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CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE
REVESTIMENTO
ENG. CIVIL JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
FACULDADE DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES
FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE
REVESTIMENTO
ENG° JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR
ORIENTADOR: ELTON BAUER
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E
CONSTRUÇÃO CIVIL
PUBLICAÇÃO: E.DM - 009A/04
BRASÍLIA/DF: DEZEMBRO – 2004
ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-
MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO
ENG° JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA COMO PARTE DOS REQUISÍTOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL.
APROVADA POR:
_________________________________________________
Prof. ELTON BAUER, DSc (ENC-UnB) (Orientador) _________________________________________________ Prof. ANTÔNIO ALBERTO NEPOMUCENO, Dr. Ing (ENC-UnB) (Examinador Interno) _________________________________________________ Prof. OSWALDO CASCUDO MATOS, DSc (UFG) (Examinador Externo) BRASÍLIA/DF, 07 DE DEZEMBRO DE 2004
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
ARAÚJO JR., JOSÉ MENDES DE Contribuição ao Estudo das Propriedades Físico-Mecânicas das Argamassas de
Revestimento [Distrito Federal] 2004. xxiii, 175p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Estruturas e Construção Civil, 2004).
Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. 1.Argamassas 2.Sistema de revestimento 3.Propriedades físicas e mecânicas 4.Resistência I. ENC/FT/UnB II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO JR., J.M. (2004). Contribuição ao Estudo das propriedades Físico-Mecânicas das
Argamassas de Revestimento. Dissertação de Mestrado em Estruturas e Construção Civil,
Publicação E.DM – 009A/04, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 175p.
CESSÃO DE DIREITOS
AUTOR: José Mendes de Araújo Junior.
TÍTULO: Contribuição ao Estudo das Propriedades Físico-Mecânicas das Argamassas de
Revestimento.
GRAU: Mestre ANO: 2004
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação
de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte dessa dissertação
de mestrado pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.
____________________________
José Mendes de Araújo Junior SQN 402 Bloco K apartamento 207. 70.834-110 Brasília – DF – Brasil.
v
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, José e Maricelma, meus irmãos Haron e
Andréa, pela confiança depositada e pelo constante incentivo
observado durante minha formação pessoal e profissional; meus
exemplos de vida, amor e ensinamentos.
A Andréa pelo amor incondicional.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao professor Elton Bauer, pela orientação segura e a imprescindível perspicácia no trato
com pesquisas de cunho científico.
A todos os professores, colegas e funcionários do PECC que, de alguma forma,
contribuíram para a plena realização desse trabalho.
Aos técnicos e amigos Severino e Xavier, do Laboratório de Materiais (LEM) da UnB,
pela efetiva participação durante a execução do programa experimental dessa pesquisa.
Ao GEMAT – Grupo de Estudos Avançados em Materiais, pelas valiosas discussões.
Aos colegas de curso: Carla, Sávio, Cláudio, Arlindo, Li Chong, Nielsen, Isaura, Getúlio,
Patrícia, Sérgio, Elvio, João Henrique e Dirceu pelo apoio e amizade.
Ao tio Eures por me mostrar às possibilidades do conhecimento.
A tia Dolly pelo apoio e incentivo nesta fase final da dissertação.
A Andréa pelo incentivo, compreensão, as palavras de encorajamento nas horas de
fraqueza, o apoio nesta etapa final e o amor incondicional.
Aos meus pais José Mendes e Maricelma, pelo incentivo constante durante toda a minha
formação pessoal, acadêmica e profissional. Aos meus irmãos Haron e Andréa, pela
consideração e incentivo.
A toda a minha família.
A todos, os meus sinceros votos de agradecimento.
vii
RESUMO CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO Autor: José Mendes de Araújo Júnior Orientador: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, dezembro de 2004
O presente trabalho estudou o comportamento físico-mecânico das argamassas de
revestimento no estado endurecido com ênfase nas propriedades de resistência,
deformabilidade e absorção/permeabilidade à água e analisou diferentes metodologias na
sua determinação.
Para verificar essas propriedades, foram produzidas cinco argamassas, sendo uma
industrializada e quatro mistas de cimento, cal e areia. Essas últimas foram confeccionadas
com variação do consumo de cimento e na granulometria da areia utilizada. Utilizou-se
também diferentes corpos-de-prova, para determinar qual forma melhor se adequa aos
experimentos. As argamassas foram submetidas a ensaios para determinação de resistência
à tração, de resistência à compressão, de módulo de deformação, da permeabilidade e
absorção de água, da velocidade de propagação de onda ultra-sônica, do coeficiente de
Poisson, da densidade de massa, do índice de vazios e do coeficiente de capilaridade.
Observou-se que as metodologias aplicadas se mostraram de fácil execução. Destacou-se
os ensaios para determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica, resistência
à tração na flexão e compressão usando corpos-de-prova prismáticos por serem simples,
fáceis e rápidos de se executar. O ultra-som apresentou relação com os ensaios de
determinação de absorção de água, da densidade de massa, do índice de vazios, da
resistência à compressão e da resistência à tração. Para o módulo de deformação a relação
não ficou clara. E não apresentou relação com o coeficiente de Poisson.
De um modo geral areias mais grossas e o maior consumo de cimento aumentam a
resistência mecânica e o módulo de deformação das argamassas. O tipo de corpo-de-prova
influencia nos resultados. E a argamassa industrializada apresentou as maiores resistências
mecânicas dentre as argamassas.
viii
ABSTRACT CONTRIBUTION TO THE STUDY OF PROPERTIES PHISICS-MECHANICS OF THE RENDERING MORTARS Author: José Mendes de Araújo Junior Supervisor: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, december, 2004
This work studied the physical and mechanical behavior of hardened mortars, with
emphasis in the properties of strength, static modulus of elasticity and water absorption;
and analyzed different methodologies in the determination of these properties.
To verify these properties, it had been produced five mortars, being one industrialized and
four mixed with cement, lime and sand. The latter ones had been confectioned with
different cement ratio and particle size of sand. Specimens were also different to determine
what shape is the best for the experiments. The evaluation of the mortars was based on
determination of compressive strength test, static modulus of elasticity , water absorption,
propagation of ultrasonic wave velocity, Poisson’s ratio, dry bulk density, and others ones.
It was observed that the applied methodologies have shown to be easy execution. The tests
for determination of propagation of ultra-sonic wave speed, flexural and compressive
strength, using prismatic specimens, were simple, easy and fast in execution. The ultra-
sonic test presented a relation with the determination of water absorption, dry bulk density
of hardened mortar, the compressive, tensile strength and others. The ultrasonic test
relation with static modulus of elasticity was not clear. And did not present relation with
Poisson’s ratio;
In general, bigger particle size of sand and higher cement ratio increase mechanical
strength and static modulus of elasticity of mortars. The specimens shape influences in the
results. Moreover, the industrialized mortar presented the biggest mechanical strength
amongst mortars.
ix
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO .............................................................................................................1
1.1 - JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA ...............................................1
1.2 - OBJETIVOS ...........................................................................................................2
1.3 - ESTRUTURAÇÃO DA DISSERTAÇÃO............................................................3
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................5
2.1 - REVESTIMENTO DE ARGAMASSA ................................................................5
2.1.1 - Constituição do revestimento ......................................................................7
2.1.1.1 - Substrato......................................................................................................7
2.1.1.2 – Revestimento de argamassa........................................................................9
2.1.2 - Materiais constituintes ...............................................................................10
2.1.2.1 - Aglomerantes.............................................................................................10
2.1.2.2 - Areia ..........................................................................................................11
2.1.2.3 – Adições e aditivos.....................................................................................12
2.2 - PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA.......................14
2.2.1 - Propriedades aglomerantes .......................................................................14
2.2.2 - Propriedade adesiva ...................................................................................15
2.3 - AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS E DO
REVESTIMENTO NO ESTADO ENDURECIDO..........................................19
2.3.1 - Resistência mecânica – tração e compressão ...........................................19
2.3.2 - Módulo de deformação ..............................................................................20
2.3.2.1 - Módulo de deformação estático ................................................................21
2.3.2.2 - Módulo de deformação dinâmico..............................................................21
2.3.2.3 - Módulo de deformação à flexão................................................................21
2.3.3 - Resistência de aderência ............................................................................23
2.3.4 - Velocidade de propagação de onda ultra-sônica – relação com
propriedades físico-mecânicas..............................................................................25
2.4 - CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS.........................................................26
3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS ..................................................30
3.1 - PROJETO EXPERIMENTAL............................................................................30
x
3.1.1 - Estudo das propriedades das argamassas de revestimento ....................30
3.2 - MATERIAIS UTILIZADOS...............................................................................33
3.2.1 - Aglomerantes ..............................................................................................33
3.2.2 - Areia ............................................................................................................35
3.2.3 - Argamassas empregadas na pesquisa.......................................................37
3.2.3.1 - Determinação da densidade de massa .......................................................38
3.2.3.2 - Determinação da Consistência ..................................................................39
3.2.3.3 - Teor de ar...................................................................................................42
3.2.3.4 - Determinação da retenção de água............................................................44
3.2.3.5 - Resultados da caracterização da argamassa no estado fresco ...................47
3.2.4 - Blocos de alvenaria.....................................................................................47
3.3 - METODOLOGIA DE PESQUISA.....................................................................48
3.3.1 - Produção da argamassa e condições de cura ...........................................48
3.3.2 - Produção de corpos-de-prova de argamassa ...........................................50
3.3.3 - Produção dos revestimentos em bloco de alvenaria ................................51
3.3.4 - Produção das placas isoladas de revestimento.........................................53
3.3.5 - Ensaios realizados no estado endurecido .................................................54
3.3.5.1 - Propagação de onda ultra-sônica...............................................................54
3.3.5.2 - Resistência à tração por compressão diametral .........................................56
3.3.5.3 - Resistência à tração na flexão ...................................................................57
3.3.5.4 - Resistência à compressão ..........................................................................58
3.3.5.5 - Módulo de deformação..............................................................................59
3.3.5.6 - Coeficiente de Poisson ..............................................................................65
3.3.5.7 - Taxa inicial de absorção de água livre (IRA) e Absortividade. ................66
3.3.5.8 - Absorção de água por capilaridade ...........................................................68
3.3.5.9 - Absorção de água por imersão, índice de vazios.......................................70
3.3.5.10 - Densidade de massa no estado endurecido..............................................71
3.3.5.11 - Permeabilidade pelo método do cachimbo..............................................73
3.3.5.12 - Resistência de aderência à tração ............................................................74
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................76
4.1 - PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO
NO ESTADO ENDURECIDO ...........................................................................76
4.1.1 - Ensaio do ultra-som....................................................................................76
xi
4.1.2 - Densidade de massa....................................................................................77
4.1.3 - Índice de vazios e absorção........................................................................79
4.1.4 - Capilaridade, IRA (modificado), ensaio do cachimbo e absortividade .81
4.2 - PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DOS
REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO .......................................84
4.2.1 - Resistência à compressão e resistência à tração ......................................84
4.2.2 - Resistência de aderência ............................................................................86
4.3 - PROPRIEDADES DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DOS
REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO .......................................88
4.3.1 - Módulo de deformação e coeficiente de Poisson......................................88
4.4 - RELAÇÕES ENTRE ULTRA-SOM E AS PROPRIEDADES DAS
ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO.......................................................90
4.4.1 - Relações entre ultra-som e as propriedades e características físicas.....90
4.4.2 - Relações entre ultra-som e a propriedades mecânicas............................94
4.4.3 - Relações entre ultra-som e a propriedades de deformação....................97
4.5 - RELAÇÕES ENTRE AS PROPRIEDADES FISÍCO-MECÂNICAS E DE
DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO ...............99
4.5.1 - Relações entre capilaridade x IRA (modificado), ensaio do cachimbo e
absorção ..................................................................................................................99
4.5.2 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral e
resistência de aderência.......................................................................................101
4.5.3 - Relações entre módulo e resistência mecânica.......................................102
4.6 - RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DA DOSAGEM E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DO
REVESTIMENTO ............................................................................................103
4.6.1 - Relações entre consumo de cimento e resistência mecânica.................103
4.6.2 - Relações entre relação a/c e resistência mecânica .................................104
4.6.3 - Relações entre relação módulo de finura e resistência mecânica ........105
5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................107
5.1 - CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS E AS RELAÇÕES
ENCONTRADAS........................................................................................................107
5.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DoS MÉTODOS..................110
5.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CORPOS-DE-PROVA UTILIZADOS ....111
xii
5.4 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................113
APÊNDICES...................................................................................................... A - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-1................121
B - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-2 ................132
C - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-3................143
D - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-4................153
E - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AI.....................164
F - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSAS – MÓDULO
DINÂMICO................................................................................................................175
xiii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Classificação da areia quanto ao módulo de finura, NBR 7217 (ABNT, 1987)
........................................................................................................................11
Tabela 2.2 - Limites de resistência de aderência à tração, NBR 13749 (ABNT,1996).......23
Tabela 2.3 - Classificação do tipo de revestimento segunda a NBR 13530........................26
Tabela 2.4 - Classificação das argamassas (NBR 13530) ...................................................27
Tabela 2.5 - Exigências mecânicas e características no estado fresco para argamassas
(NBR 13281) ..................................................................................................27
Tabela 2.6 - Classificação MERUC ....................................................................................29
Tabela 3.1 - Caracterização física da cal hidratada CH-I ....................................................33
Tabela 3.2 - Caracterização química da cal hidratada CH-I................................................33
Tabela 3.3 - Caracterização física do cimento Portland CP II F-32 ....................................34
Tabela 3.4 - Caracterização química do cimento Portland CP II F-32................................35
Tabela 3.5 - Caracterização das areias médias empregadas nas argamassas mistas ...........36
Tabela 3.6 - Traços argamassas mistas................................................................................37
Tabela 3.7 - Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no
estado fresco.................................................................................................. .47
Tabela 3.8 - Resultados de caracterização dos blocos de concreto utilizados em laboratório
........................................................................................................................48
Tabela 4.1 - Resultados médios de ultra-som em ensaios realizados na argamassa e no
revestimento no estado endurecido ................................................................76
Tabela 4.2 - Resultados médios dos ensaios realizados na argamassa e no revestimento no
estado endurecido...........................................................................................78
Tabela 4.3 - Resultados médios dos ensaios de índice de vazios ........................................80
Tabela 4.4 - Resultados médios dos ensaios de absorção, capilaridade, IRA, ensaio do
cachimbo e absortividade ...............................................................................81
Tabela 4.5 - Resumo dos ensaios físicos realizados nas placas isoladas.............................84
Tabela 4.6 - Resultados médios ensaio mecânicos..............................................................84
Tabela 4.7 - Resultados médios do ensaio de aderência......................................................86
Tabela 4.8 - Resumo dos ensaios mecânicos realizados nas placas isoladas ......................87
Tabela 4.9 - Resultados médios dos ensaios de módulo de deformação e coeficiente de
Poisson ...........................................................................................................88
Tabela A.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica - placa isolada................................121
xiv
Tabela A.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................121
Tabela A.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 X 30.................................121
Tabela A.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma.........................................122
Tabela A.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................122
Tabela A.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..122
Tabela A.7 - IRA e dados de absortividade.......................................................................123
Tabela A.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................124
Tabela A.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................125
Tabela A.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10 ..............126
Tabela A.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30 ............127
Tabela A.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10......................128
Tabela A.13 - Resistência de aderência - revestimento.....................................................128
Tabela A.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma ................................................129
Tabela A.15 - Resistência à compressão – prisma ............................................................130
Tabela A.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10...130
Tabela A.17 - Coeficiente de capilaridade ........................................................................131
Tabela B.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................132
Tabela B.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................132
Tabela B.3 -Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30...................................132
Tabela B.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................133
Tabela B.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................133
Tabela B.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..133
Tabela B.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................134
Tabela B.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................135
Tabela B.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................136
Tabela B.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............137
Tabela B.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............138
Tabela B.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................139
Tabela B.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................139
Tabela B.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................140
Tabela B.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................141
Tabela B.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...141
Tabela B.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................142
Tabela C.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................143
xv
Tabela C.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................143
Tabela C.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30..................................143
Tabela C.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................144
Tabela C.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................144
Tabela C.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..144
Tabela C.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................145
Tabela C.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................146
Tabela C.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................147
Tabela C.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............148
Tabela C.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............149
Tabela C.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................149
Tabela C.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................150
Tabela C.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................151
Tabela C.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................151
Tabela C.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...152
Tabela C.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................152
Tabela D.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................153
Tabela D.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................153
Tabela D.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30..................................153
Tabela D.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma.........................................154
Tabela D.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................154
Tabela D.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..154
Tabela D.7 - IRA e dados de absortividade.......................................................................155
Tabela D.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................156
Tabela D.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................157
Tabela D.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10 ..............158
Tabela D.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30 ............159
Tabela D.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10......................160
Tabela D.13 - Resistência de aderência - revestimento.....................................................160
Tabela D.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma ................................................161
Tabela D.15 - Resistência à compressão – prisma ............................................................162
Tabela D.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10...162
Tabela D.17 - Coeficiente de capilaridade ........................................................................163
Tabela E.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................164
xvi
Tabela E.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10 ....................................164
Tabela E.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30 ..................................164
Tabela E.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................165
Tabela E.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento................................165
Tabela E.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada ..165
Tabela E.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................166
Tabela E.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada .........................................167
Tabela E.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo ...........................168
Tabela E.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............169
Tabela E.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............170
Tabela E.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................171
Tabela E.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................171
Tabela E.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................172
Tabela E.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................173
Tabela E.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...173
Tabela E.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................174
Tabela F.1 - Modulo de deformação dinâmico..................................................................175
xvii
LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 -Solicitações impostas às superfícies externas da edificação (modificada de
Bauer, 1987) .......................................................................................................7
Figura 2.2 - Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de
cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996) ...........................................17
Figura 3.1 - Hierarquia entre as variáveis dependentes e a independente do programa
experimental .....................................................................................................32
Figura 3.2 - Curva granulométrica do agregado utilizado na argamassa mista em
laboratório, segundo a NBR 5734 (ABNT, 1988)............................................37
Figura 3.3 - Curva granulométrica da argamassa industrializada .......................................38
Figura 3.4 - Dispositivo mecânico para lançamento da argamassa - caixa de queda (Paes,
2004) .................................................................................................................52
Figura 3.5 - a) Transmissão direta; b)Transmissão indireta ................................................55
Figura 3.6 - a) e b) - Método para cálculo da velocidade ultra-sônica por transmissão
indireta (NBR 8802, ABNT, 1994) ..................................................................56
Figura 3.7 - Esboço do ensaio para determinação da resistência a tração por compressão
diametral pela NBR 7222 (ABNT, 1994).........................................................56
Figura 3.8 -Ensaio de resistência à tração na flexão............................................................57
Figura 3.9 -Curva tensão x Deformação. A declividade “a” corresponde ao módulo corda,
Bastos (2001) ....................................................................................................61
Figura 3.10 -Disposição das pastilhas nos corpos-de-prova 5x10cm..................................62
Figura 3.11 - Gráfico i x t1/2 para obtenção da absortividade..............................................68
Figura 3.12 -Ensaio de capilaridade (EN 1015-18, 2001)...................................................69
Figura 4.1 - Resultados médios do ultra-som......................................................................77
Figura 4.2 - Resultados médios de densidade de massa ......................................................78
Figura 4.3 - Representação esquemática do esvaziamento dos capilares da camada de
argamassa aplicada sobre bloco e o efeito de retração causado na superfície e
na interface argamassa-substrato (Bastos, 2001)..............................................79
Figura 4.4 - a)Resultados médios do ensaio de índice de vazios; b)Resultados médios do
ensaio de absorção ............................................................................................80
Figura 4.5 - a)Resultados médios do ensaio do coeficiente de capilaridade; b)Resultados
médios do IRA..................................................................................................82
xviii
Figura 4.6 - a)Resultados médios do ensaio de absortividade; b)Resultados médios de
permeabilidade pelo método do cachimbo .......................................................83
Figura 4.7 - Resultados médios do ensaio de resistência à compressão..............................85
Figura 4.8 - a)Resultados médios do ensaio de resistência à tração por compressão
diametral; b)Resultados médios de resistência à tração na flexão....................86
Figura 4.9 - Resultados médios de resistência de aderência................................................87
Figura 4.10 - Resultados médios dos ensaios para determinação dos módulos de
deformação .......................................................................................................89
Figura 4.11 - Resultados médios do coeficiente de poisson................................................90
Figura 4.12 - Relação entre ultra-som x densidade de massa..............................................91
Figura 4.13 - Relação entre ultra-som x absorção de água..................................................91
Figura 4.14 - Relação entre ultra-som x índice de vazios ...................................................92
Figura 4.15 - Relação entre ultra-som x coeficiente de capilaridade ..................................92
Figura 4.16 - Relação entre ultra-som x IRA ......................................................................93
Figura 4.17 - Relação entre ultra-som x permeabilidade pelo método do cachimbo ..........93
Figura 4.18 - Relação entre ultra-som x absortividade........................................................94
Figura 4.19 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (prisma) .......................95
Figura 4.20 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-5x10)....................95
Figura 4.21 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (cp-15x30)...................95
Figura 4.22 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (placa isolada).......96
Figura 4.23 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (prisma) ................96
Figura 4.24 - Relação entre ultra-som x resistência à tração por compressão diametral ...96
Figura 4.25 - Relação entre ultra-som x resistência de aderência .......................................97
Figura 4.26 - Relação entre ultra-som x módulo secante (CP-5x10) ..................................98
Figura 4.27 - Relação entre ultra-som x módulo corda (placa isolada)...............................98
Figura 4.28 - Relação entre ultra-som x coeficiente de Poisson .........................................99
Figura 4.29 - Relação entre capilaridade x IRA ..................................................................99
Figura 4.30 - Relação entre capilaridade x permeabilidade pelo método do cachimbo....100
Figura 4.31 - Relação entre capilaridade x absorção.........................................................100
Figura 4.32 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de
aderência .........................................................................................................101
Figura 4.33 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de
aderência .........................................................................................................102
xix
Figura 4.34 - Relação entre módulo secante (CP-5x10) x resistência à compressão (CP-
5x10) ...............................................................................................................102
Figura 4.35 - a)Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência à tração na flexão;
b)Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência de aderência......103
Figura 4.36 - a)Relação entre consumo de cimento x resistência de aderência; b)Relação
entre consumo de cimento x resistência à compressão (CP-5x10); c) relação
entre consumo de cimento x resistência à tração na flexão (placa isolada)....104
Figura 4.37 - a)Relação entre relação a/c x resistência de aderência; b)relação entre relação
a/c x resistência à compressão (CP-5x10); c) relação entre relação a/c x
resistência à tração na flexão (placa isolada)..................................................105
Figura 4.38 - a)Relação entre módulo de finura x resistência de aderência; b)Relação entre
módulo de finura x resistência à a tração por compressão diametral; c)Relação
entre módulo de finura x resistência à compressão (cp-5x10); d)Relação entre
módulo de finura x resistência à tração na flexão (placa isolada) ..................106
Figura A.1 - Absortividade................................................................................................123
Figura A.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................125
Figura B.1 - Absortividade ................................................................................................134
Figura B.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................136
Figura C.1 - Absortividade ................................................................................................145
Figura C.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................147
Figura D.1 - Absortividade................................................................................................155
Figura D.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................157
Figura E.1 - Absortividade ................................................................................................166
Figura E.2 - Gráfico método do cachimbo ........................................................................168
xx
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 2.1 - Aspecto da mudança ocorrida nas características reológicas da argamassa
com aditivo incorporador de ar: a)Argamassa sem aditivo incorporador de
ar com aspecto de seco; b)Argamassa com aditivo incorporador de ar com
aspecto plástico.(Alves, 2002)...................................................................13
Fotografia 2.2 - Interface argamassa substrato cerâmico: a)Região de baixa extensão de
aderência; b)Região de alta extensão de aderência.(Carasek, 1996).........16
Fotografia 2.3 - Ensaio para determinação da resistência à tração na flexão......................20
Fotografia 2.4 - Ensaio para determinação do módulo de deformação na flexão ...............22
Fotografia 2.5 - Dinamômetro de tração, da marca Dynatest, utilizado nessa pesquisa .....24
Fotografia 3.1 - a)Moldagem da argamassa; b)Aplicação dos golpes; c)Medida do
espalhamento .............................................................................................39
Fotografia 3.2 - Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento
(τ0). ............................................................................................................40
Fotografia 3.3 - a) Equipamento utilizado no ensaio de penetração do cone; b)Posição do
cone para efetuar a leitura inicial...............................................................42
Fotografia 3.4 - Equipamentos utilizados no ensaio............................................................43
Fotografia 3.5 - Seqüência executiva do ensaio de determinação do teor de ar..................44
Fotografia 3.6 - Dispositivos necessários para determinação da retenção de água, segundo a
NBR 13277 (ABNT, 1995) .......................................................................45
Fotografia 3.7 - Equipamento utilizado no ensaio de retenção de água com o funil de
Bücnher modificado ..................................................................................45
Fotografia 3.8 - Seqüência da execução do ensaio de retenção de água .............................46
Fotografia 3.9 - Equipamento utilizado na mistura das argamassas....................................49
Fotografia 3.10 - a)Adensamento dos prisma; b)Aspecto final do corpo-de-prova moldado
...................................................................................................................51
Fotografia 3.11 - a)Aparato da caixa de queda posicionado sobre bloco; b)Vista superior da
caixa de queda, preenchida com argamassa fresca nos momentos pré–
aplicação; c)Rasamento da argamassa; d)Aspecto do revestimento após
rasamento...................................................................................................52
Fotografia 3.12 - a)Tela de poliéster sobre o bloco; b)Rasamento da argamassa; c)Vista do
corte do revestimento; d)Revestimento após o corte.................................53
Fotografia 3.13 - Placa isolada desmoldada ........................................................................54
xxi
Fotografia 3.14 - Equipamento de ultra-som (V-METER MK II) ......................................54
Fotografia 3.15 - a)Medição indireta em placa isolada; b)Medição indireta em revestimento
...................................................................................................................55
Fotografia 3.16 - Ensaio de tração na flexão .......................................................................58
Fotografia 3.17 - a)Ensaio em corpo-de-prova de 5x10; b)Ensaio em corpo-de-prova de
15x30 .........................................................................................................59
Fotografia 3.18 - a)Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em prismas;
b)Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em placas .......60
Fotografia 3.19 - Ensaio de módulo de deformação (CP-5x10)..........................................63
Fotografia 3.20 - Ensaio de módulo de deformação (CP-15x30)........................................63
Fotografia 3.21 - a)Limpeza do corpo-de-prova; b)Marcação da posição do extensômetro;
c)Camada regularizadora; d)Colagem do transdutor elétrico....................64
Fotografia 3.22 - Equipamento para aquisição de dados de extensômetros elétricos tipo
“strain gage” .............................................................................................65
Fotografia 3.23 - Ensaio de módulo de deformação e coeficiente de poisson (CP-15x30) 66
Fotografia 3.24 - Ensaio de absorção ..................................................................................66
Fotografia 3.25 - Ensaio de permeabilidade pelo método do cachimbo .............................73
Fotografia 3.26 - a)Corte e colagem das pastilhas b)Ensaio de resistência de aderência à
tração no revestimento...............................................................................74
xxii
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES
ρ densidade do corpo-de-prova, ν coeficiente de Poisson; τ0 = Su tensão de escoamento ou resistência ao cisalhamento; γap densidade de massa aparente; γf densidade de massa, em g/cm3 εi deformação longitudinal específica (mm/mm σi tensão de tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa; ρs densidade de massa da amostra , em kg/m3; ρw densidade da água, em kg/m3. A placa isolada em contato com a lâmina de água, em cm2. a/af relação água/argamassa fresca; a/c relação água/cimento A2-8 Coeficiente de permeabilidade, em ml.min; ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AG1 areia 1 AG2 areia 2 AG3 areia 3 AI argamassa industrializada AR-1 argamassa 1 AR-2 argamassa 2 AR-3 argamassa 3 AR-4 argamassa 4 b largura do corpo-de-prova Ci coeficiente de capilaridade CSTB CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BATIMENT CSTC CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DE LA CONSTRUCTION d altura do corpo de prova D diâmetro do corpo-de-prova; Ec módulo corda Ecs módulo de deformação secante Ed módulo de deformação dinâmico, EN EUROPEAN COMITTEE FOR STANDARDIZATION F força aplicada f resistência à tração na flexão ft.D resistência à tração por compressão diametral, i volume de água absorvida por unidade de área IRA Taxa inicial de absorção de água livre, l distância entre apoios L altura do corpo-de-prova, em mm. L2 Leitura do ensaio no 2° minuto; L3 Leitura do ensaio no 3° minuto; L4 Leitura do ensaio no 4° minuto; L5 Leitura do ensaio no 5° minuto; L6 Leitura do ensaio no 6° minuto; L7 Leitura do ensaio no 7° minuto; L8 Leitura do ensaio no 8° minuto; M massa da amostra M1 massa do corpo-de-prova com 10 minutos imersão,
xxiii
M2 massa do corpo-de-prova com 90 minutos de imersão, Mf massa do molde com argamassa, Mfc massa do funil cheio e filtro Mfi massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, Mfv massa do funil vazio e filtro Mi massa da amostra saturada e imersa em água, Mm massa do molde vazio Ms massa da amostra seca ms,dry massa seca da amostra, ms,i massa imersa da amostra ms,sat massa saturada da amostra Msat massa da amostra saturada mu massa úmida MW massa total de água utilizada na argamassa Ra retenção de água, S coeficiente de absorção de água, absortividade t tempo, em minutos Tm torque máximo V velocidade da onda ultra-sônica Vs volume da amostra
1
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA
As propriedades das argamassas, substratos, as técnicas de execução e as condições
ambientais do local onde se executa o edifício são os principais fatores que influenciam no
desempenho dos revestimentos de argamassa. O desconhecimento destes aspectos e da
relação entre eles pode ser apontado como um dos principais fatores determinantes do
grande número de incidências de manifestações patológicas nos revestimentos.
Nos últimos anos a indústria da construção civil tem passado por um desenvolvimento
tecnológico em busca de qualidade nos seus produtos e processos construtivos. As
empresas de construção civil estão buscando trocar o empirismo do processo construtivo
pelos conceitos de base científica, visando diminuir o elevado índice de fenômenos
patológicos e desperdícios, mas é ainda grande a quantidade de edificações que apresentam
patologias nos revestimentos de fachada.
No contexto em que se insere esta pesquisa percebe-se a deficiência de parâmetros
consagrados de controle das propriedades das argamassas, tal como existe para o concreto,
para que se obtenha um material que atenda às necessidades específicas de uma
determinada edificação. O que ocorre hoje é a utilização de argamassas de modo genérico,
sem um estudo prévio de suas características ou mesmo de sua aplicabilidade em um
determinado projeto.
Ainda podem ser exemplificadas as seguintes peculiaridades que dificultam a obtenção de
parâmetros aplicados para as argamassas de revestimento:
A forma de execução, do revestimento, onde a argamassa é aplicada manualmente e
apresenta uma variabilidade muito grande com relação à resistência de aderência, em
função da mão-de-obra. Neste sentido Gonçalves (2004) em estudo de campo
identificou que o processo executivo, particularmente a mão-de-obra, é responsável
por grande parte da alta variabilidade de resistência de aderência à tração;
As argamassas necessitam de propriedades específicas e diferenciadas no estado
fresco, como a plasticidade e consistência, para que possam ser aplicadas. Estas
propriedades também têm grande influência nas propriedades da argamassa aplicada
(revestimento);
2
O desconhecimento de quais propriedades devem ser avaliadas e que métodos devem
ser usados para se obter um perfil de comportamento ou desempenho, ou mesmo para
realizar a especificação de uma argamassa para uma determinada aplicação;
O grande número de fatores intervenientes como a natureza do substrato, o preparo da
base de aplicação, os materiais constituintes das argamassas e a sua dosagem também
interferem ns propriedades dos revestimentos.
Existem estudos que visam determinar parâmetros para avaliação do sistema de
revestimento como Bastos (2001), Santos (2003), Do Ó (2003), Souza & Bauer (2003) e
Paes (2004) que visam o estado fresco e momentos iniciais pós-aplicação. Selmo (1989),
Angelim (2000) e Alves (2002) apresentam trabalhos com relação aos procedimentos de
dosagens e materiais constituintes. Para a relação argamassa-substrato pode-se citar
Carasek (1996), Candia (1998), Scartezini (2002), Leal (2003) e Gonçalves (2004). Para o
comportamento físico-mecânico Oliveira (1999), Cortez (1999), Saraiva (1998), Almeida
Dias (2003) e Tristão (1995) apresentam estudos sobre o assunto. Tais parâmetros ainda
não foram totalmente especificados havendo a necessidade de conhecê-los e de determinar
limites que contribuam para a classificação das argamassas de revestimento.
A contribuição da presente pesquisa está em aplicar e comparar diversos métodos para
avaliação das argamassas endurecidas, como aqueles para avaliações das resistências de
aderência e à tração, permeabilidade, entre outros, além de estudar a resposta físico-
mecânica de diferentes argamassas e sistemas de revestimento.
O presente trabalho está inserido na linha de pesquisa de Sistemas Construtivos e
Desempenho de Materiais e Componentes do Programa de Pós-graduação em Estruturas e
Construção Civil da Universidade de Brasília, particularmente no tema “Sistemas de
Revestimento, de Impermeabilização e de Proteção”.
1.2 - OBJETIVOS
A presente pesquisa tem como objetivo geral buscar o estudo do comportamento físico-
mecânico das argamassas de revestimento no estado endurecido, com ênfase nas
propriedades de resistência, deformabilidade e absorção/permeabilidade à água.
Como objetivos específicos procura-se:
3
A aplicação de métodos de ensaios físico-mecânicos com base em diversas normas
como a NBR 7222 - Argamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por
compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos, a NBR 8522 - Concreto –
Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação e da curva
tensão-deformação, a ASTM C-469 – 94 - Standard Test Method for Static Modulus
of Elasticity and Poisson’s Ratio of Concrete in Compression, a EN 1015-11 -
Methods of test for mortar for masonry – Part 11: Determination of fexural and
compressive strength of hardened mortar, entre outras.
Comparação e experimental de métodos para avaliações mecânicas similares como os
ensaios para determinação da resistência à tração, tanto por compressão diametral
quanto por flexão;
Aplicação do ultra-som e verificação de sua adequabilidade na avaliação de
propriedades e parâmetros;
Aplicação das avaliações em diferentes argamassas variando-se o consumo de
aglomerantes, granulometria da areia e utilizando-se comparativamente a argamassa
industrializada.
1.3 - ESTRUTURAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
Para atingir os objetivos propostos, esta dissertação encontra-se estruturada em cinco
capítulos, da seguinte maneira:
O primeiro capítulo tem um breve caráter introdutório, onde está inserida toda a
contextualização do trabalho em linhas gerais, bem como seus objetivos principais e
específicos;
No segundo capítulo, faz-se uma abordagem da literatura específica revisada,
fornecendo-se embasamento para as discussões dos capítulos seguintes;
O programa experimental é detalhado no terceiro capítulo, onde se apresentam às
condições fixas e as variáveis observadas, a caracterização dos materiais e dos
métodos empregadas para o levantamento de algumas propriedades dos revestimentos
estudados;
4
O quarto capítulo apresenta os resultados obtidos na execução do programa
experimental, bem como todas as discussões geradas;
No quinto e último capítulo são apresentadas às conclusões finais do trabalho, além de
sugestões para abordagem do tema em pesquisas futuras.
5
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo visa a apresentar os principais aspectos encontrados na literatura sobre o tema
enfocado nessa dissertação. Assim, inicialmente, encontra-se uma breve apresentação do
revestimento de argamassa. Em seguida, uma discussão sobre as propriedades do
revestimento referente a suas características aglomerantes e adesivas. Aborda-se ainda as
propriedades dos revestimentos em que são destacadas a resistência mecânica, o módulo de
deformação e a resistência de aderência. E por último é apresentado à classificação das
argamassas segundo a normalização brasileira e a classificação MERUC.
2.1 - REVESTIMENTO DE ARGAMASSA
As vedações verticais compõem-se de um sistema de revestimento complexo com vários
elementos, destacando-se: o revestimento externo, substrato de alvenaria ou de estrutura de
concreto e o revestimento interno. O subsistema revestimento é parte integrante das
vedações verticais e este depende das características da camada de ancoragem, bem como
das propriedades da argamassa e também do substrato.
