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Desafios do Terceiro Setor

Atualizações e Novidades

Amadorismo?

“A contabilidade do terceiro é a mais fácil, são imunes/isentas não tem obrigações

tributárias/fiscais.”

“Qualquer profissional pode atuar no terceiro setor, mesmo sem experiência, a contabilidade

é igual a da empresa privada, só que mais fácil.”

Setor Econômico?

“Causas sociais não contribuem para a economia.”

“ O Terceiro Setor não gera emprego, sua mão de obra é voluntária.”

Organização e Gestão?

“O Terceiro Setor não tem visão de negócio.”

“O Terceiro Setor vive apenas de sonhos.”

“Entidades sem Fins Lucrativos não dão dinheiro.”

Credibilidade?

“O Terceiro Setor é uma fábrica de dinheiro.”

“Entidade sem Fins Lucrativos é menos formal, sem estrutura, sem confiança, sem

regra, sem fiscalização.”

Dados

O que o Terceiro Setor pode revelar por meio de números?

Dados

• Total de OSCs em 2016: 820.186

• Na Região Sul:– Associação Privada: 142.330 – Organização Religiosa 13.423– Fundação Privada: 2.001

Dados

Dados

No Brasil são 237 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL), no ano de 2016, de acordo com o IBGE/2019:

– Religião (35,1%)– Cultura e recreação (13,6%)– Desenvolvimento e defesa de direitos (12,8%)– Associações patronais e profissionais (12,2%)– Assistência social (10,2%)– Educação e pesquisa (6,7%)– Saúde (2,0%)– Meio ambiente e proteção animal (0,7%)-– Habitação (0,1%).

Dados

As FASFIL representavam 4,3% do total de 5,6 milhões de e ntidade públicas e privadas, lucrativas e não lucrativas, do

Cadastro Central de Empresas – CEMPRE.

DadosO estudo IBGE (2019) aponta que cerca de 35,4% dos assalariados das FASFIL possuem nível superior. Dessas instituições, estavam empregados 2,3 milhões de pessoas, compostos os cargos de 63% por mulheres.

Por sua vez, em estudo de 2007, o Terceiro Setor teve participação oficial de 1,4% na formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).

Dados

• Fundações privadas – MP/RS

• Total: 288– Capital: 102– Interior: 186

Dados

Dados

Financeiramente, qual o retorno do Terceiro Setor?

Dados

Para cada real de isenção tributária conquistada pelas e ntidades, as mesmas retornam seis vezes mais em termos de

serviços e atendimento gratuito para a sociedade, nas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde.

I sso mesmo: de acordo com o Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas – FONIF –, usando informações divulgadas pelo próprio Governo, para cada R$1,00 de isenção concedido são

devolvidos em média R$6,00.

Dados

Dados

Dados

Dados

Dados

Dados

Dados

Dados

Dados

Combater o Amadorismo

Não é menos seguro ou menos formal, bem pelo contrário.

Além da cidadania, suas organizações representam investimentos seguros e

positivos para a economia nacional. O superávit para ser reinvestido na instituição

precisa existir.

Combater o Amadorismo

Captar recursos requer credibilidade, sem recursos não há sustentabilidade, ou seja,

vamos além dos sonhos.

Afinal, para sonhar, antes de tudo é preciso ser profissional.

Amadorismo

Por mais que a vontade de ajudar seja a força motriz de toda iniciativa, ainda é preciso ter em mente que as instituições são, sobretudo, investimentos e que

dependem de recursos para se manterem.

Amadorismo

Qual pode ser o maior desafio das entidades, em um primeiro momento, do

Terceiro Setor?

Garantir a continuidade da missão institucional

AmadorismoE hoje, em uma mudança de perfil, a busca por sustentabilidade é um dos maiores desafios das Entidades. E quais elementos existem para a

autossustentabilidade?

• Promover a capacitação dos dirigentes e da equipe operacional;• Existem também uma competição pela obtenção de recursos, uma vez

que existe um número maior de entidades ao mesmo tempo que a obtenção de recursos financeiros estão mais escassas, devido às restrições impostas pelo poder público (exemplo do Marco Regulatório);

• Nesse sentido existe um comportamento mais empresarial, no sentido de necessitar de estruturas, departamentos, metas, ferramentas de gestão, entre outros pontos, porém sem perder o foco nos objetivos sociais;

Amadorismo

No que contribui a utilização de controles internos nas Organizações?

Desde a captação de recursos, passando pela gestão de um modo geral, até a elaboração de prestações de contas de forma correta, permitindo, deste modo, que o ciclo seja

realimentado com novos ingressos de recursos.

Amadorismo

O que possibilita o controle interno: acompanhamento contínuo das ações desenvolvidas, de modo a monitorar conjuntamente a relação entre o planejamento, a aplicação de recursos e o atingimento dos resultados pretendidos.

É obrigatório ter uma estrutura de controladoria? Não. Necessário que utilizem ferramentas e técnicas de controle.

