ark 3+3 / art 3+3
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Impressão: Câmara Municipal de Arraiolos
Poderá ainda consultar o livro on-line no endereço:
Data: Fev. 11 http://aearraiolos.drealentejo.pt/art.3+3/ark.3+3
Exemplares 30
ÍNDICE
3
ARK/ART Pag. 5
Ark. 3+3 Pag. 7
Gonçalo Byrne CGD Arraiolos
Pag. 9
José Paulo Santos Pousada N.srª Assunção Arraiolos
Pag. 11
Ricardo Pais Casa Mortuária Aldeia Serra Arraiolos
Pag.13
Art. 3+3 Pag. 15
Armando Alves Monumento à tapeteira Arraiolos
Pag. 17
Cristina Oliveira Desenhos e fotografias
Pag. 19
João Sotero Nós e alteres
Pag. 21
Projecto “de dentro” Pag. 23
Daniela Bacalhau / cadernos pedagógicos Pag. 25
António Pontes; João Varela; Ricardo Sarmento Pag. 27
EV9AC Pag. 29
Agradecimentos Pag. 31
ARK/ART
Arraiolos é o lugar que estabelece o propósito. O evento ARK/ ART tem por missão fazer-nos despertar para o presente. É uma tomada de consciência sobre a contemporaneidade do nosso património edificado e humano, conforme tiveram todos os tempos que a história nos dita. São percursos pessoais e desta vila que habitamos, onde nos habituámos à pureza da luz. Em ARK.3+3 são apresentados três arquitectos e três obras. Em ART.3+3 são apresentados três artistas plásticos e três obras. Os autores representados facilitaram a disponibilidade para o momento. Durante o trajecto não podia deixar de reflectir nos estudantes que unem o lugar e que são o percurso, desenvolvendo “de dentro” uma dimensão estabelecida e presente. Pela exactidão desenhada, pelo rigor dos que se constroem e nos facultam um olhar aberto justifico o encontro com estas “correntes que nos unem”.
Prof. Luis Silva
5
Biografia
Autor de uma vasta obra, várias vezes premiada a nível nacional e
internacional. A sua produção tem mostrado particular relevo nos
planos patrimonial e cultural, tendo obras construídas em Braga,
Vila do Conde, Viseu, Coimbra, Alcanena, Alcobaça, Lisboa, Almada,
Oeiras, Setúbal, Tróia, Castro Verde, Arraiolos, Vidigueira, Lagos,
Funchal, Évora, Trancoso e Lovaina/Bélgica. Tem obras e trabalhos
teóricos editados em publicações nacionais e estrangeiras. Foi
director do "Jornal Arquitectos" entre 1985 e 1987.
Professor catedrático, convidado em Portugal e no estrangeiro,
recebe em 2005 o título Honoris Causa pela Faculdade de
Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, e é condecorado
pelo Presidente da República com a Grande Ordem de Santiago da
Espada e a Cruz de Grande-Oficial da Ordem do Infante D.
Henrique.
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Descrição
1982
Agência Bancária da Caixa Geral de Depósitos de Arraiolos
Arraiolos, Portugal
O edifício da agência implanta-se num lote estreito e profundo, cuja fachada
principal dá para a praça mais importante da vila, inserindo-se numa frente
urbana de destaque. Esta encontra-se orientada a norte, o que origina
problemas específicos de iluminação para o interior dos lotes, e uma
imagem exterior em sombra. O desenho da fachada sobre a praça garante a
continuidade da frente urbana, e responde à situação decorrente da sua
orientação a norte, procurando não só trazer a luz solar para o interior, como
também tirar partido arquitectónico do facto.
Uma primeira fachada, opaca, e solta do corpo da agência, reflecte a luz
para o interior, através de um envidraçado que constitui uma segunda
fachada do edifício. Sob o efeito da incidência solar reflectida, esta ganha
luminosidade, sobressaindo na praça sem quebrar a leitura de continuidade
da frente. O interior forma um espaço único, alongado, e de duplo pé-direito.
