aula anatomia face arquivo

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OBJETIVOSGerais: A presente disciplina dedica a sua carga horária ao ensino da anatomia da cabeça e do pescoço, no sentido de conhecer, nomear e localizar estas estruturas anatômicas, com ênfase ao complexo buco-maxilo facial

OBJETIVOSEspecíficos: 1- Introduzir o aluno no estudo da anatomia topográfica da cabeça e do pescoço. 2- Associar a anatomia à : A- Fisiologia oral B- Estudo da estomatologia C- Noções de acidentes anatômicos referentes ao exercício das técnicas anestésicas locais3- Conhecer vasos e estruturas do pescoço e relacioná-los com alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos, pertinentes a área de atuação do cirurgião dentista generalista.

METODOLOGIAAulas teóricas com o uso de meios audiovisuais (data-show) Aulas práticas utilizando-se macro modelos, manequins, crânios secos, cadáveres, e painéis. Uso de outros meios motivadores como: trabalhos, resumos, painéis integrados, seminários, painéis e banners para publicação e outros meios que possam surgir durante o ano letivo.

As avaliações serão realizadas através de: Avaliações teóricas Questões subjetivas e objetivas Avaliações práticasIdentificação de estruturas anatômicas em cadáver e macro modelos Seminários

CONTEUDO PROGRAMATICOOSTEOLOGIA MIOLOGIA NEUROLOGIA ESTUDO DA ATM. CAVIDADE ORAL E SEUS ANEXOS ESTUDO DA VASCULARIZAÇÃO

R E F E R E N C I A SFIGUN, M.E.; GARINO,R. R. Anatomia odontologica funcional e aplicada. Rio de Janeiro: Panamericana, 1994. ‡ GARDNER, E.; GRAY,DJ.; O¶RAHILLY,R. Anatomia. Q uarta edicao. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1985. ‡ MADEIRA, M.C. Anatomia da face. 2 ed. Sao Paulo: Sarvier, 1997. ‡ McMINN, R.M.H.; HUTCHINGS,R.T.; LOGAN, B.M. Atlas colorido de anatomia 3 ed. Artes medicas, 1992. ‡ NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 2 ed. Porto Alegre: Artes Medicas. 1999. ‡ SOBOTTA, J: BECHER, H. Atlas de anatomia humana. 21 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000

Pauta de aula prática: Anatomia Geral (ESEF) Cabeça óssea: Divisão:a) Crânio (neurocrânio, caixa cefálica, calvária ou calota craniana). b) Face (vicero-crânio). Crânio: São 8 ossos {2 pares (2 parietais e 2 temporais) e 4 ímpares (frontal, occipital, esfenóide e etmóide, esses dois últimos são classificados como irregulares).}. Obs: Tanto o osso Frontal, Esfenóide, temporal, etmóide e a Maxila são classificados também em pneumáticos.

Frontal: Caracteres principais: • Anteriormente é convexo; • Osso plano; • Posteriormente é côncavo, estando em contato com o lobo frontal do cérebro; • A glabela, proeminência entre os arcos superciliares; Obs: Passando-se uma linha horizontal sobre o teto das órbitas, encontraremos a incisura etmoidal, onde haverá a articulação do osso etmóide juntamente com o osso frontal. Anteriormente a essa incisura há uma abertura, o seio frontal, na porção ântero-inferior. Occipital: Caracteres principais: • Osso mais posterior do crânio; • Osso plano; • Apresenta uma forma de losango em concha; • Internamente comunica-se com o lobo occipital do cérebro (os dois primeiros sulcos), e com o cerebelo (os sulcos mais a baixos), localização ântero-posterior; • Na parte póstero-inferior, encontramos a protuberância occipital externa (logo acima da nuca). Lateralmente as linhas encurvadas (superior e inferior) nas quais vários músculos se inserem, esses músculos são responsáveis por importantes movimentos da cabeça óssea; • A presença de côndilos occipitais, os quais se articulam (movimentos de flexão extensão) com as massas laterais da 1° vértebra cervical da coluna (a Atlas); • Presença do canal do hipoglosso, presença do forame Magno

