aula 15 - sites do ifgw€¦ · em módulo, a variação do momento angular é dl = (lsen ) d...

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AULA 15

Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas IV e Efeito Zeeman

2

Data Aula Dia Tópico6 Abril 7 2a Átomos com mais de um elétron: Partículas idênticas e

princípio de exclusão de Pauli

8 Abril 8 4a Átomo de He e forças de troca

13 Abril 9 2a Teoria de Hartree

15 Abril 10 4a Estados fundamentais e excitados

22 Abril 11 4a Exercícios & Teste 1

27 Abril 12 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas I

29 Abril 13 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas II

04 Maio 14 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas III

06 Maio 15 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas IV e Efeito Zeeman

Você também pode ler sobre esta aula no capítulo10 do livro do Eisberg & Resnick.

Na semana passada, vimos...

3

•Configurações eletrônicas: a mesma configuração pode

levar a diversos estados quânticos, de acordo com os

acoplamentos (somas) dos spins dos elétrons,

acoplamentos de seus momentos angulares orbitais e

finalmente, do acoplamento do spin total com o momento

angular orbital total para dar o momento angular total

•O ordenamento dos estados em ordem crescente de

energia geralmente segue a ordem:

•1ª Regra de Hund

•2ª Regra de Hund

•3ª Regra de Hund: a interação spin-órbita

Tudo de uma vez... (subcamada < metade cheia!)

Intensidade

da interação

Nome Natureza da

Interação

Número

quântico

determinante

da energia

Energia

menor para

Dominante Hartree Elétrica (potencial

médio)n, ℓ mínimo n

mínimo ℓ

Menos

intensa

Residual

(acopla-

mento de

spins)

Elétrica (desvios

do potencial

médio)

s’ máximo s’

Ainda

menos

intensa

Residual

(acopla-

mento

orbital)

Elétrica (desvios

do potencial

médio)

ℓ’ máximo ℓ’

Bem menos

intensa

Spin-

órbita

Magnética j’ mínimo j’

4

Aplicação das regras de Hund

5

Interação

spin-spinInteração

órbita-órbita

Interação

spin-órbita

s’=0

s’=1

Tripletos

Singletos

Hoje veremos inicialmente....

•As regras de seleção: quais são as transições permitidas,

que são aquelas ocorrem com maior frequência (as que

correspondem a emissão de um dipolo elétrico oscilante), e

quais são transições proibidas, que são aquelas que

ocorrem com uma frequência muito menor, e correspondem

a uma emissão de um dipolo magnético oscilante.

6

Regras de Seleção..

•1) As transições “permitidas” ocorrem entre configurações

em que apenas um elétron muda de estado nℓ. Em outras

palavras, dois ou mais elétrons não podem fazer

transições entre subcamadas simultaneamente.

•2) Transições “permitidas” podem ocorrem somente entre

configurações em que a mudança no número quântico ℓ

daquele elétron satisfaz as mesmas restrições

que no átomo de um único elétron

(dipolo elétrico):

7

1 =

Regras de Seleção...

•Transições “permitidas” podem ocorrer somente entre

estados nas configurações em que os números quânticos

s’, ℓ’ e j’ satisfazem as restrições:

8

( )

0

0, 1

0, 1 0 0

s

j mas não j para j

=

=

= = =

Vejamos alguns exemplos..

9

10

Hélio

(Z=2)

•Estado

fundamental:

1s2

•Estados

Excitados:

1s nℓ• OBS: É mos-

trada a

energia de

ligação

do elétron

opticamente ativo.

Número quântico orbital ℓ’

1

0S 3

1S

1

1P 3

0,1,2P

1

2D

1

3F 3

2,3,4F

3

1,2,3D

En

erg

ia d

e lig

ão

(e

V)

Ortohélio

s’=1

Parahélio

s’=0

Níveis de

energia

do hélio

Níveis de

energia do

hidrogênioEscala vertical de

transições visíveis

• Aqui estãoseparados os estados singletoà esquerda e os estados tripletoà direita.

• Note no gráficoque não hánenhumatransição entre níveis à esquerda para os da direita, e vice-versa! Vejaa regra de seleção s’ =0.

11

Os níveis do

átomo de

carbono

1

1P

1

0S 3

0,1,2P

3

1S 3

2,3,4F1

2D

3

1,2,3D

1

3F

j’=0 j’=1 j’=2 j’=3 j’= 1 j’=0,1,2 j’=1,2,3 j’=2,3,4

Singletos (s’=0) Carbono Tripletos (s’=1)

Momento angular orbital ℓ’

Energ

ia d

e lig

ação (

eV

)

Nív

eis

de

en

erg

ia

do

hid

rog

ên

io

Vamos escolher uma transição..

