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Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves
PPP para Iluminação Pública – PMI 001/2019
Abril de 2019
Quantum Engenharia
R. Dom Pedro II, 63 Capoeiras
Florianópolis-SC
CEP: 88.090-840
Tel.: +55 48 3271-0200
E-mail: licitacoes@quantumengenharia.net.br
Caderno 2 – Modelagem Econômico-Financeira
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 1
PREFEITURA MUNICIPAL
DE BENTO GONÇALVES
Edital de Chamamento Público nº 001/2019
Procedimento de Manifestação de Interesse nº 001/2019
CADERNO 02
MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 2
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................... 4
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 6
2 METODOLOGIA ................................................................................ 6
2.1 Visão Geral da Metodologia ................................................................... 6
2.2 Atendimento à Lei nº 11.079/04 ........................................................... 11
2.3 Equipamentos Retirados do Parque de Iluminação Pública ....................... 13
2.4 Aplicações para uma Cidade Humana, Inteligente e Sustentável (CHIS) .... 13
3 ANALISE DE PROJEÇÃO DA RECEITA ................................................. 14
3.1 Metodologia do Modelo de Remuneração ............................................... 14
3.1.1 Recursos da CIP ............................................................................ 14
3.1.2 Recursos Próprios ......................................................................... 15
3.1.3 Receitas Acessórias ....................................................................... 15
3.2 Metodologia de Cálculo da Contraprestação Mensal Máxima ..................... 15
3.3 Reajuste da Contraprestação Pública ..................................................... 16
3.4 Metodologia de Reequilíbrio Econômico-Financeiro .................................. 17
3.5 Indicadores de Desempenho ................................................................ 18
3.5.1 Indicador de Modernização e Eficientização (IME).............................. 18
3.5.2 Indicador de Desempenho (ID) ....................................................... 20
3.5.2.1 Índice de Pontualidade de Atendimento – IPA ................................ 21
3.5.2.2 Índice de Qualidade Mensal Acumulada Noturna - IQMAN ................ 22
3.5.2.3 Índice de Qualidade Semestral Noturna - IQSN .............................. 23
3.5.2.4 Índice de Qualidade Mensal Acumulada Diurna - IQMAD .................. 23
3.5.2.5 Índice de Qualidade Semestral Diurna - IQSD ................................ 24
3.5.2.6 Indicador de Descarte Socioambiental das Lâmpadas – IDSL ........... 25
4 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA .......................... 26
4.1 Fontes de Receita ............................................................................... 26
4.2 Premissas de Investimentos ................................................................. 27
4.3 Premissas de Custos e Despesas .......................................................... 28
4.2 Premissas Macroeconômicas e Financeiras ............................................. 30
4.5 Premissas Fiscais e Tributárias ............................................................. 30
4.6 Premissas de Seguros e Garantias ........................................................ 31
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 3
4.7 Premissas de Projeção de Capital de Giro .............................................. 32
4.8 Premissas para Recuperação do Investimento ........................................ 32
4.9 Premissas de Depreciação ................................................................... 33
4.10 Estrutura de Capital .......................................................................... 33
4.11 Descrição do Tipo de Dívida e dos Instrumentos Financeiros Utilizados .... 33
5 MODELO FINANCEIRO (PLANILHA) .................................................... 35
6 RESULTADOS DO MODELO FINANCEIRO ............................................ 38
6.1 Contraprestação Mensal Máxima ........................................................... 38
6.2 Taxa Interna de Retorno do Projeto e do Equity ..................................... 39
6.3 Value For Money ................................................................................. 40
6.4 Avaliação e Justificativa do Prazo de Concessão ...................................... 44
6.5 Alavancagem Financeira Máxima .......................................................... 44
6.6 Indicadores Econômico-Financeiros ....................................................... 45
6.6.1. Exposição Máxima ........................................................................ 45
6.6.2. Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) ..................................... 45
6.6.2. Payback ...................................................................................... 46
6.7 Índice de Cobertura dos Serviços de Dívida (ICSD) ................................. 46
6.8 Ano do Primeiro Retorno de Equity ....................................................... 46
6.9 Primeiro e Último Ano de Pagamento das Dívidas ................................... 46
7 CONCLUSÕES ................................................................................. 47
8 ANEXOS ......................................................................................... 48
8.1 DRE .................................................................................................. 48
8.2 Balanço Patrimonial ............................................................................ 50
8.3 Fluxo de Caixa ................................................................................... 52
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 4
APRESENTAÇÃO
A Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, por intermédio da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, lançou o Edital de Chamamento Público nº 001/2019,
que trata do Procedimento de Manifestação de Interesse nº 001/2019, que tem por
objeto:
“CHAMAMENTO PÚBLICO PARA PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE
INTERESSE - (PMI) PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDO DE MODELAGEM
TÉCNICA, ECONÔMICO-FINANCEIRA E JURÍDICA NA MODALIDADE
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA PARA A OPERAÇÃO, EXPANSÃO,
MODERNIZAÇÃO, OTIMIZAÇÃO, MANUTENÇÃO, EFICIENTIZAÇÃO
ENERGÉTICA, REESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DA REDE DE ILUMINAÇÃO
PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES – RS, COM APLICAÇÕES
PARA UMA CIDADE HUMANA, INTELIGENTE E SUSTENTÁVEL (CHIS)”.
O Edital foi publicado, em 15 de janeiro de 2019, no Diário Oficial Eletrônico nº 1072
do Munícipio de Bento Gonçalves.
A empresa Quantum Engenharia (QUANTUM) foi habilitada a realizar os estudos e
projetos previstos no Edital de Chamamento de Público, conforme autorização
publicada, em 19 de fevereiro de 2019, no Diário Oficial Eletrônico nº 1097, do
Munícipio de Bento Gonçalves.
Isto é a atividade empresarial que a QUANTUM já vem desenvolvendo em diversos
municípios do sul do Brasil e se propõe a continuar fazendo, sempre empregando
novos conceitos de gestão e qualidade, conforme propostas que se apresentam
neste estudo técnico.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 5
A QUANTUM tem vasta experiência em execução de projetos bem-sucedidos de
redes de distribuição de energia elétrica subterrâneas e aéreas, geração por sistema
solar fotovoltaico e eólico, subestações e linhas de transmissão até 500 kV, gestão
de Iluminação Pública de Municípios, redes de fibra ótica, manutenções e instalações
industriais e comerciais de grande porte, serviços comerciais para Concessionárias
e eficientização de energia elétrica.
No segmento de Iluminação Pública, por meio de contratos com municípios e
distribuidoras de energia, complementa os investimentos públicos para gestão dos
serviços de Iluminação Pública no Brasil. Atualmente faz o gerenciamento de
aproximadamente 350 mil pontos luz, beneficiando 3,5 milhões de pessoas, em 10
cidades brasileiras.
O compromisso da QUANTUM é com o atendimento de excelência aos usuários
nossos públicos, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a capacidade de
estruturar grandes negócios em soluções de energia: Iluminação Pública, energia
renovável e cidades inteligentes.
A empresa valoriza as pessoas, investindo na capacitação e desenvolvimento
constante dos nossos colaboradores, para que eles possam contribuir efetivamente
para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e no alcance de resultados para
a empresa.
Nossa visão é ser reconhecida pela qualidade, confiabilidade e crescimento
sustentado.
Criada em julho de 1990, a empresa possui vasto currículo em obras de grande porte nas áreas de iluminação, subestações e linhas de transmissão, instalações industriais e redes. Atualmente, é uma das maiores empresas de engenharia elétrica do sul do País, trabalhando com qualidade e tecnologia e desenvolvimento contínuo.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 6
1 INTRODUÇÃO
Este caderno de Modelagem Econômico-Financeira integra os estudos para
apresentação da proposta que visa subsidiar a modelagem de contratação para os
investimentos em infraestruturas e prestação de serviços para o Sistema de
Iluminação Pública no município de Bento Gonçalves, mediante contratação de
Parceria Público-Privada.
Dentre os modelos de negócios possíveis para modernização e operação do Sistema
de Iluminação Pública de Bento Gonçalves, foi escolhido neste estudo, por ser
considerado o mais adequado e vantajoso para o Poder Público, o modelo de
concessão administrativa, que, de acordo com a Lei Federal nº 11.079/2004 (Lei de
Parceria Público-Privada - PPP): “é o contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução
de obra ou fornecimento e instalação de bens”.
2 METODOLOGIA
2.1 Visão Geral da Metodologia
A metodologia utilizada para desenvolvimento desta Modelagem Econômico-
Financeira foi a de seguir fielmente as exigências e parâmetros fixados no Edital de
Chamamento e as melhores práticas contábeis, fiscais e tributárias.
A QUANTUM contou com apoio de consultoria especializada para desenvolvimento
e apresentação do modelo financeiro, visando garantir a viabilidade econômico-
financeira do Projeto.