Amadorismo

Quais itens básicos para realizar as atividades de controle:

• Conhecimento da legislação, principalmente a inerente ao terceiro setor;• Conhecimento da missão, visão e fins da instituição;• Conhecimento sobre o estatuto da organização;• Conhecimento acerca dos planos de longo e curto prazo da instituição;• Conhecimento de finanças e contabilidade;• Capacidade de se manter atualizado em sua área de atuação;• Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares, visto que, por

vezes, as entidades trabalham com projetos diversos ao mesmo tempo.

Amadorismo

Controle, portanto, consiste no conjunto de procedimentos, métodos e rotinas com o objetivo de orientar a operacionalização das atividades, proteger o patrimônio, produzir informações confiáveis, além de auxiliar os gestores na conduta ordenada nas atividades da instituição. A aplicação de controles possibilita, também, a identificação de possíveis falhas ocorridas ou que possam vir a ocorrer na execução de tarefas e atividades, sejam elas por falta de conhecimento adequado (erros), ou intencionalmente por má-fé (fraudes).

Qual a novidade em falar de controle

interno, gestão, boas práticas?

Tecnologia – Projeto Thoth

Lei Geral de Proteção de Dados

Compliance

NOVIDADES

Projeto Thoth

O Thoth consiste em um projeto que permite a troca de documentos com a Procuradoria de

Fundações em meio virtual, eliminando o material remetido em formato físico.

34

Todos os Procedimentos Administrativos Permanentes (PAPs) de Estatuto, Atas,

Regularidade, Imóveis e Prestação de Contas serão abrangidos pelo Thoth.

35

Projeto Thoth

Projeto Thoth

Os responsáveis pelas assinaturas dos atos da fundação deverão ter certificação digital,

homologada pela ICP-Brasil, para a substituição das rubricas em meio físico.

36

Projeto Thoth

Os documentos deverão conter, portanto, unicamente a assinatura digital, gerando um

arquivo de extensão “.p7s”.

37

Projeto Thoth

Em determinados campos do Thoth serão aceitos apenas documentos de extensão “.p7s”, tais como, requerimentos, atas de

reuniões, carta de representação e protocolo de entrega do SICAP.

38

Projeto Thoth

O sistema web Thoth está disponível para acesso na página da Procuradoria de

Fundações:

www.mprs.mp.br/fundacao

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Projeto Thoth – Primeiro Acesso

Inserir dados de acesso

(fornecidos pela Procuradoria de

Fundações)

40

Tela “Home” – “Procedimentos”

Consultar todos os expedientes.

Consultar e xpedientes que

aguardam resposta da

fundação.

01

41

Tela de “Procedimentos”

Elaborar uma observação ou requerimento.

Anexar os documentos

(quando necessário,

assinados com certificação

digital).

Informar o assunto (que será o nome de consulta dos expedientes).

Ex: Ata n° 20/20 de Eleição da Diretoria.

Primeiro passo:

Escolher o tipo de expediente:

- Atas- Estatuto- Atestado- Imóveis

- PC

42

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

• Lei n° 13.709, de 14 de agosto de 2018

• Quando entra em vigor: – 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua

publicação

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

Em resumo:

Estabelecer parâmetros de como esses dados deverão ser coletados, armazenados,

processados e destruídos.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:

I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável;

II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;

V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento;

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:

VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais;

VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador;

VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD);

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:

I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;

II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;

III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;

IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais;

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:

I - finalidade específica do tratamento;

II - forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e industrial;

III - identificação do controlador;

IV - informações de contato do controlador;

V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade;

VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e

VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses:

I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para finalidades específicas;

II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for indispensável para:

a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos;

c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;

d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;

e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição:

I - confirmação da existência de tratamento;

II - acesso aos dados;

III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados;

IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto nesta Lei;

V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, mediante requisição expressa e observados os segredos comercial e industrial, de acordo com a regulamentação do órgão controlador;

....

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmente ou por meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, os mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao tratamento de dados pessoais.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional:

I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;

II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração;

III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;

IV - publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência;

V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;

VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

Compliance

Compliance

Diz respeito a cumprir as leis e normas de uma atividade, além de seguir certos princípios éticos e morais.

Tem origem no verbo em inglês “to comply”, que significa estar de acordo com as regras, e aqui no Brasil tem sido traduzido como integridade, conformidade.

Compliance

Qual o objetivo: Garantir, independentemente de quem venha a gerir a instituição, que ela terá uma estrutura capaz de assegurar integridade da suas ações ou ao menos de sinalizar rapidamente que algo está sendo feito da maneira errada.

Assim, o problema pode ser corrigido a tempo e a reputação da entidade não é colocada em risco.

Compliance

Compliance

Qual a grande novidade?

CONTADOR COMO PROTAGONISTA

www.crcrs.org.br

Referências

FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE CONTABILIDADE. Caderno de procedimentos aplicáveis à prestação de contas das entidades do terceiro setor (fundações). Brasília, 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. ITG 2002 (R1) - Entidade sem Finalidade de Lucros.

Terceiro Setor - Guia de orientação para o profissional da Contabilidade. CRC-RS.

Site IBGE

Muito obrigado por sua atenção!

Gabriele Schmidtgabriele.schmidt.silva@gmail.com

Gabriel Filbergfilber@gmail.com

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