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Diário Corumbaense - Corumbá - MS30 de agosto a 05 de setembro de 2019 - ANO: XII - Edição: 2584
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1Sol e aumento de nuvens de ma-nhã. Pancadas de chuva à tarde. À noite o tempo fica aberto.
Fonte: CLIMATEMPOmáx.37º
mín.24º
EDIÇÃO IMPRESSA
Nível do rio Paraguai(Ladário)ÚLTIMOS 3 DIAS
SEXTA-FEIRA Edição: 2584| Ano: XIIPreço: R$ 1,00Corumbá, 30 de agosto de 2019
29/0828/0827/083,40 m3,42 m3,44 m
Gabinete de Gestão de Fronteira retoma operação conjunta das forças de segurança
Anderson Gallo
>>PÁGINA 07
TRÁFICO DE DROGAS
LADÁRIO
SOB MIRA DE REVÓLVER
Denúncia anônima ajuda a Polícia Federal a apreender 160 quilos de cocaína vindos da Bolívia
Estudante brasileira passa por momentos de tensão durante roubo de carro em Quijarro
241 anos: prefeito Iranil Soares faz balanço dos nove meses à frente da administração
>>PÁGINA 05
>>PÁGINA 05
Leon
ardo
Cab
ral
Ação começou nesta 5ª feira em seis cidades, incluindo Corumbá e Ladário. >>PÁGINA 03
>>PÁGINAS 06 e 07
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Expediente
Jornal Diário CorumbaenseRua Cabral, nº 1.283 - CentroFones: 3232-4690 / 3232-4691 Corumbá-MS
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A redação não se responsabiliza por artigos assinados ou de origem definida, portanto, os mesmos podem não representar, necessariamente, a opinião deste jornal.
Diagramação, Criação e Design
Repórter FotográficoAnderson Gallo - DRT-MS 1271
Ricardo Albertoni MirandaJoão Victor Nunes
RedaçãoDireção Geral:Rosana Nunes - MTB-064/MSrosana@diariocorumbaense.com.br
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ARTIGO
OPINIÃO
Pare de adiar as coisas! Por Wilson Aquino (*)
O ser humano é mesmo in-crível. Dotado de extrema
inteligência, sabedoria e criatividade, é capaz de fazer coisas fabu-losas, mesmo com a matéria-prima mais simples como o a tin-ta, a madeira, a pena, o barro.... No entanto,
seu maior adversário, contrário à materiali-zação de suas ideias e ideais, é ele mesmo, procrastinador de seus desejos e deveres.
Adiar a execução de grandes ou peque-nas ideias, ou mesmo aquele simples con-serto de algum objeto danificado em casa,
é comum do homem. Muitos vivem a vida apenas planejando um dia concretizar um determinado projeto que, em funcionamen-to, lhe proporcionaria alegria, satisfação e bem-estar econômico e social. Em vez disso, permanecem inertes, sem ação alguma, in-
capazes, na maioria das vezes, sequer de começar. Deixam tudo no campo dos sonhos, do desejo.
Quem já não ou-viu de parentes e ami-gos em períodos como na virada de um novo ano, o sonho de final-mente começar aque-la faculdade; de fazer aquela viagem; aquela operação; mudar de emprego; criar final-mente aquele negócio próprio; a casa pró-pria; escrever aque-le livro; arrumar um financiamento para executar aquela in-venção que lhe caiu como uma maçã sobre sua cabeça... e por aí vão tantas outras se-melhantes que todos têm, ao menos uma ou mais metas de vida para uma próxima temporada?
Então, o novo ano se inicia, os meses passam e nada acon-tece porque o indiví-duo simplesmente não toma iniciativa sequer de começar. Ou então, logo desiste porque espera que tudo ocor-ra como num passe de mágica e que não haja obstáculos. Não é
assim que funcionam as coisas na vida. O tempo e as oportuni-dades somos nós que fazemos. Ou seja, é preciso ousar. Fincar os pés no chão e ir à luta. Se esforçar real-mente. Pois é da luta, do sacrifício e da per-severança que vem a vitória. Esse é o segre-do para fazer um pro-jeto sair do papel e se materializar.
É preciso consciên-cia de que todo esforço tem sua compensação. Então, o segredo é se-guir em frente, com unhas e dentes e tra-balhar.
Quanto aos obstá-culos, é preciso saber que a presença deles é normal, mesmo na vida de quem resolve simplesmente sentar para ver o tempo pas-sar. Essa conscienti-zação deveria servir de estímulo e força para seguir em frente, per-severante, mesmo que aparentemente as pe-dras do caminho pare-çam gigantes.
