aula 2- introduÇÃo ao exame de urina

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Profª Vivian M. Blasques

Fluídos Biológicos I

A urina é formada nos rins, como um ultrafiltrado do plasma.

Normalmente, é formada por 95% de água e 5% de solutos.

A uréia, um produto residual do metabolismo do fígado a partir de proteínas, é responsável por quase metade do total de sólidos dissolvidos na urina.

O principal sólido inorgânico dissolvido na urina é o cloreto, seguido pelo sódio e potássio.

A ingestão dietética influencia as concentrações desses compostos inorgânicos, o que torna difícil estabelecer níveis normais.

Outras substâncias encontradas na urina incluem hormônios, vitaminas e medicamentos.

Também pode conter elementos formados como, células, cilindros, cristais, muco e bactérias. O aumento da quantidade desses elementos formados é, indicativo de doenças.

Caso seja necessário definir se determinado fluído é urina, pode-se testar o teor de uréia e creatinina, já que essas substâncias estão presentes em concentrações superiores na urina em relação a outros fluídos corporais.

Depende da quantidade de água que os rins excretam, o volume excretado é determinado pelo estado de hidratação do organismo.

Os fatores que influenciam o volume urinário incluem a digestão hídrica, perda não renal de fluído, variações na secreção do hormônio antidiurético e a necessidade de excretar quantidades aumentadas de sólidos dissolvidos, como a glicose ou sais.

Produção diária normal: 1.200 a 1.500ml, um intervalo de 600 a 2.000 ml é considerado normal.

A oligúriaoligúria, uma diminuição no débito urinário, geralmente é vista quando o corpo entra em estado de desidratação, como resultado da excessiva perda de água por vômitos, diarréia, suor ou queimaduras graves.

A oligúria leva à anúriaanúria, que é a cessação do fluxo de urina, pode resultar de qualquer dano grave aos rins ou de diminuição no fluxo de sangue para os rins.

O aumento da excreção de urina noturna é denominado nictúrianictúria.

A poliúriapoliúria, aumento no volume de urina diário, é associado a diabetes mellitus e insipidus, contudo pode ser induzidas por diuréticos, cafeína ou álcool, os quais suprimem a secreção do hormônio antidiurético.

As amostras devem ser coletadas em frascos limpos, secos e à prova de vazamento. Recipientes descartáveis são recomendados porque eliminam a possibilidade de contaminação por causa da lavagem inadequada.

Os recipientes: devem ter boca larga, fundo chato, devem ser feitos de material que permita a clara visualização de cor e aspecto, a capacidade recomendada do recipiente é de 50ml, a qual permite o uso de 12 ml da amostra para a análise microscópica.

Todas as amostras devem ser etiquetadas com o nome do paciente, data e hora da coleta, as etiquetas devem ser anexadas ao recipiente e não à tampa.

As amostras incorretamente rotuladas ou coletadas devem ser rejeitadas pelo laboratório e a equipe responsável deve ser notificada para coletar nova amostra.

Integridade da amostra Após a coleta, as amostras deverão ser

entregue imediatamente ao laboratório e testadas dentro de duas horas. A amostra que não pode ser entregue e analisada no prazo de duas horas deve ser refrigerada ou ter um conservante químico adicionado.

A conservação inadequada da amostra pode afetar seriamente os resultados de um exame de urina de rotina.

Preservação da amostra O método de conservação mais rotineiramente

utilizado é a refrigeração de 2 a 8ºC, o que diminui o crescimento bacteriano. Se a urina é para ser cultivada, deve ser refrigerada durante o transporte e ser mantida refrigerada até o cultivo.

A amostra deve atingir a temperatura ambiente antes da análise química por tiras reagentes.

Primeira amostra da manhã Amostra ideal para triagem, amostra mais

concentrada, garantindo a detecção de substâncias químicas e elementos formados que podem não ser observados em uma amostra aleatória diluída.

O paciente deve ser instruído a coletar a amostra imediatamente após se levantar e entregá-la no laboratório no prazo de duas horas.

Amostra aleatória Pode ser coletada a qualquer momento, é útil

para testes rotineiros para detectar anormalidades evidentes.

Amostra de jejum (segunda amostra da manhã) Difere da primeira amostra da manhã por ser a

segunda amostra coletada após um período de jejum. Esta amostra não conterá nenhum metabólito de alimentos ingeridos antes do início do jejum. É recomendada para monitoramento da glicose.

Amostra duas horas pós-prandial O paciente é instruído a urinar pouco antes de

consumir uma refeição habitual e coletar uma amostra de urina duas horas após se alimentar. A amostra é testada para glicose e os resultados são utilizados, para o monitoramento terapêutico de insulina em pessoas com diabetes mellitus.

Amostras de 24 horas (ou cronometrada) Uma amostra cuidadosamente cronometrada

deve ser utilizada para produzir resultados quantitativos precisos.

Os pacientes devem ser instruídos sobre o processo de coleta de uma amostra cronometrada.

Para obter uma amostra cronometrada, o paciente deve começar e terminar o período de coleta com a bexiga vazia. A concentração de uma substância em determinado período deve ser contada a partir do volume urinário produzido durante esse tempo.

Se uma amostra é coletada em dois recipientes, os conteúdos do recipientes devem ser combinados e bem misturados antes de ser fracionada.

Todas as amostras devem ser refrigeradas ou conservadas em gelo durante o período de coleta.

Amostra cateterizada Coletada sob condições estéreis, pela colocação

de cateter através da uretra até a bexiga. O teste mais comumente solicitado em uma amostra cateterizada é a cultura para bactérias.

Se um exame de rotina de urina também é solicitado, a cultura deve ser efetuada em primeiro lugar, para evitar contaminação da amostra.

Amostra de jato médio, com assepsia Método mais seguro e menos traumático para a

obtenção de urina para cultura de bactérias e exame de urina de rotina. Fornece uma amostra menos contaminada pro bactérias e células epiteliasi, é mais representativa da real do que a amostra de urina que contém o primeiro jato

O paciente de fazer assepsia com sabonetes neutros, o paciente do sexo masculino deve limpar a glande, começando pela uretra, e retrair o prepúcio, se necessário. Pacientes do sexo feminino, devem separar os grandes lábios e limpar o meato urinário e a região ao redor da uretra.

Quando a limpeza estiver completa, os pacientes devem urinar no vaso sanitário e, em seguida, recolher volume suficiente de urina em recipiente estéril e desprezar a urina restante no vaso sanitário.

Amostra pediátrica Colhidas com sacos plásticos transparentes,

com adesivos hipoalérgicos para fixá-los na área genital tanto de meninos quanto de meninas.

STRASINGER, S. K. “ Urinálise e fluídos corporais”

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