centro de estudos sociais laboratório associado
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CENTRO DE ESTUDOS SOCIAISLaboratório associado
www.ces.uc.pt
Colóquio internacional
“Mobilidade Social e Desigualdades em Tempos de Austeridade”
Fundação Calouste Gulbenkian, 10 de maio 2013
RECENTRAR E VALORIZAR O TRABALHO
(Da crise ao desenvolvimento)
Manuel Carvalho da Silva
I - Dimensões da “crise” e contradições do sistema capitalista
(As desigualdades)
Dimensões e contradições da atual “crise” do capitalismo
14 Dimensões da criseFinanceiraEconómicaSocialPolítica (dimensão total do conceito)Desajustamento estrutural e político das InstituiçõesEnergéticaClimática e Ambiental
Relações ComerciaisSoberania e Segurança Alimentar dos PaísesRelações IntergeracionaisUtilização das tecnologiasSistemas fiscais injustosManipulações com as BiociênciasValores
3 profundas contradições A velha e sempre ressurgida contradição capital/trabalho A operacionalização do valor do trabalho…
Continua degradação da relação metabólica Homem/Natureza ou Homem/Sociedade/Natureza
O sistema a negar o universalismo, a multiculturalidade e a multilateralidade…
Só é possível dar sentido à “globalização” tomando estes valores
Como afirmar hoje direitos no trabalho e direitos sociais?
Centralidades que se alteraram (localizações da economia e das suas componentes…)
Centenas de milhões de trabalhadores que chegam ao “Mercado de Trabalho” neste sistema capitalista
Necessidade de abordagem progressista/ dinâmica de: aumento da esperança de vida; lugar das mulheres; papel das migrações.
Dificuldade em utilizar riqueza existente na criação de emprego útil.
II – O austeritarismo é falsa resposta à crise
Recessão, desemprego, sistema fiscal que agrava as desigualdades, diminuição dos salários e pensões, aumento dos horários de trabalho, diminuição dos direitos laborais, sociais, empobrecimento;
Diminuição da intensidade da democracia, da soberania e independência dos países;
A harmonização no retrocesso: uma dinâmica de mobilidade descendente, um retrocesso social e civilizacional.
III – O trabalho com direitos e o Estado Social, pilares da igualdade e do desenvolvimento
A afirmação da centralidade do trabalho e de fatores de segurança e estabilidade no emprego impulsionaram o desenvolvimento
O trabalho requer ensino, informação, comunicação, cultura; exige participação e o dispor do tempo; reclama saúde física e equilíbrio emocional; põe em evidência a necessidade de outras atividades, realizações e o lazer; potencia a utilização mais equilibrada do não trabalho
O trabalho tem concomitantemente dimensões económicas, sociais, culturais e política do trabalho e das relações
IV - O trabalho e o emprego: 6 temas do presente e para o futuro
1. Novos paradigmas para as políticas de emprego.
2. Combater a precariedade. Criar novos fatores de estabilidade e segurança.
3. Atualizar e defender o valor do salário.
4. O papel (inovado e revitalizado) da contratação coletiva.
5. O direito ao controle do tempo de trabalho.
6. Defender e revitalizar o Estado Social.
OBRIGADO
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