comparativo laje pré-moldada e laje convencional
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
LUIS OTÁVIO PALANDI
RELATÓRIO DE ESTÁGIO:
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-FINANCEIRO PARA TOMADA DE DECISÃO
ENTRE EXECUÇÃO DE LAJE PRÉ-MOLDADA E LAJE CONVENCIONAL
CAXIAS DO SUL
2014
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
LUIS OTÁVIO PALANDI
RELATÓRIO DE ESTÁGIO:
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-FINANCEIRO PARA TOMADA DE DECISÃO
ENTRE EXECUÇÃO DE LAJE PRÉ-MOLDADA E LAJE CONVENCIONAL
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na Disciplina Estágio Supervisionado em Engenharia Civil
CAXIAS DO SUL
2014
RESUMO
Devido ao grande número de sistemas estruturais encontrados no mercado da construção civil, os profissionais encontram dificuldades para optar por um determinado tipo. Este estudo tem como objetivo analisar, comparativamente, os custos entre o sistema estrutural de lajes no modelo convencional e o sistema de lajes pré-moldada com vigotas protendidas em concreto armado. Com o intuito de aferir a viabilidade econômica das soluções proposta para um determinado edifício, foram feitas a estruturações em concreto armado com laje maciça e com laje pré-moldada, obtendo-se a consideração de: material, mão-de-obra, recursos necessários e tempo de construção.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Laje pré-moldada com vigotas em concreto protendido ............................. 9
Figura 2 – Fachada edifício Residencial Sant Angeli ................................................ 11
Figura 3 – Custo material e mão de obra .................................................................. 15
Figura 4 – Custo por atividade laje convencional ...................................................... 16
Figura 5 – Custo por atividade laje pré-moldada ....................................................... 16
Figura 6 – Índice de produtividade Hh/pavimento ..................................................... 17
Figura 7 – Número de trabalhadores para ciclo de 10 dias ....................................... 17
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Consumo laje convencional ..................................................................... 12
Tabela 2 – Consumo laje pré-moldada ...................................................................... 12
Tabela 3 – Quadro Duração-Recursos laje convencional ......................................... 13
Tabela 4 - Quadro Duração-Recursos laje pré-moldada ........................................... 13
Tabela 3 – Composição custo material laje convencional ......................................... 14
Tabela 4 – Composição custo mão de obra laje convencional .................................. 14
Tabela 5 - Composição custo material laje pré-moldada ........................................... 14
Tabela 6 – Composição custo mão de obra laje pré-moldada .................................. 14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO SISTEMA CONSTRUTIVO DE LAJES CONVECIONAL E PRÉ-MOLDADA .............................................................. 8
2.1 CARACTERÍSTICAS DAS LAJES CONVENCIONAIS E PRÉ-MOLDADA........ 8
2.2 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA ....................................................................... 9
3 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS DE LAJES ............................. 10
3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .......................................................................... 10
3.2. CAMPO DO ESTÁGIO.................................................................................... 10
3.3. APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO .................................................................... 10
3.4 MÉTODO ......................................................................................................... 12
3.4.1 Verificação dos consumos ......................................................................... 12
3.4.2 Equipe básica e duração das atividades ................................................... 13
3.4.3 Cálculo dos custos .................................................................................... 13
4 – RESULTADOS .................................................................................................... 15
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 18
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
7
1 INTRODUÇÃO
No âmbito da construção civil existem diversas metodologias construtivas. A
tomada de decisão, ao buscar pela melhor opção, deve levar em conta vantagens,
desvantagens, disponibilidade de recursos, o contexto socioambiental, a viabilidade
técnica e a viabilidade econômico-financeira de cada alternativa.
O método construtivo para a execução das lajes pode ser escolhido levando
em conta estes fatores. Um estudo técnico-financeiro se mostra importante a fim de
obter subsídios para tomada de decisão quanto ao método construtivo de lajes,
comparando o sistema de laje convencional e o sistema de laje pré-moldada com
vigotas protendidas.
