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Análise de Impacto Regulatório – Fase Preliminar
Tema: Revisão da Resolução 1.474/2006 –
Transporte Rodoviário Internacional de
Cargas
Versão 1.0
Esta Análise de Impacto Regulatório é um instrumento de análise
técnica, cujas informações e conclusões são fundamentadas no
debate público e nas análises promovidas pelas pessoas
responsáveis pelo tema, não refletindo necessariamente a posição
final e oficial da Agência, que somente se firma pela deliberação
da Diretoria Colegiada da ANTT.
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1. O processo é sigiloso?
Não.
2. Qual o número do processo ao qual pertence a AIR?
50500.138512/2015-70.
3. Quais são os processos relacionados ao tema?
50500.244255/2016-95.
4. Quais são as AIRs relacionadas?
Não aplicável.
5. Caso exista um cronograma, em qual etapa deste está sendo concluída a presente
versão da AIR?
A AIR está sendo realizada durante a etapa de “Análises complementares e elaboração
de nova minuta de resolução pelo Grupo de Trabalho”. Essa etapa pertence à fase de
realização dos trâmites preparatórios para o 2º Processo de Participação Social.
6. Quais as palavras-chaves para facilitar pesquisas sobre essa AIR?
Palavra-chave 1: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas
Palavra-chave 2: Licença Originária.
Palavra-chave 3: Licença Complementar
Palavra-chave 4: Viagem ocasional
Palavra-chave 5: Autorização de trânsito
1. Qual o problema a ser solucionado ou a oportunidade a ser explorada?
1) Atual necessidade de envio de diversos documentos (inclusive de forma repetitiva)
para habilitação de frota utilizada no transporte internacional de cargas, o que
exige o aprimoramento de procedimentos para torná-los mais adequados à
dinâmica do mercado quanto à emissão de licenças e autorizações.
2) Dificuldade de interpretação normativa sobre a inclusão, na frota do transportador,
de veículos que estejam em sua posse.
SEÇÃO 2 - DIAGNÓSTICO E MAPEAMENTO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
SEÇÃO 1 - IDENTIFICAÇÃO DA ANÁLISE
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3) Fiscalização rotineira do porte de Certificados de Inspeção Técnica Veicular
(CITV) em frota já habilitada (cujo CITV é pré-requisito).
4) Utilização de autorizações de “viagem ocasional” para fins diversos, que não
sejam efetivamente ocasionais.
5) Necessidade de separar o transporte de “carga própria” de “viagens ocasionais”,
sendo que há possibilidade do transportador de “carga própria” realizar viagens
internacionais rotineiras (não ocasionais).
6) Desatualização da tabela de emolumentos, referente à prestação de serviços de
transporte rodoviário internacional de cargas.
2. A ação regulatória visa corrigir falhas de mercado? Quais?
A ação normativa tem por finalidade aprimorar os procedimentos de habilitação de
frota, evitando eventuais falhas de mercado que possam surgir.
3. A ANTT tem competência para regulamentar o assunto? Se sim, quais são os
dispositivos legais que dispõem sobre essa competência?
Sim. Nos termos do art. 178 da Constituição Federal do Brasil, a legislação disporá
sobre a ordenação do transporte internacional terrestre, observando acordos
firmados pela União. Com isso, o governo brasileiro sancionou, por meio do
Decreto nº 99.704/1990, o Acordo de Alcance Parcial sobre Transporte
Internacional Terrestre - ATIT, o qual prevê que os países signatários desguiem
seus Organismos Nacionais competentes para aplicação do Acordo (art. 16).
Quanto ao Transporte Rodoviário Internacional de Cargas, o ATIT apresenta
regras específicas entre seus 22 e 35.
Ainda no âmbito da legislação nacional, a Lei 10.233/2001 criou a Agência
Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e atribuiu competências para
regulamentar os serviços de transporte internacional de cargas:
Art. 24. Cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuições gerais: [...]
IV – elaborar e editar normas e regulamentos relativos à exploração de vias e
terminais, garantindo isonomia no seu acesso e uso, bem como à prestação de serviços
de transporte, mantendo os itinerários outorgados e fomentando a competição; [...]
