ano ii número 13 setembro de 2016 · 2 o tributo n.º 13/setembro 2016 legislação relevante de...
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1 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
EDITORIAL: Este é um número em que “O
Tributo” assinala 1 ano de existência. Assinalamos
assim o empenho de todos ao longo deste último ano.
Como convém nesta ocasião entregamos aos nossos
leitores algo que podem apreciar. Alterações que
esperamos ajudem a uma melhor leitura e um artigo –
Um ano de Tributo… - que contém as ligações a todos
os números editados e a lista dos artigos publicados e
dos seus autores, número a número.
O momento que se vive nos Contabilistas Certificados,
com o falecimento de António Domingues Azevedo,
Bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados, é
de pesar. A equipa de “O Tributo” presta a toda a família
e amigos de António Domingues de Azevedo, à Ordem
dos Contabilistas Certificados e a todos os Contabilistas
Certificados as mais sentidas condolências.
Ano II
Número 13
Setembro de 2016
ÍNDICE
Nesta Edição:
Editorial – 1
Legislação relevante em julho de
2016 – 3
Um ano de Tributo… - 7
Artigos do mês : A contabilidade e o empresário - 8
SNC-AP e OCC – Contabilistas
Certificados e Contabilistas
Públicos - 13
Contabilidade Ambiental. Passivos Ambientais – 19
Comunicar os clientes à Ordem até 30 de Setembro? - 21
Calendários Fiscais setembro –
2016:
– Portugal – 23
– Angola – 26
– Moçambique – 27
- Cabo Verde – 27
Links úteis - 28
Ficha Técnica - 28
2 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Legislação relevante de julho e os Calendários Fiscais de setembro de Portugal, Angola,
Moçambique, Cabo Verde, estão à disposição dos leitores.
Nos artigos que temos A contabilidade e o empresário, uma reflexão sobre a importância da
utilização da contabilidade pelo empresário. Continuando com a contabilidade, neste caso a
pública, temos o artigo, SNC-AP e OCC – Contabilistas Certificados e Contabilistas Públicos,
é um tema do momento com a entrada em vigor da aplicação do SNC – AP e que de uma forma
simples ficamos com um enquadramento do tema. Contabilidade ambiental – Passivos
ambientais, mais um artigo sobre este ramo da contabilidade numa área cada vez mais
importante. Comunicar os clientes à Ordem até 30 de Setembro? uma análise a esta situação
que alguns se interrogam e que se enquadra nas profundas alterações ao Estatuto dos
Contabilistas Certificados que temos acompanhado em “O Tributo”
Neste momento disputam-se os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. Portugal tem uma
delegação de bravos e valentes desportistas que são diferentes. Para todos eles e para as suas
famílias vai a nossa mensagem de orgulho e de boa sorte. Para nós já são vencedores.
António Xavier, Alexandra Varela e Vitor Vicente
3 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Legislação relevante em agosto de 2016
Decreto-Lei n.º 41/2016, de 1 de agosto
No uso da autorização legislativa
concedida pelo artigo 131.º, pelos n.os 3 e
4 do artigo 140.º e pelos artigos 148.º a
150.º, 156.º, 166.º e 169.º da Lei n.º 7-
A/2016, de 30 de março, altera o Código
do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares, o Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas, o Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado, o Regime do IVA nas
Transações Intracomunitárias, o Decreto-
Lei n.º 185/86, de 14 de julho, o Código
do Imposto do Selo, o Código do Imposto
Municipal sobre Imóveis e o Código do
Imposto Único de Circulação.
Ofício - Circulado n.º 90023 de
2016.08.01
Os pedidos de inscrição como residente
não habitual, cujas condições estão
previstas no artigo 16.º do Código do IRS
(cf. Circulares n.º 2/2010, de 06/05 e nº
9/2012, de 03/08), devem ser efetuados,
exclusivamente, no Portal das Finanças,
através da funcionalidade denominada
“Inscrição como Residente Não Habitual”,
através dos seguintes passos: “Serviços
Tributários > Cidadãos > Entregar >
Pedido > Inscrição Residente Não
Habitual”.
Decreto do Presidente da República n.º
52/2016, de 5 de agosto
Ratifica a Convenção entre a República
Portuguesa e a República Democrática de
São Tomé e Príncipe para Evitar a Dupla
Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em
Matéria de Impostos sobre o Rendimento,
assinada em São Tomé, em 13 de julho
de 2015.
Decreto do Presidente da República n.º
53/2016, de 5 de agosto
Ratifica o Acordo entre a República
Portuguesa e os Estados Unidos da
América para reforçar o cumprimento
fiscal e implementar o Foreign Account
Tax Compliance Act (FATCA), assinado
em Lisboa, em 6 de agosto de 2015.
Resolução da Assembleia da República
n.º 182/2016, de 5 de agosto
Aprova a Convenção entre a República
Portuguesa e a República Democrática de
São Tomé e Príncipe para Evitar a Dupla
Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em
Matéria de Impostos sobre o Rendimento,
4 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
assinada em São Tomé em 13 de julho de
2015.
Resolução da Assembleia da República
n.º 183/2016, de 5 de agosto
Aprova o Acordo entre a República
Portuguesa e os Estados Unidos da
América para reforçar o cumprimento
fiscal e implementar o Foreign Account
Tax Compliance Act (FATCA), assinado
em Lisboa, em 6 de agosto de 2015.
Acórdão do TJUE, de 2016.06.02 –
Processos n.º C-226/14 e C-228/14,
publicado no JOUE n.º C 287, de
2016.08.08, na página 2.
IVA — Regime de entreposto aduaneiro
— Regime de trânsito externo —
Constituição da dívida aduaneira
resultante do incumprimento de uma
obrigação — Exigibilidade do IVA.
Acórdão do TJUE, de 2016.06.02 –
Processos n.º C-252/14, publicado no
JOUE n.º C 287, de 2016.08.08, na
página 4.
Livre circulação de capitais — Artigo 63.º
TFUE — Tributação de rendimentos de
fundos de pensões — Diferença de
tratamento entre os fundos de pensões
residentes e os fundos de pensões não
residentes — Tributação por taxa fixa dos
fundos de pensões residentes com base
num rendimento fictício — Retenção na
fonte aplicada aos rendimentos de
dividendos recebidos pelos fundos de
pensões não residentes.
Portaria n.º 218/2016 - Diário da
República n.º 152/2016, Série I de 2016-
08-09
Regime Simplificado do Sistema de
Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas.
Ofício - Circulado N.º 15515/2016, de
2016-08-09
Regime TIR - Nova configuração das
cadernetas TIR impressas pela IRU.
Portaria n.º 219/2016, de 09/08
Fixa a superfície máxima resultante do
redimensionamento de explorações
agrícolas com vista à melhoria da
estruturação fundiária da exploração e a
unidade de cultura a que se refere o artigo
1376.º do Código Civil.
Resolução da Assembleia Legislativa da
Região Autónoma dos Açores n.º
14/2016/A - Diário da República n.º
153/2016, Série I de 2016-08-10
Pronúncia por iniciativa própria da
Assembleia Legislativa da Região
Autónoma dos Açores sobre eventuais
sanções a aplicar a Portugal pelas
5 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
instituições europeias por incumprimento
do pacto de estabilidade e crescimento no
ano 2015.
