crise na argentina trava meta do exportar-auto · r$ 5,7 milhões.“as bases ainda não são...

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DCI Q u i n t a - f e i ra , 27 de m a rç o de 2014 | I N D Ú S T R I A A7

M ÓV E I S

Unicasa projetaavanço de marcac o r p o rat i v a

são paulo

A fabricante Unicasa Móveis,dona da Dell Anno, Favor ita eNe w, aposta no crescimentoda marca Unicasa Corporateeste ano. A divisão voltada aomercado corporativo, com aelaboração de projetos para osetor hoteleiro e imobiliário,fechou 2013 com alta de 19%na receita bruta, alcançandoR$ 5,7 milhões.“As bases aindanão são relevantes em relaçãoao número global, porém,apontam para um vetor decrescimento forte”, afirmou odiretor comercial da empresa,Thiago Baisch. A Unicasa fe-chou 2013 com queda de67,5% no lucro líquido, quechegou a R$ 13,7 milhões. Deacordo com ela,o resultado foiimpactado, entre outros fato-res, pelo aumento das despe-sas registradas com lojas pró-prias e pelos descontos pon-tuais concedidos a clientes.

bruna kfouri

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Indústria tem faturamento de r$ 5,4

bilhões em fevereiro, diz AbimaqA cifra representa aumento de 3,6%sobre janeiro. Em relação a fevereirode 2013, houve queda de 4,9%.

são paulo // A indústria de máquinas e equipamen-tos registrou faturamento bruto real de R$ 5,449 bi-lhões em fevereiro, o que representa aumento de3,6%em relaçãoao mêsimediatamente anterior.Nacomparação com fevereiro de 2013, o faturamentobruto real apresentou recuo de 4,9%. Os dados fo-ram divulgadosnesta quarta-feira (26)pela Associa-ção Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipa-mentos (Abimaq). No acumulado do primeiro bi-mestre de 2014, o faturamento bruto do setor tevequedade3,8%quando comparadoaomesmointer-valo de do ano passado.

O consumo aparente de máquinas e equipamen-tos atingiu R$ 8,295 bilhões em fevereiro, recuo de18,5% quando comparado a janeiro. Em relação a fe-vereirode 2013,houvequedade 8,8%.Noacumula-do do primeiro bimestre, houve retração de 1,3% noconsumoaparentena comparaçãocomigualperío-do de 2013.

E x p o rt a ç õ e sAsexportações somaramUS$ 1,049bilhão emfeve-

reiro, queda de 7,2% ante janeiro e avanço de 34,7%em relação afevereiro do ano passado.Nos dois pri-meiros meses do ano, as vendas ao exterior cresce-ram 41,4% frente igual período de 2013.

Já as importações totalizaram US$ 2,206 bilhõesem fevereiro, retração de 26,4% sobre janeiro. Nacomparação com fevereiro do ano passado, as im-portações caíram 10,7%. No primeiro bimestre, asimportações avançaram 0,26%.

O déficit comercial do setor apresentou retraçãode 38% em fevereiro, totalizando US$ 1,158 bilhão.Nacomparação comfevereiro de2013,o déficitcaiu40,9%. No primeiro bimestre, o déficit comercialcaiu 17,1% na comparação igual período de 2013.

Na visão do diretor secretário da Abimaq, CarlosPastoriza, o novo patamar do câmbio deve permitireste anoque a indústriade máquinase equipamen-tosmelhoreemcerca dedezpontosporcentuaissuabalança comercial em 2014 . “Por conta da desvalo-rização do real, imaginamos para este ano um au-mento moderadode 3% a5% nas exportaçõese umadiminuição nas importações”, afirmou.

E m p re g oA entidade apontouainda que no mêspassado o se-tor somou 255.026 empregados, número 0,1% infe-rior ao auferido em janeiro.

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Notas

M E D I C A M E N TO S

Remédios reajustados em 3,35%

são paulo // Os medicamentos com preços regulados pelogoverno poderão ser reajustados em até 5,68% a partirdo dia 31 de março, segundo decisão da Câmara de Re-gulação do Mercado de Medicamento (CMED), divulga-da ontem. A regulação é válida para um universo demais de 9 mil medicamentos. Os ajustes são autorizadosem três níveis, variando de 1,02% a 5,68%, com média de3,35%, conforme o perfil de concorrência dos produtos.O governo autoriza o maior percentual aos remédios demaior concorrência. Já os percentuais menores poderãoser aplicados aos de média e baixa concorrência.

SETOR AUTOMOTIVO Restrição do país vizinho deve reduzir em 13%as exportações em 2014

Crise na Argentina trava meta do Exportar-AutoO programa da Anfavea deve ser prejudicado, nesteano, pela crise que afeta o principal destino dasvendas externas da indústria brasileira

são paulo

A principal bandeira levantadapela atual gestão da AssociaçãoNacional dos Fabricantes de Veí-culos Automotores (Anfavea),presidida pelo executivo da Ge -neral Motors, Luiz Moan, é o pro-grama de incentivos às exporta-ções, o chamado Exportar-Auto.No entanto, a recuperação verifi-cada em 2013 foi interrompidapela crise que se agrava na Argen-tina, destino atual de quase 90%das vendas externas de carrosbrasileiros. Neste ano,as exporta-ções de veículos de passeio de-vem cair 13% – sobre uma base játímida – e a queda pode ser aindapior, caso a instabilidade da eco-nomia argentina piore.