Além disso, assim como para o pequeno
Davi, que venceu o gi-gante Golias, com fé e uma funda, todo ho-mem pode contar com o poder e a força de Deus em todo e qual-quer embate. Ele é o Senhor de todas as coi-sas. Nosso Pai e Cria-dor do Universo, e está para nos ajudar e, em especial àqueles que O buscam. Ele nos abre portas e caminhos em todo e qualquer lugar.
Resistir e relutar contra essa verdade é pura perda de tempo. Deus e Jesus Cristo existem, vivem e essa verdade está entesou-rada no coração de todo homem. Quem não acredita nisso é porque não conhece seu próprio interior, onde essa verdade está sempre pronta para de-sabrochar.
Consciente e usuá-rio dessas verdades, o homem está alicerçado para abandonar maus hábitos e costumes como inércia, desones-tidade e preguiça, para trilhar a vida de manei-ra mais feliz, alegre e segura.
(*) Wilson Aquino é jornalista e professor.
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SEGURANÇA
LEONARDO CABRALleonardo@diariocorumbaense.com.br
Divulgação
Em Corumbá e Ladário, foram apreendidos armas de fogo, munições e dinheiro
Forças de segurança realizam operação conjunta em cinco cidades do Pantanal
Quatorze man-dados de bus-ca e apreen-são em pontos
de distribuição de entorpecentes, conhe-cidos como “bocas de fumo" foram cumpri-dos nas cidades pan-taneiras, sendo sete em Ladário e sete em Corumbá, bem como vários mandados de prisão contra foragidos da Justiça. Até agora são 15 presos nos dois municípios, além da apreensão de armas de fogo, munições, dro-gas, celulares, um ve-ículo com registro de roubo e dinheiro.
As armas e muni-ções estavam em uma casa em Corumbá e se-riam vendidas por um homem de 26 anos por R$ 1 mil cada. Com ele, foram apreendidos dua pistolas e um revólver, além de dois carrega-dores de munição e 144 munições de diver-sos calibres. A quan-tia de R$ 1.928,00, de duas outras armas vendidas, também foi apreendida.
A ação faz parte da operação Fronteira Segura Pantanal, de-flagrada nesta quinta
-feira, 29 de agosto, pelo Gabinete de Ges-tão Integrada de Fron-teira e Divisas (GGI-FRON/DIV), ligado à Secretaria de Estado de Justiça e Seguran-ça Pública (Sejusp), que também acontece simultaneamente em Miranda, Anastácio e Aquidauana.
A operação tem como objetivo ações integradas de cumpri-mento de mandados judiciais em locais previamente cataloga-dos pelo setor de inte-ligência como pontos de distribuição de en-torpecentes. Simulta-neamente, outras ati-vidades de fiscalização têm sido efetivadas, entre elas: ações con-
tra foragidos da Jus-tiça, blitz de trânsito nas principais ruas e avenidas da cidade, bloqueios estratégicos nas estradas vicinais, rodovias estaduais e federais, tudo focando na redução dos índi-ces de criminalidade nas áreas urbanas dos municípios de abran-gência da operação.
A ação ainda traz o combate aos crimes transfronteiriços como contrabando, des-caminho, tráfico de entorpecentes, entre outros, que utilizam as estradas de Mato Grosso do Sul, como corredor da droga aos grandes centros dos demais Estados brasi-leiros.
O coronel da Polí-cia Militar, Edimilson de Oliveira Ribeiro, secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Frontei-ra, informou que do lado brasileiro partici-pam órgãos federais, estaduais, municipais e das Forças Armadas. “É uma operação com inúmeras ações, com pontos de bloqueios nos municípios de abrangência, que tem como objetivo a redu-ção de crimes de rou-bos e furtos nestas lo-calidades”, disse.
Ele ainda ressaltou que a operação, que teve início nesta quin-ta, não tem data para terminar e também conta com a participa-ção da Polícia Nacional da Bolívia. “Não temos uma data especifica para terminar e como é uma operação que visa a segurança nas regi-ões de fronteira, a Po-lícia Boliviana também realiza algumas ações contra o crime no país vizinho, nas cidades fronteiriças”, declarou.
Para o tenente--coronel Massilon de Oliveira Silva Neto, co-mandante do 6° Bata-lhão da Polícia Militar em Corumbá, a opera-ção é de extrema im-portância, ainda mais por se tratar de uma área de fronteira. “En-volve todas as forças de segurança e com isso, traz a sensação de se-gurança para a nossa população. De início, a Polícia Militar, que in-tegra os trabalhos ini-ciados nas primeiras horas do dia, já reali-zou cumprimentos de diversos mandados de
busca e apreensão nas áreas urbanas de Co-rumbá e Ladário, bem como na região do dis-trito de Albuquerque”, revelou.