XVIII - dispor sobre as infrações, sanções e medidas administrativas aplicáveis aos
serviços de transportes.
[...]
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Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte
Rodoviário: [...]
V – habilitar o transportador internacional de carga;
Regimentalmente, conforme disposto na Resolução ANTT nº 3.000/2009, cabe a
Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas -
SUROC, entre outras atividades, a adoção de medidas regulamentares que
assegurem a competitividade dos serviços:
73-B. À Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de
Cargas compete, além de outras atribuições relacionadas ao Transporte Rodoviário de
Cargas estabelecidas pela Diretoria:
[...]
IX - propor regulamentação para os serviços de transporte multimodal e rodoviário
nacional e internacional de cargas; [...]
XIV - propor medidas que visem assegurar a competitividade dos serviços de transporte
rodoviário de cargas;
No que tange à cobrança de emolumentos, a Lei nº 10.233/01 traz em seu art. 77
que esse é um instrumento que constitui receita da ANTT.
4. Quais os objetivos da ação regulatória?
Propor atualização nas regras contidas na Resolução ANTT nº 1.474/2006 no
sentido de:
o Estabelecer diretrizes para aprimorar o procedimento de
solicitação e emissão de licenças e autorizações para o transporte
rodoviário internacional de cargas.
o Estabelecer, mediante regras claras, a inclusão, na frota do
transportador, de veículos que estejam em sua posse.
o Definir pela não obrigatoriedade da posse do Certificado de
Inspeção Técnica Veicular (CITV) em veículo habilitado.
o Restringir viagens ocasionais à situações específicas.
o Estabelecer regras pontuais para realização de transporte de carga
própria.
o Atualizar a tabela de emolumentos.
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5. Quais são os atos normativos, pareceres da PRG ou notas técnicas relacionadas
ao tema?
Decreto nº 99.704/1990
Decreto nº 1.797/1996
Decreto nº 2.866/1998
Decreto nº 2.975/1999
Decreto nº 5.561/2005
Decreto nº 8.964/2017
Resolução ANTT nº 1.474/2006.
Parecer n. 00944/2017/PF-ANTT/PFG/AGU
Nota Técnica nº 02/GERAR/SUROC/2015
Nota Técnica nº 50/GERET/SUROC/2015
Nota Técnica nº 59/GERET/SUROC/2015
Nota Técnica nº 80/2015/SUREG/ANTT/2015
6. Existe alguma diretriz da Diretoria Colegiada sobre o tema? Se sim, qual?
Não.
7. Existem recomendações ou determinações de órgãos externos? Se sim, qual?
Não houve determinação de órgãos externos. Foram recebidas recomendações por pare
de sindicatos e associações durante a Audiência Pública nº 02/2016, conforme consta nos autos
do processo nº 50500.244255/2016-95.
8. Quais as premissas utilizadas na ação regulatória? Essas premissas foram
validadas pela Diretoria Colegiada?
As seguintes premissas não foram validadas pela Diretoria da ANTT:
Buscar meios para simplificar o processo de habilitação de prestadores de
serviço de transporte rodoviário internacional de cargas.
Definir, mediante Resolução, condições para a inclusão, na frota habilitada, de
veículos que estejam na posse do transportador.
Estabelecer a não obrigatoriedade da posse do Certificado de Inspeção Técnica
e Veicular (CITV) no veículo habilitado.
Restringir a autorização de viagens ocasionais à fins específicos.
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Estabelecer regras pontuais para o transporte internacional de carga própria.
Atualizar os valores da tabela de emolumentos, considerando os novos
procedimentos propostos.
9. O tema afeta outras áreas da Agência (atores internos)? Quais?
Sim, a Superintendência de Fiscalização (SUFIS) e a Assessoria Técnica para o
Transporte Internacional (ASTEC).
10. Quais os atores externos afetados?
Transportadores rodoviários internacionais de carga: prestadores de serviço e
carga própria;
Usuários/Embarcadores.
