art. 130 e o penal seguintes - concurseria.com.br · que a encontra desamparada e não lhe presta...
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Perigo de Contágio Venéreo (Art. 130) e Perigo de Contágio de Moléstia Grave (Art. 131)
- Crimes de perigo individual (e não de perigo comum);
- A consumação independente do efetivo contágio.
Artigos 130 e 131
Perigo para a vida ou a saúde de outrem art. 132
- Perigo determinado (a pessoa certa ou a grupo delimitado) / se o perigo for indeterminado pode configurar crime contra a incolumidade pública (arts. 250 e ss. do CP);
- Delito subsidiário: apenas incide se não configurar crime mais grave.
Artigo 132
- Sujeito ativo: somente aquele que exerce o dever de cuidado, guarda, vigilância ou autoridade sobre o incapaz (crime próprio);
- Crime (apenas) doloso: vontade livre e consciente de abandonar o assistido;
Abandono de Incapaz (Art. 133)
- Consumação: exige comprovação do perigo efetivo (ou concreto);
- Se a vítima não está sob os cuidados do agente, que a encontra desamparada e não lhe presta auxílio: crime de omissão de socorro (art. 135 do CP);
Abandono de Incapaz
- Se a vítima for recém-nascido e o objetivo do agente for ocultar desonra própria: crime de exposição ou abandono de recém-nascido (art. 134 do CP).
Abandono de Incapaz
- Violação do dever de solidariedade e assistência mútua;
- Crime omissivo próprio;
- Modalidades: falta de assistência imediata (socorro pessoal) ou mediata (pedido de atendimento por terceiros);
Omissão de Socorro (Art. 135)
- Elemento subjetivo: dolo de perigo (direto ou eventual);
- Motorista de veículo automotor envolvido em acidente, que não agiu de forma culposa, porém deixou de prestar socorro à vítima: crime omissivo específico (art. 304 do CTB);
Omissão de Socorro
- Sendo caso de homicídio ou lesões corporais culposas (inclusive no trânsito) = omissão de socorro configura causa de aumento de pena (arts. 121, § 4o, e 129, §7o, do CP; arts. 302, §único, e 303, § único, do CTB);
- Omissão de socorro a idoso (idade igual ou superior a 60 anos) (art. 97 da Lei n. 10741/03).
Omissão de Socorro
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial- Criado pela Lei n. 12.653/2012; - “Exigir cheque-caução, nota promissória ou
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial”.
Artigo 135 - A
- “Crime próprio específico”: relação jurídica especial entre os sujeitos (ativo e passivo);
- Consumação: crime de perigo concreto (prova da real situação de risco sofrida pela vítima);
Maus-tratos (Art. 136)
Não confundir com:
- Tortura castigo (art. 1º, II, da Lei n. 9.455/97): meio empregado pelo agente causador de intenso sofrimento físico ou mental na vítima;
- Art. 232 do ECA (Lei n. 8.069/90): menor exposto a situação vexatória ou a constrangimento;
Maus-tratos
- Art. 99 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003) = vítima pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
Maus-tratos
- Briga generalizada com pelo menos três envolvidos sendo impossível individualizar as agressões;
- Crime de concurso necessário por condutas contrapostas (uns contra os outros);
- Consumação independe de lesões (crime de perigo)
Rixa (Art. 137)
- Havendo contravenção de vias de fato: fica absorvida;
- Havendo lesões leves: concurso de crimes entre rixa e lesões leves;
- Havendo lesão grave ou morte: a rixa será considerada qualificada
Rixa
(Arts. 138 – 145 do CP)
Art. 138 Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena —detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 139 Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena — detenção, de três meses a um ano, e multa.
Calúnia, Difamação e Injúria
Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena — detenção, de um a seis meses.
Calúnia, Difamação e Injúria
Ob
jeti
vid
ad
e ju
ríd
ica Calúnia Difamação Injúria
Honra objetiva: indica a
reputação ou o prestígio
social
Honra objetiva: indica a
reputação ou o prestígio
social
Honra subjetiva:
indica o juízo que cada um
faz de si mesmo
Su
jeit
o A
tiv
oCalúnia Difamação Injúria
Qualquer pessoa (crime
comum unissubjetivo)
Qualquer pessoa (crime
comum unissubjetivo)
Qualquer pessoa (crime
comum unissubjetivo)
Su
jeit
o P
ass
ivo
Calúnia Difamação Injúria
Também a pessoajurídica, quando decrimes ambientais.
Também a pessoajurídica, pois ela
goza de honra objetiva. Também a pessoajurídica, pois ela
goza de honra objetiva.
Somente a pessoa
física, visto que a jurídica
não tem honra
subjetiva
Tip
o O
bje
tiv
oCalúnia Difamação Injúria
Caluniar: imputar falsamente fato definido como crime (stricto sensu)
Difamar: imputar fatoofensivo à reputação(inclui contravenção penal)
Injuriar: atribuir qualidadefísica ou moral pejorativa(atributo e não fato).
Ele
me
nto
No
rma
tiv
o Calúnia Difamação Injúria
Falsamente: deve incidir
sobre a existência do
fato ou sua autoria.
Pouco importa se o fato
ofensivo é verdadeiro ou
falso.
Pouco importa se o
atributo pejoraivo é
verdadeiro ou falso.
Tip
o S
ub
jeti
vo
Calúnia Difamação Injúria
“Animus caluniandi"
somente admitida quando
da forma dolosa.
“Animus difamandi"
somente admitida quando da forma dolosa.
“Animus injuriandi"somente admitida quando
da forma dolosa.
Co
nsu
ma
ção
Calúnia Difamação Injúria
Quando a ofensa
chega ao conhecimento
de terceiro
Quando a ofensachega ao
conhecimento de terceiro
Quando a ofensa
chega ao conhecimento
da vítima
Te
nta
tiv
aCalúnia Difamação Injúria
Somente admitida quando a
ofensa é por meio
escrito.
Somente admitida quando
a ofensa é por meio
escrito.
Somente admitidaquando a
ofensa é por meio
escrito.
Ex
ceçã
o d
a V
erd
ad
eCalúnia Difamação Injúria
Incentivada; somente nãose admite em
três casos(art. 138, § 3º)
Admitida somente em um
caso - ofensa contra func.
público (art. 139, § único)
Não é admitida em
hipótese alguma
Re
tra
taçã
oCalúnia Difamação Injúria
Admitida, quando feita cabalmente
antes da sentença.
Admitida, quando feita cabalmente
antes da sentença.
Não admitida, sob pena
de se causar ofensa
ainda maior.
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