De acordo com o escopo previsto no Edital de Chamamento Público, a Prefeitura de
Bento Gonçalves pretende atrair a participação da iniciativa privada para
apresentação de “estudo de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica na
modalidade concessão administrativa para a operação, expansão, modernização,
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 7
otimização, manutenção, eficientização energética, reestruturação e gestão da rede
de iluminação pública”, considerando os seguintes objetivos:
a) promover a melhoria do índice ou níveis de iluminância implantado (aumentar
a eficiência do Parque de Iluminação Pública para níveis adequados ao tipo
de via, conforme NBR 5101;
b) promover a uniformidade da iluminação nas vias e nas calçadas e praças
(fator de uniformidade);
c) promover a redução do consumo de energia elétrica, com o uso de
tecnologias mais eficientes (eficientização);
d) propor soluções de mitigação em relação à poluição visual na Iluminação
Pública;
e) criar/instalar Centro de Controle Operacional – CCO eficiente;
f) viabilizar a aplicação de ferramentas de Tecnologia da Informação no controle
efetivo e em tempo real do comportamento do Parque de Iluminação Pública;
g) controlar/medir a eficiência da prestação do serviço pela luminosidade
entregue;
h) permitir a detecção de incidentes do Parque de Iluminação Pública em tempo
real;
i) promover a redução dos incidentes e problemas na Rede de Iluminação
Pública;
j) possibilitar a ação imediata da Concessionária, independente de chamamento
do cidadão;
k) oferecer resposta ativa ao cidadão, quando este fizer contato;
l) ampliar a disponibilidade e a capacidade do Parque de Iluminação Pública;
m) garantir a atualização constante, a integridade e a confiabilidade dos dados
de cadastro técnico/inventário do Parque de Iluminação Pública;
n) estruturar modelo de negócio e solução tecnológica que possibilitem a
fiscalização das ações da empresa(s) contratada(s), sempre que necessário
para garantia do fiel cumprimento do contrato, inclusive permitindo acesso
do poder público aos dados primários e informações operacionais do Parque
de Iluminação Pública remotamente e em tempo real;
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 8
o) promover o controle eletrônico e a automação como meios para garantir a
transparência da informação e da gestão, bem como evitar interferência e
manipulação de dados no Parque de Iluminação Pública;
p) promover iniciativas de uso compartilhado da estrutura do Parque de
Iluminação Pública, alinhando o Município às iniciativas de sustentabilidade e
de cidades inteligentes; e
q) adequar os custos iniciais decorrentes do projeto aos valores recebidos pelo
Município com a arrecadação da Contribuição para Custeio do Serviço de
Iluminação Pública.
Com relação à modelagem econômico-financeira, no que se refere à análise e
projeção da receita, o Edital de Chamamento Público, no seu Anexo I - item 4.1,
apresenta as seguintes demandas:
a) a metodologia do modelo de remuneração, deve considerar parcelas fixas e
variáveis;
b) a metodologia de cálculo da contraprestação pública deve incluir as fórmulas,
índices, mecanismos para reajuste da contraprestação, e considerar o cálculo
do percentual da contraprestação vinculado aos indicadores de desempenho
(parcela variável);
c) para efeito de cálculo da contraprestação pública não deverão ser admitidas
receitas acessórias, entretanto, caso ocorram no decorrer da operação do
contrato, elas deverão ser compartilhadas, conforme previsto no Termo de
Referência;
d) a remuneração realizada por meio de recursos da Contribuição para Custeio
do Serviço de Iluminação Pública COSIP e recursos próprios do Município de
Bento Gonçalves.
No item 4.2. do Edital de Chamamento Público, foi previsto que os Estudos deverão
conter a análise econômica da modalidade de contratação do empreendimento mais
vantajosa para o Município, considerando os aspectos de custo benefício, custos de
oportunidade, “Value for Money”, dentre outros o que será demonstrado e
apresentado no decorrer deste Caderno.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 9
Foi estabelecido, também, que no modelo financeiro sejam demonstradas as
premissas que embasaram os estudos, incluindo, sem limitação, o seguinte:
a) premissas macroeconômicas e financeiras;
b) avaliação e justificativa para a taxa interna de retorno (TIR) adotada;
c) premissas fiscais e tributárias;
d) descrição da estrutura de capital (próprio e de terceiros);
e) cronograma físico-financeiro detalhado dos investimentos, por etapa e por
fase de implantação;
f) descrição do tipo de dívida e dos instrumentos financeiros utilizados (ponte
e/ou longo prazo, sênior e/ou subordinada, empréstimos bancários, utilização
de valores mobiliários, melhorias de créditos, hedge etc.), montante, prazo
e condições;
g) todas as fontes de receita;
h) premissas para projeção de capital de giro;
i) investimentos (CAPEX) e despesas (OPEX);
j) premissas para a recuperação do investimento por parte dos acionistas ao
longo do prazo da concessão (distribuição de dividendos, redução de capital
etc.);
k) indicadores de desempenho e percentual vinculado à contraprestação
Ainda, segundo o Edital de Chamamento Público, os resultados do modelo financeiro
deverão conter as seguintes informações:
a) contraprestação pública nos termos legais;
b) taxa interna de retorno e do Equity (TIR);
c) alavancagem financeira máxima;
d) produção de indicadores a exemplo de exposição máxima, custo médio
ponderado de capital (WACC), payback, etc.;
e) índice de cobertura de serviços de dívida (ICSD) anual e médio;
f) avaliação e justificativa para o prazo de concessão adotado;
g) ano do primeiro retorno de Equity;
h) primeiro e último ano de pagamento das dívidas;
i) outras que se julgarem necessárias.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 10
Como condição final, prevista no Edital de Chamamento Público, foi estabelecido
que o modelo financeiro deverá ter suporte nas seguintes planilhas:
a) Painel de controle (sumário);
b) Premissas;
c) Demonstração de fluxo de caixa;
d) Demonstração de Resultado de Exercício (DRE);
e) Balanço Patrimonial;
f) Termos e condições de financiamento;
g) Investimentos e manutenções periódicas;
h) Custos de operação e manutenção;
i) Análises de sensibilidade;
j) Quadro de usos e fontes de recursos, ano a ano;
k) Outras que se julgarem necessárias.
De acordo com o escopo do Edital de Chamamento Público, neste Caderno de
Modelagem Econômico-financeira estão demonstradas as condições para
estruturação do projeto de PPP do Sistema de Iluminação Pública de Bento
Gonçalves, mediante análise das principais variáveis econômico-financeiras,
compreendendo custos; despesas; receitas; fluxo de caixa; investimentos e
indicadores vinculados à modernização e eficientização do sistema, durante o
período de concessão; apuração da Contraprestação Mensal Máxima.
Com a definição das condições e apuração das respectivas variáveis, restou
confirmada a viabilidade econômico-financeira do projeto, que foi elaborado de
acordo com a proposta de engenharia e tecnologia, parte integrante deste Estudo.
Além do que tratou expressamente o Edital de Chamamento Público, foram
apuradas informações e demonstrativos complementares, considerados
importantes para que à Administração possa melhor avaliar o modelo de negócio e
as condições para participação da iniciativa privada.
Nesse sentido, as demonstrações econômico-financeiras solicitadas no Edital de
Chamamento Público estão, na sua integralidade, atendidas neste Caderno, com
indicação das premissas e justificativas técnicas do estudo apresentado.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 11
No detalhamento solicitado para modelagem econômico-financeira, constante do
Edital de Chamamento Público, foram considerados os estudos apresentados na
modelagem técnica (engenharia e operacional) e na jurídica – com as respectivas
valorações aplicáveis –, além de terem sido observadas as disposições contábeis e
fiscais vigentes e as melhores práticas aplicadas às demonstrações financeiras.
Em relação à modelagem técnica, apresentado no Caderno 01 - Modelagem Técnica
– que cuida dos aspectos operacionais e de engenharia, necessários ao atendimento
dos objetivos do projeto –, foram considerados, para fins das soluções e apurações
mostradas neste Caderno, o seguinte: plano de investimentos; plano de operação
dos serviços; manutenção dos ativos; os sistemas de informações, estrutura física
e a de recursos humanos, envolvendo custos operacionais; custos administrativos;
custos de manutenção e outras despesas.
As definições e quantificações referentes à modelagem técnica serviram de inputs
para elaboração deste Caderno de Modelagem Econômico-financeira, naquilo que
guarda relação com os custos e despesas operacionais, administrativas e de
manutenção, bem como acerca dos investimentos nas novas tecnologias previstas
e na infraestrutura necessária.
O cumprimento dos indicadores de desempenho, definidos no item 3.5, deste
caderno, foi considerado para cálculo do valor da Contraprestação.
A Matriz de Risco, que integra o Caderno de Modelagem Jurídica desses estudos,
também foi considerada para elaboração deste Caderno de Modelagem Econômico-
financeiro.
2.2 Atendimento à Lei nº 11.079/04
De acordo com o §4º do art. 10 da Lei nº 11.079/04, os estudos de engenharia,
para a definição do valor do investimento da PPP, deverão ter nível de detalhamento
de anteprojeto, e o valor dos investimentos para definição do preço de referência
para a licitação será calculado com base em valores de mercado, considerando o
custo global de obras semelhantes no Brasil ou no exterior ou com base em sistemas
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 12
de custos que utilizem como insumo valores de mercado do setor específico do
projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante orçamento sintético, elaborado por
meio de metodologia expedita ou paramétrica.
Diante desta exigência, cabe esclarecer algumas definições sobre o anteprojeto e
preços de referência para a licitação.
De acordo com a ORIENTAÇÃO TÉCNICA OT - IBR 004/2012 PRECISÃO DO
ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras
Públicas – IBRAOP, cabe destacar as seguintes definições:
Anteprojeto: representação técnica da opção aprovada no estudo de
viabilidade, apresentado em desenhos sumários, em número e escala
suficientes para a perfeita compreensão da obra planejada, contemplando
especificações técnicas, memorial descritivo e orçamento preliminar.
Especificações técnicas e memorial descritivo: estes itens estarão
contemplados no termo de referência, anexo da minuta de contrato
proposta.
Orçamento preliminar: orçamento sintético composto pela descrição,
unidade de medida, preço unitário e quantidade dos principais serviços da
obra, elaborado com base no anteprojeto de engenharia. Pressupõe o
levantamento de quantidades e requer pesquisa de preços dos principais
insumos e serviços.
Ainda, de acordo com esta Instrução Técnica, o orçamento preliminar, elaborado a
partir do anteprojeto, contém precisão de +- 20% com relação ao orçamento real.
Neste sentido, o presente estudo foi desenvolvido, com nível de anteprojeto e com
orçamento preliminar, tendo por base projetos de PPP Publicados no mercado de
Iluminação Pública e cotações que a Proponente obteve para este projeto e outras
obras executados por ela.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 13
Caberá à futura Concessionária da PPP, elaborar os projetos básicos e executivos e
obter a suas aprovações junto ao Poder Concedente, após formalizada a
contratação.
2.3 Equipamentos Retirados do Parque de Iluminação Pública
Os equipamentos retirados do parque de iluminação que ainda se encontram em
condições de reutilização serão revendidos e considerados como receitas acessórias.
As receitas acessórias serão tratadas conforme definido na minuta de contrato.
2.4 Aplicações para uma Cidade Humana, Inteligente e Sustentável
(CHIS)
O Edital de Chamamento Público prevê que os proponentes apresentem, em seus
projetos, aplicações para uma Cidade Humana, Inteligente e Sustentável (CHIS).
Diante desta solicitação a proponente irá apresentar, em 140 luminárias as
seguintes aplicações: (1) câmeras de monitoramento; (2) central meteorológica;
(3) Wi-Fi; (4) sensor sonoro; e (5) sensor de presença.
É importante informar que não há no Brasil, qualquer projeto de PPP de Iluminação
Pública com estas tecnologias consolidadas, existindo apenas modelos piloto, no
entanto, em consulta à fornecedores destas soluções, foi assegurado a
disponibilização de equipamentos que garantem a entrega e implantação dessas
soluções. Deve ser destacado que a modernização da iluminação pública para LED
acompanhada de Telegestão, será um grande movimento para que a cidade integre
o seleto grupo das “Cidades Inteligentes”. Ainda, assim, se reitera a possibilidade,
garantida por fornecedores, de implantação das soluções tecnológicas
anteriormente referidas.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 14
3 ANALISE DE PROJEÇÃO DA RECEITA
Neste item de análise e projeção da receita estão detalhados e definidos os critérios
de remuneração da Concessionária; verificada a conveniência e oportunidade de
aporte de recursos em investimentos pelo parceiro público; detalhada e justificada
a metodologia de cálculo da contraprestação, bem como apresentada a projeção
das receitas diretas, obtidas pela Concessionária por intermédio da contraprestação,
e considerando a possibilidade futura de receitas acessórias eventuais, decorrentes
de serviços alternativos e complementares prestados com vinculação ao objeto da
concessão.
3.1 Metodologia do Modelo de Remuneração
3.1.1 Recursos da CIP
A remuneração da Concessionária é definida pela disponibilidade de utilização dos
recursos da CIP, considerando que, do total arrecadado, serão descontados os
valores destinados ao pagamento das despesas com o consumo de energia elétrica
do Sistema de Iluminação Pública e a remuneração da empresa concessionária de
distribuição de energia elétrica (taxa de cobrança), que é a arrecadadora da
contribuição. Além desses descontos, foi destinada uma verba para a cobertura das
despesas com a contratação de empresa verificadora independente e do
provisionamento da conta vinculada.
A arrecadação líquida da CIP (saldo remanescente, depois de efetuados os
descontos com despesas com energia elétrica, taxa de cobrança e reserva para
despesas com verificador independente e conta vinculada) será destinada
exclusivamente ao pagamento da Concessionária, na forma de contraprestação,
sendo este valor depositado em seu favor, nas condições a serem definidas no
contrato de concessão.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 15
3.1.2 Recursos Próprios
Não foi considerado o aporte de recursos próprios pelo Município. Toda a
remuneração do Concessionária está baseada na arrecadação da CIP.
3.1.3 Receitas Acessórias
Não foi considerado o ingresso de receitas acessórias para a viabilidade do projeto.
Caso a mesma ocorra durante a Concessão, será tratada conforme definido no item
3.2 deste Caderno.
3.2 Metodologia de Cálculo da Contraprestação Mensal Máxima
De acordo com o modelo que se propõe, para remuneração da Concessionária, a
Contraprestação Mensal Máxima inicial será apurada pela aplicação da seguinte
fórmula de cálculo:
��������� = �, � ∗ ���á� ∗ ��� + �, � ∗ ���á� ∗ �� − ��
Sendo:
��������� = Contraprestação Mensal Efetiva;
���á� = Contraprestação Mensal Máxima, estabelecida conforme a Proposta
Econômica da Concessionária;
��� = Indicador de Modernização e Eficientização, fator de ajuste da
contraprestação em função do cumprimento dos MARCOS DA CONCESSÃO,
determinado na forma prevista no item 3.5.1 deste Caderno.
�� = Indicador de Desempenho, equivalente ao fator de ajuste da
contraprestação ao desempenho apresentado pela Concessionária,
determinado na forma prevista no item 3.5.2 deste Caderno.
�� = Receitas Acessórias, refere-se ao compartilhamento de Receitas
Acessórias mensais, na proporção de 60% (sessenta por cento) da receita
corrente líquida para a Concessionária e 40% (quarenta por cento) para o
Poder Concedente.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 16
Parte de eventuais Receitas Acessórias arrecadadas deverá ser compartilhada e
revertida para o Poder Concedente, sob a forma de abatimentos no valor da
Contraprestação Mensal.
Este compartilhamento de Receitas Acessórias deverá mitigar o risco de lucros
extraordinários com a Concessão, dada a dificuldade em estimar tais receitas
considerando o longo prazo de vigência do Contrato.
3.3 Reajuste da Contraprestação Pública
A Contraprestação Mensal Máxima será reajustada por meio da seguinte fórmula de
cálculo, aplicável durante os 03 (três) primeiros anos de vigência do Contrato:
��� = ��� ∗ (��% ∗ ����/����) ∗ (��% ∗ �����/�����)
A partir do 4º (quarto) ano do Contrato, o reajuste da Contraprestação Mensal
Máxima será realizado mediante a aplicação da seguinte fórmula:
��� = ��� ∗ (��% ∗ ����/����) ∗ (��% ∗ �����/�����)
Sendo:
��� = valor da Contraprestação Mensal Máxima reajustada;
��� = valor da Contraprestação Mensal Máxima na data de entrega das
propostas, conforme Proposta Econômica da Concessionária;
��� = Índice de Preços ao Consumidor, divulgado mensalmente pela FIPE –
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas;
���� = Índice Geral de Preços do Mercado, divulgado mensalmente pela FGV
– Fundação Getúlio Vargas;
Í����� � = número-índice correspondente ao mês da data de entrega das
propostas;
Í����� �= número-índice correspondente ao mês anterior à data de reajuste
dos preços.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 17
O valor da Contraprestação Mensal Máxima poderá ser reajustado tanto para mais,
quanto para menos, em consequência das variações dos componentes das fórmulas
descritas nos itens anteriores.
Caso o IPC ou IGPM não sejam publicados até o momento do faturamento pelo
Concessionária, serão utilizados, em caráter provisório, os últimos índices
publicados, sendo efetuado o ajuste devido no primeiro faturamento após a
publicação do índice aplicável.
Caso venha a ocorrer a extinção do IPC ou do IGPM, serão adotados outros índices
oficiais que venham a substitui-los, e na falta desses, outros com função similar,
conforme indicação do Poder Concedente.
3.4 Metodologia de Reequilíbrio Econômico-Financeiro
A metodologia de recomposição será realizada de forma que seja nulo o valor
presente líquido do Fluxo de Caixa Marginal projetado em razão do evento que
ensejou o desequilíbrio, considerando: os fluxos marginais resultantes do evento
que deu origem à recomposição e os fluxos marginais necessários para a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, mediante aplicação da seguinte
fórmula para a taxa de desconto:
(� + ����� + �%) − �
(� + ��)
Sendo:
�����: média dos últimos três meses dos valores diários oficiais divulgados
pelo Banco Central (utilizados em cálculos de impostos e taxas federais).
�� = equivale à meta para a inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional
para o ano em que ocorre a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro,
independentemente de a meta para inflação ser ou ter sido, de fato, atingida
ou não.
Todas as receitas e dispêndios do Fluxo de Caixa Marginal deverão ser expressos
em moeda corrente.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 18
Para fins de determinação dos fluxos dos dispêndios marginais, serão utilizados
critérios de mercado para estimar o valor dos investimentos, custos e despesas
resultantes do evento que deu causa ao desequilíbrio.
Para apuração do resultado do fluxo de caixa marginal, deverá ser utilizado, para
as revisões ordinárias e/ou extraordinárias do equilíbrio financeiro, o fluxo de caixa
livre da firma, não alavancado e em moeda constante (Real).
3.5 Indicadores de Desempenho
Neste item são apresentados os Indicadores de Desempenho, conforme explicações
apresentadas neste Caderno, e que refletem o cumprimento dos investimentos
previstos, por parte da Concessionária, para atingimento dos objetivos esperados
com o projeto.
3.5.1 Indicador de Modernização e Eficientização (IME)
Índice de Modernização e Eficientização (IME) tem por efeito modular a
contraprestação em função do cumprimento dos Marcos da Concessão, conforme
cronograma disposto a seguir.
Para comprovar os cumprimentos dos Marcos da Concessão, a Concessionária
deverá apresentar, além dos requisitos definidos no Contrato e Caderno de
Encargos, o seguinte:
• O Percentual de Modernização (PM): contendo a memória de cálculo desse
percentual, tendo como base o quantitativo de pontos de iluminação pública a
serem modernizados, constantes no Cadastro Base da Rede Municipal de
Iluminação Pública.
O percentual deverá ser calculado da seguinte forma:
�� = ��������
�����∗ ���%
Em que:
�� - Corresponde ao Percentual de Modernização;
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 19
� - mês de início da assunção;
� - Marco definido no Caderno de Encargos;
�������� − Quantidade total de pontos de iluminação pública constantes no
cadastro base da rede municipal de iluminação pública, que foram
modernizadas para cumprimento do marco avaliado e dos marcos anteriores,
cumulativamente;
����� − Corresponde à quantidade total de pontos de iluminação pública
constantes no cadastro base da rede municipal de iluminação pública no início
da assunção, com exceção dos pontos de tecnologia LED,
• O Percentual de Eficientização (PE), contendo sua respectiva memória de
cálculo. O método de cálculo deverá ser baseado na redução da carga instalada
total por ponto de iluminação pública modernizado e eficientizado, com relação
à carga instalada total de todos os pontos de iluminação pública constantes no
cadastro base da rede municipal de iluminação pública.
O percentual deve ser calculado da seguinte forma:
�� = ( � − ��������
�����������)
Em que:
� = mês de início da assunção;
�����������: corresponde à carga instalada total dos pontos de iluminação
pública, registrada no cadastro base da rede municipal de iluminação pública,
incluindo a carga e perdas de equipamentos auxiliares, calculada por:
���������� = � ���
��
Sendo:
��� = carga instalada (kW) dos pontos de iluminação pública registrados no
cadastro base da rede municipal de iluminação pública, incluído a carga e
perdas de equipamentos auxiliares;
�� = conjunto dos pontos de iluminação pública localizados nos logradouros
públicos existentes, conforme cadastro base da rede municipal de iluminação
pública; e
� = trimestre atual sob avaliação.
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 20
��������: corresponde à carga instalada total dos pontos de iluminação
pública, presentes ao final do trimestre nos logradouros públicos existentes,
conforme cadastro da rede municipal de iluminação pública, incluindo a carga
e perdas de equipamentos auxiliares
A seguir, são apresentados os períodos para cumprimento dos marcos da concessão
e os respectivos valores de IME que são obtidos em função do atendimento às
condições de cada marco da concessão, indicando o percentual de modernização e
de eficientização a ser atingido em cada um.
Tabela 1: Tabela de Determinação do Indicador
Período PM PE IME
Antecedente ao cumprimento do 1º MARCO N/A* N/A* 0,40
Subsequente ao cumprimento do 1º MARCO 20% 10% 0,60
Subsequente ao cumprimento do 2º MARCO 60% 30% 0,78
Subsequente ao cumprimento do 3º MARCO 100% 50% 1,00
3.5.2 Indicador de Desempenho (ID)
Indicador apurado mensalmente, conforme explicações apresentadas neste
Caderno, e que reflete o desempenho da prestação dos serviços por parte da
Concessionária. O Indicador de Desempenho altera o valor final da Contraprestação
Mensal Efetiva, conforme especificado no item 3.2 deste Caderno.
A avaliação do desempenho da Concessionária será realizada por meio da apuração,
cálculo e aplicação do Indicador de Desempenho, número que poderá variar entre
0 (zero) e 1 (um), representativo da qualidade entregue pela Concessionária na
execução dos Serviços especificados do Caderno de Encargos, quantificado de
acordo com as avaliações dos indicadores de desempenho apresentados neste
documento. 0 (zero) representa a pior avaliação a ser obtida pela Concessionária e
1,0 (um) o cumprimento de todas as metas estabelecidas.
O Indicador de Desempenho será calculado conforme equação abaixo:
�� = (�, � ∗ ��� + �, � ∗ ����� + �, � ∗ ���� + �, � ∗ ����� + �, � ∗ ���� + �, �
∗ ����)
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 21
Na duração de qualquer período em que Fiscalização não exerça a apuração do
desempenho da Concessionária, não incidirão quaisquer descontos relativos aos
Sistemas de Indicadores de Desempenho sobre a Contraprestação Mensal devida à
Concessionária.
O Indicador de Desempenho terá a função de aferir, a partir de diversos
subindicadores, os serviços efetivamente prestados, servindo como balizador para
a composição final da Contraprestação Mensal a ser paga à Concessionária.
O Indicador de Desempenho é composto pela ponderação de 6 (seis) índices:
IPA: Índice de Pontualidade de Atendimento;
IQMN: Índice de Qualidade Mensal Noturna;
IQMAN: Índice de Qualidade Mensal Acumulada Noturna;
IQMD: Índice de Qualidade Mensal Diurna;
IQMAD: Índice de Qualidade Mensal Acumulada Diurna;
IDSL: Índice de Descarte socioambiental das lâmpadas.
Durante o período que antecede o cumprimento do 3º MARCO de modernização o
Indicador de Desempenho será considerado 1,0 (um);
3.5.2.1 Índice de Pontualidade de Atendimento – IPA
O Indicador de Pontualidade de Atendimento (IPA) afere a qualidade da atenção
dada às solicitações de panes e urgências feitas pelos usuários, da forma fixada em
Contrato, devendo ser calculado considerando os tempos máximos indicados a
seguir:
a) Tempo de atendimento das reclamações nas vias principais e áreas
especiais: 04 horas;
b) Tempo de atendimento das reclamações de vários pontos contínuos
apagados: 12 horas.
c) Tempo de atendimento das reclamações nas demais vias e logradouros:
24 horas;
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 22
A medição será realizada mensalmente e a obrigação da Concessionária será de
manter o registro dos atendimentos, informando os dados da medição à Contratante
e comparando-os com aqueles fixados em Contrato para demonstrar o percentual
de atendimentos efetuados conforme prazos indicados.
A nota atribuída ao IPA seguirá o determinado na Tabela a seguir:
Tabela 02 Nota do IPA
Atendimentos Executados Dentro do Prazo
Nota IPA
Maior que 95,0% 1,00
90,1% a 95,0% 0,80
85,0% a 90,0% 0,60
Menos de 85% 0,00
3.5.2.2 Índice de Qualidade Mensal Acumulada Noturna - IQMAN
O Índice de Qualidade Mensal Acumulada Noturna será aferido por amostra,
conforme norma de amostragem NBR 5426, considerando o total de pontos
luminosos existentes no parque de iluminação pública do Município. O estudo deverá
assegurar que o número de pontos luminosos apagados à noite não ultrapasse 5,0%
(cinco por cento) da amostra. Após o 1º ciclo de investimento, o percentual será
1%.
A nota atribuída ao IQMAN, durante o período de modernização, seguirá o
determinado na Tabela a seguir:
Tabela 03 Nota do IQMAN
Luminárias Apagadas a Noite
Nota IQMAN
0% a 2,0% da amostra 1,00
2,1% a 3,9% da amostra 0,80
3,9% a 5,0% da amostra 0,60
Mais de 5,0% da amostra 0,00
A nota atribuída ao IQMAN, após o período de modernização, seguirá o determinado
na Tabela a seguir:
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 23
Tabela 04 Nota do IQMN
Luminárias Apagadas a Noite
Nota IQMAN
0% a 0,5% da amostra 1,00
0,5% a 0,7% da amostra 0,80
0,7% a 1,0% da amostra 0,60
Mais de 1,0% da amostra 0,00
3.5.2.3 Índice de Qualidade Semestral Noturna - IQSN
O Índice de Qualidade Semestral Noturna, corresponde a média aritmética dos
Índices de Qualidade Mensal Acumulada Noturna obtidos nos últimos 6 (seis)
meses. O estudo deverá assegurar que a média aritmética dos últimos 6 (seis) dos
Índices de Qualidade Mensal Acumulada Noturna não ultrapasse a 5,0% (cinco por
cento), considerando as amostras inspecionadas ao longo dos meses. Também
deverá assegurar o percentual igual ou inferior a 5,0% (cinco por cento). Após o 1º
ciclo de investimento, o percentual será de 1% (um por cento).
A nota atribuída ao IQSN, durante o período de modernização, seguirá o
determinado na Tabela a seguir:
Tabela 05 Nota do IQSN
Luminárias Apagadas a Noite
Nota IQSN
0% a 2,0% da amostra 1,00
2,1% a 3,9% da amostra 0,80
3,9% a 5,0% da amostra 0,60
Mais de 5,0% da amostra 0,00
A nota atribuída ao IQSN, após o período de modernização, seguirá o determinado
na Tabela a seguir:
Tabela 06 Nota do IQSN
Luminárias Apagadas a Noite
Nota IQSN
0% a 0,5% da amostra 1,00
0,5% a 0,7% da amostra 0,80
0,7% a 1,0% da amostra 0,60
Mais de 1,0% da amostra 0,00
3.5.2.4 Índice de Qualidade Mensal Acumulada Diurna - IQMAD
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 24
O Índice de Qualidade Mensal Acumulada Diurna será aferido por amostra,
conforme norma de amostragem NBR 5426, considerando o total de pontos
luminosos existentes no parque de iluminação pública do Município. O estudo deverá
assegurar que o número de pontos luminosos acesos durante o dia não ultrapasse
5,0% (cinco por cento) da amostra. Após o 1º ciclo de investimento, o percentual
será 1% (um por cento).
A nota atribuída ao IQMAD, durante o período de modernização, seguirá o
determinado na Tabela a seguir:
Tabela 07 Nota do IQMAD
Luminárias Acesas de Dia
Nota IQMAD
0% a 2,0% da amostra 1,00
2,1% a 3,9% da amostra 0,80
3,9% a 5,0% da amostra 0,60
Mais de 5,0% da amostra 0,00
A nota atribuída ao IQMAD, após o período de modernização, seguirá o determinado
na Tabela a seguir:
Tabela 08 Nota do IQMAD
Luminárias Acesas de Dia
Nota IQMAD
0% a 0,5% da amostra 1,00
0,5% a 0,7% da amostra 0,80
0,7% a 1,0% da amostra 0,60
Mais de 1,0% da amostra 0,00
3.5.2.5 Índice de Qualidade Semestral Diurna - IQSD
O Índice de Qualidade Semestral Diurna será aferido através da média aritmética
dos Índices de Qualidade Mensal Acumulada Diurna obtidos nos últimos 6 (seis)
meses. O estudo deverá assegurar que a média aritmética dos últimos 6 (seis)
Índices de Qualidade Mensal Acumulada Diurna não ultrapasse a 5,0% (cinco por
cento) considerando as amostras inspecionadas ao longo dos meses. Também
deverá assegurar o percentual igual ou inferior a 5,0% (cinco por cento). Após o 1º
ciclo de investimento, o percentual será de 1% (um por cento).
A nota atribuída ao IQSD, durante o período de modernização, seguirá o
determinado na Tabela a seguir:
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 25
Tabela 09 Nota do IQSD
Luminárias Acesas de Dia
Nota IQSD
0% a 2,0% da amostra 1,00
2,1% a 3,9% da amostra 0,80
3,9% a 5,0% da amostra 0,60
Mais de 5,0% da amostra 0,00
A nota atribuída ao IQSD, após o período de modernização, seguirá o determinado
na Tabela a seguir:
Tabela 10 Nota do IQSD
Luminárias Acesas de Dia
Nota IQSD
0% a 0,5% da amostra 1,00
0,5% a 0,7% da amostra 0,80
0,7% a 1,0% da amostra 0,60
Mais de 1,0% da amostra 0,00
3.5.2.6 Indicador de Descarte Socioambiental das Lâmpadas – IDSL
O Indicador de Descarte Socioambiental das Lâmpadas compara a quantidade de
lâmpadas recolhidas do Parque de Iluminação Pública para o descarte em relação
às efetivamente inservíveis. O intuito desse indicador é medir a eficiência da
manutenção na preservação do Meio Ambiente. A medição será realizada
mensalmente e a obrigação da Concessionária será de recolher ao descarte todas
as lâmpadas inservíveis, informando tempestivamente ao Poder Concedente,
comparando as quantidades de lâmpadas inservíveis recolhidas ao descarte e
demonstrando o percentual obtido no mês.
A nota atribuída ao IDSL seguirá o determinado na Tabela a seguir:
Tabela 11 Nota do IDSL
Atendimentos Executados Dentro do Prazo
Nota IDSL
Maior que 95,0% 1,00
90,1% a 95,0% 0,80
85,0% a 90,0% 0,60
Menos de 85% 0,00
Caso não haja descarte de Lâmpadas no período a nota será igual 1,00.
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 26
4 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
Conforme previsto no Edital de Chamamento Público, é apresentado, na sequência,
o detalhamento das informações referentes à análise da viabilidade econômico-
financeira.
4.1 Fontes de Receita
Conforme já informado neste Caderno, é considerada como principal fonte de
receita da Concessionária os valores arrecadados no município de Bento Gonçalves
com a CIP, cujo total apurado (conforme já informado, excluído o pagamento do
consumo de energia do sistema, da taxa de cobrança cobrada pela concessionária
de energia elétrica e dos recursos destinados a fiscalização do contrato) terá por
finalidade contratual exclusiva a contraprestação dos serviços relacionados à
concessão dos serviços de modernização e manutenção do Sistema de Iluminação
Pública do município, que se constitui o objeto deste estudo.
Atualmente a receita mensal média do município de Bento Gonçalves com a
arrecadação da CIP, tendo por base as informações disponíveis no portal da
transparência, é de, aproximadamente, de R$ 725 mil, resultando em uma receita
anual ajustada de R$ 8,7 milhões.
Nos casos em que as receitas da CIP, eventualmente, não forem suficientes para
cobrir o valor da Contraprestação Mensal Máxima dos serviços prestados pela
Concessionária, e ainda, se não houver saldos disponíveis na conta garantidora do
contrato, o Município poderá disponibilizar de recursos orçamentários próprios,
como forma de assegurar a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do
contrato de concessão e a continuidade na prestação dos serviços.
Por outro lado, ocorrendo variação superior à receita da CIP projetada, os valores
excedentes deverão ser objeto de provisionamento para custear a execução de
projetos especiais e/ou destinados à constituição de fundo garantidor da execução
do contrato de concessão.
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 27
As receitas acessórias, alternativas ou complementares, conforme já mencionado,
não foram consideradas neste estudo, por falta de definição dos tipos de serviços
que podem ser agregados (em decorrência da tecnologia que poderá ser implantada
por ocasião dos investimentos em modernização), deverão ser objeto de ajustes
específicos, onde será tratado a sua destinação, compreendendo a partilha entre os
parceiros dos recursos arrecadados ou a sua utilização, se for o caso, para
manutenção do equilíbrio contratual e para assegurar a viabilidade econômica do
empreendimento.
4.2 Premissas de Investimentos
Os investimentos necessários à modernização e eficientização do Sistema de
Iluminação Pública serão aplicados primordialmente, na aquisição de luminárias LED
e dispositivos de telegestão; na instalação de materiais e acessórios; na instalação
de iluminação destaque e na implantação do Centro de Controle Operacional - CCO.
Os investimentos necessários para a modernização e eficientização, telegestão,
expansão da rede, iluminação de destaque, centro de controle operacional – CCO,
aplicações de smart city, acidentes, furtos e vandalismos perfazem o total de
aproximadamente R$ 61 milhões durante o período de Concessão.
A tabela a seguir consolida os investimentos realizados ao longo do período de
Concessão:
Tabela 12 Resumo dos Investimentos ao Longo da Concessão
Investimentos (R$ MM) 1º ciclo 2º Ciclo Total
Modernização e Eficientização 15,2 12,8 28,0
Telegestão 7,4 6,2 13,6
Expansão da Rede 1,6 2,0 3,6
Iluminação de Destaque 6,3 6,0 12,3
Centro de Controle Operacional - CCO 0,8 0,8 1,6
Aplicações de Smart City 0,8 0,8 1,5
Acidentes, Furtos e Vandalismos 0,1 0,1 0,3
Total 32,3 28,7 61,0
O gráfico a seguir demonstra os investimentos totais realizados durante o prazo de
concessão:
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 28
Gráfico 01 Resumo dos Investimentos (R$ MM)
Apesar da Lei Federal nº 12.766/2012, admitir o aporte de recursos pelo Poder
Público para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, foi considerado,
neste estudo, que os investimentos serão de aporte exclusivo do futuro
Concessionária, mediante alocação de recursos financeiros próprios dos acionistas,
financiamentos bancários e, eventualmente, de investidores privados.
4.3 Premissas de Custos e Despesas
Durante a concessão, estão previstos desembolsos da Concessionária com custos
operacionais e despesas administrativas, necessárias ao cumprimento do objeto da
concessão.
Os itens de custos de materiais de manutenção das luminárias LED e da rede de
Telegestão, se referem aos dispêndios a serem realizados com a operação e
manutenção de equipamentos.
Nos custos com as equipes de campo do Sistema de Iluminação Pública estão
incluídos gastos com pessoal; instalações; equipes de técnicos eletricistas;
reparação de falhas; reposição de materiais; manutenção de veículos usados pelo
pessoal de campo; assim como o seu combustível, dentre outros.
Também estão sendo apropriados, na conta de despesas, os seguros e garantias
necessárias na execução do contrato.
6,8
11,511,9
0,1 0,1 0,1 0,4 0,1 0,1 0,1 0,4 0,4
5,8
9,5 9,7
0,3 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,6 0,3 0,3 0,30,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 29
São apropriadas, ainda, as despesas com assessorias para a SPE, que se referem
às demandas com auditoria; serviços contábeis; advocatícios e de comunicação.
Os valores dos grupos de custos e despesas mencionados, relacionados com a
operação da concessão, estão detalhados nas Tabelas apresentadas na sequência:
Tabela 13 Resumo dos Custos ao Longo da Concessão
Custos (R$ MM) Média Anual Total
Equipes de Campo 0,6 8,6
Centro de Controle Operacional - CCO 0,3 7,7
Materiais de Manutenção 0,4 9,6
Rede de Telegestão 0,1 3,1
Descarte de Lâmpadas 0,0005 0,01
Total 1,4 29,0
Tabela 14 Resumo de Despesas ao Longo da Concessão
Despesas (R$ MM) Média Anual Total
Pessoal Administrativo 0,3 8,2
Estrutura da SPE 0,1 3,4
Seguros e Garantias 0,04 1,1
Assessorias para SPE 0,1 1,7
Despesas Pré-Operacionais 0,6 0,6
Total 1,1 14,4
O gráfico a seguir demonstra os custos e despesas de operação totais realizados
durante o prazo de concessão:
Gráfico 02 Resumo dos Custos e Despesas (R$ MM)
1,7 1,81,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 30
O montante previsto com o pagamento dos custos operacionais e despesas
administrativas da concessão, ao longo do contrato, é estimado em R$ 73,5
milhões.
4.2 Premissas Macroeconômicas e Financeiras
Na tabela abaixo são apresentadas as projeções dos indicadores macroeconômicos
que foram utilizados como premissas para elaboração dos estudos econômico-
financeiros:
Tabela 15 Premissas Macroeconômicas e Financeiras
Indicador 2020 2021 2022 2023
IPCA 4,00% 3,75% 3,75% 3,75%
IGPM 4,00% 4,00% 4,00% 4,00%
CDI 6,39% 6,39% 6,64% 6,64%
TJP 7,32% 7,88% 8,16% 8,16%
Todo estudo econômico-financeiro está baseado em moeda constante e não leva
em consideração o efeito inflacionário.
4.5 Premissas Fiscais e Tributárias
A tributação da SPE pode ocorrer pelo regime de Lucro Real ou Presumido. No
presente caso, considerando as características do investimento e o volume esperado
de receitas, será adotada a tributação de Imposto de Renda com base no Lucro
Real, mais com a opção de mudar para o Lucro Presumido, analisado ano a ano,
sendo feita a opção pelo regime de incidência mais vantajosa à concessão.
Tendo por base na legislação vigente, as alíquotas consideradas no estudo,
referentes ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica); CSLL (Contribuição Social
Sobre o Lucro Líquido), bem como as incidências sobre as receitas do PIS (Programa
de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público), da COFINS
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e do ISS (imposto sobre
serviços de qualquer natureza), estão demonstradas a seguir:
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 31
Tabela 16 Premissas Fiscais e Tributárias
Tributo Presumido Real
IRPJ 25,00% 25,00%
CSLL 9,00% 9,00%
PIS 3,00% 7,60%
COFINS 0,65% 1,65%
ISS 3,00% 3,00%
Alíquota do ISS foi atribuída com base no percentual fixado no item 7.02 - Execução,
por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,
hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem,
perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS), do Código
Tributário do Município.
4.6 Premissas de Seguros e Garantias
Neste item estão detalhados os seguros e garantias a serem contratados e/ou
prestados pelo Concessionário.
Para a seleção dos tipos de seguros, foram analisadas e consideradas as coberturas
relevantes para atendimento das necessidades da concessão, de forma a mitigar os
riscos da operação.
Tendo em vista que o projeto envolve distintas atividades, como construção,
adequação e remodelamento e operação dos ativos já existentes, as modalidades
de seguros foram definidas com base em coberturas que englobem todas essas
atribuições, abrangendo as garantias descritas na sequência:
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 32
Tabela 17 Tipos de Seguros e Coberturas
Tipo de Seguro Cobertura
Garantia de Execução - Inicial
Garantia de Execução do Contrato
Garantia de Execução - Após Investimentos
Garantia de Execução do Contrato
Garantia de Proposta Cobertura para os proponentes dos custos decorrentes da não-assinatura do contrato pelo vencedor da licitação.
Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Operações Modalidade: Empresas, Concessionárias ou não de Serviços Públicos de Produção e Distribuição de Energia Elétrica.
Multirrisco Empresarial Danos Materiais (incluindo Lucros Cessantes).
Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V)
Cobertura para Danos Corporais e Danos Materiais causados a terceiros por veículos utilizados na obra.
Os prêmios e coberturas dos seguros e garantias a serem contratadas estão
detalhadas a seguir:
Tabela 18 Prêmios e Valores de Cobertura
Tipo de Seguro Prêmio Valor de Cobertura
Garantia de Execução - Inicial 0,60% 8.375.000,00
Garantia de Execução - Após Investimentos 0,60% 4.187.500,00
Garantia de Proposta 0,50% 1.675.000,00
Responsabilidade Civil 0,80% 1.256.250,00
Multirrisco Empresarial 0,80% 670.000,00
Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V) 0,80% 120.811,00
4.7 Premissas de Projeção de Capital de Giro
Em relação ao capital de giro, necessário à operação da concessão, foram definidas
as seguintes projeções:
Tabela 19 Premissas de Capital de Giro
Conta Prazo Médio
(em dias)
Clientes 30
Estoques 30
Obrigações Sociais e Trabalhistas 30
Obrigações Fiscais 30
Outras Obrigações Operacionais 15
4.8 Premissas para Recuperação do Investimento
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 33
Os acionistas serão remunerados ao longo da concessão por meio de pagamento de
dividendos ou na forma de redução do capital integralizado, devendo ser observado
os limites de distribuição que assegurem a continuidade da sociedade empresária e
preservem o caixa do negócio.
4.9 Premissas de Depreciação
Considerando os ciclos de reinvestimentos e os critérios definidos pela Receita
Federal – RF, o prazo de depreciação foi definido como sendo de 10 (dez) anos.
4.10 Estrutura de Capital
A estrutura de capital, considerada para esta modelagem da SPE, deverá ser
constituída por capital próprio, integralizado pelos acionistas (consorciados) ou por
capital de terceiros (credores), que pode ser representado por financiamentos
obtidos junto a instituições bancárias e/ou por investidores privados.
4.11 Descrição do Tipo de Dívida e dos Instrumentos Financeiros
Utilizados
A dívida, a ser eventualmente assumida pelo Concessionário, será decorrente da
captação de recursos junto ao mercado financeiro ou junto a investidores privados.
Neste estudo, além do capital integralizado pelos sócios, foi considerada apenas a
captação de recurso junto a instituições financeiras, sendo adotado, portanto, nesta
modelagem econômico-financeira, as exigências e encargos para obtenção de
financiamento (obtenção de recursos com a finalidade específica) para
implementação de projetos de eficientização de iluminação pública, junto a bancos
de desenvolvimento.
Os investimentos no segmento de infraestrutura, em regra, contam com incentivos
do Governo brasileiro, assim, parte desta captação de recursos pode ser viabilizada
mediante financiamentos, com linhas de crédito disponibilizadas por instituições
financeiras públicas, junto, por exemplo, ao Banco Nacional de Desenvolvimento
-
Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 34
Econômico e Social – BNDES e ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul – BRDE.
Diante do atual cenário econômico, se têm como referência, para a apuração do
endividamento, as condições gerais de financiamento oferecidas ao mercado pelo
BNDES, para as Parcerias Público-Privadas, com atuação no setor de Iluminação
pública, os seguintes parâmetros:
Tabela 20 Condições de Financiamento
Condições Prazo / Custo
Pagamento da dívida 10 anos
Carência para amortização do principal 6 meses
Taxas de juros 12,21%
As condições de financiamento se sujeitam, ainda, ao percentual máximo de
captação, com a possibilidade de participação do agente financeiro de até 80% –
no caso do BRDE - dos itens financiáveis necessários para investimentos em
eficientização, modernização e intervenções complementares. Para efeitos da
presente modelagem econômico-financeira foi considerada a captação, junto a um
banco de desenvolvimento, de 49,61% do valor total do investimento inicial dos 3
(três) primeiros anos de concessão.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 35
5 MODELO FINANCEIRO (PLANILHA)
As projeções do modelo de viabilidade econômico-financeira, estão disponibilizados
em planilhas eletrônicas, em Excel, contendo as formulações matemáticas, com
identificação de vínculos e macros automatizadas, desbloqueadas e passiveis de
verificação.
Os demonstrativos tiveram suas projeções de fluxo de caixa futuro estimadas em
moeda constante e estão em conformidade com as normas fiscais e contábeis
vigentes.
As premissas adotadas para elaboração do modelo de viabilidade econômico-
financeira são aquelas apresentadas nos itens 4.1 deste Caderno e foram aplicadas
na elaboração das planilhas.
O Modelo Financeiro de viabilidade econômico-financeira apresenta as seguintes
planilhas:
Painel de Controle
Premissas
Parque
CAPEX
OPEX
Receitas
Tributos
DRE
Balanço Patrimonial
Demonstração do Fluxo de Caixa
Usos e Fontes
Retorno do Projeto
Value for Money
Necessidade de Capital de Giro
Caixa do Projeto
Patrimônio Líquido
Financiamento
IFRS
Macroeconomia
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 36
Análise de Sensibilidade
Tranches de financiamento (D1, D2 e D3)
Investimentos
Custos e Despesas
Veículos
BDI
Encargos Sociais
A seguir é apresentado o painel de controle do Modelo Financeiro com o resumo das
informações do projeto.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 37
Painel de Controle (R$ mil) PPP Iluminação Pública Bento Gonçalves/RS
Datas Checks
Período de Concessão 25 anos Fluxo de Caixa ok
Data de Assunção jan/20 Depreciações ok
Último Ano de Contrato 2044 Balanço Patrimonial ok
Usos e Fontes ok
Resumo
Financiamentos
Receitas 167.500,00R$
Receita de Contraprestação 167.500,00R$ Valor 14.984,17R$
Receitas de Subvenções -R$ Prazo (meses) 120
Receitas Acessórias -R$ Alavancagem do investimento inicial 49,61%
Investimentos 60.563,55R$ Taxa de Juros 12,21%
Custos e Despesas 50.334,76R$ ISCD 1,48
Retorno do Projeto - Sem alavancagem financeira Retorno para Acionistas - Com alavancagem financeira Vale for Money - VfM
Taxa Interna de Retorno - TIR 8,36% Taxa Interna de Retorno - TIR 9,13% Benefícios (R$) 14.687,07R$
Valor Presente Líquido - VPL 556,21 Valor Presente Líquido - VPL 229,08 Benefícios (%) 16,69%
Payback Simples (anos) 9,2 Payback Simples (anos) 9,6
Exposição Máxima (Equity) (11.687,96) Viabilidade do Projeto via PPP? Sim
Usos 156.464,64R$ Fontes 156.464,64R$
Investimentos 54.961,98R$ Novas Captações de Dívida 14.984,17R$
Serviço da Dívida 21.324,72R$ Aporte de Capital Próprio 11.799,00R$
Consumo de Caixa do Projeto 909,08R$ Geração de Caixa 82.891,83R$
Remuneração do Capital Próprio 30.616,55R$ Redução de Caixa 46.789,65R$
Constituição de Caixa 48.652,31R$
Usos e Fontes
Fluxo de Caixa
DRE
VfM
Balanço Patrimonial
Receitas
Tributos
Retorno
Usos e Fontes
CAPEX
OPEX
Premissas
Parque de IP
Capital de GiroPatrimônio Líquido
FinanciamentoCaixa
IFRSAnálise de Sensibilidade
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 38
6 RESULTADOS DO MODELO FINANCEIRO
6.1 Contraprestação Mensal Máxima
O valor da Contraprestação Mensal Máxima, já detalhada neste caderno Econômico-
Financeiro, foi estimada em R$ 575.174,44 (quinhentos e setenta e cinco mil e
cento e setenta e quatro reais e quarenta e quatro centavos). Já a Contraprestação
Mensal Efetiva, calculada para o primeiro ano de concessão, foi de R$ 368.111,64
(trezentos e sessenta e oito mil, cento e onze reais e sessenta e quatro centavos),
aumentando progressivamente até o final do prazo de eficientização proposto.
A Contraprestação Mensal Efetiva foi modelada em conformidade com o saldo da
CIP após abatimento de despesas do Município, conforme demonstrado na aba
Receitas do Modelo Financeiro.
O gráfico a seguir demonstra as contraprestações anuais ao longo da Concessão.
Tabela 21: Projeções das Contraprestações anuais (R$ MM)
A memória de cálculo da contraprestação está definida no item 3.2 e no Modelo
Financeiro deste Caderno.
4,45,2
6,06,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 39
6.2 Taxa Interna de Retorno do Projeto e do Equity
A Taxa Interna de Retorno (TIR) pode ser definida como a taxa de desconto que faz
com que o Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto seja igual a zero. Assim, a
TIR é uma métrica usada para avaliar qual o percentual de retorno de um projeto
para a empresa. Ao encontrar essa taxa, em regra, ela será comparada à Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) para que se decida se o projeto deve ou não ser
aceito. Se a TIR for maior que a TMA, o investimento pode ser realizado (observando
que, normalmente, esta decisão não é feita com base em apenas em um indicador),
caso contrário, deve ser rejeitado.
A TMA ou WACC médio calculado no Modelo Financeiro foi de 7,97%.
A TIR do projeto e do acionista, resultado da modelagem econômico-financeira do
estudo, é de, respectivamente, 8,36% e 9,13%, o que demostra a atratividade do
Projeto.
A TIR resultante desta modelagem econômico-financeira está abaixo dos padrões
outros projetos de iluminação pública conhecidos no mercado, conforme tabela
comparativa apresentada na sequência, o que retira a indicação de excesso mesmo
com um WACC menor.
Tabela 22 TIR de Mercado em PPP de Iluminação Pública
Projeto TIR de Projeto TIR de
Acionista
PPP de Porto Alegre/RS 9,59% 9,80%
PPP de Teresina/PI 9,50% -
PPP de Salvador/BA 9,75% -
PPP de Belo Horizonte/MG 10,00% -
PPP de São José de Ribamar/MA 12,42% -
PPP de Caraguatatuba/SP 10,90% -
PPP de Cuiabá/MT 11,51% -
PPP de Marabá/PA 10,00% - Fonte: Estudos e editais de PPP disponíveis para consulta pública.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 40
6.3 Value For Money
A contratação de um projeto de PPP ou Concessão é conveniente para o Poder
Concedente, ou seja, apresenta um Value for Money (VfM) favorável, quando, em
relação à outra opção de aquisição pelo Poder Público, demonstrar uma combinação
vantajosa de custos líquidos ao longo do seu ciclo de execução e um padrão de
qualidade que possibilite atingir objetivos relevantes para a sociedade.
O processo para demonstrar o VfM é baseado em uma avaliação que compara os
custos ou pagamentos a serem feitos pelo Poder Público para construir e operar um
projeto sob diferentes métodos de contratação. O custo de cada método, incluindo
os custos adicionais causados pelos riscos inerentes a cada forma de contratação,
será então comparado para se verificar o VfM.
Como parte da avaliação, os custos anuais e o valor presente da PPP/Concessão são
comparados com os custos de um modelo financiado com recursos públicos,
chamado de Modelo Tradicional.
Portanto, para realizar a análise é necessário o desenvolvimento de duas projeções
financeiras distintas, estimando os pagamentos que a Administração faria nos dois
modelos de aquisição, especificamente:
• pelo modelo Tradicional, é simulada a projeção dos pagamentos a serem
realizados ou custos em aquisições convencionais (reguladas pela Lei Federal
8.666/93), além de uma estimativa de custos e dos riscos que seriam
transferidos pelo modelo de PPP, mas que são assumidos sob o método
tradicional, ou seja, o valor esperado de pagamentos durante a construção e,
subsequentemente, os custos a serem assumidos pela Administração para a
operação e manutenção do projeto;
• pelo modelo de Concessão/PPP são projetados os custos a serem assumidos
pela Administração, geralmente em termos de pagamentos anuais por serviço
(por exemplo: pagamentos mediante disponibilidade) durante o período de
operação que seria previsto no contrato.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 41
Em ambos os casos os custos dos riscos assumidos em um regime de PPP podem
ser adicionados de forma a obter o custo total para a Administração nos dois
regimes.
O VfM é a diferença, quando positiva, em termos de valor presente líquido entre as
duas projeções (Tradicional e PPP/Concessão).
Cabe ressaltar que o VfM é um conceito relativo que requer uma comparação de
potenciais resultados, por meio de diferentes modelos de contrato, o que demanda
um alto grau de estimativas, especialmente quando as experiências adquiridas em
projetos similares ou em outros modelos de contrato são limitadas. Sendo assim,
como os resultados das análises quantitativas de VfM dependem de projeções para
a tomada de decisão sobre o uso de uma estrutura de Concessão/PPP, algumas
considerações devem ser realizadas:
VfM positivo por si só não garante que o método da Concessão/PPP deva ser
adotado. Fatores qualitativos (não mensuráveis) devem ser levados em
consideração na tomada de decisão.
VfM negativo por si só não significa que o método de Concessão/PPP é pior que
uma aquisição tradicional. Sensibilidades nas premissas mais importantes
devem ser realizadas de forma a testar a robustez dos resultados.
Quando houver razões para acreditar que os benefícios não financeiros gerados pelo
modelo de PPP são maiores do que os de um modelo convencional de aquisição, se
deve ter o cuidado para que a abordagem tradicional de VfM não subestime os
benefícios das PPPs.
