colo uterino porção inferior do útero que conecta o útero à vagina

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Colo uterino Porção inferior do

útero que conecta o útero à vagina.

Ectocérvice Projeta-se para a

vagina superior. Epitélio estratificado

escamoso.

Endocérvice Canal que leva à

cavidade endometrial Epitélio colunar

mucinoso.

O epitélio colunar estende-se sobre a ectocérvice => Ectrópio

O epitélio colunar do ectrópio sofre Metaplasia Escamosa

A região do colo onde ocorre metaplasia é chamado ZT

A área entre a JEC original na ectocérvice e a nova JEC no orifício interno é chamada Zona de Transformação.

A metaplasia escamosa depende:Meio vaginalTraumatismoCervicite

Metaplasia Escamosa Madura e Imatura

Epitélio metaplásico escamoso recobre as criptas das glândulas endocervicais e assim formam os cistos de Naboth.

Glândulas endocervicais tornam-se bloqueadas,assim há retenção de mucina e produção de dilatações císticas macroscopicamente visíveis Cistos de Naboth.

Desenvolvimento do epitélio metaplásico

1.Surgimento de células de reserva.

2. Hiperplasia de células de reserva abaixo do epitélio colunar.

3.Células de reserva diferenciam-se em Epitélio Escamoso Imaturo.

4. O Epitélio Escamoso Imaturo não é distinguível do Epitélio Escamoso maduro para fins práticos.

Formação de Metaplasia Escamosa no colo uterino:

Células de reserva no início da proliferação localizando-se sob o epitélio glandular.

Desenvolvimento do epitélio escamoso metaplásico

Metaplasia escamosa na Zona de Transformação

Colposcopia: membrana branca de delgada a espessa que corresponde ao epitélio escamoso.

Teste de Schiller: Exame da zona de transformação pela coloração pelo Iodo.

Células escamosas maduras na ectocérvice=> marrom-escuro.

Células escamosas imaturas na ectocérvice => cor pálida.

Citologia Esfoliativa: colhidas amostras na ZT circunferencialmente.

Colposcopia normal

(Apóa a aplicação de solução salina)

Epitélio escamoso Metaplásico: Rosa-claro Epitélio escamoso Original: Rosa escuro

Área branca: ZT avançada com vasos e glândulas.

NIC I

NIC II

Biópsia

Neoplasia de Células Escamosas

Há 50 anos era a causa principal de morte por câncer nas mulheres americanas.

Após a instituição da triagem citológica a incidência diminuiu em 50 a 85% nos países ocidentais.

Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)

É um espectro de alterações que começa com atipia mínima e progride através deestágiosdede alterações intra-epiteliaismais acentuados até carcinoma de células escamosas invasivo.

Displasia: alteração que possui o pótencial de transformação maligna.

Graus de NIC

NIC I (Displasia leve): raramente progredirão em gravidade e comumente desaparecerão.

NIC II (Displasia moderada)

NIC III (Displasia grave)

Tendem a progredir e exigem tratamento

Bethesda System for Reporting Cervical Vaginal Cytologic Diagnoses agrupa essas lesões em 2 grupos:

LIE baixo grau: NIC I

LIE de alto grau: NIC II e NIC III

Epidemiologia

Câncer cervical: 40-60 anos

NIC: menos de 40 anos

Fatores mais importantes

Múltiplos parceiros sexuais

Idade precoce no 1o coito

Patogenia

HPV

Mutação do p53

Papilomavirus HumanoVírus da família Papovaviridae capazes de induzir lesões as quais mostram crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.

Cerca de 3% das mulheres com HPV podem desenvolver câncer de colo do útero.

Cerca de 99% das mulheres com câncer do colo foram antes infectadas pelo vírus.

Somente os subtipos de alto risco (16 e 18) estão associados ao câncer do colo, outros causam verrugas no corpo e região ano-genital => as verrugas são geralmente assintomáticas, podem ser únicas, cor da pele, róseas ou acastanhadas.

Verrugas genitais são chamadas Condiloma Acuminado.

Condiloma Acuminado

Infecção por HPV 6 ou 11 considerados de baixo risco, já que são encontrados em 90% dos condilomas, mas apenas raramente em câncer invasivo.

Condiloma Acuminado (Verrugas genitais)

Condiloma Plano Viral

Infecção por HPV 16,18 considerados de alto risco, que são encontrados nas células da NIC III e estão presentes em 70% dos cânceres invasivos.

O HPV 31,33,35 também são tipos de alto risco e são encontrados em 20% dos cânceres invasivos.

Normal Condiloma Plano Viral

As alterações do Condiloma Plano Viral ocorrem nas camadas superficiais do epitélio e caracterizam-se por:

Atipias nucleares:

Núcleos hipercromáticos de forma e tamanho irregular às vezes parecendo “amassados”.

Halo claro em volta do núcleo, o que se chama coilocitose (Koillos=Buraco)

Binucleação

Patologia

A NIC é uma doença do epitélio metaplásico da ZT e de áreas de metaplasia da ectocérvice.

O processo normal de maturação do epitélio escamoso da cérvice encontra-se perturbado na NIC há alterações na celularidade, diferenciação, polaridade, características nucleares e atividade mitótica.

Neoplasia Intraepitelial Cervical ou Displasia do Colo

As alterações iniciam-se nas camadas profundas do epitélio (células basais) e progridem às camadas superficiais.

