conhecimento e inovação nas empresas - ie.ufrj.br · desenvolvimento econômico é um processo...
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Conhecimento e Inovação Nas
Empresas
Renata Lèbre La Rovere, Professora e
Pesquisadora do Grupo de Economia da Inovação
- IE/UFRJ
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 2
Estrutura da Aula
Aglomeração e Diversidade (Desrochers e Hospers, 2007)
Formas de aglomeração no território: clusters (Rocha,2002)
Formas de aglomeração em territórios: interação
universidade-empresa (Villani et al., 2016)
Formas de aglomeração no território: parques tecnológicos (La
Rovere e Melo, 2012)
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Aglomeração e Diversidade
• Trabalho Jane Jacobs sobre morte das cidades (1961) exerceu
influência muito grande sobre planejamento urbano
• Mas o trabalho que ela achava mais relevante era o seu
trabalho sobre a economia das cidades (1969)
•Em Cities and The Wealth of Nations (1984) ela chama a
atenção para o papel das cidades no cenário global
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Aglomeração e Diversidade
Principais ideias :
Cidades são criadas através do comércio
Cidades geram o seu próprio crescimento através da economia
local
Crescimento das cidades se dá à medida que economia cresce
e se diversifica
Capital financia processos de tentativa e erro por detrás da
diversificação
Desenvolvimento econômico é um processo que não pode ser
empacotado e depende de criatividade.
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Aglomeração e Diversidade
Principais ideias :
Características comuns de sistemas econômicos e biológicos:
Desenvolvimento – processo aberto onde diferenciação surge
de um quadro geral
Expansão – captura e uso de energia diversificada
Manutenção
Colapso
Visão dinâmica e crítica ao mainstream
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Aglomeração e Diversidade
Influência sobre Nova Teoria do Crescimento (mainstream)
Lucas (1988) = > reconhecimento importância capital humano
e externalidades associadas
Cidades como locus de capital humano
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Aglomeração e Diversidade
Glaeser (1992): Três tipos de externalidade
Externalidades marshallianas (MAR) (empresas de um mesmo
setor)
Externalidades relacionadas a clusters (relacionadas a
aglomerados, não necessariamente do mesmo setor)
Externalidades de Jacobs – têm a ver com diversidade que
estimula criatividade
Economias de aglomeração são cruciais
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Aglomeração e Diversidade
Conclusões:
Contribuição importante para entendimento de economias de
aglomeração
Comparação com organismos não tem comprovação empírica
– cidades se reinventam
Mostra importância de estudos interdisciplinares
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O Papel dos Clusters
• Questão: definindo empreendedorismo como criação de
novas empresas, qual o papel que aglomerações de
empresas têm para o empreendedorismo e o
desenvolvimento?
• Três diferentes impactos: empreendedorismo no
desenvolvimento, clusters no desenvolvimento, clusters
no empreendedorismo
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Papel dos Clusters
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Estudos sobre empreendedorismo e desenvolvimento
• Teóricos e empíricos
• Teóricos: partem da constatação de que atividade
empreendedora explica crescimento econômico
• Empíricos: tomam criação de MPMEs como medida de
atividade empreendedora
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Estudos sobre Clusters
Variedade de definições:
Aglomeração de empresas que produzem o mesmo produto
(Marshall, Arthur)
Grupo de indústrias interrelacionadas próximas
geográficamente (Porter)
Redes de pequenas empresas e instituições (Beccatini,
Saxenian)
Firmas que usam a mesma tecnologia (Wade)
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Estudos sobre Clusters - evolução
Final século XIX: estudos de Marshall apontam vantagens da
aglomeração e são ponto de partida para estudos sobre
clusters
5 traços principais:
1. Vantagens da aglomeração para economias de escala
2. Economias de especialização e eficiência
3. Proximidade como pré-condição para economias de
especialização
4. Spillovers, confiança e difusão de conhecimento
associados a aglomeração
5. Não explica por que aglomerações surgem
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Estudos sobre Clusters - evolução
Até 1970, prevalência grandes empresas reduziu interesse
em clusters
Exceções: Perroux (pólos de crescimento que valorizam
aspecto econômico clusters), Steiner (vantagens de cadeias
produtivas localizadas)
Anos 70/80 => emergência de:
a)estudos sobre distritos industriais italianos (Becattini,
Brusco, Garofoli) enfatizam duas dimensões:
•Sucesso de comunidades de empresas pequenas e ganhos
de eficiência associados a divisão tarefas
•Fatores históricos e socio-culturais
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Estudos sobre Clusters - evolução
b)Abordagem institucionalista dos clusters: ideia do New
Industrial Divide (Sabel e Piore)
Clusters apontados como uma nova forma organizacional,
que ocorre também em outras regiões – caso Alemanha
Mérito: apontar influência da localização no aprendizado
tecnológico (linha de pensamento que foi mais tarde
retomada por Ash Amin e outros)
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Estudos sobre Clusters - evolução
c) Escola Californiana de Geografia (Scott, Storper)
Apontam para vantagens dos clusters na redução de custos
de transação
Apontam para a existência de interdependências não
comercializáveis, tais como convenções, regras informais,
hábitos que coordenam os agentes econômicos
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Estudos sobre Clusters - evolução
A partir dos anos 90:globalização e inovação localizada
Literatura se divide em duas correntes principais:
1) Vantagens econômicas, seguindo a tradição de Marshall
(ex. Porter, Krugman)
2) Abordagem institucionalista, territorial, social e cultural
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Estudos sobre Clusters – vantagens econômicas
Porter define clusters a partir de vantagens econômicas mas
depois amplia abordagem para analisar aspectos geográficos
e setoriais
Krugman foca nos retornos crescentes de escala associados à
aglomeração (forças centrípetas) e propõe modelo de análise
de forças centrípetas e centrífugas (p.ex. preços terra,
fatores fixos de produção, deseconomias de escala)
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Estudos sobre Clusters – abordagem do territorio e de redes
Abordagem de redes: utiliza conceitos da sociologia tais como
enraizamento, redes sociais e interdependências não
comercializáveis
Correntes principais: spillovers de conhecimento (p.ex.
