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As pessoas apresentando uma deficiência mental:

Caraterísticas do desenvolvimento intelectual,

dos mecanismos de aprendizageme recomandaçãoes pedagogicas

Jean-Robert Poulin, Ph.D.

Professor visitante

Universidade Federal do CearáFranca, 24 março 2009

DefiniDefiniçãçãoo da deficiência mental da deficiência mental

American Association on Intellectual and Developmental Disabilities (AAIDD):

1- Funcionamento intelectual significativamente inferior à média : - 2 σ em relação à média….

2- Atraso significativo de desenvolvimento em, pelo menos, dois domínios do comportamento adaptativo (p. ex. vestir-se, transporte…)

3- Os dois primeiros critérios devem manifestar-se durante o período de desenvolvimento (antes dos 18 anos)

N.B.. De maneira nenhuma, é feita menção de um caráter ireverssível quando se trata de atraso mental

Caraterísticas do desenvolvimento intelectual

No plano estrutural

As pessoas apresentando uma deficiência mental:

1- seguem as etapas do desenvolvimento intelectual na mesma ordem do que os outros indivìduos;

2- têm um ritmo de desenvolvimento das suas estruturas intelectuais mais lento;

3- não conseguem finalizar o desenvolvimento das suas estruturas intelectuais;

4- obedecem às mesmas leis de equilibração do que os outros indivìduos (os mecanismos da equilibração são os mesmos)

1. O período de desenvolvimento da inteligência senso-motora ou prática (0-2 anos)

2. O período pré-operatório (2-6 anos)

3. O período operatório concreto (6-11 anos)

4. O período operatório formal (11-16 anos)

Desenvolvimento intelectual Desenvolvimento intelectual - Perspectiva de Piaget - - Perspectiva de Piaget -

Características do desenvolvimento intelectual

No plano funcional As pessoas apresentando uma deficiência mental:1- demostram uma grande a fragilidade no funcionamento mental (muitas vezes, têm tendência para repetir a mesma estratégia de resolução de problemas, embora seja ineficaz);

2- manifestam, muitas vezes, oscilações (caráter instável) no uso dos seus esquemas;

3-em várias circunstâncias não testemunham o uso elaborado das suas ferramentas intelectuais (não atribuem qualquer significado ao seu procedimento).

Duas teses que se opõem

• 1- Inhelder evoca um falso equilíbrio do pensamento das pessoas com deficienca mental leve. Ela reconhece que há um deficit ao nivel do mecanismo da equilibração nessas pessoas.

• 2- Inhelder pensa que essas pessoas precisam de tanto

tempo para passar de um estado do desenvolvimento a um outro que a marca do estado anterior permanece nelas (oscilações do pensamento).

• 3- haveria, segundo Inhelder, um abrandamento gradativo do desenvolvimento, com uma falta de acabamento deste desenvolvimento. Ela fala então de viscosidade genética ou de falso equilìbrio.

Duas teses que se opõem• 1- Paour rejeita o ponto de vista de Inhelder. Não aceita aquela

idéia de um deficit ao nìvel do mecanismo de equilibração nas pessoas com deficiência mental leve.

• 2- Paour pensa que o problema do desenvolvimento intelectual dessas pessoas reside principalmente em fixações temporárias, ou até definitivas, nos níveis pre-operatórios do pensamento.

• 3- Paour considera que o problema não fica na falta de acabamento e no abrandamento gradativo do desenvolvimento operatório dessas pessoas, mas na sua capacidade a aceder espontaneamente ao pensamento operatório concreto, com todos os impactos negativos que isso pode estimular nas aprendizagens escolares e na adaptação sócio-profissional dessas pessoas.

E... logo, um fragilidade que se traduz em uma...

« utilização não finalizada dos feramentos intelectuais » (Paour) Mais concretamente se trata de

uma ausência de« objetivo » ou de « SIGNIFICADO »

ligado à atividade de uma pessoa com deficiência mental© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007) Reproduction interdite sans la permission de l’auteur

«Pedagogia do Evitamento ou da Negação»

• Eu acredito que a pedagogia do evitamento pode ter influencia negativa sobre o desenvolvimento intelectual dos alunos com deficiencia mental leve e consequentemente sobre sua aprendizagem escolar, social e profissional.

• A pedagogia do evitamento se caracteriza por um ensino baseado na repetição e em aprendizagens mecanicas e sem significado.

• A pedagogia do evitamento expressa um olhar negativo de alguns professores quando as possibilidades de mobilizar os mecanismos cognitivos dos alunos com deficiencia intelectual leve.

