criaÇÃo de unidade de conservaÇÃo municipal...
Post on 12-Jul-2020
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL –FRAGAMENTO DO CÓRREGO
MUTUCA/ÁGUA FRANCA, GURUPI-TOCANTINS
MARÇO DE 2015
Em, 25 de março de 2015.
Ao: Setor de Protocolo
Ref: Abertura de processo para criação de unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca.
Com os nossos cumprimentos iniciais, solicitamos a abertura de processo para criação de unidade de conservação municipal - Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca constando como interessada a Secretaria Municipal de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente.
Atenciosamente,
______________________________ ____________________________ Raimundo Wagner de Souza Aguiar Jandislau José Lui Secretário Municipal de Produção Diretoria de Meio Ambiente Cooperativismo e Meio Ambiente Secretaria Municipal de Produção Decreto nº 035/2015 Cooperativismo e Meio Ambiente
AVALIAÇÃO DA DEMANDA DE CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO
MUTUCA/ÀGUA FRANCA
O conceito de Unidade de Conservação (UC) segundo o Sistema Nacional de Unidades Conservação (SNUC) são espaços territoriais legalmente criados pelos poderes públicos (federal, estaduais e municipais), com objetivos de conservação e limites definidos, aos quais se aplicam normas e regras especiais de proteção.
A criação de unidades de conservação está fundada no entendimento de que as áreas naturais desempenham funções essenciais para a sobrevivência, o bem estar, a qualidade de vida e o desenvolvimento das sociedades humanas. É necessário, portanto, assegurar a conservação de extensões significativas dos ambientes naturais. Vale dizer, é preciso limitar ou proibir a exploração de recursos naturais nessas áreas.
A criação pode ser entendida como um instrumento relativamente efetivo de ordenamento territorial ou de zoneamento ambiental, e não como um entrave ao desenvolvimento econômico e socioambiental, reforçando o papel sinérgico das UC no desenvolvimento econômico e socioambiental local.
As unidades de conservação são exemplos de como é possível compatibilizar o desenvolvimento econômico com preservação ambiental.
Acredita-se que a CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO MUTUCA/ÁGUA FRANCA no perímetro urbano de Gurupi- TO, terá efeito multiplicador, permitindo a ampliação do tamanho da área protegida por unidades de conservação nos demais corpos hídricos superficiais e subterrâneos, com foco de proteção e reversão do processo de degradação de recursos hídricos (bacia hidrográfica urbanizada de Gurupi - TO), antropizadas.
Os aspectos legais para a criação de unidades de conservação, enriquecendo os leitores com informações pertinentes ao assunto, corroboram com a ampliação dos conhecimentos e a compreensão clara do funcionamento das categorias de unidades de conservação, imprescindíveis para análise ou participação em processo de criação.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
LEI Nº 9.985/2000
De acordo com artigo 7o do capítulo 3 da Lei no 9.985/2000, as unidades de conservação se dividem em dois grupos.
DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 7º. As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas: I - Unidades de Proteção Integral; II - Unidades de Uso Sustentável. § 1o. O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. § 2o. O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. O artigo 8o subdivide as unidades de conservação de proteção integral em cinco categorias. Art. 8o. O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - Parque Nacional; IV - Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre. Entre os artigos 9o e 13 da Lei do SNUC foram definidas as categorias e os objetivos das unidades de conservação de proteção integral. Art. 9o. A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. § 1o. A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. § 2o. É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. § 3o. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. § 4o. Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de: I - medidas que visem à restauração de ecossistemas modificados; II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas;
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hectares. Art. 10 A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. § 1o. A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. § 2o. É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico. § 3o. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. § 1o . O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. § 2o. A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. § 3o. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. § 4o . As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. § 1o . O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. § 2o. Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável dispõe a lei. § 3o. A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. Art. 13 O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
§ 1o. O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. § 2o . Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei. § 3o. A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. § 4o. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. Art. 14 Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: I – Área de Proteção Ambiental; II – Área de Relevante Interesse Ecológico; III – Floresta Nacional; IV – Reserva Extrativista; V – Reserva de Fauna; VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII – Reserva Particular do Patrimônio Natural. Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. § 1o . A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. § 2o. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental. § 3o . As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. § 4o . Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. § 5o . A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei. Art. 16 A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. § 1o . A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas. § 2o . Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico.
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. § 1º A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. § 2o. A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. § 3o. É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. § 4o. A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos. Todo processo de criação de unidade de conservação municipal deve seguir rigorosamente o Capítulo IV da Lei n° 9.985/2000 e o Capítulo I do Decreto n° 4.340/2002, considerando que esses capítulos tratam dos procedimentos para criação de unidades de conservação. DA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 22 As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. § 2o. A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. § 3o. No processo de consulta de que trata o § 2º, o Poder Público é obrigado a fornecer informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. § 4o. Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta de que trata o § 2º deste artigo. § 5o . As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2º deste artigo. § 6o. A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2º deste artigo. § 7o. A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Art. 22-A. O Poder Público poderá, ressalvadas as atividades agropecuárias e outras atividades econômicas em andamento e obras públicas licenciadas, na forma da lei, decretar limitações administrativas provisórias ao exercício de atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação ambiental, para a realização de estudos com vistas à criação de Unidade de Conservação, quando, a critério do órgão ambiental competente, houver risco de dano grave aos recursos naturais ali existentes. § 1o. Sem prejuízo da restrição e observada a ressalva constante do caput, na área submetida a limitações administrativas, não serão permitidas atividades que importem em exploração a corte raso da floresta e demais formas de vegetação nativa. § 2o. A destinação final da área submetida ao disposto neste artigo será definida no prazo de 7 (sete) meses, improrrogáveis, findo o qual fica extinta a limitação administrativa. Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. § 1º O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona d amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação.
§ 2o. Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de que trata o § 1º poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente.
DECRETO No 4.340/2002 DA CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Art. 2o. O ato de criação de uma unidade de conservação deve indicar: I - a denominação, a categoria de manejo, os objetivos, os limites, a área da unidade e o órgão responsável por sua administração; II - a população tradicional beneficiária, no caso das Reservas Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável; III - a população tradicional residente, quando couber, no caso das Florestas Nacionais, Florestas Estaduais ou Florestas Municipais; e IV - as atividades econômicas, de segurança e de defesa nacional envolvidas. Art. 3o A denominação de cada unidade de conservação deverá basear-se, preferencialmente, na sua característica natural mais significativa, ou na sua denominação mais antiga, dando-se prioridade, neste último caso, às designações indígenas ancestrais. Art. 4o Compete ao órgão executor proponente de nova unidade de conservação elaborar os estudos técnicos preliminares e realizar, quando for o caso, a consulta pública e os demais procedimentos administrativos necessários à criação da unidade. Art. 5o A consulta pública para a criação de unidade de conservação tem a finalidade de subsidiar a definição da localização, da dimensão e dos limites mais adequados para a unidade.
§ 1o A consulta consiste em reuniões públicas ou, a critério do órgão ambiental competente, outras formas de oitiva da população local e de outras partes interessadas. § 2o No processo de consulta pública, o órgão executor competente deve indicar , de modo claro e em linguagem acessível, as implicações para a população residente no interior e no entorno da unidade proposta.
Gurupi(TO), 25 de março de 2015
EXPOSIÇÃO DE MOTIVO PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO
MUTUCA/ÁGUA FRANCA NO PERIMETRO URBANO DE GURUPI-TOCANTINS
Em, 25 de março de 2015 Ao Prefeito Municipal de Gurupi Prezado Senhor
Tem o presente por finalidade expor o motivo para criação da unidade de conservação municipal – fragmento o córrego mutuca/água franca no perímetro urbano de Gurupi – Tocantins
A proposta de Criação de uma Unidade de Conservação Municipal no Leito do Córrego Mutuca/Água Franca, abrangendo a comunidade gurupiense estabelecidas nos setores, Jardim das Palmeiras, Jardim Flamboyant, Novo Horizonte, Parque Primavera, Jardim Servilha, Vila São José, Residencial Nova Fronteira, Residencial Santa Cruz, Residencial Santa Rita e Jardim Guanabara com aproximadamente 155,34 há. Se justifica por estar localizado em uma região de grande importância ecológica, com espécies arbóreas de importância biológica e fornecer à população a possibilidade de lazer, esporte, recreação, dentre outros.