Uma vez que a abordagem tradicional de VfM não inclui benefícios não financeiros
da PPP (como, por exemplo, terminar e disponibilizar uma infraestrutura pública em
menor tempo ou disponibilizar um melhor serviço à população), esses devem ser
levados em consideração na avaliação sobre rejeitar um projeto por apresentar VfM
negativo.
De acordo com o Centro Europeu de Especialização em PPP (EPEC), “os incentivos
relativos a projetos de PPPs tem o propósito específico de entregar benefícios não
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 42
financeiros maiores que as aquisições convencionais. Ignorar esta questão pode
levar a uma predisposição não fundamentada contra as PPPs”.
Neste sentido, é apontado no relatório da EPEC, intitulado “Os Benefícios Não
Financeiros de PPPs”, que: “a PPP pode apresentar ao setor privado amplas
oportunidades de aplicar inovações em todos os níveis do projeto”. Esses incentivos,
se, efetivamente, aproveitados, podem fornecer benefícios não financeiros por meio
de três mecanismos-chave:
entrega acelerada (entrega antecipada dos serviços);
entrega aprimorada (entrega dos serviços em padrões mais elevados);
amplos impactos sociais (maiores benefícios para a sociedade como um
todo).
Esses benefícios não financeiros devem ser levados em consideração ao avaliar o
resultado de uma análise de VfM, de forma a tomar uma decisão baseada não
apenas em exercícios quantitativos, mas também em fatores qualitativos.
Diante do exposto, conforme demonstrado na planilha apresentada na sequência, o
projeto modelado, atendeu tanto ao quesito qualitativo pela entrega antecipada das
obras e transferência de risco ao parceiro privado, bem como a análise quantitativa
foi satisfatória gerando um VfM positivo de R$ 14,6 milhões.
Foi utilizado como taxa de desconto o custo da dívida de 8,82% ao ano para o
município, caso financiasse o projeto por conta própria junto ao BNDES.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 43
Value for Money (R$ Mil)
Taxa de Desconto 8,82%
Benefícios (R$ Mil) 14.687,07
Benefícios (%) 16,69%
Modelo 1: Contratação de PPP
VPL Total Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 25
Fluxo de Receitas 73.327 175.015 4.736 5.535 6.282 7.194 7.195 7.195 7.196 7.197 7.198 7.199 7.200 7.200 7.201 7.212
Receita de Contraprestação 70.089 167.500 4.417 5.246 5.991 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902 6.902
Receitas de Subvenções (Aporte Público) 0 0
Receitas Acessórias 0 0
Vificador Independente e Conta Vinculada 3.238 7.515 319 290 291 292 292 293 294 295 296 297 298 298 299 310
Modelo 2: Tradicional
Gastos Públicos Licitação Tradicional 88.014 167.671 13.200 21.237 22.225 3.324 2.654 2.593 2.973 2.596 2.597 2.599 3.042 3.038 11.430 2.830
Investimetos e Reinvestimentos 46.782 75.704 8.528 14.388 14.837 179 179 179 482 179 179 179 530 526 7.238 343
Investimentos totais 46.782 75.704 8.528 14.388 14.837 179 179 179 482 179 179 179 530 526 7.238 343
Despesas 18.778 49.586 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653
Contrato de Manutenção 18.778 49.586 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653 1.653
Despesas de Gestão e Fiscalização 1.619 3.757 159 145 145 146 146 147 147 147 148 148 149 149 150 155
Escopo adicional: 1.496 3.881 9 65 126 155 156 157 158 159 160 161 165 166 167 180
Rede de Telegestão 1.496 3.881 9 65 126 155 156 157 158 159 160 161 165 166 167 180
Fatores Adicionais 19.339 34.742 2.850 4.986 5.464 1.192 521 458 534 458 458 458 546 545 2.223 499
Transferência do Riscos 16.390 31.323 2.545 4.010 4.122 458 458 458 534 458 458 458 546 545 2.223 499
Aditivos nos Contratos 16.390 31.323 2.545 4.010 4.122 458 458 458 534 458 458 458 546 545 2.223 499
Aditivos Investimentos 11.695 18.926 2.132 3.597 3.709 45 45 45 120 45 45 45 132 132 1.810 86
Aditivos Serviços 4.694 12.397 413 413 413 413 413 413 413 413 413 413 413 413 413 413
Qualidade e Eficiencia do Modelo 2.949 3.420 305 976 1.342 734 63 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Atraso na captura dos Benefícios 2.949 3.420 305 976 1.342 734 63 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Captura de Benefícios PPP 17.293 49.093 305 976 1.647 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710
Captura de Benefícios Modelo Tradicional 15.608 45.674 305 976 1.647 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710 1.710
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 44
6.4 Avaliação e Justificativa do Prazo de Concessão
O prazo da concessão foi definido em 25 (vinte e cinco) anos – 300
(trezentos) meses –, representando o período necessário de retorno dos
investimentos realizados pelo parceiro privado e o melhor benefício
tecnológico e financeiro para o Município, além de melhor adequar as
amortizações dos investimentos a serem realizados pelo Concessionário e de
reduzir o valor da Contraprestação Mensal Máxima a ser suportada pela
arrecadação da CIP.
O prazo de concessão adotado visa, também, mitigar os riscos do projeto,
reduzindo os impactos quanto ao tempo de vida útil do LED e a aos possíveis
avanços tecnológicos, no que se refere a novas fontes de emissão de luz, o
que representa ganhos técnico-econômicos expressivos ao Poder
Concedente.
Este prazo de concessão se apresenta como a melhor opção, de acordo com
os ensaios econômico-financeiros, e também no que se refere à amortização
dos investimentos, por ter dois ciclos de troca das luminárias, mostrando, por
consequência, como o melhor limite de prazo para obtenção de
financiamentos, tendo em vista que as variações constantes das condições
econômicas nacionais.
Com relação à necessidade de reinvestimento, ela decorrerá da verificação
da vida útil das lâmpadas instaladas, sendo assegurado, entretanto, que ao
final do prazo da concessão o parque de iluminação pública atenda os níveis
de eficiência de iluminação determinados pela área técnica.
6.5 Alavancagem Financeira Máxima
Foi utilizado neste estudo a premissa de que a alavancagem deve
corresponder a no máximo 80% sobre os itens elegíveis, mantendo, no
período de amortização, o ICSD superior a 1,3 (um inteiro e três décimos),
conforme exigência do BNDES.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 45
A partir desses critérios de captação financeira para execução do projeto, foi
apurado que a alavancagem máxima em dezembro de 2022, será de 49,61%
dos investimentos iniciais para modernização do Sistema de Iluminação
Pública. A partir de julho de 2021, as amortizações são constantes reduzindo
a alavancagem, progressivamente, até o final do prazo dos financiamentos,
previsto para dezembro de 2031.
6.6 Indicadores Econômico-Financeiros
6.6.1. Exposição Máxima
Considerando os encargos que o concessionário deverá assumir logo no início
da concessão e, ainda, que o primeiro ciclo de investimentos ocorrerá entre
o 1º e o 3º ano da concessão e o segundo somente entre o 13º e o 15º ano,
combinado com o aumento progressivo da Contraprestação Mensal Máxima
até o cumprimento dos marcos da concessão, se espera um aumento na
exposição de caixa no início da concessão, alcançando exposição máxima de
R$ 11 milhões no terceiro ano da Concessão.
6.6.2. Custo Médio Ponderado de Capital (WACC)
Para a apuração do Custo Médio Ponderado de Capital – WACC (Weighted
Average Cost of Capital), foi considerado, como indexador, a taxa de livre de
risco de 4,34% e como prêmio pelo risco de mercado, 5,66% juntamente
com o Beta desalavancado de 0,64.
As obrigações financeiras do projeto foram apuradas com base no teto das
taxas previstas no Project Finance do BNDES, para o segmento, de 12,21%.
A variação do Custo de Capital Próprio da empresa é estimada em 7,81% a
8,83% ao ano, dependendo da alavancagem financeira apresentada em cada
ano, resultando em um WACC global do projeto de 7,97% ao ano.
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Modelagem Econômico-Financeira – PMI 001/2019 46
6.6.2. Payback
Considerando o método de soma dos fluxos estimados do caixa livre do
Concessionário, para o cálculo de Payback, o ano do retorno esperado é 2028,
que corresponde ao 9° ano da concessão.
6.7 Índice de Cobertura dos Serviços de Dívida (ICSD)
Segundo o BNDES, o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) é
calculado pela divisão da geração de caixa operacional pelo serviço da dívida,
com base em informações registradas nas Demonstrações Financeiras, em
determinado período. Para os financiamentos estruturados sob a forma de
Project Finance, o ICSD projetado para cada ano da fase operacional do
projeto deverá ser de no mínimo 1,3 (um inteiro e trinta décimos).
Considerando as estimativas de projeção dos fluxos de caixa, o ICSD
calculado foi de 1,48 atendendo as premissas do BNDES.
6.8 Ano do Primeiro Retorno de Equity
Os estudos demonstram que no modelo proposto o ano do primeiro retorno
do Equity se dará em março de 2029.
6.9 Primeiro e Último Ano de Pagamento das Dívidas
O pagamento da dívida, que tem início com as parcelas referentes aos juros
do financiamento, começa em julho de 2021 e termin
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