Os mecanismos de aprendizagem

Os mecanismos de aprendizagem

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução interdita sem a permissão do autor

MOTIVAÇÃO ATENÇÃO MEMÓRIA TRANSFERÊNCIA META-COGNIÇÃO

MOTIVAÇÃO ATENÇÃO MEMÓRIA TRANSFERÊNCIA META-COGNIÇÃO

A motivaçãoA motivação

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução interdita sem a permissão do autor

Zigler Zigler e al. (2002)e al. (2002) mostraram que as pessoas mostraram que as pessoas com deficiência mental apresentam um modo com deficiência mental apresentam um modo particular de resoluçparticular de resolução de problemas, ão de problemas, caracterizado pela extroverscaracterizado pela extroversão da atenção.ão da atenção. Recorrem mais aos recursos externos do que Recorrem mais aos recursos externos do que aos seus praos seus próprios para resolverem os óprios para resolverem os problemasproblemas..

Este modo de funcionamento decorreria de Este modo de funcionamento decorreria de sucessivas experisucessivas experiências de fracassoências de fracasso..

A motivaçãoA motivação

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução interdita sem a permissão do autor

No plano pedagogico:No plano pedagogico:

1- Reconhecer o esforço do aluno e jamais reforçar 1- Reconhecer o esforço do aluno e jamais reforçar a ausencia de esforço;a ausencia de esforço;

2- Aconpanhar o aluno em seu percurso de 2- Aconpanhar o aluno em seu percurso de resolução de problema quando ele apresenta dificuldade de problema quando ele apresenta dificuldade mas jamais fazer a tarefa em seu lugar;mas jamais fazer a tarefa em seu lugar;

3- Propor ao aluno problemas compativeis com o 3- Propor ao aluno problemas compativeis com o seu nivel de desenvolvimento (Zona de desenvolvimento seu nivel de desenvolvimento (Zona de desenvolvimento proximal);proximal);

A motivaçãoA motivação

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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No plano pedagogico:No plano pedagogico:

4- Evitar de apresentar ao aluno muitos 4- Evitar de apresentar ao aluno muitos problemas ao mesmo tempo;problemas ao mesmo tempo;

5- Perguntar ao aluno sobre a pertinencia de suas 5- Perguntar ao aluno sobre a pertinencia de suas estrategias de resoluçestrategias de resolução de problema e sobre o resultado de problema e sobre o resultado de seu percurso quando ele é adequado; de seu percurso quando ele é adequado;

6- Propor problemas que tenham sentido para o 6- Propor problemas que tenham sentido para o aluno. aluno.

A atençãoA atenção

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

« Ligação cognitiva entre a quantidade limitada de informação realmente manipulada no plano mental e a enorme quantidade de informação disponível através dos sentidos, das lembranças estocadas e de outros processos cognitivos». Sternberg (2007)

A atençãoA atenção

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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A atençA atenção selectivaão selectiva

« Mecanismo a partir do qual o indivíduo « Mecanismo a partir do qual o indivíduo tenta se orientar especificamente por um tenta se orientar especificamente por um estímulo ou um tipo de estímulo, estímulo ou um tipo de estímulo, ignorando os demais. » ignorando os demais. »

Sternberg (2007)

A atençãoA atenção

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Luria (1974) evidenciou um deficit ao nLuria (1974) evidenciou um deficit ao níível do vel do reflexo de orientaçreflexo de orientaçãoão. Haveria, ent. Haveria, então, um ão, um problema de natureza psico-fisiolproblema de natureza psico-fisiolóógica gica que que induziria a um deficit da atençinduziria a um deficit da atençãoão..

Zeaman e House (1963) acreditam que as pessoas Zeaman e House (1963) acreditam que as pessoas com deficiência mental apresentam um deficit com deficiência mental apresentam um deficit especespecífico da atençãoífico da atenção. Sofrem muitas dificuldades . Sofrem muitas dificuldades para focalizar sua atençpara focalizar sua atenção sobre os elementos ão sobre os elementos pertinentes parapertinentes para conseguirem uma tarefa.