A presente proposta se insere dentro das áreas de cerrado identificadas com potencial de serem transformadas numa unidade de conservação de um dos corpos hídricos da bacia hidrográfica urbanizada do município de Gurupi - TO, com estudos técnicos apontando que essa nascente e o corpo hídrico, superficial e subterrâneo vêm sendo antropizado gradativamente ao longo dos anos, com a ocupação desordenada nas áreas APP (Área de Preservação Permanente) e de abrangência direta e indireta desse recurso hídrico.
Objetiva-se a reversão, proteção e gestão do processo de degradação do entorno do Córrego Mutuca/Água Franca- Gurupi - TO.
Conforme Dias e Coelho, em estudos realizados pela Universidade Federal do Tocantins, intitulado ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICO DO CÓRREGO MUTUCA EM GURUPI,
Em função da crescente consciência sobre a importância da preservação ambiental e do avanço das leis que disciplinam a ação humana nas florestas, um alto interesse vem sendo despertado para os programas de revegetação em áreas degradadas. Esta pesquisa teve como objetivo, o levantamento fitossociológico do córrego Mutuca, no município de Gurupi Tocantins, para determinação de modelos sucessionais derecuperação de matas ciliares. Foram amostradas 12 parcelas de dimensões 10 m x 250m, contíguas entre elas, e inventariadas todas as árvores com DAP maior ou igual a 10 cm. Foram medidos o DAP, altura total e qualidade do fuste. Os indivíduos amostrados foram georreferenciados com o uso de GPS de navegação, e realizada as identificações botânica. Foram encontrados 559 indivíduos arbóreos distribuídos em 59 espécies, 56 gêneros e 35famílias botânicas, indicando alta
heterogeneidade florística. A espécie mais representantada foi Apeibatibourbou com 41 indivíduos e Anadenanthera peregrina, com 40 indivíduos, Lithraea brasiliensis com 35 indivíduos sendo as m representativa, com um total de 5 espécies e 14 indivíduos, estando representada por 8,47% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Leguminosae-Papilionoideae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, representaram 22,033 % das famílias encontradas na área. A floresta remanescente estudada apresentou uma densidade total absoluta de 186,33 árvores/ha. O índice de diversidade de Shannon foi de 3,55 indicando que o remanescente estudado apresentava uma alta diversidade florística. Um dos grandes desafios atuais é a conservação das águas a partir do entendimento de uma unidade gerencial, pois é um sistema ecológico, que abrange todos os organismos que funcionam em conjunto numa dada área. Isso quer dizer, por exemplo, quando há deposição de dejetos em determinado curso d’ água, a poluição pode ir além do que os nossos olhos enxergam. Entre as preocupações da comunidade gurupiense, tanto da zona urbana quanto da rural, é a contaminação da água, o assoreamento dos leitos dos rios e córregos e a devastação das matas ciliares, especialmente na faixa da Área Preservação Permanente (APP). A restauração de ecossistemas degradados envolve conhecimentos diversos, principalmente no que se refere à reconstituição da estrutura do ecossistema e da dinâmica das espécies. Segundo LONGHI, S. J (1997), a ecologia da restauração de um ambiente natural se baseia em duas atividades distintas, mais interligadas, o conhecimento da estrutura do ecossistema e sua restauração física e depois o desenvolvimento da técnica de reintrodução de espécies. O estudo visou caracterizar fitossiciologicamente a mata ciliar remanescente ao córrego Mutuca no município de Gurupi-To, com vistas à determinação dos grupos ecológicos e estudos de modelos sucessionais de recuperação de áreas degradadas. MATERIAIS E MÉTODOS Localização da Área de Estudo O Município de Gurupi está localizado na Mesoregião Ocidental ao centro sul do Estado do Tocantins. Possui uma altitude média de 287 m. Fica no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins. Esta pesquisa foi desenvolvida no município de Gurupi, Tocantins, na área ciliar remanescente do córrego mutuca. É uma microbacia cuja nascente e foz está dentro do município de Gurupi. Desemboca no Córrego Água Franca, nas imediações da área da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O clima segundo a classificação de Koppen é tropical megatérmico, quente e úmido durante todo o ano, com período chuvoso entre os meses de outubro e abril e estiagem entre os meses de maio a setembro. A temperatura média anual aqui varia entre a mínima de 12˚e a máxima de 30˚ C, mas nos meses mais quentes do ano chega a 42°C à luz do dia. A caracterização fitoecológica evidencia a predominância do cerrado, com vegetação xenomorfa aberta,
dominada e marcada por um estrato herbáceo. Ocorre preferencialmente em clima estacional e, ocasionalmente, em clima ombrófilo, revestindo solos rasos e lixiviados. Levantamento fitossociológico O método de amostragem utilizado foi o de parcelas múltiplas, distribuídas a partir de uma parcela inicial demarcada às margens do córrego mutuca próximo nascente. A partir desta parcela foram medidas as próximas, de forma sistemática sendo regulada pela curva espécie/área (Oosting, 1951). Foram medidas doze parcelas amostrais contíguas de dimensões 10m x 250m num total de 3 km, todas as árvores vivas com DAP (diâmetro a altura do peito) > = 10 cm com sua hipsométrica de precisão em cm. Mediu-se também a altura total com mira graduada (precisão em cm), foi identificada a qualidade do fuste e georreferenciadas com o uso de GPS de navegação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram encontradas na área ciliar remanescente do córrego Mutuca, 59 espécies arbóreas, distribuídas em 56 gêneros e 35 famílias botânicas. A família Anacardiaceae foi a mais representativa, com um total de 5 espécies e 14 indivíduos (figura 02), estando representada por 8,47% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Leguminosae-Papilionoideae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, foram as mais características, representaram 22,033 % das famílias encontradas na área. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Figura 01 – Número de espécies por família botânica encontradas no remanescente da área ciliar do córrego mutuca no município de Gurupi – TO. Resultados semelhantes aos encontrados por Coelho et. all (2003) em estudos de modelos sucessionais de matas ciliares onde a família Leguminosae-Mimosidae foi a mais representativa, com um total de 10 espécies e 80 indivíduos, estando representada por 16,39% do total de espécies e 25,72% do total de indivíduos. E as famílias Leguminosae-Mimosidae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae e Sterculiaceae representando cerca de 56,9% dos indivíduos encontrados na área. Já Gomes et. all (2004) encontraram em estudo fitossociológico de diferentes grupos na região do cerrado - TO, as famílias Cobretaceae (11,69%), Leguminosae (23,72%), Vochysiaceae (9,06%), dentre outras com as mais representativas do fragmento avaliado. As espécies Physocalymmascaberrium (Cega Machado - 16 indivíduos), Anadenanthera peregrina (Angico - 10 indivíduos), Manguifera indica L (Mangueira - 8 indivíduos), Vochysiathyrsoidea (Pau d' água - 8 indivíduos), Tabebuia roseo-alba (Taipoca - 6 indivíduos), foram as mais características da área analisada, representaram cerca de 53,93% dos indivíduos encontrados na área. A partir do levantamento fitossociológicos se obteve os seguintes resultados das 59 espécies levantadas, 16 (26,66%) comparecem com apenas 1 indivíduo. As espécies Pente de Macaco, Angico, Aroeira, Buriti, distinguiram-se por serem as
mais densas, totalizando 26,82 de densidade relativa. Pela dominância destacaram-se Mauritia flexuosa, Anadenanthera peregrina, Apeibatibourbou, representando juntas 35,60% da área basal amostrada. As mesmas espécies foram as mais importantes, contribuindo com 22,149% do IVI ou 27,866% do IVC. A floresta remanescente estudada apresentou uma densidade total absoluta de 186,33 árvores/ha. O índice de diversidade de Shannon foi de 3,55 indicando que o remanescente estudado apresentou uma alta diversidade florística, resultado semelhante encontrado por Andrade etall (2002) com valor de 3,53 em uma área de cerrado densona RECOR-IBGE, Brasília.