Audrestch), millieu inovador (p.ex. Camagni) e economia
do aprendizado (p.ex. Lundvall)
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Estudos sobre Clusters – abordagem institucional e cultural
Valoriza visão sistêmica (p.ex. DiMaggio e Powell, Saxenian)
Considera fatores institucionais, sociais e culturais mais
importantes que fatores econômicos
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Estudos sobre Clusters – Críticas
Estudos mostram que proximidade é importante apenas
quando arranjos institucionais e spillovers de
conhecimento são informais
Proximidade organizacional por vezes é mais importante que
proximidade geográfica
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Estudos sobre Clusters –Sintetizando
Diversidade de conceitos e pressupostos introduz “ruído” na
análise e impede que se possa afirmar que clusters
contribuem para o desenvolvimento
O que se pode dizer é que firmas em clusters têm melhor
desempenho
Se região só tem um ou dois clusters, lock-in pode ser
problema
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Estudos sobre Clusters –Sintetizando
Se cluster é só de uma indústria, também pode haver
problemas para o desenvolvimento industrial
Estudos mostram que high-tech clusters podem criar fortes
disparidades regionais
Políticas de apoio a clusters também pode intensificar
disparidades regionais
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Estudos sobre Clusters – Desafios
Diversas medidas de cluster
Impactos sobre empreendedorismo diferem de acordo com o
ciclo de vida das empresas e do cluster (clusters mais
maduros têm maior competição, o que desencoraja
criação de startups)
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Estudos sobre Clusters – Desafios
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Estudos sobre Clusters – Conclusões
Estudos sugerem associação positiva entre
empreendedorismo e crescimento econômico
Não é possível generalizar conclusões sobre impactos
positivos dos clusters sobre desenvolvimento e sobre
empreendedorismo
Ao nível da firma, clusters têm impacto positivo sobre
desempenho; ao nível regional, impactos podem ser
positivos ou negativos
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Interação Universidade-Indústria
•Interação Universidade-Empresa tem se realizado através de
diversos intermediários:escritórios de transferência de
tecnologia, incubadoras e centros de pesquisa colaborativa
•Porém, diferenças entre estes intermediários não tem sido
muito estudadas
•Além disso, transferência de tecnologia e de conhecimento tem
sido associadas a diferentes dimensões da proximidade:
geográfica,cognitiva, organizacional,social
•Questão: Qual o papel das organizações intermediárias nestes
tipos de proximidade?
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Interação Universidade-Indústria
•Interação Universidade-Empresa tem se realizado através de
diversos intermediários:escritórios de transferência de
tecnologia, incubadoras e centros de pesquisa colaborativa
•Porém, diferenças entre estes intermediários não tem sido
muito estudadas
•Além disso, transferência de tecnologia e de conhecimento tem
sido associadas a diferentes dimensões da proximidade:
geográfica,cognitiva, organizacional,social
•Questão: Qual o papel das organizações intermediárias nestes
tipos de proximidade?
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Interação Universidade-Indústria
Principais achados de pesquisa conduzida por Villani et al. na
Itália:
1. Distância cognitiva em colaborações inter-organizacionais
pode ser modificada tanto diretamente, através de medidas
ad hoc, quanto indiretamente, ao afetar outras dimensões da
proximidade
2. Proximidade não pode ser vista como dado fixo, é um dado
dinâmico e aberto a mudanças
3. Uma dimensão de proximidade não pode ser analisada
independentemente de outras
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Interação Universidade-Indústria
Principais achados de pesquisa conduzida por Villani et al. na
Itália:
4. Escritórios de transferência de tecnologia, incubadoras e
centros colaborativos de pesquisa reforçam proximidade
universidade-indústria usando diferentes tipos de atividades
5. Complexidade do conhecimento a ser transferido afeta estes
tipos de atividades
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Interação Universidade-Empresas
Desafios interação universidade-indústria:
Distância cognitiva grande devido a cultura diferente
Maior distância cognitiva proporciona mais chances de
inovação, mas há chances de fracasso na colaboração,
tecnologias desenvolvidas são normalmente incipientes e spin-
offs enfrentam dificuldades no mercado competitivo
Abordagem das proximidades pode ajudar a mitigar estes
desafios
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Interação Universidade-Empresas
Cada intermediário realiza diferentes atividades para reduzir
distância cognitiva:
Escritórios de transferência de tecnologia buscam empregar
pessoas que tenham tido experiência em universidades e em
empresas
Incubadoras e centros de pesquisa colaborativa promovem
redes locais e com outras instituições, organizando workshops,
eventos etc.
