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CONVÊNIOS ESTADUAIS
Secretaria de Agricultura, Irrigação
e Reforma Agrária
Abril / 2012
Facilitador: Jailton Borges
Gestor Governamental Jailton.borges@seagri.ba.gov.br
RELEVÂNCIA DO TEMA
NÚMEROS – 2009 A 2011
295 CONVÊNIOS CELEBRADOS NO ÂMBITO DA SEAGRI (SEDE);
R$ 21,7 MILHÕES (Fontes 00, 28 e 60);
PARTE IMPORTANTE DA GESTÃO FINANCEIRA DO ESTADO.
POR QUE SÃO CELEBRADOS TANTOS CONVÊNIOS?
DESCENTRALIZAÇÃO (Art. 23 da CF: Competência comum);
NEOFEDERALISMO;
Necessidade de execução de programas de caráter local pelas administrações públicas regionais ou locais (Decreto-Lei nº 200/67).
TÓPICOS
1. DEFINIÇÃO DE CONVÊNIO
2. DIFERENÇAS ENTRE CONVÊNIO E CONTRATO
3. FASES DO CONVÊNIO
4. IRREGULARIDADES NAS DIFERENTES FASES DO CONVÊNIO
5. INSTRUMENTOS DE GESTÃO
DEFINIÇÃO DE CONVÊNIO
[1] : Forma de ajuste entre o Poder Público e
Entidades Públicas ou Privadas para a realização de objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração.
(Profª Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
DEFINIÇÃO DE CONVÊNIO
[2] : Instrumento qualquer que discipline a transferência de recursos públicos e tenha como partícipe órgão da administração pública direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista que estejam gerindo recursos do Estado visando a execução de projetos de interesse comum, em regime de mútua colaboração.
(Decreto 9.266/2004)
CONVÊNIOS E CONTRATOS DIFERENÇAS
Contrato (partes): interesses opostos e com objetivo de lucro;
Convênio (partícipes): interesses comuns; coincidência de objetivos institucionais; não visam lucro.
POR QUE É IMPORTANTE DETERMINAR SE UM AJUSTE TEM NATUREZA CONTRATUAL OU DE CONVÊNIO?
Risco de fuga do processo licitatório.
Regimes jurídicos distintos (Lei nº 9.433/2005, Decreto 9.266/2004 e Resolução Regimental do TCE 086/2003 ).
Legislação
gerenciamento Prestação de
contas
execução
critérios requisitos vedações
formalização liberação
CONVÊNIOS
Custo do objeto proposto (pesquisa de mercado, banco de dado informatizados, Internet, etc...);
Projeto Básico (inciso VIII do art. 9º da Lei nº 9.433/2005);
Apresentação da proposta ao Concedente.
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Art. 173 da Lei 9.433/2005 e Art.5º do Decreto 9.266/2004
Ato constitutivo da entidade convenente;
(avaliação do histórico de alterações do estatuto social do convenente, de forma a evitar a admissão a convênio de entidade que modifique seu contrato social com o interesse único de receber recursos públicos;
Comprovação de que a pessoa que assinará o convênio detém competência para este fim específico;
CELEBRAÇÃO – REQUISITOS
Art. 173 da Lei 9.433/2005
Plano de trabalho detalhado, com a clara identificação das ações a serem implementadas e da quantificação de todos os elementos;
Prévia aprovação do plano de trabalho pela autoridade competente;
Prova de regularidade do convenente para com as Fazendas Públicas e Certidão de adimplência do SICON
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Informação das metas a serem atingidas com o convênio;
Justificativa da relação entre custos e resultados, inclusive para aquilatação da equação custo/benefício do Desembolso a ser realizado pela Administração em decorrência do convênio;
Cópia das demonstrações contábeis do último exercício;
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Especificação das etapas ou fases de execução, estabelecendo os prazos de início e conclusão de cada etapa ou fase programada;
Orçamento devidamente detalhado em planilha;
Plano de aplicação dos recursos financeiros, correspondente cronograma de desembolso;
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Indicação das fontes de recurso - dotação orçamentária - que assegurarão a integral execução do convênio;
A estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
A declaração do ordenador da despesa de que a despesa tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o PPA e com a LDO;
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Pareceres: técnico, de viabilidade financeira e jurídico;