11. Existem áreas da Agência que podem contribuir com dados/informações
relevantes para a análise? Quais?
Sim, a SUROC (GERET/GERAR), SUFIS e a ASTEC.
12. Os atores internos e os atores externos já foram consultados? Se sim, qual foi a
estratégia de consulta? Caso não, qual será a estratégia de consulta?
As gerências da SUROC (GERET e GERAR), além da ASTEC, foram consultadas.
Como resultado, enviaram contribuições por e-mail. As manifestações dos demais
atores envolvidos poderá ser dada mediante Audiência Pública, prevista para ocorrer
entre o final do ano de 2017 e o início do ano de 2018.
13. Quais são as opções regulatórias consideradas nesta AIR? Se possível, indicar
como cada alternativa poderá resolver o problema descrito?
Alternativa 1: Propor a inserção do procedimento de “habilitação” do transportador
rodoviário internacional de cargas, de forma que anteceda o processo de licenças originárias.
Resolveria o problema da seguinte forma: Por meio do procedimento de “habilitação” a ser
desenvolvido, haveria preliminarmente um único envio de documentações referentes à
regularidade da empresa pretendente e da frota a ser disponibilizada para fins de realização
de transporte internacional de cargas. Isso evitaria a necessidade de reenvio dessas
documentações nos requerimentos de licenças originárias para a autorização de transporte
para cada país de destino, simplificando o processo.
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Alternativa 2: Estabelecer regras específicas para a inclusão, na frota habilitada, de veículos
que estejam na posse do transportador.
Resolveria o problema da seguinte forma: Atualmente, há demandas específicas para a
utilização de veículos de terceiros para realização do transporte de cargas. No entanto, devido
às distintas interpretações das regras que versam sobre a matéria, a SUROC divulgou o
“Esclarecimento Relevante nº 01/2016”. Nessa divulgação, esclareceu-se que o “contrato de
arrendamento particular” poderia ser utilizado para a habilitação de veículos para o TRIC,
mas não para o RNTRC. Portanto, a proposta de estabelecer regras específicas para a
inclusão, na frota habilitada, de veículos de terceiros que estejam na posse do transportador,
é uma alternativa para resguardar os atores envolvidos (inclusive a fiscalização) das
atividades realizadas. Isso também permitirá um regramento mais claro de como seria dado
esse tipo de procedimento, reduzindo eventual assimetria de informações.
Alternativa 3: Definir pela não obrigatoriedade da posse do Certificado de Inspeção Técnica
Veicular (CITV) em veículo habilitado.
Resolveria o problema da seguinte forma: Como o CITV é um requisito de habilitação de
frota, julga-se que a sua análise é realizada em âmbito administrativo. Caso não haja CITV
(ou este se encontrar inválido), não haverá habilitação do veículo. Partindo desse pressuposto,
quando a fiscalização identificar que o veículo já está habilitado, entende-se que o CITV dele
já se encontra analisado e validado administrativamente. Portanto, com a nova
regulamentação, não haverá necessidade de portar o CITV no veículo, o que facilitará a
análise do fiscal da ANTT e a atividade do transportador.
Alternativa 4: Restringir a autorização de viagens ocasionais à fins específicos.
Resolveria o problema da seguinte forma: A viagem ocasional, infelizmente vem sendo
utilizada para finalidades “não ocasionais”. Dentre elas, cita-se a autorização reiterada de
transporte de cargas, a qual vem se confundindo com o transporte regular. Assim, propõe-se
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que a autorização de viagem ocasional seja dada para fins específicos, tais como: autorização
de viagem com cargas de pesos e dimensões especiais; cargas destinadas a eventos
públicos/culturais (circos, shows, feiras); mudanças em geral; cargas com demandas
excepcionais ou para atendimento de emergências. Ademais, a proposta é que a autorização
seja promovida para cada viagem.
Alternativa 5: Estabelecer regras pontuais para o transporte internacional de carga própria.