Ofício-circulado n.º 30182/2016, de 10/08
Alterações em sede de IVA.
Ofício-circulado N.º 15516/2016, de 2016-
08-10
Prazo de entrega das declarações
complementares.
Ofício-circulado N.º 15517/2016, de 2016-
08-11
Taxas de câmbio para a determinação do
valor aduaneiro, a partir de 17 de agosto
de 2016.
Ofício-circulado N.º 15518/2016, de 2016-
08-12
Fim de validade dos números de
autorizações de procedimento de
declaração simplificada APDS anteriores
a 2015.
Ofício-circulado N.º 15519/2016, de 2016-
08-12
Regime simplificado de
desalfandegamento no domicílio (Decreto-
Lei n.º 16/91, de 10 de janeiro).
Ofício-circulado N.º 15520/2016, de 2016-
08-12
Bagagens – Utilização de declaração
verbal para sujeição de mercadorias
(bagagens) ao regime de exportação.
Resolução da Assembleia Legislativa da
Região Autónoma da Madeira n.º
37/2016/M - Diário da República n.º
155/2016, Série I de 2016-08-12
Recomenda ao Governo Regional a
transferência da participação variável no
IRS por parte do Estado para a Região
Autónoma da Madeira e Municípios.
Resolução do Conselho de Ministros n.º
42/2016 - Diário da República n.º
158/2016, Série I de 2016-08-18
Aprova o Programa Capitalizar (programa
estratégico de apoio à capitalização das
empresas, à retoma do investimento e ao
relançamento da economia, com o
objetivo de promover estruturas
financeiras mais equilibradas, reduzindo
os passivos das empresas
economicamente viáveis, ainda que com
níveis excessivos de endividamento, bem
como de melhorar as condições de
acesso ao financiamento das pequenas e
médias empresas).
Lei n.º 23/2016 - Diário da República n.º
159/2016, Série I de 2016-08-19
Primeira alteração ao regime especial
aplicável aos ativos por impostos
6 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
diferidos, aprovado em anexo à Lei n.º
61/2014, de 26 de agosto.
Decreto-Lei n.º 47/2016 - Diário da
República n.º 160/2016, Série I de 2016-
08-22
No uso da autorização concedida pelos
n.os 1 e 2 do artigo 140.º da Lei n.º 7-
A/2016, de 30 de março, altera o regime
de isenção parcial para os rendimentos de
patentes e outros direitos de propriedade
industrial previsto no artigo 50.º-A do
CIRC, de modo a garantir que os
benefícios fiscais atribuídos apenas
abranjam rendimentos relativos a
atividades de investigação e
desenvolvimento do próprio sujeito
passivo beneficiário.
Lei n.º 24/2016 - Diário da República n.º
160/2016, Série I de 2016-08-22
Cria um regime de reembolso de impostos
sobre combustíveis para as empresas de
transportes de mercadorias, alterando o
Código dos Impostos Especiais de
Consumo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
73/2010, de 21 de junho, e o Regime
Geral das Infrações Tributárias, aprovado
pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.
Decreto do Presidente da República n.º
61/2016 - Diário da República n.º
160/2016, Série I de 2016-08-22
Ratifica a Convenção entre a República
Portuguesa e a República da Costa do
Marfim para Evitar a Dupla Tributação e
Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de
Impostos sobre o Rendimento, assinada
em Lisboa, em 17 de março de 2015.
Resolução da Assembleia da República
n.º 192/2016 - Diário da República n.º
160/2016, Série I de 2016-08-22
Aprova a Convenção entre a República
Portuguesa e a República da Costa do
Marfim para Evitar a Dupla Tributação e
Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de
Impostos sobre o Rendimento, assinada
em Lisboa, em 17 de março de 2015.
Lei n.º 28/2016 - Diário da República n.º
161/2016, Série I de 2016-08-23
Combate as formas modernas de trabalho
forçado, procedendo à décima primeira
alteração ao Código do Trabalho,
aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro, à quinta alteração ao regime
jurídico da promoção da segurança e
saúde no trabalho, aprovado pela Lei n.º
102/2009, de 10 de setembro, e à terceira
alteração ao regime jurídico do exercício e
licenciamento das agências privadas de
colocação e das empresas de trabalho
temporário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
260/2009, de 25 de setembro.
7 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Lei n.º 32/2016 - Diário da República n.º
162/2016, Série I de 2016-08-24
Primeira alteração à Lei n.º 81/2014, de
19 de dezembro, que «estabelece o novo
regime do arrendamento apoiado para
habitação e revoga a Lei n.º 21/2009, de
20 de maio, e os Decretos-Leis n.os
608/73, de 14 de novembro, e 166/93, de
7 de maio».
Lei n.º 34/2016 - Diário da República n.º
162/2016, Série I de 2016-08-24
Elimina a obrigatoriedade de
apresentação quinzenal dos
desempregados (oitava alteração ao
Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de
novembro, que estabelece o regime
jurídico de proteção social da
eventualidade de desemprego dos
trabalhadores por conta de outrem).
Ofício-Circulado N.º 15521/2016, de 2016-
08-26
Taxas de câmbio para a determinação do
valor aduaneiro, a utilizar a partir de 1 de
setembro.
8 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Um ano de “O Tributo”….
Foi em Setembro de 2015 que foi editado o
número 1 de “O Tributo”. Hoje, 12 números
depois e um ano depois é tempo de assinalar
um percurso e rever algumas das coisas que
fomos fazendo neste ano.
“O Tributo” foi iniciado no seu primeiro
número pelo esforço da Alexandra Varela e
do António Xavier, só no número quatro, Vitor
Vicente, se juntou à equipa de diretores.
Este projeto tem-se assumido como uma
oportunidade de partilhar e divulgar matérias
de fiscalidade, contabilidade, gestão e da
profissão de contabilista, por todos os
interessados sejam ou não profissionais da
contabilidade.
Aberto à colaboração de todos que queiram,
desta forma, partilhar do seu conhecimento e
experiência com outros.
Hoje já não é somente uma edição mensal, é
também um serviço de divulgação e partilha
de notícias e assuntos de interesse
profissional que se faz, através da página de
facebook de “O Tributo” e também do Twitter.
Continua no entanto a ser o que sempre foi,
um projeto gracioso e voluntário feito, para
todos, pelo gosto que temos em divulgar e
fazer chegar a todos estes conteúdos.
Ao longo destes 12 números foram sendo
feitas evoluções em “O Tributo”. As evoluções
tiveram sempre o objetivo de tornar a sua
leitura mais interessante para todos. Neste
número fizemos mais algumas evoluções que
esperemos ajudem à leitura.
Os 12 números tiveram um total de 366
páginas. Já contamos com um número
interessante de colegas que publicaram
artigos em “O Tributo”.
Fica aqui a lista de todos que contribuíram
com artigos a quem agradecemos a sua
participação e confiança.
Alexandra Varela
Ana Catarina Serrano
ANACO - Associação Nacional
Contabilistas
António Xavier
Fernando Camacho
Fernando Proença
Luis Lucas
Maria Garcia Bonito
Paula Alexandra Xavier
Paulo Marques
Rute Abreu
Vitor Vicente
Desejamos que esta lista se enriqueça com
mais contributos de mais pessoas que
queiram publicar em “O Tributo”.