Já se manifestaram favoráveis à criação de uma unidade de conservação na área, a comunidade acadêmica e as organizações não governamentais ambientalistas, em face da importância, por se tratar de duas micro bacias dentro dos limites urbanos do município de Gurupi, tendo a relevante importância na ecologia da área, principalmente relacionada à preservação do Cerrado.
Considerando a sua importância e os seus indiscutíveis valores ambientais, econômicos e sociais, a citada área requer uma ação visando sua proteção integral, de forma a manter a integridade dos ecossistemas locais e, ao mesmo tempo, permitir o desenvolvimento de atividades de pesquisa, turismo e recreação.
Desta forma, a situação da área proposta para criação de unidade de conservação municipal- fragmento do córrego mutuca/água franca, pode ser considerada única, uma vez que associa uma importância biológica com elementos paisagísticos e recreativo, oportunizando assim a comunidade gurupiense de ter um espaço de beleza natural além da integração correta do homem com a natureza.
A criação desse irá impedir que a pressão antrópica degrade e favoreça a utilização inadequada dos recursos naturais da região circunvizinha à unidade, proporcionando qualidade ambiental para os presentes e futuras gerações.
São estas, Senhor Prefeito, as razões que justificam a proposta ora submetida à sua consideração Respeitosamente, JANDISLAU JOSÉ LUI Diretoria de meio Ambiente Secretaria de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Gurupi Secretaria de Produção, Cooperativismo
e Meio Ambiente
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO MUTUCA/ÁGUA FRANCA
Elaborado com apoio técnico da:
Secretaria de Produção, Cooperativismo
E Diretoria de Meio Ambiente
Núcleo de Apoio à Criação de Ucs Municipais Gerência de Unidades de Conservação – SEMADES – Secretaria do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Sustentável do Tocantins, 2015.
APRESENTAÇÃO
Em geral, a imagem do desenvolvimento econômico tem sido associada à presença de resorts, estradas, portos, termoelétricas, usinas hidrelétricas, ferrovias e outros empreendimentos sem dúvida importantes e imprescindíveis. Contudo, para o Governo do Município de Gurupi - TO, as áreas protegidas integram a infraestrutura necessária para o desenvolvimento sustentável, melhoria da qualidade de vida e a geração de empregos no município.
A experiência mundial mostra que as áreas protegidas, especialmente as Unidades de Conservação trazem grande prestígio para os municípios onde são implantadas, desencadeando a abertura de negócios, geração de empregos e, por conseguinte, atração de recursos para serem reinvestidos na preservação da natureza e na educação ambiental.
Gurupi é a 3ª maior cidade do Estado, com 56 anos de emancipação política e com aumento de sua população na ordem de 11% nos últimos anos, fato este influenciado por universidades, empreendimentos de infraestrutura estadual e nacional. O Município anseia por um planejamento urbano-ambiental.
Privilegiado por sua localização municipal encontra-se no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins, às margens da BR-153 ligando ao Norte (Belém) e ao Sul (Brasília) e ao Nordeste (Bahia) pela rodovia estadual BR-242. Recentemente tornou-se percurso da ferrovia Norte Sul. Tem população (IBGE, 2014) estimada de 82.762 habitantes, a densidade demográfica do município é de 41,80 hab/Km², sendo a área total de 1.847 Km². Parte (32%) da cidade hoje se encontra na área de influencia direta da bacia hidrográfica de dois grandes rios, o Santo Antônio (afluentes do rio Tocantins; bacia do rio Tocantins - Araguaia) e o rio Gurupi (Faria et al., 2007).
É polo regional de toda a região sul do estado, credenciando-o adotar o Município de Gurupi de uma unidade de conservação como estratégia para reforçar seu renome regionalmente, nacionalmente e internacionalmente, atraindo uma população que busca por cidades que lhes proporcione a melhor qualidade de vida, dentre eles visitantes, investidores e turistas, evitando a depreciação da paisagem e preservando o bem mais precioso hoje mundialmente falando a “Água”. Por existir em abundância na nossa cidade de Gurupi, mas por estar desprotegida da antropização, cabe a todos o fortalecimento e a capacidade de desenvolver planos de recuperação e proteção das áreas ribeirinhas, para as nossas e futuras gerações.
Aglomerações humanas, atividades produtivas e posturas não conservacionistas tem causado degradação de mananciais, com ausência da vegetação ciliar, assoreamento, poluição, ocupações irregulares, proliferação de vetores, dentre muito outros eventos.
Os rios formadores de bacias urbanizadas são diferentes daqueles das bacias hidrográficas florestais, rurais ou mesmo agrícolas, devido à quantidade de superfície impermeável quando urbanizados. A partir de 10% desta superfície comprometida já ocorre degradação (SOUZA, 2005).
O principal problema relativo à proteção dos mananciais reside ainda no fato de que a proteção dessas áreas, naquilo que se refere ao disciplinamento do uso e ocupação do solo, não é atribuição direta do sistema
gestor nacional de recursos hídricos, mas sim dos municípios. Estes, por sua vez, normalmente são omissos frente a este uso predatório e desigual dos recursos hídricos e quando associado aos fenômenos naturais que ocorrem na natureza, coloca para as atuais e futuras gerações a necessidade urgente de desenvolver mecanismos de gestão e conservação dos recursos naturais. Neste cenário, a sociedade tende cada vez mais se organizar e agir em favor do bem comum, apoiando-se por meio de redes, de conselhos, de comitês, enfim, buscando solução para os problemas da coletividade.
O presente documento, elaborado pela Secretaria de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente de Gurupi – TO apresenta as justificativas para criação de uma unidade de conservação para proteção de áreas em bom estado de conservação no âmbito do município, que tem como objetivo básico a compatibilização da conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Pretende-se preservar e recuperar os recursos hídricos, florísticos e faunísticos que vem sendo antropizadas pelo desordenamento urbano.
A unidade de conservação a ser implantada será na categoria de: art. 15. A Área de Proteção Ambiental: é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. § 1o . A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. § 2o. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental. § 3o . As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. § 4o . Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. § 5o . A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei.
O futuro de Gurupi não pode ser ditado pela ocupação
desordenada e sem atributos de preservação do meio ambiente, atividade esta que pressiona a área da unidade pretendida. O município tem obrigação de ser ativo no processo de conservação dos corpos hídricos e da Bacia Hidrográfica Urbanizada determinando o uso adequado do território municipal. E isso esta sendo feito.
LAUREZ DA ROCHA MOREIRA Prefeito Municipal
RESUMO EXECUTIVO
O município de Gurupi, através da Secretaria Municipal de
Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente, pretende implantar uma unidade de conservação municipal objetivando primordialmente a proteção da biodiversidade, a recreação, a pesquisa, a interpretação, a educação ambiental e o uso de base sustentável em diversas áreas do município.
O empreendimento público proposto será denominado unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca, abrangendo 155,34 ha, contendo antropização dos meios naturais, necessitando da reversão, recuperação e proteção, proporcionando a ocupação ordenada da área que ainda possui características naturais relevantes, como forma de minimizar os impactos ambientais.
A área pretendida está inserida no bioma Cerrado, e são inúmeros fatores que vem causando sua destruição, mas podemos elencar alguns como: explosão demográfica na sua região; especulação imobiliária; falta de políticas públicas ambientais concretas; falta de fiscalização e conservação nas Áreas de Preservação Permanente; falta de conscientização ambiental da população; aumento da renda familiar, facilidades de créditos financeiros para moradia e localização privilegiada.
Mantida a tendência, corre-se o risco de degradar e artificializar demasiadamente a paisagem, liquidando um cenário de extrema importância para os seres vivos. Isto acarretará uma perda da atratividade pela qualidade de vida e conscientização ambiental, que será fatal para a economia e a sociedade do município de Gurupi-TO.