Surgem como marcações de força a linha do balcão, o volume curvo do
arquivo, e o cubo “solto”, que constitui o gabinete do gerente. A composição
é feita a partir da tensão criada por pequenas divergências entre as grandes
linhas longitudinais das paredes, lanternins, balcões, e calhas de iluminação,
em oposição à estaticidade do volume geral e do cubo interior. A luz esculpe
o espaço caracterizando-o de formas distintas: na zona de público, o
lanternim acompanha o eixo longitudinal, enquanto na zona central um poço
de luz evidencia a situação pontual do cubo.
José Paulo Santos
Nascido em 1956, José Paulo dos Santos estudou Arquitectura em Canterbury e Design Ambiental no Royal College of Arts, Londres, entre 1975 e 1981. Participou na exposição Emerging European Architects, nas universidades de Harvard e Columbia, e foi crítico convidado na Rhode Island School of Design, Estados Unidos. Recebeu uma menção no concurso para a Renovação do Edifício Reichstag, Berlim; o prémio bianual de Arquitectura da Bund Deutschen Architekten (BDA) (1998), Berlim, pela obra do infantário nesta mesma cidade; e ainda três nomeações no Prémio Secil de Arquitectura. Tem obras e projectos publicados em livros, mas sobretudo em revistas nacionais e internacionais da especialidade. Trabalha em diferentes escritórios em Londres, Nova Iorque e Porto, cidade na qual se estabelece profissionalmente e por conta própria. A sua obra incide particularmente em remodelações / reconversões e ampliações. Destacam-se o Palace Hotel da Curia (1987-1988), Hotel do Buçaco (1987-1992) e a adaptação do Convento dos Lóios a Pousada de Nossa Senhora da Assunção, Arraiolos, (1993-1996).
Convento
Situado nos arredores da vila alentejana de Arraiolos, o Convento dos Lóios foi fundado no ano de 1527.Após a extinção das ordens religiosas, o cenóbio e as suas propriedades foram vendidas a particulares, embora o estado português o tenha readquirido e convertido parte das suas dependências em pousada nacional. Este convento foi classificado em 1974 como Imóvel de Interesse Público (I.I.P.). A arquitectura de José Paulo dos Santos trabalha valores como o ritmo, a proporção, a luz, os enquadramentos, o significado de cada material na caracterização dos espaços e dos volumes, intimamente relacionados com o contexto. Sem ostentação, mas com grande rigor, consegue simultaneamente o banal e o inesperado (embora seja mais plástico, ou materialista, e menos essencial até ao ponto da abstracção. No caso das inúmeras intervenções em que os valores património e tempo constituem o principal ponto de partida, as suas obras denotam um grande equilíbrio. Parecendo deliberadamente ignorar toda a discussão académica em torno do património, liberta-se de sentimentalismos em torno das imagens e formas do passado, conseguindo que o reportório moderno que utiliza estabeleça continuidade; como se desde sempre o conjunto fizesse sentido, remanescendo o silêncio, atingindo em certa medida a intemporalidade.
RICARDO PAIS Frequentou o curso de arquitectura na Cooperativa Árvore do Porto, tendo concluído o curso na Universidade Técnica de Lisboa. Trabalhou no centro de projectos de construção Lda, Porto. Executou diversos projectos de planeamento, arquitectura e design. Trabalhou no atelier de vários arquitectos. Intervenção na conferência sobre “centro urbano antigo”, 2003 Arraiolos. Desenvolveu projectos de desenho urbano para o centro de Arraiolos e o plano de salvaguarda para a zona classificada de Angra do Heroísmo. Desenvolve projectos de arquitectura, arte, fotografia e design para particulares e entidades.