Já o delegado re-gional da Polícia Civil, Alex Sandro Antonio Peixoto, destacou que os trabalhos que cul-minaram na operação deflagrada, tiveram início com a apuração da equipe de inteligên-cia de todos os órgãos envolvidos há cerca de 30 dias.
“Foi feito um levan-tamento dos locais que estavam ocorrendo es-ses crimes, culminan-do em várias buscas e apreensões junto ao poder judiciário nas duas cidades. O tra-balho conjunto entre os órgãos de seguran-ça resulta no combate aos crimes em nos-sa região, tirando do meio social, pessoas responsáveis por esses crimes, devolvendo a tranquilidade à popu-lação”, destacou o de-legado regional frisan-do que o trabalho das Polícias é diário.
Militares na fronteira com a Bolívia
Leonardo Cabral
Ontem de manhã, durante o início do cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça
Na faixa de fron-teira entre Corumbá e Bolívia, no Posto Esdras, militares do Exército Brasileiro também dão apoio à fiscalização na opera-ção Fronteira Segura Pantanal. Carros de ambos os países são
abordados.Do outro lado da
fronteira, policiais bolivianos fazem bar-reiras de fiscalização junto aos conduto-res. O coronel Henry Arancibia, coman-dante da Polícia Bo-liviana, destacou a
integração dos órgãos de segurança entre Brasil e Bolívia. “Evi-dentemente o traba-lho coordenado en-tre as Polícias é para garantir a seguran-ça para os cidadãos que circulam na faixa de fronteira, seja ele
brasileiro ou bolivia-no. A operação tem como intuito prevenir qualquer tipo de deli-to que possa ocorrer em ambos os países. Desde a cidade de Carmen Rivero Tor-rez até Puerto Suárez, nossos policiais estão
efetivando a fiscaliza-ção”, revelou o coro-nel.
Integram a opera-ção Fronteira Segura Pantanal as Polícias Civil, Militar, Rodovi-ária Federal, Receita Federal, Polícia Fede-ral, Guarda Munici-
pal, DOF, Força Na-cional, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, Secreta-ria Municipal de Se-gurança Pública de Corumbá, Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Polícia Na-cional da Bolívia. (LC)
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ROSANA NUNESrosana@diariocorumbaense.com.br
POLÍCIA
LEONARDO CABRALleonardo@diariocorumbaense.com.br
Embriagado e em alta velocidade, motorista vai preso depois de bater em dois carros estacionados
Divulgação/Bombeiros
Veículo colidiu contra dois carros estacionados
Motorista de 24 anos, com sinais de embriaguez, bateu o carro que dirigia em dois veículos estacio-nados por volta das 21h15 de ontem (28), na rua Edu Rocha esquina com a Porto Carrero.
Uma mulher, de 36 anos, e uma menina de três anos, estavam no automóvel. Na co-lisão, a mulher so-freu escoriações nos
braços, rosto e corte no supercílio direito e a criança apresen-tava crise nervosa e chorava sem parar. Elas foram atendidas pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar e encaminhadas ao pronto-socorro muni-cipal.
Aos militares, a passageira relatou que discutia com o condutor quando ele passou em alta velo-cidade pela rotatória, perdeu o controle da direção e colidiu con-
tra os veículos esta-cionados.
A Polícia Militar foi acionada também e ouviu de testemu-nhas, que após a co-lisão, o motorista desceu cambaleando. Dentro do carro, que teve a roda dianteira esquerda arrancada na batida, foram en-contradas garrafas de cerveja vazias e uma caixa térmica.
O condutor, que "mal conseguia fi-car em pé", segundo a PM, foi preso por
conduzir veículo sob influência de álcool e
pelo crime de danos. Ele foi encaminhado
à 1ª Delegacia de Po-lícia Civil.
PM prende ladrão momentos depois de roubo de celularDivulgação/PM
Autor foi reconhecido pela vítima
Indivíduo de 18 anos foi preso pela guarnição da Força Tá-tica da Polícia Militar de Corumba, na tarde de quarta-feira (28), após roubar um celu-lar. A guarnição foi até a rua Cyríaco de Tole-do, no bairro Popular Nova, para atender a ocorrência. Ao cruzar a rua Campo Grande, os policiais viram um
suspeito, sem camisa, descalço e segurando um aparelho celular.