A criação e implantação da unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca alinha-se aos compromissos internacionais do Brasil de proteger o ambiente, conforme metas estabelecidas pela ONU de garantir a sustentabilidade ambiental integrando os princípios do desenvolvimento sustentável ás políticas e aos programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
Hoje uma condição exigida para a vida é preservação da água, portanto é nosso dever desenvolver políticas públicas ambientais para recuperar e preservar as nascentes e os mananciais existentes.
A área proposta para a unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca encontra-se protegida por diversos dispositivos legais, Federal, Estadual e principalmente Municipal, ressaltando-se o Plano Diretor (2007).
A criação e implantação da unidade acarretará ainda um aumento na arrecadação do ICMS Ecológico do município, conforme prevê a Lei nº 1.323, de 04 de abril de 2002 regulamentada pelo Decreto nº 1.666, de 22 de dezembro de 2002, alterado pelo Decreto nº 4.739, de 15 de fevereiro de 2013.
O principal instrumento da implantação da unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca é o Plano de Manejo, que será elaborado com a participação de universidades, empresas, associações civis e ONGs que atuam localmente, no prazo de um e meio anos da criação da unidade.
Constata-se, portanto, que a unidade de conservação municipal – Fragmento do Córrego Mutuca/Água Franca trará grandes benefícios para o
município de Gurupi, somando-se a outros empreendimentos em implantação, diversificando o mercado de trabalho.
Gurupi (TO), 25 março de 2015
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIOLÓGICO PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO
MUTUCA/ÁGUA FRANCA
Segundo Coelho et. al., s/d,
Em função da crescente consciência sobre a importância da preservação ambiental, e do avanço das leis que disciplinam a ação humana nas florestas de proteção, um alto interesse vem sendo despertado para os programas de revegetação em áreas degradadas. As matas ciliares degradadas, que margeiam os cursos d'água, são áreas que demandam prioridade para as ações de revegetação e/ou enriquecimento. Essas matas têm um papel estratégico na conservação da biodiversidade, na preservação da qualidade da água e para a formação de corredores entre as poucas reservas de matas primárias ainda existentes em nosso Estado. Esta pesquisa tem como objetivo o levantamento fitossociológico do córrego Mutuca, no município de Gurupi, Tocantins, para determinação de modelos sucessionais de recuperação de matas ciliares. É uma microbacia cuja nascente e foz estão dentro do município de Gurupi. Desemboca no Córrego Água Franca, nas imediações da área da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Foram amostradas de forma sistemática 5 parcelas de 10 m x 500 m, contíguas entre elas. Foram inventariadas todas as árvores com DAP maior ou igual a 10 cm. Foram medidos além do DAP a altura total, a qualidade do fuste, todos os indivíduos amostrados foram georreferenciados com o uso de GPS de navegação e foi feita a identificação botânica de cada indivíduo. Foram encontrados 559 indivíduos arbóreos distribuídos em 59 espécies, 56 gêneros e 35famílias botânicas, indicando uma alta heterogeneidade florística. A espécie com maior número de representantes foi Apeibatibourboucom41 indivíduos eAnadenanthera peregrina, com 40 indivíduos, Lithraea brasiliensis com 35 indivíduos sendo as mais características e importantes da associação. A família Anacardiaceae foi a mais representativa, com um total de 5 espécies e 14 indivíduos, estando representada por 8,47% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Leguminosae-Papilionoideae, Rubiaceae ,Euphorbiaceae, foram as mais características, representam 22,033 % das famílias encontradas na área. A floresta remanescente estudada apresentou uma densidade total absoluta de 186,33 árvores/ha. O índice de diversidade de Shannon foi de 3,55 indicando que o remanescente estudado apresentou uma alta diversidade florística. Um dos grandes desafios atuais é a conservação das águas a partir do entendimento de uma unidade gerencial, pois é um sistema ecológico, que abrange todos os organismos que funcionam em conjunto numa dada área. Isso quer dizer, por exemplo, que quando há deposição de dejetos em determinado curso d’ água, a poluição pode ir além do que os nossos olhos enxergam. Entre as preocupações da comunidade gurupiense,
tanto da zona urbana quanto da rural, é a contaminação da água, o assoreamento dos leitos dos rios e córregos e a devastação das matas ciliares, especialmente na faixa da Área Preservação Permanente (APP). A recuperação de áreas de preservação permanente não envolve simplesmente o plantio aleatório de espécies. Consiste antes de tudo na adoção de um conjunto de medidas voltadas a acelerar o processo natural de sucessão em direção ao estágio clímax, visando sempre à redução dos custos ecológicos envolvidos em tal processo. Ao dar início a atividade de revegetação em áreas de preservação permanente, é importante considerar que, através deste trabalho, somente se estará fornecendo os ingredientes necessários para o início de um processo de restauração da área. A manutenção e proteção das matas, após essa fase, darão condições para que a natureza se encarregue da continuidade do processo. A restauração de ecossistemas degradados envolve conhecimentos diversos, principalmente no que se refere à reconstituição da estrutura do ecossistema e da dinâmica das espécies. Segundo LONGHI, S. J (1997), a ecologia da restauração de um ambiente natural se baseia em duas atividades distintas, mais interligadas, o conhecimento da estrutura do ecossistema e sua restauração física e depois o desenvolvimento da técnica de reintrodução de espécies. O conhecimento da dinâmica natural torna-se então fundamental no desenvolvimento de modelos de recuperação. O presente estudo visa caracterizar fitossiciologicamente a mata ciliar remanescente ao córrego Mutuca no município de Gurupi -TO, com vistas a determinação dos grupos ecológicos e estudos de modelos sucessionais de recuperação de áreas degradadas.
Análise Fitossociológica
A vegetação, por ser o componente do ecossistema mais facilmente reconhecível, é usada com freqüência para delimitar unidades homogêneas. A esse respeito, os estudos da vegetação concentram-se na classificação dos tipos fitossociológicos e sua cartografia. Para tanto, utiliza-se a vegetação para identificar e definir os limites dos sistemas ecológicos ou de zonas uniformes em uma região. Serve assim, como marco para o planejamento de atividades produtivas, para determinação de unidades ecológicas de interesse particular e para tomada de decisão sobre o uso dos resultados das pesquisas, a toda unidade homogênea e a todas as zonas de características similares. A fitossociologia, como ciência, é uma área muito ampla e complexa, pois estuda o agrupamento das plantas bem como sua inter-relação e dependência aos fatores bióticos em determinado ambiente (BRAUN-BLANQUET, 1979). A vegetação não varia somente com a composição florística, mas com a riqueza de espécies, produtividade (estrutura) e grau de predominância de cada espécie (AUSTIN & GREIG-SMITH, 1968). Para caracterizar o estágio de sucessão das comunidades, utilizam-se, na análise, parâmetros fitossociológicos como: densidade, dominância, freqüência, estrutura sociológica, valor de importância e valor de cobertura, além do Índice de Diversidade de Shannon.
O estudo da análise fitossociológica é usado para verificar as associações entre diferentes espécies arbóreas. Através de índices de similaridade (abundância, freqüência e dominância), que associado ao relevo, clima e solo permite determinar a importância ecológica que cada espécie tem em uma determinada área (LONGHI, S. J, 1997). Para a recomposição da vegetação, há necessidade de estudos visando conhecer seus diferentes aspectos, principalmente florísticos e fitossociológicos, bem como os relacionados à sua dinâmica e adaptabilidade. A estrutura sociológica indica sobre a composição florística nos diferentes estratos da floresta em sentido vertical. A presença de espécies nos diferentes estratos é de fundamental importância fitossociológica, pois uma espécie tem presença assegurada na estrutura e dinâmica da floresta, quando se encontra representada em todos seus estratos (LONGHI, 1987). De acordo com Foster apud LONGHI, S. J (1997), a análise estrutural da vegetação deve ser baseada no levantamento e na interpretação de critérios de conteúdo mensuráveis. Análise dessa natureza permite comparações entre diferentes tipos de florestas.