A NBR 13529 (ABNT, 1995) refere-se ao sistema de revestimento como um elemento
formado pelo revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a
natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em
projeto. O revestimento de argamassa é o cobrimento de uma superfície com uma ou mais
camadas superpostas de argamassa, apto a receber acabamento decorativo ou constituir-se
em acabamento final. Já a base ou substrato é a parede ou teto constituídos de material
inorgânico, não metálico, sobre os quais o revestimento é aplicado.
As funções dos revestimentos de argamassa descritas por autores como Selmo (1996) e
Carneiro & Cincotto (1995) são, de forma genérica, as seguintes:
proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos agentes agressivos;
auxiliar as vedações no cumprimento de suas funções, por exemplo, o isolamento
termo-acústico e a estanqueidade à água e aos gases;
regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular e
adequada ao recebimento de outros revestimentos;
constituir-se no acabamento final.
6
Para que os revestimentos possam cumprir adequadamente essas funções, devem
apresentar um grupo de propriedades específicas referentes à argamassa, tanto no estado
fresco quanto no estado endurecido. Selmo (1989) destaca como propriedades no estado
fresco a massa específica, o teor de ar, as propriedades reológicas, trabalhabilidade1,
retenção de água, aderência inicial e retração na secagem, e para o estado endurecido à
aderência, a capacidade de absorver deformações, resistência mecânica, permeabilidade e
durabilidade.
Cincotto et al. (1995) destacam que as condições de desempenho de um revestimento de
argamassa são afetadas por diversos fatores; estes fatores classificam-se em extrínsecos e
intrínsecos e distribuem-se por várias fases do processo de produção, uso e manutenção.
Os extrínsecos são relacionados às solicitações sobre o sistema de revestimento, enquanto
os intrínsecos são os que se relacionam com as propriedades e aos atributos de materiais,
componentes e sistemas.
Os principais fatores intrínsecos que definem o comportamento dos revestimentos são: a
natureza, a granulometria e a proporção dos materiais constituintes, procedimentos de
preparação dos substratos de aplicação, propriedades destes substratos, qualidade de
execução e espessura final dos revestimentos (Santos, 2003). Os fatores extrínsecos podem
ser vistos na Figura 2.1.
1 Define-se trabalhabilidade como a capacidade da argamassa fluir ou espalhar-se sob a superfície do componente de alvenaria, por suas saliências, protuberâncias e fissuras, determinando assim, a intimidade do contato entre a argamassa e o substrato, além de afetar a capacidade de extensão de aderência do revestimento (Bauer & Carasek, 1998).
7
Figura 2.1 - Solicitações impostas às superfícies externas da edificação (modificada de Bauer, 1987)
2.1.1 - Constituição do revestimento
O sistema de revestimento é composto basicamente pelo substrato ou base e o revestimento
de argamassa em uma ou mais camadas. No entanto vale ressaltar que nem sempre o
revestimento é constituído apenas de argamassa, havendo a possibilidade de várias
combinações, devido ao grande número de sistemas de revestimento disponíveis no
mercado.
2.1.1.1 - Substrato
O substrato, ou base, onde revestimento é aplicado pode ser classificado conforme sua
função dentro da estrutura (estrutural e/ou vedação), pelos materiais em que se constituem,
pela sua capacidade de absorção ou sucção de água, pela porosidade, pela textura
superficial de contato, seja lisa ou rugosa, dentre outros. Essas bases podem ser formadas
pelo sistema alvenaria ou estrutura de concreto. Sendo que a primeira é constituída de
blocos ou tijolos e estes que podem ser o tijolo cerâmico, bloco de concreto, bloco sílico-
calcário ou bloco de concreto celular autoclavado.
O comportamento e as propriedades dos revestimentos sofrem influência das propriedades
características do substrato onde se pode destacar: a textura superficial, a absorção de água
capilar, a porosidade e a movimentações higroscópicas irreversíveis. Estas características
estão profundamente ligadas às resistências de aderência e ao cisalhamento entre o
revestimento e o substrato além de influenciarem no comportamento destes devido às
variações térmicas carregamentos estático e dinâmico
chuva
vento
umidade deformação diferencial
peso próprio abrasão/impacto
ruído
revestimento umidade do solo externo substrato
8
trocas de materiais, principalmente líquidos, entre eles (Whiteley et al., 1977, e Carasek,
1996).
As propriedades de uniformidade do substrato principalmente quanto à capacidade e
velocidade de sucção da base, além das movimentações de origem térmica ou higroscópica
e cíclicas, são importantes, pois estas podem causar movimentações diferenciadas
proporcionando a fissuração dos revestimentos (Selmo, 1996, Carasek, 1996 e Candia,
1998).
Como peculiaridade do sistema de revestimento pode-se ressaltar que Bastos (2001), em
seu estudo sobre a retração e as propriedades mecânicas das argamassas, verificou que a
troca de umidade entre a argamassa e o ambiente (substrato e ar) tem grande influencia nas
propriedades da argamassa. Segundo o autor, quanto maior é a perda de água, tanto por
sucção quanto por evaporação, maior é a retração sofrida pela argamassa. O autor verificou
também que, com o aumento da retração, a resistência à tração na flexão e o módulo de
deformação da argamassa aumentaram. Este efeito é devido ao adensamento mecânico da
argamassa promovido pela sucção da água, ocasionando maior área de contato e ligação
mais íntima entre as partes da mistura (Bastos, 2001).
O trabalho feito por Carasek (1997) mostrou a influência do tipo de substrato no
desempenho de revestimento de argamassa. Verificou-se que os blocos de concreto
juntamente com os blocos cerâmicos portantes apresentaram melhor resistência de
aderência, seguidos pelos blocos de concreto leve e sílico-calcário. E por fim os substratos
de blocos cerâmico de vedação e blocos de concreto celular autoclavado.
Para melhorar a resistência de aderência entre o substrato e o revestimento, muitas vezes é
necessário realizar um tratamento prévio do substrato. A essa operação denomina-se
preparo da base. Esse deve ser escolhido em função das características superficiais da base
e executado usando materiais e técnicas apropriadas para efetivamente melhorar as
condições de aderência do revestimento à base, principalmente criando uma superfície com
rugosidade apropriada e regularizando a capacidade de absorção inicial da base (Candia,
1998 e Carasek, 1997).
A NBR 7200 (ABNT,1998) recomenda que a limpeza da base deve garantir a remoção de
pó, graxa, óleo, materiais soltos ou qualquer elemento que venha a prejudicar a aderência
do revestimento. Esta norma recomenda também o uso do chapisco quando a base a ser
9
revestida apresentar baixa aderência ou não apresentar rugosidade superficial. Vale
ressaltar que o chapisco não é considerado como uma camada do revestimento e sim uma
etapa na preparação do substrato (Candia, 1998).
A função do chapisco é a de aumentar a rugosidade da base, além de regularizar a absorção
de água e a porosidade, e deverá ser preferencialmente aplicado em revestimentos
externos, onde as solicitações mecânicas são mais elevadas, assim como nas superfícies de
concreto armado e em blocos que não garantam uma boa aderência (Carasek et al., 2001).
Conforme os autores, os blocos de concreto, de uma forma geral, proporcionam uma boa
aderência, podendo-se suprimir o chapisco quando os blocos estão em ambientes internos.
Candia (1998) verificou que, na maioria dos casos com substratos de alvenaria de blocos
cerâmicos e estruturas de concreto, o preparo de base pelo uso do chapisco é essencial para
se melhorar a resistência de aderência. Já os blocos de concreto apresentam boa aderência
mesmo sem aplicação deste preparo de base.
A questão do controle da absorção de água é ainda controverso, pois Candia & Franco
(1999) afirmam em seu trabalho que os resultados de absorção inicial de substratos onde se
aplicou o chapisco foi dependente do próprio componente do substrato, ou seja,
independente do tipo de chapisco usado. Os blocos de concreto com esta preparação
apresentaram maiores valores de absorção inicial do que os blocos cerâmicos os quais
passaram pelo mesmo tratamento superficial.
Leal (2003) estudando a correlação do mecanismo de transporte de água com a resistência
de aderência à tração, entre a argamassa no estado fresco e diversos substratos porosos,
verificou que o uso inadequado de aditivos modificadores poliméricos no chapisco pode
causar prejuízo à aderência. Observou ainda que o chapisco comum se mostrou melhor que
os aditivados, tanto em substrato de bloco cerâmico quanto em bloco de concreto.
2.1.1.2 - Revestimento de argamassa
Os revestimentos à base de argamassa são compostos, basicamente, pelas camadas de
emboço e reboco ou pelos revestimentos em camada única.
O emboço, conforme a NBR 13529 (1995), “é a camada de revestimento executada para
cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma superfície que
permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo, ou se constitua no
10
acabamento final”. Neste último caso, se o próprio emboço se torna o acabamento final, o
revestimento é considerado de camada única.
O reboco, conforme a mesma norma, é a última camada dos revestimentos constituídos por
múltiplas camadas, servindo como acabamento dos revestimentos de argamassa. Como
esta camada confere a textura final aos revestimentos de múltiplas camadas, ela não deve
apresentar fissuras, principalmente em situações de aplicação externa. Portanto, a
argamassa constituinte desta camada deve apresentar alta capacidade de absorver
deformações.
O emboço é o corpo do revestimento, por ser a camada principal, mais espessa e
ancoradora dos materiais subseqüentes do revestimento, como reboco, pinturas, cerâmicas,
mármore, granito, placas laminadas, revestimentos têxteis, papel de parede, dentre outros
(Cortez, 1999).
2.1.2 - Materiais constituintes
A constituição básica das argamassas de revestimento é dada por aglomerantes (cimento
e/ou cal), areia e água. Pode apresentar aditivos e adições, normalmente acrescidos com a
finalidade de plastificar a massa ou melhorar outras características e propriedades
específicas. A aderência aos substratos porosos, além outras propriedades da argamassa,
podem ser afetadas pelas características físicas e químicas dos materiais, bem como por
suas proporções (Carasek, 1996).
2.1.2.1 - Aglomerantes
O cimento Portland e a cal aérea são os aglomerantes mais empregados no Brasil para
confecção de argamassas de revestimento. Enquanto o primeiro está relacionado com a
resistência de aderência, a extensão e a durabilidade da aderência são atribuídas à presença
da cal nas argamassas (Carasek, 1996).
Dentre os aglomerantes hidráulicos, os cimentos Portland são os mais empregados na
produção das argamassas de revestimentos no Brasil. Tais cimentos precisam da água para
que se processem as reações de hidratação (resultando no endurecimento), como também,
após este processo, formam produtos resistentes à água.
11
A cal é um aglomerante que desenvolve seu endurecimento através da transformação da
cal em carbonato de cálcio, por fixação do gás carbônico existente no ar (processo de
carbonatação).
De um modo geral, as argamassas que apresentam em sua constituição um elevado
consumo de cimento, tendem a aumentar as propriedades mecânicas, incluindo neste caso a
resistência de aderência; isto pode ser desfavorável para o módulo de deformação, pois
caso este aumente muito, tornará o sistema de revestimento pouco deformável,
contribuindo para o risco de fissuração (Selmo, 1989). Por outro lado, argamassas ricas em
cal apresentam alta extensão de aderência, tanto em nível macro como em nível
microscópico, além de aumentar a capacidade de deformação das argamassas e promover
do aumento da retenção de água pela argamassa (Selmo, 1989 e Carasek, 1996). Ou seja,
para se ter uma argamassa mista de boa qualidade, deve-se unir as qualidades destes dois
materiais.
2.1.2.2 - Areia
A capacidade de aderência do revestimento é dependente também dos teores e das
características da areia empregada na confecção das argamassas. De uma forma simplista,
com o aumento do teor de areia há uma redução na resistência de aderência; por outro lado
é a areia, por constituir-se no esqueleto indeformável da massa, que garante a durabilidade
da aderência pela redução da retração (Carasek, 1996).
Normalmente, a escolha de uma areia adequada para uso em argamassas é feita com base
no módulo de finura (MF), que é por definição o resultado da soma das frações retidas e
acumuladas dividido por 100, obtidas durante o ensaio de granulometria da areia utilizando
a série normal de peneiras, especificada pela NBR 7211/83. Para a classificação quanto à
finura são adotados os seguintes intervalos do módulos de finura, conforme a Tabela 2.1.
Tabela 2.1- Classificação da areia quanto ao módulo de finura (NBR 7217 - ABNT, 1987).
Classificação da areia Módulo de finura
Areia fina MF < 2,0
Areia média 2,0≤ MF ≤ 3,0
Areia grossa MF > 3,0
12
Carneiro (1999) diz que o módulo de finura da areia não é um indicador representativo,
pois não considera a distribuição granulométrica da fração fina da areia. Este autor propõe
ainda a adoção de outros parâmetros de avaliação já descritos em trabalhos publicados
sobre agregados para concreto (massa unitária e índice de vazios), complementando ainda
com conceitos oriundos da mecânica dos solos como o coeficiente de uniformidade.
Angelim (2000) estudando argamassas de traço 1:1:6 e 1:2:9 (cimento, cal e areia, em
volume), com duas areias distintas (uma classificada como fina e a outra muito fina pela
NBR 7211/83), encontrou para as duas argamassas maiores valores de resistência de
aderência com a areia de partículas maiores. Vale ressaltar que areias muito grossas não
produzem argamassas trabalháveis, pois prejudicam esta propriedade e ,conseqüentemente,
sua aplicação ao substrato, reduzindo a extensão de aderência.
Angelim (2000) estudou ainda o efeito de diversos teores de finos de diferentes naturezas
(silicosos, argilosos, e calcários) na composição das argamassas de revestimento,
substituindo parte da areia por agregado com elevado teor de finos inertes, verificado uma
redução da resistência de aderência com o aumento do teor de finos das argamassas.
2.1.2.3 - Adições e aditivos
É comum no Brasil a utilização de uma fração argilosa (genericamente chamados de
saibro) em argamassas de revestimento e assentamento. O seu proporcionamento é baseado
no empirismo e o motivo de seu uso é por ser um material não processado de baixo custo,
que tem a capacidade de plastificar as argamassas, substituindo a cal na sua composição
(Costa et al., 2001, Silva et al., 1997 e Carasek et al., 2001). Estes autores afirmam que o
uso indiscriminado do saibro, sem controle tecnológico de suas propriedades e
características, baseado em traços empíricos, tem causado um alto índice de manifestações
patológicas nas alvenarias e principalmente nos revestimentos que usam tais argamassas.
Costa et al., (2001), e Silva et al., (1997), em trabalhos onde avaliaram argamassas de
revestimento, constataram que as argamassas com adição de saibro apresentavam
resultados satisfatórios de desempenho quando comparadas com argamassas mistas de
cimento, cal e areia, sendo viável sua utilização. Costa et al., (2001) recomendam ainda,
com base na experiência local (Região Cuiabana – Mato Grosso) e nos ensaios realizados:
utilizar no máximo a faixa entre 20% e 40% de adição de saibro a fim de controlar o teor
de material pulverulento; impedir efeitos da umidade ascendente e superficial, através de
13
procedimentos eficazes de impermeabilização. Vale ressaltar que para o uso de saibros em
argamassas se faz necessário estudos que indiquem se é possível a utilização deste material
no revestimento e qual a proporção adequada uma vez que este material apresenta
características diferentes de uma localidade para outra e de lote para lote.
Os aditivos incorporadores de ar são materiais orgânicos, usualmente apresentados na
forma de solução, que, quando adicionados ao concreto, às argamassas ou às pastas de
cimento, produzem uma quantidade controlada de bolhas microscópicas de ar,
uniformemente dispersas. Este tipo de ar não deve ser confundido com o ar aprisionado, o
qual está geralmente presente no concreto e nas argamassas, na forma de cavidades
irregulares e, geralmente, são produzidas devido a um inadequado adensamento ou
compactação (Rixon & Mailvaganan, 1999). Estes aditivos são os principais empregados
em argamassas com a intenção de melhorar a plasticidade, permitindo a redução da
quantidade de água, além de, em geral, aumentar a retenção de água e reduzir a exsudação,
devido à adição de bolhas de ar. Por estes motivos os aditivos incorporadores de ar são
muitas vezes empregados como substitutivo da cal, principalmente em argamassas
industrializadas, melhorando as características destas no estado fresco. Já no estado
endurecido estes aditivos não substituem a cal uma vez que não apresentam características
aglomerantes. As Fotografias 2.1 (a) e 2.1 (b) ilustram o comportamento das argamassas
diante da utilização de aditivos incorporadores de ar.
a) b)
Fotografia 2.1 - Aspecto da mudança ocorrida nas características reológicas da argamassa com aditivo incorporador de ar: a)Argamassa sem aditivo incorporador de ar com aspecto de seco; b)Argamassa com aditivo incorporador de ar com aspecto plástico.(Alves, 2002)
Alves (2002) verificou através de ensaios em argamassas contendo incorporadores de ar
que:
À medida que se aumenta o teor de cimento, ocorre uma redução no teor de ar
incorporado, indicando que eles são inversamente proporcionais;
14
A presença das bolhas de ar provoca um ganho de consistência nas pastas de cimento.
No entanto, nas argamassas de revestimento com o aumento do teor de ar incorporado,
se verifica uma redução na consistência;
O teor de ar incorporado é diretamente proporcional ao tempo de mistura. Esta
conclusão é restrita aos intervalos de tempo utilizados na pesquisa do autor, uma vez
que a literatura coloca que haverá um tempo, acima do qual, ocorrerá uma perda de ar;
Com o aumento do teor de ar se observou uma redução na resistência de aderência à
tração dos revestimentos;
2.2 - PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA
As propriedades físico-mecânicas das argamassas podem ser divididas em duas categorias,
sendo estas de natureza adesiva e de natureza aglomerante. A primeira refere-se à
capacidade da argamassa aderir-se ao substrato, ou seja, promover a resistência de
aderência. Já a propriedade aglomerante refere-se aptidão da argamassa promover uma
consolidação interna, entre o aglomerante e o agregado, onde se desenvolvem as demais
propriedades físico-mecânicas como: a resistência à compressão, a resistência à tração,
permeabilidade e a capacidade de absorver deformações. Ou seja, essas propriedades
fisico-mecânicas estão vinculadas à estrutura interna da argamassa, onde o agregado é
envolvido pelo aglomerante formando a estrutura interna da argamassa de revestimento.
Ambas as categorias são dependentes dos materiais constituintes da argamassa, além da
quantidade utilizada de cada um destes na produção da argamassa. Deve ser lembrado que
tanto as propriedades adesivas como as aglomerantes se desenvolvem em um sistema com
forte sucção de água da argamassa pelo substrato (Gonçalves, 2004).
2.2.1 - Propriedades aglomerantes
O cimento quando é hidratado desenvolve propriedades ligantes, devidos às reações
químicas entre os materiais do cimento e a água. Em outras palavras, na presença de água,
os silicatos e os aluminatos formam produtos de hidratação que possuem características de
pega e endurecimento, que com o transcorrer do tempo dão origem à pasta de cimento
endurecida (Mehta & Monteiro, 1994 e Neville, 1997).
A fonte principal de resistência entre os produtos sólidos da pasta é a existência de atração
de Van der Waals. A adesão entre duas superfícies sólidas pode ser atribuída a estas forças
15
de natureza física, sendo o grau de ação aderente dependente da extensão e natureza das
superfícies envolvidas. Os pequenos cristais de C-S-H2, de sulfoaluminatos de cálcio
hidratados e de aluminatos de cálcio hidratados hexagonais possuem área específica e
capacidade de adesão elevadas, aderindo-se fortemente entre si e às partículas de agregado.
Além dos sólidos presentes na pasta, há também os vazios capilares que representam o
espaço não preenchido pelos componentes sólidos da pasta e são dependentes da
quantidade de água misturada com o cimento no inicio da hidratação e do grau de
hidratação do cimento. Com relação à zona de transição entre pasta e agregado, pode-se
dizer que a água de amassamento forma uma película ao redor do agregado, tornado esta
região com uma alta relação água/cimento, que promoverá uma estrutura mais porosa nesta
região do que na pasta. Além desta porosidade, estão presentes na zona de transição
microfissuras que também são responsáveis pela baixa resistência desta região. A
quantidade de microfissuras é função da distribuição granulométrica e tamanho do
agregado, teor de cimento, relação água/cimento, condições de cura, entre outros (Mehta &
Monteiro, 1994).
Como a resistência de um material está baseada na parte sólida deste, os vazios são
prejudiciais à resistência; logo, a resistência da argamassa vai depender da quantidade de
vazios (porosidade) presentes nela, onde a zona de transição é a região mais fraca.
2.2.2 - Propriedade adesiva
Na grande maioria das edificações a falta de desempenho dos revestimentos argamassados
está relacionado com a perda ou falta de aderência ao substrato. Assim, a capacidade da
argamassa atingir uma completa, resistente e durável aderência com a base, é a propriedade
mais importante de uma argamassa de revestimento. (Martinelle, 1989)
Didaticamente, pode-se dizer que a aderência depende da conjunção de três propriedades
da interface argamassa-substrato: a resistência de aderência à tração, a resistência de
aderência ao cisalhamento e a extensão de aderência (que corresponde à razão entre a área
de contato efetivo e a área total possível de ser unida), sendo estas, propriedades da região
de contato entre os dois materiais (Carasek, 1996). Uma boa extensão de aderência (maior
2 Silicato de cálcio hidratado que constitui de 50% a 60% do volume de sólidos de uma pasta de cimento Portland completamente hidratado e é, conseqüentemente, a mais importante na determinação das propriedades da pasta (Mehta & Monteiro, 1994)
16
área de contato) beneficia os mecanismos de aderência, caso a mesma seja contínua e
prolongada ao longo de toda a interface argamassa-substrato. A Fotografia 2.2 (a) ilustra
uma região de baixa extensão de aderência e a Fotografia 2.2 (b) ilustra uma região com
alta extensão de aderência.
a) b)
Fotografia 2.2 - Interface argamassa substrato cerâmico: a) Região de baixa extensão de aderência; b) Região de alta extensão de aderência.(Carasek, 1996)
Conforme a citação feita por Carasek et al. (2001), referente a diversos autores, a aderência
entre a argamassa de revestimento e o substrato é um fenômeno essencialmente mecânico,
devido à penetração da pasta aglomerante e argamassa nos poros e na rugosidade do
substrato. Quando a argamassa no estado plástico entra em contato com a base absorvente,
parte da água de amassamento, que contém em dissolução ou estado coloidal componentes
do aglomerante, penetra pelos poros e cavidades do substrato, de modo que ocorre a
precipitação de produtos de hidratação do cimento no seu interior, exercendo ação de
ancoragem da argamassa à base (Carasek et al., 2001).
Além do fenômeno mecânico, podem contribuir para a aderência, porém em pequena
proporção, as forças de adesão na superfície dos materiais, dadas pelas forças de Van der
Waals e ligações polares covalentes entre as partículas na interface, e também a aderência
química possivelmente proveniente da reação pozolânica entre a cal e a superfície dos
blocos cerâmicos (Robinson, 1996 apud Scartezini, 2002).
Com relação à microestrutura da interface argamassa/substrato, Carasek (1996), com o
auxílio de um microscópio eletrônico de varredura, confirmou através de estudos que a
aderência decorre do intertravamento de cristais de etringita3 no interior dos poros do
3 Sulfoaluminato de cálcio que ocupa de 15 a 20% do volume de sólidos na pasta de cimento endurecida e, conseqüentemente, desempenham um papel menor nas relações entre estrutura propriedade da pasta (Mehta & Monteiro, 1994)
substrato substrato
argamassaargamassa
17
substrato cerâmico, conforme modelo apresentado na Figura 2.2. A descrição deste
mecanismo é corroborado internacionalmente pelos pesquisadores do Institut National de
Sciences Appliquées - INSA, de Toulouse na França, dentre eles, Farran, Grandet,
Détriché, Maso e Dupin, que defendem a idéia de que a zona de contato entre a pasta de
cimento e fatias de tijolo cerâmico polidas (estudo em um sistema simplificado) é
composta principalmente por cristais de etringita.
Figura 2.2 - Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de
cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996).
Conclui-se que a aderência da argamassa ao substrato depende, em grande parte, da
transferência de água entre estes dois materiais. O substrato, através da sua absorção, é o
maior responsável pela perda de água das argamassas no estado fresco. Détriché & Maso
(1986) e Groot (1988) afirmam que as características superficiais e de porosidade do
substrato como diâmetro, estrutura, volume dos poros e propriedades do material influem
no transporte de umidade e, conseqüentemente, na alteração das propriedades da
argamassa em contato com esta base absorvente.
O teor de água original nas argamassas frescas é bem superior ao necessário para que
ocorra a completa hidratação do cimento, uma vez que este excesso é necessário para que a
argamassa seja aplicável (trabalhável). O transporte de água no interior da argamassa
começa, teoricamente, tão logo ela seja adicionada aos componentes anidros, pois uma
parcela do conteúdo inicial é perdida por evaporação, sendo que a perda mais significativa
18
irá ocorrer após a aplicação da argamassa pela sucção dos poros da base, acarretando uma
perda de plasticidade, a qual é necessária para as operações de acabamento.
A teoria dos poros ativos é um modelo, inicialmente proposto por Détriché et al.(1985) e
Dupin, Détriché & Maso (1988) apud Carasek et al. (2001), que sugere uma modelagem
simples para representar a interação argamassa/substrato. Neste modelo, o fluxo de água
entre a argamassa e o substrato é encarado como a interação entre dois sistemas de poros.
O sistema de poros existente no substrato é modelado através de um conjunto de tubos
cilíndricos paralelos independentes, abertos, perpendiculares à superfície da argamassa, de
raios constantes ao longo do tempo e inicialmente vazios. O sistema existente na
argamassa fresca, por ocasião de sua aplicação, apresenta um esqueleto formado pelos
grãos sólidos do aglomerante e do agregado, sendo os poros preenchidos por água. Esta
modelagem também prevê uma estrutura de tubos cilíndricos independentes, contudo
saturados de água e de raios variáveis com o tempo, sendo que os raios destes tubos vão
diminuindo à medida que progride a hidratação dos aglomerantes da argamassa
Esta modelagem, apesar de ser simplificada, permite propor uma teoria qualitativa sobre os
movimentos de água quando a argamassa é colocada em contato com o substrato poroso,
cujos capilares estão inicialmente vazios. Este modelo indica que, enquanto os raios
médios dos capilares das argamassas são superiores aos dos capilares do substrato, o
movimento de água se efetua no sentido da argamassa para o substrato. Juntamente com
esta sucção ocorre um aperto mecânico das partículas sólidas da argamassa pela ação da
diminuição de pressão dos capilares, que se traduz por uma sedimentação quase imediata
da camada de argamassa (efeito de ventosa4) e uma aceleração da cristalização dos
produtos hidratados consecutivos ao crescimento da concentração de íons dissolvidos.
Devido a esse mecanismo ocorre uma redução do raio médio dos capilares da argamassa,
até se tornar igual ao dos capilares do substrato. Quando o raio médio dos capilares da
argamassa torna-se inferior ao dos capilares da base, o sentido do movimento da água é
invertido (Carasek et al., 2001).
4 O efeito de ventosa é oriundo da diminuição de pressão nos capilares da argamassa. Em momentos iniciais a sucção pode causar este efeito nos capilares, onde a pressão fica inferior à atmosférica. Nos poros da argamassa que têm contato com os poros da base, esta diminuição de pressão atua incrementando a adesão inicial da argamassa à base.
19
Carasek (1996) apresenta uma discussão sobre a teoria dos poros ativos e cita o estudo de
Détriché e colaboradores, os quais avaliaram a sucção de um tipo de substrato frente a três
argamassas de mesmo traço e diferentes granulometrias da areia empregada. Os referidos
pesquisadores tiveram como principal conclusão o fato de que, com o uso de areias mais
finas, o raio médio dos capilares da argamassa diminui e, conseqüentemente, ocorre uma
redução da capacidade de sucção do substrato, enquanto que areias mais grossas produzem
uma maior quantidade de poros ativos no substrato.
2.3 - AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS E DO
REVESTIMENTO NO ESTADO ENDURECIDO
2.3.1 - Resistência mecânica – tração e compressão
A resistência mecânica das argamassas pode variar dependendo das diferentes solicitações
a que estarão submetidas. A argamassa deverá ter resistência para suportar a
movimentação da base, que poderá ocorrer por recalques ou por variação dimensional por
umedecimento e secagem ou ainda pela dilatação e contração do revestimento devido às
variações de temperatura. Estas solicitações poderão provocar fissuras ou falha na
aderência entre a argamassa e a base ou entre as camadas de argamassa, que deverão ser
combatidas pela resistência mecânica das argamassas (Tristão, 1995).
A resistência mecânica diz respeito à propriedade dos revestimentos de possuírem um
estado de consolidação interna capaz de suportar esforços mecânicos das mais diversas
origens e que se traduzem, em geral, por tensões simultâneas de tração, compressão e
cisalhamento (Selmo, 1989).
A normalização brasileira, referente à determinação das propriedades mecânicas das
argamassas de revestimento como a tração e a compressão, apresenta apenas o
procedimento de ensaio para determinação da resistência desta última propriedade,
segundo procedimentos da NBR 13279 – Argamassas para assentamento de paredes e
revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à compressão – Método de
ensaio. Para a realização deste ensaio são necessários quatro corpos-de-prova cilíndricos de
5 cm de diâmetro e 10 cm de altura, que devem ser capeados e rompidos à compressão
uniaxial.
Quando se faz necessário a determinação da resistência à tração, é comum recorrer à
normalização não específica para argamassa de revestimento, como a NBR 7222 –
20
Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos-de-prova
cilíndrico, ou normas internacionais como a norma européia EN 1015-11: Methods of test
for mortar for masonry – Part 11: Determination of flexural and compressive strength of
hardened mortar, onde a resistência à tração é determinada por ensaio à flexão, conforme a
Fotografia 2.3.
Fotografia 2.3 - Ensaio para determinação da resistência à tração na flexão.
Bastos (2001) propôs, para o ensaio de determinação da tração na flexão, a utilização de
corpos-de-prova em forma de placas moldados sobre base porosa (bloco cerâmico de
alvenaria) e não absorvente, com a intenção de verificar a influência do substrato nas
propriedades das argamassas. Bastos observou, neste caso, que a resistência à tração na
flexão e o módulo de deformação aumentam quanto maior for a absorção de água
promovida pelo substrato.
2.3.2 - Módulo de deformação
Pela lei de Hooke, o módulo de elasticidade é definido como a relação entre a tensão
normal e a deformação correspondente, dentro do limite elástico. A argamassa, como no
caso do concreto, não é um material tipicamente elástico para qualquer estágio de
carregamento a que é submetida. Logo, nesse caso, a lei de Hooke tem uma aplicação
aproximada. Devido à falta de proporcionalidade entre tensões e deformações, o módulo de
deformação não é constante para qualquer intervalo de carga. Assim, o seu valor varia de
21
acordo com o ponto do diagrama onde é definido e a forma como é calculado, secante ou
tangente à curva (Cincotto et al., 1995).
Mehta e Monteiro (1994) expõem, com relação ao concreto, que o motivo da não-
linearidade da relação tensão-deformação pode ser explicada através do processo de micro-
fissuração progressiva do concreto sob carga, também válida para argamassa de
revestimento. Neste caso, com a aplicação do carregamento, as micro-fissuras existentes na
zona de transição aumentam se propagando pela pasta de cimento.
2.3.2.1 - Módulo de deformação estático
Mehta & Monteiro (1994), fazendo referência ao concreto, dizem que o módulo de
deformação é dado pela declividade da curva tensão-deformação para um carregamento
uniaxial. Como a curva é não-linear para o concreto, três métodos podem ser utilizados
para fazer este cálculo: o módulo secante, o módulo tangente e o módulo corda.
A NBR 8522 (ABNT, 2003) diz que o módulo de elasticidade (ou módulo tangente inicial)
é utilizado para caracterizar a deformabilidade do concreto, e é equivalente ao módulo
secante ou cordal entre 0,5 MPa e 30% da tensão de ruptura. Já o módulo secante refere-se
à simulação de uma estrutura cuja carga permanente prevalece, e é obtido pela declividade
de uma reta traçada entre 0,5 MPa e a tensão considerada no ensaio.
Módulo corda (cordal) é semelhante ao módulo secante e é dado pela declividade de uma
reta traçada entre dois pontos da curva tensão-deformação (Mehta & Monteiro, 1994).
2.3.2.2 - Módulo de deformação dinâmico
Este módulo corresponde a uma deformação instantânea muito pequena, devido a uma
carga muito baixa, e que não induz nenhuma microfissura no concreto e não ocorre
fluência. O módulo dinâmico é dado pelo módulo tangente inicial, que é o módulo tangente
para uma reta traçada desde a origem, e é maior que o módulo de deformação estático,
podendo ser determinado através de ensaio sônicos (Mehta & Monteiro, 1994 e Neville,
1997).
2.3.2.3 - Módulo de deformação à flexão
O ensaio de flexão é de realização simples em laboratório, além de representar melhor o
revestimento de argamassa. O cálculo deste módulo pode ser feito a partir da relação entre
22
a tensão de tração na flexão e a deformação correspondente, considerando-se uma viga
simplesmente apoiada nas extremidades e carregada no meio do vão. O módulo de
deformação, em função da flecha, é dado pela Equação 2.1.
3
3
4FlEbdδ
= (2.1)
Onde:
E = módulo de deformação, em MPa;
F = carga aplicada no meio do vão, em N;
l = distância entre apoios, em mm;
b = base do corpo-de-prova, em mm;
d = espessura do corpo-de-prova, em mm;
δ = deslocamento (flecha) no meio do corpo-de-prova, em mm.
A Fotografia 2.4 ilustra o ensaio para obtenção do módulo de deformação na flexão.
Fotografia 2.4 - Ensaio para determinação do módulo de deformação na flexão.
23
2.3.3 - Resistência de aderência
A avaliação da aderência dos revestimentos é feita através de ensaios semi-destrutivos de
resistência de aderência, por tração ou por cisalhamento, de corpos de prova cortados
transversalmente nos revestimentos, obtendo-se valores de resistência à tração ou ao
cisalhamento, dependendo da direção de solicitação.
A resistência de aderência à tração representa a máxima tensão que um revestimento
suporta quando submetido a um esforço normal de tração. Essa resistência pode ser medida
por diversos tipos de aparelho. Apesar das diferenças no tipo de mensuração, o princípio de
gerar a carga de ruptura é o mesmo: consiste na imposição de um esforço de tração
perpendicular ao revestimento a ser ensaiado (Gonçalves, 2004).
Para a avaliação da resistência de aderência em um revestimento de argamassa a
Associação Brasileira de Normas Técnicas apresenta duas normas que referenciam a
resistência de aderência: a NBR 13528 (ABNT, 1995), que prescreve o método de ensaio
da resistência de aderência à tração para revestimentos de paredes e tetos; e a NBR 13749
(ABNT, 1996), que determina as especificações necessárias aos revestimentos, incluindo aí
os limites mínimos de resultado desse ensaio (Tabela 2.2). O resultado desse ensaio é dado
em MPa após o cálculo da média de algumas determinações.
Tabela 2.2- Limites de resistência de aderência à tração, NBR 13749 (ABNT,1996).
Para a realização deste ensaio se faz necessário o uso de um equipamento de tração
(Fotografia 2.5), com aplicação lenta e progressiva da carga até a ruptura do corpo-de-
prova.
Local de Aplicação do Revestimento Acabamento Utilizado Resistência de
Aderência (MPa)
Pintura ou base para reboco ≥0,20 Parede Interna
Cerâmica ou laminados ≥0,30
Pintura ou base para reboco ≥0,30 Parede Externa
Cerâmica ≥0,30
Teto ≥0,20
24
Fotografia 2.5 - Dinamômetro de tração, da marca Dynatest, utilizado nesta pesquisa.
A interação das características e propriedades intrínsecas da argamassa e substrato se
relaciona com medida da aderência entre os dois materiais. Como os substratos
convencionais (alvenarias de blocos cerâmicos e de concreto), por si só, já apresentam
elevada variabilidade quanto à sucção, é de se esperar que os ensaios visando à interface de
aderência apresentem altos coeficientes de variação. As argamassas por sua vez também
variam, principalmente no teor de água.