Logo que viu a via-tura, ele saiu corren-do, pulou um muro, entrou em um mata-gal, mas acabou de-tido pela guarnição. A vítima do roubo foi chamada e reconhe-ceu o telefone e o in-divíduo como autor do roubo. Contou que
estava em um ponto de ônibus quando o ladrão se aproximou em uma bicicleta e lhe apontou uma arma de fogo, exigindo a entre-ga do aparelho.
O revólver usado no assalto não foi en-contrado. O acusado foi preso em flagrante e levado para a Dele-gacia de Polícia Civil. (RN)
Ladário: presa mulher que comandava “Boca da Vânia”
Divulgação/PC Ladário
Vânia foi presa e levada para a Delegacia de Ladário; no detalhe, droga, dinheiro e eletrônicos apreendidos
Vânia Soares Mi-randa, acusada de comandar “A boca da Vâ-
nia”, localizada na rua Emília Alves, bairro Boa Esperança, região conhecida como Seac, em Ladário, foi pre-sa por policiais civis e militares que integram a operação Fronteira Segura Pantanal, nes-ta quinta-feira, 29 de agosto.
O local já era conhe-cido pela Polícia como
ponto de comercializa-ção de entorpecentes devido a denúncias anônimas. Com man-dado expedido pela Justiça, os policiais entraram na residên-cia e apreenderam 19 trouxinhas de cocaí-na, uma "paradinha" maior de aproximada-mente 5g de da mesma droga e uma trouxinha de maconha. Os entor-pecentes estavam es-condidos no banheiro, no interior do chuveiro da casa de Vânia.
Ainda foram acha-dos saquinhos plásti-
cos utilizados no pre-paro da droga, várias moedas e cédulas de pequeno valor, típicos da venda de drogas. Também foram apre-endidos objetos sem comprovação lícita, como uma TV e um aparelho de som, ao que tudo indica, equi-pamentos furtados que foram trocados por droga.
Vânia acabou con-firmando que vendia a “paradinha” de co-caína por R$ 10,00 e a de maconha por R$ 5,00. Ela foi presa e
levada para a Delega-cia de Polícia Civil de Ladário.
O delegado titular,
Luca Venditto Basso, ressaltou que o com-bate ao crime conti-nuará ocorrendo de
maneira constante na cidade, em especial quando envolve órgãos públicos.
“Já está implanta-do o sistema de disque denúncia. A população pode denunciar via aplicativo WhatsApp qualquer prática de-lituosa pelo número 067 99668-1679. O sigilo da identidade e número telefônico são garantidos. É uma forma de aproximar ainda mais a popula-ção da Polícia Civil de Ladário”, disse Luca Venditto.
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ROSANA NUNESrosana@diariocorumbaense.com.br
POLÍCIA
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Foto cedida ao Diário Corumbaense
Divulgação/Polícia Federal
Imagem mostra carro usado pelos bandidos (Gol vermelho) e estudante (à direita) com as mãos para cima en-quanto dois bandidos estão dentro do carro dela
Carregamento de droga apreendido pela PF após denúncia anônima
Polícia Federal recebe denúncia e apreende 160 quilos de cocaína
Após receber de-núncia, a Polícia Fe-deral prendeu dois bo-livianos que tentavam entrar com 160 quilos de cocaína pela fron-teira com Corumbá. O flagrante foi na tarde de terça-feira, 27 de agosto. Após apuração inicial da informação, equipe de agentes da PF foi para as proxi-
midades da fronteira e avistou um dos veícu-
los suspeitos. O motorista de 34
anos, que é taxista no país vizinho, estava acompanhado de duas passageiras e foi pa-rado pelos policiais. Na revista, os agentes encontraram o car-regamento de droga escondido em peças no porta-malas e em compartimento do es-tepe. Em outro carro, semelhante ao primei-ro, outro boliviano, de 42 anos, foi abordado, mas ele não trazia en-
torpecente. Já na Delegacia da
Polícia Federal, os dois homens disseram que fariam juntos a entre-ga da droga na cidade e que decidiram dar carona às duas mulhe-res para não chamar a atenção da fiscalização. Eles foram autuados em flagrante por tráfico internacional de entor-pecente e, se condena-dos judicialmente po-dem pegar pena de 5 a
15 anos de cadeia.
Disque Denúncia
A Polícia Federal tem um canal de de-núncia para receber in-formações sobre o trá-fico de drogas e outros crimes de competência da corporação. Os te-lefones são 67 3234-7800 e 67 99162-0279 (também no aplicativo WhatsApp). O sigilo é garantido.