Resolveria o problema da seguinte forma: A viagem de carga própria era tratada como
viagem de caráter ocasional. Com a proposta de alteração dessa autorização, tornou-se
relevante criar um instrumento específico para a autorização de carga própria, que pode, ou
não ser ocasional. Assim, a proposta é que o transportador de carga própria mantenha um
cadastro prévio, contendo informações de cadastro e de frota de veículos para melhor controle
da ANTT.
Alternativa 6: Atualizar a forma de cálculo dos emolumentos cobrados pela ANTT para os
prestadores de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas.
Resolveria o problema da seguinte forma: A tabela de emolumentos não sofre atualização
desde de 2003, quando foi instaurada. Portanto, os valores cobrados podem não condizer com
os efetivos custos inerentes às atividades realizadas. Como há previsão para atualização dos
procedimentos, é interessante rever, além dos valores, a forma de cobrança dos emolumentos.
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Parte da análise de cada alternativa também está descrita nas Notas Técnicas que acompanham
o processo, sendo este um instrumento complementar.
Alternativa 1
Título da Alternativa 1: Inserir o procedimento de “habilitação” do transportador rodoviário
internacional de cargas, de forma que anteceda o processo de obtenções das licenças originárias.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Redução no volume de documentos recebidos.
II. Inclusão de um item de controle (controle das habilitações) a ser
acompanhado.
III. Simplificação do processo de emissão de licenças originárias, inclusive na
alocação de veículos cadastrados.
IV. Redução do custo de processos administrativos.
V. Maior controle do cadastro de frota habilitada por país de destino, o que
eventualmente exigirá a informatização por meio de sistema
computadorizado.
• TRANSPORTADORES
I. Redução no volume de documentos enviados.
II. Simplificação para obtenção de novas licenças originárias.
• USUÁRIOS/EMBARCADORES
I. Não foram identificados impactos;
SEÇÃO 3 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS
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Alternativa 2
Título da Alternativa 2: Estabelecer regras específicas para a inclusão, na frota habilitada, de
veículos que estejam na posse do transportador.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Redução de indeferimento de pedidos de inclusão de veículo em frota,
tendo em vista a expectativa de que o melhor esclarecimento da
regulamentação reduza erros procedimentais por parte dos transportadores.
II. Maior segurança regulatória na autorização de veículos por parte da
ANTT.
• TRANSPORTADORES
I. Redução de indeferimento.
• USUÁRIOS/EMBARCADORES
I. Maior oferta de veículos para prestação dos serviços.
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Alternativa 3
Título da Alternativa 3: Definir pela não obrigatoriedade da posse do Certificado de Inspeção
Técnica Veicular (CITV) em veículo habilitado.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Redução do custo de fiscalização, devido à não exigência do porte do CITV
no veículo.
II. Facilidade na identificação de veículo que não esteja com CITV válido,
considerando que sem a inspeção não haverá habilitação do veículo.
III. Necessidade de informatizar o controle documental para redução de riscos
de perdas de informação.
IV. Necessidade de entrar em contato com a empresa transportadora a fim de
não desabilitar veículo por ausência de CITV válido.
• TRANSPORTADORES
I. Redução do volume de documentos que devem ser portados no veículo.
II. Melhor controle do CITV do veículo por parte da empresa, considerando
que o documento poderá não estar mais no interior do caminhão.
• USUÁRIOS/EMBARCADORES
I. Necessidade de serem informados de que o CITV não estará na posse do
veículo, e que sua verificação deverá ser dada mediante confirmação da
habilitação do transportador.
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Alternativa 4
Título da Alternativa 4: Restringir a autorização de viagens ocasionais à fins específicos.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Redução no número de solicitação de viagens ocasionais;
II. Maior controle das operações relativas às viagens ocasionais.
III. Aumento no número de solicitações de “habilitações”, considerando que
aquele transportador que realiza viagem ocasional poderá passar a realizar
viagens regulares.
IV. Eventual restrição momentânea de oferta da prestação de serviços de
transporte de carga entre os países, devido ao prazo para adequação dos
prestadores que, embora prestassem serviços regulares, solicitavam
“viagens ocasionais”.