Esfenóide: Caracteres principais:Localiza-se no centro da base do crânio por trás do etmóide e anteriormente ao occipital; • Sua simetria anatômica é em forma cúbica (aparenta um morcego sem cauda e cabeça); • Ele é oco, o que constitui o seio esfenoidal, o qual se abra no fundo da cavidade nasal. • Em sua face superior há uma fosseta, que é chamada de sela túrcica, o acidente oposto a ela (internamente) é caracterizado pela tuberosidade faríngea. Lembrar que a glândula hipófise ou Pituitária localiza-se na sela

túrcica. È notório também citar as pequenas elevações que se localizam nos cantos da sela T. chamados de processos clinóides. • Apresenta duas asas maiores e duas asas menores e seus devidos caracteres.

Etmóide: Caracteres principais: • Localiza-se por diante do esfenóide e articula-se na incisura etmoidal do osso frontal • Apresenta uma forma irregular (grosseiramente lembra uma balança).

Parietal: Caracteres principais: • Possui uma forma quadrilátera; • Osso pare plano; • Das faces laterais é convexas e medialmente apresenta vários sulcos, que correspondem às ramificações dos vasos meníngicos médios;

Temporal: Caracteres principais: • Osso par e plano; • Sua face medial relaciona-se com o encéfalo; • Presença da fossa mandibular, a qual vai se articular com os côndilos da mandíbula; • Presença do processo zigomático; • Dividi-se em:A) Escamosa (parte escamada).B) Timpânica (meato acústico externo).C) Petrosa (processo mastóideo, processo estilóide, forame estilomastóideo, canal carótico, poro acústico interno, esse último na parte face póstero-superior).

Face: São 2 ossos impares (Mandíbula e o Vômer) e mais seis pares de ossos (Maxila, Zigomático, Nasal, Palatino, Lacrimal, Concha Nasal Inferior), totalizando 14 ossos. Maxila:Caracteres principais: • Osso irregular e pneumático (seio maxilar); • Possui forma de pirâmide da base triangular;

• Presença do processo frontal, Face orbital, Processo Zigomático, processo palatino, face infratemporal, corpo da maxila, forames alveolares, crista lacrimal anterior e dentes (Incisivos, caninos, pré-molares, e molares) F- heme-arcada: 2-1-2-3.

Zigomático: Caracteres principais: • Possui uma forma de losango; • Apresenta processo temporal, processo frontal, face ou superfície orbital, a qual entra na formação do soalho da órbita.

Palatino: Caracteres principais: • É um osso par e irregular; • Faz parte da constituição da parede lateral da cavidade nasal; • Apresenta processo piramidal, processo esfenoidal, processo orbital, lâmina perpendicular, lâmina horizontal (a qual apresenta uma face nasal -soalho da cavidade nasal e uma face palatina (abóbada palatina)).

Lacrimal: Caracteres principais: • Possui forma aparente de uma unha; • Entra na constituição da parede medial da órbita ocular.

Concha Nasal Inferior: Caracteres principais: • Situa-se nas paredes laterais da cavidade nasal, entre ele a parede lateral encontra-se o meato inferior (aonde vem se abrir o canal nasolacrimal);

Nasal: Caracteres principais: • Possui forma retangular; • Quando associada ao seu oposto simétrico forma o dorso do nariz; • Articula-se superiormente com o frontal e lateralmente com processo frontal da maxila;

Vômer: Caracteres principais: • Possui uma forma de paralelogramo;

• Participa da constituição do septo nasal; • Apresenta uma asa.

Mandíbula: Caracteres principais: • Osso ímpar, o qual se articula pelas 2 extremidades (côndilos mandibulares) com os ossos temporais, formando a articulação temporo- mandibular. • Possui forma de uma lâmina vertical em “U”; • Apresenta o processo coronóide, cabeça da mandíbula, colo da mandíbula, ramo da mandíbula, forame mental, base da mandíbula, corpo da mandíbula ângulo da mandíbula (gônio), incisura mandibular e o processo condilar, língula da mandíbula, forame mandibular, borda posterior, borda superior e borda anterior.

Principais Suturas do crânio: • Coronal; • Sagital; • Lambdóide; • Escamosa; • Zigomaticotemporal; Zigomaticofrontal; • Esfenozigomática; • Esfenofrontal; • Esfenoparieltal; • Esfenoescamosa; • Parietomastóidea; • Frontonasal; • Frontomaxilar; • Frontonasal.