•Configuração inicial:

1s22s22p3s

•Configuração final:

1s22s22p2

12

1

1P

1

0S 3

0,1,2P

3

1S 3

2,3,4F1

2D

3

1,2,3D

1

3F

j’=0 j’=1 j’=2 j’=3 j’= 1 j’=0,1,2 j’=1,2,3 j’=2,3,4

Singletos (s’=0) Carbono Tripletos (s’=1)

Momento angular orbital ℓ’

Energ

ia d

e lig

ação (

eV

)

1 = + OK!

0

1

1

s

j

=

= +

= +

OK!

OK!

OK!

Vamos escolher uma transição..

•Configuração inicial:

1s22s22p4s

•Configuração final:

1s22s22p3p

13

1

1P

1

0S 3

0,1,2P

3

1S 3

2,3,4F1

2D

3

1,2,3D

1

3F

j’=0 j’=1 j’=2 j’=3 j’= 1 j’=0,1,2 j’=1,2,3 j’=2,3,4

Singletos (s’=0) Carbono Tripletos (s’=1)

Momento angular orbital ℓ’

Energ

ia d

e lig

ação (

eV

)

1 = OK!

0

1

1

s

j

=

=

=

OK!

OK!

OK, se...

0→1,1→2, 2 →1,3

Vejamos se estamos certos..

14

3

0,1,2P

j’=0

j’=2

j’=1

j’=1

j’=3

j’=2

3

1,2,3D

( )

0

0, 1

0, 1 0 0

s

j não

=

=

= →

Experimental: Níveis de energia de energia mais

baixa do átomo de carbono:

15

Configuração Termo j’

( )

0

0, 1

0, 1 0 0

s

j não

=

=

= →

As mesmas regras valem para o N e o O

16

Nitrogênio

(Z=7)

17

•Estado

fundamental:

1s22s22p3

•Estados

excitados:

1s22s22p2nℓ

Momento angular orbital ℓ’

Energ

ia d

e lig

ação (

eV

)

Valores de j’

Nitrogênio

Nív

eis

do

hid

rog

ên

io

18

Oxigênio(Z=8)

•Estado fundamental:

1s22s22p4

•Estados excitados:

1s22s22p3nℓ

Aqui estão mostrados apenas os estados tripleto do oxigênio.

Energ

ia d

e e

xcitação

(eV

)

Oxigênio

E valem

também

para as

transições no

sódio

(é fácil pq só

tem um

elétron e

s=s’, ℓ= ℓ’ e

j=j’)

19

Relembrando agora da aula passada...

•Como fica o modelo vetorial no acoplamento LS?

20

Como fica o modelo vetorial no acoplamento LS?

21

A velocidade de precessão

aumenta com a intensidade

da interação.

Por exemplo, a velocidade

angular do momento angular

orbital na precessão de Larmor

(na presença de um campo

magnético) é proporcional

ao campo magnético. Reveja

nos slides da aula 3:

/Bg B =Precessões rápidas de S’ e L’

em torno de J’

(alta )

22

( )/B

dLB g L B

dt = = − =

A variação do vetor momento angular faz com

que ele precessione de um ângulo d = dt.

Em módulo, a variação do momento angular é

dL = (Lsen) d =(Lsen) dt, o que nos leva a

A velocidade de precessão é então

( )sen / senB

dLL g LB

dt = = =

/Bg B =

Da aula 3: vamos pensar agora num dipolo magnético

na presença de um campo magnético uniforme:

Como fica o modelo vetorial no acoplamento LS?

23

Precessão lenta de J’

em torno de z

(menor )

Precessões rápidas de S’ e L’

em torno de J’

(alta )

J’

Vamos agora estudar o efeito Zeeman

•Pieter Zeeman observou pela primeira vez o efeito em 1896.

•Prêmio Nobel 1902, junto com Lorentz.

•O que há de tão excepcional na descoberta do efeito Zeeman?? Ainda não se conhecia o elétron (Thomson = e/m,1897), não havia quantização, nem fótons, nem modelo de Bohr, muito menos MQ!

24

O que é o efeito Zeeman?

•É a separação de uma linha espectral em várias quando

os átomos estão na presença de um campo magnético

externo.

25

26

Sem

campo

(1 linha)

Com

campo

(3 linhas)

Efeito Zeeman

normal Efeito Zeeman

anômalo

Transições entre quaisquer estados

singleto num átomo com número par de

elétrons opticamente ativos.

Transições entre dois estados dubleto:

entre 1º estado excitado e o estado

fundamental de um átomo de sódio

Efeito Zeeman normal e anômalo

27

Sem

campo

Com

campo

Efeito Zeeman

normal Efeito Zeeman

anômalo

Transições entre quaisquer estados

singleto num átomo com número par de

elétrons opticamente ativos.