Definição dos modelos de recuperação a serem empregados
O uso da sucessão ecológica na implantação
de florestas mistas é a tentativa de dar, a regenerações artificiais, um modelo seguindo as condições com que elas ocorrem naturalmente na floresta. A simulação de clareiras de diferentes tamanhos e a situação de não clareiras fornecem condições apropriadas, principalmente de luz, às exigências dos diferentes grupos ecológicos sucessionais. Adicionalmente, a observação de laboratórios naturais, como enfatiza CARPANEZZI ET. AL, (1990), ou a sucessão em áreas antropizadas, fornece indicações seguras do comportamento de espécies que fazem o papel de pioneiras nesses ambientes muito degradados pelo homem. O modelo sucessional separa, portanto, as espécies em grupos ecológicos, e juntando-as em modelos de plantio tais que as espécies mais iniciais da sucessão dêem sombreamento adequado às espécies dos estágios mais finais da sucessão. A concepção básica é a de que as espécies pioneiras dão condições de sombra mais cerrada às espécies pioneiras climáticas, enquanto a espécie secundaria inicial fornecem sombreamento parcial às secundárias tardias. Segundo KAGEYAMA, P. E GANDARA, F. B. (2000) a escolha ou criação de um modelo de restauração é um processo em constante aprimoramento, que é alimentado não só pelos conhecimentos básicos sobre ecologia, demografia, genética, biogeografia, mas também pelas informações sobre o ambiente físico e biológico da região onde ira ser implantado. Além dos conhecimentos científicos, outro ponto importante a ser mencionado é a disponibilidade de tecnologia de silvicultura de espécies nativas, envolvendo produção e beneficiamento de sementes, produção de mudas e implantação da floresta. A interação dos conhecimentos teóricos básicos, informações sobre a área e tecnologia disponível são os fatores que vão determinar qual o modelo mais adequado para cada situação.
Levantamento fitossociológico
O método de amostragem utilizado é o de parcelas múltiplas (10m x 250m), distribuídas a partir de uma parcela inicial demarcada às margens do córrego mutuca próximo a nascente. A partir desta parcela foram medidas as próximas, de forma sistemática sendo regulada pela curva espécie/área (Oosting, 1951). Foram medidas doze parcelas amostrais contíguas de dimensões 10m x 250m num total de 3 km levantados. Nas parcelas foram medidas todas as árvores vivas com DAP (diâmetro a altura do peito) > = 10 cm com sua hipsométrica de precisão em cm. Mediu-se também a altura total com mira graduada (precisão em cm), foi identificada a qualidade do fuste e todas as árvores foram georreferenciadas com o uso de GPS de navegação. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontradas na área ciliar remanescente do córrego Mutuca, 59 espécies arbóreas, distribuídas em 56 gêneros e 35 famílias botânicas. As espécies arbóreas encontradas nas cinco parcelas contíguas encontram-se na Tabela 1.
TABELA 1: Nome comum, nome científico, Família botânica das espécies encontradas em um remanescente de mata ciliar, localizada no município de Gurupi - TO.
Espécie Nome Científico Família Botânica
Almesca aroeira Trattinickiarhofolia Burceraceae
Amargoso Vataireamacrocarpa Leguminosae-Papilionoideae
Angelim Angiracuyabensis Leguminosae-Papilionoideae
Angico Anadenanthera peregrina Leguminosae-Mimosoideae
Angico branco Anadenanthera colubrina Leguminosae-Mimosoideae
Canjarana Cabralea canjerana Meliaceae
Araticum Annonacrassiflora Annonaceae
Aroeira Lithraea brasiliensis Anacardiaceae
Bacaba Oenocarpus bacaba Palmae
Barú DpyteryxalataVog Fabaceae
Inajá Maximilianamaripa Palmae
Buriti Mauritia flexuosa Palmae-Arecaceae
Cachimbeiro Cariniana rubra Lecythidaceae
Cajá Spondiasmombin L. Anacardiaceae
Caju Anacardiumgiganteum Anacardiaceae
Canudeiro Cassia multijuga Euphorbiaceae
Capitão Callisthenefasciculata Vochysiaceae
Cedro Cedrelaodorata Meliaceae
Cega machado Physocalymmascaberrium Lytraceae
Cutiuba Bowdichiavirgilioides Leguminosae-Papilionoideae
Cunduru Brosimumconduru Bignoneaceae
Embaúba Cecropiaglaziovi Cecropiaceae
Escorrega macaco Calycophyllumspruceanum Rubiaceae
Espinheiro Crataeguslaevigata Rosaceae
Faveira Parkiaplatycephala Leguminosae-Mimosoideae
Gameleira Ficuscatappifolia Moraceae
Garapia Apuleialeiocarpa Leguminosae
Garroteiro Bagaçaguianensis Moraceae
Goiaba Psidiumguajava Myrtaceae
Gonçalo Alves Salvertiaconvallariaedora Vochysiaceae
Guatambu Aspidospermamacrocarpon Apocynaceae
Imbaúba Cecropiapachystachya Cecropiaceae
Ingá de Bolota Ingacylindrica Leguminosae-Mimosoideae
Ipê Paratecoma peroba Bignoneaceae
Jatobá Hymenaeastilbocarpa Leguminosae-Caesalpinoideae
Jenipapo Genipa americana Rubiaceae
Leiteira Sapiumglandulatum Euphorbiaceae
Leucena Leucaenaleucocephala Leguminosae
Lobeira Solanumlycocarpum Solanaceae
Mamica de cadela Zanthoxylumsubserratum Rutaceae
Maminha de porca Fagarahassleriana Rutaceae
Mamoninha MabeaFistulifera Euphorbiaceae
Mangueira Manguifera indica Anacardiaceae
Mata menino Simarouba versicolor Simaroubaceae
Mirindiba Bulchenaviacapitata Lytraceae
Mamoeira Caricaquercifolia Caricaceae
Mutamba Guazumaulmifolia Sterculiaceae
Olho de boi Diospyros brasiliensis Ebenaceae
Salso Chorão Salixhumboldtiana Saliaceae
Pente de macaco Apeibatibourbou Tiliaceae
Pindaíba Styraxferrugineus Styracaceae
Pau pombo Tapirira obtusa Anacardiaceae
Sambaíba Curatella americana Dilleniaceae
Sete Copas Terminaliacatappa Cobretaceae
Sucupira preta Sclerobiumaureum Leguminosae-Caesalpinoideae
Tarumã Vitexcymosa Verbenaceae
Urucum Bixaorellana L. Bixaceae
Veludo Guettardauruguensis Rubiaceae
Xixa Sterculia apétala Sterculiaceae
A família Anacardiaceae foi a mais representativa, com um total de 5 espécies e 14 indivíduos (figura 02), estando representada por 8,47% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Leguminosae-Papilionoideae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, foram as mais características, representam 22,033 % das famílias encontradas na área.
Figura 02 – Número de espécies por família botânica encontradas no remanescente da área ciliar do córrego mutuca no município de Gurupi – TO.
Resultados semelhantes aos encontrados por Coelho et. all (2003) em estudos de modelos sucessionais de matas ciliares onde a família Leguminosae-Mimosidae foi a mais representativa, com um total de 10 espécies e 80 indivíduos, estando representada por 16,39% do total de espécies e 25,72% do total de indivíduos. E as famílias Leguminosae-Mimosidae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae e Sterculiaceae representando cerca de 56,9% dos indivíduos encontrados na área. Já Gomes et. all (2004) encontraram em estudo fitossociológico de diferentes grupos na região do cerrado - TO, as famílias Cobretaceae (11,69%), Leguminosae (23,72%), Vochysiaceae (9,06%), dentre outras com as mais representativas do fragmento avaliado. As espécies Physocalymmascaberrium (Cega Machado - 16 indivíduos), Anadenanthera peregrina (Angico - 10 indivíduos), Manguifera indica L (Mangueira - 8 indivíduos), Vochysiathyrsoidea (Pau d' água - 8 indivíduos), Tabebuia roseo-alba (Taipoca - 6 indivíduos), foram as mais características da área analisada, representam cerca de 53,93% dos indivíduos encontrados na área. No trabalho Levantamento Fitossociológico do Córrego Sucuri com vistas a Estudo de Modelo Sucessionais de Recuperação de Matas Ciliares realizado por COELHO et. all (2006) a família Leguminosae-Mimosidae foi a mais representativa, com um total de 3 espécies e 14 indivíduos, estando representada por 13,04% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Anacardiaceae, Verbenaceae, Lytraceae e Bignoneaceae foram as mais características, representam 26,6 % das famílias encontradas na área.