• TRANSPORTADORES
I. Redução no número de solicitação de viagens ocasionais;
II. Necessidade de adequação dos transportadores aos novos procedimentos,
o que poderá levar algum tempo até a oferta regular da prestação de
serviços.
• USUÁRIOS/EMBARCADORES
I. Eventual restrição momentânea de oferta de transporte, gerada pelo
período de migração do transportador que atua regularmente por meio de
“viagens ocasionais”, gerando possível aumento de custos do transporte
enquanto não houver a readequação do mercado.
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Alternativa 5
Título da Alternativa 5: Estabelecer regras pontuais para o transporte internacional de carga
própria.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Inclusão de um item de controle (controle das habilitações de carga
própria) a ser acompanhado.
II. Maior análise documental.
III. Melhor controle da frota de veículos de carga própria em operação no
transporte internacional.
IV. Maior segurança regulatória quando das autorizações de transporte
internacional de carga própria.
• TRANSPORTADORES DE CARGA PRÓPRIA
I. Necessidade de envio de documentações para o cadastramento.
II. Necessidade do acompanhamento das licenças emitidas e a sua
atualização, sempre que necessário.
III. Aumento no custo do transporte.
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Alternativa 6
Título da Alternativa 6: Atualizar a forma de cálculo dos emolumentos cobrados pela ANTT
para os prestadores de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas.
IMPACTOS REGULATÓRIOS
• ANTT
I. Eventual aumento/redução da receita da ANTT, a depender da quantidade
de veículos habilitados por solicitação e da proposta aprovada pela
Diretoria da Agência.
II. Considerando que não haverá devolução de emolumentos
(independentemente do indeferimento ou indeferimento da solicitação),
haverá redução de uma atividade da ANTT (a atividade de cálculo e
devolução de emolumentos).
• TRANSPORTADORES
I. Eventual aumento/redução no custo para obtenção de licenças relativas ao
TRIC, a depender da quantidade de veículos habilitados.
II. Eventual aumento/redução do custo para modificação de frota, a depender
da quantidade de veículos habilitados.
III. Não recebimento de emolumentos pagos, independentemente do
deferimento ou indeferimento da solicitação.
IV. Empresas com mais veículos poderão obter economia de escala em suas
solicitações, enquanto que empresas menores, provavelmente deverão
desembolsar mais recursos financeiros com emolumentos.
• USUÁRIOS/EMBARCADORES
I. Eventual aumento/redução do custo do transporte, a depender da
transportadora utilizada.
Observações relevantes sobre a proposta de atualização de emolumentos:
Quanto aos emolumentos, a depender da proposta de cálculo escolhida, pequenas empresas
transportadoras poderão ser prejudicadas enquanto as grandes instituições poderão ser
beneficiadas. Isso porque, atualmente, a cobrança de emolumentos para emissão de Licenças
Originárias ocorre em valor fixo por país de destino (R$180,00), adicionado ao valor variável
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de R$5,00 por veículo habilitado nessa frota. Supondo, hoje, uma empresa pequena que deseja
habilitar 10 veículos na frota para uma única ligação, ela desembolsaria R$230,00 (R$180,00
+ R$50,00). Atualmente, uma grande empresa que desejar habilitar 200 veículos em 10 países,
desembolsaria R$11.800,00 (R$1.800 + R$1.000 x 10). Caso a proposta de unificar os valores
por solicitação, no futuro, ambas empresas poderiam eventualmente desembolsar um mesmo
valor (possivelmente mais caro que o valor da pequena empresa e mais barato que o valor da
grande empresa).
Foi realizado estudo acerca da inclusão dos custos fiscalizatórios do TRIC nos valores de
emolumentos. Como resultado, a cada ano, a ANTT desembolsa aproximadamente
R$1.069.745,15 para fins de fiscalização do TRIC. Devido à fiscalização poder, eventualmente,
não contemplar custos “efetivos” ou “potenciais” de uso de recursos públicos, o rateio desses
custos fiscalizatórios nos valores de emolumentos poderiam não ter fundamento legal.
