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CENTRO DE TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E TÊXTIL FACULDADE SENAI/CETIQT
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO DE VESTUÁRIO ÊNFASE EM MODELAGEM
CAD DE MODELAGEM
COMPARATIVO DE EFICIÊNCIA ENTRE PROCESSOS MANUAIS E COMPUTADORIZADOS DE INTERPRETAÇÃO E GRADUAÇÃO DE MOLDES
Heide Gomes Casagrande
Rio de Janeiro Dezembro/2008
CENTRO DE TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E TÊXTIL
FACULDADE SENAI/CETIQT CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO DE VESTUÁRIO
ÊNFASE EM MODELAGEM
Heide Gomes Casagrande
CAD DE MODELAGEM
COMPARATIVO DE EFICIÊNCIA ENTRE PROCESSOS MANUAIS E COMPUTADORIZADOS DE INTERPRETAÇÃO E GRADUAÇÃO DE MOLDES
Monografia para Graduação a ser submetida à
Comissão Examinadora do Curso Superior de
Tecnologia em Produção de Vestuário – Ênfase em
Modelagem, da Faculdade SENAI-CETIQT, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do grau
de Tecnólogo em Produção de Vestuário.
Profª Rosane Kalil
Orientadora
Prof° Marcelo Souza da Silva
Co-orientador
Rio de Janeiro 2008
Heide Gomes Casagrande
CAD DE MODELAGEM
COMPARATIVO DE EFICIÊNCIA ENTRE PROCESSOS MANUAIS E COMPUTADORIZADOS DE INTERPRETAÇÃO E GRADUAÇÃO DE MOLDES
Monografia para Graduação a ser submetida à Comissão
Examinadora do Curso Superior de Tecnologia em Produção de
Vestuário – Ênfase em Modelagem, da Faculdade SENAI-CETIQT,
como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de
Tecnólogo em Produção de Vestuário.
Data de Aprovação: / /
Banca Examinadora:
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
__________________________________________________________
Professor Flávio Glória Caminada Sabrá
Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Produção de Vestuário – Ênfase em
Modelagem
Dedicatória
“O único bem que posso deixar às minhas filhas é o estudo.”
Missão cumprida, mãe.
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
Agradecimentos
Uma monografia não se faz sem amigos.
Foram muitas as pessoas que me ajudaram, desde minha amiga Carol que
dormiu na minha casa para me dar apoio moral, até meu co-orientador Prof. Marcelo
que abraçou o projeto com muito carinho e dedicação. Passando pelo Marcial e o
Anderson que colocaram o quadro do Digiflash de volta na parede só para que eu
fizesse meu trabalho.
Agradeço a toda a “gang” da 1ª turma do TPV que tanto me apoiou, me ajudou,
e me emprestou o ombro pra chorar.
Muito obrigada Camilla por ter feito a correção ortográfica.
Muito obrigada Keyla, Josi e todos os meus colegas de trabalho pelo apoio.
Prof. Joana Pessoa, Tereza Imbiriba, Déborah Christo, Rosane Kalil, Patrícia
Diniz, Rogério Santinni, Rynaldo, Paulo Fulco e Bárbara Poci, existe um pouco de
cada um de vocês neste trabalho.
E muito obrigada Flávio Sabrá, mais do que um professor-coordenador, um
conselheiro-psicólogo-amigo.
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
Epígrafe
“A tecnologia só é tecnologia para quem nasceu antes dela ter sido inventada.”
(Alan Kay)
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
Resumo
Palavras-Chave: Modelagem, CAD de modelagem, Modelagem plana, Graduação.
A partir de experimento prático pretende-se provar a eficiência do CAD de
modelagem na indústria do vestuário. Conhece-se como o Cad funciona e suas
aplicabilidades. Faz-se uma comparação através de cronometragem de tempos e
análise dos processos de graduação e interpretação de moldes feitos manualmente
e com auxílio da ferramenta CAD.
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
Sumário
Lista de figuras _____________________________________________________ 9
1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________ 10
2. O QUE É MODELAGEM? __________________________________________ 13
2.1. Modelagem plana_________________________________________________________ 14
2.2. Draping ou mouliage______________________________________________________ 15
3. FERRAMENTA CAD NA MODELAGEM DE VESTUÁRIO_________________ 16
3.1. O que é cad? _____________________________________________________________ 16
4. APLICABILIDADES DO CAD NA MODELAGEM________________________ 17
4.1. Modelagem no computador _______________________________________________ 17 4.1.1. Construção do molde na tela______________________________________________________ 17 4.1.2. Digitalização ____________________________________________________________________ 17 4.1.3. Graduação _____________________________________________________________________ 18 4.1.4. Configuração dos moldes ________________________________________________________ 18 4.1.5. Alterações e correções___________________________________________________________ 18
4.2. Encaixe _______________________________________________________ 19 4.2.1. Plotter__________________________________________________________________________ 20
5. O PROJETO DE EXPERIMENTAÇÃO ________________________________ 21
5.1. Modelos _________________________________________________________________ 21
5.2. Processo manual _________________________________________________________ 22 5.2.1. Interpretação manual referência 002_______________________________________________ 22 5.2.2. Interpretação manual referência 003_______________________________________________ 26 5.2.3. Graduação manual dos 3 modelos ________________________________________________ 29
5.3. Processo no CAD_________________________________________________________ 30 5.3.1. Fotodigitalização camisa feminina básica___________________________________________ 30 5.3.2. Graduação no cad _______________________________________________________________ 31 5.3.3. Interpretação referência 002 no cad _______________________________________________ 32 5.3.4. Interpretação referência 003 no cad _______________________________________________ 36
6. COMPARATIVO DE PROCESSOS ___________________________________ 39
7. CONCLUSÃO ____________________________________________________ 41
8. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________ 42
ANEXOS __________________________________________________________ 43
Anexo A: FICHAS TÉCNICAS __________________________________________________ 43
Anexo B: PLANO DE CORTE __________________________________________________ 49
Anexo C: ENCAIXE ___________________________________________________________ 49
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
Lista de figuras
Figura 1, 2, 3 ..........................................................................................................................................21 Figura 4 ..................................................................................................................................................22 Figura 5 ..................................................................................................................................................23 Figura 6 ..................................................................................................................................................24 Figura 7 ..................................................................................................................................................24 Figura 8 ..................................................................................................................................................25 Figura 9 ..................................................................................................................................................25 Figura 10 ................................................................................................................................................26 Figura 11 ................................................................................................................................................27 Figura 12 ................................................................................................................................................27 Figura 13 ................................................................................................................................................28 Figura 14 ................................................................................................................................................28 Figura 15 ................................................................................................................................................29 Figura 16, 17 ..........................................................................................................................................30 Figura 18, 19 ..........................................................................................................................................31 Figura 20, 21 ..........................................................................................................................................31 Figura 22 ................................................................................................................................................32 Figura 23 ................................................................................................................................................32 Figura 24, 25 ..........................................................................................................................................33 Figura 26, 27 ..........................................................................................................................................34 Figura 28, 29 ..........................................................................................................................................35 Figura 30 ................................................................................................................................................36 Figura 31, 32 ..........................................................................................................................................37 Figura 33, 34 ..........................................................................................................................................38 Figura 35 ................................................................................................................................................39 Figura 36, 37 ..........................................................................................................................................40 Figura 38, 39 ..........................................................................................................................................40 Figura 40, 41 ..........................................................................................................................................40 Figura 42 ................................................................................................................................................49
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
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1. INTRODUÇÃO
Durante toda minha infância e adolescência, tive vontade de cursar faculdade
de Moda. Quando era criança, a revista Manequim e seus moldes me fascinavam,
lembro que li todo o encarte que explicava como retirar os moldes das folhas, falava
sobre medidas e ensinava alguns tipos de costura.
