissional no mercado jurídico”

um sinal positivo que tem con-tribuído para a mobilidade pro-fissional no mercado jurídico. No que diz respeito às empre-sas, temos assistido a uma in-versão da tendência que até aqui passava por externalizar os serviços jurídicos para parcei-ros externos. Os processos de recrutamento da Michael Page Tax & Legal, em 2010, são sin-tomáticos de uma aposta cada vez mais forte na criação de equipas jurídicas internas. As-sistimos igualmente a uma des-centralização de departamentos jurídicos sediados em Espanha que passam a ter presença físi-ca em Portugal. Existe, de facto, o reconhecimento da vantagem clara em ter profissionais que conhecem bem o enquadramen-to jurídico português.Mais do que a inserção no mercado de trabalho dos re-cém-licenciados, a crise tem dificultado a inserção de recém- -agregados à Ordem dos Advo-gados. Muitos são os advoga-dos estagiários que continuam a ter estágios não remunerados e, aqueles que conseguem ing-ressar em sociedades de grande dimensão, têm sido forçados a abandonar este projecto, no fi-nal do estágio, pelo facto de es-tas estruturas não terem capa-cidade para incorporá-los como advogados. A divisão de Tax & Legal da Mi-chael Page tem sentido uma crescente profissionalização dos processos de recrutamento de perfis jurídicos em Portugal. Os nossos clientes têm recon-hecido o nosso conceito de especialização que assenta no recrutamento de perfis jurídicos por consultores que desempen-haram funções jurídicas e de consultoria fiscal no passado.

A selecção de candidatos at-ravés de network, referências ou círculo pessoal está a dar lugar a processos de recrutamento mais objectivos, eficazes e isen-tos. O recurso a empresas de recrutamento especializado dei-xou de ser concebido como um custo mas passa, ao invés, a ser entendido como um investimen-to com um retorno efectivo.

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