aula i media 1 alta idade média

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URBANIZAÇÃO NA IDADE MÉDIA:mudanças na rede urbana esuas conseqüências no espaço intra-urbano

1. Decadência do Império Romano• Enriquecimento de camada reduzida• Manutenção do exército• Manutenção da forma de produzir não se fez a passagem da manufatura

para fábrica• “granjas capitalistas “ ( Childe) contração material das áreas urbanas

2. Início da Idade Média• Pirenne expansão do Islã• Outros autores Dobb, Sweezy e outros : contradições internas de Roma

(colapso gradual da economia romana, auto suficiência agrária, invasões, cristianismo)

3. O modo de produção feudal• Feudalismo primitivo formação• Feudalismo desenvolvido apogeu• Feudalismo final Crise e início das relações capitalistas

4. Propriedade do solo como base do feudalismo• traços feudais: propriedade do solo pelos senhores exploração dos camponeses renda trabalho ( corvéia) renda produto renda dinheiro• conceitos fundamentais: servidão feudalismo escravidão capitalismo

5. As cidades da Idade Média• Decadência comercial do século IX• As cidades e os burgos• Elementos da cidade medieval: castelo muralha --. Muro, torre, porta cinturões interno e externo pontes levadiças• Elementos da cidade da Baixa Idade Média: mercado guildas igreja praça ordens mendicantes hospital, universidade

BIBLIOGRAFIA

BAIROCH, Paul - De Jericho à Mexico. Villes et économie dnas l’histoire. Paris, Gallimard, 1985 ( caps 7, 8 , 9, 10 e 110

CHILDE, Gordon – “Declínio e queda do mundo antigo” In O que aconteceu na história, Rio de janeiro, Zahar, 1960

DOBB, Maurice - A evolução do capitalismo Rio de janeiro, Zahar, 1971

FRANDO JUNIOR, Hilário - A Idade Média . Nascimento do ocidente São Paulo, Brasiliense,2005

HUIZINGA, Johan - O Outono da Idade Média São Paulo, Cosas Naify , 2010

LE GOFF, Jacques - Por amor às cidades São Paulo, UNESP, 1988

LE GOFF, Jacques- O apogeu da cidade medieval São Paulo, Martins Fontes, 1992

PIRENNE, Henri - As cidades da Idade Média Lisboa, Publicações Europa América, 1971

SWEEZY, Paul – A transição do feudalismo para o capitalismo Rio de Janeiro, Paz e terra, 1977

Conceito “Idade Média”

Petrarca (séc. XIV) = “Tenebrae”

Bispo Giovanni Andrea (1469) = “média tempestas”

Vasari (séc. XVI) = “Media aetas”, “media tempora”

Rafael Sanzio (XV-XVI) = arquitetura “gótica”, “bárbara”

Alta Idade Média séculos VI a XI

Baixa Idade Média século XII a 1453

98-117 Trajano o império Romano atinge sua expansão territorial máxima 180-192 Cômodo retoma o modelo autocrático de império 266-273 Reino de Palmira 270-275 Aureliano reunifica o Império; construção da muralha Aureliana em Roma

313 Édito de Milão: liberdade de culto

338 Transferência da capital para Constantinopla

392 Édito de Constantinopla: Teodósio veta qualquer culto pagão

395 A capital do Império Romano do Ocidente passa a ser Ravena 410 Alarico e os visigodos saqueiam Roma 455 Vândalos saqueiam Roma 475-479 Rômulo Augusto, último imperador do Ocidente, é deposto por Odorico, chefe dos federados bárbaros 732 Árabes são derrotados por Carlos Martel em Poitiers 751 Pepino, o Breve, se alia ao Papa contra os lombardos

756 Pepino doa ao Papa Estevão II Ravena e o ducado de |Roma, que se constitui na base do futuro estado eclesiástico

768-796 Carlos, filho de Pepino, oncorpora os saxões, os lombardos, a Baviera e os

ávaros ( Hungria)

CRONOLOGIA

800 Carlos é coroado imperador pelo Papa, virando Carlos Magno

812 Miguel, imperador de Bizâncio, reconhece Carlos como imperador em troca de sua renúncia a Veneza

814 morre Carlos Magno, sucedido por Luis, o Piedoso

840 lutas sucessórias dos filhos de Luis: Lotário, Luis e Carlos; em 843 o império é

dividido em 3 ( tratado de Verdun)

841 1º registro da palavra feudo

Decadência do Império Romano

1. Enriquecimento de camada social reduzida - dívidas e serviço militar afastam da terras os camponeses - grandes propriedades exploradas por escravos

2. Manutenção do exército emprego de bárbaros; exército como elemento “educador”, mas gastador de divisas

3. A forma de produzir continua a mesma, não se fez passagem fundamental da manufatura para a fábrica Agricultura como única profissão respeitável; a lei proibia a um senador dedicar-se ao comércio

4. Tendência da manufatura a exportar-se a si mesma, em vez de exportar os produtos

Origem das “granjas capitalistas” e dos feudos

Contração das cidades romanas

Cidades romanas água corrente, edifícios públicos, banhos, teatros, monumentos, praças.