A atençãoA atenção

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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No plano pedagogico:No plano pedagogico:1- Dar orientaçoes breves et precisas aos alunos;1- Dar orientaçoes breves et precisas aos alunos;2- Solicitar ao aluno que explore sistematicamente e de 2- Solicitar ao aluno que explore sistematicamente e de descreva o material sobre o qual ele deve trabalhar;descreva o material sobre o qual ele deve trabalhar;3- Precisar para o aluno exatamente o que esta sendo 3- Precisar para o aluno exatamente o que esta sendo solicitado dele (compreençsolicitado dele (compreenção do problema); do problema);4- Utilisar contrastes sonoros (variaçao do tom da voz) 4- Utilisar contrastes sonoros (variaçao do tom da voz) e visuais (cores, dimençe visuais (cores, dimenção dos objetos); dos objetos);

A atençãoA atenção

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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No plano pedagogico:No plano pedagogico:

5- propor atividades de aprendizagem que 5- propor atividades de aprendizagem que mobilisem diferentes sentidos (visual, auditivo, mobilisem diferentes sentidos (visual, auditivo, tatil, olfactivo, gustativo); tatil, olfactivo, gustativo); 6- 6- propor atividades de aprendizagem propor atividades de aprendizagem significativas e de interesses do aluno;significativas e de interesses do aluno;7- 7- orientar o aluno a verificar suas respostas.orientar o aluno a verificar suas respostas.

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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« Meio pelo qual o indivíduo explora seus conhecimentos passados, para utilizá-los no presente; mecanismos dinâmicos associados à retençâo e à recuperaçâo da informação;

Existem três operações graças às quais as informaçoes são tratadas para e pela memória: codificação, estocagem e recuperação »

Sternberg (2007)

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Segundo Ellis (1970), as pessoas com Segundo Ellis (1970), as pessoas com deficiência mental apresentam um défice deficiência mental apresentam um défice especespecífico ao nível da memória de curto ífico ao nível da memória de curto prazo. Não utilizam espontâneamente as prazo. Não utilizam espontâneamente as estratégias cognitivas de codificação, como a estratégias cognitivas de codificação, como a repetição interna. repetição interna.

Modelo de tratemento da informaçãoão

Mcp

Stocagem de informaçoes

Strategias cognitivas

MlpStocagem de informaçoes

Strategias cognitivas

Ms

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Porém, parece existirem diferenças Porém, parece existirem diferenças importantes relacionadas à síndrome. Certas importantes relacionadas à síndrome. Certas pessoas sofreriam mais dificuldades ao tratar pessoas sofreriam mais dificuldades ao tratar de codificação de natureza verbal (ex. trisomia de codificação de natureza verbal (ex. trisomia 21) e outras ao abordar uma codificação de 21) e outras ao abordar uma codificação de tipo visuo-espacial. (ex. Síndrome de tipo visuo-espacial. (ex. Síndrome de Williams).Williams).

Mas, quando Mas, quando pessoas com atraso mental pessoas com atraso mental precisam recorrer a essas estratprecisam recorrer a essas estratéégias, as gias, as performancesperformances mnemmnemônicas melhoramônicas melhoram..

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

A situação se apresenta com menor nitidez quando se trata da memória de longo prazo.

Certos autores acham que existe um problema de memória a longo prazo.

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)Reprodução intedita sem a permissão do autor

Por outro lado, parece que, quando há Por outro lado, parece que, quando há aprendizagem, até o «criterium», a inclinaçaprendizagem, até o «criterium», a inclinação ão de esquecimento das pessoas com deficiência de esquecimento das pessoas com deficiência mental, não será diferente dos outros mental, não será diferente dos outros indivìduos. indivìduos.

Por exemplo, Dulaney e Ellis (1991) mostraram Por exemplo, Dulaney e Ellis (1991) mostraram que as performances de adultos com deficiência que as performances de adultos com deficiência intelectual numa tarefa de reconhecimento de intelectual numa tarefa de reconhecimento de imagens, são comparáveis às de adultos, desde imagens, são comparáveis às de adultos, desde que exista um alto nível de codificação que exista um alto nível de codificação semãntica da informaçãosemãntica da informação

A memóriaA memória

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

Estratégias de retirada da informação

Certos autores consideram que é principalmente no nível das estratégias de retirada da informação que se situam as principais dificuldades das pessoas com deficiência mental.