Para que possam aceder a todos os números
de “O Tributo” aqui ficam os mesmos com os
artigos temáticos que foram publicados,
porque muitos deles estão atuais
(se clicarem no numero têm o link para a
respetiva edição)
Nº 1 – Setembro 2015
“O novo IRS”, de António Xavier
N.º 2 – Outubro 2015
“Os rendimentos prediais”, de António
Xavier
“O novo Estatuto da Ordem dos
Contabilistas Certificados e o papel de 3
9 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
profissionais nas grandes alterações
verificadas no estatuto”, de Vitor Vicente
N.º 3 – Novembro 2015
“Veículos elétricos, uma hipótese a
considerar no futuro”, de Fernando
Proença
“Mercadorias à consignação”, de António
Xavier
“Pessoas coletiva de utilidade pública –
Associações”, de Paula Alexandra Xavier
“Desconhecimento gera “medo” nos
Contabilistas – As novas leis da profissão
de contabilista”, de Vitor Vicente
N.º 4 – Dezembro de 2015
“Aquisição de viaturas ligeiras cada vez
mais condiciona pelas implicações em
sede de IRC”, de Paulo Marques
“RETGS – Regime Especial de
Tributação dos Grupos de Sociedades”,
de António Xavier
“Os Órgãos da Ordem dos Contabilistas
Certificados”, de Vitor Vicente
N.º 5 – Janeiro de 2016
“Os enquadramentos e
reenquadramentos fiscais de início de
ano”, de Vitor Vicente
“Regime fiscal para o residente não
habitual”, de António Xavier
“Inventário Permanente, as novas regras,
em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2016”
de Vitor Vicente
N.º 6 – Fevereiro de 2016
“Novas faturas, recibos e fatura recibo
para categoria B”, de António Xavier
“A (des)mistificação do Sistema de
Inventário Permanente” de Luis Lucas
Nº 7 – Março de 2016
“CIVA – Localização das operações”, de
Ana Catarina Serrano
“Serei um TEPIFE?”, de António Xavier
“IRS de 2015 – Novidade a ter em conta
na entrega da Modelo 2”, de Paulo
Marques
N.º 8 – Abril de 2016
“Abril trabalhos mil. Proposta de nova
data para o relatório único”, de Vitor
Vicente
“Consignação 0,5%: Vamos acabar com
as dúvidas!!!”, de Alexandra Varela
“Fez-se história no dia 2 de abril de 2016
na profissão Contabilistas Certificados
com 6 regulamentos rejeitados pelos
membros”, de Vitor Vicente
“O IRS e o Orçamento do Estado de
2016”, de António Xavier
“Esmiuçando o Anexo H de 2015”, de
Paulo Marques
N.º 9 – Maio de 2016
“O debate “Novo Estatuto da OCC”, de
António Xavier
“Exposição sobre o incumprimento do
Estado na disponibilização das
declarações e modelos fiscais em 2016 e
a recalendarização da data de entrega da
Modelo 22 em 2016 e sugestões para
2017” de ANACO – Associação Nacional
Contabilistas
“O IRC e o Orçamento de Estado de
2016”, de António Xavier
“Categoria G do IRS – novidades a ter em
nos rendimentos de 2015”, de Paulo
Marques
N.º 10 – Junho de 2016
“A misteriosa mão invisível de Deus?”, de
Vitor Vicente
Fundações e qual o seu
regime/enquadramento legal” de Paula
Alexandra Xavier
N.º 11 – Julho de 2016
“IVA da Restauração”, de Vitor Vicente
“Planeamento Fiscal”, de Rute Abreu
“Venda de bens usados de uso pessoal e
suporte legal do gasto – Implicações em
IRS, IVA e IRC”, de Paulo Marques
10 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
“A Informação Empresarial Simplificada
(IES)”, de António Xavier
“IES para Setembro porque as pessoas
são mais importantes” de ANACO –
Associação Nacional Contabilistas
“Quo vadis, Ordem?”, de Vitor Vicente
N.º 12 – Agosto de 2016
“O sigilo profissional do Contabilista
Certificado e o controlo de qualidade”, de
Vitor Vicente
“Contabilidade Ambiental: Gastos
ambientais”, de Marina Garcia Bonito
“O novo regime de proteção da casa de
morada de família”, de Rute Abreu
Ponto critico de vendas e margem de
segurança”, de Fernando Camacho
O debate “à luz do novo estatuto da OOC
que regulamentos queremos?”, de
ANACO – Associação Nacional
Contabilistas
A legislação relevante do mês anterior e os
calendários fiscais, que já são de quatro
países – Portugal, Angola Moçambique e
Cabo Verde -, estão presentes em todos os
números e são realizadas pela Alexandra
Varela.
Também temos que agradecer a todos os
que divulgam “O Tributo”, a quem partilha,
recomenda e dá a ler a outros, como
sobretudo aos muitos administradores de
grupos de facebook que entendem ser
valoroso para os seus grupos e para os
membro dos seus grupos a publicação de “O
Tributo” nos mesmos.
Sabemos que não sendo este um projeto
profissional, feito por não profissionais de
jornalismo ou design gráfico, que existem
sempre imperfeições, mas esperamos que os
nossos leitores e amigos nos perdoem essas
falhas e que sempre possível nos alertem
para as mesmas. No entanto continuamos a
achar que é melhor fazer, mesmo com
algumas falhas, do que não fazer.
Por fim fazemos aqui uma justa homenagem
a Alexandra Varela e ao seu espirito de ajuda
que ela coloca nas suas ações. A Alexandra,
como muitos reparam, entende dedicar muito
do seu tempo a um serviço a todos, sejam
Contabilistas Certificados, Contabilistas ou
seja quem for que utilize, facebook, twitter,
internet e queira seguir as publicações dela.
A Alexandra faz um serviço de divulgação,
sobretudo de assuntos da área fiscal,
contabilística e legal, colocando diariamente
informação valiosa que levaria muitas horas
qualquer de um nós a recolher.
Se todos nós estudássemos pelo menos
metade desses assuntos, artigos e temas que
ela coloca à disposição diariamente, de forma
graciosa, seguramente que seria mais que
suficiente para um esforço de formação e
atualização ímpar.
Foi a sua iniciativa e o seu espírito que fez
nascer este projeto, mas que cruza com o seu
blogue e os grupos de facebook que ela
alimenta e mantêm.
Porque é justo reconhecermos quem gosta de
ajudar e o faz no melhor dos espíritos fica
aqui, no aniversário de “O Tributo”, este
reconhecimento à Alexandra Varela.
E afinal este já é o 13ª número e já iniciámos
o Ano II. Bem-haja a todos os que nos leem
por nos acompanharem.
Artigo escrito por:
Vitor Vicente
Contabilista Certificado
11 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Artigos do mês:
A Contabilidade e o empresário
Ao longo dos anos que trabalho em
contabilidade tenho verificado que alguns
empresários olham para a contabilidade como
um meio de apurar impostos e uma obrigação
legal e é precisamente ao mesmo tempo que
procuro que seja vista como uma ferramenta
de apoio à gestão.