Núcleos com variação de tamanho e cromatina densa.

Núcleos ovalados e citoplasma escasso.

Atipias nucleares e mitose em qualquer altura do epitélio.

Nucléolos evidentes.

Perda da arquitetura normal do epitélio.

NIC I: displasia no 1:3 inferior do epitélio.

NIC II: displasia nos 2:3 profundos do epitélio.

NIC III: displasia em toda a espessura do epitélio (in situ)

Perda estratificação

Núcleos ovalados

Citoplasma escasso

Mitoses

Nucléolos evidentes

NIC ou Displasia do Colo

NIC I II III Micro!!!

NIC I

NIC II

Carcinoma in Situ

NIC III

Carcinoma Epidermóide

Carcinoma Microinvasivo de Células Escamosas

É o estágio inicial do câncer cervical (estágio Ia) e caracteriza-se por invasão mínima do estroma por células neoplásicas.

Microinvasão (FIGO):

Invasão até menos de 5mm abaixo da membrana basal.

Ausência de invasão vascular.

Sem metástases para linfonodos.

Tratamento:

Conização

Células cancerosas penetram através da membrana basal do epitèlio.

A invasão inicial evidencia reação estromal na forma de coleção linfocítica localizada.

Conização – Procedimento Cirúrgico

Conização – Procedimento Laboratorial

Carcinoma de Células Escamosas invasivo

É o tipo mais comum de câncer cervical.

Na América do Sul a incidência é de 100 novos casos anualmente para cada 100.000 mulheres.

A invasão estromal progride, tornando a lesão visível ao exame especular.

O câncer avançado pode ser endofítico, exofítico ou a combinação de ambos.

Carcinoma Epidermóide do colo

Macro

Estágios iniciais: lesão mal definida, granular e erodida ou como uma massa anular e exofítica.

Se dentro do canal endocervical: como uma massa endofítica, infiltrando o estroma e provocando aumento difuso e endurecimento da cérvice (cérvice em forma de barril).

Micro

Brotos sólidos de células com graus variados de diferenciação.

Extensa infiltração dos tecidos do colo

Reação desmoplásica (produção de tecido fibroso induzida pelo tumor).

Reação inflamatória crônica inespecífica.

Existem 2 padrões microscópicos:

Bem diferenciado

Pouco diferenciado

Bem diferenciado

Núcleos: volumosos, arredondados com nucléolo,variação de tamanho e cromatismo dos núcleos,binucleação e mitoses em várias alturas do epitélio.

Células escamosas grandes, malignas com queratinização individual ou formando “pérolas córneas”.

Pouco diferenciado

Massas infiltrantes de células malignas, não-queratinizadas coesas e pequenas.

Disseminação do câncer cervical

Extensão direta

Compressão do ureter (est III b) => hidronefrose, hidroureter e insuficiência renal.

Bexiga e reto (est IV a) =>formação de fístula.

Vasos linfáticos

Hematógena (rara)

Metástases para linfonodos

Paracervicais,Hipogástricos e Ilíacos externos.

Em geral o crescimento e disseminação são relativamente lentos.

Prognóstico

O estádio clínico do tumor é o melhor índice prognóstico de sobrevida.

Ataxa de sobrevida geral é de 60% e para cada estádio é :

I: 90% II: 75% III:35% IV: 10%

Cerca de 15% das pacientes desenvolve recidivas na parede vaginal, pelve ou reto em 2 anos de tratamento adequado.

Tratamento

Depende do estadiamento do câncer:

Tumor localizado: histerectomia radical

Tumor mais avançado: RTX ou RTX+ Histerectomia

Adenocarcinoma

Em 10% dos tumores cervicais.

Média de idade: 56 anos

Tipo mais comum: Mucinoso

Com frequência associados a Adenocarcinoma in situ e HPV dos tipos 16 e 18.

Adenocarcinoma in situ

Macro

Surge na JEC e estende-se para o canal endocervical.

Micro

Células colunares altas com citoplasma eosinofílico ou mucinoso

Arquitetura normal das glândulas

Células aumentadas

Núcleos hipercromáticos atípicos

Índice núcleo-citoplasma aumentado

Números variáveis de mitose

Seu padrão de disseminação e envolvimento de glândulas endocervicais assemelha-se ao da NIC.

Transições abruptas ajudam a distinguir células neoplásicas das células endocervicais normais.

Macro

Massa polipóide vegetante ou papilar

O aspecto macroscópico “colo em barril” é próprio do adenocarcinoma

Adenocarcinoma invasivo

Adenocarcinoma invasivo

Micro

Tumores exofíticos apresentam padrão papilar

Tumores endofíticos apresentam padrão tubular ou glandular

Tumores mal diferenciados compõem-se de camadas sólidas de células

Disseminação

Invasão local

Metástases linfáticas

Sobrevida

Menor do que a do carcinoma epidermóide.

Estadiamento do Câncer do Colo Uterino

COLO UTERINO – CONE/BIÓPSIA

COLO UTERINO – SECÇÃO

COLO UTERINO - TÉCNICA

COLO UTERINO - REVISÃO

NICNIC

ZONA DE ZONA DE TRANSFORMAÇÃTRANSFORMAÇÃOO

INVASÃO / INVASÃO / MICROINVASÃOMICROINVASÃO

ADENOCARCINOMAADENOCARCINOMA

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