Assim que me formei no Ensino Médio, saí da minha cidade em busca do meu
sonho, e foi em 2004 que vi, pela primeira vez, o que mais tarde descobriria ser um
CAD de modelagem. Não tinha idéia de como funcionava, só entendi que se tratava
de tecnologia, de passar para o computador um desenho, mas não sabia bem para
que isso serviria.
Em 2006, depois de um ano estudando sobre todas as áreas da moda num
curso técnico, inclusive modelagem (e só eu sei como fiquei feliz ao descobrir de
onde surgiam os moldes da Manequim), comecei a trabalhar e tive mais contato com
um CAD. A coisa mais simples que fiz naquele atelier foi o que mais gostei de fazer,
recortar os moldes que a modelista trazia impressos numa grande folha, como
quando se imprime um desenho na impressora de casa, só que bem maior.
Quis o destino que, um mês antes de começarem minhas aulas no curso de
Design de Moda, eu descobrisse que um novo curso de graduação havia sido criado,
a Faculdade de Modelagem. E aqui, sim, fui introduzida ao incrível mundo da
confecção e conheci as grandes vantagens do sistema CAD para a indústria de
vestuário.
Em 2000 Solly Segenrich afirmava que a tecnologia CAD operava uma
verdadeira revolução há pelo menos 10 anos no ramo de confecção1. No livro Todos
os caminhos da moda de Gilda Chataignier, Beany Moreth, designer e operadora de
CAD/CAM do SENAI-CETIQT, garante que, desde 1988, empresas de médio e
grande porte já estão informatizadas em todos os níveis em que essa tecnologia
possa atingir às propostas da confecção2.
1 SEGENREICH, Solly A. O papel do CAD/CAM na indústria de confecção. Costura Perfeita, São Paulo, v. 2, n. 6, p. 38-40, out. 2000 2 CHATAIGNIER, Gilda. Todos os caminhos da moda. Rio de Janeiro, Rocco, 1996, p. 204.
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
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Os anos passaram e os programas CAD sofreram atualizações e modificações
que os tornaram mais baratos e acessíveis, inclusive a empresas de pequeno porte.
Hoje em dia já existem CADs de fabricação brasileira, o que ajuda a minimizar o
custo do sistema.
Na realidade, o CAD surgiu para atender às áreas de engenharia civil e
arquitetura; em seguida, foram criados CADs para serem utilizados em outras áreas
que têm o desenho como principal ferramenta, como o desenho industrial e a
estamparia. E, como não há dúvida de que este também é o nosso caso, criaram o
CAD para modelagem.
Com o CAD, foram resolvidos problemas como a falta de espaço e a
deterioração de moldes de papel. Tornou-se mais fácil e ágil a transformação de um
molde básico em um novo modelo, assim como na graduação. Inclusive, alterações
e correções feitas em um molde são automaticamente transferidas para todos os
tamanhos.
Uma modelagem bem feita, que promova um resultado satisfatório em termos
de conforto e estética, é o desejo dos consumidores em geral. Para atingir este
objetivo, o profissional de modelagem necessita de conhecimento técnico.
O tempo de construção de uma modelagem deve ser respeitado, pois exige
muita concentração. A precisão de medidas, linhas e esquadramentos é
indispensável para o perfeito fechamento da peça.
Na modelagem manual, a espessura da ponta do lápis, aliada ao recorte da
modelagem e ao corte das peças no enfesto, podem deformar a peça, fazendo-a
perder as medidas originais. A modelagem no computador tem a vantagem de
fornecer medidas e esquadramentos precisos. E possui funcionalidades que
produzem resultados mais rápidos e eficientes que na modelagem manual, como,
por exemplo, abrir pregas, acrescentar costura, cortar ou unir partes do molde, etc.
Mas mais do que uma ferramenta de auxílio ao modelista, o cad também facilita
o corte e economiza dinheiro, pois o encaixe gerado pelo sistema é o de menor
desperdício e, enquanto diferentes planos de corte são encaixados no computador, a
mesa de corte está livre para que o tecido seja enfestado e cortado.
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CAD de Modelagem
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Durante o desenvolvimento deste trabalho pode-se entender como funciona um
cad de modelagem, quais suas funções e de que o sistema é composto. Tudo isto
baseado em pesquisa bibliográfica, especialmente em artigos de periódicos. No
projeto também conta-se com um experimento prático: compara-se a transformação
de uma camisa básica feminina em duas novas referências de diferentes estilos. A
comparação é entre o processo feito manualmente e o computadorizado; no caso do
segundo, foi escolhido o programa brasileiro Audaces. Além da cronometragem para
comparação entre tempos, também fez-se uma comparação através de análise de
processos.
A Audaces está há 16 anos no mercado. Localizada em Florianópolis – SC, a
Audaces, além de ter se tornado líder em vendas de CAD para confecção no Brasil e
na América do Sul, é também pioneira no sistema de fotodigitalização com o
software Digiflash, que foi selecionado pela revista Exame entre os 10 produtos mais
inovadores do Brasil este ano3. Seus méritos estão ligados ao fato de o principal
foco da empresa ser o desenvolvimento de softwares user friendly (fáceis de usar)
que oferecem resultados com rapidez, precisão e economia.
É importante frisar que seguiu-se o real procedimento das confecções,
envolvendo criação, desenvolvimento de modelagem, ficha técnica com desenho
técnico e seqüência operacional, além de um plano de corte hipotético
acompanhado de um encaixe automático.
3 SANTANA, Larissa. • O Brasil que inova. 07.02.2008 . Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0911/gestaoepessoas/m0150952.html>. Acesso em: 28 out. 2008.
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CAD de Modelagem
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2. O QUE É MODELAGEM?
Modelagem é uma representação plana da roupa. Consiste em um traçado que
possui formas baseadas no corpo humano. Como o corpo humano possui curvas, a
modelagem precisa de meios que produzam volume para acomodar adequadamente
os seios de uma mulher ou o bumbum, por exemplo. Pences, pregas, franzidos e
recortes são maneiras de se produzir volume. Muitos desses elementos, assim como
produzir uma modelagem solta do corpo, são também usados para efeito estético e
não utilitário, adequando-se a diversos tipos de silhuetas.
Até mesmo em tecido de malha, que se acomoda nas formas do corpo, é
preciso fazer recortes e pences, para que a roupa torne-se mais confortável e
esteticamente mais interessante.
A partir do modelo, é necessário determinar o acabamento da roupa: ela pode
ter uma pala dupla, ser acabada em viés, ter uma limpeza, etc. Até o menor
elemento de uma roupa, como passantes ou vivo de um bolso, precisa ter sua
modelagem.
A modelagem deve estar sempre devidamente identificada com referência,
tamanho, nome do molde (frente, costas, manga, etc.) e quantidade de vezes a ser
cortada. Deve ter o fio traçado de ponta a ponta do molde, os furos de marcação de
pence e posicionamento de bolsos circulados, além de todos os piques necessários.
A modelagem pode ser produzida Plana, através do Draping ou em um CAD de
modelagem. Na modelagem plana, o modelo é traçado a lápis em uma folha de
papel a partir de um molde base. No Draping, a modelagem é feita em tecido e é
construída em cima de um manequim. E finalmente, no CAD, que possui
ferramentas de auxílio ao modelista, na tela do computador.
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CAD de Modelagem
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2.1. Modelagem plana
Segundo Elaine Radicetti, modelagem plana é transformar uma forma
tridimensional (desenho de criação ou peça piloto) em desenho plano, utilizando os
princípios da geometria descritiva.
Na modelagem plana, trabalha-se com o que Elaine Raddicetti define como
modelagem básica, mas também é usualmente conhecido como base.
“A modelagem básica compreende a modelagem simplificada de peças que servirão de ponto de partida para a criação de novos modelos. Essa modelagem recebe folgas de vestibilidade e nunca deve conter a folga de costura, que será acrescentada de acordo com o tipo de acabamento dado à roupa e o tipo de maquinaria a ser utilizado na produção.”4
Constrói-se uma base de corpo para blusa, uma para calça e outra para saia a
partir de uma tabela de medidas de corpo. Pode-se trabalhar com a base em
qualquer tamanho, mas é mais comum ver modelistas utilizando o tamanho 40 para
o feminino e o 42 para o masculino.
Em cima dessa base, desenha-se o modelo, faz-se as alterações necessárias e
em seguida acrescenta-se uma margem de vestibilidade. Depois recortam-se as
partes e acrescenta-se a margem de costura na peça. A base de blusa unida pela
linha de cintura com a base de saia, torna-se uma base para desenvolver vestidos,
assim como, quando se une a base de blusa à de calça, pode-se traçar um
macacão.
Todo o estudo da modelagem assim como os moldes definitvos são traçados
em papel, por exemplo, o Kraft, que precisa ter uma gramatura resistente para não
rasgar ou amassar com facilidade. Para o desenvolvimento deste traçado, utiliza-se
lápis ou lapiseira de ponta fina, e réguas. Existem vários tipos de réguas, mas é
indispensável o uso de uma régua milimetrada, esquadro e réguas de curva. As
réguas de curva mais utilizadas são a curva de alfaiate e a curva francesa.
4 RADICETTI, Elaine. Modelagem tridimensional Draping. Rio de Janeiro: [s.n.], 2006, pág. 2.
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2.2. Draping ou mouliage
Draping, em inglês ou mouliage, em francês, são os nomes dados à modelagem
tridimensional.
“O Draping é uma técnica de modelagem utilizada para a criação de moldes sob a forma tridimensional. É trabalhada sobre um manequim industrial com medidas padronizadas do biótipo brasileiro, voltadas para a indústria do vestuário.” 5
A principal ferramenta do Draping é o manequim, e para desenvolver moldes no
manequim utiliza-se tecido (algodão cru e mourin são exemplos dos mais utilizados).
O primeiro passo para desenvolver um modelo é marcar as principais linhas e
contornos do corpo ou, ainda, qualquer outra medida que seja considerada
necessária para tal modelo. Essas marcações são feitas com uma fita conhecida
como sutache que é presa no manequim por alfinetes.
É cortado um pedaço de tecido suficiente para a drapeagem do molde que se
deseja; o tecido então é alfinetado no manequim de forma a atingir o modelo
pretendido. Esse molde de tecido será transferido para o papel de modelagem
depois de ter sido feito um teste de vestibilidade unindo frente e costas (ambas com
margem de vestibilidade) com alfinetes, alinhavo ou pontos largos de máquina de
costura.
5 RADICETTI, Ibidem, pág. 2
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3. FERRAMENTA CAD NA MODELAGEM DE VESTUÁRIO
No início dos anos 1980, alguns fornecedores de CAD/CAM identificaram um
novo setor onde esta tecnologia poderia ser utilizada com enorme sucesso, a
confecção de vestuário. Segundo Segenreich (2000, p.39) “Inicialmente muito caros,
utilizavam workstations; com o avanço da tecnologia, foram se tornando mais
amigáveis, versáteis e baratos.”