0
1
2
3
4
5
6
Anaca
rdia
ceae
Annon
aceae
Apocy
nace
ae
Bigno
neace
ae
bixa
ceae
Burce
race
ae
Car
icac
eae
Cec
ropia
ceae
Cob
reta
ceae
Dille
niace
ae
Ebena
ceae
Eupho
rbiace
ae
Fabac
eae
Lecy
thid
acea
e
Legu
minos
ae
Legu
minos
ae-C
aesa
lpin
oide
ae
Legu
minos
ae-M
imos
oide
ae
Legu
minos
ae-P
apilion
oide
ae
Lytra
ceae
Mel
iace
ae
Mor
acea
e
Myr
tace
ae
Palm
ae
Palm
ae-A
reca
ceae
rosa
ceae
Rub
iace
ae
Rut
acea
e
Saliace
ae
Simar
ouba
ceae
Solan
acea
e
Sterc
ulia
ceae
Styra
cace
ae
Tiliace
ae
Verbe
nacea
e
Vochy
siac
eae
Família Botância
Esp
écie
s
Na Tabela 2 figuram os parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas. Das 59 espécies levantadas, 16 (26,66%) comparecem com apenas 1 indivíduo. As espécies Pente de Macaco, Angico, Aroeira, Buriti, distinguiram-se por serem as mais densas, totalizando 26,82 de densidade relativa.
TABELA 2: Parâmetros fitossociológicos das espécies amostradas em 3,0 ha de um remanescente de mata ciliar localizada no município de Gurupi – TO.
Espécie
N0 de Indivíduos Área Basal DA DR DoA Dor FA FR IVI IVC
Almesca aroeira 9 5,7634 3,0000 1,6100 5,7634 2,1282 60 2,6786 6,4167 3,7382
Amargoso 1 1,1310 0,3333 0,1789 1,1310 0,4176 20 0,8929 1,4894 0,5965
Angelim 6 1,6936 2,0000 1,0733 1,6936 0,6254 20 0,8929 2,5916 1,6987
Angico 40 30,2709 13,3333 7,1556 30,2709 11,1776 100 4,4643 22,7975 18,3332
Angico branco 1 0,3421 0,3333 0,1789 0,3421 0,1263 20 0,8929 1,1981 0,3052
Canjarana 1 8,7092 0,3333 0,1789 8,7092 3,2159 20 0,8929 4,2876 3,3948
Araticum 1 0,1452 0,3333 0,1789 0,1452 0,0536 20 0,8929 1,1254 0,2325
Aroeira 35 16,5798 11,6667 6,2612 16,5798 6,1221 60 2,6786 15,0619 12,3833
Bacaba 2 0,4249 0,6667 0,3578 0,4249 0,1569 20 0,8929 1,4075 0,5147
Barú 7 4,7798 2,3333 1,2522 4,7798 1,7649 60 2,6786 5,6957 3,0172
Inajá 1 0,4418 0,3333 0,1789 0,4418 0,1631 20 0,8929 1,2349 0,3420
Buriti 34 43,5502 11,3333 6,0823 43,5502 16,0810 80 3,5714 25,7347 22,1633
Cachimbeiro 18 9,8060 6,0000 3,2200 9,8060 3,6209 60 2,6786 9,5195 6,8409
Cajá 6 3,1305 2,0000 1,0733 3,1305 1,1560 40 1,7857 4,0150 2,2293
Caju 12 3,0781 4,0000 2,1467 3,0781 1,1366 60 2,6786 5,9619 3,2833
Canudeiro 5 1,0173 1,6667 0,8945 1,0173 0,3756 40 1,7857 3,0558 1,2701
Capitão 1 0,1735 0,3333 0,1789 0,1735 0,0641 20 0,8929 1,1358 0,2430
Cedro 13 13,9813 4,3333 2,3256 13,9813 5,1626 60 2,6786 10,1668 7,4882
Cega machado 22 5,4385 7,3333 3,9356 5,4385 2,0082 60 2,6786 8,6223 5,9438
Cutiuba 1 1,1310 0,3333 0,1789 1,1310 0,4176 20 0,8929 1,4894 0,5965
Cunduru 2 0,2219 0,6667 0,3578 0,2219 0,0819 20 0,8929 1,3326 0,4397
Embaúba 24 4,1416 8,0000 4,2934 4,1416 1,5293 80 3,5714 9,3941 5,8227
Escorrega macaco 11 0,8222 3,6667 1,9678 0,8222 0,3036 20 0,8929 3,1643 2,2714
Espinheiro 3 0,5890 1,0000 0,5367 0,5890 0,2175 20 0,8929 1,6470 0,7542
Faveira 6 1,8422 2,0000 1,0733 1,8422 0,6802 40 1,7857 3,5393 1,7536
Gameleira 9 2,1840 3,0000 1,6100 2,1840 0,8065 40 1,7857 4,2022 2,4165
Garapia 5 3,0781 1,6667 0,8945 3,0781 1,1366 60 2,6786 4,7096 2,0311
Garroteiro 5 1,3172 1,6667 0,8945 1,3172 0,4864 20 0,8929 2,2737 1,3808
Goiaba 1 0,0962 0,3333 0,1789 0,0962 0,0355 20 0,8929 1,1073 0,2144
Gonçalo Alves 12 3,8825 4,0000 2,1467 3,8825 1,4336 60 2,6786 6,2589 3,5803
Guatambu 1 0,1886 0,3333 0,1789 0,1886 0,0696 20 0,8929 1,1414 0,2485
Imbaúba 15 2,3172 5,0000 2,6834 2,3172 0,8556 20 0,8929 4,4319 3,5390
Ingá de Bolota 14 5,4710 4,6667 2,5045 5,4710 2,0202 20 0,8929 5,4175 4,5247
Ipê 2 0,1669 0,6667 0,3578 0,1669 0,0616 20 0,8929 1,3123 0,4194
Jatobá 9 5,1604 3,0000 1,6100 5,1604 1,9055 60 2,6786 6,1941 3,5155
Jenipapo 1 0,2206 0,3333 0,1789 0,2206 0,0815 20 0,8929 1,1532 0,2604
Leiteira 2 1,1065 0,6667 0,3578 1,1065 0,4086 20 0,8929 1,6592 0,7664
Leucena 21 1,5151 7,0000 3,7567 1,5151 0,5595 40 1,7857 6,1019 4,3162
Loubeira 29 5,7170 9,6667 5,1878 5,7170 2,1110 60 2,6786 9,9774 7,2988
Mamica de cadela 1 0,1521 0,3333 0,1789 0,1521 0,0561 20 0,8929 1,1279 0,2350
Maminha de porca 5 0,7780 1,6667 0,8945 0,7780 0,2873 20 0,8929 2,0746 1,1817
Mamoninha 2 0,1873 0,6667 0,3578 0,1873 0,0692 20 0,8929 1,3198 0,4269
Mangueira 3 4,5632 1,0000 0,5367 4,5632 1,6850 40 1,7857 4,0073 2,2216
Mata menino 1 0,2206 0,3333 0,1789 0,2206 0,0815 20 0,8929 1,1532 0,2604
Mirindiba 1 7,0686 0,3333 0,1789 7,0686 2,6101 20 0,8929 3,6818 2,7890
Moreira 4 1,4167 1,3333 0,7156 1,4167 0,5231 20 0,8929 2,1315 1,2387
Mutamba 16 4,1863 5,3333 2,8623 4,1863 1,5458 80 3,5714 7,9795 4,4081
Não identificada 15 6,2186 5,0000 2,6834 6,2186 2,2962 60 2,6786 7,6582 4,9796
Olho de boi 4 0,7706 1,3333 0,7156 0,7706 0,2845 80 3,5714 4,5715 1,0001
Pau chorador 14 1,9513 4,6667 2,5045 1,9513 0,7205 20 0,8929 4,1179 3,2250
Pente de macaco 41 21,4021 13,6667 7,3345 21,4021 7,9028 60 2,6786 17,9159 15,2373
Pindaíba 32 7,1007 10,6667 5,7245 7,1007 2,6220 60 2,6786 11,0250 8,3465
Pombo 7 1,7174 2,3333 1,2522 1,7174 0,6341 20 0,8929 2,7792 1,8864
Sambaíba 4 0,7786 1,3333 0,7156 0,7786 0,2875 20 0,8929 1,8959 1,0031
Sete copa 7 6,4568 2,3333 1,2522 6,4568 2,3842 20 0,8929 4,5293 3,6364
Sucupira preta 1 0,1521 0,3333 0,1789 0,1521 0,0561 20 0,8929 1,1279 0,2350
Tarumã 3 2,1222 1,0000 0,5367 2,1222 0,7836 40 1,7857 3,1060 1,3203
Urucum 1 0,0804 0,3333 0,1789 0,0804 0,0297 20 0,8929 1,1014 0,2086
Veludo 1 0,1963 0,3333 0,1789 0,1963 0,0725 20 0,8929 1,1443 0,2514
Xixa 8 11,6713 2,6667 1,4311 11,6713 4,3096 40 1,7857 7,5265 5,7408
TOTAL 559 270,8177 270,8177 100,0000 2240 100,0000 300,0000 200,0000
Pela dominância destacaram-se Mauritia flexuosa,Anadenanthera peregrina, Apeibatibourbou, representando juntas 35,60% da área basal amostrada. As mesmas espéciessão as mais importantes, contribuindo com 22,149% do IVI ou 27,866% do lVC. A floresta remanescente estudada apresentou uma densidade total absoluta de 186,33 árvores/ha. O índice de diversidade de Shannon foi de 3,55 indicando que o remanescente estudado apresentou uma alta diversidade florística, resultado semelhante encontrado por ANDRADE ET ALL (2002) com valor de 3,53 em uma área de cerrado denso na RECOR-IBGE, Brasília.