Não querendo entrar em detalhes, é
importante sensibilizar todos aqueles que
podem e devem tirar um maior beneficio
desta importante ferramenta, dado a
informação que contém. Para isso vamos
apresentar, ao longo de alguns artigos os
conceitos e procedimentos essenciais que
qualquer empresário deve saber,
nomeadamente o processo contabilístico, a
estrutura e objetivos das três demonstrações
financeiras: balanço, demonstração de
resultados e fluxos de caixa bem como a
forma como estas três peças se relacionam e
ao olhar para elas poder retirar toda a
informação que nos podem fornecer.
A contabilidade é muito mais que o
cumprimento de uma obrigação legal, é sim
um importante instrumento de gestão
essencial para analisar todo o
desenvolvimento de um negócio e é deve ser
desta forma que o empresário a deve ver e
utilizar.
Existem diversas definições de contabilidade,
mas todas se resumem essencialmente em
afirmar que se trata de uma técnica de registo
e de representação das transformações
verificadas pelo património de uma entidade
durante a sua atividade, de modo a saber em
qualquer momento a sua composição e o seu
valor.
Por esta simples definição podemos verificar
a riqueza de informação que poderá ser
retirada e trabalhada para ajudar na decisão
do gestor, quando se avalia a forma como o
património está dividido entre bens, direitos e
obrigações, como se formou o resultado, qual
a estrutura de gastos da empresa e o peso
que cada rubrica tem na sua formação,
podemos também avaliar o desenvolvimento
das áreas operacional, financeira e de
investimentos avaliando a sua contribuição
para a formação do resultado e também o seu
efeito fiscal.
Outra grande vantagem da informação
retirada da contabilidade tanto no momento
presente em que se analisa ou na análise do
seu histórico, produzido ao longo da vida da
entidade, é o de permitir avaliar a sua
evolução e ter uma perspetiva futura para
efeitos de orçamento e mesmo no
desenvolvimento de uma gestão preventiva,
12 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
preparando a empresa para adversidades,
que poderão ser ou não cíclicas.
É verdade que o empresário deve estar
focado no seu negócio e na estratégia que foi
definida para o fazer crescer, mas também é
verdade que deve ter um mínimo de
conhecimento que lhe permita ler um balanço,
uma demonstração de resultados e de fluxos
de caixa podendo daí poder retirar a
informação necessária para avaliar a sua
empresa, poder discutir com os seus
parceiros estratégias e ter consciência dos
efeitos dessas decisões nas suas contas e
nos seus impostos, é importante que nas
reuniões onde se analisam resultados,
mesmo não sendo conhecedor de uma
linguagem muito técnica dela esteja próxima e
seja entendida por todos os interlocutores, ou
seja é fundamental a compreensão das
demonstrações financeiras que é referida na
estrutura conceptual do Sistema de
Normalização Contabilística, nas
características qualitativas das
demonstrações financeiras no seu § 25
Compreensibilidade cujo conteúdo
transcrevermos:
“Uma qualidade essencial da informação
proporcionada nas demonstrações financeiras
é a de que ela seja rapidamente
compreensível pelos utentes. Para este fim,
presume-se que os utentes tenham um
razoável conhecimento das atividades
empresariais e económicas e da contabilidade
e vontade de estudar a informação com
razoável diligência. Porém, a informação
acerca de matérias complexas, a incluir nas
demonstrações financeiras dada a sua
relevância para a tomada de decisões dos
utentes, não deve ser excluída meramente
com o fundamento de que ela possa ser
demasiado difícil para a compreensão de
certos utentes”.
Resumindo, queremos sensibilizar todos os
empresários da importância que é poder ler
as principais peças contabilísticas fornecidas
pela contabilidade usufruindo da informação
que ela contém para a gestão da vossa
empresa. O vosso contabilista será a pessoa
indicada para vos ajudar nessa leitura e vos
indicar a melhor forma de retirar e utilizar toda
a informação que necessitam, será
certamente o vosso parceiro ideal.
Artigo escrito por:
António Xavier
Sócio Gerente da Gesconfer - Gestão e
Contabilidade, Lda
Email: ajcxavier@gmail.com
13 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
SNC-AP E OCC – Contabilistas Certificados e Contabilistas
Públicos
Um olhar atual e oportuno sobre o futuro
Siglas utilizadas neste artigo:
CC – Contabilista Certificado
CP – Contabilista público
DF – Demonstrações Financeiras
DGAL – Direção-Geral das Autarquias Locais
DGO – Direção-Geral do Orçamento
EPR – Entidades Públicas Reclassificadas
IGF – Inspeção-Geral de Finanças
INE – Instituto Nacional de Estatística
LCPA – Lei dos compromissos e dos
pagamentos em atraso
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
LGT – Lei Geral Tributária
LOPTC – Lei de Organização e processo do
Tribunal de Contas
NCP – Normas de Contabilidade Pública
NIC – Normas Internacionais de
Contabilidade (setor privado)
OCC – Ordem dos Contabilistas Certificados
POCAL – Plano Oficial de Contabilidade das
Autarquias Locais
POC-ED – Plano Oficial de Contabilidade
Pública para o Sector da Educação
POC-ISSSS – Plano Oficial de Contabilidade
das Instituições do Sistema de Solidariedade
e de Segurança Social
POC-MS – Plano Oficial de Contabilidade do
Ministério da Saúde
POCP – Plano Oficial de Contabilidade
Pública
SEC-2010 – Sistema Europeu de Contas
Nacionais e Regionais (versão de 2010)
SNC – Sistema de Normalização
Contabilística
SNC-AP – Sistema de Normalização
Contabilística das Administrações Públicas
SPA – Setor Público Administrativo
TdC – Tribunal de Contas
1.
Assoberbados com múltiplas preocupações –
de uma penada podemos invocar algumas
mais salientes como sejam as obrigações
declarativas anuais dos clientes, as periódicas
do IVA e Segurança Social, as insuficiências
(recorrentes) do Portal das Finanças e a
discussão do novo Estatuto dos membros da
OCC – a maioria dos Contabilistas anda
arredada de uma revolução dicotómica e
profunda não apenas no panorama
contabilístico nacional como numa parte
nuclear da atividade da OCC e que, a prazo
curto, vai ter a sua dirimição no que vier a ser
a redação consensualmente conclusiva –
independentemente da legislação em vigor –
do Estatuto da Ordem dos Contabilistas
Certificados e do Código Deontológico dos
Contabilistas Certificados: refiro-me à nova
14 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Contabilidade Pública e,
concomitantemente, à nova figura do
CONTABILISTA PÚBLICO.
Sobre a vasta temática da Contabilidade
Pública – assunto sobre o qual, de resto, me
encontro, presentemente, a escrever dois
livros – virei a terreiro em artigos futuros dado
o interesse, a oportunidade, a densidade e a
complexidade de que o mesmo se reveste.
2.
No presente artigo farei uma abordagem
exploratória e iniciática – consciente de que a
maioria dos Contabilistas não conhece a
Contabilidade Pública, apesar de os efeitos
da mesma pesarem decisivamente no nosso
quotidiano relacional direto e indireto com a
Administração Pública e naquilo que
possamos esperar do nosso futuro individual
e do futuro do país – que, espero, contribua
para estimular o interesse dos leitores que queiram
alargar os seus horizontes técnicos e/ou estejam
ligados (presentemente ou no futuro) à
Contabilidade Pública.