Tamanho aproximado

Timgad 12 ha Alexandria 910 haLondres 120 ha Roma 1.224 ha ( séc III) São Paulo 150.800 haPompéia 64 há

Ano 275 Autum antes com 200 ha, tinha 10. Poucas cidades na Gália tinham mais de 24 haapós o ano 300.

Do ponto de vista econômico a civilização clássica morreu 150 anos antes da invasão bárbara

332 – Constantino declarou obrigatória por lei a permanência do colono no feudo

371- Valeriano colono não tem liberdade de abandonar a terra á qual está preso por situação de nascimento arrendatário se transforma em servo

Mundo ocidental em 362 notar império romano, persa, hunos, ostrogodos

Mundo ocidental em 476 notar Império romano do Oriente

Mundo ocidental em 528 rotas comerciais mais importantes

Mundo ocidental 1478 império otomano

TEORIAS EXPLICATIVAS

FATORES EXÓGENOS : ( Pirenne) • século v – invasões germânicas• século VIII – árabes• século IX – normandos

FATORES EXÓGENOS ( Childe/ Dobb/ Le Goff/Dubby)

• Renascimento comercial• Renascimento urbano

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1. SERVIDÃO transferência do excedente do trabalho camponês para o proprietário de terra ( senhor feudal) Esta transferência poderia ser em trabalho – corvéia- ou em produto em espécie ou em dinheiro

2. FEUDALISMO modo de produção baseado na servidão. O produtor direto se encontra na posse dos meios de produção. Mas não é livre para vender sua força de trabalho para quem quiserTraços do feudalismo: propriedade da terra pelos senhores exploração dos servos, que não tinham terra, mas tinham meios de produção para administrar sua exploração

3. ESCRAVIDÃO o escravo trabalha com a condição do trabalho pertencer a outro

4. CAPITALISMO o trabalhador encontra-se divorciado dos meios de produção e da de prover a própria subsistência, mas, diversamente da escravidão, sua relação com o dono dos meios de produção é puramente contratual

Rede urbana: lógicas de implantação geográfica

DEFESA x COMÉRCIO

Portos marítimosNápoles, Veneza, Genova , MarselhaLondres, Antuérpia, Bruges, RigaLubeck

Vias fluviaisParis, Avignon, Lyon, Rouen, Bordeaux, Londres, Florença

Vias terrestres

Monpellier

ALTA IDADE MÉDIA1. Decadência comercial séculos VIII e IX Teoria de Pirenne Mediterrâneo mar muçulmano desde meados do século

VII decai o comércio marselhês ( ver cidades camufladas na costa). No decorrer do século IX, muçulmanos apoderam-se da Córsega, Sardenha e Sicília. Em 640, Egito é do Islão, papiro não chega mais à Europa

2. Império de Carlos Magno e seus sucessores para se defender do Islão e dos Normandos

3. Comércio quase que monopolizado pelos judeus

4. Império Carolíngeo é um império terrestre e agrícola; 2 conjuntos de terras: terra senhorial e terra alugada, dividida entre os vilões

Economia doméstica fechada

5. Questão : existiriam cidades na Europa Ocidental?

AS CIDADES E OS BURGOS

CERCA town, gorod O feudo não tinha sede fixa a sede era o senhor feudal

Elementos principais: muralha, torres, portas, casteloCatellum, castrum, oppidum, urbs, municipium. burgo