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Descrição A implantação deste pequeno equipamento corresponde a uma carência há muito sentida por esta pequena comunidade rural do Alentejo. Pretende-se dotar a localidade de um espaço em que se possa velar os mortos, com as condições de conforto e dignidades adequadas. O projecto responde às necessidades funcionais requeridas, aproveitando para questionar e reflectir sobre o percurso no tempo em que consiste a vida humana. Procura articular os elementos essenciais presentes neste percurso, as contradições inerentes, luz e penumbra, com a criação de espaços de contemplação voltados para o interior e abertos ao exterior. Uma caixa dentro de uma concha aberta. O terreno disponibilizado localiza-se na encosta nascente da elevação onde se inscreve a Aldeias da Serra. Define um trapézio irregular, e é pontuado por duas oliveiras especialmente “expressivas” como elementos do decorrer do tempo. A linguagem arquitectónica resulta do desenvolvimento do processo de leitura da envolvente e do cruzamento das questões levantadas pela sua própria função. Apesar dos cuidados postos na integração na envolvente deste edifício, pretendeu-se igualmente transmitir um sinal questionante, função inerente a qualquer equipamento público.
BIOGRAFIA
Armando Alves nasceu em Estremoz, fez o Curso de Pintura da Escola de Belas-Artes do Porto, que concluiu com a máxima classificação. Foi docente desta Escola entre 1962 e 1973. Juntamente com os artistas Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, formou o grupo "Os Quatro Vintes" em 1968 (alusão à nota de classificação do Curso). Entre 1963 e 1973 foi professor assistente na escola portuense, tendo aí introduzido o estudo das Artes Gráficas Radicado no norte [Matosinhos] continua a ter casa e atelier em Estremoz onde se desloca e trabalha com frequência. É um dos fundadores da Cooperativa Árvore. De sua autoria podem ser vistos em espaços públicos a tapeçaria da sala de audiências do Tribunal de Estremoz; o monumento à artesã Tapeteira, em Arraiolos; uma escultura no jardim da Escola Superior de Enfermagem de Beja ou o vitral no edifício da Tabaqueira em Lisboa, entre muitos outros. Participou em exposições no Brasil, Chile, Cabo Verde e Maputo no âmbito das actividades do Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende a que está ligado desde a sua criação. Recebeu vários prémios e distinções, entre os quais, a 'Medalha de Ouro da Cidade' atribuída pela Câmara Municipal de Estremoz. Participou em inúmeras exposições em Portugal e no estrangeiro. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, entregou-lhe em 2006 a insígnia de do grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito.
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OBRA
Tendo começado por uma figuração que pode aproximar-se do
universo neo-realista, representando motivos do meio
alentejano do trabalho, optou seguidamente, e nisso
acompanhando quase todos os seus colegas de geração por
um informalismo matérico que desenvolveu nos anos 60. A
década seguinte é de grande experimentação, associada ao
rigor e à definição que as artes gráficas emprestam, marcada
por uma exploração do signo "arco-íris" e pela construção de
objectos pintados, depurados e contidos. A partir dos anos 80
retoma os valores da paisagem, que reformula à luz de um
abstraccionismo lírico. Tornando-se o Alentejo quase
omnipresente, mas completamente transformados pela
experiência adquirida.
Biografia
Cristina Oliveira. Estudou Arquitectura. Tem trabalhado nas áreas
de arquitectura, pintura, escultura. Design e fotografia.
Iniciou com o escultor João Sotero o projecto Lobo Mau, galeria de
arte contemporânea, em Arraiolos no ano de 2008.
Participou nas seguintes exposições: Concurso nacional de
arquitectura para quiosques para a Cidade de Lisboa – 3.º Prémio
–, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa; Exposição
Colectiva de Pintura e mobiliário Contemporâneo realizada em
Dallas – Texas – EUA; Colectiva de artes Plásticas – Start Space
Gallery – Londres, e editou os livros: The White Book Project –
livro de pintura e colagem; The New Herbarium Project – livro de
colagem; Participação em cinco Travellingjournal Project –
http://lc-travellingjournal.tripod.com/ ; Edição do livro “Illusions”
fotografia.
Participou ainda em exposições em Amadora, Évora, Marinha
Grande, Monsaraz, Segóvia, Porto, Lisboa, Montemor-o-Novo,
Serpa, Cuba, Arraiolos.