“A retração da economia ar-gentina irá prejudicar de formasignificativa as exportações bra-sileiras. O país vizinho é destinode dois terçosdos carros exporta-dos pelo Brasil”, afirma o analistado setor automotivo da Tendên -cias Consultoria, Rodrigo Baggi.

Segundo estudo da empresa,obtido com exclusividade peloDCI, a projeção de queda das ex-portações brasileiras de veículos(que incluem carros, caminhões

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e ônibus) passou de 2% para 12%(em volumes) neste ano. Em valo-res, o declínio deve atingir 10,2%na mesma base de comparação.Com isso, a produção nacionaltambém deve ser prejudicada.“Se o cenário observado no pri-meiro trimestre deste ano persis-tir, a produção também vai cair”,ressalta Baggi.

Para o presidente da Jato Dyna-mics Brasil, Gerardo San Román,o futuro das exportações brasilei-ras é incerto. “O primeiro quadri-mestre ainda terá forte influênciados estoques residuais das mon-tadoras. Ainda é cedo para traçarum panorama geral”, avalia.

De janeiro a fevereiro desteano, as exportações de veículosproduzidos no Brasil caíram 24%sobre o mesmo período de 2013,para 51,6 mil unidades, segundo aAnfavea. Para o acumulado doprimeiro trimestre, a Tendênciasprojeta o mesmo nível de queda.De janeiro a março, as vendas ex-ternas devem somar 80 mil uni-dades, uma redução de 24% emrelação a igual período do anopassado. “Certamente, a partici-pação da Argentina nas exporta-ções brasileiras deverá diminuir”,

pondera Baggi.O s h a re do país vizinho nas ex-

portaçõesbrasileiras cresceuver-tiginosamente desde 2002, pas-sando de cerca de 10% para 87%no ano passado. “Este crescimen-tosó mostracomoafalta decom-petitividadeda indústriabrasilei-ra vem aumentando”, diz o ana-lista. Segundo Baggi, o País per-deu espaço principalmente paraMéxico e nações asiáticas, queemergiram como grandes expor-

tadores globais do setor.O analista acreditaque será di-

fícil para o Brasil conseguir redire-cionar as suas exportações nocurtoprazo,uma vezqueamaio-ria esmagadora dos embarques édestinada àArgentina. “OPaís de-pende de outras variáveis ma-croeconômicas para exportarm a i s”, diz.

Para seter uma ideia,o progra-ma de incentivos da Anfavea, oExportar-Auto, visa atingir um

milhão de veículos exportadosem 2017.Porém, esta metatem semostrado um grande desafio pa-ra as montadorasinstaladas aqui.Em 2012, o Brasil exportou 445,2mil unidades, queda de 20% emrelação ao ano anterior. Já em2013, a indústria conseguiu recu-perarosníveis de2011,paracercade 566 mil veículos.

Mas com a crise argentina, ospatamares voltaram a cair. Ementrevista recente ao DCI, o presi-

dente da Anfavea afirmou que“confia em um acordo próximocom aArgentina”. Moandestacouque o país vizinho é altamente de-pendente do comércio com oBrasil. Segundo o executivo, em2013, a Argentina exportou me-nos em volumes (380 mil veícu-los) para cá e mais em valores(US$ 7,1 bilhões contra US$ 6,7bilhões daqui). “A linha produzi-da lá é de maior valor agregado”,explica Moan, que reforça. “Háuma dependência mútua entreos dois países e a melhor soluçãoparaambosé manterestacoope-ra ç ã o”, destaca Moan.

Porém, segundo o analista daTendências, asituação dasexpor-tações brasileiras não dependesomente de um desfecho favorá-vel para o Brasil no que tange àsrestrições argentinas. “O país en-frenta intensa retraçãoda ativida-de econômica e perda de divisas.Certamente, a demanda por au-tomóveis deve ser sensivelmenteafetada, o que prejudica muito aindústria daqui”, pondera Baggi.

Com as vendas no mercadodoméstico em trajetória de que-da, a solução encontrada pelasmontadoras para escoar os seusvolumes de produção precisaráser revista. Isso porque, segundoanalistas, dificilmente o País dei-xará de dependerda Argentina nocurto e médio prazo.

juliana estigarríbia

k CENÁRIO 73%foi a participação argentinana receita total obtida comas exportações de leves epesados em 2013 no País

Outros destaques

k E X P E CTAT I VA 15,4%deve ser a queda dos

embarques de veículosdo Brasil, em valores,

no ano de 2014

«A retração argentina prejudicaráas exportações brasileiras»RODRIGO BAGGIANALISTA, TENDÊNCIAS

«Há uma dependência mútuaentre os dois países»LUIZ MOANPRESIDENTE, ANFAVEA

A27%foi a alta de s h a reargentino nasexpor taçõesb ra s i l e i ra s

AVIAÇÃO EXECUTIVA

Embraer abre centro de serviçossão paulo // A Em b ra e r inaugura hoje um Centro de Ser-viços dedicado à aviação executiva, no aeroporto Ber-tram Luiz Leupolz, em Sorocaba (SP). Com investimentode R$ 50 milhões, a nova unidade tem 20 mil m² e pos-sui dois hangares: um para serviços de manutenção dasaeronaves fabricadas pela empresa, reparo e revisão decomponentes (MRO, na sigla em inglês), incluindo umcentro de revitalização de interiores; e outro que é umabase voltada à operação de chegadas, estacionamento esaída de aeronaves executivas (FBO, na sigla em inglês).

ag ê n c i a s

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