8
2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO SISTEMA CONSTRUTIVO DE
LAJES CONVECIONAL E PRÉ-MOLDADA
Segundo a TCPO (Tabela de Composição de Preços e Orçamentos) a estrutura
é um dos principais subsistemas de um edifício, tendo grande importância técnica, por
responder pela estabilidade da obra e representar significativamente grande parte do
custo de construção. Para a constituição de estruturas convencionais podemos dividir
a modelagem do concreto em três serviços principais: o de fôrmas; o de amarração e
o de concretagem.
Para entender os custos relativos a estrutura em concreto é necessário
conhecer a demanda relativa a cada um destes serviços pela unidade de estrutura
que se pretende executar. As quantidades de serviço podem variar em função da
escolha e concepção da estrutura escolhida.
2.1 CARACTERÍSTICAS DAS LAJES CONVENCIONAIS E PRÉ-MOLDADA
Lajes convencionais consiste em um sistema, moldado in loco, e executado
sobre fôrmas que dão forma a geometria pretendida, para o qual os cimbramentos
são os responsáveis pela sustentação das mesmas, até que estas adquirem a
resistência necessária. Este sistema é muito empregado, e oferece mão de obra
bastante capacitada, mas devido à sua pequena capacidade portante, demanda uma
grande quantidade de vigas, o que contribui para um aumento na quantidade total de
concreto utilizado (ARAUJO, 2008).
Para aumentar a produtividade e reduzir custos pode ser empregado o uso de
nervuras pré-moldadas, compostas geralmente por trilhos ou treliças, nas edificações
de pequeno e médio porte, ao invés de outras tipologias como a laje maciça
(CARVALHO & FIGUEIREDO FILHO, 2004).
Melo (2004) afirma que os sistemas estruturais baseados em lajes pré-
fabricadas visam principalmente minimizar o uso de fôrmas de madeira na obra, com
grandes vantagens como: redução das perdas de concreto, racionalização do uso da
armadura, melhor compatibilização e soluções construtivas de projeto, melhor sistema
de vibração das peças, rapidez na montagem, redução no ciclo dos pavimentos, maior
segurança no canteiro e diminuição da mão-de-obra.
9
Melo (2004) entende que as lajes nervuradas são um avanço da laje maciça,
pois se elimina o concreto excedente abaixo da linha neutra, reduzindo drasticamente
seu peso. De acordo com a NBR 14859-1:2002 as vigotas pré-fabricadas podem ser
de: concreto armado (VC), concreto protendido (VP) e treliçadas (VT). Para o estudo
serão utilizadas vigotas pré-moldadas com elementos de enchimento entre as
mesmas, podendo ser compostos de blocos cerâmicos (lajotas), solidarizados por
uma capa de concreto com armadura de distribuição (Figura 1).
Figura 1 – Laje pré-moldada com vigotas em concreto protendido
Fonte: Construhorh (2000)
2.2 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA
Segundo Silva (2002) quando se deseja avaliar mais de uma alternativa
estrutural, engenheiros devem relacionar os custos destas alternativas não somente
aos insumos ligados a estrutura propriamente dita, que além de concreto, do peso de
aço e da área de formas, ainda devemos levar em conta tempo despendido na
execução e mão-de-obra e materiais específicos do sistema estrutural a adotar.
(MATTOS, 2010) nos mostra que toda atividade do cronograma de obra precisa
ter uma duração associada e para tal atividade existe uma alocação de recursos
necessárias para executá-la A duração depende da quantidade de serviço, da
produtividade da equipe e da quantidade de recursos alocados e está totalmente
ligada ao prazo final da obra.