Começando por invocar a definição do
Contabilista Público, de acordo com o artigo
8º do Decreto-Lei nº 192/2015, de 11 de
setembro, que institui o SNC-AP:
Artigo 8.º
Contabilista público
1 — A regularidade técnica na prestação de contas
dos serviços e organismos e na execução da
contabilidade pública é assegurada pelo
contabilista público.
2 — As funções de contabilista público são
assumidas pelo dirigente intermédio responsável
pela contabilidade e, na sua ausência, pelo
trabalhador selecionado de entre trabalhadores
integrados na carreira de técnico superior com
formação específica em contabilidade pública.
3 — Estão dispensados da frequência da formação
específica inicial os trabalhadores que, à data da
entrada em vigor do presente decreto-lei, sejam
responsáveis pela contabilidade pública.
3.
A interpretação desta disposição pode não
ser pacífica e importa avançar ao seu
encontro e com o contributo de todos os que
estudam esta área da contabilidade. Assim:
a) Para se ser Contabilista Público tem
que se ser funcionário público de
carreira e possuir formação específica
em Contabilidade Pública;
b) A formação específica em
Contabilidade Pública é dispensada a
um Contabilista Público desde que o
mesmo seja responsável, a 1 de
janeiro de 2017, pela contabilidade de
uma entidade pública
15 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
4.
No contexto interpretativo do aludido artigo é
pertinente perguntar – acreditando que o
legislador está preocupado com a qualidade
da informação contabilística prestada pelas
entidades públicas, centenas das quais, por
terem sido reclassificadas pelo INE, vão
ter de abandonar o SNC para passar a
adotar o SNC-AP – o seguinte:
Ser responsável por um serviço
público requer determinadas
qualidades, dentre as quais as de ser
um bom gestor de recursos humanos,
mas, como é o caso de nomeações na
base da confiança política, não tem,
necessariamente, de possuir a
capacidade técnica do saber fazer
e/ou do fazer saber.
Se um jurista, um arquiteto ou um
engenheiro – com todo o respeito e
admiração por estes profissionais –
sendo excelente gestor de recursos
humanos mas sem formação em
contabilidade pública, for nomeado
responsável pela contabilidade de
uma entidade pública no dia 1 de
dezembro de 2016, é curial que ele
possa ser Contabilista Público só
porque é responsável pela
contabilidade da entidade no dia 1 de
janeiro de 2017?
Por que não se exigiu, por exemplo,
que um profissional nestas condições
(dispensado de possuir formação
específica em Contabilidade Pública)
devesse ter, pelo menos, 3 anos de
experiência como responsável pela
mesma na entidade onde presta
serviço?
Em que consiste, exactamente, a
“formação específica em
contabilidade pública”? É que a
formação em Contabilidade Pública
pode ir desde cursos executivos de 30
horas até pós-graduações, mestrados
ou licenciaturas!
O que vai fazer a OCC? Vai aceitar de
forma acrítica a inclusão como novos
membros de pleno direito pessoas que
podem não ter dado provas de saber
contabilístico?
É que, uma coisa é ser responsável
pela contabilidade de uma entidade
pública e assinar mapas e relatórios
de prestação de contas e outra é
possuir os necessários conhecimentos
para poder responder diretamente
perante os superiores e, sobretudo,
junto dos subordinados que podem
necessitar de respostas a
determinadas questões técnicas;
E se um dado profissional de
contabilidade pública se recusar a
aceitar as funções de Contabilista
Público sem que a entidade pública
possua recursos humanos alternativos
para o desempenho dessa função?
Vai avançar-se com a aplicação
compulsiva dos mecanismos da
mobilidade? E, se sim, será isso um
16 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
bom início motivacional para este
profissional?
Por outro lado, considerando esta via
de acesso ao estatuto de Contabilista
Público, (e, logo, à de membro da
OCC), se este profissional
abandonar a função pública, perde
o estatuto de membro da Ordem?
Se não perde, pode tornar-se CC de
uma entidade do setor privado?
Sendo funcionário público cuja
entidade empregadora o nomeia
Contabilista Público, como se
acautelam as garantias de defesa
deste profissional caso seja
pressionado pela sua entidade
empregadora pública a eventuais
práticas indevidas (em sede de
desvios de reconhecimento,
desreconhecimento, mensuração e
divulgação)?
Esta questão é uma das mais
candentes e recorrentes em toda a
Administração Pública porque, em
teoria, a questão está dirimida através
do cumprimento do CPA – por
exemplo, através da exigência, por
parte de um subordinado, de uma
ordem escrita sobre a qual, igualmente
por escrito, deseje manifestar
desacordo, mas, na prática concreta,
há muitas notícias de superiores que
se recusam a este dever, obrigando o
subordinado a expor-se a riscos e
responsabilidades para os quais não
contribuiu.
Sendo Contabilista Público este
profissional tem de responder, por
um lado, de acordo com o
preceituado, sobretudo mas não
exclusivamente, no artigo 24º da LGT
(lei geral tributária, decreto-lei nº
398/98, de 17 de Dezembro) mas,
também – o que não é o caso do CC
de entidades do setor privado sujeitas
ao SNC – pelo disposto na LCPA (Lei
dos compromissos e pagamentos em
atraso, lei n.º 8/2012, de 21 de
Fevereiro) e na LOPTC (Lei de
organização e processo do Tribunal de
Contas, lei n.º 98/97, de 26 de
Agosto).
É uma velha (mas sempre atual)
questão que implica uma grande
reflexão:
Se o Contabilista público cometer
um ilícito (voluntariamente, por
negligência ou por a tal prática ter sido
pressionado), supomos que será
defendido (ou acusado) pela OCC.
Porém, em caso de acusação, ele é
alvo de duas bases normativas
punitivas distintas: a da tutela
jurisdicional (Tribunal de Contas) e a
da tutela fiscal (Autoridade Tributária).
Ou seja, em teoria terá de responder
e pode ser punido duas vezes pelo
mesmo ilícito.
Sendo razoável esperar-se que vai ser
vertido em lei o “ESTATUTO DO
CONTABILISTA PÚBLICO”, como vai
o mesmo ligar-se ao “Estatuto dos
17 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Contabilistas Certificados” em torno do
qual tanta e justa discussão tem sido
feita?
Vai haver DOIS ESTATUTOS
distintos de CONTABILISTAS ou
haverá um estatuto único?
Havendo um estatuto único, pode
presumir-se que haverá contabilistas
certificados (privados ou públicos)
mais expostos do que outros à
efetivação de responsabilidade
financeira sancionatória e
reintegratória além da disciplinar e,
ainda, com o concurso do ministério
Público presente em permanência no
Tribunal de Contas, civil e criminal?
5.
O tema é fundamental porque, por um lado, a
OCC tem vindo a desenvolver muitas
actividades em sede do tema e, por outro,
ao ser instituída a figura do Contabilista
Público, este, de duas, uma: ou já é
Contabilista Certificado membro da OCC e
detentor da aludida formação específica
(principal ou complementar) em Contabilidade
Pública ou, não a possuindo, passará a sê-lo
por reunir as condições estabelecidas no
Artigo 8º do já aludido Decreto-Lei nº
192/2015, de 11 de setembro, que institui o
SNC-AP.
6.