Cristin
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Oliv
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Biografia
A partir de 67/ 68, participa em concursos nacionais, sendo-lhe
atribuído uma menção honrosa e um primeiro premio. A partir de 82
dedica-se à escultura. Trabalha da Figueira da Foz, no “Atelier do
Moinho”. De 89 a 99 encontra-se em Évora no Departamento de
escultura em pedra do Centro Cultural de Évora. Pertenceu à
direcção da Gesto-arte. Desde 95 tem realizado vários trabalhos
cenográficos para teatro. Actualmente trabalha em Arraiolos, num
atelier próprio, onde fundou a galeria “arte contemporânea”.
Participou em cerca de 21 exposições individuais, 60 exposições
colectivas e 7 bienais. Tem várias esculturas públicas em Évora,
Figueira da Foz, Cascais, Vila Verde e Alemanha. Participou em
diversos work-shops e simpósios, em Portugal e no resto da
Europa, estando representado em museus e colecções particulares.
JO
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S
OT
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O
Quem conhece o trabalho do João Sotero percebe que esta nova
série de esculturas é um voltar aos seus primeiros trabalhos de nós
e laços, enraizados numa tradição portuguesa que advém dos nós
manuelinos. Depois de um segundo período de vários anos de
exploração da forma humana, isto é um retorno inspirado às
origens. Enquanto os nós eram quadrados e estáticos, esta nova
série está cheia de movimento e drama. Agora a vida das formas
passadas entrou nas abstracções resultando em formas redondas e
dinâmicas, que se desenlaçaram da prisão do nó. Alguns deste
antípodas ou (h)alteres como o autor lhes prefere chamar, ainda
têm a dignidade dos nós abstractos, mas a maior parte delas
transmitem emoções profundamente humanas. Vemos as suas
bases sólidas que permitem a luta contra a gravidade, levando
nalguns casos à vitória, num erguer firme e elegante, mas noutras à
derrota dramática em que o orgulho é quebrado no dorso ou o peso
obriga a voltar ao repouso na terra.
Esta série de ensaios sobre o peso, força, equilíbrio e gravidade é
um trabalho extraordinário em que o humano é exprimido e apurado
através do abstracto.
Hans Welling
Decorrente de um percurso de alunos do Agrupamento de Escolas de Arraiolos
que deliberadamente reflectem um trabalho que se enquadra e explora a luz das artes.
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Daniela Bacalhau
Estudante de Mestrado de Artes Visuais
Cadernos Pedagógicos
Antonio Pontes
Estudante de Arquitectura
Maquete
Projecto para uma habitação
João Varela
Estudante de Arquitectura
Maquete
Projecto para uma habitação
Ricardo Sarmento
Estudante de Arquitectura
Maquete
Projecto para uma habitação
EV9AC. Estudo de um perc urso com construção de maquete.
É o momento de agradecer a todos aqueles que tornaram possível a realização deste
projecto.
Director do Agrupamento, Prof. Joaquim Mira; coordenação da equipa da biblioteca da
escola sede; Câmara Municipal de Arraiolos; Coordenadora da Biblioteca Municipal, Carla
Cândido; Srª Constantina Arnaud; Prof. Rui Rebocho; autores representados; alunos: Ana
Goulão; Ana Russo; Diogo Dias; Diogo Serôdio; Helena Herdadinha; Joana Nunes; Joana
Oliveira; João Cordeiro; Lúcia Guerreiro; Maria Galego; Miguel Rodrigues; Pedro Rosado;
Angelina Pisco; Cátia Lopes; Sofia Catalão; Diogo Pinto; Filipe Gingão; João Ramos; Luís
Tomé.
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Coordenação do projecto: Prof.Luis Silva
Coordenação técnica de informação e comunicação: Prof. Rui Rebocho
Design e Layout : alunos 9º ano E.V. e Prof. Luis Silva
Com o apoio de: – Agrupamento Escolas Arraiolos–
Câmara Municipal de Arraiolos
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