10
3 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS DE LAJES
3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Neste presente trabalho desenvolveu-se uma análise comparativa entre os
sistemas estruturais de laje convencional e laje pré-fabricadas, um edifício foi utilizado
como base para as concepções estruturais de cada um dos sistemas em análise. Fez-
se o lançamento e análise da estrutura para os dois sistemas escolhidos, obtendo-se
os quantitativos de materiais, os quais vêem a formar os índices definidos para
comparação. Foram comparados os custos totais da obra obtidos por meio de
composições de preços chegando-se a um valor global para cada tipologia adotada.
Tendo como serviços e insumos principais concreto, aço e formas.
3.2. CAMPO DO ESTÁGIO
O estágio foi desenvolvido na 3A Construtora e Incorporadora, uma empresa
localizada em Caxias do Sul, que atua na construção e incorporação de imóveis. O
supervisor do estágio foi o engenheiro civil Sérgio Antonio De Pizzol, engenheiro
responsável pela empresa.
3.3. APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO
O estudo tem como base o Residencial Sant Angeli, sendo o projeto
arquitetônico de autoria do arquiteto Rafael Dalzzochio e projeto estrutural e execução
do engenheiro Sérgio A. De Pizzol. O empreendimento é de propriedade da empresa
3A Construtora e Incorporadora, situada na cidade de Caxias do Sul/RS.
O empreendimento situa-se no bairro Jardim Eldorado, na cidade de Caxias do
Sul, trata-se de um edifício residencial, com sete pavimentos, sendo um subsolo,
térreo, 5 pavimentos tipo e cobertura. O presente trabalho ficou restrito ao estudo do
pavimento tipo, este é constituído por dois apartamentos de dois dormitórios, além de
áreas condominiais totalizando uma área de 199,77 m² por pavimento, a seguir a
fachada e em anexo a planta baixa do pavimento tipo do edifico de estudo.
11
Figura 2 – Fachada edifício Residencial Sant Angeli
Fonte: 3A Construtora e Incorporadora (2013)
12
3.4 MÉTODO
Tendo como base a planta de formas e dos resumos dos quantitativos
disponibilizados pelo calculista para ambas as lajes foram feitas as verificações de
consumo e posteriormente o cálculo de mão-de-obra e custo de cada alternativa.
3.4.1 Verificação dos consumos
Para levantar os custos relativos a cada estrutura, primeiramente temos de
conhecer a demanda relativa a cada um dos três serviços (fôrmas, aço e concreto),
portanto foram mensurados os volumes de concreto em metro cúbico, massa de aço
em quilograma e área de forma em metro quadrado, apresentados a seguir.
Tabela 1 – Consumo laje convencional
Tabela 2 – Consumo laje pré-moldada
Ø 6.3 0 0 1165,3 317 317
Ø 8 282,7 122 278,8 120 242
Ø 10 19,5 13 0 0 13
TOTAL 572
TOTAL 152,29
TOTAL 16
Área total de formas [m²]
Concreto
Consumo de concreto [m³]
Formas
CA 50 - Ø Comprimento
Total (m)
Peso Total
+ 10% [Kg]
Comprimento
Total (m)
Peso
Total [Kg]
Total em
Kg
Aço
Armadura negativa Armadura positiva
Ø 5.0 0 0 1888 485 485
TOTAL 485
TOTAL 165
TOTAL TOTAL
TOTAL 10
Aço
CA 60 - Ø
Armadura negativa Armadura positiva
Formas
Concreto
Consumo de concreto [m³]
Total em KgComprimento
Total (m)
Peso Total
+ 10% [Kg]
Compriment
o Total (m)
Peso Total
[Kg]
Vigota protendida (m) Tavelas/blocos cerâmicos (30*20*8) (un)
2100444,25
Área total de formas [m²]
13
3.4.2 Equipe básica e duração das atividades
Para cada tipologia foi elaborado o quadro de durações-recurso apresentado a
seguir, os dados de entrada dependem das informações provenientes dos consumos
apresentados anteriormente e também do índice da equipe. O índice representa a
incidência de cada insumo na execução de uma unidade de serviço, a TCPO nos
mostra o índice para cada função relacionada a uma atividade. Foi definido um ciclo
de produção de 10 dias úteis para execução da estrutura do pavimento, sendo 6 dias
para serviços de fôrma, 3 dias para serviço de corte, dobra e amarração e 1 dia para
a concretagem. Definida a duração e os índices foi possível calcular o efetivo (equipe)
necessária para execução das atividades.
