chama inextinguível

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Spiritual

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Chama InextinguívelUlrico Zuínglio

Conferência Ruach

2017

Zuínglio

Natural de Wildhaus, Vila nos Alpes suíços. Ingressou no sacerdócio aos 22 anos na pequena, mas importante cidade Suíça militar de Glarona. Esta cidadezinha era conhecida pelos disciplinados e bravos soldados lanceiros que possuía.

Os soldados eram temidos como guerreiros mercenários. A relação desta parte da Suíça com o papado estava ligada especialmente à guarda pessoal do papa e da igreja. É neste contexto que surge em cena Ulrico Zuínglio.

Michael Reeves destaca dois fatos importantes na vida de Zuínglio em Glarona:

1 – O Militarismo

“O mercenário de Deus”

2 – O Sacerdócio

Capelão do exército

Crise Ministerial de Zuínglio

A primeira grande decepção de Zuínglio com o clero e o militarismo – a morte de 10 mil soldados suíços em guerra contra a França. Eles lutaram pela igreja e o papa. Zuínglio teve uma crise ministerial.

O Novo Testamento Grego de Erasmo de Roterdã

Zuínglio comprou a Bíblia e fora transformado poderosamente.

A luz da Escritura brilha no coração de reformador.

Reeves diz que o reformador "estava tão empolgado que copiou muitas das cartas de Paulo e memorizou quase todo o Novo Testamento em grego" (Pg.81).

A Chegada de Zuínglio em Zurique

Em 1518, com fama de pregador, Zuínglio se muda para Zurique.

Em 1519, Zuínglio com 35 anos anuncia para a “Grande Igreja” que pregaria em Mateus, versículo por versículo.

A Reforma em Zurique

“Ele subiu ao púlpito sob as altas torres da Grande Igreja e anunciou que, em vez de pregar leituras predefinidas e encher seus sermões de pensamentos dos teólogos medievais, ele pregaria todo o Evangelho de Mateus versículo por versículo.

E, ao terminar isso, ele continuaria seguindo pelo resto do Novo Testamento. A Palavra de Deus chegaria a todas as pessoas de forma pura, inalterada e constante: esse era o único alvo de Zuínglio e Zurique seria reformada assim” (Pg. 82).

Zuínglio Atingido Pela Peste Bubônica

Reeves cita que ainda em 1519, “a praga atingiu Zurique e quase levou Zuínglio consigo”. E continua: “Isso foi tão marcante para ele como o raio que quase atingiu Lutero catorze anos antes: levado à beira do abismo da morte, ele foi forçado a pensar na eternidade. Mas, enquanto Lutero invocou santa Ana, Zuínglio descobriu que só poderia confiar na misericórdia divina” (Pg. 82).

A Personalidade de Zuínglio

Reeves faz questão de frisar que a personalidade de Zuínglio era bem diferente da de Lutero. Reeves classifica Lutero no capítulo 2 de seu livro como “O Vulcão de Deus”.

Mas Zuínglio é bem diferente! Nas palavras de Reeves, o reformador “era alguém muito cauteloso, agindo com covardia às vezes, e isso significava que a Reforma em Zurique foi menos dramática e explosiva que em outros lugares” (Pg. 83).

Zuínglio e os Radicais

Zuínglio por ter uma atitude, por assim dizer, mais discreta quanto a Reforma, estava sendo acusado de conchave com o rei da França e com o papado. Havia constrangedores rumores acerca de sua vida e ministério.

De herege até anticristo chamavam Zuínglio. Por isso ele era tido em Zurique pelos Radicais como uma pedra de tropeço. Tinha que ser imediatamente removida. Era cobrada de Zuínglio a mesma disposição enérgica de Lutero em Wittenberg e Worms.

Quem Eram os Radicais?

Michael Reeves: “Eram aqueles que pensavam que a Reforma estava caminhando muito devagar ou não na medida por eles desejada” (Pg. 94).

Algumas Características

1 – Eram credo – batistas

Só batizavam adultos confessos

2 – Eram separatistas

Eles evitavam o contato com o mundo pecador, secular.

Criam na separação radical entre Igreja e Estado.

3 – Defendiam a participação somente do adulto batizado Ceia do Senhor

4 – Eram mais práticos que teólogos

Eles se interessavam mais pela vida cristã na prática. Como não gostavam em geral de debates, não se aprofundavam no estudo teológico.

5 – Alguns eram espiritualistas

Davam vazão ao impulso e iluminação espiritual interior. Muitos, por isso, desprezavam a letra, a Bíblia escrita. Entendiam que Deus falava direto com eles, sem a letra da Bíblia.

6 – Alguns eram revolucionários armados. O lema era: “Nasça de novo ou morra” (Pg. 95). Outros pacifistas extremos – sem armas.

“As tensões explodiram na guerra dos camponeses alemães em 1524 – 1525, a maior revolta popular na Europa antes da Revolução Francesa de 1789” (Pg. 97). Cerca de 100 mil camponeses mortos!

O Futuro dos Radicais

Menno Simons (1496 – 1561) – o maior líder dos Anabatistas. Teólogo holandês.

Simons deu um futuro ao movimento Radical:

Segurança teológicaVida cristã pacifistaMenonitas

O Grande Debate

O cenário para um grande debate estava montado e Zurique era o palco. De um lado, Ulrico Zuínglio, do outro, os Radicais. Em jogo e disputa, o futuro da Reforma na Suíça, especialmente em Zurique. Reeves magistralmente registra:

“Chegou a hora do confronto entre Zuínglio e seus oponentes. [...] Quando o dia chegou, a prefeitura estava lotada, pois ocorreria uma tensa luta teológica com o futuro de Zurique em jogo. Zuínglio entrou e, quase de imediato, deixou claro que contava com armas melhores.

Ele falou enquanto mantinha cópias do Novo Testamento em grego, do Antigo Testamento em hebraico e da Vulgata em latim diante de si. E estava claro que ele as conhecia muito bem; ele conseguia citar longas passagens dos textos originais de memória. Em suma, ele foi imbatível, e o debate, um completo triunfo para ele. Ninguém ousava encarar esse peso – pesado teológico com a acusação de heresia” (Pgs. 89, 90).

O Futuro da Reforma em Zurique

Dois fatos imediatos importantes aconteceram:

1 – A legalização da pregação bíblica pelo concílio da cidade

2 – O surgimento de uma escola para novos pregadores (Pg. 90).

Os efeitos da Reforma seriam notados a partir de agora, oficialmente, como almejava Zuínglio, somente através de Sola Scriptura. Zuínglio foi reconhecido como o grande mestre e teólogo de Zurique.

O tri – pé da Reforma Protestante estava lançado: Lutero, na Alemanha, Zuínglio, em Zurique e Calvino, em Genebra! O futuro da Reforma em seus resultados duradouros e permanentes pela ação e providência divina estava garantido. Soli Deo Glória. Amém!

A Morte de Zuínglio

Zuínglio morreu em batalha campal – A Batalha de Kappel.

Nessa batalha, Zuínglio foi ferido e depois cruelmente torturado e morto. Seu corpo esquartejado e depois queimado.

Conclusão

Contudo, a Reforma não acabou. O poder da Palavra em Zurique já tinha se tornado uma Chama Inextinguível. Nenhum exército do mundo pode apagar. Nem mesmo a morte.

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