Gonçalves (2004) em meticulosos estudos de campo observou que a resistência de
aderência à tração apresenta uma variabilidade intrínseca da ordem de 52%. Somente o
método de ensaio utilizado para mensurar a aderência apresenta uma variação intrínseca de
19%. Fatores como: processo executivo do revestimento, materiais utilizados, as condições
climáticas, dentre outros, respondem por uma variabilidade de 33% nos resultados do
ensaio de aderência.
Segundo Scartezini (2002) é necessário uma reflexão sobre os limites propostos pela
NBR 13749 para o ensaio de resistência de aderência à tração, como critério de aceitação
dos revestimentos de argamassa. Da análise de dados obtidos de sua dissertação de
mestrado, ele verificou que os valores de aderência para blocos cerâmicos foram
insatisfatórios, uma vez que não atingiram os valores mínimos estipulados pela NBR
13749 (ABNT, 1996), enquanto que os valores obtidos com os blocos de concreto
atingiram com tranqüilidade os limites propostos pela norma. Desta forma é que um
revestimento de argamassa pode ser aprovado ou não pela normalização brasileira de
acordo com o tipo de substrato utilizado. Os demais critérios de desempenho apresentados
pela norma, como fissuração e presença de som cavo no revestimento, são atendidos com
satisfação por ambos os revestimentos, independentemente do tipo de bloco utilizado na
25
alvenaria, não sendo possível distinguir os desempenhos. Conclusões semelhantes foram
obtidos por Candia, 1998, Leal (2003) e Paes (2004).
No Brasil, o ensaio de aderência à tração é o mais utilizado para se mensurar supostamente
o desempenho do revestimento em argamassa, quando não é o único na maioria dos casos.
Isso é um problema, pois revestimentos com altos valores de resistência de aderência à
tração tendem a apresentar, geralmente, um alto módulo de elasticidade, sendo portanto
mais rígidos e com maior grau de fissuração potencial, por não conseguirem absorver as
deformações impostas pelas movimentações termo-higroscópicas e estruturais. Ou seja,
somente altas resistências de aderência à tração não representam, obrigatoriamente,
revestimentos duráveis e adequados ao uso pretendido.
As especificações normativas de aderência prescrevem níveis mínimos de resistência de
aderência, sem mencionar algo sobre níveis máximos.
2.3.4 - Velocidade de propagação de onda ultra-sônica – relação com propriedades
físico-mecânicas
Rodrigues (2003) fazendo referência ao concreto destaca que dentre os ensaios não-
destrutivos disponíveis, os métodos que envolvem a propagação de ondas sonoras, em
especial o método ultra-sônico, constituem foco de pesquisa e análise no mundo inteiro,
pela vantagem de não se limitar a uma determinação superficial das características do
concreto. Entretanto a interpretação dos resultados deve ser feita de forma criteriosa, pois
exige um conhecimento especifico dos fatores influentes sobre as leituras. Assim, as
vantagens oferecidas pelo método e as inúmeras incógnitas incidentes sobre os resultados
do ensaios revelam a necessidade científica e tecnológica de estudos sobre o método ultra-
sônico, sua importância e sua limitações.
Segundo Mehta e Monteiro (1994), geralmente as tentativas de correlacionar dados de
velocidade de propagação da onda com parâmetros de resistência do concreto não têm tido
sucesso. Portanto, o método é recomendado apenas com o propósito de controle da
qualidade e avaliação da homogeneidade do material.
A ABNT contém uma norma referente à determinação da velocidade de propagação de
onda ultra-sônica (NBR 8802 - Concreto Endurecido – Determinação da velocidade de
propagação de onda ultra-sônica), mas esta norma não apresenta parâmetros de avaliação
ou mesmo desempenho.
26
O ensaio de propagação de onda ultra-sônica está diretamente relacionado com a densidade
do material ensaiado e com a porosidade do mesmo. A velocidade de propagação é maior
em meios sólidos do que em líquidos e meios gasosos.
2.4 - CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS
Nakakura (2003) destaca que a norma nacional NBR 13281 (ABNT, 2001), neste
momento, apresenta somente uma classificação para fins de controle de produto, não
contemplando o desempenho deste produto quando aplicado. De modo que percebe-se a
necessidade de uma normalização que vise especificação da argamassa de revestimento
para cada uso, sendo necessários estudos que visem definir requisitos e critérios de
desempenho aos quais as formulações devem atender.
No Brasil, a normalização existente refere-se à classificação do tipo de revestimento e o
tipo de argamassa (NBR 13530 - ABNT, 1995), especificação das condições exigíveis de
recebimento dos revestimentos executados (NBR 13749 - ABNT, 1996), requisitos para as
argamassas (NBR 13281 - ABNT, 2001) além de estabelecer os procedimentos de
execução do revestimento de argamassa (NBR 7200 - ABNT, 1998).
As classificações do tipo de revestimento e do tipo de argamassa estão apresentas nas
Tabelas 2.3 e 2.4, respectivamente. A NBR 13530 (ABNT, 1995) classifica os
revestimentos de paredes e tetos executados em argamassas inorgânicas.
Tabela 2.3- Classificação do tipo de revestimento segunda a NBR 13530. Tipo Critério de classificação
Revestimento de camada única Revestimento de duas camadas Número de camadas
Revestimento com contato com o solo Revestimento externo Revestimento interno
Ambiente de exposição
Revestimento comum Revestimento de permeabilidade reduzida Revestimento hidrófugo
Comportamento à umidade
Revestimento de proteção radiológica Comportamento a radiações Revestimento termoisolante Comportamento ao calo Camurçado Chapiscado Desempenado Sarrafeado Imitação travertino Raspado
Acabamento de superfície
27
Tabela 2.4- Classificação das argamassas (NBR 13530). Tipo Critério de classificação
Argamassa aérea Argamassa hidráulica Natureza do aglomerante
Argamassa de cal Argamassa de cimento Argamassa ce cimento e cal
Tipo de aglomerante
Argamassa simples Argamassa mista Número de aglomerantes
Argamassa aditivada Argamassa de aderência melhorada Argamassa colante Argamassa redutora de permeabilidade Argamassa de proteção radiológica Argamassa hidrófuga Argamassa termoisolante
Propriedades especiais
Argamassa de chapisco Argamassa de emboço Argamassa de reboco
Função do revestimento
Argamassa dosada em central Preparada na obra Argamassa industrializada Mistura semipronta para argamassa
Forma de preparo ou fornecimento
A NBR 7200 (ABNT, 1998) fixa o procedimento de execução de revestimento de paredes
e tetos, quanto ao preparo e aplicação das argamassas, preparo da base de revestimento,
acondicionamento das argamassas e cuidados de aplicação. Já a NBR 13281 (ABNT,
2001) trata de especificar os requisitos para argamassa utilizada em assentamento e
revestimento de paredes e tetos, onde estabelece as exigências mecânicas e reológicas para
argamassas, conforme a Tabela 2.5.
Tabela 2.5- Exigências mecânicas e características no estado fresco para argamassas (NBR 13281).
Características Identificação Limites Métodos
Resistência à compressão aos 28 dias (MPa)
I II III
≥0,1 e <4,0 ≥4,0 e ≤8,0
>8,0 NBR 13279
Capacidade de retenção de água (%)
Normal Alta
≥80 e ≤90 >90 NBR 13277
Teor de ar incorporado (%) a b c
<8 ≥8 e ≤18
>18 NBR 13278
28
Quanto à especificação, a NBR 13749 (ABNT, 1996) tem o objetivo de fixar as condições
exigíveis para o recebimento de revestimento de argamassa aplicados a substratos de
alvenaria e concreto. As condições estabelecidas por esta norma são:
O aspecto do revestimento relacionados a textura e imperfeições;
A espessura admissível do revestimento onde, para: (i) parede interna: não deve ser
menor que 5 mm nem maior que 20 mm; (ii) parede externa: não deve ser inferior a 20 mm
nem superior a 30 mm; e (iii) para tetos a espessura deve ser menor ou igual a 20 mm;
Para desvio de prumo a norma estabelece que o desvio não deve exceder H/900, sendo
H a altura da parede, em metros;
O desvio de nível de tetos de argamassas não deve ultrapassar L/900, onde L é o
comprimento do maior vão do teto, em metros;
A planeza do revestimento é limitada a 3 mm em relação a uma régua de 2 m de
comprimento, relativa as ondulações, e a 2 mm em relação a uma régua de 20 cm de
comprimento, relativa as irregularidades abruptas.
Para a aderência deve-se primeiro verificar a presença de som cavo no revestimento,
caso constatado a presença, recomenda-se o ensaio para a determinação da resistência de
aderência conforme procedimentos da NBR 13528. Os limites estabelecidos para a
resistência de aderência foram apresentados na Tabela 2.2.
Nakakura (2003) informa ainda que, no âmbito internacional, o CSTB5 destaca-se na
atuação junto o mercado francês, onde todas as argamassas são estudadas para que, antes
da entrada do produto no mercado da construção, seja emitido um certificado de
homologação. Esta certificação tem um prazo pré-estabelecido, durante o qual o
desempenho do produto aplicado é acompanhado, exigência que deve ser atendida para a
manutenção da homologação. Esse acompanhamento permite detectar os problemas
surgidos que, certamente, resultam na modificação da formulação. Essa experiência
permitiu ao CSTB estabelecer a classificação MERUC (CSTB – 2669-3 ,1993), que
específica propriedades intrínsecas da argamassa associadas ao seu desempenho em uso.
5 Centre Scientifique et Technique du Batiment.
29
Os métodos de ensaios são prescritos no procedimento CSTB – 2669-4 (1993). Esta
classificação baseia-se nas cinco propriedades que se seguem:
M - Masse volumique apparente de l’enduit durci - densidade de massa aparente no estado
endurecido (kg/m3), é um indicativo da compacidade da argamassa;
E - Module d’élasticité - módulo de deformação (MPa), é um indicativo da capacidade de
absorver deformações da argamassa;
R - Résistance à la traction - resistência à tração na flexão (MPa), verifica a capacidade do
revestimento resistir a esforços de tração, sendo, talvez, mais representativo para o
revestimento do que a resistência à compressão;
U - Rétention d’eau (Humidification) - retenção de água no estado fresco (%), que
representa a capacidade que a argamassa possui de reter água de amassamento contra a
sucção da base ou evaporação;
C - Capillarité - coeficiente de capilaridade (g/dm2.min1/2), este ensaio verifica o
deslocamento de fluidos, na argamassa, pelo efeito da capilaridade, dando uma idéia da
porosidade do material.
Cada propriedade tem critérios de desempenho subdivididos em seis classes, como
indicado na Tabela 2.6.
Tabela 2.6- Classificação MERUC. Classe M (kg/m3) E (MPa) R (MPa) U (%) C (g/dm2.min1/2)
1 < 1200 < 5000 < 1,5 < 78 < 1,5 2 1000 a 1400 3500 a 7000 1,0 a 2,0 72 a 85 1,0 a 2,5 3 1200 a 1600 5000 a 10000 1,5 a 2,7 80 a 90 2 a 4 4 1400 a 1800 7500 a 14000 2,0 a 3,5 86 a 94 3 a 7 5 1600 a 200 12000 a 20000 2,7 a 4,5 91 a 97 5 a 12 6 > 1800 > 16000 >3 ,5 95 a 100 > 10
Por não se ter valores dessas propriedades para argamassas nacionais, percebe-se que há
dificuldades de sua aplicação às argamassas do mercado nacional. Por essa razão a
presente pesquisa corrobora, juntamente com o trabalho de Nakakura (1993), com
determinação de algumas propriedades referentes à classificação MERUC para as
argamassas nacionais.
30
3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS
Este capítulo apresenta a descrição do programa experimental desenvolvido para a
obtenção dos resultados, visando os objetivos pré-estabelecidos do trabalho, bem como a
caracterização dos materiais utilizados. Também são apresentadas as particularidades de
cada etapa, abordando-se as condições fixas e as variáveis estudadas. O estudo foi
realizado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de Brasília.
3.1 - PROJETO EXPERIMENTAL
A pesquisa abordada nesta dissertação utiliza vários métodos que visam à caracterização
das principais propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento e também
avaliar o sistema de revestimento. Foram avaliadas cinco argamassas distintas para obter
suas propriedades, sendo uma argamassa industrializada e quatro argamassas mistas
produzidas no Laboratório.
O trabalho fundamenta-se na análise das relações entre as propriedades avaliadas após a
realização dos ensaios em laboratório. A seguir, descreve-se o planejamento do estudo.
3.1.1 - Estudo das propriedades das argamassas de revestimento
Foi executado um estudo experimental para avaliar as características das argamassas em
questão e também o sistema de revestimento. Buscou-se discutir a relação entre os diversos
métodos e as propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento e do
revestimento propriamente dito.
Os fatores de controle analisados neste projeto foram:
• Traço da argamassa;
• Tipo e forma do corpo-de-prova.
A variável independente deste estudo foi a argamassa, sendo quatro argamassas mistas e
uma argamassa industrializada.
31
O estudo tem como variáveis dependentes:
• Propriedades no estado endurecido:
Da argamassa:
− Resistência à tração na flexão;
− Resistência à tração por compressão diametral;
− Módulo de deformação na flexão;
− Velocidade de onda ultra-sônica;
− Resistência à compressão;
− Módulo de deformação por compressão;
− Coeficiente de Poisson;
− Absorção de água;
− Densidade de massa;
− Índice de vazios;
− Capilaridade.
Do revestimento:
− Permeabilidade pelo método do cachimbo;
− Resistência de aderência à tração;
− Velocidade de onda ultra-sônica;
− Resistência à tração na flexão;
− Módulo de deformação na flexão;
− Absorção de água;
− Densidade de massa;
− Índice de vazios;
− IRA (modificado);
− Absortividade.
A Figura 3.1 apresenta a hierarquia entre as variáveis dependentes e independentes do
projeto experimental:
32
Figura 3.1 - Hierarquia entre as variáveis dependentes e a independente do programa experimental.
Argamassa Mista
AR-1
Argamassa Mista
AR-2
Argamassa Mista
AR-3
Argamassa Mista
AR-4
Argamassa
Industrializada
VARIÁVEL INDEPENDENTE
FATORES DE CONTROLE
Traços das
Argamassas
Tipo e Forma dos Corpos-de-
Prova
VARIÁVEIS DEPENDENTES
Da Argamassa
Resistência à tração na flexão Resistência à tração por compressão diametral Resistência à compressão Ultra-som Módulo de deformação na flexão Módulo de deformação por compressão Módulo de deformação dinâmico Coeficiente de Poisson Absorção de água Massa específica Densidade de massa Índice de vazios Capilaridade
Do Revestimento
Resistência à tração na flexão Resistência de aderência a tração Ultra-som Módulo de deformação na flexão Módulo de deformação dinâmico Permeabilidade (Método do Cachimbo) Absorção de água Massa específica Densidade de massa Índice de vazios IRA Absortividade
Ensaios no estado
endurecido
Argamassa de Revestimento
33
3.2 - MATERIAIS UTILIZADOS
3.2.1 - Aglomerantes
No projeto experimental realizado em laboratório, que produziu argamassa mista de
cimento e cal, foram utilizados o cimento Portland CP II F–32, marca CIPLAN, como
aglomerante hidráulico e a cal hidratada CH–I, marca ITAÚ, como aglomerante aéreo,
ambos disponíveis para fácil consumo na região de Brasília. As Tabelas 3.1 a 3.4 ilustram
os resultados da caracterização física e química desses materiais.
Tabela 3.1- Caracterização física da cal hidratada CH-I.
Característica determinada Método de ensaio Resultado
obtido
Massa específica real (g/cm3) NBR 9676/1987 2,23
Massa específica aparente (g/cm3) NBR 7251/1982 0,59
Superfície específica Blaine (cm2/g) NBR 7224/1984 6,32
Tabela 3.2- Caracterização química da cal hidratada CH-I.
Método de ensaio Característica determinada Resultado
obtido (%)
NBR 5743/1989 Perda ao fogo 24,14
NBR 8347/1991 Dióxido de silício (SiO2) 1,28
Óxido de alumínio (Al2O3) 0,00
Óxido de ferro (Fe2O3) 0,21
Óxido de cálcio total (CaO) 71,98
Óxido de magnésio (MgO) 0,54
Óxido de sódio (Na2O) 0,05
Óxido de potássio (K2O) 0,09
NBR 9203/1985
Teor de umidade 8,78
34
Tabela 3.3- Caracterização física do cimento Portland CP II F-32
Característica determinada Método de ensaio Resultado
obtido (%)
Massa específica real (g/cm³) NBR 9676/1987 3,04
Massa específica aparente (g/cm³) NBR 7251/1982 0,98
Resíduo na peneira 200
(%) NBR 11579/1991 2,90
Resíduo na peneira 325
(%) NBR 12826/1993 12,00 Finura
Área específica (cm²/g) NBR 7224/1984 4000
Início da pega (h:min) 2:00 Tempos de
pega Fim de pega (h:min) NBR 11581/1991
3:20
Expansão em autoclave (%) ASTM C 151-93 e
ASTM C 490-96 0,00
3 dias (MPa) 20,30
7 dias (MPa) 22,40 Resistência à
compressão
28 dias (MPa)
NBR 7215/1996
34,20
35
Tabela 3.4- Caracterização química do cimento Portland CP II F-32
Método de ensaio Característica determinada Resultado
obtido
NBR 5743/1989 Perda ao fogo 5,16 NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel 1,38
NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO3) 2,81
Óxido de magnésio (MgO) 4,05
Dióxido de silício (SiO2) 25,95
Óxido de ferro (Fe2O3) 3,25
Óxido de alumínio (Al2O3) 4,68
Óxido de cálcio (CaO) 52,99
NBR 9203/1985
Óxido de cálcio livre (CaO) 1,13
Óxido de sódio (Na2O) 0,34
Óxido de potássio (K2O) 0,77 NBR 8347/1991
Álcalis
totais Equivalente alcalino em
Na2O 0,85
NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO4) 4,78
3.2.2 - Areia
Para a composição das argamassas mistas foram utilizadas três areias naturais,
classificadas segundo a norma NBR 7211 (ABNT, 1983) com granulometria média,
procedentes de depósitos aluvionares do Rio Corumbá, em Goiás. Esse material é
comumente utilizado na execução de revestimentos em argamassa e facilmente
encontrados na região onde foi realizada a pesquisa.
A areia com menor módulo de finura foi denominada de AG1, a com módulo de finura
intermediário de AG2 e a com maior módulo de finura de AG3. Estas foram previamente
36
peneiradas, sendo que apenas o material passante na peneira 2.4 mm foi utilizado. Vale
ressaltar que o módulo de finura é utilizado neste trabalho apenas para identificar os
agregados, não sendo um parâmetro de avaliação.
Esses materiais tiveram suas características básicas analisadas através de ensaios
rotineiros, cujos resultados estão resumidos na Tabela 3.5.
Tabela 3.5- Caracterização das areias médias empregadas nas argamassas mistas
Resultados Propriedades determinadas
Métodos de Ensaios
AG1 AG2 AG3
Módulo de Finura NBR 7217 (1987) 2,12 2,40 2,68
Material pulverulento (%)
NBR 7219 (1987) 4,00 3,40 2,60
Massa unitária (kg/dm³)
NBR 7251 (1982) 1,36 1,50 1,44
Massa específica (kg/dm³)
NBR 9776 (1987) 2,64 2,64 2,64
Índice de Vazios (%) - 48 43 45
A composição granulométrica das areias é apresentada na Figura 3.2. É válido mencionar
que estes agregados têm curvas granulométricas paralelas, ou seja, proporção entre as
frações parecidas. Diferem, todavia, quanto ao tamanho dos grãos (módulo de finura).
37
0102030405060708090
100
0,01 0,1 1 10Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a Ac
umul
ada
AG1 AG2 AG3
Figura 3.2 - Curva granulométrica do agregado utilizado na argamassa mista em laboratório, segundo a NBR 5734 (ABNT, 1988).
O agregado natural tende a apresentar grãos em formatos mais esféricos e arredondados,
proporcionando uma melhor compactação dos mesmos e melhorando a trabalhabilidade
das argamassas com ele produzidas.
3.2.3 - Argamassas empregadas na pesquisa
Os traços das argamassas mistas foram concebidos a partir de um estudo de
proporcionamento realizado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de
Brasília por Paes (2003), com base em procedimento para dosagem de argamassas mistas
de revestimento externo proposto por Selmo (1989), se aproximando do traço convencional
1:2:9 de cimento:cal:areia.
A Tabela 3.6 apresenta os traços utilizados na produção das argamassas.
Tabela 3.6- Traços argamassas mistas.
TRAÇO AREIA a/c CAL/CIMConsumo
de Cimento (kg/m3)
Traço (massa) Traço (vol.)
AR-1 AG1 2,54 1,10 127,07 1:1,10:11,90:2,54 1:1,86:8,69:2,54
AR-2 AG1 1,97 0,73 162,93 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97
AR-3 AG2 2,14 0,87 158,29 1:0,87:9,13:2,14 1:1,47:6,10:2,14
AR-4 AG3 1,94 1,06 162,81 1:1,06:8,97:1,94 1:1,80:6,23:1,94 O motivo da utilização destes traços é verificar a influência do consumo de cimento e da
granulometria da areia nas propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento.
Para isso optou-se em usar o traço AR-1 com menor consumo de cimento em relação às
38
demais argamassas, mas apresentando o mesmo módulo de finura da areia utilizada em
AR-2. E para análise da influência da granulometria da areia nas argamassas optou-se
pelos traços AR-2, AR-3 e AR-4, com areias distintas, que sofreram apenas pequenas
correções nas dosagens para apresentar uma boa trabalhabilidade.
A argamassa industrializada trata-se de uma argamassa pronta para reboco, da marca
CIPLAN, ensacada em unidades de 50 kg, produzida e comercializada no Distrito Federal
e utilizadas tanto para revestimento interno quanto externo de paredes. O consumo de
cimento estimado desta argamassa é 395 kg/m3. A Figura 3.3 indica a curva
granulométrica da argamassa industrializada utilizada. No decorrer da dissertação esta
argamassa foi denominada de AI.
010
2030
405060
7080
90100
0,01 0,1 1 10Abertura (mm)
% R
etid
a
% Retida % Acumulada
Figura 3.3 - Curva granulométrica da argamassa industrializada.
Com o objetivo de caracterizar e parametrizar as argamassas no estado fresco, realizou-se
os ensaios seguintes.
3.2.3.1 - Determinação da densidade de massa
O procedimento para a determinação da densidade de massa da argamassa no estado fresco
é prescrito na norma NBR 13278 (ABNT, 1995). A argamassa recém misturada é colocada
em um recipiente cilíndrico de 6,5 cm de diâmetro e 11,5 cm de altura, com capacidade de
aproximadamente 400 ml, em três camadas aproximadamente iguais, aplicando 20 golpes
em cada uma das camadas, com o auxílio de uma espátula de bordas retas. Por fim rasa-se
o excesso de argamassa com uma espátula e pesa-se o conjunto molde-argamassa.
O cálculo da densidade de massa é feito através da seguinte equação:
39
V
Mm)-Mf(f =γ (3.1)
Onde:
γf = densidade de massa, em g/cm3
Mf = massa do molde com argamassa, em g
Mm = massa do molde vazio, em g
V = volume do molde, em cm3
3.2.3.2 - Determinação da Consistência
a) Consistência por espalhamento
A medida de consistência nesse ensaio consiste em mensurar o espalhamento (diâmetro) de
uma amostra de argamassa, moldada sobre uma mesa de ensaio padrão (Fotografia 3.1 a),
em forma de um tronco de cone. Esse espalhamento é obtido através da introdução de
impactos sucessivos a partir de quedas padronizadas dessa mesa (Fotografia 3.1 b), sendo
dados 30 golpes em 30 segundos. O procedimento para a realização do ensaio é prescrito
pela norma NBR 7215 (ABNT, 1982).
a) b)
c)
Fotografia 3.1 - a) Moldagem da argamassa; b) Aplicação dos golpes; c) Medida do espalhamento.
40
b) Determinação da tensão limite de escoamento
Para a determinação da tensão limite de escoamento, ou resistência ao cisalhamento, o
ensaio adotado foi Vane Test ou ensaio da palheta. O equipamento utilizado é de
fabricação da Wykeham Farrance Engineering (Fotografia 3.2).
O equipamento apresenta as seguintes características:
• Diâmetro da palheta (D) = 2,4 cm;
• Altura da palheta (H) = 4,8 cm;
• Constante da mola = 0,0232 Kgf.cm/°.
Fotografia 3.2 - Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento
(τ0).
O procedimento adotado para a realização desse ensaio é o mesmo utilizado por Alves
(2002), Santos (2003) e Do Ó (2004). Primeiro a argamassa recém misturada é colocada
em um recipiente cilíndrico de 6,5 cm de diâmetro e 11,5 cm de altura, com capacidade de
aproximadamente de 400 ml, em três camadas aproximadamente iguais, aplicando 20
golpes em cada uma das camadas, com o auxílio de uma espátula de bordas retas, rasando-
se, no final, o excesso de argamassa com a espátula. Em seguida, insere-se a palheta na
amostra, de modo que a mesma transpasse um valor igual ao de seu diâmetro. Aplica-se,
41
manualmente, um torque na medida aproximada de 90°/min, registrando, através de escala
de leitura, o cisalhamento.
Com os dados obtidos no ensaio, multiplicam-se esses pela constante da mola, para obter o
torque máximo. Determina-se, então, a tenção limite de escoamento aplicando a Equação
3.2.
0
3
31
DH
2D Tm τπ
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ += (3.2)
Onde:
Tm = torque máximo, em kgf.cm;
τ0 = Su = tensão de escoamento ou resistência ao cisalhamento, em kgf/cm2;
D = diâmetro da palheta, em cm;
H = altura da palheta, em cm.
Os resultados da tensão limite de escoamento (Su) são mostrados em kPa.
c) Determinação da resistência à deformação pelo método da penetração estática de cone
Nesse ensaio, a consistência da argamassa é determinada através da resistência de
penetração de um cone metálico de massa padronizada. Utilizou-se como referência, na
realização desse ensaio, a norma BS 1377/75 – Cone Penetrometer Method.
Depois de preparada, a argamassa é colocada em um recipiente cilíndrico metálico, cujas
dimensões são: 60 mm de diâmetro e 40 mm de profundidade; a colocação se dá em
pequenas quantidades até a borda do recipiente, sem realizar adensamento, e por fim rasa-
se o topo do cilindro. Coloca-se o cone rente à superfície do cilindro, efetuando-se a leitura
inicial (Fotografia 3.3 b). Em seguida, libera-se o cone para que ocorra a penetração pela
ação da gravidade. Cessada a penetração, efetua-se a leitura final. A diferença entre a
leitura final e a inicial determina a consistência do material. O resultado do ensaio é
expresso em milímetros (mm).
42
a) b) Fotografia 3.3 - a) Equipamento utilizado no ensaio de penetração do cone; b)Posição do
cone para efetuar a leitura inicial.
O cone de penetração apresenta as seguintes características:
• diâmetro = 18,6 mm;
• altura = 35,9 mm;
• massa do conjunto haste/cone de penetração = 80 g
3.2.3.3 - Teor de ar
O método utilizado para a determinação do teor de ar das argamassas foi o pressométrico.
Tal ensaio foi baseado no procedimento da norma Mercosur NM 47:95. Foi usado neste
trabalho um aparelho da marca SOLOTEST, específico para argamassas, com capacidade
de 1 litro, conforme mostrado na Fotografia 3.4.
43
Fotografia 3.4 - Equipamento utilizado no ensaio.
Para a realização desse ensaio, é necessário o preenchimento do recipiente base (Fotografia
3.5a) com a amostra de argamassa adicionada em 3 camadas de volume aproximadamente
igual, adensando-as através da aplicação de 25 golpes verticais uniformemente distribuídos
em cada camada, com uma barra lisa de 15 mm de diâmetro e extremidades semi-esféricas.
Depois de rasar o excesso de argamassa com uma régua metálica, acopla-se a tampa sobre
o recipiente base, mantendo as torneiras laterais abertas. Com a seringa injeta-se água
através da torneira esquerda, até que todo o ar seja expelido pela torneira direita
(Fotografia 3.5b). Com uma bomba de ar, dá-se pressão até o início de “pressão inicial”,
marcado ao calibrar o equipamento (Fotografia 3.5c) e verifica-se se todas as saídas estão
completamente fechadas. Em seguida, pressiona-se a alavanca que transfere a pressão para
o recipiente base, mantendo-a pressionada por alguns segundos, até o ponteiro se
estabilizar (Fotografia 3.5d). Enfim, lê-se diretamente no manômetro a porcentagem de ar
existente no material.
44
a) b)
c) d) Fotografia 3.5 - Seqüência executiva do ensaio de determinação do teor de ar.
3.2.3.4 - Determinação da retenção de água
a) Pelo papel filtro
Esse método de ensaio é descrito pela NBR 13277 (ABNT, 1995). Seu princípio baseia-se
na quantificação da massa de água retida na argamassa, após essa ser submetida a uma
sucção realizada por discos de papel de filtro colocados sobre a argamassa fresca, sob uma
dada pressão, promovida por uma massa padrão assentada sobre os discos durante 2
minutos. A Fotografia 3.6 ilustra os equipamentos necessários para a realização desse
ensaio.
45
Fotografia 3.6 - Dispositivos necessários para determinação da retenção de água, segundo
a NBR 13277 (ABNT, 1995).
b) Pelo funil de Bücnher
O procedimento adotado para a realização desse ensaio é o mesmo utilizado por Do Ó
(2004), seguindo recomendações do procedimento CSTB 2669-4 (1993). A retenção de
água das argamassas foi determinada adotando o princípio pelo qual se submete a
argamassa a uma pressão de sucção de 50 mm de mercúrio através de uma aparelhagem
composta por um funil (funil de Bücnher modificado) e uma bomba de vácuo, conforme a
Fotografia 3.7.
Fotografia 3.7 - Equipamento utilizado no ensaio de retenção de água com o funil de
Bücnher modificado
Para a realização do ensaio de retenção de água é necessário colocar o papel-filtro sobre o
funil e umedecê-lo (Fotografia 3.8a). Em seguida, retira-se o excesso de água do papel-
46
filtro acionando a bomba de vácuo e aplicando ao conjunto uma sucção de 50 mm de
mercúrio durante aproximadamente 90 segundos. No final do processo, pesa-se o conjunto
funil/papel-filtro úmido em balança com resolução de 0,01g e registra-se sua massa (Mfv).
Preenche-se o prato do funil até um pouco acima da borda com a argamassa preparada e
promove-se seu adensamento com 37 golpes, sendo 16 desses aplicados uniformemente
junto à borda e 21 na parte central. Após o adensamento, retira-se o excesso de argamassa
mediante o uso de uma régua metálica para obter uma superfície plana. Com um pano
úmido, limpa-se a parte externa do funil e, assim, pesa-se o conjunto em uma balança de
resolução de 0,01g, registrando sua massa (Mfc);
Coloca-se, na parte superior do funil, uma tampa acrílica perfurada, com intuito de
amenizar ou evitar a perda de água por evaporação (Fotografia 3.8b). Em seguida aplica-se
na amostra uma pressão negativa (sucção) correspondente à coluna de 50 mm Hg durante
os intervalos de tempo de: 1,0; 1,5; 3,0; 5,0; 10,0 e 15,0 minutos. Para cada um desses
tempos, é necessário registrar a massa correspondente (Mfi), como pode ser visto na
Fotografia 3.8c.
a) b) c)
Fotografia 3.8 - Seqüência da execução do ensaio de retenção de água.
Com os dados obtidos do ensaio, determina-se a retenção de água da amostra de argamassa
ensaiada através da Equação 3.3.
( )( ) 100
MM a/afMM
-1Rafvfc
fifc ⋅⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡−⋅
−= (3.3)
Onde:
Ra = retenção de água, em %;
Mfv = massa do funil vazio e filtro, em g;
47
Mfc = massa do funil cheio e filtro, em g;
Mfi = massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, em g;
a/af = relação água/argamassa fresca; w
w
MMM
a/af+
=
Mw = massa total de água utilizada na argamassa, em g;
M = massa de argamassa industrializada ou soma das massas dos componentes anidros em
caso de argamassa dosada, em g.
3.2.3.5 - Resultados da caracterização da argamassa no estado fresco
Os resultados médios dos ensaios de caracterização das propriedades das argamassas no
estado fresco estão apresentadas na Tabela 3.7.
Tabela 3.7- Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no estado fresco.
Resultado dos Ensaios Propriedade
determinada
Método de Ensaio AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Consistência - Penetração Estática do Cone (mm)
BS 1377 (1975) 27,2 22,4 29,1 34,2 25,3
Consistência - Mesa de Consistência (mm)
NBR 7215 (1982) 270 221 252 255 250
Consistência - Vane Test (Kpa)
CSTB 2669-4 Modificado 1,30 1,24 1,56 1,69 1,31
Teor de Ar (%) Mercorsur NM 47:95 6,5 5,0 6,5 8,0 23
Retenção de água - Papel Filtro (%)
NBR 13277 (1995) 92 88 89 90 96
Retenção de água - Funil de Bücnher (%) DO Ó (2004) 69 69 70 71 77
Densidade de massa (g/cm³)
NBR 13278 (1995) 2,05 1,88 1,89 1,91 1,75
3.2.4 - Blocos de alvenaria
Para o presente estudo optou-se por utilizar-se unidades individuais de blocos de concreto
para alvenaria estrutural como substratos. Os blocos utilizados estavam armazenados
adequadamente no laboratório, protegidos de intempéries, por um longo período (superior
48
a seis meses). Estes apresentam características satisfatórias de resistência à compressão,
conforme o MB 3459 (ABNT, 1991), apresentando uma superfície mais uniforme com
porosidade aparente baixa.
O único tratamento aplicado à superfície do bloco que seria revestida foi uma limpeza
superficial com escova de cerdas macias para a retirada de poeira em excesso e outros
materiais estranhos que pudessem atrapalhar o processo de aderência argamassa-substrato.
Os blocos de concreto foram mantidos à temperatura e umidade ambiente do laboratório.
Sua caracterização está relatada na Tabela 3.8.
Tabela 3.8- Resultados de caracterização dos blocos de concreto utilizados em laboratório.
Ensaios Método de ensaio
Número de determinações
Resultado médio
Coeficiente de variação (%)
Absorção de água ( %)
MB 3459 (1991) 50 7,09 6,9
Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C 67 50 58,33 12,3
Resistência à compressão (MPa)
MB 3459 (1991) 12 4,67 9,6
Massa (g) - 72 12664,3 2,3
Dimensões MB 3459 (1991) 12
a = 14,0 cm l = 19,0 cm c = 39,0 cm
3,1
a = altura; l = largura; c = comprimento.
3.3 - METODOLOGIA DA PESQUISA
3.3.1 - Produção da argamassa e condições de cura
A argamassa foi produzida em lotes de 10 kg de material seco utilizando-se uma
argamassadeira (Fotografia 3.9). A partir dos traços de cimento, cal hidratada e areia úmida
em volume, já especificados na Tabela 3.6, determinou-se as quantidades específicas de
cada material para a obtenção de uma argamassa com características controladas.
49
Fotografia 3.9 - Equipamento utilizado na mistura das argamassas.
Antes da etapa de mistura e lançamento da argamassa, alguns cuidados foram tomados na
preparação dos materiais. Destaca-se o umedecimento da areia com umidade a 2% para
facilitar a mistura da argamassa; e a mistura da cal em parte da água de amassamento a ser
utilizada.
Inicialmente, colocou-se a areia e o cimento no misturador para proporcionar uma
homogeneização completa dos materiais secos. Então se adicionou a suspensão de cal e
água gradativamente, colocando-se o restante da água por último. Todas as bateladas foram
executadas seguindo a mesma metodologia.
Para a argamassa industrializada foram seguidos os procedimentos recomendados pelo
fabricante, presentes na embalagem do material, que especificava que a relação
água/material seco deveria ser de 0,19. Colocou-se a argamassa seca e a água na cuba e
misturou-se por dois minutos. Todas as bateladas foram executadas seguindo a mesma
metodologia.
Após a produção das argamassas, deu-se início a moldagem dos corpos-de-prova. Os
corpos-de-prova a serem ensaiados eram armazenados dentro laboratório, expostos ao ar
ambiente, pelo prazo de 28 dias, até o prazo para realização dos ensaios.
A cura foi realizada no ambiente de laboratório, com médias de umidade relativa do ar de
71% e temperatura de 25ºC, não controladas.