Tabela 3 – Quadro Duração-Recursos laje convencional
Tabela 4 - Quadro Duração-Recursos laje pré-moldada
3.4.3 Cálculo dos custos
A comparação de custos é uma tarefa que pode ser influenciado por inúmeras
variáveis complexas e de difícil caracterização. Optou-se por utilizar as composições
usuais para os serviços considerados, tais composições são apresentadas nas
“Tabelas para Composições de Preços para Orçamentos” e consideram apenas os
serviços propriamente ditos. O TCPO nos traz a relação dos insumos para execução
dos serviços, assim foi feita a estimativa dos valores dos materiais com base no valor
de mercado na cidade de Caxias do Sul. Os valores de mão de obra foram obtidos
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
Unidade
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
Fabricação 1,2 0,3 05.005.000051.SER 8 23 6
Montagem 0,297 0,074 05.005.000055.SER 8 6 2
Desforma 0,127 0,032 05.005.000056.SER 8 3 1
152,29 h/m² 6 4
ATIVIDADE Unidade QTDADE
INDICE DA FUNÇÃO
Código da tabela
TCPO
JOR
NA
DA
(h
/dia
)
ConcretoLançamento e
adesamentom³ 16 1,65
0,051
91 4
3Corte dobra e
montagemkg 572
4,5 h/m³ 05.004.000099.SER 8 4 9
Armação 4 70,089 h/kg 05.001._.SER 8 2 3
1
DIAS DA EQUIPE DURAÇÃO
ADOTADO
DA
ATIVIDADE
(dias)
QUANTIDADE DE RECURSOS
Fôrma m²
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
Unidade
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
PED
REI
RO
CA
RP
INTE
IRO
AR
MA
DO
R
AJU
DA
NTE
SER
VEN
TE
ATIVIDADE Unidade QTDADE
INDICE DA FUNÇÃO
Código da tabela
TCPO
JOR
NA
DA
(h
/dia
)
DIAS DA EQUIPE DURAÇÃO
ADOTADO
DA
ATIVIDADE
(dias)
QUANTIDADE DE RECURSOS
3m² 165 h/m² 605.006_SER0,73 168
0,150 h/kgm² 165
05.004.000099.SER 8 3
305.006_SER 8 4
Fôrma, escoramento e
montagem da laje. Desforma
e retirada do escoramento.
Preparo, montagem e
colocação da armadura
Concreto Lançamento e
Adensamento3 66 1
2
m³ 10 1,65 4,5 h/m³
14
através de informações disponibilizadas pelo Sinduscon-RS (Sindicato das Indústrias
da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul).