CONCLUSÕES Os resultados obtidos no presente trabalho permitiram concluir que: - Foram encontradas na área ciliar remanescente do córrego Mutuca, 59 espécies arbóreas, distribuídas em 56 gêneros e 35 famílias botânicas, - A família Anacardiaceae foi a mais representativa, com um total de 5 espécies e 14 indivíduos (figura 02), estando representada por 8,47% do total de espécies e 15,73% do total de indivíduos. As famílias Leguminosae-Mimosidae, Leguminosae-Papilionoideae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, foram as mais características, representam 22,033 % das famílias encontradas na área. - A floresta remanescente estudada apresentou uma densidade total absoluta de 186,33 árvores/ha. O índice de diversidade de Shannon foi de 3,55 indicando que o remanescente estudado apresentou uma alta diversidade florística.
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE
CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO MUTUCA/ÁGUA FRANCA
Segundo Coelho et.al., a localização da área de estudo está localizada no município de Gurupi,
naMesoregião Ocidental ao centro sul do Estado do Tocantins, é sede da 10ª Região Administrativa do Estado. Possui uma altitude média de 287 m. Está localizado a 245 km de Palmas, capital do Estado e a 742 km de Brasília-DF. Fica no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins, às margens da BR-153, no quilômetro 663 no sentido Brasília a Belém; entre os Paralelos 11 e 12. Assim, está ligado ao Norte (Belém) e ao Sul (Brasília) pela BR-153 e ao Nordeste (Bahia) pela rodovia estadual TO-280. Limita-se com municípios vizinhos ao Norte - Aliança do Tocantins, ao Sul - Sucupira e Cariri do Tocantins, a Leste - Peixe e a oeste - Dueré, além das proximidades com Formoso do Araguaia, pólo de agricultura irrigada do Tocantins. Esta pesquisa foi desenvolvida no município de Gurupi, Tocantins, na área ciliar remanescente do córrego mutuca (Figura 01). É uma microbacia cuja nascente e foz estão dentro do município de Gurupi. Desemboca no Córrego Água Franca, nas imediações da área da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A sua nascente é despoluída e, à medida que se aproxima da BR 153, já se constatou no seu leito a presença de efluentes oriundos de postos de gasolina, lava jatos, hotéis, de acordo com registros do NATURATINS, regional de Gurupi. No seu percurso nas mediações mais urbanizadas da cidade é possível visualizar resíduos, como sacolas plásticas, garrafas, copos descartáveis, dentre outros.
FIGURA 01: Delimitação da área de estudo do córrego Mutuca. Em azul leito do córrego Mutuca e em vermelho área de preservação permanente do córrego Mutuca.
O clima segundo a classificação de Koppen é tropical megatérmico, quente e úmido durante todo o ano, com período chuvoso entre os meses de outubro e abril e estiagem entre os meses de maio a setembro. A temperatura média anual aqui varia entre a mínima de 12˚e a máxima de 30˚ C, mas nos meses mais quentes do ano chega a 42°C à luz do dia. Na caracterização geomorfológica predominam as formas de relevo entalhadas pelos agentes erosivos, com dissecação diferencial do relevo, principalmente ao longo da rede hidrográfica. São freqüentes as formas de relevo constituídas a partir de processos predominantemente erosivos com rebaixamento das saliências e nivelamento de relevo; as formas de acumulação que geram relevos resultantes da deposição sedimentar em regiões fluviais, paludais e lacustres, sujeitos as inundações periódicas e com morrotes isolados. A caracterização pedológica evidencia latossolos, solos concrecionários, solos litólicos, podzólicos, cambissolos e plintossolos. A caracterização fitoecológica evidencia a predominância do cerrado, com vegetação xenomorfa aberta, dominada e marcada por um estrato herbáceo. Ocorre preferencialmente em clima estacional e, ocasionalmente, em clima ombrófilo, revestindo solos rasos e lixiviados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA M.C.B. Coelho1; M.L. Erpen2; K.P. Vieira3; M.A.D.Ramos4; D.M. Carvalho3; R.V. Marques3; P. Santos3; D. Rabelo3; K.C.C.L.F. Alves3; B.S. Arruda3; B.A.C. Aguiar3.
Gurupi, 25 de março de 2015
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO CÓRREGO
MUTUCA/ÁGUA FRANCA
DADOS ECONÔMICOS
Em relação aos aspectos econômicos, Gurupi apresenta como principais atividades produtivas a Indústria, o Comercio, a Prestação de Serviço, a Agropecuária, a Agricultura e o Artesanato (quadro1e 2). A cidade é servida pela rede bancária a exemplo do Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco Itaú, Bradesco, HSBC e Caixa Econômica Federal. Tem uma ótima rede Hoteleira, Concessionárias de veículos Ford, GM, Volks, Volvo, Mercedes, Scania, Fiat, e distribuidoras de equipamentos Agrícolas como Jonh Deere, MasseyFergunson, Ford CBT dentre Outras. Conta também com um Parque Industrial, onde estão instalados empresa de refrigerantes, frigorífico, distribuidora Petrobras, e outras médias empresas. Na área da saúde conta com rede Hospitalar com 05 hospitais com mais de 250 leitos disponíveis, mais de 40 clinicas odontológicas, com ofertas de serviços qualificados como implantes. Na área gastronômicas disponibiliza ótimos restaurantes com comidas típicas e churrascarias. Também a rede de abastecimento de combustível é suficiente, com aproximadamente de 18 postos. O município arrecada em torno de 144 milhões de reais por ano que são aplicados em infraestrutura e manutenção da maquina administrativa. O numero de estudantes de outras localidades ajudam a manter o mercado aquecido fazendo uma melhor distribuição de rendas. A oferta de empregos no mercado formal e informal na zona urbana é bem diversificada sendo absorvida pelo comercio e empresas prestadoras de serviços (quadro 4). Na Zona Rural a agropecuária absorve 60% da mão de obra e a agricultura com 40%. A população sobrevive do setor agropecuário com o cultivo da mandioca, milho, feijão, batata doce, e criação de alguns animais, dentre eles, bovinos, caprinos, suínos e galinhas.