Quadro no qual existe a já sinalizada
conflitualidade normativa entre
disposições legais fiscais e tutelares e a
que todos os Contabilistas deverão estar
atentos porque, seguramente, vai ser
necessário fazer acertos legislativos uma vez
que, na sua ausência, começará a ser fixada
jurisprudência, ela mesma já uma fonte de
direito.
7.
À OCC e à CNC coloca-se o problema de
acompanharem – num momento em que o
tempo já escasseia – os processos etápicos
da mudança. No quadro seguinte
esquematiza-se, sinteticamente, a dimensão
universal das entidades abrangidas – nas
quais exercem funções cerca de 600.000
funcionários públicos – e que estão a viver,
neste momento, um processo de transição e
de mudança profunda no âmbito da
Contabilidade. Que deve merecer um olhar
privilegiado por parte dos Contabilistas,
ROC, diretores financeiros e juristas –
profissionais que, em primeira linha, serão
chamados a intervir.
18 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
ENTIDADES ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO PARA O SNC-AP
Fonte: Elaboração própria
Artigo escrito por:
Joaquim Alexandre
Economista
Contabilista Certificado
Formador Certificado pelo IEFP
Consultor, Auditor e Conferencista – Setor Privado e Setor Publico (Central, Regional e Local)
audi.forma@gmail.com
Entidades do
SPA
SETOR EMPRESARIAL
PÚBLICO
Administração
Central
Administração Regional
POCP POC-ED POC-MS
POC-ISSSS
POCAL
SNC
SNC-AP ≥ 1 janeiro 2017
EPR Entidades Públicas
Reclassificadas
Administração Local
19 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Contabilidade Ambiental - Passivos Ambientais
Passivos ambientais são o conjunto de
obrigações que as empresas têm para com o
meio ambiente em virtude do seu
investimento económico. Eles existem para
compensar os impactos que esse
investimento possa causar na natureza,
demostrando assim atitudes ambientalmente
responsáveis a par das economicamente
vantajosas.
No parágrafo 59 da EC (Estrutura
Conceptual) pode-se ler: uma característica
essencial de um passivo é a de que a
entidade tenha uma obrigação presente. Uma
obrigação é um dever ou responsabilidade
para agir ou executar de certa maneira. As
obrigações podem ser legalmente impostas
como consequência de um contrato
vinculativo ou de um requisito estatutário.
Este é geralmente o caso, por exemplo, de
quantias a pagar por bens e serviços
recebidos. As obrigações podem surgir
também das práticas normais dos negócios,
costumes e de um desejo de manter boas
relações negociais, rectificar deficiências nos
seus produtos, mesmo quando estas se
tornem evidentes após o período de garantia
ter expirado, são passivos as quantias que se
espera que sejam gastas respeitantes a bens
já vendidos.
O parágrafo 12 da NCRF 26 transmite:
reconhece -se um passivo de carácter
ambiental quando seja provável que uma
saída de recursos incorporando benefícios
económicos resulte da liquidação de uma
obrigação presente de carácter ambiental,
que tenha surgido em consequência de
acontecimentos passados e se a quantia pela
qual se fará essa liquidação puder ser
mensurada de forma fiável. A natureza desta
obrigação deve ser claramente definida e
pode ser de dois tipos:
(a) Legal ou contratual, se a entidade
tiver uma obrigação legal ou contratual de
evitar, reduzir ou reparar danos ambientais;
ou
(b) Construtiva, se resultar da própria
actuação da entidade, quando esta se tiver
comprometido a evitar, reduzir ou reparar
danos ambientais e não puder deixar de o
fazer em virtude de, em consequência de
declarações públicas sobre a sua estratégia
ou as suas intenções, ou de um padrão de
comportamento por ela estabelecido no
passado, a entidade tiver dado a entender a
terceiros que aceita a responsabilidade de
evitar, reduzir ou reparar danos ambientais.
Já relativamente a passivo contingente de
caráter ambiental, pode-se ler nos parágrafos
17 e 18 na NCRF 26: os passivos
contingentes não devem ser reconhecidos no
balanço. Se existir uma possibilidade, menos
que provável, de que um dano ambiental deva
ser reparado no futuro, mas essa obrigação
esteja ainda dependente da ocorrência de um
20 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
acontecimento incerto, deve divulgar -se um
passivo contingente no Anexo.
Se for remota a possibilidade da entidade ter
de incorrer num dispêndio de carácter
ambiental ou se tal dispêndio não for
materialmente relevante, não é necessário
divulgar qualquer passivo contingente.
Em resumo, o passivo ambiental corresponde
ao valor referente aos gastos com o
tratamento de áreas contaminadas, resíduos,
coimas e outros gastos advindos da não
observância da legislação ambiental e de
cuidados com o meio ambiente, assim como
os gastos relacionados com o cumprimento
das normas e certificações, incluindo, a
responsabilidade pela preservação de
unidades de conservação e o próprio dano
físico causado (como um rio poluído, uma
erosão, etc).
Para as empresas o passivo ambiental
representa risco financeiro, além de gastos
para manutenção e a redução do património
líquido, pois empresas que possuem um
passivo ambiental muito alto podem perder
valor de mercado e resultados. Por
conseguinte, o passivo ambiental tem sido um
tema que cada vez mais tem recebido a
atenção das empresas existindo já algumas
ferramentas para monotorizá-lo de acordo
com o tipo de passivo ambiental que a
empresa possui. Um passivo ambiental são
gastos e obrigações.
Artigo escrito por:
Marina Garcia Bonito
Contabilista Certificada
Licenciada em Gestão de empresas pelo ISLA
Mestre em Contabilidade e Finanças pela ESGT
marina.bonito@gmail.com
21 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Comunicar os clientes à Ordem até 30 de Setembro?
No novo Estatuto não comunicamos os
clientes à Ordem
Fez no dia 7 de setembro um ano que foi
publicada a Lei 139/2015. Esta lei tem o atual
Estatuto da Ordem dos Contabilistas
Certificados e o Código Deontológico dos
Contabilistas Certificados. É esta lei que hoje
rege a atividade do Contabilista Certificado e
a atuação dos órgãos sociais da Ordem e que
entrou em vigor a 7 de outubro de 2015.
Este ano, 2016, é o primeiro que os
Contabilistas Certificados, salvo melhor
opinião, “não são obrigados” a comunicar à
Ordem, até ao dia 30 de Setembro, as
entidades pelas quais são responsáveis pela
contabilidade.
Este “não são obrigados” deriva dos
seguintes factos:
1º Foi eliminado - por opção do
parlamento - do texto dos estatutos a
obrigação de comunicar à Ordem, tanto o
início de responsabilidade, como a cessação
de responsabilidade, e atualização anual das
contabilidades somos responsáveis para
efeitos dos pontos, limitação de atividade e
obrigação de dar a conhecer à ordem a nossa
lista de clientes. O parlamento, na alteração
dos estatutos, eliminou todos artigos que
tratavam estas matérias
2º O Contabilista Certificado está
legalmente obrigado ao Sigilo profissional. O
Sigilo profissional engloba também, na nossa
opinião, a divulgação de quem são as
entidades para quem prestamos serviços.