Tabela 3 – Composição custo material laje convencional
Tabela 4 – Composição custo mão de obra laje convencional
Tabela 5 - Composição custo material laje pré-moldada
Tabela 6 – Composição custo mão de obra laje pré-moldada
m² 1,25 190,36 R$ 18,67 R$ 710,81
m 2,6 395,95 R$ 10,00 R$ 791,91
m 1,3 197,98 R$ 24,00 R$ 950,29l 0,02 3,05 R$ 10,00 R$ 30,46
kg 0,3 45,69 R$ 5,70 R$ 260,42
kg 1,1 348,7 R$ 3,23 R$ 1.126,30
kg 1,1 266,2 R$ 3,23 R$ 859,83
kg 1,1 14,3 R$ 3,05 R$ 43,62
kg 0,02 11,44 R$ 5,80 R$ 66,35
un 11,4 6520,8 R$ 0,12 R$ 749,89
Concreto m³ m³ 1,05 16,8 R$ 310,00 R$ 5.208,00
Total R$ 10.797,87
m²
Desmoldante de formas para concreto
Prego com cabeça 15*15 (comprimento: 34,5mm / diametro: 2,40mm)
ATIVIDADE UNIDADE
Fôrma
QUANTIDADE
152,29
COMPONENTES UNIDADE CONSUMO QUANTIDADE
Barra de Aço CA-50 (bi tola 6,3 mm)
Chapa de madeira compesada, espessura 12mm
Pontalete (seção transversa l :3x3'' / a l tura: 75 mm / largura: 75 mm)
Tábua de cedrinho (espessura: 25mm / largura:200mm / seção transversa l :1x8'')
Barra de Aço CA-50 (bi tola 8 mm)
Barra de Aço CA-50 (bi tola 10 mm)Armação kg
Concreto FCK 30
Arame recozido nº 18
Espaçador
317
13
242
-
-
VALOR
UNITÁRIO
VALOR
TOTAL
16
Valores com reaproveitamento dividido entre as 5 lajes
Função Duração
(Dias)
Jornada
(h/dia)
Total
horas
Valor
HoraValor Total
Carpinteiro 24 8 192 R$ 5,56 R$ 1.067,52
Ajudante de Carpinteiro 6 8 48 R$ 4,09 R$ 196,32
Armador 6 8 48 R$ 5,55 R$ 266,40
Ajudante de Armador 9 8 72 R$ 4,09 R$ 294,48
Pedreiro 4 8 32 R$ 5,44 R$ 174,08
Servente 9 8 72 R$ 4,09 R$ 294,48
Total R$ 2.293,28
Fabricação, mongem e
desforma
Atividade
Fôrma
Armação
ConcretoConcreto Lançamento
e Adensamento
Corte dobra e
montagem
m² 1 165,00 R$ 28,50 R$ 4.702,50
m 1,71 282,15 R$ 2,50 R$ 141,08
m 0,56 92,40 R$ 24,00 R$ 443,52
l 0,97 160,05 R$ 10,00 R$ 1.600,50
kg 0,03 4,95 R$ 4,57 R$ 22,62
Armação kg kg 1 485 R$ 3,23 R$ 1.566,55
Concreto m³ m³ 1,05 10,5 R$ 310,00 R$ 3.255,00
Total R$ 11.731,77
VALOR
UNITÁRIO
Fôrma m² 165
Laje pré-fabricada convencional
Pontalete de cedro 3ª construção (seção transversal : 3x3'')
Tábua de cedrinho (seção transversal : 1x12'')
Sarrafo (seção transversal : 1x4'' / a l tura: 100mm / espessura: 25mm)
Prego com cabeça 18*27 (Diametro: 3,40 mm/comprimento: 62,1mm)
Barra de Aço CA-60 (bi tola: 5.0 mm)
VALOR
TOTALATIVIDADE UNIDADE QUANTIDADE COMPONENTES
10 Concreto FCK 30
485
UNIDADE CONSUMO QUANTIDADE
3 8 24 R$ 5,44 R$ 130,56
6 8 48 R$ 4,09 R$ 196,32
Total R$ 1.393,92
144 R$ 5,56
R$ 5,5548
R$ 800,64
R$ 266,40
Carpinteiro
Armador
18 8
6 8
ConcretoConcreto Lançamento e
Adensamento
Pedreiro
Servente
FôrmaFabricação, mongem e
desforma
ArmaçãoCorte dobra e
montagem
15
4 – RESULTADOS
Se somada a composição de material e mão de obra para as duas tipologias
obtemos valores muito próximos, observamos que a mão de obra da laje convencional
custa 60% a mais que a pré-moldada, enquanto o custo de material da laje pré-
moldada é cerca de 9% maior que a convencional.