50
3.3.2 - Produção de corpos-de-prova de argamassa
Nesta etapa foram produzidos corpos-de-prova de argamassa moldados em fôrmas
metálicas conforme cada metodologia de ensaio. Como o adensamento manual de corpos-
de-prova de argamassa é difícil, devido à sua elevada plasticidade da mesma, utilizou-se
uma mesa vibratória para fazê-lo nos corpos-de-prova cilíndricos. A mesa vibratória
apresenta valores de 57,5 Hz de vibração e aproximadamente 1,5 mm de amplitude. As
dimensões dos moldes e o método utilizado para moldar as amostras estão descritos a
seguir.
i. Corpos-de-prova de 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura (CP-5x10), moldados em duas
camadas aproximadamente iguais de argamassa, e cada camada vibrada por
aproximadamente 2 segundos em mesa vibratória para realização do adensamento. O
rasamento da face exposta foi feito com uma colher de pedreiro. Estes corpos-de-prova
foram utilizados nos ensaios para determinar as seguintes propriedades: velocidade
ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT, 1994), resistência à tração por compressão diametral
(NBR 7222 - ABNT, 1994), resistência à compressão (NBR 13279 - ABNT, 1995),
módulo de deformação secante (NBR 8522 - ABNT,2003) ensaio modificado,
coeficiente de Poisson (ASTM C 469 – 94), absorção de água por imersão e índice de
vazios (NBR 9778 - ABNT, 1987) e densidade de massa no estado endurecido
(NBR 13280 – ABNT, 1995, e EN 1015-10, 1999);
ii. Corpos-de-prova de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura (CP-15x30) moldados em três
camadas aproximadamente iguais de argamassa, com cada camada vibrada por
aproximadamente 2 segundos em mesa vibratória para realização do adensamento. O
rasamento da face exposta foi feito com uma colher de pedreiro. Estes corpos-de-prova
foram utilizados nos ensaios para determinar as seguintes propriedades: velocidade
ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT, 1994), resistência à compressão (NBR 13279 -
ABNT, 1995), módulo de deformação secante (NBR 8522 - ABNT,2003) ensaio
modificado e coeficiente de Poisson (ASTM C 469 – 94) ensaio modificado;
iii. Corpos-de-prova de 4 cm de largura por 4 cm de altura e 16 cm de comprimento,
denominados de prismas, moldados em duas camadas aproximadamente iguais de
argamassa, sendo que cada camada foi adensada com 25 golpes com soquete metálico
(Fotografia 3.10 a). Posteriormente realizava-se o rasamento com o auxilio de uma
régua metálica. O procedimento adotado para a moldagem está prescrito na norma
51
EN 1015-11 (1993). Estes corpos-de-prova foram utilizados nos ensaios para
determinar as seguintes propriedades: velocidade ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT,
1994), resistência à tração na flexão (EN 1015-11, 1993), resistência à compressão (EN
1015-11, 1993), módulo de deformação a tração na flexão (procedimento adotado por
BASTOS 2001), absorção de água por imersão e índice de vazios (NBR 9778 - ABNT,
1987), densidade de massa no estado endurecido (NBR 13280 - ABNT, 1995, e EN
1015-10, 1999) e absorção de água por capilaridade (EN 1015-18, 2001);
Após a moldagem dos corpos-de-prova, estes eram cobertos por placas de vidro e mantidos
nas formas por 48 horas. Depois do desmolde os corpos-de-prova ficavam no laboratório
de ensaios até completar 28 dias.
a) b)
Fotografia 3.10 - a) Adensamento dos prisma; b) Aspecto final do corpo-de-prova moldado.
3.3.3 - Produção dos revestimentos em bloco de alvenaria
Cada batelada de argamassa cobria (em média) dois blocos. Na execução os revestimentos
foram aplicadas sobre os blocos de concreto.
Após a mistura, foram efetuados os lançamentos das argamassas sobre os blocos um por
um. Para tanto, fez-se uso de um dispositivo que lança a argamassa sobre o bloco,
eliminando a variação intrínseca ao oficial-pedreiro, que tende a ser o principal fator de
variação no desempenho. A “caixa de queda”, assim denominada, foi utilizada como um
alçapão no momento do lançamento (Figura 3.4); tendo um importante papel no processo
ao padronizar todos os eventos com a mesma energia de aplicação, dirimindo grande parte
dos fatores causadores das variações. Esse procedimento de lançamento tem origem na
caixa de queda desenvolvida e utilizada por Carasek (1996), sendo uma adaptação da
mesma, que está sendo utilizado constantemente no LEM-UnB, como citada no estudo de
52
Paes et al. (2003). A altura de queda (50 cm) da argamassa foi definida, depois de extensos
estudos realizados por Paes et al. (2003), simulando a energia de lançamento gerada por
um pedreiro.
Figura 3.4 - Dispositivo mecânico para lançamento da argamassa - caixa de queda (Paes,
2004).
Os revestimentos aplicados não recebiam qualquer tratamento, como aperto, sarrafeamento
ou acabamento. Apenas se procedia um rasamento da superfície externa do gabarito com a
ajuda de uma régua metálica, para que se garantisse a planeza dos corpos-de-prova
(Fotografia 3.11 c) e não existência de imperfeições na superfície.
a) b)
c) d)
Fotografia 3.11 - a) Aparato da caixa de queda posicionado sobre bloco; b)Vista superior da caixa de queda, preenchida com argamassa fresca nos momentos pré–aplicação; c)
Rasamento da argamassa; d) Aspecto do revestimento após rasamento.
53
3.3.4 - Produção das placas isoladas de revestimento
É sabido que há troca umidade entre a argamassa e o substrato e até mesmo transporte de
materiais da argamassa para a base, principalmente nas primeiras horas em que o
revestimento é aplicado. Por isso, é plausível dizer que as características de uma argamassa
moldada em moldes metálicos diferem das características de um revestimento aplicado
sobre um bloco. Daí a necessidade de se desenvolver um sistema que se aproxime ao
máximo de um revestimento de argamassa. Bastos (2001) propôs um sistema de formas
que possibilita moldar quatro corpos-de-prova sobre um bloco de alvenaria, de modo que
ocorra essa troca de umidade entre o sistema.
Para a realização de ensaios em argamassa aplicada sobre substrato poroso, foram
necessárias algumas alterações no processo anterior. A argamassa é lançada sobre uma tela
de poliéster apoiada sobre o bloco de concreto, sendo esta tela previamente umedecida para
não influenciar na transferência de água entre a argamassa e o substrato. Após a etapa de
regularização da argamassa, descrito no item anterior, aguardava-se 30 minutos e então se
cortava o revestimento de argamassa, com uma espátula, dividindo este em quatro partes
com dimensões aproximadas de 30 x 75 x 190 mm. As etapas deste processo estão
representadas na Fotografia 3.12.
a) b)
c) d)
Fotografia 3.12 - a) Tela de poliéster sobre o bloco; b) Rasamento da argamassa; c)Vista do corte do revestimento; d) Revestimento após o corte
54
Após um período de quinze dias, as placas isoladas eram descoladas dos blocos e eram
mantidas no laboratório (Fotografia 3.13) até completarem 28 dias, para a realização dos
ensaios necessários.
Fotografia 3.13 - Placa isolada desmoldada.
3.3.5 - Ensaios realizados no estado endurecido
3.3.5.1 - Propagação de onda ultra-sônica
Este ensaio tem por objetivo determinar a velocidade de propagação de uma onda ultra-
sônica através do corpo-de-prova, segundo a NBR 8802 (ABNT, 1994), e assim verificar
se essa medida se relaciona com propriedades físico-mecânicas em geral.
O método baseia-se no fato de que a velocidade de propagação das ondas é influenciada
pelas características da argamassa. O ensaio consiste na medição, por meio eletrônico, do
tempo de propagação de ondas ultra-sônicas através da argamassa, entre o emissor e o
receptor. O equipamento utilizado foi o V-METER MK II (Fotografia 3.14), produzido
pela James Instruments Inc.
Fotografia 3.14 - Equipamento de ultra-som (V-METER MK II).
55
Na presente pesquisa usou-se a medição direta (Figura 3.5 a) no caso de corpos-de-prova
cilíndricos e prismas, e a medição indireta para os revestimentos aplicados sobre bloco de
concreto e placas isoladas (Figura 3.5 b). Em ambos os casos foi utilizado vaselina sólida
para melhorar o contato entre os transdutores e os corpos-de-prova.
a) b)
Figura 3.5 - a) Transmissão direta; b)Transmissão indireta.
Na medida direta, o comprimento percorrido entre os transdutores dividido pelo tempo de
propagação resulta na velocidade média de propagação da onda. Já na transmissão indireta,
é necessário realizar várias medidas, mantendo-se fixo o transdutor emissor e
movimentando-se o receptor, em uma linha reta. Na placa isolada (destacada do bloco)
foram feitas duas medidas (Fotografia 3.15 a) e no revestimento (aplicado sobre o bloco)
foram feitas quatro medidas (Fotografia 3.15 b). Depois de feitas as medidas essas devem
ser locadas em um eixo cartesiano, relacionado-se as distâncias com os tempos lidos para
as mesmas, conforme a Figura 3.6. A inclinação da reta obtida é a velocidade de
propagação de onda do material ensaiado.
a) b)
Fotografia 3.15 - a) Medição indireta em placa isolada; b) Medição indireta em
revestimento.
56
R3
L3
E
L1
L2
R1 R2
L4
Tempo efetivo de propagaçãot1
L3
L5
L4
L2
L1R4
t3t2 t5t4
Ln
m
tn s
a) b)
Figura 3.6 - a) e b) - Método para cálculo da velocidade ultra-sônica por transmissão
indireta (NBR 8802, ABNT, 1994)
3.3.5.2 - Resistência à tração por compressão diametral
Este ensaio tem como objetivo caracterizar as séries e comparar o método com o ensaio de
determinação da resistência à tração na flexão.
Os procedimentos para a realização deste ensaio são prescritos pela norma NBR 7222
(ABNT, 1994) para determinação da resistência à tração por compressão diametral de
corpos-de-prova cilíndricos. A Figura 3.7 esboça o ensaio realizado.
Figura 3.7 - Esboço do ensaio para determinação da resistência à tração por compressão
diametral pela NBR 7222 (ABNT, 1994).
A prensa utilizada nos ensaios com corpos-de-prova de 5 cm x 10 cm tem aplicação de
carga manual Soiltest, e utiliza três anéis de carga, produzidas por Wykeham Ferrance,
para verificação da força aplicada. Estes anéis apresentam capacidade de carga de 200 kgf,
1000 kgf e 5000 kgf. A resistência à tração é determinada pela seguinte equação:
LD
F2ft.D ⋅⋅⋅
=π
(3.4)
Onde:
α v = tg α
57
ft.D = resistência à tração por compressão diametral, expressa em MPa;
F = carga máxima obtida no ensaio, em kN;
D = diâmetro do corpo-de-prova, em mm;
L = altura do corpo-de-prova, em mm.
3.3.5.3 - Resistência à tração na flexão
Este ensaio tem como objetivo caracterizar as séries e comparar o método com o ensaio de
determinação da resistência à tração por compressão diametral.
O ensaio de determinação da resistência à tração na flexão é prescritos na Norma Européia
EN 1015-11(1993), que utiliza prismas de 4 cm x 4 cm x 16 cm (Figura 3.8). Para o ensaio
das placas isoladas foi adotada a mesma metodologia, modificando-se a distância entre os
apoios. O ensaio consiste em aplicar uma carga centrada sobre o corpo-de-prova bi-
apoiado, rompendo-o à flexão. Sua resistência à tração é determinada através da Equação
3.5. A Fotografia 3.16 ilustra o ensaio realizado.
l
F
d
Figura 3.8 - Ensaio de resistência à tração na flexão.
)b(dlF1,5f 2⋅⋅⋅
= (3.5)
Onde:
f – resistência à tração na flexão em MPa;
F – força aplicada em N;
58
l – distância entre apoios igual a 100 mm para ensaios em prismas e 160 mm para ensaios
em placas isoladas;
b – largura do CP em mm;
d – altura do CP em mm.
Fotografia 3.16 - Ensaio de tração na flexão.
3.3.5.4 - Resistência à compressão
O objetivo deste ensaio é evidenciar diferentes comportamentos em face da dimensão e
geometria dos corpos-de-prova.
Para este ensaio foi utilizada a prensa manual descrita anteriormente em corpos-de-prova
com 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura (Fotografia 3.17 a). Para a realização do ensaio
em corpos de provas de 15cm x 30cm (Fotografia 3.17 b), a prensa foi alterada e utilizou-
se uma célula de carga com capacidade de 10 t, da Kratos Equipamentos.
59
a) b)
Fotografia 3.17 - a) Ensaio em corpo-de-prova de 5x10; b) Ensaio em corpo-de-prova de
15x30.
O ensaio de determinação da resistência à compressão foi realizado em corpos-de-prova
cilíndricos de 5 cm x 10 cm e 15 cm x 30 cm. O ensaio seguiu recomendações da norma
NBR 13279 (ABNT, 1995) - Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de
paredes e tetos - Determinação da resistência à compressão - e todos os corpos-de-prova
foram capeados com pasta de cimento.
O ensaio de determinação da resistência à compressão em prismas é prescritos pela Norma
Européia EN 1015-11(1993), que utiliza os semi-prismas maiores que 72 mm,
provenientes do ensaio de resistência à tração na flexão, simulando ensaio em cubo de 4
cm de lado. Devido às dimensões da placa isolada, não foi possível realizar ensaio similar
para determinação de sua resistência a compressão.
3.3.5.5 - Módulo de deformação
O objetivo destes ensaios é comparar as séries de argamassas e discutir os métodos
utilizadas observando as variações quanto à geometria dos corpos-de-prova.
a) Módulo de deformação na flexão
Como o módulo à flexão não apresentou proporcionalidade na relação tensão-deformação
ao longo de todo o carregamento, concordando com os resultados de Bastos (2001),
60
adotou-se a sugestão deste autor de se fazer uso do módulo corda para representar a
deformabilidade das argamassas.
A metodologia utilizada neste ensaio foi, assim, baseada nos procedimentos adotados por
Bastos (2001). Com a finalidade de avaliar a deformabilidade das argamassas, foi medido
o deslocamento vertical (flecha) dos corpos-de-prova no ensaio de flexão, prismas e placas
isoladas, no meio do vão entre os apoios, usando-se extensômetros mecânicos, produzidos
pela Wykeham Ferrance, com precisão de 0,002mm por divisão, conforme as Fotografias
3.18 (a) e 3.18 (b).
a) b) Fotografia 3.18 - a) Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em prismas; b)
Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em placas.
Adotando-se os pontos correspondentes a 5% e 30% da tensão de ruptura (Figura 3.9), o
Módulo Corda é dado pela equação:
( )( )530
530c εε
σσE
−−
= (3.6)
Onde:
Ec = módulo corda em MPa;
σi = tensão de tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa;
61
εi = deformação longitudinal específica de tração (mm/mm) no corpo-de-prova na posição
mais distante da linha-neutra, no meio do vão entre apoios, correspondente à tensão de
tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura.
Figura 3.9 - Curva tensão x deformação. A declividade “a” corresponde ao Módulo
Corda, BASTOS (2001).
A deformação εi foi calculada nos pontos correspondentes a 5% e 30% da carga de ruptura
pela relação ε = σ/E, sendo σ = f = 1,5 Fl/bd2 e E = Fl3/4δbd3, expressões já mencionadas.
b) Módulo de deformação dinâmico (ultra-som)
Como já foi dito, o módulo dinâmico corresponde a uma deformação instantânea muito
pequena e pode ser determinado através de ensaios sônicos. Para esta determinação foram
utilizados os resultados de velocidade ultra-sônica.
Segundo a norma britânica BS 1881: Part 203 apud Bastos (2001), a relação entre o
módulo de deformação dinâmico do concreto e a velocidade dos pulsos ultra-sônicos é
dada pela equação a seguir.
( )( )( )ν1
2ν1ν1ρVE 2d −
−+= (3.7)
Onde:
Ed = módulo de deformação dinâmico, em MPa;
ν = o coeficiente de Poisson;
ρ = densidade do corpo-de-prova, em kg/m3;
V = a velocidade ultra-sônica, em km/s.
62
c) Módulo de deformação secante
Para a realização deste ensaio foram seguidas as recomendações na norma NBR 8522-
Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e deformação e da curva
tensão-deformação (ABNT, 2003), com as devidas modificações para ensaio em
argamassas de revestimento. A tensão inicial do ensaio foi de 10% da carga de ruptura ao
invés de 0,5 MPa recomendado pela norma para concretos.
Nos corpos-de-prova de 5x10cm foram coladas, com cola de base epóxi de secagem
rápida, pastilhas metálicas de 10x10mm de dimensões no sentido longitudinal do corpo-de-
prova, que serviam de base de medida. A distância entre o centro das pastilhas era de
50mm (Figura 3.10). Cada corpo-de-prova tinha duas bases de medida dispostas em
extremidades opostas.
Figura 3.10 - Disposição das pastilhas nos corpos-de-prova 5x10cm.
As leituras de deformações foram realizadas utilizando um extensômetro mecânico
“Tensotast Huggenberger”, com calibração de 0,001 mm por divisão, conforme a
Fotografia 3.19. Foi utilizada a prensa manual, já descrita, juntamente com os anéis de
carga de 1000kgf e 5000kgf.
63
Fotografia 3.19 - Ensaio de módulo de deformação (CP-5x10).
Para corpos-de-prova de 15x30cm foi utilizado um medidor de deformação mecânico
(gaiola) da Soiltest, modelo CT-170, que possui extensômetros mecânicos também da
Soiltest, com precisão de 0,0001 “por divisão" (Fotografia 3.20). A base de medição da
gaiola é de 135mm.
Fotografia 3.20 - Ensaio de módulo de deformação (CP-15x30).
Além do medidor mecânico, foram utilizados transdutores elétricos tipo “strain gage”
colados à superfície do corpo-de-prova nos sentidos longitudinal e transversal, com a
intenção de comparar com as leituras mecânicas e fornecer dados para o cálculo do
64
coeficiente de Poisson. O extensômetro elétrico utilizado na pesquisa foi o modelo PA-06-
480BA-120 produzido pela Excel Sensores.
Para a colagem dos transdutores elétricos tipo “strain gage” foram utilizados os
procedimentos adotados por Rodrigues (2003). Primeiro, a superfície do corpo de prova,
onde seriam colados os extensômetros elétricos, foi devidamente limpa com álcool iso-
propílico (Fotografia 3.21 a). Logo após, fez-se a marcação do lugar onde o transdutor
seria colado (Fotografia 3.21 b). Para regularizar a superfície do corpo-de-prova, aplicou-
se uma fina camada de adesivo epóxi de secagem rápida (Fotografia 3.21 c). Após a
secagem da camada de regularização colou-se o extensômetro elétrico com cola de
secagem ultra-rápida, conforme a Fotografia 3.21 d.
a) b)
c) d)
Fotografia 3.21 - a) Limpeza do corpo-de-prova; b) Marcação da posição do extensômetro; c) Camada regularizadora; d) Colagem do transdutor elétrico.
A aquisição de dados dos transdutores foi feita através de uma mala de balanceamento de
24 canais (modelo SS-24R) e de um medidor de deformação (modelo SM-60D), ambos da
marca Kyowa Electronic Instruments, com calibração de 10-6 mm/mm, conforme a
Fotografia 3.22.
65
Fotografia 3.22 - Equipamento para aquisição de dados de extensômetros elétricos tipo
“strain gage”.
O módulo de deformação secante (Ecs) é uma propriedade do material, cujo valor numérico
é a inclinação da reta secante ao diagrama tensão-deformação passando, neste caso, pelos
pontos correspondentes à tensão de 10% e 40% da tensão de ruptura do corpo-de-prova. O
Ecs foi calculado pela seguinte expressão:
1040
1040cs εε
σσE−−
= (3.8)
Onde:
Ecs = módulo de deformação secante em MPa
σi = tensão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa;
εi = deformação longitudinal específica (mm/mm) no corpo-de-prova correspondente à
tensão igual a “i” % da tensão de ruptura.
3.3.5.6 - Coeficiente de Poisson
Durante os ensaios para determinação do módulo de deformação, coletou-se dados para a
determinação do coeficiente de Poisson através de transdutores elétricos tipo “strain gage”
(Fotografia 3.23). Este ensaio baseou-se nos procedimentos da norma ASTM-C 469 – 94.
O valor do coeficiente de Poisson é obtido através da relação entre a deformação específica
transversal e a deformação específica longitudinal, correspondentes a tensão igual a 40%
da tensão de ruptura.
66
Fotografia 3.23 - Ensaio de módulo de deformação e coeficiente de Poisson (CP-15x30).
3.3.5.7 - Taxa inicial de absorção de água livre (IRA) e Absortividade.
Para a realização destes ensaios foi necessário o auxilio de um dispositivo que permitiu
manter sempre constante a pequena lâmina de água (5mm) na qual a face da placa isolada
deve manter contato. A Fotografia 3.24 ilustra o ensaio.
Fotografia 3.24 - Ensaio de absorção.
Para a avaliação das características de absorção das placas isoladas utilizou-se o IRA
(Initial Rate Absorption), método de ensaio da ASTM C – 67, e um estudo piloto no qual
foi observado a absorção de água ao longo do tempo. Este ensaio é normalmente usado em
blocos de alvenaria, sendo aqui adaptado para avaliar esta característica no revestimento de
argamassa e comparar o resultado com outras propriedades relacionadas à absorção de
água.
Na determinação do IRA realizou-se a seguinte seqüência:
Secagem dos corpos-de-prova até constância de massa, aproximadamente 72 horas;
Determinação, após resfriamento, da massa seca (ms);
67
Imersão de uma das faces, durante um minuto, em lâmina de água de 5 mm de
profundidade;
Determinação da massa do bloco úmido (mu).
Cálculo do IRA através da equação:
4x19A
msmuIRA −= (3.9)
Onde:
IRA = Taxa inicial de absorção de água livre, em g/194cm2/min;
mu = massa úmida, em g;
ms = massa seca, em g;
A = Área da placa isolada em contato com a lâmina de água, em cm2.
Hall et al. (1980) propuseram um outro parâmetro para descrever o comportamento da
absorção de água livre de tijolos e outros materiais de construção, denominado por eles de
“sorptivity” e que, neste trabalha, será denominado de absortividade. Esta é calculada por
meio da Equação 3.10, proveniente de simplificações da equação modificada de Darcy
para fluxo de água em meio não saturado.
1/2tSi ⋅= (3.10)
Onde:
i = volume de água absorvida por unidade de área, em mm3/mm2;
S = coeficiente de absorção de água, absortividade, em mm.min-1/2;
t = tempo, em minutos.
Na prática, a determinação da absortividade é realizada experimentalmente a partir de
simples pesagens e construindo-se uma curva (Figura 3.11) obtida da declividade da reta
traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico i x t1/2, onde i é a razão entre a massa
acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo, que, para intervalos de
68
tempo curtos, em relação ao período necessário para saturação dos corpos-de-prova, é uma
reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o coeficiente angular desta reta.
Coeficiente de Absorção de água - "absortividade"
y = 1,0745x + 0,289R2 = 0,991
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura 3.11 - Gráfico i x t1/2 para obtenção da absortividade.
Após os procedimentos para a determinação do IRA, deu-se seguimento ao ensaio, de
forma a se obter a absortividade (S) das placa isoladas simulando ensaio em um
revestimento de argamassa.
Os tempos adotados no ensaio de absorção de água livre das placas isoladas, ao longo do
tempo, foram oriundos de um pré-estudo que mostrou que nos primeiros 30 minutos as
placas isoladas absorvem uma parcela expressiva de água. Sendo assim, nos instantes
iniciais, as medidas de ganho de massa de água pelas placas foram realizadas em intervalos
de tempos menores, espaçando-se tais medidas após este tempo crítico. As medições foram
realizadas nos seguintes intervalos de tempo, em minutos: 1(IRA), 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,
40, 45, 50, 80, 110, 170, 290, 1440 (24horas) e 2880 (saturado). Com os resultados, foi
traçado um perfil da absorção de água em função da raiz quadrada do tempo. A partir
desta, pôde-se observar o comportamento das placas isoladas e calcular suas
absortividades.
3.3.5.8 - Absorção de água por capilaridade
A metodologia utilizada foi baseada nos procedimentos prescritos na Norma Européia EN
1015-18 (2001) para determinação do coeficiente de absorção de água pela ação capilar da
argamassa endurecida. Esta norma foi adotada pois, durante os ensaios realizados com os
procedimentos da norma NBR 9779 (ABNT, 1995) - Argamassa e concreto endurecidos -
Determinação da absorção de água por capilaridade, ocorriam manchas de umidade no
69
topo do corpo-de-prova ensaiado durante a realização do ensaio e por essa razão o ensaio
deveria ser descartado.
Para o ensaio de absorção de água por capilaridade (EN 1015-18, 2001) foram utilizados 6
semiprismas rompidos à flexão, que tiveram suas faces longitudinais seladas com silicone.
Estes espécimes foram secos em estufa a (60 ±5)°C até que entre duas pesagens
consecutivas, com intervalos de 24 horas, a diferença entre as duas massas não fosse
superior a 0,2%, e isto ocorria em 48 horas. Após a secagem, a área onde ocorreu a fratura
foi imersa em uma película de água com 5 mm de espessura (Figura 3.12), por 90 minutos,
utilizando-se do dispositivo descrito no item anterior. Após 10 minutos do início do ensaio,
retirava-se o excesso de água dos corpos-de-prova e mediam-se suas massas que eram
registradas como M1. Após 90 minutos o mesmo procedimento era realizado, anotando-se
a massa como M2.
Figura 3.12 - Ensaio de capilaridade (EN 1015-18, 2001)
Caso ocorressem manchas de umidade de alguma espécie na área livre, o ensaio deveria
ser interrompido. O espécime em questão deveria ser rompido longitudinalmente para
verificar se toda a área interna estava saturada. Caso estivesse saturada, registrava-se a
massa das duas metades, caso contrário o corpo-de-prova era descartado e novo ensaio
deveria ser realizado.
Película de água
Face fissurada do prisma
5m
m
≈ 80
mm
70
O coeficiente de capilaridade é, por definição, igual à inclinação da reta que passa pelos
pontos de 10 minutos e 90 minutos. Este coeficiente é obtido pela seguinte expressão,
conforme especificação da citada norma:
( )10
M1M2Ci −= (3.11)
Onde:
Ci = Coeficiente de capilaridade, em kg/m2.
M1 = massa do corpo-de-prova com 10 minutos imersão, em g;
M2 = massa do corpo-de-prova com 90 minutos de imersão, em g.
3.3.5.9 - Absorção de água por imersão, índice de vazios
Estes ensaios são descritos pela NBR 9778 (ABNT, 1987) e foram ensaiados corpos-de-
prova cilíndricos (5x10cm) e placas isoladas, três unidades de cada um, com a intenção de
analisar as diferenças entre os dois tipos de corpo-de-prova.
Para este ensaio os espécimes seguiram os seguintes procedimentos:
Secagem dos corpos-de-prova em estufa à (105 ± 5)°C até constância de massa
(aproximadamente 72 horas);
Resfriamento das amostras ao ar seco à temperatura ambiente e determinação da
massa seca;
Realização da imersão das amostras em água a temperatura de (23 ± 2)°C por 72
horas. Nas primeiras 4 horas as amostras devem ser mantidas com 1/3 de seu
volume imerso, 2/3 nas 4 horas subseqüentes e completamente imersos nas 64
horas restantes. As amostras devem ser pesadas a cada 24 horas após o inicio da
imersão;
após a saturação os corpos-de-prova estes devem ser fervidos por 5 horas e depois
resfriados a temperatura ambiente até de (23 ± 2)°C
determinação das massas das amostras;
71
determinação das massas das amostras, através de balança hidrostática, imersas em
água a temperatura ambiente.
A absorção de água por imersão é determinada pela seguinte expressão:
x100M
MM
s
ssat − (3.12)
O índice de vazios é determinado pela seguinte expressão:
x100MMMM
isat
ssat
−− (3.13)
Onde:
Msat = massa da amostra saturada, em g;
Ms = massa da amostra seca em estufa, em g;
Mi = massa da amostra saturada e imersa em água, em g.
3.3.5.10 - Densidade de massa no estado endurecido
Para a determinação deste parâmetro, seguiram-se os procedimentos prescritos na NBR
13280 (ABNT, 1995) e na EN 1015-10 (1999) a fim de se realizar uma comparação entre
os dois métodos. Foram ensaiados corpos-de-prova cilíndricos (5x10cm) e placas isoladas,
três unidades de cada um.
Pela norma brasileira, a amostra deve seca em estufa a (105 ± 5)°C até constância de
massa. Depois de seco, esta deve esfriar a temperatura ambiente até (23 ± 2)°C. Em
seguida deve-se determinar a massa da amostra seca e suas dimensões com auxílio de um
paquímetro. A determinação da densidade de massa é obtida a partir da seguinte equação:
VM1000γap ⋅= (3.14)
Onde:
γap = densidade de massa aparente, em kg/m3;
M = massa do corpo-de-prova, em g;
72
V = volume do corpo-de-prova, em cm3.
Para a determinação da densidade de massa pelos procedimentos da norma européia, a
amostra deve ser seca em estufa a (70 ± 5)°C até que entre duas determinações de massa,
com intervalo de duas horas, a diferença entre as massas não seja superior a 0,2%. Após
esta estabilização deve-se registrar a massa seca (ms,dry) em g.
Para a determinação do volume da amostra, esta deve ser imersa em água a (20 ± 2)°C até
que entre duas determinações de massa, com intervalo de 15 minutos, a diferença entre as
massas não seja superior a 0,2%. Após esta estabilização deve-se registrar a massa saturada
(ms,sat) em g. E em seguida determinar a massa da amostra imersa em água (ms,i) em g. O
volume da amostra é obtido pela equação:
w
s,is,sats ρ
mmV
−= (3.15)
Onde:
Vs = volume da amostra, em m3;
ms,sat = massa saturada da amostra, em kg
ms,i = massa imersa da amostra, em kg
ρw = densidade da água, em kg/m3.
A densidade de massa é determinada pela seguinte equação:
s
drys,s V
mρ = (3.16)
Onde:
ρs = densidade de massa da amostra , em kg/m3;
ms,dry = massa seca da amostra, em kg
73
3.3.5.11 - Permeabilidade pelo método do cachimbo
O “método do cachimbo” é um ensaio que mede a permeabilidade, através da pressão
exercida pela coluna d’água do equipamento de ensaio, de uma superfície de alvenaria ou
de revestimento, durante um período de tempo específico (Almeida Dias, 2003).
Para a realização de tal ensaio, nesta pesquisa, adotou-se o procedimento sugerido por
Almeida Dias (2003) e Selmo (1989), adaptado do CSTC (1982), sendo realizadas leituras
intermediárias. A seguir são apresentados a aparelhagem utilizada na execução do ensaio e
seus procedimentos.
- uma pisseta plástica com capacidade de 200 ml;
- cola a base de silicone;
- cachimbo de vidro, confeccionado conforme recomendações do CSTC;
- cronômetro.
O ensaio é realizado segundo a seguinte metodologia:
- fixar o cachimbo de vidro no revestimento, através de cola a base de silicone, comprimindo-o contra o mesmo;
- com o auxílio da pisseta plástica, encher o cachimbo com água potável até a referência do nível zero e acionar o cronômetro;
- efetuar a cada minuto a leitura da diminuição do nível da água em cm³, até o nível d’água atingir a marca de 4 cm³ ou completar 15 minutos de ensaio.
A visualização do ensaio pode ser visto na Fotografia 3.25.
Fotografia 3.25 - Ensaio de permeabilidade pelo método do cachimbo
Para o cálculo do coeficiente de permeabilidade adotou-se a metodologia proposta por
Almeida Dias (2003) conforme a expressão a seguir:
74
2
LLLLLL2
LA 876543
2-82 ++++++= (3.17)
Onde:
A2-8 = Coeficiente de permeabilidade, em ml.min;
L2 = Leitura do ensaio no 2° minuto;
L3 = Leitura do ensaio no 3° minuto;
L4 = Leitura do ensaio no 4° minuto;
L5 = Leitura do ensaio no 5° minuto;
L6 = Leitura do ensaio no 6° minuto;
L7 = Leitura do ensaio no 7° minuto;
L8 = Leitura do ensaio no 8° minuto.
3.3.5.12 - Resistência de aderência à tração
Esses ensaios seguiram o mesmo procedimento daqueles executados em paredes, segundo
a NBR 13528 (ABNT, 1995). A diferença reside na quantidade de corpos de prova que
ficaram em três por cada bloco ensaiado. Este valor foi determinado devido à necessidade
de se assegurar uma área mínima para apoio do dinamômetro na superfície do
revestimento. Também se evitou o corte de corpos-de-prova muito próximos das bordas da
amostra, por se tratarem de áreas possivelmente fragilizadas pelo processo de retirada dos
gabaritos A Fotografia. 3.26 (a) ilustra os corpos-de-prova cortados e colados à pastilha e a
Fotografia3.26 (b), o ensaio propriamente dito.
a) b) Fotografia 3.26 - a) Corte e colagem das pastilhas b) Ensaio de resistência de aderência à
tração no revestimento.
75
O procedimento de corte dos corpos-de-prova foi realizado com auxílio de uma serra-copo,
devido a facilidade de operação, produzindo-se corpos-de-prova cilíndricos com diâmetro
aproximado de 50 mm.
Os ensaios foram realizados com os blocos colocados na direção horizontal, com a face do
revestimento em argamassa para cima. O ensaio só era realizado após a verificação de que
o conjunto amostra-dinamômetro estava corretamente estabilizado, para se garantir que a
preparação do ensaio não perturbasse os resultados. O carregamento foi aplicado a uma
velocidade constante de acordo com o procedimento descrito na norma NBR 13528
(ABNT, 1995).
Durante toda a pesquisa foi utilizado um dinamômetro de tração com carregamento manual
da Dynatest, com capacidade de carga 5 kN e precisão de 0,001 kN. Este equipamento tem
um gancho livre e rotulado, de fácil conexão com a pastilha a ser colada no revestimento.
Durante o ensaio, o aparelho permaneceu com o eixo de aplicação da carga na posição
perpendicular ao plano do revestimento, sendo que o ensaio não sofreu impactos ou
esforços não-desejáveis (como vibrações e movimentos bruscos).
76
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo é apresentada uma compilação dos resultados obtidos no projeto
experimental proposto para esta dissertação, bem como as discussões e considerações
referentes aos mesmos. Os resultados dos ensaios apresentados neste capítulo são valores
médios e nos anexos estão presentes os resultados completos, referentes a cada ensaio.
4.1 - PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO NO
ESTADO ENDURECIDO
4.1.1 - Ensaio do ultra-som
Na Tabela 4.1 são apresentados os resultados médios de ultra-som obtidos através dos
ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.
Tabela 4.1- Resultados médios de ultra-som em ensaios realizados na argamassa e no revestimento no estado endurecido.
Através da Figura 4.1 observa-se que, para uma mesma argamassa, há uma variação entre
os resultados conforme o tipo e a dimensão do corpo-de-prova. Essa variação foi menor na
argamassa AI, cujos resultados foram semelhantes. Neste caso esta argamassa apresentou
também, de modo geral, as maiores velocidades de propagação de onda ultra-sônica.
Os resultados médios mais elevados, de forma geral, foram obtidos nos ensaios realizados
nos revestimentos (sobre bloco de concreto), seguidos pelos resultados dos prismas. A
velocidade de propagação de onda ultra-sônica no revestimento apresentou valores mais
elevados nas argamassas AR-1, AR-2 e AR-3 do que nas argamassas AR-4 e AI, em
relação aos demais tipos de corpo-de-prova. Este comportamento pode ser influência do
substrato sobre a velocidade de propagação na argamassa ou mesmo fissuras não
identificadas existentes no revestimento.
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Ultra-som (km/s) – Prismas 1,71 1,90 2,14 2,20 2,18
Ultra-som (km/s) - Cilindros 5x10 1,47 1,75 1,70 2,02 2,20
Ultra-som (km/s) - Cilindros 15x30 1,28 1,68 1,70 1,82 2,17
Ultra-som (km/s) - Placas Isoladas 1,40 1,67 1,92 2,05 2,10
Ultra-som (km/s) – Revestimento 2,19 2,69 2,60 2,06 2,24
77
0,000,501,001,502,002,503,00
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Vel
ocid
ade
(km
/s)
Prismas Cilindros 5x10 Cilindros 15x30 Placa Isolada Revestimento
Figura 4.1 - Resultados médios do ultra-som.