Pontos craniométricos importantes: • Brégma (ponto de encontro das suturas coronal e sagital); • Vertéx (ponto ápice do crânio); • Lambda (ponto de encontro entre as suturas lambdóide e sagital); • Astério; Ponto de encontro das suturas parietomastóidea, occipitomastóidea e lambdóide. • Ptério: Ponto correspondente à extremidade posterior da sutura esfenoparietal.

Obs: Lembrar que, nos primeiros meses de idade, encontramos no recém-nascido a moleira (fontículo anterior e posterior) que é representado pelo espaço existente quando ainda não houve a fusão dos pontos craniométricos Brégma e Lambda.

POSIÇÃO ANATOMICAObjetivo:Posição padrão para evitar termos diferentes nas descrições anatômicas Posição bípede (em pé)Corpo eretoFace voltada para frenteM e m b r o s s u p e r i o r e s e s t e n d i d o s a o l o n g o d o c o r p o , c o m a s p a l m a s d a s mãos voltadas para frenteM e m b r o s i n f e r i o r e s u n i d o s , c o m a s pontas dos pés voltadas para frente

Funções do EsqueletoP- Proteção (coração, pulmões e SNC)M- Movimentação (Sistema de Alavancas)S- Suporte (Sustentação)D- (Depósito de Íons Cálcio e P)E- Hematopoiese

CABEÇA:Caixa craniana:

ossos pares: parietal (2), temporal (2)

ossos impares: frontal (1), esfenóide (1), etmóide (1), occipital(1)

Face:

ossos pares: maxilar (2), zigomático (2), palatino (2), nasal (2), lacrimal (2),corneto (2)

ossos impares: mandíbula (1), vômer (1)Ossículos auditivos:

martelo (2), bigorna (2), estribo (2).NÚMERO TOTAL DE OSSOS DA CABEÇA : 28 ossos

CRÂNIOO crân io fornece uma ca ixa para o encéfa lo , cav idades para os órgãos dos sentidos (visão, audição, equilíbrio, olfativo e gustativo), aberturas para a passagem de ar e comida e os dentes e maxilares para a mastigação. O crânio consiste num conjunto dos ossos, os quais, na sua maior parte estão unidos por articulações imóveis. Um osso, a mandíbula, move-se livremente, estando unida com o restante do crânio através de uma articulação sinovial, a articulação temporomandibular.O s o s s o s d o c r â n i o s ã o c o n s t i t u í d o s d e p o r l â m i n a s e x t e r n a e i n t e r n a d e substância compacta e uma camada esponjosa intermédia, denominada Díploe. O crânio é c o b e r t o e r e v e s t i d o p o r periósteo e a s u a c a m a d a d e c o b e r t u r a é d e n o m i n a d a pericrânio e a de revestimento interno de endocrânio (ou camada endotelial da dura-máter).Alguns ossos do crânio delimitam a cavidade craniana, na qual está situado o encéfalo e as suas membranas de cobertura (meninges). Estes ossos são o frontal, o etmóide, o esfenóide, o occipital, o temporal, e o parietal; os dois últimos são pares. Além de uma porção do osso frontal, o esqueleto da face é composto por vários pares de ossos: nasais, lacrimais, zigomáticos e maxilas, juntamente com a mandíbula. Outro osso impar , o vômer, e do is ossos pares , os palatinos e as conchas nasais inferiores (ou cornetos inferiores) estão dispostos mais profundamente.