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Interação Universidade-Empresas
Medidas para reduzir distância organizacional são feitas
principalmente por escritórios de transferência de tecnologia ,
que buscam fazer diagnósticos detalhados das empresas antes
de estabelecer cooperação e reduzir burocracia
Medidas para reduzir distância social são adotadas
principalmente por incubadoras e centros de pesquisa
colaborativa, que promovem eventos, workshops e estimulam
formação de redes
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Interação Universidade-Empresas
Medidas diretas tendem a ocorrer mais quando atores
engajados não têm experiência prévia de colaboração
Quando atores têm experiência prévia positiva, tipo de
conhecimento a ser compartilhado se torna muito mais
importante para estabelecer cooperação
Redução da distância cognitiva quando conhecimento é
simples se dá através de medidas diretas; quando
conhecimento é complexo, é necessária a proximidade
organizacional para que transferência de conhecimento se
realize
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Interação Universidade-Empresas
No caso da proximidade social, ela é importante quando
conhecimento é simples; transferência de conhecimento
complexo envolve combinação de proximidade social e
geográfica
Escritórios de transferência de tecnologia trabalham mais em
medidas de redução direta de distância cognitiva (quando
conhecimento é simples) e distância organizacional (quando
conhecimento é complexo)
Incubadoras e centros de pesquisa compartilhados trabalham
mais em medidas de redução distância social (quando
conhecimento é simples) e social/geográfica (quando
conhecimento é complexo)
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Interação Universidade-Empresas
Conclusões:
Necessidade de abordagem dinâmica
Instituições intermediárias podem efetivamente reduzir
distância cognitiva, geográfica, organizacional e social
dependendo da experiência prévia dos atores envolvidos na
colaboração e da complexidade do conhecimento a ser
transferido/compartilhado
No estágio inicial da colaboração, quando atores buscam
entender factibilidade da transferência de tecnologia e estão no
estágio conceitual da tecnologia, ação dos escritórios de
transferência de tecnologia é importante
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Interação Universidade-Empresas
Ação de incubadoras e centros de pesquisa colaborativa é mais
importante na colaboração a médio e longo prazos
Assim, é importante investigar tipos de proximidade e ações de
intermediários em conjunto
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Parques Tecnológicos
Contexto: crescimento significativo a partir dos anos 50 do
século XX
Questão: proximidade geográfica não é único fator a promover
inovação; proximidade relacional (ou organizacional) é também
importante por causa do papel das redes
Literatura sobre desempenho das empresas e criação de
conhecimento em parques tem visões micro e meso da questão
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Parques Tecnológicos – visão micro
Estudos sobre spillovers de conhecimento a partir de parques
têm dificuldade em captar este fenômeno porque indicadores
tradicionais como criação de emprego e renda, patentes e
sobrevivência de firmas não captam criação de conhecimento
dentro do parque
Performance das empresas num parque tecnológico depende
muito do tamanho da empresa, do setor onde ela se situa e de
seu tempo de funcionamento antes de entrar no parque
Como gestores do parque necessitam de indicadores de
desempenho, eles acabam privilegiando indicadores tradicionais
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Parques Tecnológicos – visão meso
Comparações entre países sugerem que fatores principais para
analisar o desempenho dos parques são capacidade de atrair
empresas via custo, ciclo de vida do parque, proximidade de
empresas e outras instituições, governança do parque
Elemento comum de visões micro e meso: pressuposto da
Hélice Tripla
Literatura tem poucos estudos sobre importâncias das redes de
empresas para os parques
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Parques Tecnológicos – Conclusões
1. Principal motivação das empresas para se localizar num
parque é financeira/ operacional (vantagens estáticas de
localização)
2. Análises de redes em parques não apenas necessita fazer
um diagnóstico do número de redes e da frequência das
interações, como também do potencial que estas redes têm
em gerar novas oportunidades e inovação
3. Avaliação do desempenho feita pelos gestores dos parques é
baseada em indicadores tradicionais, o que limita sua
capacidade de atrair empresas inovadoras
4. Entendimento dos diferentes tipos de proximidade é
essencial para estabelecer efetiva governança do
conhecimento nos parques tecnológicos
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Parques Tecnológicos – Proposta de Pesquisa
1. Analisar papel das redes organizacionais nas quais empresas
do parque se inserem na geração de inovação e
oportunidades de negócios
2. Analisar que redes prevalecem nos parques
3. Avaliar se governança do parque fomenta surgimento de
novas redes
4. Avaliar mecanismos de governança do conhecimento dos
parques
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