7 2 6 3 7 4 3 0 8 5 2 3 4 9 8 2

Flor Dado Garfo Lâmpada

Poltrona Caneta Cruzeta Pàssaro

Carro Despertador Vela Òculos

Mão Bule Raquet ão Bule Raquet

A memória

• No plano pedagogico:No plano pedagogico:

1-1- Solicitar que o aluno formule com suas Solicitar que o aluno formule com suas próprias palavras a demanda do professor próprias palavras a demanda do professor (favorecer o entendimento);(favorecer o entendimento);

2- Perguntar ao aluno se ele já realizou 2- Perguntar ao aluno se ele já realizou aprendizagens ou problemas semelhantes;aprendizagens ou problemas semelhantes;

3- interrogar frequentimente o aluno sobre as 3- interrogar frequentimente o aluno sobre as orientações para a realizações da tarefa;orientações para a realizações da tarefa;

A memória

No plano pedagogico:No plano pedagogico:4- Solicitar ao aluno que verifique se ele respeitou 4- Solicitar ao aluno que verifique se ele respeitou

as orientações para a realizaçao da tarefa;as orientações para a realizaçao da tarefa;

5- Pedir ao aluno que organize as informações, 5- Pedir ao aluno que organize as informações, reagrupando-as de maneira que possibilite a reagrupando-as de maneira que possibilite a conservação da informação na memoria conservação da informação na memoria

favorecendo a resolução de problema;favorecendo a resolução de problema; 6- Ajudar ao aluno a dar sentido ao seu percurso.6- Ajudar ao aluno a dar sentido ao seu percurso.

A transferênciaA transferência

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

« Transferência de conhecimentos ou de « Transferência de conhecimentos ou de atitudes de um tipo de tarefa ou de um atitudes de um tipo de tarefa ou de um contexto particular, para um outro tipo de contexto particular, para um outro tipo de tarefa ou um outro contexto  »tarefa ou um outro contexto  »

Sternberg 2007

A transferênciaA transferência

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Na perspectiva de vários autores (Blake, 1976; Na perspectiva de vários autores (Blake, 1976; Kaufman et Peterson, 1965; Brown, 1970), a Kaufman et Peterson, 1965; Brown, 1970), a transfertransferência das aprendizagens para novos ência das aprendizagens para novos contextos, contextos, constitui uma das maiores constitui uma das maiores dificuldades pelas quais passam as pessoas. dificuldades pelas quais passam as pessoas. Problemas de natureza meta-cognitiva poderiam Problemas de natureza meta-cognitiva poderiam explicar, em parte, essas dificuldades de explicar, em parte, essas dificuldades de transfertransferência. ência.

A transferênciaA transferência

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

Numa crítica literária visando o estudo das Numa crítica literária visando o estudo das diferenças entre a aprendizagem nos alunos diferenças entre a aprendizagem nos alunos apresentando dificuldades de aprendizagem (D.A) apresentando dificuldades de aprendizagem (D.A) e os alunos apresentando uma deficiência e os alunos apresentando uma deficiência intelectual ligeira, (D.I.), Caffrey et Fuchs (2007) intelectual ligeira, (D.I.), Caffrey et Fuchs (2007) demonstram que os alunos (D.A.) se revelam demonstram que os alunos (D.A.) se revelam nitidamente mais eficazes que os alunos (D.I.) na nitidamente mais eficazes que os alunos (D.I.) na transferência das aprendizagens em leitura e em transferência das aprendizagens em leitura e em matemática, quando executam tarefas novas. Os matemática, quando executam tarefas novas. Os alunos (D.A.) se aproximam melhor dos alunos que alunos (D.A.) se aproximam melhor dos alunos que fazem aprendizagens normais, o que nao é o caso fazem aprendizagens normais, o que nao é o caso dos alunos (D.I.).dos alunos (D.I.).

A transferênciaA transferência

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

• No plano pedagogico:No plano pedagogico:1- Estabelecer relaçoes com a familia de maneira 1- Estabelecer relaçoes com a familia de maneira

que as aprendizagens feitas na escola possam que as aprendizagens feitas na escola possam ser aplicadas tambem em situaçoes da vida ser aplicadas tambem em situaçoes da vida cotidiana e vice versa (por exemplo: atividades cotidiana e vice versa (por exemplo: atividades de classificaçde classificação););

2- Planejar com o aluno a aplicaç2- Planejar com o aluno a aplicação de seus novos de seus novos saberes e saber fazer em diferentes contextos e saberes e saber fazer em diferentes contextos e avaliar com os alunos os impactos dessa avaliar com os alunos os impactos dessa aplicaçaplicação..

A metacogniçãoA metacognição

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

« Aptidão de um sujeito para pensar e prestar uma atenção especial aos os seus próprios mecanismos de pensar, notadamente quando se trata de reforçar as suas capacidades cognitivas »

Sternberg (2007)

A metacogniçãoA metacognição

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Podemos estabelecer uma analogia com o general de um exército que envia seus soldados (estratégias cognitivas), tomando suas decisões estratégicas em função das informações que dispõe.