As junturas (articulações) imóveis entre a maior parte dos ossos do crânio são denominadas de suturas. O crânio apresenta cerca de 85 forames, canais e fissuras, alguns destes são de pouca importância, e a atenção deve ser dirigida primeiro para as aberturas através das quais os nervos cranianos, ou alguns dos seus ramos, passam. Devemos identificar as aberturas para: (1) a medula espinal e as artérias vertebrais; (2) as veias jugulares internas e; (3) as artérias carótidas internas.Estas aberturas podem ser vistas claramente na face inferior do crânio. Elas são denominadas: (1) forame Magno, (2) forame Jugular (forame rasgado posterior) e (3) canal carotídeo. Para facilitar a descrição, o

crânio está orientado de tal forma que, os bordos inferiores das orbitas e os bordos inferiores dos meatos acústicos externos estão no mesmo plano horizontal – Plano de Frankfurt. Colocado nesta posição, é possível descrever 6 normas ou vistas:-NORMA VERTICAL (vista de cima, vista superior)-NORMA OCCIPITAL (vista posterior)-NORMA FRONTAL (vista anterior)-NORMA LATERAL (norma par, vista lateral)-NORMA BASAL (vista inferior, é a mais complexa)

Norma vertical O crânio é geralmente ovóide, quando visto de cima e mais amplo posteriormente. Podem ser identificados 4 ossos: anteriormente o frontal, posteriormente o occipital, e, entre esses os parietais direito e esquerdo. A sutura entre os dois ossos parietais é denominada sutura sagital. E aquela entre os ossos parietal e occipital é a sutura lambdoideia (lambdóide). A intersecçãodas suturas coronal e sagital é denominada bregma. A intersecção das suturas sagital e lambdoideia são denominadas lambda. Podemos visualizar, a poucos centímetros anteriormente ao lambda, uma minúscula abertura vascular, o forame parietal.

Norma occipital A parte posterior do crânio é composta por partes dos ossos parietais, do osso occipital e das partes mastóideias dos ossos temporais. A extremidade inferior da sutura lambdóide encontra-se com as suturasParietomastóideia e occipitomastóideia a cada lado, num ponto conhecido como Astérion. A protuberância occipital externa é uma projeção mediana, mais ou menos entre o lambda e o forame Magno. O seu centro é denominado ínion. A cada lado da nuca, um bordo curvo, a linha superior da nuca, arqueia-se lateralmente, a partir da protuberância –marca o limite superior do pescoço. As linhas supremas da nuca , quando presentes , estão a 1 cm ac ima das l inhas super iores da nuca que são mais arqueadas.

Norma frontal A vista anterior do crânio apresenta a fronte, as órbitas, a proeminência da face, o nariz ósseo externo, as maxilas e a mandíbula.

FronteO osso frontal forma o esqueleto da fronte. Abaixo, a cada lado do plano medial, o frontal, articula-se com os ossos nasais. A intersecção do frontal e dos dois ossos nasais é denominada nasion. A r e g i ã o a c i m a d o n a s i o n , e n t r e o s s u p e r c í l i o s , é denominada glabela. O arco superciliar é uma elevação que se estende lateralmente a cada lado, a partir da glabela.

ÓrbitasAs órbitas são duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos. Na sua junção com a face, cada órbita apresenta bordos superior, lateral, inferior e medial. O b o r d o s u p e r i o r é f o r m a d o p e l o o s s o f r o n t a l . A s u a p o r ç ã o m e d i a l é caracterizada pela incisura supraorbital e aloja o nervo e vasos supraorbitais. Media lmente á inc i sura , o bordo é cruzado pe lo nervo e vasos supratroc leares . Lateralmente, o bordo supraorbital termina no processo (apófise) zigomático do osso frontal. O bordo lateral é formado pelos ossos zigomático e frontal. O bordo inferior é formado pela maxila e pelo zigomático. O bordo medial da órbita, que não é bem definida, é formado pelas maxilas, lacrimal e frontal. Abaixo do bordo inferior da órbita, a maxila apresenta um forame para o nervo e artéria infraorbitais, o forame infraorbitário. Proeminência da faceA proeminência é formada pelo osso zigomático (ou malar). Este está situado no bordo inferior e lateral da órbita e repousa sobre a maxila. Apresenta uma superfície lateral na face, uma superfície orbital, que contribui para a parede lateral da órbita e, uma superfície temporal localizada na fossa temporal.

Nariz ósseo externoEsta porção do nariz é formada pelos ossos nasais e pelas maxilas e termina anteriormente numa abertura, a abertura piriforme. Através da abertura a cavidade nasal, pode ser vista, dividida pelo septo nasal em porções direita e esquerda. A porção anterior do septo nasal é constituída por tecido cartilagíneo, e a parte posterior pelo osso etmóide e vômer. Cada parede lateral da cavidade nasal apresenta três ou quatro placas curvas de ossos denominadas conchas nasais (ou cornetos). E os espaços abaixo de cada uma são denominados meatos. No plano mediano, o bordo inferior apresenta uma espinha nasal anterior, um esporão ósseo agudo formado pela junção das duas maxilas. Os ossos nasais localizam-se entre as duas apófises frontais dos maxilares.

Maxilas e mandíbulaO maxilar superior é composto de duas maxilas. O crescimento das maxilas é responsável pelo alongamento vertical da face dos 6 aos 12 anos. Cada maxila é formada por um corpo, que contém o seio maxilar; uma apófise zigomática, que se estende latera lmente e se ar t icu la com o osso z igomát ico; uma apófise frontal, que se projeta em direção superior e se articula com o osso frontal; uma apófise palatina, que se estende horizontalmente para se encontrar com a do lado oposto e formar assim grande parte do esqueleto do palato; e uma apófise alveolar, que contém os dentes superiores. Na mandíbula, os dentes estão colocados na parte alveolar. Aproximadamente abaixo do 2º pré-molar, encontra-se o forame mentoniano. A sínfise do mento é a região mediana da mandíbula onde se fundem as duas metades da mandíbula fetal.

Norma lateral A vista lateral do crânio inclui algumas porções do osso temporal e as fossas temporal e infra temporal. Algumas características do osso temporal: o osso temporal inclui as porções escamosa, timpânica, estilóide, mastoide e petrosa:•Porção escamosa: o osso parietal articula-se inferiormente com a parte escamosa do tempora l ( sutura escamosa). Da porção escamosa, a apófise zigomática projeta-se em direção anterior para se reunir ao osso zigomático, completando ass im, o arco zigomático. O bordo super ior do arco corresponde ao l imi te inferior do hemisfério cerebral, e dá inserção á fáscia temporal. O bordo inferior e a superf íc ie profunda do arco dão or igem ao músculo masseter . O bordo inferior do arco zigomático, dirigido posteriormente, apresenta o tubérculo da raiz do zigoma (raiz do osso zigomático), para inserção do ligamento lateral da articulação temporo mandibular. Uma pequena depressão, o trígono suprameático localiza-se imediatamente acima e atrás do meato acústico externo. O antro mastóideo, uma das cavidades do osso temporal, localiza-se 1cm medialmente ao trígono suprameático.•Porção timpânica: o soalho e a parede anterior do meato acústico esterno estão formados por uma peça curva do osso temporal denominada placa timpânica.•Porção estilóide: a apófise estilóide, uma f ina pro jeção, de compr imento variável, estende-se em direcção inferior e anterior sob a cobertura da placa timpânica. O osso hióide está

suspenso no crânio pelo ligamento estilo hióideu a cada lado. A apófise estilóide dá origem a três músculos: o estilo hióideu, estiloglosso e o estilofaríngeo. Lateralmente, esta apófise está coberta pela glândula parótida.•Porção mastóide: a porção posterior do osso temporal é denominada mastóide, a qual se funde com a porção escamosa. No adulto a porção mastóide contém certo número de espaços aéreos, as células mastóideias, que se comunicam coma orelha média através do antro mastóideo. As apófises mastóideias, a cada lado estão em linha com o forame magno.•Porção petrosa: a porção petrosa está localizada profundamente.

Fossa temporal: a fossa temporal, na qual está localizado o músculo temporal, é limitada por uma linha temporal, acima, e pelo arco zigomático, abaixo. Seu soalho, que dá or igem ao músculo tempora l , é composto pe lo par ieta l , f ronta l , asa maior do esfenóide e porção escamosa do temporal. A área onde estes 4 ossos se aproximam é conhecida como ptérion. Na parede anter ior da fossa tempora l o osso z igomát ico apresenta um pequeno forame, o zigomático temporal, para o nervo de mesmo nome. Fossa infratemporal: o espaço entre o arco zigomático e o resto do crânio é atravessado pelo músculo temporal e pelos vasos e nervos temporais profundos. Através deste espaço, a fossa temporal comunica-se com a fossa infratemporal situada abaixo. A fossa infratemporal é um espaço irregular atrás da mandíbula.

NORMA INFERIORA superfície inferior da base do crânio é formada, posteriormente, pelo osso occipital e continua-se anteriormente com o osso esfenóide. Veem-se ainda porções do osso temporal, parietal, vômer, palatino, maxila e osso zigomático. Osso occipital: O osso occipital consiste em quatro partes, disposta em torno do forame magno:(1) uma parte escamosa posterior; (2) uma parte lateral a cada lado e, (3) uma parte basilar anteriormente. Estas quatro porções, separadas ao nascimento, fundem-se aos seis anos. O forame magno está localizado ao mesmo nível e a meia distância das apófises mastóides. Através deste forame, a fossa craniana comunica-se com o canal vertebral e o encéfalo continua-se com a medula espinal. Os bordos anterior e posterior do

forame dão inserção ás membranas atlanto-occipitais correspondentes. O ponto médio do bordo anterior do forame magno é denominado básion.( 1 ) p a r t e e s c a m o s a : localiza-se parcialmente na base e parcialmente naparte posterior do crânio, e a linha de demarcação é a protuberância occipital externa e as linhas superiores da nuca. A crista occipital externa, á q u a l s e p r e n d e o l i g a m e n t o d a n u c a , e s t e n d e - s e d a protuberância ao forame magno.( 2 ) P a r t e l a t e r a l ( c o n d i l a r ): as partes laterais do osso occipital apresentam côndilos occipitais, duas grandes protuberâncias lateralmente ao forame magno. Os côndilos articulam-se com as massas laterais do Atlas (1ª vértebra cerv ica l ) e , at ravés de les , o peso da cabeça é transmitido á coluna vertebral. Os côndilos occipitais estão ao nível do palato duro. Atrás de cada côndilo encontra-se a fossa condilar. Uma curta passagem, denominada canal do hipoglosso , frequentemente bipartida, permanece oculta acima da parte anterior de cada côndilo. A apófise jugular estende-se lateralmente, a partir de cada côndilo, ao osso temporal, apresentando um bordo anterior côncavo, denominado incisura jugular. Esta incisura forma o bordo posterior do forame jugular, uma grande abertura entre o occipital e a porção petrosa do temporal.( 3 ) P a r t e b a s i l a r : é u m a b a r r a a m p l a d e o s s o q u e s e a r t i c u l a c o m o esfenóide; a far inge (constr i tor super ior e rafe da far inge) está inserida no tubérculo faringeo, uma elevação mal definida e situada anteriormente ao forame magno. Uma abertura denteada, o forame lacero (forame rasgado anterior) é vista a cada lado da parte basilar do occipital.

Osso temporalTodas as divisões do osso temporal (petrosa, mastóide, placa timpânica, apófise estilóide e escamosa), podem ser identificadas na face inferior da base.( 1 ) P a r t e e s c a m o s a : é uma lâmina óssea fina, disposta verticalmente no lado do crânio. Apresenta uma superfície cerebral, medialmente e, uma superfície temporal, lateralmente. A apófise zigomática (zigoma) estende-se em direção anterior, a partir da parte escamosa, para se articular com a apófise temporal do osso zigomático e, desta forma, formar o osso zigomático. A porção que se d i r ige poster iormente, é cons iderada como d iv id ida em duas raízes. A raiz anterior continua-se com o tubérculo articular, uma elevação lisa, situada anteriormente a uma concavidade profunda

conhecida como fossa mandibular. A fossa mandibular e o tubérculo articular são fundamentalmente porções da porção escamosa do temporal.( 2 ) P a r t e t i m p â n i c a : cons is te numa lâmina t impânica curva , que se funde posteriormente com as partes mastóide e petrosa e forma uma ba inha para a apóf i se est i ló ide . Na fossa mandibular , a lâmina timpânica está separada da porção escamosa pela fissura tímpano escamosa. Esta fissura é dividida em fissura petro escamosa, anteriormente e fissura petro timpânica, posteriormente.( 3 ) P a r t e e s t i l ó i d e : consiste da apófise estilóide. O forame est i lomastó ideu, at ravés do qual emerge o nervo fac ia l do osso temporal, localiza-se entre as apófises estilóide e mastóide.( 4 ) P a r t e m a s t ó i d e : situa-se anteriormente ás partes escamosa e timpânica, funde-se medialmente com a parte petrosa, a partir da qual se desenvolve. Abaixo dá origem á apófise mastoide proeminente, que apresenta uma incisura mastoidea na sua face medial, para a origem do músculo digástrico. A incisura mastoidea conduz, anteriormente ao forame estilomastóideu, através do qual emerge do crânio o nervo facial. Medialmente á incisura, há amiúde um sulco para a artéria occipital.( 5 ) P a r t e p e t r o s a : tem a forma de uma pirâmide de três lados (superfície anterior, posterior e inferior). O seu ápice está dirigido medialmente para f rente , entre o es fenóide, la tera lmente , e o occ ip i ta l , medialmente. A fossa jugular, uma depressão situada medialmente ao processo estilóide, forma um dos limites do forame jugular. Este está localizado entre a incisura jugular do occipital e a fossa jugular da parte petrosa do temporal. O forame jugular está relacionado como canal carotídeo, anter iormente, com a apófise transversa do Atlas, posteriormente, com a apófise estilóide, lateralmente e com o canal do hipoglosso, medialmente.

Osso esfenoideConsistem num corpo t r ê s p a r e s d e a p ó f i s e s o u a s a s : a s asas maiores, as menores e as apófises pterigóides. Todas as porções, exceto as asas menores podem ser identificadas na vista (norma) inferior do crânio.

Coanas e palatos ósseosAs cavidades nasais continuam-se com a nasofaringe através das coanas. Estas são duas grandes aberturas acima do bordo posterior do palato

ósseo. Medialmente elas estão separadas uma da outra pelo vômer que, neste ponto, forma a parte posterior do septo nasa l . Latera lmente , cada uma está l imi tada pe la lâmina media l da apóf i se pterigóide. Superiormente, elas estão limitadas pela junção do vômer com cada lâmina media l , imediatamente aba ixo do corpo do esfenóide. Esta porção do vômer é denominada asa e encontra-se com a apófise vaginal de cada lâmina medial da apófise ptérigoide. O palato ósseo, ou esqueleto do palato duro, localiza-se no teto da boca e no soalho da cavidade nasal. É formado pelas apófises palatinas da maxila, anteriormente, e pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos, posteriormente. Estas quatro apófises são unidas pela sutura cruciforme. Anteriormente, atrás dos dentes incisivos centrais existe uma fossa, a fossa incisiva. O bordo posterior do palato ósseo dá inserção ao palato mole (aponeurose palatina). No plano mediano, o bordo posterior apresenta a espinha nasal anterior. Cada osso palatino tem a forma de um L, e consiste de: (1) uma lâmina perpendicular, colocada na parte posterior da face medial da maxila, e (2) uma lâmina horizontal, que se projeta medialmente para encontrar o lado oposto e formar a porção posterior do palato ósseo. Na junção das duas lâminas, uma apófise piramidal projeta-se posterior e lateralmente e separa a maxila da apófise pterigóide do osso esfenóide. Duas pequenas projeções, apófises orbital e esfenoidal, projetam-se para cima do topo da lâmina perpendicular e auxiliam na delimitação do forame esfeno palatino.

Cavidade cranianaCalvária (superior)A ca lvár ia ou abóbada cran iana, forma o teto da cav idade cran iana. A sua superfície externa já foi previamente descrita na norma superior. No plano mediano, um sulco sagital raso dirige-se para trás na superfície interna da calvária. Este torna-se progressivamente mais largo na sua direção posterior e aloja o seio sagital superior. Várias depressões, as fóveas granulares, encontram-se a cada lado do sulco sagital. Elas alojam as lacunas laterais e as granulações aracnóideias, e são mais evidentes e numerosas nos pacientes idosos.Um ou mais forames par ieta is podem ser v i s tos , correspondendo àqueles encontrados na vista superior do crânio. Eles dão passagem ás veias emissárias. A superfície interna da calvária é caracterizada por sulcos vasculares numerosos que alojam vasos meníngicos médios. Os ramos terminais da artéria meníngea média estão separados do osso pelas veias que os

acompanham. Sulcos mais profundos com bordos agudos são para as veias diplóicas.

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