atenção às vítimas de violência sexual na rede pública e pública

Post on 29-Jan-2015

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Category:

Health & Medicine

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ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL NA REDE PÚBLICA

OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

Devem elaborar normas ou rotinas internas, incluindo-se o fluxograma.

Possuir equipe técnica capacitada.

Ter gestores e profissionais que sejam sensíveis à questão da violência de gênero.

Criar uma estrutura física que preserve a privacidade da mulher/adolescente durante o atendimento.

Ter indicações claras de que este é um lugar aberto e preocupado com a violência contra a mulher.

Informar sobre a rede intersetorial (serviços jurídicos, policiais, sociais e psicológicos).

Considerar a violência contra a mulher como uma questão de saúde pública.

ACOLHIMENTO EM SAÚDE

Acolhimento, uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”. É uma atitude de inclusão.

É ético no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro.

É relacional, acontece entre o profissional e a mulher.

É político, implica o compromisso coletivo de envolver-se no “estar com”.

O acolhimento é um dos modos de se produzir saúde, uma ferramenta tecnológica de

intervenção na qualificação da escuta, construção

de vínculos e garantia do acesso. É um instrumento de trabalho que incorpora as relações humanas.

PRINCÍPIOS ÉTICOS A SEREM CONSIDERADOS

Garantia de sigilo e segurança no atendimento e confidencialidade das informações.

Não provocar danos com a intervenção. O respeito à fala da mulher, lembrando que nem tudo é dito verbalmente.

O impacto da violência sobre si mesmo(a).

O QUE É IMPORTANTE NO ACOLHIMENTO

Abrir um processo de reflexão e aprendizado pessoal de modo a resignificar as práticas assistenciais e construir novos sentidos e valores.

Criar um espaço de escuta/expressão que também represente momento de orientação.

Identificar quais os fatores de risco, asvulnerabilidades e possíveis agravos à saúde a que a mulher está exposta.

Oferecer apoio respeitoso a mulher como ser humano digno de direitos e deveres.

Partir das questões que são trazidas pelas mulheres em atendimento e que lhes são específicas.

Deixar claro que a violência é situação de alta ocorrência, tem caráter relacional e está associada às desigualdades nas relações de gênero.

Mapear a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar. Agilizar o fluxo do atendimento.

ATITUDES QUE FAVORECEM O ACOLHIMENTO

Estabelecer uma relação de confiança com a vítima.

Não julgar.

Não tentar advinhar.

Não prestar informações incorretas.

Nunca fazer falsas promessas.

Respeitar as limitações da vítima.

ATITUDES QUE DIFICULTAM O ACOLHIMENTO

Culpabilizar.

Reforçar a vitimização.

Envolver-se em excesso.

Distanciar-se em excesso.

Emitir duplas mensagens.

Interferência de valores éticos/religiosos no atendimento.

Generalizar histórias individuais.

A prática da objeção de consciência sem garantia da atenção por outro profissional.

REDES DE ATENDIMENTO

O QUE É REDE?Atuação articulada entre pessoas, grupos e instituições, que já realizam ou pretendem realizar ações voltadas para a erradicação de um problema.

O QUE É NECESSÁRIO PARA ENTRAR NA REDE?intenção, vontade, compromisso e estratégia.

TIPOS DE REDES:Primárias – pessoas(parentes, amigos, indivíduos) Secundárias – o Estado (as instituições e serviços).Terciárias/intermediárias – sociedade civil organizada.

A REDE PROMOVE

relações entre os diversos atores sociais pautadas por objetivos comuns.

atuação por meio de uma dinâmica organizada coletivamente.

planejamento e estratégias bem

definidas.

O PAPEL DE CADA UM NA REDE

Rede Primária: família, amigos,

indivíduos, profissional de saúde.

Oferecer abrigo (acolher) e suporte

social.

Rede Secundária – o Estado(serviços e instituições)

Criar e fortalecer os serviços de

atenção.

Elaborar e institucionalizar as leis. Cumprir e ratificar as convenções das quais é signatário. Facilitar o acesso das vítimas aos serviços de saúde e à justiça.

Promover os direitos humanos das

mulheres; Consolidar as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

Estabelecer iniciativas inéditas para enfrentamento da violência contra a mulher.

Rede terciária – sociedade civil

Intermediar a relação entre as pessoas

e o Estado.

Não banalizar a violência contra a

mulher.

Construir uma nova consciência

política.

Exercer o controle social.

REDE DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM PERNAMBUCO

22 secretarias das mulheres07 Delegacias especializadas89 coordenadorias/diretorias da mulher08 Centros de Referência 04 Casas Abrigo/acolhida05 serviços de atenção ao aborto legal02 Juizados Especializados ou varas criminais adaptadas02 Defensorias Públicas02 Serviços de disque denúnciaTerceiro setor(ONGs)

BIBLIOGRAFIA:

Política Nacional de Humanização, MS, 2004.Enesp/Fiocruz - Bases Conceituais e Históricas da Violência e o Setor Saúde – 2007A inclusão da violência na agenda da saúde: trajetória histórica - Ciência & Saúde Coletiva – 2007GIORDANI, Annecy Tojeiro - Violências contra a mulher – 2006Instituto Patrícia Galvão - Guia de Orientação “Vem pra roda, vem pra rede” Site: www.recife.pe.gov.brInformativo da Secretaria Especial da Mulher

Obrigada!

Ser acolhida é direito de toda mulher. Acolher

é dever de todo(a)

profissional.

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