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ASPECTOS VITALISTAS DO NASCER E MORRER

João Luiz de Magalhães

XX Jornada Docente do Serviço Phýsis de Homeopatia

Novembro - 2009

Nascer

Passar a ter a vida exterior no mundo; começar a crescer, a brotar; ter surgimento, passar a existir, gerar-se; começar a dar sinal de sua presença.

Morrer

Perder a vida, a existência; perder a força, o vigor; chegar ao fim de uma trajetória, de um percurso; acabar, finalizar; desaparecer, sucumbir.

Hesíodo (720 a.C.)

“No começo era o Caos”

Géia ( Terra)

Tártaro ( Abismo insondável)

Eros (Amor)

Érebo ( Morada das sombras)

Nix ( Noite)

Éter (Céu superior)

Hêmera (Dias)

Úrano( Céu estrelado)

Tânatos

Filho de Nix (Noite)

Irmão gêmeo de Hipno (Sono)

Personifica a Morte.

Possui o poder de regeneração.

Pode ser a condição de ultrapassagem de um nível para outro superior.

Libertadora de sofrimentos e preocupações, a Morte não é um fim em si.

Pode abrir as portas para o reino do espírito, para a vida verdadeira.

Homero (séc. VIII a.C.)

Phýsis

Verbo phýein: Crescer, brotar, nascer.

Adjetivo phýsizoos: Fértil, fecundo.

Hermes dando a Ulisses a planta móly que o

protegeria dos feitiços de Circe.

Galanthus elwesii: identificada como a planta móly. Phýsis: Pétalas brancas, raízes negras e difícil para

um mortal arrancar.

Orfismo

Movimento religioso mistérico fundado pelo mítico poeta da Trácia, Orfeu.

Com o Orfismo surge a primeira concepção dualista de alma (daímon) e corpo (lugar de expiação da alma).

Heráclito (540-470 a.C.)

O devir ao qual tudo está destinado caracteriza-se por uma contínua passagem de um contrário ao outro.

O frio esquenta, o quente esfria;

O úmido seca, o seco umedece;

O jovem envelhece, o vivo morre, mas daquilo que está morto renasce outra vida.

Empédocles (490-435 a.C.)

O nascer e o perecer, entendidos como um vir do nada e um ir ao nada são impossíveis, porque o ser é e o não-ser não é.

Assim, não existem nascimento e morte, e o que os homens chamam com esses nomes são o misturar-se e o dissolver-se de algumas substâncias que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis.

Anaxágoras (500-428 a.C.)

Coisa alguma nasce e morre, mas sim, a partir das coisas que existem, se produz um processo de composição e divisão, então nascer é compor-se e morrer dividir-se.

Demócrito (460-370 a.C.)

Reafirma a impossibilidade do não-ser, sustentando que o nascer nada mais é do que um agregar-se de coisas que já existem e o morrer um desagregar-se dessas coisas.

Hipócrates (460-370 a.C.)

O princípio de tudo é um e o fim de tudo é um, e é o mesmo o fim e o princípio.

(Sobre o Alimento)

O primeiro princípio chega à última parte; desde a última parte ao primeiro princípio chega o alimento; é uma só natureza ser e não-ser.

(Sobre o Alimento)

É minha opinião que não há nada no corpo que seja seu princípio, senão que tudo é por igual princípio e fim; tal como quando se traça um círculo não se descobre um princípio.

(Lugares no Homem)

Nascer e perecer é o mesmo; mesclar-se e desagregar-se, o mesmo, aumentar e diminuir, o mesmo; nascer e mesclar-se, o mesmo, cada ser frente a todos, todos frente a cada um, o mesmo, e nada de tudo isso é o mesmo.

A convenção é contrária à natureza de tudo isso.

(Sobre a Dieta)

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