CIDADE EPISCOPAL o uso eclesiástico da cidade romana a salvou da ruína

CIDADES DE ADESÃO SURGIDAS DE CASTELOS E/OU MOSTEIROS

BASTIDES, OU CIDADES NOVAS

ARLES ANFITEATRO QUE CONSTITUIA O NÚCLEO URBANO NA I MÉDIA

Cidade medievalCom castelo

Planta do castelo

AIGUES MORTESCidade bastide

AIGUES MORTES- MURALHA

EZE : cidade camuflada no mediterrâneo

Mont Saint Michel, Bretanha

Mont Saint Michel, na Bretanha cidade abadia

Vista do sítio

Capela românica

Caminho de ronda

Mont Saint Michel

Cité medievalBastide

Carcassone

rua

igreja

Rhodes : Cidade medieval, cruzados

Saint Paul, Provence

EVOLUÇÃO DOS CASTELOS FORTALEZASANO 1000 SÉCULOS XI e XII

TORREÃO RESIDENCIAL SÉCULO XIII mudança de concepção

Fosso, muro de tijolos

Castelo fortaleza nos fins do Século XIVNotar a fortaleza na entrada

Caminho de ronda contínuo percorrendo as muralhas

Ponte levadiça no século XIV

Ponte levadiça com separação paracavalos e carroças

Castelo fortaleza no século XV

A muralha se modifica pelo canhão

A fortaleza frontal se transforma,defendendo não apenas a entrada

Contexto

Séc. X e XI: avanço de turcos seljúcidas na Ásia menor: Jerusalém (1078).

Império em crise: Aleixo I Comneno pede auxílio ao Ocidente.

1095: Concílio de Clermont, Urbano II proclama a 1ª Cruzada.

8 Cruzadas (?) vs. movimento quase permanente: 4 a 5 milhões de mortos

Colina, protegida por muro, flanqueada por torres e em volta da catedral.

Função comercial.

4 cronistas deixaram versões diferentes do discurso.

Nas várias versões: infortúnios dos cristãos do oriente, cavaleiros do ocidente poderiam lutar contra verdadeiros inimigos da fé, indulgência plena, terra fértil.

Clermont

Acontecimento extra-oficial, anterior à resposta dos nobres

Movimento popular: misticismo da época

Pregações de Pedro, o Eremita, auxiliados por Gautier Sans Avoir

Cruzada dos mendigos

Godofredo de Bulhão, o protetor. Depois, Balduíno, rei.

Carnificina de inimigos impressiona os 2 lados.

Longo cerco e tomada em 1099.

Tropas indisciplinadas vs tropas mal preparadas.

TOMADA DE JERUSALÉM

O exército de Conrado acabou esmagado pelos turcos num momento de repouso.

O que sobrou juntou-se aos franceses, com o apoio dos templários.

Resultado ruim: reinos cruzados, bizantinos e muçulmanos pioram relacionamento.

Segunda Cruzada (1147-1149)

Salah al-Din Yusuf bin Aiub: sultão do Egito, Síria e Palestina.

Chefe militar lendário.

Comandou a tomada de Jerusalém (2/10/1187).

Papa Gregório VIII abençoou a Terceira Cruzada (1191).

Morre empobrecido na Síria.

Ricardo e João Sem Terra: Ivanhoé e Robin Hood, e a Magna Carta (1215).

Terceira Cruzada(1189-1192)

Quarta Cruzada (1202-1204)

Convocada para reaver Jerusalém.

Cruzada Comercial: Doge Dândolo, de Veneza, e o saque de Zara e Constantinopla.

Inocêncio III vs. Catarismo como retorno ao cristianismo primitivo.

Cátaros: rejeição dos sacramentos, poder papal como paganismo disfarçado. Capital: Carcassone.

Fontes: Inquisição.

Para a Igreja: discípulos de Satanás; incentivavam suicídio e proibiam o casamento e a procriação.

Cruzada Albigense(1209)

Também pregada por Inocêncio III,

André II, rei da Hungria, e Leopoldo VI, duque da Áustria.

Para conquistar Jerusalém, conquistar o Egito: quase vitória.

Última cruzada com exércitos papais.

Quinta Cruzada (1217-1221)

Sexta Cruzada (1228-1229)

Excomungado pelo papa, Frederico II a lidera.

Tratado de Jafa (1229): Malik el-Kamil cede a posse de Jerusalém, Belém e Nazaré por 10 anos em troca da liberdade de culto: segunda excomunhão.

1244: finda a trégua; desastre em Gaza e perda dos locais santos.

Sétima e Oitava Cruzadas (1248-1250/1270)

Liderada por Luís IX (São Luís): 35 mil homens.

Egito: vitória inicial, mas Luís é feito prisioneiro.

Pesado resgate mantém Outremer e liberta o rei (invasão mongol ajuda).

Morre em 1270, em Túnis.

A queda de Acre, em 1291, marcou o fim das Cruzadas

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