as dores do mundo

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Spiritual

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As Dores do Mundo - Apresentação do autor Luiz Gonzaga Pinheiro - Editora EME

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Regressão da memória

Texto:As dores do mundo

Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro

Música: Träumerei

A dor de qualquer homem afeta o mundo inteiro. É como uma gota de tinta em um lago transparente. Muda toda a paisagem.

Mas a dor não é carrasca dos homens, apenas sua prisioneira.

A dor dos homens vem da luz mortiça das cavernas, das pirâmides, dos palácios e hoje mora em modernos edificios e favelas.

Às vezes queda-se sobre os berços, os túmulos, observa lágrimas, passa longo tempo

meditando sobre o sermão do monte, mas não larga o tacape.

É uma dor que vem de muitos corpos, velhos mundos, novos Espíritos. É uma dor sofrida,

que quer se libertar, mas os homens a aprisionam

com seus desejos e suas geurras.

É uma dor muito antiga, nascida nos ancestrais dos primeiros homens, cujos modernos são eles

próprios.

É uma dor reprise, recorrente, cansada de doersem que sua lição seja apreendida. A dor do mundo é uma mestra que espera o dia de se transformar em amor, mas os homens não

permitem tal metamorfose.

Carcereiros da dor, os homens aprenderam a viajar para a lua,mas não notaram ainda que a

ferida de hoje foi causada pelo punhal de ontem; que a mortalha que cobre seu filho agora foi cosida pelas mãos de seus avós.

O homem é um viajante do passado e sua bagagem é a dor, que se disfarça de orgulho,egoismo, vaidade, inveja....

Seu maior medo é ter esperança, doar-se, acolher o amor, chaves do cárcere que o libertariam.

Quando encontra o amor, entontece, sente vertigens, quer se entregar, mas julga que isso o fragilizaria e recua para seus tormentos.

Somente quando vence todos os seus demônios interiores é que descobre o quanto foi tolo em podar as asas do anjo que teimavam em nascer em seu Espírito.

É então que vê ao seu lado os imensos recursos que Deus colocou ao seu dispor, até então

ignorados por ele.

E começa a juntar as fagulhas de bons sentimentos deixados nas trilhas percorridas; aqui um bom conselho; ali um beijo, alhures um afago.

Compreende enfim sua origem e destinação; que a peneira do tempo tudo deixa para trás, apenas o amor permanece como caminho único.

É então que a dor, companheira de séculos o deixa, e vai procurar outros corações imaturos para ministrar a mesma lição.

E o amor, outra face da dor, inicia seus seguros passos em direção ao infinito.

É então que o homem não é mais o mesmo. passa de carcereiro a semeador; abre o ouvido

ao amor, o coração à esperança e seu peito passa a ser uma imensa hospedaria. Em outras palavras, assume seu lugar entre os obreiros

do Senhor.

Formatação: o caçador de imagens

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