Transições entre dois estados dubleto:

entre 1º estado excitado e o estado

fundamental de um átomo de sódio

Efeito Zeeman normal e anômalo

Efeito Zeeman normal e anômalo

28

Efeito Zeeman

normal

Sem

campo

Com

campo

Efeito Zeeman

anômalo

(Estrutura fina do H é 1/100 da do sódio)

Sódio (linha D) Hidrogênio

Efeito Zeeman (campo externo)...

Sem campo

Com campo

fraco

29

Campo magnético interno e externo...

•Vimos que nos átomos há um campo magnético interno

que é da ordem de 1 Tesla.

•É ele o responsável pela interação spin-órbita.

•Na interação spin-órbita levamos em conta a energia

potencial de orientação devido à interação do momento

de dipolo magnético de spin no campo magnético interno

do átomo:

•Levamos em conta essa energia potencial acrescentando

à energia de cada estado o valor médio da Epot acima.

•O efeito Zeeman deve-se à interação com um campo

magnético externo atuando sobre os átomos.

30

int.potE B = −

Vamos entender:

•Suponhamos que há um campo magnético externo

aplicado sobre nossos átomos.

•Suponhamos ainda que este campo seja fraco em

comparação com o campo magnético interno (para

podermos tratar do seu efeito depois da interação spin-

órbita). Por exemplo, um campo externo da ordem de 0,1

Tesla.

•Vai haver então uma correção nas energias dos estados,

acrescentando à energia de cada um o valor médio de

31

.pot extE B = −

O momento magnético é...

32

( ) ( )

1 2

1 2

1 2 1 2

...

...

... 2 ...

2

b b

s b s b

b

b

g gL L

g gS S

L L S S

L S

= − − −

− − − =

= − + + + + + =

= − +

Aqui b é o magneton de Bohr

B

'L

'S

'J

L

S

33

O vetor momento de dipolo

total não é na mesma

direção do vetor J’ (ou seja,

não é na mesma direção da

linha hachurada em azul)

No livro do Tipler você vai encontrar esta figura assim...

NOTE:

Os autoresinverteram os vetores dos momentos de dipolo(desenhando-os para cima) para que o desenhoficasse maiscompacto (é como elesjustificam ainversão!)

34

Como ,

a velocidade angular

de precessão do

vetor em torno da

direção de J’ é

menor do que aquela

de L’ e S’ em torno

da direção de J’ .

35

L S = +

extB

intextB B

• Vimos que o momento

de dipolo total não é

na mesma direção do

momento angular total

J’.

•Primeiro vamos projetar

o na direção de J’ e

encontrar o módulo

dessa projeção J’ e

depois projetaremos

esta projeção na direção

do Bext .

36

L S = +

extB

• Vimos que o momento

de dipolo total não é

na mesma direção do

momento angular total

J’.

•Primeiro vamos projetar

o na direção de J’ e

encontrar o módulo

dessa projeção J’ e

depois projetaremos

esta projeção na direção

do Bext .

37

L S = +

extB

• Vimos que o momento

de dipolo total não é

na mesma direção do

momento angular total

J’.

•Primeiro vamos projetar

o na direção de J’ e

encontrar o módulo

dessa projeção J’ e

depois projetaremos

esta projeção na direção

do Bext .

38

L S = +

extB

• Vemos que o momento de dipolo

total não é na mesma direção do

momento angular total J’.

• Primeiro vamos projetar o na

direção de J’ e encontrar o módulo

J’ depois projetaremos esta

projeção na direção do Bext para

encontrar o módulo B .

39

L S = +

extB

B

40

s = +

extB extB

Agora fazendo as contas...

• O resultado será:

•Finalmente, obteremos

41

Resultado final:

•A energia de cada estado será alterada em:

• e obteremos o resultado :

42

ext ext

g é chamado

de fator de Landé

Vamos ver um exemplo...

43

g = 4/3

g = 2/3

g = 2

Sódio

( ) ( ) ( )

( )

1 1 11

2 1

j j s sg

j j

+ + + − += +

+

b jE g Bm =

jm

44

g = 4/3

g = 2/3

g = 2

Sódio

b jE g Bm =

jm

45

Regras de seleção

com campo externo

0, 1 (mas não 0 para 0)j j jm m m = = =

Já para um estado em que o spin total é nulo...

ℓ’ =2

ℓ’ =1

mℓ’

Energia

g = 1

g = 1

Resumo:

•Vimos as regras de seleção para as transições

permitidas.

•Falamos também das transições “proibidas”, que não

satisfazem as regras das transições permitidas.

•As transições proibidas podem ocorrer, mas a taxa de

transição (= nº de transições/segundo, que é proporcional

à probabilidade da transição) é muito mais baixa

(ocorrem por oscilações de dipolo magnético ao invés de

elétrico).

•Falamos sobre o efeito Zeeman, estudando o que

acontece com as linhas espectrais quando os átomos

estiverem sob ação de um campo magnético fraco.

47

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