Estudante brasileira fica com arma apontada para a cabeça durante roubo de carro na Bolívia
A e s t u d a n t e Rayssa Maressa Silva Santana, moradora de
Ladário e que há três anos cursa Medicina em uma universidade na cidade de Puerto Qui-jarro, na Bolívia, mu-nicípio que faz fronteira com Corumbá, viveu momentos de tensão ao ter o carro roubado na tarde de quarta-feira, 28 de agosto. A estu-dante ficou sob a mira de um revólver que, se-gundo ela, foi disparado por três vezes por um dos assaltantes, mas a arma falhou.
Em entrevista ao Diário Corumbaen-se, Rayssa contou que o roubo aconteceu no início da tarde, quan-do ela se preparava para assistir uma aula na faculdade e resol-veu pegar os materiais que estavam dentro do porta-malas do carro, um Onix, de cor preta, que estava estacionado em frente a instituição de ensino.
“Eu fui até o meu carro para pegar os materiais. A rua esta-va movimentada quan-do abri o porta-malas. Escutei um carro, Gol, de cor vermelha, com placas bolivianas se aproximar. O motorista freou bruscamente per-to do meu carro, mas na hora pensei que era
uma brincadeira de co-legas. Foi quando um dos quatro homens que estavam no Gol, disse para que eu passas-se as chaves do carro e que me virasse, sem olhar para eles. Joguei as chaves no chão e ele desceu do veículo e pegou as chaves num tom de ameaça, para que eu não me virasse”, relembrou a estudante que ainda revelou que o motorista do carro utili-zado pelo quarteto que falava espanhol, utili-zava um capacete para não ser reconhecido.
Rayssa ainda lem-brou que permaneceu parada, com as mãos para cima, quando en-tão, alguns estudantes e pessoas perceberam que era um roubo e co-meçaram a gritar para que os bandidos não fi-zessem nada.
“Mas mesmo assim, outro homem desceu do carro e junto com o que pegou as chaves do chão, entrou em meu carro, mas ao mesmo tempo, ele disparou por três vezes com a arma apontada na minha ca-beça, mas ela falhou. Logo depois, eles en-traram no meu carro e fugiram. Já os outros dois que ficaram no ou-tro automóvel fugiram quando o pessoal co-meçou a gritar”, disse Rayssa.
Uma foto mostra como a estudante de Medicina ficou duran-
te a ação dos bandi-dos. Com as mãos para cima, ela aparece vi-rada de costas para o próprio carro, que está com uma das portas abertas. “Foi desespe-rador, mas estou viva pela graça de Deus”, fa-lou a jovem.
Depois do roubo, os próprios estudan-tes e algumas pesso-as ajudaram Rayssa, colocando-a em um carro para procurar a Polícia Boliviana para registrar o fato. “Eu en-trei num carro de um colega e logo depois no meio do caminho pedi para retornar para a faculdade, pois lembrei que o meu automóvel tinha como ser locali-zado pelo GPS. Então, ao chegar na faculda-de, eu vi que a Polícia já estava lá e meu pai também, quando eles nos levaram para re-gistrar o boletim de ocorrência e fazer bus-cas em locais que pro-vavelmente meu carro estaria, mas não con-seguimos”, contou a estudante salientando que os policiais boli-vianos se mostraram atenciosos.
Carro foi recuperado
Nesta quinta-feira, 29 de agosto, qua-se 24h após o roubo, Rayssa Maressa, rece-beu a notícia de que o Ônix foi recuperado pela Diprove (Departa-
mento de Investigação e Combate ao Roubo de Veículos), após ser ras-treado pelo GPS.
“Os policiais me co-municaram e disseram que o carro estava em uma área da periferia de Puerto Suárez. Ele foi levado para a Dele-gacia daquela cidade e eu só ainda não estou com ele, devido a legali-zação da retirada do ve-ículo para o Brasil, um trâmite necessário. Os policiais ainda informa-ram que os quatro en-volvidos, foram presos, mas como eles estavam com máscaras, óculos e até mesmo um de capa-cete, eu não consegui reconhecê-los”, expli-cou a brasileira.
Apesar do susto, Rayssa garantiu que irá continuar com os estu-dos e ainda agradeceu pelo apoio que teve dos colegas, da população e da própria Polícia.
“Eu estou fazendo Medicina há três anos e sou muito grata ao povo boliviano que sempre me recebeu muito bem. Sou apaixonada pela cultura deles. Apesar do grande susto, não
tenho receio, pois acre-dito que a criminalida-de não tem fronteiras e isso poderia ter ocorri-do em qualquer lugar. