brasil império: constituição, lei de terras e abolição

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Apresentação de slides para aulas de História sobre Brasil Império, criada por Fernanda Alves, professora da rede estadual do RJ

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Constituição, Lei de Terras e Abolição

Nesta aula, entenderemos como ocorreu o processo de estabelecimento de certas leis, durante o período monárquico brasileiro. Sendo assim, analisaremos as implicações políticas, econômicas e sociais na elaboração da Constituição de 1824, Lei de Terras de 1850 e Leis Abolicionistas.

A Constituição

Após a Independência, a organização do Estado brasileiro começou a ser feita através da convocação de uma Assembleia, composta principalmente por pessoas que representavam os interesses da elite brasileira (grandes proprietários de terras, altos funcionários do governo e outros), para a elaboração da Constituição (conjunto de leis que define a organização de um país).

Porém, o projeto não agradou ao imperador porque as leis propostas limitavam seu poder de governar. Pedro I, então, ordenou o fechamento da Assembleia Constituinte e chamou conselheiros para auxiliá-lo na elaboração das leis constitucionais.

Os quatro poderes

A primeira Constituição Brasileira foi outorgada (imposta) em 1824 e estabelecia que o Brasil seria governado através de quatro poderes:

• Legislativo (cria as leis); • Executivo(executa as leis); • Judiciário (verifica o cumprimento das leis); • E o quarto poder era o Moderador, que

dava ao imperador a possibilidade de controlar os outros poderes.

Poder Moderador e Voto censitário

A Constituição de 1824 dava plenos poderes ao governante para centralizar as decisões do império em suas mãos. Além disso, limitava a participação de maioria da população, porque exigia uma alta renda para o direito ao voto (voto censitário).

Lei de Terras de 1850

Ao longo do século XIX, novas leis foram implementadas para atender aos interesses políticos e econômicos do império.

É o caso da Lei de Terras de 1850. A partir dessa lei, a terra no Brasil deveria ser comprada e não mais concedida pelo governo como ocorria desde o tempo colonial.

A lei também dificultava o acesso de grande parte dos trabalhadores livres pobres, mantendo a posse da terra concentrada numa aristocracia rural (ricos proprietários de terras).

A Aristocracia Rural: A Elite do Império Brasileiro

AS LEIS SOBRE A ESCRAVIDÃO

Outra situação que exigiu a reformulação das leis no Brasil monárquico foi a escravidão.

A escravidão de africanos foi implantada no século XVI, tempo em que o Brasil era colônia de Portugal, e a independência não terminou com esta forma de trabalho (mão de obra escrava).

No entanto, no século XIX, movimentações econômicas e políticas que aconteciam no Brasil, como o fim do tráfico de negros africanos e os movimentos pela abolição da escravatura, geraram cada vez mais discussões sobre a questão escravista no Brasil.

Além disso, também havia o medo de uma revolta geral de escravos, que representavam uma grande parcela da população brasileira na época.

Escravos africanos

• Dessa forma, o governo procurando controlar o processo da abolição da escravatura (fim da escravidão), estabeleceu leis que tinham a intenção de terminar com a escravidão aos poucos.

• As leis foram: • Lei do Ventre Livre (1871), que

determinava livre todos os filhos de escravos nascidos a partir desta data;

• Lei dos Sexagenários (1885), que libertava os escravos com mais de 65 anos; e, por fim,

• a Lei Áurea (1888), que abolia a escravidão em todo o Brasil.

• A Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II.

A Exclusão do “povão”A construção do Estado no Brasil esteve

ligada a questões em que havia pouca, ou nenhuma, participação das camadas populares da sociedade.

Tanto na Constituição de 1824 como na Lei de Terras de 1850, a maioria da população foi excluída, pois sua grande parte era composta por escravos, negros libertos ou pessoas livres pobres, que não tinham acesso à renda necessária para participar das decisões políticas do país, no caso do voto censitário, ou possuíam propriedades.

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