3.1. O que é cad?
CAD (Computer Aided Design) é uma sigla em inglês que significa “Desenho
Auxiliado por Computador”. CAD é o nome genérico dado a softwares utilizados para
produzir desenhos técnicos nas áreas de engenharia, geologia, arquitetura e design.
“Os sistemas de CAD/CAM surgiram na década de 1960 no contexto da engenharia aeroespacial. Como utilizavam com muita freqüência a computação gráfica, este termo passou a ser associado, em muitos casos, à própria computação gráfica, o que não deixa de ser um erro.” 6
Este tipo de programa possui ferramentas para construção de formas
geométricas e, em alguns casos, também formas tridimensionais. Possui
ferramentas que relacionam estas formas, para que possam ser unidas ou
recortadas, formando um novo desenho.
Alguns CADs possuem bases de dados com os desenhos mais utilizados,
como nos CADs de arquitetura, que têm na memória desenhos de paredes e
telhados.
Os softwares mais avançados possuem a modelagem paramétrica, que
estabelece a correspondência entre uma medida de referência e sua imagem.
6 SEGENREICH, op. cit., p. 38.
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4. APLICABILIDADES DO CAD NA MODELAGEM
Utiliza-se o CAD na modelagem pra construir os moldes ou digitalizá-los,
graduar, identificar suas configurações e fazer alterações e correções. Com o CAD
também faz-se o encaixe de moldes de maneira mais econômica e rápida.
4.1. Modelagem no computador
A modelagem no computador, foco deste trabalho, consiste no mesmo traçado
feito na modelagem plana, só que de maneira mais prática e rápida. Com a ajuda de
ferramentas de um programa CAD, a modelagem pode ser construída na tela do
computador, ou digitalizada após sua construção manual. O CAD de modelagem
fornece recursos para correções e alterações da modelagem, além da graduação.
4.1.1. Construção do molde na tela
Pode-se traçar um molde na tela do computador da mesma forma que se faz
no papel, utilizando as ferramentas que o CAD disponibiliza. São ferramentas que
possibilitam marcar pontos de apoio para traçar retas e curvas dentro das medidas
necessárias. Desta forma, pode-se construir as bases e depois interpretar os
modelos ou fazer as interpretações a partir de uma base anteriormente digitalizada.
É importante lembrar que moldes simples como punho, carcela, bolsos, etc. são
preferencialmente construídos na tela, pois partem de um quadrado ou retângulo.
4.1.2. Digitalização Para transcrever um molde para a forma digital de modo a ser processado por
um computador, o CAD utiliza-se de uma mesa digitalizadora ou de uma máquina
fotográfica digital aliada a um quadro específico pra esta finalidade.
A mesa digitalizadora possui um mouse com um teclado numérico e algumas
letras. O operador percorre o perímetro do molde clicando no teclado do mouse os
códigos referentes a pontos de curva, extremidade, piques e pontos internos.
Com o surgimento da fotodigitalização, mais um processo foi melhorado. O
tempo de tirar uma foto é infinitamente mais rápido; assim, é possível digitalizar
vários moldes ao mesmo tempo. Modelagens como a de um blazer (que possui
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CAD de Modelagem
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muitas partes) ou uma calça (que possui um perímetro muito grande) levam muito
tempo para serem digitalizadas em uma mesa digitalizadora.
4.1.3. Graduação Graduação é o processo de transformação de um molde nos tamanhos
menores e maiores. Acrescenta-se a medida necessária para que o primeiro molde
passe a atingir a medida estabelecida pela tabela, nos tamanhos subseqüentes
Com o molde pronto (digitalizado ou construído na tela), podemos utilizar a
função de graduação.
Na graduação basicamente utiliza-se pontos de controle, os quais receberão os
valores determinados por um modelista para ampliarem-se ou reduzirem-se no
sentido correto. Em cada sistema, o modo de se graduar é diferente, alguns são
mais complexos que os outros, e deve-se prestar muita atenção, pois em pontos
intermediários a graduação pode não seguir na correta proporção e deverá ser
corrigida.
4.1.4. Configuração dos moldes
As configurações do molde dizem respeito a todas as informações que são
escritas dentro do molde quando feito manualmente. São elas: a referência do
modelo, o tamanho, o nome da parte componente daquela modelagem e a
quantidade de vezes que deve ser cortada.
A modelagem deve ser salva com todas essas informações classificadas
corretamente, pois o programa onde se faz o encaixe faz uso dessas informações,
para que nenhuma parte seja esquecida ou cortada de maneira incorreta.
Dentro das configurações, pode-se optar para que essas informações sejam
impressas dentro do molde, caso queira-se guardar este molde para fazer futuros
riscos manuais.
4.1.5. Alterações e correções
As correções em um molde podem ser necessárias em diferentes momentos
do processo: por exemplo, quando o molde é digitalizado, durante as alterações para
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
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a criação de um novo modelo ou, ainda, quando se identifica um defeito na
modelagem após análise da peça piloto.
A leitura do molde pela digitalização é feita através de pontos de extremidades
e pontos de curva. Algumas vezes a leitura identifica pontos que não são
necessários e isso cria irregularidades nas linhas dos moldes que devem ser
acertadas. Faz-se isso excluindo e manipulando esses pontos. Também é possível
acertar linhas que devem ser esquadradas.
Já correções de defeitos de modelagem e alterações para criação de um novo
modelo são feitas e diretamente aplicadas a todos os tamanhos, pois o molde já está
graduado. Se, por exemplo, a alteração for cortar o molde, basta acrescentar costura
nas duas novas partes com a ferramenta que possui esta função.
“(...) E quando houver necessidade de modificar alguma medida nos moldes, o sistema, como num passe de mágica, faz as correções de forma automática e proporcional. A grade inteira, ou seja, todos os tamanhos ficam corrigidos, seja na ampliação ou diminuição, sem risco de erro matemático ou anatômico. (...)” 7
4.2. Encaixe
Encaixe é o posicionamento dos moldes em cima do enfesto de tecido para
que seja cortado. O encaixe deve ser feito de maneira que se obtenha o menor
desperdício possível de tecido.
O programa que faz o encaixe não é o mesmo em que se faz a modelagem,
mas eles estão diretamente ligados. É assim nos mais conhecidos sistemas de CAD
de modelagem. O programa de encaixe funciona com os arquivos gerados pelo
programa de modelagem, pois é do arquivo de modelagens que ele extrai os
modelos que vai encaixar naquele momento.