No antigo Estatuto comunicávamos os
clientes à Ordem
Recordemos então que no Estatuto da Ordem
dos Técnicos Oficiais de Contas, que
constava do Decreto-Lei n.º 310/2009 de 26
de Outubro e vigorou até ao dia 6 de Outubro
de 2015. No antigo estatuto havia três artigos:
o artigo 8º, Limites de Atividade; o artigo 9º,
Pontuação e o artigo 10º Identificação dos
técnicos oficiais de contas. Este artigo 10º é
que obrigava os Técnicos Oficiais de contas a
comunicar à Ordem o início ou cessação de
responsabilidade sobre contabilidades
organizadas e ainda até dia 30 de Setembro
de cada ano proceder à informação total de
todos os clientes que tínhamos.
Estes três artigos constaram da proposta de
Estatuto que a Direção da Ordem enviou para
a elaboração do novo e atual Estatuto.
Eliminação dos artigos da comunicação
clientes à Ordem pelo parlamento
O parlamento, durante o processo legislativo,
procedeu à eliminação dos três artigos que
referimos atrás, razão pela qual não constam
em nenhuma parte do novo Estatuto, nem do
Código Deontológico estas obrigações.
Desta forma cessou a obrigação de
comunicar à Ordem as contabilidades das
quais somos responsáveis.
É muito importante este facto do parlamento
ter eliminado estes três artigos. Não é uma
lacuna da lei a ausência dos mesmos. O
legislador – neste caso os deputados – não
quiseram mesmo que estes conteúdos –
limitação de atividade, pontos e informação à
ordem da lista de clientes – se mantivessem
na atividade do Contabilista Certificado.
A eliminação do antigo artigo 10º foi feita
por unanimidade no parlamento
A esse respeito convém saber que estes
artigos, designadamente o que correspondia
ao antigo artigo 10º e que tinha a obrigação
de comunicação à Ordem, os deputados no
parlamento, na votação na especialidade
22 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
artigo a artigo, que decorreu dentro da
Comissão de Segurança Social e do
Trabalho, é que decidiram pela eliminação
deste artigo.
A eliminação deste artigo dos estatutos da
Ordem foi nessa votação aprovada, por
unanimidade, com os votos de PSD, PS,
CDS, PCP e BE. Todos os partidos estiveram
de acordo em acabar com esta comunicação.
É extremamente relevante saber-se que
foram todos os partidos que quiseram a
eliminação deste artigo da comunicação à
Ordem dos clientes.
O sigilo profissional
O sigilo profissional existe para proteção dos
interesses das entidades que contratam os
serviços dos contabilistas certificados, mas
também para existência de um processo de
confiança pública nestes profissionais.
A derrogação deste dever legal só é possível
mediante autorização da própria entidade a
quem prestamos serviços, deliberação judicial
ou mediante solicitação á ordem.
Convém no entanto recordar que os
deputados, por unanimidade de todos os
partidos, ao retiraram a obrigação legal de
informar a Ordem, sabiam e queriam que esta
assim que a nossa lista de clientes ficasse
abrangida pelos deveres de sigilo profissional,
ou deixasse de haver esta exceção à
obrigação de sigilo profissional.
Nesta matéria do sigilo profissional a nossa
realidade aproximou-se da de médicos e
advogados. Nestes profissionais também não
existe divulgação pública ou às respetivas
Ordens dos clientes que estes têm.
Conclusão
Ao fim de 20 anos de profissão nesta matéria,
como em muitas outras, a Lei 139/2015 e o
novo Estatuto trouxeram uma mudança
grande e efetiva. Da leitura que fazemos, o
legislador quis que ficasse vedado aos
Contabilistas Certificados a informação a
terceiros, incluindo especificamente a Ordem,
das entidades que prestamos serviços, exceto
se essas entidades concordarem com essa
divulgação.
É aliás desafiante compreender todas as
mudanças que a Lei 2/2013 e a Lei 139/2015
impõem à profissão de Contabilista
Certificado.
Sugerimos também a leitura do nosso artigo
publicado na edição de Agosto de “O Tributo”
intitulado “O sigilo profissional do contabilista
certificado e o controlo de qualidade” como
forma de aprofundar este tema.
Obrigo pela vossa atenção, e desde já
agradecemos os vossos comentários.
Artigo escrito por:
Vitor Vicente
Contabilista Certificado
Sócio-Gerente da Contas e Resultados, Lda.
Licenciado em Contabilidade e Administração Ramo Fiscalidade pelo ISCAL
Presidente da Direção da ANACO – Associação
Nacional Contabilistas
Membro do Grupo Informal de 3 TOC que no parlamento participaram da alteração dos
Estatutos da Ordem dos Contabilistas Certificados
Candidato a Bastonário, pela Lista C, nas eleições de 2010 da OTOC
https://www.facebook.com/Vitor.Vicente.contabilista
E-mail: vitoravicente@gmail.com
23 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Calendário Fiscal Setembro – 2016 – Portugal
Dia 12:
IVA: Envio da declaração mensal referente ao
mês de julho 2016 e anexos.
IRS/IRC/SEGURANÇA SOCIAL: Entrega da
Declaração Mensal de Remunerações, por
transmissão eletrónica de dados, pelas
entidades devedoras de rendimentos do
trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que
dele isentos, bem como os que se encontrem
excluídos de tributação, nos termos dos
artigos 2.º, 2.º-A e 12.º do Código do IRS,
para comunicação daqueles rendimentos e
respetivas retenções de imposto, das
deduções efetuadas relativamente a
contribuições obrigatórias para regimes de
proteção social e subsistemas legais de
saúde e a quotizações sindicais, relativas ao
mês anterior (agosto 2016).
SEGURANÇA SOCIAL: Entrega das
Declarações de Remunerações referentes a
de agosto 2016 por transmissão eletrónica de
dados.
Banco de Portugal: Disponibilização COL na
Aplicação de Recolha, mês de agosto.
Dia 15:
Declaração Intrastat: Envio da informação
referente ao mês de agosto.
IRS: Entrega da Declaração Modelo 11, por
transmissão eletrónica de dados, pelos
Notários e outros funcionários ou entidades
que desempenhem funções notariais, bem
como as entidades ou profissionais com
competência para autenticar documentos
particulares que titulem atos ou contratos
sujeitos a registo predial, ou que intervenham
em operações previstas nas alíneas b), f) e g
do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos
atos praticados no mês anterior,
suscetíveis de produzir rendimentos.
IMT: Os notários e outros funcionários ou
entidades que desempenhem funções
notariais, bem como as entidades e
profissionais com competência para
autenticar documentos particulares que
titulem atos ou contratos sujeitos a registo
predial, devem submeter, à Direção-Geral dos
Impostos, os seguintes elementos:
a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma
relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT,
ou dele isentos, efetuados no mês
antecedente, contendo, relativamente a cada
um desses atos, o número, data e importância
dos documentos de cobrança ou os motivos
da isenção, nomes dos contratantes, artigos
matriciais e respetivas freguesias, ou menção
dos prédios omissos;
b) Cópia das procurações que confiram
poderes de alienação de bens imóveis em
que por renúncia ao direito de revogação ou
24 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
cláusula de natureza semelhante o
representado deixe de poder revogar a
procuração, bem como dos respetivos
substabelecimentos, referentes ao mês
anterior;
c) Cópia das escrituras ou documentos
particulares autenticados de divisões de coisa
comum e de partilhas de que façam parte
bens imóveis.