Comprovação do exercício pleno dos poderes referentes à propriedade do imóvel, mediante certidão emitida por cartório competente, sempre que o objeto do convênio seja a execução de obras ou benfeitorias em imóvel;
CELEBRAÇÃO - REQUISITOS
Comprovação da capacidade técnica do convenente para a execução do convênio;
a) avaliação concreta da aptidão técnica e operacional do convenente
b) avaliação concreta da atuação da entidade na execução
do convênio
Se entidade de utilidade pública, apresentar certificado de utilidade pública estadual (lei específica), conforme Lei Estadual;
CELEBRAÇÃO - MINUTA
Detalhamento do objeto do convênio, descrito de forma precisa e definida;
Especificação das ações, item por item, do plano de trabalho, principalmente as que competirem à entidade privada desenvolver;
CELEBRAÇÃO - MINUTA
Previsão de prestações de contas parciais dos recursos repassados de forma parcelada, correspondentes e consentâneos com o respectivo plano e cronograma de desembolso, sob pena de obstar o repasse das prestações financeiras subsequentes;
CELEBRAÇÃO - MINUTA
Indicação do agente público que, por parte da Administração, fará o acompanhamento e a fiscalização do convênio e dos recursos repassados, bem como a forma do acompanhamento, por meio de relatórios.
CELEBRAÇÃO - MINUTA
Previsão de que o valor do convênio não poderá ser aumentado, salvo se ocorrer ampliação do objeto capaz de justificá-lo, sendo sempre formalizado por aditivo;
Previsão da necessidade de abertura de conta
específica para aplicação dos recursos repassados.
EXECUÇÃO
Movimentar os recursos em conta específica;
Manter de imediato os recursos aplicados no mercado financeiro;
Aplicar os rendimentos de aplicação financeira no objeto do convênio;
Utilização dos recursos na finalidade pactuada.
EXECUÇÃO
Possibilidade de alteração do valor do convênio por meio de Termo Aditivo;
Possibilidade de dilatação da vigência do convênio por meio de Termo Aditivo;
Em ambos os casos, somente com a autorização do concedente!!!
IRREGULARIDADES Fase de Execução
Despesas antes e após a vigência
Pagamento antecipado
Pagamento em espécie
IRREGULARIDADES Fase de Execução
Desvio de finalidade
Deficiência do plano de trabalho/projeto básico
Alteração no objeto do convênio (expressa autorização do órgão repassador)
IRREGULARIDADES Fase de Execução
Pagamento de tarifas bancárias;
Despesas com multas, juros e outros encargos;
Pagamento de taxa administrativa;
Trespasse.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Como é realizada a fiscalização?
A fiscalização pode ser exercida por meio de inspeções in loco;
Por qualquer meio idôneo disponível utilizado como ferramenta de fiscalização pelo servidor, tais como: notícias de jornais, internet, televisão, entre outros.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Como é realizada a fiscalização?
De maneira formal, onde o fiscal entra em contato com o convenente solicitando todas as informações sobre o evento, principalmente, materiais fotográficos datados, mídia, fôlderes;
A fiscalização deve ser continuada, mesmo após o término do Convênio, visando verificar a regular utilização e a preservação dos bens públicos adquiridos.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Quem pode exercer a função fiscalizatória?
A função fiscalizatória só pode ser exercida por servidores ocupantes de cargos em comissão e servidores concursados, todos devidamente designados para esse fim.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Por que fiscalizar?
A fiscalização não objetiva apenas a identificação de improbidade, negligência ou omissão, mas, principalmente, antecipar essas ocorrências e orientar os nossos parceiros para que o resultado se reverta efetivamente em bens e serviços que beneficiem a sociedade e fortaleça a gestão pública.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
A fiscalização encerra após o laudo final?
Não. Deve permanecer por todo o período do Termo de Permissão de Uso do bem, observando se o investimento cumpre o objeto do Convênio.
“O dever de prestar contas abrange o círculo integral da gestão, mas sem dúvida, é na utilização do dinheiro público que mais se acentua. (Manual de Direito Administrativo, José dos Santos Carvalho Filho, Editora Freitas Bastos, 1ª edição)”
Acórdão nº 452/2004 - TCU - P
“O agente público deverá agir como se estivesse cuidando dos seus próprios negócios, respondendo pelos danos que vier a causar em decorrência de atitudes desidiosas ou
temerárias”
(Ministro Benjamim Zymler).
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Documentos exigidos (disponíveis no site www.seagri.ba.gov.br):
Ofício de encaminhamento;
Relatório da Execução Físico-financeira;
Relação de Pagamentos
Conciliação Bancária;
Relatório de Atividades detalhando a execução dos recursos;
Extrato Bancário da conta corrente ;
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Documentos exigidos:
Extrato Bancário da conta de aplicação financeira.
Cópia do processo licitatório ou do ato que declarar a dispensa ou inexigibilidade daquele procedimento, para as entidades públicas, e cotação de preços dos bens e serviços adquiridos, justificando a opção utilizada, para as entidades privadas;
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Documentos exigidos:
Comprovante de recolhimento do saldo de recursos à conta indicada pelo concedente;
Documentação original para a comprovação das despesas realizadas, no caso de Entidade e cópias no caso de Prefeituras;
Guias autenticadas de recolhimento dos encargos sociais (FGTS e INSS);
Parecer ou laudo técnico da entidade ou unidade responsável pela fiscalização da execução do convênio.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
PRAZOS:
O convenente prestará contas total ao órgão/entidade concedente dos recursos aplicados dentro de 30 (trinta) dias do término da vigência do convênio.
A prestação de contas total do convênio deverá ser encaminhada, pelo concedente, ao Tribunal de Contas do Estado até 60 (sessenta) dias após o prazo de vigência do convênio (acima de R$ 150.000,00).
Apresentar a prestação fora do prazo;
Deixar de prestar contas;
Não devolver os saldos remanescentes;
Comprovantes de despesas não originais (no caso de Entidade);
Falta de lista de presença nos cursos e da programação dos eventos.
A Tomada de Contas Especial é um instrumento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir-se de eventuais prejuízos que lhe forem causados, sendo o processo revestido de rito próprio e somente instaurado depois de esgotadas as medidas administrativas para reparação do dano.
Art.33 do Decreto 9.266/2004
Requer a instauração de tomada de contas especial as seguintes ocorrências: •rescisão do convênio nas seguintes situações; a) utilização dos recursos em desacordo com o plano de trabalho;
b) falta de apresentação de prestação de contas de qualquer parcela, conforme prazos estabelecidos;
c) aplicação dos recursos no mercado financeiro em desacordo com o estabelecido.
d) não aprovação da prestação de contas, apesar de eventuais justificativas apresentadas pelo convenente, em decorrência de:
• não execução total do objeto pactuado; atingimento parcial dos objetivos ajustados; desvio de finalidade; impugnação de despesas;
• não cumprimento dos recursos da contrapartida; não aplicação de rendimentos de aplicações financeiras no objeto pactuado.
e) ocorrência de desfalques ou desvio de dinheiro, bens e valores públicos;
f) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo, desarrazoado ou antieconômico, de que resulte dano ao erário ou ao patrimônio público.
• TCE - Imputação de débito e/ou multa;
•Inabilitação para o exercício de cargos ou funções;
•Inelegibilidade;
•Encaminhamento para o MPE - sanções penais.
ACOMPANHAMENTO - DIROP
Relatório Quadrimestral (T.C.E.);
ACOMP - Sistema de Acompanhamento de Convênios;
Sistema de Celebração de Convênios.
INSTRUMENTOS DE GESTÃO
1. PARECER TÉCNICO;
2. LAUDO TÉCNICO;
3. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO.
DECRETO Nº 9.266 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2004
Institui o Sistema de Informações Gerenciais de Convênios
e Contratos - SICON, no âmbito da Administração Pública
Estadual, aprova o regulamento para celebração de
convênios ou instrumentos congêneres que requeiram
liberação de recursos estaduais e dá outras providências.
[...]
Art. 18 - O resultado da aplicação no mercado financeiro dos
recursos recebidos deverá ser utilizado no objeto do convênio,
estando sujeito às mesmas condições de prestações
de contas exigidas para os recursos recebidos.
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