A meta-cognição é a reflexão sobre sua ação, é pensar a sua ação, é a consciência dos atos mentais que são utilizados numa situação de resolução de problemas.

A metacogniçãoA metacognição

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

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Vários pesquisadores (Paour, 1999) mostraram que as pessoas com deficiência mental não solicitam as estratégias meta-cognitivas tais como:

antecipar a natureza e as implicações do problema; comparar e selecionar as estratégias de execução

pertinentes;planejar as estratégias escolhidas; controlar e regular o processo de resolução do

problema.

A metacogniçãoA metacognição

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

No plano pedagogico:No plano pedagogico:1- Solicitar ao aluno de planejar seu 1- Solicitar ao aluno de planejar seu

percurso de resoluçpercurso de resolução de problema; de problema;2- Solcitar ao aluno quando possivel de 2- Solcitar ao aluno quando possivel de

verbalizar suas reflexoes;verbalizar suas reflexoes;3- Na medida do possivel solicitar ao 3- Na medida do possivel solicitar ao

aluno que justifique suas açoes;aluno que justifique suas açoes;

A metacogniçãoA metacognição

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução intedita sem a permissão do autor

No plano pedagogico:No plano pedagogico:4- interrogar ao aluno sobre o resultado de suas açoes;4- interrogar ao aluno sobre o resultado de suas açoes;

5- Quando necessario, pedir para o aluno tentar 5- Quando necessario, pedir para o aluno tentar modificar suas estratégias, visando outra soluçmodificar suas estratégias, visando outra solução;;

6- Quando o professor serve de modelo para o aluno 6- Quando o professor serve de modelo para o aluno durante o precurso de resoluçdurante o precurso de resolução de problema, ele deve de problema, ele deve verbalizar em voz alta o seu percurso.verbalizar em voz alta o seu percurso.

Qual a conclusão que podemos retirar de um panorama como esse ?

Quer se trate do desenvolvimento das estruturas intelectuais ou ainda do funcionamento dos mecanismos de apredizagem, uma conclusão se impõe: estamos sempre em presença do mesmo fenômenoestamos sempre em presença do mesmo fenômeno::

A FRAGILIDADE NO FUNCIONAMENTO MENTAL

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007) Reproduction interdite sans la permission de l’auteur

Fragilidade no funcionamento mental que se manifesta de formas diferentes:

• Dificuldade de mobilizar os seus próprios recursos internos

• Dificuldade de ficar centrado / focalizado em uma tarefa

• Oscilações do raciocínio• Problemas de auto-regulação da tarefa de

resolução do problema• Ausência ou utilização pouco eficaz de estratégias

cognitivas de codificação da informação• Fixações temporárias ou mesmo definitivas na

construção das estruturas intelectuais durante o periodo de desenvolvimento

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Exemplos de consequências dessa fragilidade:

• Fixações temporárias, até mesmo defintivas em estados de desenvolvimento intelectual inferiores aos esperados (Paour). Esta situação podendo ter consequências desastrosas sobre as aprendizagens escolares e sobre a adaptação socio-profissional da pessoa.

• Uma «superdepêndencia» da pessoa no contexto do seu ambiente social. Ela exerce efeitos muito negativos sobre qualidade de vida da pessoa e, obviamente, sobre o seu ambiente social (autodeterminaçâo).

• Uma representação do mundo muito pobre com uma qualidade de vida menor.

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É aqui que encontramos toda a importância da estimulação cognitiva

• Eu sou de opinião que essa fragilidade impõe uma ação educativa especifica da parte dos interventores e dos pais..

• Trata-se de mobilizar no máximo, quer numa perspectiva educativa, quer numa perspectiva de reeducação, a atividade cognitiva da pessoa com deficiência mental, pouco importando as causas dessa deficiência.

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Definição dos termos “educação cognitiva” e “re-mediação cognitiva”

Definição dos termos “educação cognitiva” e “re-mediação cognitiva”

© Jean-Robert Poulin (Novembro 2007)

Reprodução interdita sem a permissão do autor

Educação Cognitiva

(Büchel e Paour, 2005)

Aproximação sistemática de transmissão das ferramentas do funcionamento intelectual

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Segundo a minha opinião, esta comunicação constitui, globalmente, uma demonstração da necessidade de assegurarmos um lugar de primeira importância à educação e à re-mediação cognitivas dos alunos com

deficiência intelectual.

A qualidade da sua adaptação sócio-comunitária

e profisisonal depende largamente disso.

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