O encaixe pode ser feito automaticamente pelo sistema, que gera milhares de
combinações e determina a de menor gasto, ou por um operador, que vai encaixar
os moldes como se estivesse fazendo a mão. Esse risco é impresso por uma
espécie de impressora conhecida como plotter.
7 CHATAIGNIER, op. cit., p. 206.
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CAD de Modelagem
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“Do jeito em que se encontra a tecnologia hoje em dia, o encaixe
automático, apesar de muito veloz, não produz riscos tão bons quanto os produzidos na tela por um riscador experiente. Os riscadores bem treinados em CAD/CAM continuarão com seus empregos valorizados nos próximos anos.”8
4.2.1. Plotter
O Plotter é semelhante a uma impressora; funciona a caneta ou, no caso dos
mais modernos, com cartucho de tinta. Existem plotters de diferentes larguras. É
possível plottar riscos largos em um plotter estreito; nesse caso, a impressão será
feita em duas tiras de papel.
“Uma segunda palavra diz respeito a soluções paliativas que visam à utilização de plotters estreitas para a produção de riscos largos. Esta solução implica o desenho do risco em duas tiras de papel que, posteriormente, serão emendadas. Isto gera um gargalo num processo que, justamente, quer se agilizar.” 9
Precisa-se de um plotter para chegar-se ao objetivo do CAD de modelagem,
que é gerar moldes, seja para serem impressos e utilizados como moldes de papel
ou serem encaixados, e o risco ir diretamente para o corte.
“Além desses sistemas e programas, há outros elementos que entram no universo do fascinante casamento entre a moda e a informática: o Scanner e o Plotter. Você sabia que eles são periféricos? Nem eu! Quer dizer, são equipamentos que se acoplam ao computador realizando serviços específicos”.10
8 SEGENREICH, op. cit., p. 40. 9 SEGENREICH, op. cit., p. 40. 10 CHATAIGNIER, op. cit., p. 204-205.
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5. O PROJETO DE EXPERIMENTAÇÃO
O projeto prático consiste em comparar o tempo de interpretação e graduação
de dois modelos de camisa feminina; um, feito manualmente, e o outro feito no CAD.
A interpretação desses modelos é feita a partir de um modelo de camisa social
básico tamanho 40.
Para execução desse projeto escolheu-se o CAD de modelagem Audaces.
5.1. Modelos
Para o desenvolvimento desse projeto foram escolhidos os seguintes modelos
de camisaria feminina:
Referência 001: Camisa social básica (esta será utilizada para interpretação
das duas outras referências). (fig. 1)
Referência 002: Camisa de manga ¾, gola padre, bainha fraldada e peitilho de
pregas. (fig. 2)
Referência 003: Camisa de manga curta com pregas, pala, gola de ponta e
bainha em V. (fig. 3)
Figura 1 Figura 2 Figura 3
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5.2. Processo manual
A partir da modelagem de uma camisa social básica tamanho 40, interpreta-se
os modelos copiando as partes da modelagem e traçando as alterações. Em
seguida, faz-se a graduação aplicando as medidas para que se torne o tamanho
subseqüente; esse tamanho será recortado para que sirva de base para a
graduação do próximo tamanho.
5.2.1. Interpretação manual referência 002
Para o desenvolvimento deste modelo seguiu-se a seguinte ordem de
interpretação, sendo que o tempo de desenvolvimento foi de 2h e 7min.
1° Frente (fig. 4)
1. Copiar frente.
2. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
3. Traçar bainha fraldada.
4. Deslocar o ombro em 3cm para frente.
5. Traçar recorte do peitilho.
6. Acrescentar costura no recorte do peitilho.
Figura 4
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
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2° Peitilho (fig. 5)
1. Copiar peitilho com papel transparente.
2. Acrescentar costura no peitilho.
3. Traçar 10 pregas de 1cm de profundidade e 1cm de distância entre elas.
4. Dobrar as pregas.
5. Recortar no formato do gabarito do peitilho.
Figura 5
3° Costas (fig. 6)
1. Copiar costas em papel dobrado
2. Diminuir comprimento em 4,5 cm (tornando o comprimento 3 cm mais
comprido que a frente)
3. Traçar bainha fraldada.
4. Copiar em papel transparente o deslocamento do ombro da frente.
5. Unir o deslocamento do ombro frente com o ombro das costas.
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CAD de Modelagem
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Figura 6
4° Manga (fig. 7)
1. Copiar manga.
2. Diminuir comprimento para que fique com 42cm ( 40cm + 2cm de costura)
3. Traçar circunferência do braço com 26 cm (24cm + 2cm de costura).
Figura 7
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CAD de Modelagem
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5° Punho (fig. 8)
1. Traçar falsa bainha virada com 5cm de altura dobrado (4cm + 1cm de
costura).
Figura 8
6° Gola Militar (fig. 9)
1. Copiar pé de gola e retraçar com 5cm de altura (3cm + 2cm de costura).
2. Retirar 3cm da semi-circunferência da gola para separar as pontas.
Figura 9
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CAD de Modelagem
26
5.2.2. Interpretação manual referência 003
Para o desenvolvimento deste modelo seguiu-se a seguinte ordem de
interpretação, com tempo de desenvolvimento foi de 1h e 20 min.
1° Frente (fig.10)
1. Copiar frente.
2. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
3. Desenhar bainha em V.
4. Deslocar o ombro em 5 cm para frente.
Figura 10
2° Costas (fig. 11)
1. Copiar costas em folha dobrada.
2. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
3. Desenhar bainha lateral em V.
4. Traçar pala com 11 cm de comprimento a partir do degolo.
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CAD de Modelagem
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Figura 11
3° Pala (fig. 12)
1. Copiar com papel transparente a pala das costas e acrescentar costura.
2. Copiar com papel transparente o deslocamento do ombro frente.
3. Copiar pala das costas em papel dobrado.
4. Unir o deslocamento do ombro frente com o ombro da pala.
Figura 12
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CAD de Modelagem
28
4° Manga (fig. 13)
1. Copiar manga.
2. Diminuir o comprimento da manga para que fique com 19,5 cm (17cm + 1cm
de costura + 1,5 de costura).
3. Traçar 3 pregas de 1 cm de profundidade e 1cm de distância entre elas.
4. Subir 1,5 cm a cabeça da manga
5. Traçar em curva a circunferência do braço com 30 cm (28cm + 2cm de
costura).
Figura 13
5° Gola (fig. 14)
1. Copiar gola.
2. Retraçar a ponta da gola prolongando 2cm.
3. Copiar pé de gola.
Figura 14
Heide Gomes Casagrande
CAD de Modelagem
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5.2.3. Graduação manual dos 3 modelos
• Graduação manual modelo básico Ref.: 001
Tempo: 3h 41 min.
• Graduação manual modelo Ref.: 002
Tempo: 3h 47 min.
• Graduação manual modelo Ref.: 003
Tempo: 3h 53 min.
Regras de Graduação (cm) (fig. 15)
Figura 15
Tabela de medidas
36 38 40 42 44 Busto 80 84 88 92 96 Cintura 60 64 68 72 76 Quadril 88 92 96 100 104 Degolo 33 34 35 36 37 Altura Cintura 43,8 44,3 44,8 45,3 45,8 Espalda 33 34,5 36 37,5 39 Busto a Busto 17 18 19 20 21 Altura do Busto 25,5 26 26,5 27 27 Comprimento da Manga 59 59,5 60 60,5 61
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CAD de Modelagem
30
5.3. Processo no CAD
No computador, o desenvolvimento das modelagens se dá na seguinte ordem:
primeiro, a digitalização dos moldes, seguida acerto de linhas e curvas; segundo, a
graduação, e depois o desdobramento dos moldes, onde for preciso. Tendo esta
primeira modelagem pronta, pode-se fazer as interpretações dos modelos.
5.3.1. Fotodigitalização camisa feminina básica
A fotodigitalização do molde básico se deu em duas partes: uma foto para
frente e costas (fig.16) e outra para manga, gola e pé de gola (fig. 18). Os moldes
simétricos são colocados no quadro dobrados, para que sejam desdobrados no
programa com mais exatidão. As fotos são salvas no computador e, dentro do
Audaces Digiflash, abre-se a foto. O programa faz uma leitura detectando as linhas e
pontos de contorno do molde (fig. 17 e 19). Seguindo os códigos numéricos e
alfabéticos da barra de ferramentas situada na lateral direita do monitor, pode-se
marcar os piques, furos de pence e o fio. Salva-se então este arquivo como uma
modelagem. O tempo de fotodigitalização de todo o molde foi de 13 min.
Figura 16 Figura 17
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CAD de Modelagem
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Figura 18 Figura 19
5.3.2. Graduação no cad
Os arquivos de modelagem são abertos no Audaces moldes para que se faça
os acertos (fig. 20 e 21) e a graduação (fig. 22).
Figura 20 Figura 21
Reúne-se no mesmo arquivos todos os moldes; cria-se os moldes da carcela e
punho com a ferramenta “criar reta dado dois pontos”. Em seguida, aplica-se a
graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela” e desdobra-se a gola, o pé
de gola e as costas com a ferramenta “dobrar/desdobrar moldes”. Dentro das
propriedades define-se as configurações do molde. Este procedimento levou 14 min
(fig. 22).
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CAD de Modelagem
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Figura 22
5.3.3. Interpretação referência 002 no cad
Tempo total: 1h. 52 min. (fig. 23)
Figura 23
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1° Frente (fig. 24)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada”, “criar retas dado dois pontos” e “criar
curva”
1. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
2. Traçar bainha fraldada.
3. Deslocar o ombro em 3cm para frente.
4. Traçar recorte do peitilho.
• Retirar e recortar os novos moldes com as ferramentas “criar molde por
intersecção” e “cortar molde”.
• Inserir piques de vista, bainha fraldada e pence com a ferramenta “inserir piques”.
• Acrescentar costura no recorte com a ferramenta “costura”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
2° Peitilho (fig. 25)
• Copiar gabarito do peitilho.
• Criar pregas simples para esquerda. Número de pregas: 10. Distância: 1.1cm.
Largura: 1cm. Com a ferramenta “pregas”.
• Acertar fio com a ferramenta “Sentido do fio”.
Figura 24 Figura 25
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3° Costas (fig. 26)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada”, “criar retas dado dois pontos” e “criar
curva”
1. Diminuir comprimento em 4,5 cm (tornando o comprimento 3 cm mais
comprido que a frente)
2. Traçar bainha fraldada.
• Unir o deslocamento do ombro frente com costas com a ferramenta “unir molde”.
• Retirar o novo molde com a ferramenta “criar molde por intersecção”.
• Acrescentar piques de ombro e pence com a ferramenta “inserir piques”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
• Desdobrar moldes com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”.
• Acertar fio com a ferramenta “Sentido do fio”.
4° Manga (fig. 27)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada” e “criar retas dado dois pontos”.
1. Diminuir comprimento para que fique com 42 cm ( 40 cm + 2 cm de costura)
2. Traçar circunferência do braço com 26 cm (24 cm. + 2 cm. de costura)
• Cortar molde com a ferramenta “cortar molde”
• Traçar retas em direção a nova medida de punho com a ferramenta “criar reta
dado dois pontos” e cortar o que sobrou com a ferramenta “cortar molde”.
• Acertar a graduação com a ferramenta “Graduar molde via tabela”.
Figura 26 Figura 27
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5° Punho (fig. 28)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada” e “criar retas dado dois pontos”,
traçar falsa bainha virada com 5 cm (4cm + 1cm de costura).
• Retirar novo molde com a ferramenta “criar molde por intersecção”
• Desdobrar o molde com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”
• Acertar a graduação com a ferramenta “Graduar molde via tabela”.
• Acertar fio com a ferramenta “Sentido do fio”
6° Gola Militar (fig. 29)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada” e “criar retas dado dois pontos”,
retirar 3cm da ponta da gola.
• Cortar a ponta da gola com a ferramenta “cortar molde”
• Marcar com a ferramenta “criar reta dado dois pontos” a medida de 5cm (3cm +
2cm de costura)
• Com a ferramenta “modificar elementos” manipular os pontos para que a gola
fique com 5cm de altura em toda a extensão.
• Desdobrar a gola com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”
Figura 28 Figura 29
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5.3.4. Interpretação referência 003 no cad
Tempo total: 48 min. (fig. 30)
Figura 30
1° Frente (fig. 31)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada”, “criar retas dado dois pontos” e “criar
curva”
1. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
2. Desenhar bainha em V.
3. Deslocar o ombro em 5 cm para frente.
• Retirar e recortar os novos moldes com as ferramentas “criar molde por
intersecção” e “cortar molde”.
• Inserir piques de vista, bainha fraldada e pence com a ferramenta “inserir piques”.
• Acrescentar costura no recorte com a ferramenta “costura”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
• Acertar fio com a ferramenta “sentido do fio”.
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2° Costas (fig. 32)
• Com a ferramenta “pontos por coordenada”, “criar retas dado dois pontos” e “criar
curva”
1. Diminuir comprimento em 7,5 cm.
2. Desenhar bainha lateral em V.
3. Traçar pala com 11 cm de comprimento a partir do degolo.
• Retirar e recortar os novos moldes com as ferramentas “criar molde por
intersecção” e “cortar molde”.
• Inserir piques de vista, bainha fraldada e pence com a ferramenta “inserir piques”.
• Acrescentar costura no recorte com a ferramenta “costura”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
• Acertar fio com a ferramenta “sentido do fio”.
• Desdobrar molde com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”.
Figura 31 Figura 32
3° Pala (fig. 33)
• Unir o deslocamento do ombro frente com a pala das costas com a ferramenta
“unir molde”.
• Retirar o novo molde com a ferramenta “criar molde por intersecção”.
• Acrescentar piques de ombro e pence com a ferramenta “inserir piques”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
• Desdobrar moldes com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”.
• Acertar fio com a ferramenta “Sentido do fio”.
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4° Manga (fig. 34)
• Subir 1,5 cm na cabeça da manga com a ferramenta “modificar elementos”.
• Para que a cabeça da manga volte a ter a medida anterior, marcar com a
ferramenta “pontos por coordenada”, 1cm a partir de cada lateral da manga e
retirar este 1cm utilizando a ferramenta “modificar elementos”
• Marcar as laterais com 4cm com a ferramenta “pontos por coordenada”, traçar
reta com a ferramenta “criar reta dado dois pontos” e cortar o molde com a
ferramenta “cortar molde”.
• Marcar com “pontos por coordenada” o comprimento da manga de 18,5 cm e
curvar esta linha com a ferramenta “curva de elemento”.
• Marcar com “pontos por coordenada” a largura de 30 cm.
• Acrescentar bainha de 1,5cm com a ferramenta “criar bainha no molde” e curvar
novamente a linha coma ferramenta “curva de elemento”.
• Acertar graduação com a ferramenta “graduar molde via tabela”.
Figura 33 Figura 34
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5° Gola (fig. 35)
• Com a ferramenta “modificar elementos” descer 2cm na ponta da gola, e acertar
a curva.
• Desdobrar a gola com a ferramenta “dobrar/desdobrar molde”
• O pé de gola continua igual.
Figura 35
6. COMPARATIVO DE PROCESSOS
Tabela de tempos
Referências Manual CAD
Fotodigitalização 001 13min
002 2h 7min 1h 52min Interpretação
003 1h 20min 48min
001 3h 41min
002 3h 47min
Graduação e
Configurações
003 3h 53min
14min
Total 14h 31min 3h 41min
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Peças prontas
Ref.: 001
CAD Manual
Figura 36 Figura 37
Ref.: 002
CAD Manual
Figura 38 Figura 39
Ref.: 003
CAD Manual
Figura 40 Figura 41
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7. CONCLUSÃO
Baseado na cronometragem, pode-se dizer que a principal economia de tempo
entre o processo manual e computadorizado é durante a graduação, principalmente
porque no CAD ela é feita apenas uma vez, no primeiro modelo. Nos outros foi
necessário apenas pequenos acertos, pois a ferramenta “criar moldes por
interseção” zera a graduação nos pontos que determinam o novo molde. Já a
ferramenta “cortar molde” produz uma graduação diferente da original, mas com ela
pode-se acrescentar costura no mesmo momento do corte.
A falta de prática no programa ocasionou um tempo similar ao procedimento
manual, no que diz respeito à interpretação. Mas no desenvolvimento do segundo
modelo percebe-se uma maior rapidez, pois já se havia adquirido uma certa
afinidade com o programa.
A fotodigitalização proporcionou um resultado extremamente preciso; já nas
interpretações e na graduação houve diferenças principalmente nas linhas curvas, o
que não ocasionou diferenças visíveis na peça pronta. Isto comprova que o CAD
pode fornecer um resultado tão bom quanto a modelagem manual. Com a vantagem
de medidas precisas e tempo otimizado.
Mas o programa não trabalha sozinho, a mão de obra especializada é
fundamental para a obtenção de um resultado satisfatório. O CAD é mais uma
ferramenta na mão do modelista, e o total conhecimento de suas funções é o ponto
de partida para o aproveitamento completo das ferramentas.
Da mesma forma que o programa não trabalha sozinho, ele não pode errar
sozinho, o que faz lembrar que o conhecimento técnico de modelagem é
fundamental. Modelar no CAD segue os mesmos princípios de se modelar a mão, a
correspondência com a forma manual torna mais fácil a associação do traçado com
a ferramenta adequada.
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8. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
• CASTRO, Flávia. Pesquisa para iniciantes. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
2004.
• CHATAIGNIER, Gilda. Todos os caminhos da moda. Rio de Janeiro: Rocco,
1996.
• ETAYO, Jose Maria. Aplicações do CAD/CAM na indústria de confecção.
IN: CONFERÊNCIA NACIONAL DE TECNOLOGIA TÊXTIL, 4, Rio de Janeiro:
SENAI/CETIQT, 1987
• LEITE, Adriana Sampaio; VELLOSO, Marta Delgado. Desenho técnico de
roupa feminina. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004.
• RADICETTI, Elaine. Modelagem tridimensional Draping. Rio de Janeiro:
[s.n.], 2006.
HEBDOMADÁRIO
• CAD, o novo senhor da moda. Exame informática, n.10, 5 out. 1988
• SEGENREICH, Solly A. O papel do CAD/CAM na indústria de confecção.
Costura Perfeita, São Paulo, v. 2, n. 6, p. 38-40, out. 2000
SITES
• AUDACES Disponível em: <www.audaces.com.br>. Acesso em: 28 out. 2008.
• SANTANA, Larissa. • O Brasil que inova. 07.02.2008 . Disponível em:
<http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0911/gestaoepessoas/
m0150952.html>. Acesso em: 28 out. 2008.
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ANEXOS
Anexo A: FICHAS TÉCNICAS
Ficha Técnica
Ref.: 001 Coleção: Clássica Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina social básica Frente
Costas
Partes Componentes: Frente (1 par), Costas (1x), Manga (1 par), Gola (1 par), Pé de gola (1 par), Punho ( 2 pares)
Tecido: Crepe chifon liso Cor: Branca Largura: 1.40m Gasto: 1.08m
Amostra
Composição: 100% Poliéster Aviamentos: Especificação: Gasto: Composição: Botão Tamanho 16 9 unidades Linha 63% poliéster 37% algodão Fio 100% poliéster
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Seqüência Operacional Ref.: 001 Coleção: Clássica Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina social básica Seqüência Descrição das Operações Máquina Tempo
padrão 1 Preparar gola, pé de gola e punho Reta 2 Colocar carcela na manga Reta 3 Fechar manga Reta 4 Chulear manga Ov3 5 Pregar punho Reta 6 Fechar pence frente e costas Reta 7 Preparar vista frente Reta 8 Unir ombros Reta 9 Chulear ombros Ov3 10 Pregar gola Reta 11 Unir laterais Reta 12 Chulear laterais Ov3 13 Pregar manga Reta 14 Fazer bainha Reta 15 Chulear cava Ov3 16 Casear Caseadeira 17 Pregar botões Maq. botões Pontos críticos:
Tabela de Medidas (cm) Tamanhos Busto Cintura Quadril Espalda Comprimento Manga 36 82 62 90 35 59 60,5 38 86 66 94 36,5 60 61 40 90 70 98 38 61 61,5 42 94 74 102 39,5 62 62 44 98 78 104 41 63 62,5
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Ficha Técnica Ref.: 002 Coleção: Moderno Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina com manga ¾, gola padre, peitilho de pregas e bainha fraldada. Frente
Costas
Partes Componentes: Frente (1 par), Costas (1x), Manga (1 par), Gola militar (1 par), Punho ( 1 par), Peitilho (1par)
Tecido: Tricoline lisa Cor: azul Largura: 1.40m Gasto: 90cm
Amostra
Composição: 100% algodão Aviamentos: Especificação: Gasto: Composição: Botão Tam 16 6 unidades Linha 63% poliéster 37% algodão Fio 100% poliéster
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Seqüência Operacional Ref.: 002 Coleção: Moderno Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina com manga ¾, gola padre, peitilho de pregas e bainha fraldada. Seqüência Descrição das Operações Máquina Tempo padrão 1 Costurar pregas Reta 2 Cortar no formato do gabarito 3 Preparar gola Reta 4 Fechar bainha falsa Reta 5 Fechar manga Reta 6 Chulear manga Ov3 7 Pregar bainha falsa na manga Reta 8 Fechar pence frente e costas Reta 9 Unir peitilho na frente Reta 10 Chulear peitiho com a frente Ov3 11 Preparar vista da frente Reta 12 Unir ombros Reta 13 Chulear ombros Ov3 14 Pregar gola Reta 15 Fechar laterais Reta 16 Chulear laterais Ov3 17 Pregar mangas Reta 18 Fazer bainha Reta 19 Chulear cava Ov3 20 Casear Caseadeira 21 Pregas botões Maq. botões Pontos críticos: Bainha fraldada e pregar peitilho na frente.
Tabela de Medidas (cm) Tamanhos Busto Cintura Quadril Espalda Comprimento Manga 36 82 62 90 35 51,5 39 38 86 66 94 36,5 52,5 39,5 40 90 70 98 38 53,5 40 42 94 74 102 39,5 54,5 40,5 44 98 78 104 41 55,5 41
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Ficha Técnica Ref.: 003 Coleção: Casual Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina de manga curta com gola social, pala, deslocamento de ombro e pregas na manga. Frente
Costas
Partes Componentes: Frente (1 par), Costas (1x), Manga (1 par), Pala (1par), Gola (1 par), Pé de gola (1 par), Entretela de gola (1x)
Tecido: Microfibra para camisaria listrado Cor: Verde Largura: 1.40m Gasto: 78cm
Amostra
Composição: 100% poliéster Aviamentos: Especificação: Gasto: Composição: Botão Tamanho 16 7 unidades Linha 63% poliéster 37% algodão Fio 100% poliéster
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Seqüência Operacional Ref.: 003 Coleção: Casual Data: Dez/2008 Descrição: Camisa feminina de manga curta com gola social, pala, deslocamento de ombro e pregas na manga. Seqüência Descrição das Operações Máquina Tempo padrão 1 Chulear laterais Ov3 2 Preparar gola e pé de gola Reta 3 Preguear manga Reta 4 Fechar manga Reta 5 Chulear manga Ov3 6 Fazer bainha na manga Reta 7 Fechar pence frente e costas Reta 8 Preparar vista da frente Reta 9 Unir pala nas costas Reta 10 Pespontar pala Reta 11 Unir ombros embutindo Reta 12 Pregar gola Reta 13 Fechar laterais Reta 14 Fazer bainha Reta 15 Pregar mangas Reta 16 Chulear cavas Ov3 17 Casear Caseadeira 18 Pregar botões Máq. Botões Pontos Críticos: Detalhe em “V” na bainha lateral.
Tabela de Medidas (cm) Tamanhos Busto Cintura Quadril Espalda Comprimento Manga 36 82 62 90 35 53 16,5 38 86 66 94 36,5 54 17 40 90 70 98 38 55 17,5 42 94 74 102 39,5 56 18 44 98 78 104 41 57 18,5
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Anexo B: PLANO DE CORTE
Plano de Corte N° do pedido: Data: Cliente: Ref.: 001 Coleção: Clássica Descrição: Camisa feminina social básica Tamanhos Cores 36 38 40 42 44 Total Branco 1 2 3 2 1 9 Tecido: Chifon Largura: 1,40 m Gasto: 8.61m
Anexo C: ENCAIXE
Figura 42
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