Dia 20:
IVA: Entrega da Declaração Recapitulativa,
por transmissão eletrónica de dados, pelos
sujeitos passivos isentos ao abrigo do artigo
53.º que tenham efetuado prestações de
serviços a sujeitos passivos registados
noutros Estados Membro, no mês anterior
(agosto de 2016), quando tais operações
sejam aí localizadas nos termos do artigo 6.º
do CIVA.
IVA: Entrega da Declaração Recapitulativa
por transmissão eletrónica de dados, pelos
sujeitos passivos do regime normal mensal
que no mês anterior (agosto 2016) tenham
efetuado transmissões intracomunitárias de
bens e/ou prestações de serviços a sujeitos
passivos registados noutros Estados Membro,
quando tais operações sejam aí localizadas
nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os
sujeitos passivos do regime normal trimestral
quando o total das transmissões
intracomunitárias de bens a incluir na
declaração tenha no trimestre em curso (ou
em qualquer mês do trimestre) excedido o
montante de € 50.000.
IMPOSTO DE SELO: Entrega das
importâncias retidas, no mês anterior (agosto
2016), para efeitos de Imposto do Selo.
SEGURANÇA SOCIAL: Entrega, entre os
dias 10 e 20, das contribuições relativas às
remunerações do mês anterior (agosto
2016).
IRC: Entrega das importâncias retidas, no
mês anterior (agosto 2016), para efeitos de
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas (IRC).
IRS: Entrega das importâncias retidas, no
mês anterior (agosto 2016), para efeitos de
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares (IRS).
IRS: Segundo pagamento por conta do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares (IRS) de titulares de rendimentos
da categoria B.
FCT ou (ME) e FGCT – Entregas: Pagamento
das entregas para o Fundo de Compensação
do Trabalho (FCT) ou Mecanismo Equivalente
(ME) e para o Fundo de Garantia de
Compensação do Trabalho (FGCT) relativas
ao mês de agosto 2016, entre os dias 11 e
20.
Dia 21:
Banco de Portugal: Prazo de reporte COPE
‐ EMPRESAS – agosto 2016.
25 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Dia 26:
IVA: Comunicação dos elementos das faturas
referentes a agosto 2016.
Dia 30:
IRS/IRC: Entrega da Declaração Modelo 30
– Declaração de rendimentos pagos ou
colocados à disposição de sujeitos passivos
não residentes relativos a julho de 2016.
IRC: Segundo pagamento por conta do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas (IRC) devido por entidades
residentes que exercem, a título principal,
atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola e por não residentes com
estabelecimento estável.
IRC: Segundo pagamento adicional por
conta da derrama estadual devido por
entidades residentes que exercem, a título
principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola e por não residentes
com estabelecimento estável que tenham no
exercício anterior um lucro tributável superior
a € 1 500 000.
IVA: Entrega, por transmissão eletrónica
de dados, do pedido de restituição IVA
pelos sujeitos passivos do imposto
suportado, no próprio ano civil, noutro
Estado Membro ou país terceiro (neste
caso em suporte de papel), quando o
montante a reembolsar for superior a € 400 e
respeitante a um período não inferior a três
meses consecutivos, tal como refere o
Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.
IVA: Entrega, por transmissão eletrónica
de dados, do pedido de restituição IVA
pelos sujeitos passivos do imposto
suportado, no ano civil anterior, noutro
Estado Membro ou país terceiro (neste caso
em suporte de papel), desde que o montante
a reembolsar seja igual ou superior a € 50, tal
como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12
de agosto.
IVA: DURANTE ESTE MÊS E ATÉ AO FIM
DO MÊS DE OUTUBRO: Entrega, por
transmissão eletrónica de dados, da opção
pelo regime de contabilidade de caixa em
sede de IVA, caso pretenda a aplicação do
regime a partir de 01 de janeiro do ano
seguinte.
IMI: Envio pelas câmaras municipais, por
transmissão eletrónica, dos elementos
relativos à constituição, aprovação, alteração
ou receção, ocorridas no mês anterior:
- Alvarás de loteamento, licenças de
construção, plantas de arquitetura das
construções correspondentes às telas finais,
licenças de demolição e de obras, pedidos de
vistorias, datas de conclusão de edifícios e
seus melhoramentos ou da sua ocupação,
bem como todos os elementos necessários à
avaliação dos prédios;
- Plantas dos aglomerados urbanos à escala
disponível donde conste a
toponímia;
26 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
- Comunicações prévias de instalação,
modificação ou encerramento de
estabelecimentos previstos no n.º 1 do artigo
2.º do Dec-Lei n.º 48//2011, de 1 de abril,
efetuadas nos termos daquele diploma;
- Licenças de funcionamento de
estabelecimentos afetos a atividades
industriais.
IUC: Liquidação, por transmissão eletrónica
de dados, e pagamento do Imposto Único de
Circulação relativo aos veículos cujo
aniversário de matrícula ocorra no mês de
setembro.
Calendário Fiscal Setembro – 2016 – Angola
Imposto S/ os Rendimentos do Trabalho -
Conta de Outrem:
Até o dia 30 - apresentação do DLI, e
pagamentos do Imposto retido na fonte, no
mês anterior.
Imposto de Consumo:
Até dia 30 - apresentação da Declaração
Modelo D, e pagamento do Imposto relativo
ao volume de operações do mês anterior.
Imposto de Selo:
Até o dia 30 - apresentação do DLI e
pagamento do imposto, relativo às
vendas do mês anterior.
27 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
Calendário Fiscal Setembro– 2016 – Moçambique
Até ao dia 10
Entrega mensal, nas Direcções de Áreas
Fiscais pelos Serviços Públicos, das receitas
por elas cobradas, no mês anterior.
Até ao dia 20
Pagamento mensal do IRPS e IRPC retido na
fonte, relativo ao mês anterior (nº 3 do art. 29
do Regulamento do CIRPS, aprovado pelo
Decreto nº 8/2008, de 16 de Abril e nº 5 art°
67 do CIRPC, aprovado pela Lei nº 34/2007,
de 31 de Dezembro).
Até ao último dia do mês
Pagamento mensal do IVA relativo ao mês
anterior, pelos sujeitos passivos do regime
normal (nº 1 art. 32 do CIVA) e ao trimestre
anterior para os do regime simplificado de
tributação (art. 49 do CIVA) - aprovado pela
Lei 32/2007, de 31 de Dezembro.
Até ao último dia do mês
Pagamento da 3ª Prestação do Pagamento
por Conta do IRPC (alínea a) do artº 27 do
Regulamento do CIIRPC, aprovado pelo
Decreto nº 9/2008, de 16 de Abril.
Calendário Fiscal Setembro – 2016 – Cabo Verde
Até 15 de Setembro
Entrega do IUR e imposto de selo retidos na
fonte Entrega dos impostos retidos na fonte
no mês anterior
Até 15 de Setembro
Entrega do imposto sobre Produtos
Petrolíferos Entrega do imposto referente ao
mês de Agosto
Até 30 de Setembro
Pagamento do IUR - Liquidação Corretiva
Método de Verificação
Até 30 de Setembro
Entrega mensal do IVA e Modelo 106 Regime
Normal
28 O Tributo n.º 13/Setembro 2016
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Próximo número: Outubro 2016
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