Ademais, se fosse rateado, cada documento que exige emolumento poderia sofrer aumento de
R$126,00 até R$2.228,00 devido à inclusão dos custos de fiscalização. Devido à esse impacto
regulatório, decidiu-se por não ratear os custos com fiscalização no cálculo dos emolumentos.
Isso faz com que seja interessante sugerir futuramente a instauração (em lei) de uma “taxa de
fiscalização” para cobrir esse significativo desembolso anual.
Com a promulgação do Decreto 9.094/2017, haverá redução dos custos dos transportadores
para emissão de documentos relativos ao TRIC. No entanto, não significa que haverá redução
nos custos da ANTT para processamento dessas solicitações. Eventualmente, a agência poderá
até elevar seus gastos de consulta às demais entidades, na hipótese de não haver troca de
informações eletrônicas entre os departamentos públicos. No entanto, essas considerações não
foram ponderadas no cálculo dos emolumentos, pois o valor calculado considerou os gastos da
ANTT entre início de 2016 e início de 2017 (antes do Decreto 9.094/2017).
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Resumo 01: Supondo a implantação da Proposta
Mercado ANTT
Açõ
es q
ue
ger
am B
enef
ício
s
Simplificação do processo de
obtenção de licenças;
Melhor caracterização da
autorização de viagens
ocasionais e de viagens com
carga própria;
Redução na quantidade de
documentos de porte
obrigatório no veículo de
transporte.
Melhorar o controle das
licenças e autorizações
emitidas;
Eventual Aumento da receita
com emolumentos cobrados, a
depender da quantidade de
veículos por solicitação.
Simplificação de
procedimentos de emissão de
autorizações e licenças,
promovendo maior segurança
regulatória.
Simplificação do processo de
fiscalização.
Eliminação do processo de
devolução de emolumentos.
Açõ
es q
ue
ger
am C
ust
os
Aumento dos valores de
emolumentos;
Maior rigor na autorização de
viagens de carga própria e
viagens ocasionais;
Possível aumento no custo de
transporte.
Maior custo de controle de
documentos.
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Resumo 02: Supondo a não implantação da Proposta
Mercado ANTT
Açõ
es q
ue
ger
am B
enef
ício
s
Os operadores poderão manter
os mesmos procedimentos
atuais, não exigindo
readequação às novas normas.
Eventualmente, algumas
transportadoras estão pagando
mais barato para obtenção de
licenças originárias, a depender
da quantidade de ligações
solicitadas e o número de
veículos habilitados na frota.
Não demandar esforços para
alteração do normativo.
Açõ
es q
ue
ger
am C
ust
os
Eventualmente, algumas
transportadoras estarão
pagando mais caro para
obtenção de licenças
originárias, a depender da
quantidade de ligações
solicitadas e o número de
veículos habilitados na frota.
Atual necessidade de
devolução de emolumentos;
Manutenção dos elevados
custos burocráticos atuais para
o processamento de
documentos.
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1. Como será feita a implantação da ação regulatória?
Mediante Resolução que dispõe sobre o transporte rodoviário internacional de cargas
e dá outras providências.
Após a edição da Resolução, a SUROC deverá implementar controles específicos para
adequação dos processos e acompanhar o cumprimento do normativo.
2. Análise preliminar de Impacto Regulatório realizada é suficiente para a tomada
de decisão? Justificar.
Tendo em vista a atual etapa na qual esta Análise de Impacto está sendo realizada, não
se verifica, por ora, a necessidade de uma Análise de Impacto Regulatório mais
aprofundada. Verifica-se, entretanto, a necessidade de aguardo da Audiência Pública
para a obtenção de mais subsídios do mercado. Maiores detalhes estão descritos na
Nota Técnica que acompanha o processo.
Nome Data Assinatura
Hugo Alves Silva Ribeiro
Gizelle Coelho Netto
Thiago Martorelly Quirino de
Aragão
SEÇÃO 4 - CONCLUSÃO
SEÇÃO 5 - ASSINATURAS
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