1Número de Empresas por Porte – 2009
PORTE QUANTIDADE %
MICRO 1.126 81,2
PEQUENA 219 15,8
MÉDIA 23 1,7
GRANDE 18 1,3
TOTAL 1.386 100,0
2 - Números de Empresas por Setor de Atividade - 2009
SETOR DE ATIVIDADE QUANTIDADE %
INDÚSTRIA 92 6,6
COMÉRCIO 772 55,7
SERVIÇO 522 37,7
TOTAL 1.386 100,0
3 - Números de Funcionários por Faixa Salarial
MENOS DE 1 300
ENTRE 01 E 03 8,205
ENTRE 03 E 05 1.453
ENTRE 05 E 07 412
ENTRE 07 E 10 213
ENTRE 10 E 15 35
ENTRE 15 E 20 8
MAIS DE 20 5
TOTAL 12.551
4 - Números de Funcionários por Setor de Atividade - 2009
CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES AGROPECUARIA
O município de Gurupi tem como limitada a caracterização das atividades agrícolas. Isso se deve basicamente ao tamanho do município e por ser formado pela agricultura familiar. As poucas culturas desenvolvidas em escala comercial são o arroz, abacaxi, mandioca, milho, feijão e a cana de açúcar, esta serve de matéria prima para a Usina de produção de álcool. A pecuária tem um melhor desenvolvimento contando com mais de 100 mil cabeças de bovinos que mantém em funcionamento o Frigorífico com capacidade de abate de 1.500 cabeças ao dia. Estima-se ainda um rebanho de 4.000 cabeças de suínos, 1.500 cabeças de ovinos e mais de 40.000 mil cabeças de galinhas, frangos e pintos. A distribuição de terras é de forma igual com benfeitorias no meio rural. O município dispõe de equipamentos agrícolas suficientes para suprir a demanda, e dispõe de frota de tratores e colhedeiras distribuídos entre as associações rurais. PRODUÇÃO AGRICOLA
PRODUÇÃO TONELADA
ARROZ 1.309
ABACAXI 443
AMENDOIM 1.050
MILHO 1.353
PORTE QUANTIDADE %
INDÚSTRIA 1.508 12
COMERCIO 5.396 43
PRESTADOR DE SERVIÇO 5.647 45
TOTAL 12.551 100
MANDIOCA 2.595
CANA DE AÇUCAR 90.000
SOJA 405
COCO DA BAHIA 195
BANANA 207
LARANJA 193
EFETIVOS DOS REBANHOS
BOVINOS 93,240
SUINOS 3.400
OVINOS 1.100
AVES 40.000
EQUINOS 2.090
ESTRUTURA FUNDIARIA POR (Ha)
GRUPO DE AREA TOTAL QUANTIDADE
MENOS DE 10 11
DE 10 A 100 143
DE 100 A 1000 253
DE 1000 A MAIS 29
TOTAL 446
QUANTIDADE DE (Há 146.460,62
ESTRUTURA FUNDIARIA
CONDIÇÕES DO PRODUTOR QUANTIDADE
PROPRIETÁRIO 437
ARRENDATARIO 5
POCEIRO 2
OCUPANTES 2
TOTAL 446
UTILIZAÇÃO DA TERRA
USO ATUAL ÁREA %
LAVOURA PERMANENTE 200,83 0,14
LAVOURA TEMPORARIA 2.437,44 1,66
LAVOURA EM DESCANSO 1025,60 0,70
PASTAGEM NATURAL 29.839,68 20,37
PASTAGENS ARTIFICIAIS 79.465,78 54,26
MATAS NATURAIS 22.094,97 15,09
PRODUTIVAS NÃO UTILIZADAS 5.196,12 3,52
INAPROVEITAVEIS 6.240,20 4,26
TOTAL 146.460,2 100
FORMAS DE ASSOCIATIVISMO ECONÔMICO
No município existe a cooperativa apicultora, cooperativa dos produtores de carne, as associações rurais e a casa de farinha de mandioca. ATIVIDADES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS
O município conta com uma Indústria de refrigerantes, 01 frigorífico, um matadouro municipal, 01 Indústria de derivados de carne, Industria de Portas de Aço e Estruturas Metálicas, Industria Moveleira, Industria de Rações, Cerâmicas, Curtume, Industria de Tintas, Destilaria de Álcool, Empresas de Confecções, de Construção de Postes de Cimento, de Calçados. Conta ainda com Montadoras de Bicicletas, Distribuidoras de Gás, de Gêneros Alimentícios, de Materiais Hospitalares dentre outras. O comércio se apresenta com grandes redes de lojas de moveis, material de construção, ferragens, e outras atividades. ATIVIDADES CULTURAIS
No município existe centro de cultura, biblioteca, cinema, os Centro Comunitário onde são desenvolvidas algumas atividades de esporte, lazer e entretenimento. O carnaval como festa tradicional com a participação de blocos carnavalesco e trios elétricos vindos da Bahia. Festas juninas, Pecuária, Fenesul, Festas das igrejas e do Padroeiro da cidade, Praias e Futebol movimentam as atividades culturais. INDICADORES SOCIAIS
Os principais indicadores sociais no município de Gurupi são: Desemprego, Prostituição Infantil, Dependência Química e Famílias em Situação de Risco e Vulnerabilidade Social. Esses indicadores encontram-se em todas as faixas etárias visto que a maioria das ofertas de empregos oferecidas exigem uma melhor qualificação por parte do empregador. A população é composta por mais ou menos 32% de pobreza, com um índice de analfabetismo em torno de 10% na faixa etária de 15 anos ou mais, alémdos analfabetos institucionais com pouco estudo e sem qualificação o que aumenta as famílias em situação de risco e vulnerabilidade sociais, principalmente nos bairros mais afastados do centro da cidade como: Bela Vista, Santa Cruz, Vila Sossego, Vila São José, Setor Industrial, Jardim dos Buritis, Parque das Acácias, Jardim Tocantins II, Residencial São José, Jardim Madeiros, Portelinha, Jardim da Luz, Residencial das Bandeiras, Pedroso, Medeiros, Waldir Lins, Sevilha, Setor Leste, Tropical I e 2, Jardim Guanabara, Malvinas, Nova Fronteira, Setor primavera e Vila alagoana, onde o índice de pobreza chega a 40%.Não existem creches nem abrigos para menores, que as vezes depende da merenda escolar para a realização de uma refeição decente. Na
Saúde a maioria destes setores tem núcleo de atendimento, muitas vezes abrangendo os setores próximos facilitando o atendimento e todos tem agentes comunitários de saúde, que ajudam na triagem de saúde e de famílias em situação de risco. O índice educacional é razoável, falta a qualificação através de ações diretas como ofertas de cursos profissionalizantes direcionados aos jovens e pais para que sejam devolvidos ao mercado de trabalho tirando-os da faixa de risco. Há a necessidade de ações emergenciais, como criação dos CRAS abrangendo estes setores mais carentes e vulneráveis, creches, de um centro profissionalizante para a preparação destas pessoas em situação de risco, aumentar o cadastramento no SUAS, para melhor planejamento de ações preventivas. VULNERABILIDADE FAMILIAR 2010
CARACTERIZAÇÃO %
MULHERES DE 10 A 14 ANOS COM FILHO 0,5
MULHERES DE 15 A 17 COM FILHOS 15,5
CRIANÇAS EM FAMILIAS COM RENDA INFERIOR A ½ SALARIO
45
MÃES CHEFE DE FAMILIA S/CÔNJUGE, COM FILHOS MENORES
12
FAMILIAS CADASTRADAS NO SUAS - BOLSA FAMILIA
NÚMERO DEFAMILIAS CADASTRADAS BOLSA FAMILIA
7.795
NUMEROS DE PESSOAS 29.700
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gurupi Noticias : http://gurupinoticias.blogspot.com.br/p/diagnostico-de-gurupi.html IBGE, SEBRAE, Saites da Internet, Prefeitura Municipal de Gurupi, Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria municipal do Desenvolvimento Social.
Gurupi, 25 de março de 2015
MAPA DA PROPOSTA DE CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL – FRAGMENTO DO
CÓRREGO MUTUCA/ÁGUA FRANCA
top related