Figura 3 – Custo material e mão de obra
Fonte: do autor
R$ 53.985,00
R$ 58.955,00
R$ 11.465,00
R$ 6.965,00
R$ 0,00
R$ 10.000,00
R$ 20.000,00
R$ 30.000,00
R$ 40.000,00
R$ 50.000,00
R$ 60.000,00
R$ 70.000,00
CONVENCIONAL PRÉ-MOLDADA
MATERIAL MO
16
Na análise de custo ainda podemos observar que a laje convencional tem seu
principal gasto na parte de concreto, enquanto na laje pré-moldada a forma custa mais
da metade do custo total.
Figura 4 – Custo por atividade laje convencional
Fonte: do autor
Figura 5 – Custo por atividade laje pré-moldada
Fonte: do autor
Forma 31%
Armação26%
Concreto 43%
Forma Armação Concreto
Forma 59%
Armação14%
Concreto 27%
Forma Armação Concreto
17
O melhor índice de produtividade é aquele que despende de menos homem-
hora por pavimento, ou seja, os que tem menos número de trabalhadores para o ciclo
de 10 dias definido inicialmente. Abaixo os gráficos mostram o número de
trabalhadores para ambas tipologias e a horas desprendidas para execução do
pavimento.
Figura 6 – Índice de produtividade Hh/pavimento
Fonte: do autor
Figura 7 – Número de trabalhadores para ciclo de 10 dias
Fonte: do autor
0
100
200
300
400
500
600
Convencional Pré-moldada
0
5
10
15
20
25
Convencional Pré-moldada
18
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se observar a importância de um estudo para a determinação da
alternativa estrutural adequada para o pavimento tipo do edifico de estudo. Ao avaliar
os custos de um sistema estrutural, não se deve levar em conta apenas o consumo
de materiais, mas todos os aspectos que envolvem o processo construtivo.
A solução estrutural em lajes maciças teve o menor custo, porém a diferença
se mostrou muito pequena em relação ao modelo de lajes pré-moldada. Optou-se por
estipularmos uma mesma duração para o serviço em ambas as lajes, a laje pré-
moldada necessitou de 40% a menos de mão de obra, se observamos somente o
custo de mão-de-obra a laje maciça custou 60% a mais que a pré-moldada.
A solução em lajes pré-moldadas se mostrou mais interessante, pois embora a
laje maciça teve menor custo ela também obteve a menor produtividade, a laje pré-
moldada ainda possibilitaria reduzir a ciclo e ainda assim desprenderia menos mão-
de-obra do que a convencional.
A escolha de um sistema estrutural está sujeita a muitos fatores, no trabalho
foram apresentados parâmetros que podem auxiliar na escolha da tipologia estrutural
de lajes para edifícios semelhantes ao estudado.
;
19
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Anderson da Rosa. Estudo Técnico comparativo entre pavimentos executados com lajes nervuradas e lajes convencionais. 2008. 150 f. Trabalho de Conclusão de Curso(Bacharelado em Engenharia Civil) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: Laje pré-fabricada – Requisitos. Parte 1: Lajes Unidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-2: Laje pré-fabricada – Requisitos. Parte 2: Lajes Bidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.
CARVALHO, R.C. e FIGUEIREDO FILHO, J.R. Cálculo e Detalhamento de estruturas
Usuais de Concreto Armado. São Carlos, EdUFSCar – 2º Edição, 2004.
MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo : Pini, 2010.
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. São Paulo : Editora Pini, 2006.
MELO, C.E.E.. Manual Munte de Projetos em Pré-fabricados de Concreto / Munte Construções Industrializadas. São Paulo: Editora Pini, 2004.
SILVA, A. R. Anáilise Comparativa de custos de sistemas estruturais para pavimentos em concreto armado. Minas Gerais, 2002.
TCPO, Tabela de Composição de Preços Para Orçamentos. São Paulo: Pini, 2012.
20
ANEXO A – PAVIMENTO TIPO DO EDIFÍCIO DE ESTUDO
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