Os prismas e as placas isoladas apresentaram comportamento semelhante à medida que se
varia a argamassa mista, sendo que os prismas apresentaram valores médios superiores aos
resultados das placas isoladas. A argamassa AR-1, que contem maior teor de cal em
relação à AR-2 e menor consumo de cimento entre as argamassas, apresentou os valores
médios mais baixos de velocidade de propagação de onda. Para as demais argamassas
mistas, que apresentam consumo de cimento parecido, à medida que se aumenta o módulo
de finura, maior é a velocidade de propagação. Para a argamassa AI, os prismas
apresentaram resultados superiores aos resultados das argamassas mistas e as placas
isoladas obtiveram resultados médios pouco inferiores que a argamassa AR-4.
Já os corpos-de-prova cilíndricos apresentam o mesmo comportamento em relação a todas
as argamassas. Este comportamento é semelhante às placas isoladas e aos prismas, com
exceção da argamassa AR-3, que apresentou valores médios inferiores à AR-2, com o
corpo-de-prova 15x30 (CP-15x30) apresentando valores superiores ao CP-5x10. Para as
demais argamassas o CP-5x10 obteve resultados médios maiores.
4.1.2 - Densidade de massa
Na Tabela 4.2 são apresentados os resultados médios de densidade de massa obtidos
através dos ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.
78
Tabela 4.2- Resultados médios dos ensaios realizados na argamassa e no revestimento no estado endurecido.
A densidade de massa, para uma mesma argamassa, apresentou resultados médios
semelhantes tanto para o tipo de corpo-de-prova quanto para o método de ensaio utilizado.
Sendo que o CP-5x10, através da metodologia da norma européia, apresentou os menores
valores médios. Conforme a Figura 4.2, as argamassas AR-1 e AR-2, que possuem a
mesma granulometria de areia, apresentaram valores praticamente iguais, mesmo com o
maior consumo de cal de AR-1. A argamassa AI apresentou os menores valores médios
dentre as argamassas estudadas.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Den
sida
de (g
/cm
3 )
EN - CP 5x10 NBR - CP 5x10 EN - Placa Isolada NBR - Placa Isolada
Figura 4.2 - Resultados médios de densidade de massa.
Para as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 nota-se que quanto maior o módulo de finura da
areia, maior a densidade de massa, muito embora sejam ínfimas as diferenças. A argamassa
AI apresentou os menores valores médios dentre as argamassas estudadas. Este
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada Método de Ensaio
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Densidade de massa da argamassa endurecida (g/cm3) - CP-5x10
EN 1015-10 1,68 1,70 1,74 1,77 1,47
Densidade de massa aparente no estado endurecido (g/cm3) - CP-5x10
NBR 13280 1,74 1,74 1,78 1,80 1,50
Densidade de massa da argamassa endurecida (g/cm3) - Placa Isolada
EN 1015-10 1,75 1,75 1,81 1,86 1,54
Densidade de massa aparente no estado endurecido (g/cm3) - Placa Isolada
NBR 13280 1,75 1,74 1,78 1,85 1,54
79
comportamento já era esperado devido à grande quantidade de ar incorporado presente
nesta argamassa.
É interessante observar que para um mesmo método, as placas isoladas apresentam,
geralmente, densidade de massa maior em relação ao CP-5x10, sendo mais evidente pela
metodologia da normalização européia. A exceção se dá nas argamassas AR-2 e AR-3
onde os resultados foram praticamente os mesmos para os dois métodos.
Bastos (2001) verificou comportamento semelhante de maior densidade de massa para as
placas, em seu estudo sobre retração da argamassa em base porosa e base não absorvente.
Segundo este autor, isto pode ser explicado através do efeito de adensamento mecânico da
argamassa promovido pela perda de água (para o substrato e para o ar), ocasionando maior
área de contato e ligação mais íntimas entre as partes sólidas da mistura. Ou seja, como os
CP-5x10 foram moldados em formas metálicas e cobertos com uma placa de vidro, eles
praticamente não tiveram troca de umidade com o ambiente até o momento do desmolde,
quando sua estrutura interna já estava quase formada e endurecida, e havia sofrido pouca
retração. Já para o caso das placas isoladas, e até mesmo do revestimento, a partir do
momento em que a argamassa entrava em contato com o bloco, esta começava a perder
água para o substrato e o ar, sofrendo uma retração mais intensa que promoveu este
aumento de densidade. A Figura 4.3 é uma representação esquemática do efeito de retração
apresentada por Bastos (2001).
Figura 4.3 - Representação esquemática do esvaziamento dos capilares da camada de
argamassa aplicada sobre bloco e o efeito de retração causado na superfície e na interface argamassa-substrato (Bastos, 2001).
4.1.3 - Índice de vazios e absorção
Na Tabela 4.3 são apresentados os resultados médios de índice de vazios, massa específica
real e massa específica da amostra seca obtidos através dos ensaios realizados nas
argamassas e nos revestimentos.
80
Tabela 4.3- Resultados médios dos ensaios de índice de vazios.
Conforme a Figura 4.4(a), nota-se que o índice de vazios para as argamassas mistas, em
ambos os corpos-de-prova, têm comportamento semelhante. Já para a argamassa
industrializada, o CP-5x10 apresentou valor médio inferior aos resultados das argamassas
mistas e, para a placa isolada, o valor do índice de vazios obtido foi o maior encontrado
dentre todas as argamassas e corpos-de-prova.
Percebe-se que a argamassa AR-1, com o maior teor de cal e baixo consumo de cimento,
apresenta o maior índice de vazios entre as argamassas mistas. E para as demais
argamassas mistas, à medida que se aumenta o módulo de finura da areia, o índice de
vazios diminui. Embora, para ambos os casos, as diferenças entre os resultados sejam
pequenas.
05
101520253035
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Índi
ce d
e V
azio
s(%
)
CP 5x10 Placa Isoladaa)
0
5
10
15
20
25
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Abs
orçã
o (%
)
CP 5x10 Placa Isoladab)
Figura 4.4 - a)Resultados médios do ensaio de índice de vazios; b)Resultados médios do ensaio de absorção.
Na Figura 4.4 (b) percebe-se que para as argamassas mistas os resultados de absorção pelas
placas isoladas apresentaram valores menores em relação aos corpos-de-prova cilíndricos
(CP-5x10). Para a argamassa industrializada ocorre o contrário. Ainda em relação à esta
argamassa, nota-se que a placa isolada apresentou resultados superiores às argamassas
mistas e o CP-5x10 resultados maiores que AR-3 e AR-4.
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Índice de Vazios (%) - CP 5x10 28,07 27,19 26,10 24,62 22,21
Índice de Vazios (%) - Placa Isolada 22,44 21,55 21,29 20,61 29,92
Absorção de água (%) - CP 5x10 16,80 16,06 14,83 13,73 15,00
Absorção de água (%) - Placa Isolada 12,63 12,08 11,62 11,36 19,29
81
Comparando-se cada tipo de corpo-de-prova isoladamente, observa-se que a amostra AR-
1, em relação a AR-2, apresentou maior absorção. Isso se deve ao fato de que AR-1 possui
maior quantidade de cal. Para as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 percebe-se que quanto
maior o módulo de finura da areia, menor a absorção de água pelo corpo-de-prova.
Analisando as Figuras 4.4 (a) e (b) percebe-se, para as argamassas mistas, a tendência de
que quanto maior é o índice de vazios da argamassa, maior a absorção de água, o que já era
esperado.
Esta diferença de resultados entre os dois tipos de corpos-de-prova, para as argamassas
mistas, também é explicado pelo aumento da densidade da placa devido ao efeito da maior
retração sofrida por este corpo-de-prova durante os momentos iniciais.
Para a argamassa industrializada o comportamento, entre os dois tipos de corpo-de-prova,
foi o inverso ao encontrado para as argamassas mistas, em ambos os ensaios. Para se
comprovar a veracidade deste comportamento os ensaios foram repetidos e os resultados
encontrados foram os mesmos. Estes resultados diferenciados podem ser influência da
própria argamassa industrializada, que parece ser um material totalmente diferente, se
comparado com as argamassas mistas. E pode ser também influência dos métodos de
ensaios utilizados, que podem não representar bem o comportamento da argamassa em
questão.
4.1.4 - Capilaridade, IRA (modificado), ensaio do cachimbo e absortividade
Na Tabela 4.4 são apresentados os resultados médios do coeficiente de capilaridade, IRA
(modificado), ensaio do cachimbo e absortividade da amostra seca obtidos através dos
ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.
Tabela 4.4- Resultados médios dos ensaios de absorção, capilaridade, IRA, ensaio do cachimbo e absortividade
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Coef. de Absorção por Capilaridade – Prisma (kg/m3.min1/2) 1,69 1,64 1,64 1,55 0,56
IRA - Placa Isolada (g/194cm2/min) 22,13 19,73 16,46 12,04 51,29
Permeabilidade pelo Método do Cachimbo – Revestimento (ml.min) 19,38 14,82 9,89 10,02 23,93
Absortividade – Placa Isolada (mm.min-1/2) 1,075 0,971 0,741 0,803 0,717
82
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Cap
ilari
dade
(k
g/m
3 .min
1/2 )
Prisma a)
0102030405060
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
IRA
(g/1
94cm
2 /min
)
Placa Isolada b) Figura 4.5 - a) Resultados médios do ensaio do coeficiente de capilaridade; b) Resultados
médios do IRA.
Para o ensaio de determinação do coeficiente de capilaridade realizado nos semi-prismas,
as argamassas mistas apresentaram resultados muito próximos se comparadas com a
argamassa AI, que apresentou o menor coeficiente de capilaridade. Para as argamassas
mistas, notou-se que a amostra AR-1 apresentou o maior coeficiente de capilaridade. As
argamassas AR-2 e AR-3, apesar de granulometrias diferentes, apresentaram o mesmo
coeficiente de capilaridade. A argamassa AR-4, com o maior módulo de finura, apresentou
a menor capilaridade dentre as argamassas mistas. O comportamento de AR-1 se deve,
provavelmente, ao fato desta apresentar em sua composição uma areia fina e grande
quantidade de cal. Durante os ensaios de capilaridade era comum, para as argamassas
mistas, a água chegar ao topo do corpo-de-prova, o que não ocorreu com a argamassa
industrializada.
Com relação aos resultados do IRA, realizado nas placas isoladas, verificou-se que a
argamassa AI é a amostra que apresenta o maior valor, mais que o dobro do maior
resultado entre as argamassas de cimento: cal:areia. O comportamento verificado entre as
argamassas mistas é tal que a amostra AR-1, com maior quantidade de cal em relação à
argamassa AR-2, possui maior valor de IRA. Entre as amostras AR-2, AR-3 e AR-4
percebe-se que quanto maior o módulo de finura da areia utilizada, menor o IRA.
Com relação à absortividade, Figura 4.6 (a), as argamassas mistas apresentaram resultados
de absortividade maiores que AI. A amostra AR-1 obteve a maior absotividade entre as
argamassas. A amostra AR-3, que possui granulometria intermediária de areia, apresentou
a menor absortividade entre as argamassas de cimento:cal:areia.
83
0,00,20,40,60,81,01,2
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Abso
rtivi
dade
(m
m.m
in-1
/2)
Placa Isoladaa)
05
1015202530
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Perm
eabi
lidad
e (m
l.min
)
Revestimento b) Figura 4.6 - a) Resultados médios do ensaio de absortividade; b) Resultados médios de
permeabilidade pelo método do cachimbo.
Com relação à permeabilidade pelo método do cachimbo (Figura 4.6 b), o comportamento
das argamassas mistas foi semelhante aos resultados de absortividade, onde AR-1
apresentou maior pemeabilidade e AR-3 o menor valor médio. Já a argamassa AI obteve
valor médio de permeabilidade pelo método do cachimbo, acima dos resultados obtidos
pelas argamassas mistas, obtendo desse modo a maior permeabilidade entre as argamassas,
corroborado pelo resultado do IRA.
Com base nos resultados, percebe-se que os dois ensaios (IRA e permeabilidade pelo
método do cachimbo) indicam o mesmo comportamento, mas o método do cachimbo é
mais representativo, pois as diferença entre as argamassas mistas ficou mais evidente.
Percebeu-se que na maioria dos ensaios a argamassa industrializada apresenta um
comportamento diferente das argamassas de cimento:cal:areia, denotando ser outro
material. Em relação às argamassas mistas, verifica-se a influência da quantidade de cal e
da granulometria da areia nas propriedades estudadas.
Dos resultados dos ensaios de Bortoluzzo (1999), a respeito da absorção de água por
capilaridade, observou-se que argamassas com traços mais fracos apresentam maior
absorção por capilaridade pois sua porosidade é maior. Com relação a argamassas com
aditivos incorporadores de ar, sua baixa absorção de água total se deve ao fato de que estes
aditivos fazem com que os capilares da matriz de cimento sejam interrompidos pelas
bolhas de ar incorporado, resultando em uma rede de capilaridade mais fechada.
Vale ressaltar que os ensaios de absorção de água e do índice de vazios estão mais
relacionados com a porosidade total da argamassa endurecida, enquanto que os ensaios do
IRA, da capilaridade e do método do cachimbo estão relacionados com as características
84
dos poros superficiais. A Tabela 4.5 apresenta um resumo dos ensaios físicos realizados no
estado endurecido para as placas isoladas.
Tabela 4.5- Resumo dos ensaios físicos realizados nas placas isoladas.
Consumo de cimento (kg/m3)
Granulometria da areia (Módulo de
finura) Propriedades Avaliadas AR-1
(127,07)AR-2
(162,93)AR-2 (2,12)
AR-3 (2,40)
AR-4 (2,68)
Densidade de massa (g/cm3)-EN 1015-10 1,75 1,75 1,75 1,81 1,86
Densidade de massa (g/cm3)-NBR 13280 1,75 1,74 1,74 1,78 1,85
Índice de Vazios (%) 22,44 21,55 21,55 21,29 20,61
Absorção de água (%) 12,63 12,08 12,08 11,62 11,36
Coef. de Capilaridade (kg/m2.min1/2) 1,69 1,64 1,64 1,64 1,55
IRA (g/194cm2/min) 22,13 19,73 19,73 16,46 12,04
Método do Cachimbo (ml.min) 19,38 14,82 14,82 9,89 10,02
Absortividade (mm.min-1/2) 1,075 0,971 0,971 0,741 0,803 4.2 - PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DOS
REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO
4.2.1 - Resistência à compressão e resistência à tração
Na Tabela 4.6 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios para
determinação das resistências à compressão e à tração realizados nas argamassas e nos
revestimentos.
Tabela 4.6- Resultados médios ensaio mecânicos.
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Resistência à compressão (MPa) - 1/2Prismas 1,77 2,82 3,55 4,09 4,46
Resistência à compressão (MPa) - CP 5x10 1,42 2,52 2,88 3,12 4,75
Resistência à compressão (MPa) - CP 15x30 1,03 2,01 2,17 2,69 4,19
Resistência à tração na flexão (MPa) - Prismas 0,61 0,93 1,07 1,17 1,64
Resistência à tração na flexão (MPa) - Placas Isoladas 1,17 1,73 1,99 2,01 2,17
Resistência à tração por compressão diametral (MPa) - CP 5x10 0,16 0,33 0,33 0,42 0,91
85
No ensaio de determinação da resistência à compressão (Figura 4.7), os resultados dos
semi-prismas foram superiores aos demais corpos-de-prova, em relação às argamassas
mistas. Para a argamassa AI, o corpo-de-prova com maior resistência à compressão foi o
CP-5x10. Os menores resultados médios foram obtidos no CP-15x30. O corpo-de-prova e
a metodologia têm influencia nos resultados dos ensaios.
Avaliando-se o comportamento da resistência à compressão para as argamassas AR-1, AR-
2 e AI (com provável maior consumo de cimento), verifica-se a relação resistência x
consumo de cimento, onde argamassas com maior consumo de cimento apresentam maior
resistência.
Já as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 que possuem consumo de cimento aproximadamente
iguais, percebeu-se que quanto maior o módulo de finura da areia, maior a resistência à
compressão.
0
1
2
3
4
5
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Res
istê
ncia
à
Com
pres
são
(MP
a)
1/2Prismas CP 5x10 CP 15x30
Figura 4.7 - Resultados médios do ensaio de resistência à compressão.
Os resultados dos ensaios de resistência à tração por compressão diametral (Figura 4.8 (a))
apresentaram comportamento semelhante à resistência à compressão, onde a explicação,
em relação ao consumo de cimento e à granulometria da areia, satisfaz o comportamento
da resistência à tração para as argamassas em estudo. Verificou-se que quanto maior o
consumo de cimento, maior é a resistência da argamassa. E para amostras com consumo de
cimento parecidas, quanto mais grossa a areia, maior a resistência mecânica.
86
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Resi
stên
cia
à Tr
ação
por
C
ompr
essã
o Di
am. (
MP
a)
CP 5x10a)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Resi
stên
cia
à Tr
ação
na
Flex
ão (M
Pa)
Prismas Placas Isoladasb)
Figura 4.8 - a) Resultados médios do ensaio de resistência à tração por compressão diametral; b) Resultados médios de resistência à tração na flexão.
Para os resultados de resistência à tração na flexão das placas isoladas (Figura 4.8 (b)),
observa-se que foram quase o dobro dos resultados obtidos com os prismas. Este
comportamento pode ser devido à retração sofrida pela placa isolada, que proporcionou
maior densidade de massa para as placas, além promover um incremento na resistência
mecânica do corpo-de-prova (Bastos, 2001). O comportamento em relação ao consumo de
cimento e granulometria da areia manteve-se o mesmo descrito anteriormente.
4.2.2 - Resistência de aderência
Na Tabela 4.7 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios para
determinação das resistências de aderência.
Tabela 4.7- Resultados médios do ensaio de aderência.
Os resultados de resistência de aderência do revestimento (Figura 4.9) indicam um
comportamento da resistência, em relação ao consumo de cimento e granulometria da
areia, semelhante ao apresentado no item anterior. Nota-se que mesmo com o consumo de
cimento elevado apresentado pela argamassa AI, esta não apresentou uma diferença muito
grande da resistência de aderência em relação às argamassas AR-2, AR-3 e AR-4. Com
relação à forma de ruptura, todas argamassas romperam, predominantemente na
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Resistência de aderência à tração (MPa) – Revestimento 0,28 0,45 0,48 0,48 0,53
Coeficiente de variação 30,15 21,57 18,86 22,61 22,82
87
argamassa. Nota-se que os resultados de resistência de aderência, em relação às argamassas
mistas, são parecidos com os resultados de resistência à tração por compressão diametral.
A exceção se dá quando se trata da argamassa AI.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Resi
stên
cia
de A
derê
ncia
à
Traç
ão (M
Pa)
Revestimento
Figura 4.9 - Resultados médios de resistência de aderência.
A Tabela 4.8 apresenta um resumo dos ensaios mecânicos realizados no estado endurecido
para as placas isoladas.
Tabela 4.8- Resumo dos ensaios mecânicos realizados nas placas isoladas.
Consumo de cimento (kg/m3)
Granulometria da areia (Módulo de
finura) Propriedades Avaliadas AR-1
(127,07) AR-2
(162,93) AR-2 (2,12)
AR-3 (2,40)
AR-4 (2,68)
Resistência à compressão (MPa) - 1/2Prismas 1,77 2,82 2,82 3,55 4,09
Resistência à compressão (MPa) - CP 5x10 1,42 2,52 2,52 2,88 3,12
Resistência à compressão (MPa) - CP 15x30 1,03 2,01 2,01 2,17 2,69
Resistência à tração na flexão (MPa) – Prismas 0,61 0,93 0,93 1,07 1,17
Resistência à tração na flexão (MPa) - Placas Isoladas 1,17 1,73 1,73 1,99 2,01
Resistência à tração por compressão diametral (MPa) - CP 5x10 0,16 0,33 0,33 0,33 0,42
Resistência de aderência à tração (MPa) 0,28 0,45 0,45 0,48 0,48
88
4.3 - PROPRIEDADES DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DOS
REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO
4.3.1 - Módulo de deformação e coeficiente de Poisson
Na Tabela 4.9 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios
realizados nas argamassas e nos revestimentos.
Tabela 4.9- Resultados médios dos ensaios de módulo de deformação e coeficiente de Poisson.
Os valores obtidos para o módulo dinâmico foram os maiores encontrados, não
apresentando correspondência direta com o comportamento dos módulos obtidos através
de ensaios mecânicos clássicos (Figura 4.10). É válido ressaltar que o comportamento
apresentado pelo prisma e pela placa isolada, para o módulo dinâmico, são parecidos.
Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Módulo Dinâmico – Prisma (GPa) 4,86 5,88 7,71 8,68 6,72
Módulo Dinâmico - Cilindros 5x10 (GPa) 3,64 4,99 4,84 7,24 7,15
Módulo Dinâmico - Cilindros 15x30 (GPa) 2,70 4,60 4,85 5,82 6,76
Módulo Dinâmico - Placas isoladas (GPa) 3,36 4,61 6,40 7,96 6,73
Módulo Secante - CP-5x10 (GPa) 2,05 4,21 3,07 4,73 5,04
Módulo Secante - CP-15x30 (GPa) 1,64 4,17 2,83 3,95 4,58
Módulo Corda na Flexão - Placas Isoladas (GPa) 2,15 2,31 3,07 3,93 3,95
Módulo Corda na Flexão – Prismas (GPa) 0,34 0,35 0,49 0,74 0,94
Coeficiente de Poisson - CP-15x30 (GPa) 0,11 0,16 0,12 0,07 0,07
89
0123456789
10
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Argamassas
Mód
ulo
de D
efor
maç
ão (G
Pa)
Módulo Dinâmico - Prisma Módulo Dinâmico - Cilindros 5x10Módulo Dinâmico - Cilindros 15x30 Módulo Dinâmico - Placas isoladasMódulo Secante - CP 5x10 Módulo Secante - CP 15x30Módulo Corda - Placas Isoladas Módulo Corda - Prismas
Figura 4.10 - Resultados médios dos ensaios para determinação dos módulos de
deformação.
O módulo corda na flexão, obtido através dos primas, apresentou os menores valores de
módulo. O módulo corda na flexão, obtido através das placas isoladas, apresentou
comportamento semelhante e valores médios similares com o módulo secante obtido
através dos corpos-de-prova CP-5x10 e CP-15x30. A exceção ocorreu na argamassa AR-2,
onde a diferença entre o módulo secante e o módulo corda da placa isolada foi maior.
De maneira geral observou-se que, para argamassas com o mesmo tipo de areia, o maior
valor de módulo é obtido para a argamassa com maior consumo de cimento. Para amostras
com granulometria de areia diferentes e consumo de cimento similar, observou-se que
quanto mais grossa a areia, maior é o módulo. A argamassa AI apresentou, para a maioria
dos corpos de prova, os maiores valores de módulo; esse comportamento deve estar ligado
ao consumo de cimento que é maior nesta argamassa.
Pode-se considerar o módulo obtido através das placas como sendo o mais representativo
para os revestimentos. Isso se deve ao fato de que ele é obtido através de um corpo-de-
prova que apresenta as dimensões que mais se aproximam de um revestimento, além de ter
sofrido as mesmas perdas de água que um revestimento.
A Figura 4.11 apresenta o comportamento do coeficiente de Poisson (ν) em relação às
argamassas estudadas. Para argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 o ν diminui à medida que se
90
aumenta o módulo de finura da areia. Para as argamassas AR-1 e AR-2, o coeficiente de
Poisson é menor para a argamassa com maior quantidade de cal. A argamassa AI
apresentou valor médio igual ao da amostra AR-4, sendo este o menor coeficiente de
Poisson entre as argamassas estudadas.
0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,18
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas
Coef
icie
nte
de P
oiss
on
Coeficiente de Poisson - CP 15x30
Figura 4.11 - Resultados médios do coeficiente de Poisson.
4.4 - RELAÇÕES ENTRE ULTRA-SOM E AS PROPRIEDADES DAS
ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO
Nesta etapa serão utilizados, para análise, os resultados médios dos ensaios realizados nas
placas isoladas. Este corpo-de-prova tem geometria mais parecida com um revestimento de
argamassa em comparação aos demais corpos-de-prova, além de ter sofrido sucção pelos
blocos de concreto.
4.4.1 - Relações entre ultra-som e as propriedades e características físicas
A relação encontrada na Figura 4.12 indica que, para argamassas mistas, os parâmetros
avaliados são diretamente proporcionais. Esse comportamento está mais evidente nas
argamassas AR-2, AR-3 e AR-4, que apresentam traços semelhantes onde se varia a
granulometria da areia utilizada. A argamassa industrializada não apresentou este
comportamento, uma vez que apresentou a menor densidade de massa entre as argamassas
avaliadas e a maior velocidade de propagação de onda. Este comportamento inesperado da
argamassa industrializada pode ser devido a matriz cimentícia deste material propagar a
onda ultra-sônica com maior velocidade, compensando a porosidade desta argamassa.
Necessitando de estudo mais profundos para a verificação deste comportamentro.
91
AR-4
AR-3AR-1
AR-2
AI
1,0
1,5
2,0
2,5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Dens
idad
e de
Mas
sa (g
/cm
3 )
Figura 4.12 - Relação entre ultra-som x densidade de massa.
Para o ensaio de absorção (Figura 4.13), o comportamento encontrado é linear para as
argamassas mistas, conforme pode-se verificar na citada figura. A argamassa AI
apresentou um comportamento diferenciado, pois obteve os maiores resultados de ultra-
som e absorção de água, estando fora do comportamento encontrado para as argamassas
mistas.
AR-4AR-3
AR-1AR-2
AI
0
5
10
15
20
25
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Abs
orçã
o(%
)
Figura 4.13 - Relação entre ultra-som x absorção de água.
A Figura 4.14 apresenta comportamento semelhante à figura anterior, nestes dois casos a
tendência encontrada indica uma relação inversa entre os parâmetros avaliados, para as
argamassas de cimento:cal e areia. Novamente AI foge à regra apresentando os maiores
resultados médios de índice de vazios e ultra-som.
92
AR-2AR-1
AR-3AR-4
AI
0
5
10
15
20
25
30
35
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Índi
ce d
e Va
zios
(%)
Figura 4.14 - Relação entre ultra-som x índice de vazios.
Com relação ao coeficiente de capilaridade, a Figura 4.15 demonstra uma ralação inversa
entre as propriedades estudadas. Esta relação também é válida para a argamassa
industrializada, que apresentou o maior resultado de ultra-som e o menor coeficiente de
capilaridade.
AI
AR-2
AR-1
AR-3AR-4
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Coe
f. de
Cap
ilari
dade
(k
g/m
3 .min
1/2 )
Figura 4.15 - Relação entre ultra-som x coeficiente de capilaridade.
A Figura 4.16 indica uma relação inversa entre o IRA e a velocidade de propagação de
onda ultra-sônica. Esta relação é válida apenas para AR-1, AR-2, AR-3 e AR-4, devido ao
fato de que AI apresentou a maior velocidade de propagação e o maior IRA, sendo o
resultado desta última propriedade muito maior que o valor encontrado nas outras
argamassas.
93
AI
AR-4AR-3
AR-1AR-2
0
10
20
30
40
50
60
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
IRA
(g/1
94cm
2 /min
)
Figura 4.16 - Relação entre ultra-som x IRA.
O ensaio de permeabilidade pelo cachimbo apresenta uma boa relação com o ensaio do
ultra-som, onde, para as argamassas de cimento:cal:areia, foi encontrada uma relação
inversa entre as propriedades estudadas (Figura 4.17). Esta relação não é valida para a
argamassa industrializada, pois esta, apesar de obter o maior resultado de velocidade de
propagação, apresentou também a maior permeabilidade pelo método do cachimbo.
AI
AR-4
AR-3
AR-1 AR-2
0
5
10
15
20
25
30
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Ensa
io d
o C
achi
mbo
(ml.m
in)
Figura 4.17 - Relação entre ultra-som x permeabilidade pelo método do cachimbo.
A absortividade (Figura 4.18) foi a propriedade que apresentou a melhor relação com o
ensaio do ultra-som, levando-se em conta todas as argamassas avaliadas. Esta relação
apresentou comportamento semelhante a figura anterior.
94
AIAR-4
AR-3
AR-1AR-2
0,0
0,5
1,0
1,5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Abs
ortiv
idad
e (m
m.m
in-1
/2)
Figura 4.18 - Relação entre ultra-som x absortividade.
Percebe-se que o ultra-som apresenta uma boa relação com as propriedades físicas das
argamassas mistas de revestimento, onde nos três últimos gráficos a relação entre ultra-
som e as propriedades físicas ficou mais evidente devido à inclinação inclinação da reta
encontrada.. A argamassa industrializada apresenta um comportamento diferenciado em
relação às demais argamassas, estando quase sempre fora da relação entre as propriedades
das argamassas mistas e o resultado do ultra-som. A exceção se dá quando se trata do
ensaio de absortividade (Figura 4.18), onde AI apresenta um comportamento semelhante às
demais argamassas. Todas as propriedades estudadas se relacionam fortemente com a
porosidade e a densidade do material utilizado. Assim, pode se dizer que o ultra-som varia
com as características de poros e densidade, conseqüentemente se relacionando com as
medições efetuadas.
4.4.2 - Relações entre ultra-som e as propriedades mecânicas
Nas Figuras 4.19 a 4.21 se percebe uma clara relação entre a resistência à compressão das
argamassas de revestimento e o ensaio do ultra-som. Nestes gráficos verifica-se uma
relação direta entre o resultado do ultra-som e a resistência à compressão.
Para a argamassa AI, nota-se que esta se comportou linearmente, junto com as argamassas
mistas, apenas no ensaio com as placas isoladas. Nos demais corpos-de-prova, AI
apresentou uma relação ultra-som x resistência à compressão semelhante à descrita
anteriormente, mas o valor do resultado de resistência à compressão foi mais elevado que
das outras argamassas.
95
AR-4
AR-3
AR-1
AR-2
AI
0
1
2
3
4
5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - Prisma
Resi
stên
cia
à C
ompr
essã
o (M
Pa)
Figura 4.19 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (prisma).
AR-4AR-3
AR-1
AR-2
AI
0
1
2
3
4
5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - (km/s)
Resi
stên
cia
à C
ompr
essã
o (M
Pa)
Figura 4.20 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-5x10).
AR-4AR-3
AR-1
AR-2
AI
0
1
2
3
4
5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6
Velocidade Ultra-som - (km/s)
Resi
stên
cia
à C
ompr
essã
o (M
Pa)
Figura 4.21 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-15x30).
A relação entre ultra-som e a resistência à tração na flexão (Figuras 4.22 e 4.23) apresenta
um comportamento linear semelhante ao verificado para a resistência à compressão. Em
ambos os casos a argamassa industrializada apresentou um comportamento fora da
linearidade obtida com as argamassas mistas, mas dentro da relação ultra-som x resistência
à tração na flexão.
96
AR-4AR-3
AR-1
AR-2
AI
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa isolada (km/s)
Resi
stên
cia
à Tr
ação
na
Flex
ão (M
Pa)
Figura 4.22 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (placa isolada).
AR-4AR-3
AR-1
AR-2
AI
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - (km/s)
Res
istê
ncia
à T
raçã
o na
Fl
exão
(MP
a)
Figura 4.23 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (prisma).
Pela análise da Figura 4.24 observa-se que a relação entre a resistência à tração por
compressão diametral e velocidade do ultra-som é uma relação direta. Essa relação se
aplica também a argamassa AI, apesar desta apresentar um comportamento fora da
linearidade obtida com as argamassas mistas.
AR-2
AR-1
AR-3 AR-4
AI
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - (km/s)
Res
istê
ncia
à T
raçã
o po
r C
omp.
Diâ
met
ral (
MPa
)
Figura 4.24 - Relação entre ultra-som x resistência à tração por compressão diametral.
97
A Figura 4.25 indica uma relação direta entre a resistência de aderência e a velocidade do
ultra-som. Nesta relação nota-se que a argamassa industrializada compartilha deste
comportamento juntamente com as argamassas mistas. Nesta avaliação utilizou-se os
resultados de velocidade de onda ultra-sônica da placa isolada, uma vez que os resultados
do ensaio de ultra-som no revestimento possam ter sofrido influência do substrato.
AR-4AR-3
AR-1
AR-2 AI
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa isolada (km/s)
Resi
stên
cia
de A
derê
ncia
(M
Pa)
Figura 4.25 - Relação entre ultra-som x resistência de aderência.
O ultra-som parece ter uma boa relação com as propriedades mecânicas das argamassas
mistas, onde a tendência dos resultados apresenta um comportamento relativamente linear.
A argamassa AI apresenta um comportamento diferenciado em relação às outras
argamassas na maioria dos casos. A exceção está nas relações entre ultra-som e resistência
à compressão (prisma), ultra-som e resistência à tração na flexão (placa isolada) e ultra-
som e resistência de aderência, onde AI compartilha do comportamento das argamassas
mistas. De maneira geral, verifica-se que com o aumento da resistência mecânica das
argamassas ocorre um acréscimo na velocidade de propagação da onda ultra-sônica através
da argamassa.
4.4.3 - Relações entre ultra-som e a propriedades de deformação
Na análise da Figura 4.26, nota-se que o módulo secante, obtido através dos corpos-de-
prova 5x10, apresenta uma relação com o ultra-som, apesar da dispersão dos resultados.
98
AR-2
AR-1AR-3
AR-4AI
0
1
2
3
4
5
6
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Velocidade Ultra-som - (km/s)
Mód
ulo
Seca
nte
-CP
-5x1
0 (G
Pa)
Figura 4.26 - Relação entre ultra-som x módulo secante (CP-5x10).
Com relação ao módulo corda obtido através da placa isolada (Figura 4.27), verifica-se
uma relação direta entre as características avaliadas. Ressalta-se que a dispersão dos
resultados foi menor neste caso. No entanto a linearidade parece ser maior quando é
analisado apenas as argamassas onde se variou a granulometria e manteve-se constante o
consumo de cimento.
AR-4
AR-3
AR-1 AR-2
AI
0
1
2
3
4
5
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)
Mód
ulo
Cord
a - P
laca
Is
olad
a (G
Pa)
Figura 4.27 - Relação entre ultra-som x módulo corda (placa isolada).
O coeficiente de Poisson não apresenta relação com o ultra-som, pois como percebe-se na
Figura 4.28, a dispersão dos resultados não apresenta um comportamento muito claro.
99
AR-2
AR-1 AR-3
AR-4 AI
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5Velocidade Ultra-som - (km/s)
Coe
ficie
nte
de P
oiss
on
(GP
a)
Figura 4.28 - Relação entre ultra-som x coeficiente de Poisson.
4.5 - RELAÇÕES ENTRE AS PROPRIEDADES FISÍCO-MECÂNICAS E DE
DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO
4.5.1 - Relações entre capilaridade x IRA (modificado), ensaio do cachimbo e
absorção
Em todas as relações obtidas com o ensaio de capilaridade nota-se que AI apresenta um
comportamento diferenciado em relação às argamassas mistas, estando sempre isolada das
demais argamassas.
A relação capilaridade (norma européia) e IRA (ASTM), na Figura 4.29, apresenta para as
argamassas mistas uma tendência, onde quando maior a capilaridade, maior é o valor do
IRA. Essa relação não satisfaz os dados da argamassa industrializada, que apresentou o
menor resultado médio de capilaridade contra o maior valor do IRA entre as argamassas.
AR-4
AR-3
AR-1AR-2
AI
0
10
20
30
40
50
60
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9Capilaridade (kg/m3.min1/2)
IRA
(g/1
94cm
2 /min
)
Figura 4.29 - Relação entre capilaridade x IRA.
100
A Figura 4.30 apresenta a relação entre capilaridade e permeabilidade pelo método do
cachimbo, onde se verifica a tendência onde quanto maior a medida do ensaio capilaridade,
maior é permeabilidade do revestimento de argamassa. Mas esta relação não é clara
quando se trata da argamassa industrializada, que apresentou o menor valor de capilaridade
e o maior resultado de permeabilidade.
AR-2
AR-1
AR-3AR-4
AI
0
5
10
15
20
25
30
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9
Capilaridade (kg/m3.min1/2)
Ens
aio
do C
achi
mbo
(ml.m
in)
Figura 4.30 - Relação entre capilaridade x permeabilidade pelo método do cachimbo.
A relação entre capilaridade e absorção (Figura 4.31) apresenta um comportamento linear,
onde se verifica um aumento na absorção de água quando se tem um incremento na
capilaridade das argamassas. A argamassa AI não compartilha deste comportamento, uma
vez que esta amostra apresentou um comportamento diferenciado em relação às demais
argamassas.
AR-2AR-1
AR-3
AR-4
AI
10
12
14
16
18
0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9
Capilaridade (kg/m3.min1/2)
Abs
orçã
o (%
)
Figura 4.31 - Relação entre capilaridade x absorção.
101
Esses resultados eram esperados, uma vez que são fenômenos similares avaliados por
ensaios semelhantes.
4.5.2 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral e resistência de
aderência
A maioria dos corpos-de-prova do ensaio para determinação da resistência de aderência
rompeu na argamassa e os resultado médios de resistência à tração por compressão
diametral foram da mesma ordem de grandeza (Figura 4.32).
0,00,10,20,30,40,50,60,70,80,91,0
AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I
Argamassas
Res
istê
ncia
à tr
ação
por
co
mpr
essã
o di
amet
ral
(MP
a)
0,00,10,20,30,40,50,60,70,80,91,0
Resi
stên
cia
de
ader
ênci
a (M
Pa)
Res. à tração por compressão diametral Resistência de aderência
Figura 4.32 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de aderência.
Pode-se buscar extrapolar uma relação entre estas duas propriedades mecânicas (Figura
4.33), onde se percebe que quanto maior a resistência à tração, maior é a resistência de
aderÊncia. A argamassa AI, apesar de fazer parte desta relação, apresenta um
comportamento diferenciado, onde a resistência à tração e maior muito maior que a
resistência de aderência. Esta extrapolação só foi possível, pois, no ensaio para
determinação da resistência de aderência, a forma de ruptura predominante foi na
argamassa de revestimento, podendo ser considerado o resultado como ensaio de tração
direta.
102
AR-2
AR-1
AR-3 AR-4AI
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0Resistência à tração por Compressão Diâmetral (MPa)
Res
istê
ncia
de
Ader
ênci
a (M
Pa)
Figura 4.33 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de
aderência.
4.5.3 - Relações entre módulo e resistência mecânica
Na avaliação das relações entre módulo e resistência mecânica (Figura 4.34, Figura 4.35(a)
e Figura 4.35 (b)), percebe-se que, mesmo com a dispersão dos pontos, há um
comportamento tal que, quanto maior a resistência mecânica da argamassa, maior é o
módulo, indicando que a resistência mecânica do revestimento está relacionado com o
módulo.
AR-2
AR-1
AR-3AR-4
AI
0
1
2
3
4
5
0 2 4 6Módulo Secante (GPa)
Resi
st. à
Com
pres
são
(MPa
)
Figura 4.34 - Relação entre módulo secante (CP-5x10) x resistência à compressão (CP-
5x10).
103
AR-2
AR-1
AR-3AR-4
AI
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0 2 4 6Módulo Corda (GPa)
Res.
à tr
ação
na
flexã
o (M
Pa)
a)
AR-2
AR-1
AR-3AR-4AI
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 2 4 6Módulo Corda (GPa)
Resi
stên
cia
de a
derê
ncia
(Mpa
)
b) Figura 4.35 - a) Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência à tração na
flexão; b) Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência de aderência.
4.6 - RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DA DOSAGEM E
PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DO
REVESTIMENTO
Neste item busca-se verificar a relação entre as características de dosagem (consumo de
cimento, relação água/cimento e módulo de finura) com as resistências mecânicas das
argamassas.
4.6.1 - Relações entre consumo de cimento e resistência mecânica
A Figura 4.36 apresenta as relações entre a resistência mecânica (resistência de aderência,
resistência à tração na flexão e resistência à compressão)e consumo de cimento, onde se
percebe que há uma relação entre estas propriedades. Nota-se também que AR-2, AR-3 e
AR-4, que possuem consumo de cimento parecidos, ficaram agrupados.
104
AR-2
AR-1
AR-3 AR-4
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
100 120 140 160 180
Consumo de Cimento (kg/cm3)
Resi
stên
cia
de a
derê
ncia
(Mpa
)
a)
AR-4AR-3
AR-1
AR-2
0
1
2
3
4
100 150 200
Consumo de Cimento (kg/cm3)
Resi
st. à
Com
pres
são
(MP
a)
b)
AR-2
AR-1
AR-3 AR-4
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
100 150 200
Consumo de Cimento (kg/cm3)
Res
.à tr
ação
na
flexã
o (M
Pa)
c) Figura 4.36 - a)Relação entre consumo de cimento x resistência de aderência; .b)Relação
entre consumo de cimento x resistência à compressão (CP-5x10); c) Relação entre consumo de cimento x resistência à tração na flexão (placa isolada).
4.6.2 - Relações entre relação a/c e resistência mecânica
A Figura 4.37 apresenta as relações entre a resistência mecânica e relação a/c, onde se
percebe que há uma tendência entre estas propriedades. Quanto menor a relação a/c, maior
é a resistência mecânica da argamassa. A argamassa industrializada, apesar do ponto
distante das demais, compartilha da relação existente entre as argamassas mistas. A relação
obtida entra a resistência de aderência e o consumo de cimento (Figura 4.37 a) só ocorreu
porque a ruptura predominante foi na argamassa (tração direta).
105
AR-2
AR-1
AR-3AR-4AI
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C
Resi
stên
cia
de a
derê
ncia
(Mpa
)
a)
AR-2
AR-1
AR-3AR-4
AI
0
1
2
3
4
5
6
0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C
Res
ist.
à co
mpr
essã
o (M
Pa)
b)
AR-2
AR-1
AR-3
AR-4
AI
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C
Res
. à tr
ação
na
flexã
o (M
Pa)
c) Figura 4.37 - a)Relação entre relação a/c x resistência de aderência; .b)Relação entre
relação a/c x resistência à compressão (CP-5x10); c) Relação entre relação a/c x resistência à tração na flexão (placa isolada).
4.6.3 - Relações entre módulo de finura e resistência mecânica
Na Figura 4.38 foi verificado uma tendência entre o módulo de finura e a resistência
mecânica das argamassas. Esta tendência ficou mais evidente para a resistência à
compressão e a resistência de aderência. A relação obtida entre a resistência de aderência e
o módulo de finura (Figura 4.38 a) só ocorreu porque a ruptura predominante foi na
argamassa (tração direta).
Esta tendência dos resultados, relacionada à granulometria da areia, já era esperado, pois
Tristão (1995) já havia encontrado resultados parecidos, tratando-se de argamassas com
mesmo traço.
106
Vale ressaltar que o módulo de finura é, nesta dissertação, apenas um parâmetro para
identificar a granulometria da areia, não sendo objeto de estudo.
AR-3AR-2
AR-4
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
1,5 2,0 2,5 3,0
Módulo de Finura
Resi
stên
cia
de a
derê
ncia
(Mpa
)
a)
AR-3AR-2
AR-4
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
1,5 2,0 2,5 3,0
Módulo de FinuraR
esis
t. à
traç
ão p
or
com
pres
são
diam
etra
l (M
Pa)
b)
AR-4AR-2
AR-3
0
1
2
3
4
1,5 2,0 2,5 3,0
Módulo de Finura
Res
ist.
à co
mpr
essã
o (M
Pa)
c)
AR-4AR-2
AR-3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
1,5 2,0 2,5 3,0
Módulo de Finura
Res
.à tr
ação
na
flexã
o (M
Pa)
d) Figura 4.38 - a)Relação entre módulo de finura x resistência de aderência; b)Relação entre módulo de finura x resistência à tração por compressão diametral; c)Relação entre módulo
de finura x resistência à compressão (CP-5x10); d)Relação entre módulo de finura x resistência à tração na flexão (placa isolada).
107
5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Este capítulo apresenta as conclusões retiradas da análise dos resultados expostos no
capítulo anterior, levando em consideração os métodos utilizados e o comportamento das
argamassas frente aos ensaios realizados.
5.1 - CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS E AS RELAÇÕES
ENCONTRADAS
Diante dos resultados expostos na análise dos dados referentes às argamassas e sistemas de
revestimento, é possível enumerar as seguintes conclusões.
Ultra-som:
Representou bem, de forma geral, as propriedades das argamassas, principalmente as
argamassas mistas, podendo ser utilizado como indicativo das propriedades das
argamassas.
Sua aplicabilidade para avaliação de revestimento sobre substratos mostrou-se
inadequado, uma vez que o comportamento da velocidade de propagação de onda
ultra-sônica pode ser influenciado pelo substrato.
Com relação aos corpos-de-prova, o prisma e a placa isolada parecem ser os melhores
para avaliação das argamassas e dos revestimentos, respectivamente, representando
bem o comportamento destes com relação às propriedades físico-mecânicas.
A respeito da relação ultra-som e propriedades físico-mecânicas pode-se concluir que:
• O ultra-som indicou a tendência de comportamento das propriedades físicas das
argamassas mistas. Estas propriedades são a densidade de massa, o índice de
vazios, a absorção de água, o coeficiente de capilaridade, o IRA, a permeabilidade
pelo método do cachimbo e absortividade. Isto se deve ao fato destas
características estarem relacionadas com a porosidade do material e o ultra-som
ser susceptível a esta propriedade. Para a densidade de massa, percebeu-se que,
quanto maior esta propriedade, maior é a velocidade de propagação da onda ultra-
sônica, apesar da diferença entre os resultado serem mínimas. Para as demais
características (absorção, índice de vazios, coeficiente de capilaridade, IRA,
absortividade e permebilidade pelo método do cachimbo) o comportamento
108
encontrado é de que quanto maior for esta propriedade menor é a velocidade de
propagação. Vale ressaltar a necessidade e se realizar mais ensaios, com maior
quantidade de corpos-de-prova e diferentes argamassas, para se obter uma relação
mais precisa entre a velocidade de propagação de onda ultra-sônica e as
propriedades físicas das argamassas.
• Com relação ao ultra-som e o comportamento mecânico das argamassas mistas, se
verificou o comportamento onde quanto maior a resistência à tração na flexão
(prisma e placa isolada), à compressão (prisma, CP-5x10 e CP-15x30), à tração
por compressão diametral e a aderência, maior é o resultado do ultra-som.
Ressaltando que para a resistência de aderência, esta comparação só foi possível
devido à forma de ruptura ser predominantemente na argamassa de revestimento
(tração direta).
• Para o módulo de deformação, a relação do ultra-som e esta propriedade não ficou
tão clara como para as propriedades anteriores, mas de um modo geral verificou-se
a tendência de que, quanto maior é o módulo de deformação, maior é a velocidade
de propagação da onda ultra-sônica, tanto para o módulo corda quanto para o
módulo secante.
• O coeficiente de Poisson não apresentou relação com o ensaio do ultra-som.
• A argamassa industrializada, de forma geral, apresentou um comportamento
singular, não compartilhando da relação velocidade de propagação de onda ultra-
sônica e propriedades físico-mecânicas das argamassas mistas. Isto se deve ao fato
da argamassa industrializada apresentar características diferenciadas em relação às
argamassas mistas. Ou seja, estes dois tipos de argamassas podem ser consideradas
como materiais diferentes, daí o comportamento diferenciado.
Para as propriedades mecânicas verificou-se que há influencia dos materiais constituintes
(consumo de cimento e granulometria da areia) na resistência mecânica (tração,
compressão e aderência) da argamassa; isto foi visível em todos os ensaios.
Para argamassas de consumo de cimento diferentes, a argamassa que apresenta menor
consumo de cimento tem o menor valor de resistência mecânica em todos os ensaios.
109
Com relação a granulometria da areia, a argamassa que tem o maior módulo de finura
da areia apresenta os maiores resultados de resistência mecânica.
A argamassa que apresentou os maiores resultados de resistência mecânica foi a
industrializada que, de modo geral, apresentou um comportamento diferenciado em
relação às demais argamassas.
Propriedades de deformação:
O comportamento do módulo de deformação também é influenciado pelos materiais
constituintes da argamassa. Verificou-se que o resultado do módulo de deformação
aumenta tanto para um maior consumo de cimento da argamassa, quanto para um
maior módulo de finura da areia.
Dentre os métodos aplicados, para a determinação do módulo de deformação, o
módulo dinâmico através do ultra-som parece ser bem representativo e indicar com
confiabilidade o comportamento da argamassa de revestimento. Além de ser um
ensaio rápido e de fácil aplicação.
Propriedades físicas:
A densidade de massa da argamassa está diretamente relacionada com o módulo de
finura da areia utilizada. Para um maior módulo de finura verificou-se uma maior
densidade de massa da argamassa. Para as argamassas com mesma a granulometria de
areia, mas consumos diferentes de cimento e cal, não houve variação representativa
dos resultados.
O índice de vazios, o coeficiente de capilaridade, o IRA, a permeabilidade pelo
método do cachimbo e a absortividadde são características dependentes da quantidade
do conteúdo de cimento na argamassa e do módulo de finura da areia. As argamassas
estudadas nesta pesquisa com maior consumo de cimento tendem a absorver menos
água. Argamassas com maior módulo de finura da areia, para um mesmo traço,
também apresentam menor absorção.
A argamassa industrializada apresenta, de modo geral, um comportamento diferente
em relação às demais argamassas considerando-se os ensaios realizados.
110
5.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DOS MÉTODOS
Quanto aos métodos aplicados e procedimentos adotados, de um modo geral, todos eles se
mostraram exeqüíveis, não necessitando de conhecimentos profundos para a sua realização
e podendo ser facilmente executados para avaliação das propriedades das argamassas.
O ensaio para determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica mostrou-se
muito fácil e rápido de se usar, havendo a necessidade de apenas tomar alguns cuidados
com relação ao contato dos transdutores e o corpo-de-prova, pois caso o contato seja
insuficiente há uma grande variabilidade entre os resultados.
Para os ensaios mecânicos é possível enumerar as seguintes conclusões:
O ensaio de tração na flexão usando prismas é simples e de fácil aplicabilidade e
resultados satisfatórios. As dificuldades encontradas durante os ensaios referem-se à
leitura da carga aplicada no anel dinamométrico, pois este não apresentava um
dispositivo para registrar a carga de ruptura depois que o corpo-de-prova era rompido,
e o empenamento de alguns prismas, o que dificultava seu ajuste no equipamento de
ensaio. A solução desses problemas seria a utilização de uma célula de carga mais
adequada, que registrasse a carga de ruptura após o ensaio e a adoção de uma cura
mais eficiente que minimize a retração do corpo-de-prova, que pode empenar a
amostra.
O ensaio de compressão nos prismas é de fácil aplicabilidade, não necessitado de
capeamento das amostras e apresentado resultados que indicam bem o comportamento
das argamassas de revestimento segundo a resistência à compressão.
Para a resistência à tração por compressão diametral, apesar de ser um ensaio fácil e
apresentar bons resultados, houve uma certa dificuldade em ajustar as amostras na
prensa. Devido ao seu formato cilíndrico, estes facilmente saiam da posição de ensaio
antes da aplicação de carga.
O ensaio de compressão com cilindros 5x10 e 15x30 também são de fácil
aplicabilidade e apresentam bons resultados, representando bem o comportamento das
argamassas.
111
As placas isoladas apresentaram comportamento semelhante aos prismas, não havendo
dificuldade na execução dos ensaios, além de ser um método que permite avaliar o
comportamento de uma determinada argamassa em relação ao tipo de substrato, como
ficou constatado nos resultados apresentados.
Os métodos para avaliação das argamassas endurecidas que se mostraram mais
simples e fáceis foram as referentes aos ensaios de tração na flexão e compressão dos
semi-prismas, indicando que necessitam de menor quantidade de corpos-de-prova e
são mais simples de serem executadas.
Para o módulo de deformação e coeficiente de Poisson observou-se que:
A utilização de extensômetros tipo “strain gage” se mostrou adequada nos ensaios
com corpos-de-prova cilíndricos, pois a leitura dos resultados é direta e elimina-se o
ajuste do medidor mecânico de deformação antes da realização dos ensaios, além de
apresentar uma sensibilidade maior às deformações.
O módulo obtido através do ensaio de flexão (placa isolada e prisma) se mostrou
viável e de fácil aplicação. A obtenção da flecha, devido à carga aplicada foi difícil,
principalmente devido à acomodação dos corpos-de-prova durante os ensaios.
Para a absorção de água, de modo geral, todos os ensaios indicaram o comportamento das
argamassas mistas, além apresentarem fácil aplicabilidade.
O ensaio de capilaridade se mostrou simples e adequado quanto à metodologia e
uniformidade dos resultados.
Para a avaliação do revestimento, o ensaio de permeabilidade pelo método do
cachimbo se mostrou como o mais ágil devido à sua facilidade de aplicação e de
apresentar resultados mais complementares a respeito do comportamento da
argamassa de revestimento.
5.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CORPOS-DE-PROVA UTILIZADOS
Os corpos-de-prova moldados sobre bloco de alvenaria apresentaram propriedades
diferentes dos moldado em formas metálicas. As placas isoladas moldadas sobre o
bloco apresentaram maior densidade de massa aparente, comparado-os com os corpos-
de-prova cilíndricos, maior resistência à tração na flexão e maior módulo de
112
deformação que os prismas. Verificando, desse modo, a influência do substrato nas
propriedades das argamassas.
Com relação à reprodutibilidade dos ensaios mecânicos e considerando os menores
coeficientes de variação, concluiu-se que:
• Para a determinação da resistência a compressão o melhor corpo-de-prova é o
cilindro 15x30 seguido pelo cilindro 5x10;
• Para a determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica o melhor
corpo-de-prova é o cilindro 15x30 seguido pelo prisma;
• Para determinação da resistência a tração e o módulo de deformação o melhor
corpo-de-prova é o cilindro 5x10.
5.4 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Visando proporcionar continuidade às pesquisas no âmbito do tema dessa dissertação, são
sugeridas algumas abordagens para trabalhos futuros, que contribuirão para o
desenvolvimento da tecnologia e conhecimento científico a respeito dos sistemas de
revestimento em argamassa:
Realizar ensaios em argamassas mistas com diferentes traços e em argamassas
industrializadas visando obter mais parâmetros que possam avaliá-las e servir de
subsídio para especificação das mesmas.
Realizar ensaios com argamassas avaliando-se o tipo de substrato e utilizar a placa
isolada como corpo-de-prova visando obter dados sobre o comportamento físico-
mecânico das argamassas referente ao tipo de substrato utilizado.
Verificar a aplicabilidade do ultra-som com a intenção de se obter resultados diretos
de resistência mecânica e das propriedades físicas das argamassas.
Realizar estudos para estabelecer critérios de classificação das argamassas nacionais
seguindo o modelo proposto pela classificação MERUC.
113
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121
APÊNDICE A - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA
ARGAMASSA AR-1
Tabela A.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade
Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 192,92 77,05 31,52 30,00 53,70 66,00 1,34A2 195,21 81,19 31,45 31,80 55,00 68,40 1,33A4 200,49 75,47 31,21 28,20 46,80 63,90 1,40B1 196,10 76,70 30,90 31,90 49,70 61,20 1,68B3 195,94 75,11 31,28 29,80 52,20 67,20 1,32B4 195,40 82,08 31,24 28,50 51,20 66,50 1,30C1 195,00 77,13 32,37 28,20 48,40 61,60 1,48C2 197,51 81,71 31,94 28,00 52,20 62,90 1,37C4 197,90 76,13 32,89 27,90 48,30 64,40 1,36
MÉDIA 1,40DESVIO 0,12CV (%) 8,43
CP Tempo ( s)Dimensões (mm)
Tabela A.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade
Comp. Diam. ( s) (km/s)1 100,04 50,16 69,90 1,432 99,89 50,34 66,00 1,513 99,28 50,00 65,70 1,516 100,35 50,03 70,30 1,437 100,09 49,99 71,30 1,40
12 99,35 50,15 64,80 1,53MÉDIA 1,47DESVIO 0,06CV (%) 3,76
CP Dimensões (mm)
Tabela A.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade
Comp. Diam. ( s) (km/s)1 302,03 150,15 234,30 1,292 300,64 150,10 233,70 1,293 302,40 149,83 241,10 1,25
MÉDIA 1,28DESVIO 0,02CV (%) 1,52
CP Dimensões (mm)
µ
µ
µ
122
Tabela A.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Massa (g) Densidade Tempo Velocidade
l b d Natural (kg/m³) ( s) (km/s)2 161,42 40,59 40,01 452,79 1727,24 96,70 1,673 161,03 40,45 40,03 453,94 1740,95 95,30 1,695 161,35 40,86 40,37 458,56 1722,94 93,60 1,726 161,93 40,59 40,31 456,34 1722,38 92,80 1,74
MÉDIA 1,71DESVIO 0,03CV (%) 1,98
CP Dimensões (mm)
Tabela A.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.
L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 29,40 65,90 90,80 116,90 2,42Bl-2 35,10 72,70 95,90 176,90 1,46Bl-3 31,40 69,50 97,10 121,60 2,32Bl-4 30,60 94,10 98,30 123,10 2,12Bl-5 32,50 69,50 90,80 111,40 2,65
MÉDIA 2,19DESVIO 0,45CV (%) 20,74
CPTempo ( s)
Tabela A.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. A3 B2 C3
Comprimento 197,36 197,19 194,85 Largura 82,04 79,77 81,62 Espessura 31,11 30,89 31,47 Natural 899,00 859,80 899,30 Seco 24h 878,90 840,00 878,40 Seco 48h 878,30 839,70 878,10 Seco 72h 878,40 839,70 878,20 72h e Frio 883,00 844,20 883,00 Sat. 24h 988,60 946,30 985,40 Sat. 48h 989,20 946,70 985,90 Sat. 72h 989,70 947,50 986,90 Imerso 494,39 471,32 497,19 Fervido 1.020,10 968,10 1.018,20 Imerso Ferv. 524,62 491,87 528,54 Seco 70°C 880,50 841,70 880,40 Saturado 983,40 939,10 981,10 Imerso Sat. 486,93 462,43 491,22 Água (24,5°C) 985,20 985,20 985,20 Densid EN (kg/m³) 1.747,27 1.739,66 1.770,58 Seco 105°C 878,90 840,10 878,80 Seco e Frio 882,60 843,90 882,90
17531752
Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 12,63Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 22,44
Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 (kg/m³)Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995) (kg/m³)
µ
µ
123
Tabela A.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A3 B2 C3 A3 B2 C3 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
1 1 903,10 861,60 900,10 1,24 1,11 1,08 1,142 1,414 911,90 870,20 907,70 1,78 1,65 1,55 1,663 1,732 919,60 877,90 914,50 2,26 2,14 1,98 2,134 2 926,50 884,60 920,50 2,69 2,57 2,36 2,545 2,236 933,00 890,70 926,40 3,09 2,96 2,73 2,92
10 3,162 948,20 904,50 940,40 4,03 3,83 3,61 3,8215 3,873 960,80 915,60 952,00 4,81 4,54 4,34 4,5620 4,472 971,10 924,80 962,10 5,44 5,12 4,97 5,1825 5 978,20 932,00 970,00 5,88 5,58 5,47 5,6430 5,477 981,30 936,80 975,20 6,07 5,89 5,80 5,9235 5,916 982,80 939,40 978,10 6,16 6,05 5,98 6,0740 6,325 983,40 940,80 979,50 6,20 6,14 6,07 6,1445 6,708 983,70 941,40 980,30 6,22 6,18 6,12 6,1750 7,071 984,00 941,70 980,50 6,24 6,20 6,13 6,1965 8,062 984,50 942,30 980,90 6,27 6,24 6,16 6,2280 8,944 984,50 942,40 981,20 6,27 6,24 6,17 6,2395 9,747 984,70 942,70 981,40 6,28 6,26 6,19 6,24110 10,49 984,80 942,80 981,50 6,29 6,27 6,19 6,25170 13,04 985,20 943,10 982,00 6,31 6,29 6,22 6,27230 15,17 985,40 943,30 982,20 6,32 6,30 6,24 6,29290 17,03 985,80 943,40 982,50 6,35 6,31 6,26 6,30
Abs
orçã
o: M
assa
(g) t
empo
(min
)
1730 41,59 987,50 945,20 984,20 6,45 6,42 6,36 6,41 IRA (g/194cm²/min) 22,13
Coeficiente de Absorção de água - "absortividade"
y = 1,0745x + 0,289R2 = 0,991
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura A.1 - Absortividade.
124
Tabela A.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada. Deformação (mm/mm) Carga
CP- A2 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C2 CP- C4 20 0,0000149 0,0000149 0,0000443 0,0000672 0,00003068 0,000007740 0,0000521 0,0000895 0,0000961 0,0001119 0,00007670 0,000061960 0,0000893 0,0001521 0,0001552 0,0001642 0,00011044 0,000100680 0,0001414 0,0002014 0,0002144 0,0002089 0,00014572 0,0001393
100 0,0001861 0,0002685 0,0002661 0,0002388 0,00017640 120 0,0002382 0,0003430 0,0003031 0,0002761 0,00020248 0,0002012140 0,0002903 0,0003953 0,0003326 0,0003283 0,00023315 0,0002353160 0,0003350 0,0004624 0,0003622 0,0003433 0,00026076 0,0002786180 0,0003871 0,0005161 0,0003918 0,0003731 0,00029144 0,0003127200 0,0004317 0,0005742 0,0004213 0,0003955 0,00031445 0,0003483220 0,0004689 0,0006294 0,0004435 0,0004179 0,00033746 0,0003870240 0,0004987 0,0006712 0,0004731 0,0004477 0,00036047 0,0004180260 0,0005285 0,0007308 0,0005026 0,0004701 0,00038348 0,0004489280 0,0005583 0,0007756 0,0005322 0,0004925 0,00040649 0,0004768300 0,0005880 0,0008069 0,0005618 0,0005224 0,00042949 0,0005031320 0,0006178 0,0008352 0,0005913 0,0005447 0,00045250 0,0005263340 0,0006401 0,0008874 0,0006209 0,0005671 0,00047551 0,0005496360 0,0006774 0,0009247 0,0006505 0,0005895 0,00049852 0,0005728380 0,00051386 0,0006006400 0,00053687 0,0006192420 0,00055988 0,0006424
CP- A2 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C2 CP- C4
Carga 475 406 428 439 528 537h= 31,6 31,66 31,38 31,68 32,56 32,86b= 81,10 75,90 75,50 81,40 81,90 77,00
Carga (N) 394,74 339,14 356,92 365,79 437,12 444,29Tensão (Mpa) 1,17 1,07 1,15 1,07 1,21 1,28
Módulo corda (Mpa)
1722 974* 2240 2402 2394 1996
CP- A1 CP- B1 CP- C1 Módulo Corda Tensão
Carga 451 448 521 (Mpa) (MPa) h= 31,58 31,22 32,56 MÉDIA 2151 1,17b= 77,46 76,80 77,00 DESVIO 290,70 0,07
Carga (N) 375,45 373,04 431,54 CV (%) 13,52 6,28Tensão (Mpa) 1,16 1,19 1,27 * Espurio
125
Tabela A.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo. Tempo (min)
CP / Cachimbo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8 CP 1.1 1,1 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,00CP 1.2 1,1 1,7 2,25 2,7 3,15 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 18,55CP 2.1 1,2 1,9 2,6 3,2 3,75 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 20,50CP 2.2 1,2 2,1 2,8 3,35 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 21,10CP 3.1 1,2 1,8 2,4 2,95 3,4 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,55CP 3.2 1,3 2,1 2,8 3,4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 21,25CP 4.1 0,9 1,4 1,8 2,2 2,6 2,95 3,3 3,65 4 4 4 4 4 4 4 15,38CP 4.2 1,2 1,75 2,25 2,7 3,2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 18,63CP 5.1 1,3 1,9 2,5 3 3,5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,95CP 5.2 1,3 2 2,5 3 3,5 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,90
CV (%)= 9,21 DESVIO= 1,78 Média= 19,38
Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (minutos)
Qua
ntid
ade
de á
gua
abso
rvid
a (m
l)
CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2CP 5.1 CP 5.2 Média
Figura A.2 - Gráfico método do cachimbo.
126
Tabela A.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.
R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)333,12 0,0000800 0,0000200 0,0000600 0,0000200 0,0000600 0,0000600 0,0001000 0,0000400597,13 0,0001600 0,0000600 0,0001400 0,0000800 0,0001000 0,0001200 0,0002200 0,0000800867,43 0,0002800 0,0001600 0,0002400 0,0001400 0,0002000 0,0002200 0,0003400 0,0001600
1137,73 0,0004000 0,0002400 0,0003600 0,0002000 0,0003000 0,0003200 0,0004800 0,00022001408,03 0,0005600 0,0003600 0,0005200 0,0003000 0,0004000 0,0004800 0,0006400 0,00034001672,04 0,0007400 0,0004800 0,0006600 0,0004000 0,0004800 0,0006200 0,0008200 0,00050001942,34 0,0011400 0,0006600 0,0009000 0,0006000 0,0005800 0,0008400 0,0011400 0,00072002212,63 0,0020200 0,0009400 0,0012200 0,0008000 0,0006400 0,0013000 0,0016800 0,0011600
CP-01 CP-02 CP-05 CP-11Carga (N) 2212,63 3193,25 2985,81 2904,09Tensão (Mpa) 1,12 1,60 1,53 1,44Comp. (mm) 100,04 99,89 100,21 100,78Diam. (mm) 50,16 50,34 49,78 50,64Tempo (min) 20:00 19:50 20:08 18:24Modulo Def. 1995 2294 2122 1783Secante (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa)
CP-04Carga (N) Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) MÉDIA 2049 1,42Diam. (mm) DESVIO 215 0,19Tempo (min) CV (%) 10,51 13,0920:00
2746,94
CP-11
50,02
1,40100,26
CP-01 CP-02 CP-05
127
Tabela A.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. R1 R2 Média SG1 SG2 R1 R2 Média SG1 SG2
Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação DeformaçãoN (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm)
1780 0,0000470 0,0000282 0,0000376 0,0000600 0,0000100 0,0000376 0,0000376 0,0000376 0,0000650 0,00000503540 0,0000941 0,0000753 0,0000847 0,0001100 0,0000150 0,0000847 0,0001035 0,0000941 0,0001400 0,00000505320 0,0001693 0,0001355 0,0001524 0,0001850 0,0000300 0,0001693 0,0001881 0,0001787 0,0002400 0,00001507080 0,0002634 0,0002295 0,0002465 0,0002800 0,0000400 0,0002540 0,0002822 0,0002681 0,0003650 0,00002508860 0,0004045 0,0003236 0,0003641 0,0003950 0,0000650 0,0003951 0,0004139 0,0004045 0,0005400 0,000035010640 0,0006021 0,0004704 0,0005362 0,0005800 0,0000850 0,0006021 0,0006021 0,0006021 0,0007700 0,000055012400 0,0008843 0,0006961 0,0007902 0,0008150 0,0001350 0,0009219 0,0010160 0,0009690 0,0011750 0,000075014180 0,0014111 0,0010819 0,0012465 0,0013450 0,0002150 0,0013170 0,0018344 0,0015757 0,0018100 0,0001350
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson
Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 1635,00 1,03Diam. (mm) DESVIO 293,66 0,03Tempo (min) CV (%) 17,96 3,38
150,10
CP-02
(MPa)1257
Relógios1688
(MPa) (MPa)
Strain Gages
17800CP-01188601,07
302,03150,15
302,40149,83
177201,00
1624
0,070,14
Strain Gages
(MPa)
300,64
Relógios1971
CP-03
1,01
128
Tabela A.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão
Comprimento Diâmetro div N Mpa3 99,28 50,00 1535 1165,94 0,156 100,35 50,03 1713 1277,36 0,167 100,09 49,99 1681 1257,62 0,16
12 99,35 50,15 1778 1317,15 0,17MÉDIA 0,16DESVIO 0,01CV (%) 4,87
CP Dimensões (mm)
Tabela A.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]
[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)
Base: Bloco de concreto 1.1 53,25 730 0,33 50 50 30Cura seca 1.2 52,50 748 0,35 100 3
1.3 53,45 302 0,13 100 302.1 52,50 42 0,02* 100 302.2 53,40 368 0,16 100 302.3 53,25 230 0,10 100 30
FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,15 576 0,27 100 5TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 50,00 618 0,31 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 52,25 623 0,29 100 3TIPO C SUBSTRATO 4.1 52,50 715 0,33 100 5TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 49,50 633 0,33 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 53,30 736 0,33 100 4
MÉDIA 0,28 5.1 51,80 727 0,34 100 6DESVIO 0,09 5.2 52,60 632 0,29 100 6CV (%) 30,15 5.3 51,70 781 0,37 100 6
CP
129
Tabela A.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.
CP- A2 CP- A3 CP- B1 CP- B2 Média10 0,000101569 0,000152353 0,000128294 0,000051038 0,00010831420 0,000228530 0,000304706 0,000256588 0,000127596 0,00022935530 0,000304706 0,000457059 0,000333564 0,000204153 0,00032487140 0,000380883 0,000558628 0,000384882 0,000280711 0,00040127650 0,000507844 0,000634805 0,000513176 0,000382787 0,00050965360 0,000609412 0,000736373 0,000590152 0,000561421 0,00062434070 0,000736373 0,000888726 0,000667129 0,000765574 0,00076445180 0,000812550 0,001015687 0,000769764 0,000969727 0,00089193290 0,001122842 0,001122842
100 0,001015687 0,001269609 0,001026352 0,001224919 0,001134142110 0,001066472 0,001599707 0,001077670 0,001454591 0,001299610120 0,001168040 0,001359916 0,001531149 0,001353035130 0,001244217 0,001726668 0,001436893 0,001607706 0,001503871140 0,001295001 0,001802845 0,001488210 0,001658744 0,001561200150 0,001345786 0,001879021 0,001539528 0,001735302 0,001624909160 0,001421962 0,001980590 0,001616504 0,001811859 0,001707729170 0,001472747 0,002082159 0,001693481 0,001888417 0,001784201180 0,001523531 0,002158335 0,001796116 0,001939455 0,001854359190 0,001574315 0,002234512 0,001898751 0,001990493 0,001924518200 0,001650492 0,002310688 0,002001386 0,002041531 0,002001024210 0,001701276 0,002386865 0,002078363 0,002092570 0,002064768220 0,001752061 0,002437649 0,002180998 0,002143608 0,002128579230 0,001802845 0,002513826 0,002257974 0,002194646 0,002192323240 0,001853629 0,002590002 0,002360610 0,002220165 0,002256102250 0,001904414 0,002640787 0,002463245 0,002271204 0,002319912260 0,001955198 0,002691571 0,002565880 0,002296723 0,002377343
CP- A2 CP- A3 CP- B1 CP- B2Carga 335 343 286 303
Tempo(min) 02:55 03:13 03:20 03:00h= 40 40,00 40,42 40,20b= 40,22 40,40 41,12 40,72
Carga (N) 281,46 287,98 241,36 255,30Tensão (Mpa) 0,64 0,65 0,52 0,57 Módulo
MÉDIA 338,05Módulo corda DESVIO 82,84
(Mpa) CV (%) 24,51
CP- A1 B3 B4 TensãoCarga 327 299 377 Tração
Tempo(min) 02:40 03:00 02:55 MÉDIA 0,61h= 40,36 40,00 40,40 DESVIO 0,06b= 40,28 41,22 40,58 CV (%) 9,90
Carga (N) 274,93 252,02 315,64Tensão (Mpa) 0,61 0,56 0,69
409 296 242
Carga Deformação
406
130
Tabela A.15- Resistência à compressão – prisma. Compressão CP- A2 CP- A3 CP- B2
Anel: 1000kg 1000kg 1000kg Seção (mm²) 1600 1600 1600
Carga 476 471 379 Tempo 03:53 04:16 03:30
Carga (N) 3054,96 3023,53 2445,22 Tensão (Mpa) 1,91 1,89 1,53 Tensão
CompressãoSeção (mm²) 1600 1600 MÉDIA 1,77
Carga 448 426 DESVIO 0,16Tempo 03:35 03:50 CV (%) 8,78
Carga (N) 2878,95 2740,66 Tensão (Mpa) 1,80 1,71
Tabela A.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10. Corpo-de-Prova - Massa (g)
8 10 15Comprimento 99,99 100,84 99,81Diametro 50,50 50,11 50,34Natural 346,35 346,92 343,40Seco 24hSeco 48hSeco 72h 334,12 335,06 332,9672h e Frio 335,39 336,32 334,25Sat. 24h 389,52 391,01 388,38Sat. 48h 389,83 391,37 388,74Sat. 72h 390,08 391,56 388,89Imerso 190,08 191,38 189,13Fervido 401,39 402,70 400,45Imerso Ferv. 205,16 206,03 204,60Seco 105°C 333,97 334,94 332,97Seco e Frio 335,64 336,55 334,58Seco 70°C 334,26 334,87 333,02Saturado 386,58 388,30 385,23Imerso Sat. 190,08 191,38 189,13Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1682,79Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1682,79Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 28,07Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 28,07
131
Tabela A.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade
A11 238,65 257,23 1,86A12 217,24 233,31 1,61b31 218,55 233,97 1,54b32 247,23 264,60 1,74b41 234,30 251,42 1,71b42 237,07 253,99 1,69
Média 1,69Desvio 0,11CV (%) 6,46
132
APÊNDICE B - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA
ARGAMASSA AR-2
Tabela B.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade
Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 198,77 79,71 31,30 27,80 46,60 59,00 1,58A2 192,73 80,09 30,75 28,70 48,20 59,20 1,60A3 199,23 79,73 31,30 29,10 48,30 58,00 1,67B2 195,43 81,63 32,08 26,40 44,90 56,10 1,65B3 198,46 84,19 31,62 27,90 44,00 52,60 1,96B4 197,45 79,34 31,44 26,40 45,00 54,40 1,72C1 196,52 81,35 31,32 27,50 46,10 57,90 1,62C2 197,71 81,72 32,11 27,50 44,80 58,60 1,60C3 195,27 81,42 31,71 29,30 49,10 59,50 1,60
MÉDIA 1,67DESVIO 0,12CV (%) 7,18
CP Dimensões (mm) Tempo (ms)
Tabela B.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (÷s) (km/s)1 99,48 50,45 57,40 1,732 99,83 50,37 55,20 1,813 100,27 49,92 56,00 1,794 100,02 50,09 59,70 1,685 100,55 50,21 57,90 1,746 99,67 49,83 58,50 1,707 99,17 50,13 53,80 1,848 100,16 50,00 59,50 1,689 99,20 50,02 56,50 1,76
10 98,96 50,17 55,40 1,7911 99,32 50,21 54,90 1,8112 100,39 50,41 61,60 1,6313 99,43 50,18
MÉDIA 1,75DESVIO 0,06CV (%) 3,68
Dimensões (mm)CP
Tabela B.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (÷s) (km/s)1 298,17 150,20 174,40 1,712 298,29 150,76 175,90 1,703 299,70 150,53 181,70 1,65
MÉDIA 1,68DESVIO 0,03CV (%) 1,87
Dimensões (mm)CP
µ
µ
µ
133
Tabela B.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade
l b d (÷s) (km/s)1 161,35 40,00 39,97 86,10 1,872 160,55 40,31 40,13 85,00 1,893 161,63 39,99 39,95 82,90 1,955 160,14 40,33 40,17 84,70 1,896 160,37 40,22 40,26 85,40 1,88
MÉDIA 1,90DESVIO 0,03CV (%) 1,62
CP Dimensões (mm)
Tabela B.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento. Velocidade
L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 29,00 62,80 85,80 108,00 2,66Bl-2 28,00 62,00 83,40 105,70 2,71Bl-3 27,40 61,80 83,00 107,00 2,66Bl-4 30,00 61,30 82,50 106,70 2,77Bl-5 28,00 61,80 90,80 103,80 2,64
MÉDIA 2,69DESVIO 0,05CV (%) 1,93
CP Tempo (÷s)
Tabela B.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)
A4 B1 C4Comprimento 192,97 195,41 195,37Largura 78,00 78,73 79,39Espessura 31,24 31,78 31,52Natural 831,60 871,50 866,00Seco 24h 810,30 852,40 844,30Seco 48hSeco 72h 810,50 852,60 844,4072h e Frio 815,10 857,30 849,10Sat. 24h 912,50 953,60 949,50Sat. 48h 913,10 954,00 950,20Sat. 72h 913,70 945,50 950,80Imerso 455,00 475,48 475,66Fervido 932,30 990,50 975,60Imerso Ferv. 473,79 511,62 500,49Seco 70°C 812,00 853,90 845,90Saturado 907,00 947,80 944,40Imerso Sat. 447,90 468,73 468,83Seco 105°C 810,10 852,00 844,10Seco e Frio 814,50 856,50 848,50
17501741
Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 12,08Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 21,55
Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m³)Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³)
µ
µ
134
Tabela B.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min Min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
1 1 832,40 869,20 866,60 1,15 0,77 1,13 1,022 1,414 839,30 875,00 874,60 1,61 1,15 1,64 1,473 1,732 845,30 880,30 881,30 2,01 1,49 2,08 1,864 2 850,70 885,00 887,60 2,37 1,80 2,48 2,225 2,236 856,20 889,40 893,60 2,73 2,09 2,87 2,56
10 3,162 869,00 899,60 907,10 3,58 2,75 3,74 3,3615 3,873 879,60 908,00 917,80 4,29 3,30 4,43 4,0020 4,472 888,50 915,30 926,90 4,88 3,77 5,02 4,5525 5 896,10 921,80 934,70 5,38 4,19 5,52 5,0330 5,477 901,90 927,40 940,00 5,77 4,56 5,86 5,3935 5,916 905,50 932,80 942,90 6,01 4,91 6,05 5,6540 6,325 907,00 937,40 944,20 6,11 5,21 6,13 5,8145 6,708 907,60 940,90 944,80 6,15 5,43 6,17 5,9250 7,071 908,20 943,20 945,10 6,19 5,58 6,19 5,9965 8,062 908,60 946,00 945,60 6,21 5,77 6,22 6,0780 8,944 909,00 947,20 945,80 6,24 5,84 6,23 6,1195 9,747 909,10 947,80 946,00 6,25 5,88 6,25 6,13110 10,49 909,20 948,10 946,10 6,25 5,90 6,25 6,14170 13,04 909,60 949,10 946,60 6,28 5,97 6,29 6,18230 15,17 909,90 949,40 946,80 6,30 5,99 6,30 6,19290 17,03 910,20 949,90 947,10 6,32 6,02 6,32 6,22
Abs
orçã
o: M
assa
(g) t
empo
(min
)
1730 41,59 911,70 952,11 948,80 6,42 6,16 6,43 6,34 IRA (g/194cm²/min) 19,73
Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"
y = 0,971x + 0,1976R2 = 0,9953
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura B.1 - Absortividade.
135
Tabela B.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.
CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- C2 CP- C340 0,0001008 0,0000739 0,0000684 0,0001649 0,0000688 0,000089880 0,0002521 0,0001477 0,0001672 0,0002324 0,0001682 0,0002096120 0,0004034 0,0002216 0,0002128 0,0002998 0,0002447 0,0003144160 0,0005114 0,0002881 0,0002584 0,0003972 0,0003135 0,0003668200 0,0005907 0,0003398 0,0002964 0,0004647 0,0003823 0,0004192240 0,0006555 0,0003841 0,0003344 0,0005397 0,0004511 0,0004791280 0,0007059 0,0004506 0,0003647 0,0005996 0,0005199 0,0005240320 0,0007520 0,0005023 0,0004103 0,0006671 0,0005811 0,0005540360 0,0007996 0,0005496 0,0004331 0,0007120 0,0006423 0,0006138400 0,0008500 0,0006057 0,0004559 0,0007570 0,0006958 0,0006588440 0,0009004 0,0006500 0,0004863 0,0008020 0,0007340 0,0007037480 0,0009508 0,0007091 0,0005167 0,0008395 0,0007952 0,0007561520 0,0005471 0,0008844 0,0008411 0,0008085560 0,0005775 0,0009294 0,0008384600 0,0006079 0,0009669
CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- C2 CP- C3Carga 610 680 831 811 705 739
h= 30,58 31,36 32,26 31,82 32,46 31,78b= 79,20 80,08 81,44 81,06 81,80 81,48
Carga (N) 502,11 557,00 673,30 658,07 576,46 602,80Tensão (Mpa) 1,62 1,69 1,90 1,92 1,60 1,75Módulo corda
(Mpa)
CP- A1 CP- B4 CP- C1 Módulo Corda TensãoCarga 598 780 662 (Mpa) (MPa)
h= 30,8 31,84 31,28 MÉDIA 2310 1,73b= 79,22 79,60 80,82 DESVIO 253,53 0,14
Carga (N) 492,65 634,36 542,94 CV (%) 10,98 7,95Tensão (Mpa) 1,57 1,88 1,64
Deformação (mm/mm)
2567 2304 1982* 2369 1891 2420
Carga (N)
136
Tabela B.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8
CP 1.1 1,2 1,6 2,1 2,5 2,8 3,1 3,5 3,75 4 4 4 4 4 4 4 16,68CP 1.2 1 1,5 2 2,4 2,8 3,2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 16,75CP 2.1 0,9 1,5 2 2,4 2,8 3,2 3,65 4 4 4 4 4 4 4 4 16,80CP 2.2 0,95 1,4 1,8 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4 3,75 4 4 4 4 4 4 14,80CP 3.1 0,5 0,9 1,2 1,6 1,9 2,2 2,45 2,7 3 3,2 3,5 3,7 4 4 4 11,15CP 3.2 0,9 1,4 1,9 2,3 2,65 3 3,3 3,6 3,9 4 4 4 4 4 4 15,65CP 4.1 0,6 1 1,4 1,75 2,1 2,4 2,7 3 3,25 3,5 3,8 4 4 4 4 12,35CP 4.2 0,85 1,3 1,65 2 2,3 2,6 2,85 3,1 3,4 3,65 3,9 4 4 4 4 13,60CP 5.1 0,9 1,4 1,85 2,35 2,6 2,9 3,25 3,55 3,9 4 4 4 4 4 4 15,43CP 5.2 0,85 1,35 1,8 2,2 2,5 2,85 3,2 3,5 3,9 4 4 4 4 4 4 14,98
13,75 2,04 Média= 14,82
Tempo (min)
CV (%)= DESVIO=
CP / Cachimbo
Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)
Qua
ntid
ade
de á
gua
abso
rvid
a (m
l)
CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2CP 5.1 CP 5.2
Figura B.2 - Gráfico método do cachimbo.
137
Tabela B.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.
R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Leitura Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)L0,1 546,84 0,0000400 0,0000000 0,0000600 0,0000400 0,0001200 0,0000000 0,0001000 0,0000000L0,2 1024,58 0,0001400 0,0000000 0,0001200 0,0000800 0,0002000 0,0000600 0,0001600 0,0000600L0,3 1508,60 0,0002600 0,0000000 0,0001800 0,0001400 0,0002800 0,0001000 0,0002400 0,0001600L0,4 1992,62 0,0003400 0,0000000 0,0002800 0,0002000 0,0003600 0,0001600 0,0003400 0,0002400L0,5 2476,65 0,0005400 0,0000000 0,0003800 0,0002800 0,0004600 0,0002400 0,0004400 0,0003600L0,6 2954,38 0,0007000 0,0000000 0,0004800 0,0004000 0,0005400 0,0004000 0,0006200 0,0005200L0,7 3438,40 0,0008800 0,0000000 0,0006000 0,0005200 0,0006400 0,0005200 0,0008000 0,0007000L0,8 3922,43 0,0012800 0,0000000 0,0007600 0,0007000 0,0008000 0,0006800 0,0012200 0,0011400
CP-04Carga (N) 4563,60Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante
CP-05 CP-06 CP-10 CP-11 CP-12Carga (N) 4871,61 4934,47 5041,33 5273,92 4312,16 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 2,46 2,53 2,55 2,66 2,16 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,55 99,67 98,96 99,32 100,39 MÉDIA 4214 2,52Diam. (mm) 50,21 49,83 50,17 50,21 50,41 DESVIO 460 0,23Tempo (min) 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 CV (%) 10,91 8,96* Valor Espúrio
2,32100,0250,0918:243854
20:00
(Mpa)(Mpa)
50,45
2903*
99,482,42
CP-02
CP-02
5663,65CP-01
CP-04
4833,902,84
99,83
4057
49,9220:08
CP-01
4732
CP-03
CP-03
(Mpa)(Mpa)
100,27
5374,492,75
50,3719:50
138
Tabela B.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. CP-01 CP-02
R1 R2 Média R1 R2 Média SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm)3410 0,0000275 0,0000367 0,0000321 0,0000275 0,0000367 0,0000321 0,0000450 0,00001006820 0,0000734 0,0000917 0,0000825 0,0000734 0,0000734 0,0000734 0,0000900 0,0000150
10240 0,0001100 0,0001467 0,0001284 0,0001467 0,0001284 0,0001375 0,0001500 0,000025013650 0,0002017 0,0002201 0,0002109 0,0002201 0,0001834 0,0002017 0,0002150 0,000035017060 0,0002659 0,0003209 0,0002934 0,0003301 0,0002384 0,0002843 0,0002900 0,000055020470 0,0003851 0,0004218 0,0004035 0,0004585 0,0003118 0,0003851 0,0003850 0,000070023880 0,0005135 0,0005502 0,0005318 0,0006235 0,0004035 0,0005135 0,0005050 0,000105027300 0,0006969 0,0007336 0,0007152 0,0008895 0,0004952 0,0006923 0,0006350 0,0001500
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson
Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 4165,67 2,01Diam. (mm) DESVIO 339,03 0,09Tempo (min) CV (%) 8,14 4,28
150,53
CP-03
2,09298,26150,76
Strain Gages
(MPa) (MPa)3824
341201,92
299,70
0,16
4502(MPa)
357202,02
298,17
4171RelógiosRelógios
150,20
CP-02CP-0137280
139
Tabela B.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão
Comprimento Diâmetro div N Mpa7 99,17 50,13 380 2451,50 0,318 100,16 50,00 410 2640,08 0,349 99,20 50,02 398 2564,65 0,33
MÉDIA 0,33DESVIO 0,01CV (%) 3,41
Dimensões (mm)CP
Tabela B.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]
[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)
Base: Bloco de concreto 1.1 52,00 620 0,29 100 30Cura seca 1.2 49,70 817 0,42 100 <2
1.3 53,00 782 0,35 100 302.1 50,00 804 0,41 100 <22.2 49,50 1057 0,55 100 <22.3 53,00 1047 0,47 90 10 29
FORMA DE RUPTURA: 3.1 49,50 905 0,47 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 51,00 1076 0,53 100 4TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 49,30 1039 0,54 100 <2TIPO C SUBSTRATO 4.1 48,00 920 0,51 100 <2TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 50,10 985 0,50 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 52,90 1066 0,49 100 6
MÉDIA 0,45 5.1 53,40 473 0,21 90 10 31DESVIO 0,10 5.2 52,50 1078 0,50 100 <2CV (%) 21,57 5.3 53,50 976 0,43 100 10
CP
140
Tabela B.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.
CP- A1 CP- A2 CP- B1 CP- B2 Média20 0,0002035 0,0002041 0,0001277 0,0001273 0,000165640 0,0003562 0,0003061 0,0002554 0,0002444 0,000290560 0,0004580 0,0004081 0,0003832 0,0003309 0,000395080 0,0005597 0,0005611 0,0005875 0,0004327 0,0005353
100 0,0008162 0,0009707 0,0005855 0,0007908120 0,0009668 0,0010968 0,0013794 0,0008146 0,0010644140 0,0011958 0,0013773 0,0015838 0,0011200 0,0013192160 0,0013485 0,0016834 0,0018648 0,0014764 0,0015933180 0,0015011 0,0019385 0,0020947 0,0020874 0,0019054200 0,0017301 0,0021425 0,0022735 0,0025863 0,0021831220 0,0019337 0,0023466 0,0024523 0,0029019 0,0024086240 0,0021372 0,0026017 0,0026055 0,0030649 0,0026023260 0,0022899 0,0028567 0,0027844 0,0032329 0,0027910280 0,0024934 0,0030863 0,0029632 0,0033907 0,0029834300 0,0026461 0,0032138 0,0030909 0,0035129 0,0031159320 0,0027987 0,0033669 0,0032186 0,0036402 0,0032561340 0,0029514 0,0034689 0,0033719 0,0037674 0,0033899360 0,0030532 0,0035709 0,0034996 0,0038794 0,0035008380 0,0031549 0,0036729 0,0036784 0,0040118 0,0036295400 0,0032313 0,0037750 0,0037806 0,0041238 0,0037277420 0,0033432 0,0038770 0,0038828 0,0042256 0,0038321440
CP- A1 CP- A2 CP- B1 CP- B2Carga 468 443 573 494
Tempo(min)h= 40,08 40,18 40,24 40,10b= 40,08 40,12 40,25 40,20
Carga (N) 389,12 369,01 472,87 409,96Tensão (Mpa) 0,88 0,83 1,06 0,92 Módulo
MÉDIA 349,63Módulo corda DESVIO 20,19
(Mpa) CV (%) 5,77
CP- A3 A4 B3 B4Carga 582 500 373 530
Tempo(min) Tensãoh= 40,1 40,32 40,16 40,20 Traçãob= 39,88 40,00 40,32 40,18 MÉDIA 0,93
Carga (N) 480,00 414,76 312,39 438,71 DESVIO 0,13Tensão (Mpa) 1,09 0,93 0,70 0,99 CV (%) 13,56
Carga Deformação
365346 365 322
141
Tabela B.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A2 A3 CP- B1 CP- B21000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg
1600 1600 1600 1600 1600704 743 731 690 624
4488,17 4733,32 4657,89 4400,16 3985,292,81 2,96 2,91 2,75 2,49
1600 1600 1600 1600 1600769 777 669 666 705
4896,76 4947,04 4268,16 4249,30 4494,453,06 3,09 2,67 2,66 2,81
MÉDIA 2,82 DESVIO 0,16 CV (%) 5,68Tensão (Mpa)
Seção (mm²)Carga
Carga (N)
Carga (N)Tensão (Mpa)
CompressãoAnel:
Seção (mm²)CargaTempo
Tempo
Tabela B.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.
CP - 13 CP - 14 CP - 15 CP - 16Comprimento 99,43 99,05 99,68 99,43Diametro 50,18 50,37 50,13 50,35Natural 349,68 344,72 343,96 349,38Seco 24hSeco 48hSeco 72h 339,41 337,15 333,82 335,4672h e Frio 340,88 338,53 335,29 336,92Sat. 24h 392,66 391,23 386,89 389,26Sat. 48h 392,96 391,56 387,23 389,55Sat. 72h 393,12 391,74 387,42 389,74Imerso 193,75 192,44 189,97 190,87Fervido 402,42 402,15 397,11 400,05Imerso Ferv. 206,71 206,10 203,33 204,64Seco 105°C 339,05 336,95 333,64 335,20Seco e Frio 340,93 338,81 335,54 337,10Seco 70°C 340,54 338,34 334,94 336,56Saturado 389,78 388,53 383,88 386,42Imerso Sat. 193,75 192,44 189,97 190,87Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m 1702Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³ 1714Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 16,06Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 27,19
Corpo-de-Prova - Massa (g)
142
Tabela B.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade
a41 241,23 256,77 1,55a42 219,36 236,23 1,69b31 206,94 222,96 1,60b32 246,42 263,68 1,73b41 242,01 258,49 1,65
Média 1,64Desvio 0,07CV (%) 4,13
143
APÊNDICE C - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA
ARGAMASSA AR-3
Tabela C.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade
Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 194,13 80,86 31,24 25,50 42,60 51,00 1,88A2 199,72 80,29 31,76 26,60 42,50 52,50 2,05A3 198,87 76,91 31,64 28,10 42,90 52,00 1,90B2 194,67 78,47 32,17 26,00 41,50 51,30 1,94B3 186,25 84,19 33,88 26,80 42,10 52,10 1,95B4 196,45 81,63 33,87 27,60 44,20 53,40 1,89C1 196,96 77,77 32,45 26,10 42,20 51,70 1,91C2 195,28 78,67 31,86 27,90 45,60 54,10 1,83C3 196,58 83,42 32,35 25,90 42,40 51,10 1,92
MÉDIA 1,92DESVIO 0,06CV (%) 3,20
CP Tempo (8s)Dimensões (mm)
Tabela C.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (8s) (km/s)1 100,44 50,46 56,20 1,792 99,82 50,32 52,70 1,893 100,50 49,81 54,90 1,834 100,11 50,07 58,00 1,735 100,88 50,43 56,50 1,796 100,16 50,33 51,40 1,957 100,33 50,01 54,80 1,838 100,26 50,07 54,90 1,839 100,28 50,23 59,10 1,70
10 100,81 50,07 48,70 2,0711 100,40 50,15 53,90 1,8612 100,45 50,20 54,60 1,84
MÉDIA 1,84DESVIO 0,10CV (%) 5,37
Dimensões (mm)CP
Tabela C.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (8s) (km/s)1 302,02 149,82 184,60 1,642 300,35 150,10 174,50 1,723 300,64 149,85 172,00 1,75
MÉDIA 1,70DESVIO 0,06CV (%) 3,43
CP Dimensões (mm)
µ
µ
µ
144
Tabela C.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade
l b d (8s) (km/s)1 160,93 40,62 40,37 72,80 2,213 160,53 41,02 40,25 76,80 2,094 160,63 40,85 40,30 73,30 2,195 160,97 40,83 40,03 74,90 2,156 160,69 40,81 40,28 79,00 2,03
MÉDIA 2,14DESVIO 0,07CV (%) 3,42
Dimensões (mm)CP
Tabela C.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.
L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 25,3 63,1 119,6 111,6 2,454Bl-2 28,3 59,9 82,7 107,3 2,680Bl-3 26,9 61,2 83,2 106,8 2,645Bl-4 24,6 59,1 84 109,3 2,492Bl-5 26,7 59,3 82 103,8 2,728
MÉDIA 2,60DESVIO 0,12CV (%) 4,62
CP Tempo (÷s)
Tabela C.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)
A4 B1 C4Comprimento 194,13 196,97 194,12Largura 80,86 76,89 81,88Espessura 32,24 31,82 31,86Natural 903,50 890,50 926,70Seco 24h 879,40 869,80 902,20Seco 48h 879,70 869,80 902,30Seco 72h 879,70 869,70 902,1072h e Frio 884,30 874,10 906,90Sat. 24h 981,60 966,60 1007,40Sat. 48h 982,40 967,20 1008,10Sat. 72h 983,10 967,70 1008,90Imerso 502,59 495,30 514,66Fervido 994,80 977,10 1021,70Imerso Ferv. 514,02 504,51 527,04Seco 70°C 881,10 870,50 902,90Saturado 977,10 961,80 1002,70Imerso Sat. 496,75 489,49 508,61Seco 105°C 879,40 868,70 901,20Seco e Frio 885,90 875,10 907,80
18071784
Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 11,62Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 21,29
Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995)
µ
µ
145
Tabela C.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min Min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
1 1 897,30 886,30 921,40 0,83 0,81 0,91 0,852 1,414 903,20 891,60 928,00 1,20 1,16 1,33 1,233 1,732 907,60 895,70 933,20 1,48 1,43 1,65 1,524 2 911,50 899,30 937,70 1,73 1,66 1,94 1,785 2,236 914,90 902,40 941,80 1,95 1,87 2,20 2,00
10 3,162 924,50 911,10 952,80 2,56 2,44 2,89 2,6315 3,873 932,30 918,10 961,60 3,06 2,91 3,44 3,1320 4,472 939,00 924,10 969,20 3,48 3,30 3,92 3,5725 5 945,20 930,00 976,50 3,88 3,69 4,38 3,9830 5,477 950,60 934,70 982,30 4,22 4,00 4,74 4,3235 5,916 955,30 939,00 987,60 4,52 4,29 5,08 4,6340 6,325 959,90 943,20 992,40 4,82 4,56 5,38 4,9245 6,708 963,90 947,00 996,60 5,07 4,81 5,64 5,1850 7,071 967,90 950,70 999,80 5,33 5,06 5,84 5,4165 8,062 974,70 958,30 1003,50 5,76 5,56 6,08 5,8080 8,944 977,00 961,70 1004,20 5,91 5,78 6,12 5,9495 9,747 977,80 963,20 1004,70 5,96 5,88 6,15 6,00110 10,49 978,30 963,70 1005,00 5,99 5,92 6,17 6,03170 13,04 979,20 967,70 1005,70 6,05 6,18 6,22 6,15230 15,17 979,60 965,10 1006,00 6,07 6,01 6,23 6,10290 17,03 979,90 965,40 1006,20 6,09 6,03 6,25 6,12
Abs
orçã
o: M
assa
(g) t
empo
(min
)
1730 41,59 981,50 966,90 1007,60 6,19 6,13 6,34 6,22 IRA (g/194cm²/min) 16,46
Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"
y = 0,7405x + 0,2429R2 = 0,9985
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura C.1 - Absortividade.
146
Tabela C.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.
CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C440 0,00006030 0,00005962 0,00005586 0,00007180 0,00005276 0,0000533280 0,00010553 0,00011179 0,00011971 0,00011967 0,00010553 0,00008380
120 0,00014322 0,00015651 0,00020749 0,00027923 0,00015829 0,00011427160 0,00018090 0,00020123 0,00028730 0,00037497 0,00020352 0,00015235200 0,00022613 0,00024594 0,00034316 0,00042284 0,00024874 0,00019044240 0,00026382 0,00029066 0,00039902 0,00044677 0,00029397 0,00023615280 0,00030904 0,00033538 0,00044691 0,00051858 0,00032412 0,00027424320 0,00033919 0,00037264 0,00049479 0,00057442 0,00035427 0,00031233360 0,00037688 0,00040991 0,00052671 0,00061432 0,00038442 0,00035042400 0,00039949 0,00043972 0,00056661 0,00066218 0,00041457 0,00038850440 0,00042965 0,00046953 0,00059854 0,00070207 0,00044472 0,00043421480 0,00045226 0,00049934 0,00063046 0,00074197 0,00048241 0,00047992520 0,00048241 0,00052915 0,00066238 0,00077388 0,00051256 0,00051801560 0,00050502 0,00055151 0,00069430 0,00081377 0,00054271 0,00054848600 0,00053517 0,00058132 0,00073420 0,00084568 0,00058040 0,00057895640 0,00076613 0,00088557 0,00061055 0,00060942680 0,00079805 0,00092546 0,00064824 0,00063989720 0,00096535 0,00067839 0,00067036
CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C4Carga 828 804 1031 903 778 939
h= 32 31,64 33,88 33,87 32,00 32,34b= 80,00 77,38 84,19 81,63 78,56 83,62
Carga (N) 671,02 652,73 822,14 727,61 632,83 754,47Tensão (Mpa) 1,96 2,02 2,04 1,86 1,88 2,07Módulo corda
(Mpa)
CP- A2 CP- B2 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 745 859 888 (Mpa) (MPa)
h= 31 32,24 32,30 MÉDIA 3073 1,99b= 77,62 78,38 77,78 DESVIO 519,18 0,08
Carga (N) 607,44 694,51 716,36 CV (%) 16,89 4,24Tensão (Mpa) 1,95 2,04 2,11
3573 26993571 3414 2847 2336
Deformação (mm/mm)Carga (N)
147
Tabela C.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8
CP 1.1 0,55 0,9 1,15 1,4 1,65 1,8 2 2,2 2,35 2,55 2,7 2,85 3 3,2 3,35 9,55CP 1.2 0,55 0,9 1,15 1,4 1,65 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,6 9,80CP 2.1 0,6 0,9 1,2 1,45 1,7 1,9 2,15 2,35 2,55 2,75 2,95 3,1 3,3 3,45 3,6 10,03CP 2.2 0,6 0,9 1,2 1,45 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,25 3,45 3,6 9,95CP 3.1 0,8 1,2 1,5 1,8 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 4 12,15CP 3.2 0,6 0,9 1,25 1,5 1,8 2 2,25 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,50CP 4.1 0,4 0,7 0,95 1,2 1,4 1,55 1,7 1,9 2,1 2,25 2,4 2,6 2,75 2,9 3 8,10CP 4.2 0,5 0,9 1,1 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,35 2,5 2,7 2,9 3 3,2 3,35 9,45CP 5.1 0,6 0,85 1,1 1,3 1,5 1,75 1,9 2,1 2,3 2,5 2,6 2,8 2,95 3,1 3,2 9,03CP 5.2 0,7 1 1,3 1,5 1,75 2 2,15 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,2 3,4 3,6 10,35
CV (%)= 11,16 DESVIO= 1,10 Média= 9,89
CP / Cachimbo
Tempo (min)
Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)
Qua
ntid
ade
de á
gua
abso
rvid
a (m
l)
CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1CP 4.2 CP 5.1 CP 5.2
Figura C.2 - Gráfico método do cachimbo.
148
Tabela C.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.
R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm) (mm/mm)605,93 0,00018 0,00000 0,00124 0,00030 0,0000600 0,0000000
1149,04 0,00034 0,00004 0,00140 0,00036 0,0001400 0,00002001692,15 0,00052 0,00006 0,00152 0,00048 0,0002200 0,00024002235,26 0,00074 0,00010 0,00170 0,00062 0,0004600 0,00026002778,37 0,00106 0,00014 0,00186 0,00076 0,0005200 0,00032003321,48 0,00162 0,00022 0,00204 0,00094 0,0007000 0,00044003864,59 0,00264 0,00024 0,00224 0,00128 0,0009400 0,00064004407,71 0,00604 0,00024 0,00256 0,00172 0,0014400 0,0009000
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante
CP-03 CP-05 CP-07Carga (N) 5688,79 5500,21 5292,77 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 2,92 2,75 2,69 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,50 100,88 100,33 MÉDIA 3074 2,88Diam. (mm) 49,81 50,43 50,01 DESVIO 564 0,34Tempo (min) CV (%) 18,34 11,75* Valor espurio
50,07
3699
CP-04
(Mpa)26042918
2,91100,11
5720,224695,60
CP-01
CP-01 CP-04
CP-02
(Mpa)(Mpa)
CP-026172,81
3,1099,8250,32
100,442,35
50,46
149
Tabela C.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. CP-03
R1 R2 R1 R2 SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm)3992 0,000045848 0,000064188 0,000091697 0,000091697 0,0001300 0,00001507984 0,000091697 0,000110036 0,000174224 0,000146715 0,0002250 0,000025011976 0,000165054 0,000183394 0,000275090 0,000238412 0,0003500 0,000045015968 0,000284260 0,000275090 0,000412635 0,000366787 0,0005250 0,000065019960 0,000430975 0,000394296 0,000568520 0,000577690 0,0007350 0,000100023952 0,000641877 0,000541011 0,000806931 0,000926137 0,0011050 0,000145027944 0,000971986 0,000742744 0,001155379 0,001503827 0,0016400 0,000250031936 0,001494657 0,001027004 0,001503827 0,001870614 0,0028400 0,0005000
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson
Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 2828 2,17Diam. (mm) DESVIO 991,16 0,21Tempo (min) CV (%) 35,04 9,57
149,85
CP-01
149,82
150,10
CP-02
300,35
2,30300,64
0,12
400002,27
302,02
Strain Gages
(MPa)
CP-01CP-03
341201,93
(MPa)(MPa)1941
40620
Relógios2646
Relógios3898
150
Tabela C.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão
Comprimento Diâmetro div N Mpa8 100,26 50,07 385 2482,93 0,319 100,98 50,23 315 2042,91 0,26
10 100,81 50,07 450 2891,52 0,3611 100,40 50,15 450 2891,52 0,3712 100,45 50,02 422 2715,51 0,34
MÉDIA 0,33DESVIO 0,05CV (%) 13,85
CP Dimensões (mm)
Tabela C.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]
[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)
Base: Bloco de concreto 1.1 54,50 911 0,39 70 30 30Cura seca 1.2 54,70 1173 0,50 90 10 30
1.3 54,00 641 0,28 100 292.1 53,00 1073 0,49 100 <22.2 52,70 1055 0,48 100 <22.3 53,50 1222 0,54 100 <2
FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,90 1028 0,47 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 53,00 931 0,42 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 50,50 735 0,37 100 <2TIPO C SUBSTRATO 4.1 54,20 1041 0,45 85 15 30TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 51,20 1203 0,58 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 51,00 1221 0,60 100 <2
MÉDIA 0,48 5.1 52,00 1228 0,58 100 <2DESVIO 0,09 5.2 53,00 1002 0,45 100 <2CV (%) 18,86 5.3 53,20 1284 0,58 100 4
* Valor espúrio
CP
151
Tabela C.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.
CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B2 Média40 0,0002566 0,0001937 0,0002446 0,0002283 0,0002549 0,000230880 0,0004567 0,0003924 0,0004332 0,0003906 0,0004691 0,0004182
120 0,0006928 0,0006115 0,0006115 0,0006849 0,0007648 0,0006502160 0,0009750 0,0008664 0,0008664 0,0009234 0,0012339 0,0009078200 0,0011212 0,0010957 0,0011922 0,0015806 0,0011364240 0,0013856 0,0014015 0,0012893 0,0015220 0,0018865 0,0013996280 0,0015806 0,0016308 0,0014779 0,0018518 0,0022180 0,0016353320 0,0017448 0,0018601 0,0016716 0,0021410 0,0025494 0,0018544360 0,0018988 0,0020793 0,0018193 0,0024251 0,0028553 0,0020556400 0,0020424 0,0022933 0,0019468 0,0026381 0,0031561 0,0022302440 0,0021759 0,0025073 0,0020894 0,0028512 0,0033907 0,0024060480 0,0022836 0,0027010 0,0022016 0,0025265 0,0035946 0,0024282520 0,0024119 0,0029303 0,0023341560 0,0025146 0,0025226600 0,0026172
CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B2Carga 619 532 571 750 480
Tempo(min)h= 40,42 40,14 40,14 39,96 40,16b= 40,42 41,06 40,94 40,88 40,90
Carga (N) 509,20 440,30 471,29 611,29 398,75Tensão (Mpa) 1,12 0,97 1,04 1,37 0,88
Módulo corda(Mpa)
MÉDIA 492,60DESVIO 173,14
CP- A2 B3 B4 CV (%) 35,15Carga 591 519 647
Tempo(min) Tensão h= 40,2 40 40,54 Flexãob= 40,74 40,72 40,80 MÉDIA 1,07
Carga (N) 487,12 429,94 531,20 DESVIO 0,15Tensão (Mpa) 1,08 0,96 1,16 CV (%) 13,89
Módulo Corda
Deformação
379 316710 415 643
Carga
Tabela C.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B21000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg
1600 1600 1600 1600 16001016 995 1016 944 956
6449,40 6317,39 6449,40 5996,81 6072,244,03 3,95 4,03 3,75 3,80
1600 1600 1600 1600 16001011 1002 968 946 981
6417,97 6361,39 6147,67 6009,38 6229,394,01 3,98 3,84 3,76 3,89
MÉDIA 3,55 DESVIO 1,18 CV (%) 33,30
CompressãoAnel:
Seção (mm²)CargaTempo
Tempo
Tensão (Mpa)
Tensão (Mpa)
Seção (mm²)Carga
Carga (N)
Carga (N)
152
Tabela C.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.
CP - 16 CP - 17 CP - 18Comprimento 100,39 100,58 100,35Diametro 50,03 50,01 49,97Natural 347,25 348,64 351,90Seco 24hSeco 48hSeco 72h 341,03 342,57 346,3672h e Frio 342,63 344,14 347,92Sat. 24h 391,30 392,86 396,70Sat. 48h 391,54 393,18 396,99Sat. 72h 391,90 393,53 397,27Imerso 197,44 197,91 202,24Fervido 401,82 404,01 405,89Imerso Ferv. 207,39 208,49 210,97Seco 105°C 340,83 342,40 346,26Seco e Frio 342,56 344,11 347,93Seco 70°C 342,14 343,63 347,38Saturado 390,65 392,15 395,91Imerso Sat. 196,13 196,62 200,94Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m 1739Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1749Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 14,83Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 26,10
Corpo-de-Prova - Massa (g)
Tabela C.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade
a21 240,43 255,89 1,55a22 233,23 248,98 1,58b31 242,79 259,78 1,70b32 208,39 224,61 1,62b41 249,67 266,86 1,72b42 227,69 244,57 1,69
Média 1,64Desvio 0,07CV (%) 4,34
153
APÊNDICE D - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA
ARGAMASSA AR-4
Tabela D.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade
Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A2 195,67 82,25 30,92 24,60 40,90 49,50 1,95A3 198,81 78,06 30,70 25,30 40,80 49,10 2,04A4 198,57 82,73 31,06 24,40 39,30 48,40 2,04B2 197,33 76,77 31,86 25,80 40,20 50,10 2,03B3 195,42 76,53 30,92 26,30 40,60 49,30 2,13B4 197,74 81,28 32,75 25,20 39,50 49,20 2,06C1 197,27 77,21 31,12 26,30 40,60 51,20 1,99C3 197,33 81,58 31,23 24,90 40,00 49,20 2,02C4 194,77 81,79 31,50 28,00 41,50 50,50 2,19
MÉDIA 2,05DESVIO 0,07CV (%) 3,56
CP Tempo ( s)Dimensões (mm)
Tabela D.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade
Comp. Diam. ( s) (km/s)1 99,95 49,95 49,70 2,012 100,87 50,17 50,40 2,003 100,43 50,34 50,60 1,984 99,47 50,21 48,50 2,055 100,13 50,05 48,80 2,056 100,55 50,14 51,40 1,967 100,67 50,43 51,80 1,948 99,81 50,37 47,50 2,109 100,28 50,05 51,00 1,97
10 100,33 49,92 48,60 2,0611 99,90 50,25 49,60 2,0112 100,19 49,75 47,50 2,11
MÉDIA 2,02DESVIO 0,05CV (%) 2,71
CP Dimensões (mm)
Tabela D.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade
Comp. Diam. ( s) (km/s)1 300,87 150,15 169,00 1,782 302,13 150,09 168,50 1,793 300,28 149,74 160,10 1,88
MÉDIA 1,82DESVIO 0,05CV (%) 2,85
CP Dimensões (mm)
µ
µ
µ
154
Tabela D.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade
l b d ( s) (km/s)1 160,39 40,85 40,41 70,40 2,283 161,01 41,18 40,19 75,00 2,155 160,57 40,06 40,27 73,20 2,197 160,52 40,73 40,36 74,10 2,178 160,44 40,58 40,59 72,60 2,21
MÉDIA 2,20DESVIO 0,05CV (%) 2,30
CP Dimensões (mm)
Tabela D.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.
L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 23,7 57,1 84,1 108,7 2,47Bl-2 25,5 62,7 110,9 112,6 2,06Bl-3 26,4 74,1 106,8 152,9 1,69Bl-4 25,8 60,4 83,6 106,4 2,61Bl-5 27,8 77,8 109,9 171,6 1,49
MÉDIA 2,06DESVIO 0,48CV (%) 23,41
VelocidadeCP Tempo ( s)
Tabela D.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)
A4 B1 C4Comprimento 194,81 195,10 194,45Largura 77,78 81,63 77,42Espessura 30,90 32,08 31,90Natural 877,50 961,10 901,70Seco 24h 859,20 939,10 880,90Seco 48h 859,10 938,80 880,80Seco 72h 859,00 938,90 880,8072h e Frio 863,60 943,70 885,40Sat. 24h 954,90 1042,50 980,20Sat. 48h 955,80 1043,40 981,00Sat. 72h 956,70 1044,40 981,90Imerso 449,32 544,08 511,55Fervido 969,00 1062,60 993,30Imerso Ferv. 511,50 562,37 522,66Seco 70°C 862,40 942,50 884,30Saturado 949,80 1037,70 975,60Imerso Sat. 492,83 537,80 505,61Seco 105°C 861,10 941,00 882,90Seco e Frio 967,00 947,50 889,10
18571845
Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 11,36Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 20,61
Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (
µ
µ
155
Tabela D.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
1 1 873,10 953,10 895,10 0,63 0,59 0,64 0,622 1,414 878,20 958,00 900,30 0,96 0,90 0,99 0,953 1,732 883,20 962,60 905,00 1,29 1,19 1,30 1,264 2 887,00 966,20 908,70 1,54 1,41 1,55 1,505 2,236 890,40 969,50 912,10 1,77 1,62 1,77 1,72
10 3,162 901,90 979,70 922,80 2,53 2,26 2,48 2,4215 3,873 911,00 987,90 931,40 3,13 2,78 3,06 2,9920 4,472 919,10 994,90 939,10 3,66 3,21 3,57 3,4825 5 926,50 1001,50 945,70 4,15 3,63 4,01 3,9330 5,477 933,00 1007,20 951,90 4,58 3,99 4,42 4,3335 5,916 938,70 1012,40 957,20 4,96 4,31 4,77 4,6840 6,325 943,30 1017,00 962,00 5,26 4,60 5,09 4,9845 6,708 946,40 1021,10 966,10 5,46 4,86 5,36 5,2350 7,071 948,10 1024,80 969,20 5,58 5,09 5,57 5,4165 8,062 949,90 1031,90 973,40 5,70 5,54 5,85 5,6980 8,944 950,50 1035,10 974,90 5,74 5,74 5,95 5,8195 9,747 950,80 1036,50 975,50 5,75 5,83 5,98 5,86110 10,49 951,20 1037,30 975,90 5,78 5,88 6,01 5,89170 13,04 951,60 1038,40 976,50 5,81 5,95 6,05 5,94230 15,17 951,80 1038,70 976,70 5,82 5,97 6,06 5,95290 17,03 952,10 1039,10 977,10 5,84 5,99 6,09 5,97
Abs
orçã
o: M
assa
(g) t
empo
(min
)
1730 41,59 953,70 1041,00 978,80 5,95 6,11 6,20 6,09 IRA (g/194cm²/min) 12,04
Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"
y = 0,8026x - 0,1251R2 = 0,9989
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura D.1 - Absortividade.
156
Tabela D.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.
CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C440 0,0000742 0,0000582 0,0000559 0,0000386 0,0000882 0,000064880 0,0001781 0,0001135 0,0001587 0,0000740 0,0001206 0,0001055
120 0,0002597 0,0001747 0,0002352 0,0001049 0,0001736 0,0001372160 0,0003383 0,0002358 0,0003234 0,0001311 0,0002618 0,0001688200 0,0004051 0,0002911 0,0003895 0,0001620 0,0003500 0,0002005240 0,0004749 0,0003348 0,0004527 0,0001928 0,0004192 0,0002307280 0,0005194 0,0003683 0,0005086 0,0002221 0,0004692 0,0002608320 0,0005639 0,0004018 0,0005512 0,0002468 0,0005251 0,0002864360 0,0006055 0,0004353 0,0005850 0,0002761 0,0005707 0,0003106400 0,0006396 0,0004658 0,0006247 0,0003054 0,0006089 0,0003347440 0,0006722 0,0004949 0,0006614 0,0003270 0,0006457 0,0003588480 0,0007079 0,0005211 0,0007055 0,0003547 0,0006795 0,0003829520 0,0007420 0,0005473 0,0007496 0,0003825 0,0007177 0,0004070560 0,0007731 0,0005750 0,0007937 0,0004041 0,0007472 0,0004296600 0,0008043 0,0006012 0,0008334 0,0004319 0,0007766 0,0004508640 0,0008325 0,0006274 0,0008672 0,0004612 0,0008060 0,0004719
CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C4Carga 757 780 798 959 861 831
h= 31,5 30,90 31,20 32,74 31,22 32,00b= 78,00 82,84 77,10 81,66 81,58 82,00
Carga (N) 616,69 634,36 648,15 769,30 696,03 673,30Tensão (Mpa) 1,91 1,92 2,07 2,10 2,10 1,92Módulo corda
(Mpa)
CP- A2 CP- B2 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 800 787 812 (Mpa) (MPa)
h= 31 31,64 30,84 MÉDIA 3926 2,01b= 82,52 76,04 77,24 DESVIO 646,05 0,09
Carga (N) 649,68 639,73 658,84 CV (%) 16,45 4,55Tensão (Mpa) 1,96 2,01 2,15
3581 4340 3155 4156 3442 4883
Carga (N) Deformação (mm/mm)
157
Tabela D.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8
CP 1.1 0,5 0,85 1,15 1,4 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 9,83CP 1.2 0,6 1 1,3 1,5 1,8 2 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,65CP 2.1 0,5 0,8 1 1,25 1,5 1,7 1,9 2,05 2,25 2,4 2,6 2,75 2,9 3,1 3,25 8,78CP 2.2 0,5 0,85 1,2 1,45 1,7 2 2,2 2,4 2,65 2,85 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,18CP 3.1 0,5 0,8 1,1 1,3 1,55 1,8 2 2,2 2,4 2,55 2,7 2,9 3,1 3,3 3,45 9,25CP 3.2 0,5 0,8 1,1 1,3 1,5 1,75 2 2,2 2,4 2,55 2,75 2,95 3,1 3,3 3,45 9,15CP 4.1 0,5 0,85 1,2 1,45 1,7 1,95 2,15 2,4 2,65 2,85 3,05 3,25 3,45 3,65 3,85 10,08CP 4.2 0,5 0,85 1,2 1,5 1,75 2,05 2,25 2,5 2,75 2,95 3,15 3,35 3,6 3,8 4 10,43CP 5.1 0,6 1,1 1,45 1,75 2 2,25 2,5 2,7 2,95 3,2 3,4 3,6 3,8 4 4 11,85CP 5.2
9,25 0,93 Média= 10,02CV (%)= DESVIO=
Tempo (min)CP / Cachimbo
Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)
Qua
ntid
ade
de á
gua
abso
rvid
a (m
l)
CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2 CP 5.1
Figura D.2 - Gráfico método do cachimbo.
158
Tabela D.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.
R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)714,68 0,0000200 0,0000400 0,0000800 0,0000200 0,0001000 0,0000000 0,0000600 0,0000400
1367,17 0,0001600 0,0000600 0,0001800 0,0000600 0,0002000 0,0000400 0,0001800 0,00010002019,34 0,0002800 0,0001200 0,0002800 0,0001400 0,0003600 0,0000800 0,0003200 0,00016002671,51 0,0004000 0,0002000 0,0004200 0,0002000 0,0005200 0,0001800 0,0004800 0,00028003323,68 0,0005600 0,0003000 0,0005600 0,0003200 0,0007200 0,0003000 0,0006400 0,00040003975,86 0,0007200 0,0004400 0,0007600 0,0004600 0,0010600 0,0004200 0,0008800 0,00056004628,03 0,0010200 0,0006400 0,0011200 0,0006600 0,0016600 0,0006000 0,0012000 0,00076005280,20 0,0013800 0,0009400 0,0015000 0,0009800 0,0026800 0,0009400 0,0017600 0,0011400
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante
CP-01 CP-04Carga (N) 6267,10 4934,47 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 3,20 2,49 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 99,95 99,47 MÉDIA 4732 3,12Diam. (mm) 49,95 50,21 DESVIO 364 0,09Tempo (min) CV (%) 7,70 2,96
3,33
CP-02
100,8749,95
5153 4831 4665
CP-05CP-03 CP-06
6461,97CP-06
3,27100,5550,14
4277(Mpa)
6644,266518,54CP-02
50,05
CP-03
3,34100,43
CP-05
100,13
6135,103,12
(Mpa) (Mpa)
50,34
(Mpa)
159
Tabela D.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. R1 R2 R1 R2 SG1 SG2
Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação DeformaçãoN (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm)
3472 0,000055018 0,000045848 0,000000000 0,000091697 0,0000800 0,00000008744 0,000110036 0,000100866 0,000018339 0,000183394 0,0001650 0,0000100
13116 0,000210903 0,000155884 0,000036679 0,000275090 0,0002450 0,000020017488 0,000320939 0,000238412 0,000091697 0,000421805 0,0003400 0,000025021860 0,000485993 0,000330108 0,000137545 0,000586859 0,0004500 0,000045026232 0,000678556 0,000449314 0,000238412 0,000788592 0,0005950 0,000055030604 0,000981155 0,000596029 0,000366787 0,001054513 0,0007750 0,000085034976 0,001457978 0,000825271 0,000559350 0,001302094 0,0010150 0,0001150
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson
Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 3952,33 2,69Diam. (mm) DESVIO 872,24 0,33Tempo (min) CV (%) 22,07 12,20
Relógios
(MPa) (MPa)30404778
437202,47
Relógios
54000448002,53
300,87
CP-03CP-01
3,07
Strain Gages
300,28
(MPa)
150,15 149,74
4039
150,09
CP-02
0,07
302,13
160
Tabela D.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão
Comprimento Diâmetro div N Mpa7 100,67 50,43 493 3161,82 0,408 99,81 50,37 537 3438,40 0,449 100,28 50,05 561 3589,27 0,46
10 100,33 49,92 496 3180,68 0,4011 99,90 50,25 542 3469,83 0,4412 100,19 49,75 495 3174,39 0,41
MÉDIA 0,42DESVIO 0,02CV (%) 5,64
CP Dimensões (mm)
Tabela D.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]
[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)
Base: Bloco de concreto 1.1 55,00 1189 0,50 100 10Cura seca 1.2 54,50 1599 0,69 100 4
1.3 55,00 852 0,36 100 322.1 55,40 1208 0,50 100 302.2 54,50 960 0,41 100 32.3 54,85 799 0,34 100 32
FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,50 658 0,30 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 51,50 1349 0,65 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 55,00 1094 0,46 100 3TIPO C SUBSTRATO 4.1 54,25 1140 0,49 100 30TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 54,90 1096 0,46 100 30TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 54,90 1432 0,60 100 30
MÉDIA 0,48 5.1 55,50 1178 0,49 100 3DESVIO 0,11 5.2 55,40 1354 0,56 40 60 33CV (%) 22,61 5.3 55,10 1029 0,43 60 40 32
* Valor espúrio
CP
161
Tabela D.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.
CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B4 Média40 0,0002572 0,0002038 0,0002045 0,0002254 0,0002577 0,000222780 0,0003858 0,0003975 0,0003834 0,0004097 0,0004536 0,0003941
120 0,0006173 0,0005351 0,0005623 0,0007221 0,0007371 0,0006092160 0,0009517 0,0007644 0,0007054 0,0009219 0,0010928 0,0008359200 0,0012604 0,0010090 0,0008843 0,0011268 0,0013917 0,0010701240 0,0015691 0,0012231 0,0010581 0,0013316 0,0016340 0,0012955280 0,0018108 0,0014167 0,0012267 0,0015365 0,0018041 0,0014977320 0,0020166 0,0015798 0,0013903 0,0016645 0,0019330 0,0016628360 0,0021967 0,0017072 0,0015437 0,0018182 0,0020618 0,0018164400 0,0023304 0,0018346 0,0016970 0,0019462 0,0021649 0,0019521440 0,0024848 0,0019518 0,0017992 0,0020486 0,0022680 0,0020711480 0,0026340 0,0020894 0,0019066 0,0021664 0,0023608 0,0021991520 0,0027780 0,0022016 0,0020037 0,0023047 0,0024484 0,0023220560 0,0029169 0,0020957 0,0024225 0,0025412 0,0024784600
CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B4Carga 651 528 750 662 800
Tempo(min)h= 40,52 40,14 40,26 40,34 40,60b= 41,28 41,48 41,26 40,74 40,64
Carga (N) 534,33 437,12 611,29 542,94 649,68Tensão (Mpa) 1,15 0,95 1,33 1,19 1,41
Módulo corda(Mpa)
MÉDIA 738,38CP- A2 A4 B2 DESVIO 105,02
Carga 414 727 705 CV (%) 14,22Tempo(min)
h= 40,26 40,34 40,24 Tensão b= 41,16 41,14 40,88 Flexão
Carga (N) 345,61 593,52 576,46 MÉDIA 1,17Tensão (Mpa) 0,76 1,29 1,27 DESVIO 0,22
CV (%) 18,58
Carga
730 Módulo Corda870800
Deformação
591 701
162
Tabela D.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B41000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg
1600 1600 1600 1600 1600948 1059 1058 1045 915
6021,95 6719,70 6713,41 6631,69 5814,513,76 4,20 4,20 4,14 3,63
1600 1600 1600 1600 16001075 993 1092 1081 1034
6820,27 6304,82 6927,13 6857,99 6562,554,26 3,94 4,33 4,29 4,10
MÉDIA 4,09 DESVIO 0,23 CV (%) 5,70
Carga
Carga (N)
Seção (mm²)
Tensão (Mpa)Carga (N)
CompressãoAnel:
Seção (mm²)CargaTempo
Tempo
Tensão (Mpa)
Tabela D.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.
CP - 17 CP - 18 CP - 19 CP - 20Comprimento 100,35 100,47 100,29 100,27Diametro 50,29 50,06 50,36 50,03Natural 364,39 356,21 360,66 355,09Seco 24hSeco 48hSeco 72h 357,40 350,06 354,23 349,4972h e Frio 359,04 351,66 355,87 351,00Sat. 24h 405,22 397,47 402,89 397,54Sat. 48h 405,51 397,80 403,25 397,89Sat. 72h 404,89 398,12 403,60 398,23Imerso 207,52 202,41 205,59 202,81Fervido 414,63 407,96 413,49 407,74Imerso Ferv. 216,58 212,49 215,64 212,58Seco 105°C 257,20 349,92 354,12 349,28Seco e Frio 358,87 351,62 355,89 350,93Seco 70°C 358,49 351,14 355,37 350,53Saturado 404,52 397,15 402,47 396,77Imerso Sat. 206,31 201,46 204,49 201,35Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1771Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1785Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 13,73Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 24,62
Corpo-de-Prova - Massa (g)
163
Tabela D.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade
a2 294,60 309,88 1,53a41 230,22 246,60 1,64a42 250,84 267,25 1,64b21 235,23 249,97 1,47b22 242,23 256,97 1,47
Média 1,55Desvio 0,08CV (%) 5,40
164
APÊNDICE E - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA
ARGAMASSA AI
Tabela E.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade
Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A2 198,21 80,82 30,58 26,50 42,60 52,00 1,92A3 194,70 79,62 30,63 27,80 43,30 51,30 2,06A4 195,78 79,86 30,82 24,50 41,40 50,60 1,86B1 194,81 79,96 31,01 27,20 42,50 49,40 2,15B2 198,82 81,05 31,13 27,20 41,60 49,40 2,19B3 196,73 80,91 30,82 24,60 40,20 48,50 2,03C2 196,17 79,49 30,78 27,20 41,70 48,70 2,24C3 197,93 83,05 30,74 26,80 39,40 49,00 2,24C4 197,71 78,72 30,89 26,90 39,80 49,50 2,20
MÉDIA 2,10DESVIO 0,14CV (%) 6,62
CP Tempo (( s)Dimensões (mm)
Tabela E.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (( s) (km/s)1 100,21 49,71 46,30 2,162 100,10 50,33 45,30 2,213 100,01 49,98 46,60 2,154 100,29 50,34 48,00 2,095 99,82 50,10 48,50 2,066 100,29 49,87 46,00 2,187 100,03 50,01 42,40 2,368 100,51 50,41 44,00 2,289 100,24 50,03 45,80 2,19
10 100,39 50,57 46,10 2,1811 100,21 50,07 44,40 2,2612 100,50 49,62 43,30 2,32
MÉDIA 2,20DESVIO 0,09CV (%) 4,06
CP Dimensões (mm)
Tabela E.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade
Comp. Diam. (( s) (km/s)1 300,87 150,87 138,30 2,182 301,10 149,88 138,60 2,173 298,37 150,26 137,10 2,18
MÉDIA 2,17DESVIO 0,00CV (%) 0,09
CP Dimensões (mm)
µ
µ
µ
165
Tabela E.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade
l b d (( s) (km/s)2 160,68 40,48 39,84 72,60 2,213 160,47 40,58 40,09 72,30 2,226 160,23 41,08 40,21 74,90 2,147 160,59 41,01 40,21 74,30 2,168 161,21 40,80 40,63 73,60 2,19
MÉDIA 2,18DESVIO 0,03CV (%) 1,56
CP Dimensões (mm)
Tabela E.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento. Velocidade
L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 23,70 57,10 84,10 108,70 2,75Bl-2 25,50 62,70 110,90 112,60 2,66Bl-3 26,40 74,10 106,80 152,90 1,69Bl-4 25,80 60,40 83,60 106,40 2,61Bl-5 27,80 77,80 109,90 171,60 1,49
MÉDIA 2,24DESVIO 0,60CV (%) 26,73
CP Tempo (( s)
Tabela E.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)
A1 B4 C1Comprimento 198,75 193,03 194,43Largura 78,78 80,65 80,68Espessura 30,76 31,10 31,01Natural 739,40 771,20 764,90Seco 24h 720,00 749,70 744,20Seco 48h 719,90 749,60 744,10Seco 72h 719,90 749,60 744,1072h e Frio 727,20 756,80 751,20Sat. 24h 857,80 891,30 879,70Sat. 48h 858,80 891,70 881,90Sat. 72h 861,40 895,00 884,20Imerso 392,41 412,05 409,17Fervido 929,70 962,20 951,20Imerso Ferv. 460,11 478,68 475,58Seco 70°C 726,00 755,40 750,20Saturado 840,60 878,50 861,70Imerso Sat. 372,26 396,46 388,20Seco 105°C 723,20 752,60 748,90Seco e Frio 728,40 757,40 754,20
15441539
Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 19,3Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 29,9
Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995)
µ
µ
166
Tabela E.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A1 B4 C1 A1 B4 C1 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
1 1 768,60 801,20 789,40 2,64 2,85 2,44 2,642 1,414 775,30 808,30 796,90 3,07 3,31 2,91 3,103 1,732 780,30 813,10 802,50 3,39 3,62 3,27 3,434 2 784,30 817,10 806,70 3,65 3,87 3,54 3,695 2,236 787,70 820,60 810,30 3,86 4,10 3,77 3,91
10 3,162 797,70 830,10 820,40 4,50 4,71 4,41 4,5415 3,873 805,80 837,90 828,80 5,02 5,21 4,95 5,0620 4,472 812,10 844,40 835,40 5,42 5,63 5,37 5,4725 5 817,60 849,60 841,30 5,77 5,96 5,74 5,8330 5,477 822,50 854,50 846,30 6,09 6,28 6,06 6,1435 5,916 826,30 858,00 850,40 6,33 6,50 6,32 6,3840 6,325 833,20 861,50 854,10 6,77 6,73 6,56 6,6945 6,708 836,10 865,20 857,50 6,96 6,96 6,78 6,9050 7,071 842,10 867,80 860,40 7,34 7,13 6,96 7,1465 8,062 845,80 873,40 866,10 7,57 7,49 7,32 7,4680 8,944 848,40 877,40 870,00 7,74 7,75 7,57 7,6995 9,747 850,10 880,40 872,80 7,85 7,94 7,75 7,85110 10,49 852,20 882,70 873,90 7,98 8,09 7,82 7,96170 13,04 852,20 885,80 874,00 7,98 8,29 7,83 8,03230 15,17 852,20 885,80 874,00 7,98 8,29 7,83 8,03290 17,03 855,20 885,80 874,00 8,17 8,29 7,83 8,10
Abs
orçã
o: M
assa
(g) t
empo
(min
)
1730 41,59 857,80 888,60 876,60 8,34 8,47 7,99 8,27 IRA (g/194cm²/min) 51,29
Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"
y = 0,7166x + 2,179R2 = 0,995
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (min¹´²)
Abs
orçã
o (m
m³/m
m²)
Figura E.1 - Absortividade.
167
Tabela E.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.
CP- A3 CP- A4 CP- B2 CP- B3 CP- C3 CP- C440 0,0000571 0,0000509 0,0000566 0,0000511 0,0000809 0,000058680 0,0000999 0,0001019 0,0001204 0,0000803 0,0002133 0,0001026120 0,0001426 0,0001456 0,0001912 0,0001387 0,0002942 0,0001465160 0,0001854 0,0001892 0,0002337 0,0002118 0,0003824 0,0002051200 0,0002211 0,0002256 0,0002761 0,0002702 0,0004192 0,0002784240 0,0002710 0,0002766 0,0003115 0,0003286 0,0004707 0,0003443280 0,0003067 0,0003203 0,0003540 0,0003797 0,0005148 0,0003956320 0,0003424 0,0003494 0,0003824 0,0004089 0,0005442 0,0004395360 0,0003852 0,0003785 0,0004248 0,0004527 0,0005810 0,0005055400 0,0004137 0,0004076 0,0004532 0,0004819 0,0006104 0,0005567440 0,0004422 0,0004367 0,0004886 0,0005184 0,0006398 0,0006007480 0,0004707 0,0004731 0,0005169 0,0005550 0,0006692 0,0006373520 0,0005064 0,0005022 0,0005452 0,0005842 0,0007060 0,0006740560 0,0005349 0,0005386 0,0005806 0,0006134 0,0007354 0,0007179600 0,0005706 0,0005677 0,0006089 0,0006426 0,0007575 0,0007619640 0,0005920 0,0006041 0,0006718 0,0007942 0,0007985
CP- A3 CP- A4 CP- B2 CP- B3 CP- C3 CP- C4Carga 757 735 812 878 863 804
h= 30,28 30,90 30,06 31,00 31,22 31,10b= 79,00 80,16 80,94 80,80 83,76 78,22
Carga (N) 616,69 599,71 658,84 708,84 697,54 652,73Tensão (Mpa) 2,04 1,88 2,16 2,19 2,05 2,07Módulo corda
(Mpa)
CP- A2 CP- B1 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 974 957 948 (Mpa) (MPa)
h= 30,84 31,30 31,14 MÉDIA 3952 2,17b= 80,36 80,00 79,70 DESVIO 169,79 0,18
Carga (N) 780,38 767,82 761,15 CV (%) 4,30 8,50Tensão (Mpa) 2,44 2,35 2,36* Valor espúrio
4167 3918 4087 3783 3807 2901*
Carga (N) Deformação (mm/mm)
168
Tabela E.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8
CP 1.1 3,8 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 1.2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 2.1 3,1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 2.2 3,5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 3.1 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 3.2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 4.1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 4.2 3,7 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 5.1 2,3 3,2 3,85 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 23,45CP 5.2 2,65 3,65 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 23,83
0,77 0,18 Média= 23,93
Tempo (min)
CV (%)= DESVIO=
CP / Cachimbo
Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)
Qua
ntid
ade
de á
gua
abso
rvid
a (m
l)
CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1CP 4.2 CP 5.1 CP 5.2
Figura E.2 - Gráfico método do cachimbo.
169
Tabela E.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.
R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)961,27 0,0000800 0,0001000 0,0001000 0,0002400 0,0000400 0,0000800 0,0000800 0,0001000
1981,49 0,0001800 0,0002600 0,0002200 0,0004400 0,0001400 0,0001600 0,0002400 0,00018003001,71 0,0002600 0,0004400 0,0003400 0,0007600 0,0002600 0,0002800 0,0003400 0,00026004021,93 0,0003200 0,0006600 0,0005200 0,0009000 0,0003400 0,0004000 0,0004800 0,00036005042,15 0,0003200 0,0008800 0,0007200 0,0011000 0,0004400 0,0005600 0,0006200 0,00048006062,37 0,0004800 0,0012000 0,0009400 0,0013000 0,0005800 0,0007200 0,0008400 0,00062007082,59 0,0006000 0,0017600 0,0013000 0,0013800 0,0007600 0,0010200 0,0010600 0,00080008102,81 0,0020400 0,0016400 0,0009600 0,0014200 0,0015200 0,0009400
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante
CP-01 CP-02Carga (N) 10335,75 9950,76 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 5,33 5,00 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,21 100,10 MÉDIA 5041 4,75Diam. (mm) 49,71 50,33 DESVIO 695 0,46Tempo (min) CV (%) 13,79 9,61
100,0149,98
4,84
CP-03
100,29
9180,784,70
(Mpa)
50,34
4309
50,10 49,87
4,5599,82
8095,81
CP-05
8970,79
CP-04
9495,77
5122(Mpa)
CP-03
CP-04 CP-05
CP-06
CP-06
(Mpa)2768* 5692
(Mpa)
100,294,07
170
Tabela E.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.
R1 R2 R1 R2 SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação
N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)7350 0,000055018 0,000064188 0,000073357 0,000055018 0,0001350 0,0000100
14850 0,000146715 0,000155884 0,000165054 0,000128375 0,0002500 0,000015022350 0,000256751 0,000247581 0,000220072 0,000238412 0,0003950 0,000025029750 0,000375957 0,000357617 0,000348448 0,000330108 0,0005350 0,000040037250 0,000476823 0,000458484 0,000440144 0,000467653 0,0006900 0,000055044850 0,000605199 0,000586859 0,000577690 0,000623538 0,0008550 0,000075052550 0,000733574 0,000751913 0,000761083 0,000806931 0,0010850 0,000100060050 0,000889458 0,000971986 0,000981155 0,001017834 0,0012850 0,0001400
Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson
Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 4577,00 4,19Diam. (mm) DESVIO 1215,47 0,15Tempo (min) CV (%) 26,56 3,56
150,87
CP-01
(MPa)
Relógios5526
Relógios4998
4,35298,37150,26
714004,05
301,10
77050
149,88
CP-02
CP-02CP-03
CP-03
749004,19
Strain Gages
(MPa)
300,87
0,07
(MPa)3207
171
Tabela E.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão
Comprimento Diâmetro div N Mpa7 100,03 50,01 192 6660,86 0,858 100,51 50,41 236 8200,81 1,039 100,24 50,03 189 6555,86 0,83
10 100,39 50,57 204 7080,84 0,8911 100,21 50,07 212 7360,84 0,9312 100,50 49,62 214 7430,83 0,95
MÉDIA 0,91DESVIO 0,07CV (%) 8,03
CP Dimensões (mm)
Tabela E.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]
[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)
Base: Bloco de concreto 1.1 54,30 1278 0,55 100 <2Cura seca 1.2 54,90 1188 0,50 100 <2
1.3 55,20 1221 0,51 90 10 312.1 55,90 1756 0,72 10 90 342.2 53,60 1617 0,72 100 <22.3 54,15 1178 0,51 100 <2
FORMA DE RUPTURA: 2.4 55,55 1310 0,54 100 15TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.1 54,00 1215 0,53 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.2 53,00 1163 0,53 100 <2TIPO C SUBSTRATO 3.3 53,00 1195 0,54 100 <2TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.1 53,50 1451 0,65 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.2 54,00 1274 0,56 100 <2
4.3 54,50 1006 0,43 100 <2MÉDIA 0,53 5.1 55,50 859 0,36 90 10 31DESVIO 0,12 5.2 55,25 548 0,23 100 31CV (%) 22,82 5.3 54,00 1282 0,56 100 <2
* Valor espúrio
CP
172
Tabela E.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.
CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- B4 Média40 0,0001768 0,0002697 0,0003056 0,0002962 0,0002306 0,000262180 0,0003535 0,0006717 0,0007742 0,0010468 0,0008386 0,0007116
120 0,0005606 0,0011958 0,0012225 0,0017872 0,0015985 0,0011915160 0,0007576 0,0015673 0,0014619 0,0023234 0,0023846 0,0015275200 0,0009343 0,0018217 0,0016911 0,0027319 0,0027253 0,0017948240 0,0010808 0,0020354 0,0018847 0,0030740 0,0029873 0,0020187280 0,0012121 0,0022135 0,0020986 0,0033345 0,0031970 0,0022147320 0,0013384 0,0024069 0,0022922 0,0036000 0,0033804 0,0024094360 0,0014495 0,0025799 0,0024551 0,0038553 0,0035376 0,0025850400 0,0015404 0,0027478 0,0025978 0,0039932 0,0036687 0,0027198440 0,0016414 0,0029005 0,0027506 0,0042128 0,0037735 0,0028763480 0,0017222 0,0030532 0,0028525 0,0044681 0,0038783 0,0030240520 0,0018030 0,0031804 0,0029798 0,0047234 0,0039726 0,0031716560 0,0018838 0,0033178 0,0030817 0,0049787 0,0040775 0,0033155600 0,0019545 0,0034602 0,0031734 0,0052596 0,0041770 0,0034619640 0,0020202 0,0035620 0,0032599 0,0054893 0,0042452 0,0035829680 0,0021111 0,0036892 0,0033516 0,0057191 0,0043238 0,0037178720 0,0021717 0,0038164 0,0034382 0,0058723 0,0044181 0,0038247760 0,0022475 0,0035248 0,0060102 0,0044967
CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- B4Carga 815 738 1066 949 1000
Tempo(min)h= 39,78 40,08 40,12 40,22 41,28b= 40,74 40,84 41,24 41,12 40,74
Carga (N) 661,12 602,03 847,50 761,89 799,50Tensão (Mpa) 1,50 1,34 1,86 1,67 1,68
Módulo corda(Mpa)
MÉDIA 942,13CP- CP - A1 CP - A4 CP - B1 DESVIO 211,18
Carga 973 925 1009 CV (%) 22,42Tempo(min)
h= 40,46 40 40,36 Tensãob= 40,62 41,22 41,06 Tração
Carga (N) 779,64 744,05 806,09 MÉDIA 1,64Tensão (Mpa) 1,71 1,65 1,76 DESVIO 0,16* Valor espúrio CV (%) 9,81
Deformação
375* Módulo Corda9751199 685 910
Carga
173
Tabela E.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP - B41000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg
1600 1600 1600 1600 16001159 1278 905 1009 1144
7348,30 8096,33 5751,65 6405,40 7254,014,59 5,06 3,59 4,00 4,53
1600 1600 1600 1600 16001250 1092 1203 1123 1090
7920,32 6927,13 7624,88 7122,00 6914,564,95 4,33 4,77 4,45 4,32
MÉDIA 4,46 DESVIO 0,44 CV (%) 9,77
CompressãoAnel:
Seção (mm²)CargaTempo
Tempo
Carga (N)Tensão (Mpa)
Carga (N)Tensão (Mpa)
Seção (mm²)Carga
Tabela E.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.
CP - 17 CP - 18 CP - 19 CP - 20Comprimento 100,56 100,15 99,83 100,26Diametro 50,20 50,13 50,21 50,02Natural 300,17 295,57 297,82 295,76Seco 24hSeco 48hSeco 72h 290,16 287,33 288,72 288,5472h e Frio 292,69 289,68 291,17 290,73Sat. 24h 330,51 327,60 332,10 329,95Sat. 48h 331,71 328,65 333,48 330,56Sat. 72h 332,76 329,59 334,31 331,31Imerso 135,47 135,19 139,43 137,79Fervido 381,48 377,06 378,35 376,84Imerso Ferv. 184,04 182,38 183,34 183,17Seco 105°C 290,12 287,25 288,73 288,45Seco e Frio 292,80 289,64 291,30 290,76Seco 70°C 291,84 289,18 290,49 290,31Saturado 329,92 327,21 329,62 327,76Imerso Sat. 132,72 132,48 134,58 134,07Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1466Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1471Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 15,00Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 22,21
Corpo-de-Prova - Massa (g)
174
Tabela E.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade
A11 199,27 205,28 0,60A12 186,75 192,73 0,60A41 193,05 198,50 0,54A42 198,90 204,47 0,56B11 203,48 208,85 0,54B12 181,44 186,94 0,55
Média 0,56Desvio 0,03CV (%) 4,92
175
APÊNDICE F - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSAS – MÓDULO DINÂMICO
Tabela F.1- Modulo de deformação dinâmico. Módulo Dinâmico AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IUltra-som - Prismas 1,71 1,90 2,14 2,20 2,18Ultra-som - Cilindros 5x10 1,47 1,75 1,70 2,02 2,20Ultra-som - Cilindros 15x30 1,28 1,68 1,70 1,82 2,17Ultra-som - Placas Isoladas 1,40 1,67 1,92 2,05 2,10Coeficiente de Poisson - CP 15x30 0,12 0,16 0,15 0,09 0,09Densidade de masa - ap (g/cm³) - CP 5x10 1739 1743 1777 1804 1504Densidade de masa - ap (g/cm³) - CP 15x30 1715 1725 1767 1794 1461Densidade de masa - ap (g/cm³) - Prisma 1723 1742 1786 1824 1433Densidade de masa - ap (kg/m³) - Placas 1776 1765 1835 1924 1557Módulo de Deformação Dinâmico - Prisma (GPa) 4,86 5,88 7,71 8,68 6,72Módulo de Deformação Dinâmico - Cilindros 5x10 (GPa) 3,64 4,99 4,84 7,24 7,15Módulo de Deformação Dinâmico - Cilindros 15x30 (GPa) 2,70 4,60 4,85 5,82 6,76Módulo de Deformação Dinâmico -Placas isoladas (GPa) 3,36 4,61 6,40 7,96 6,73
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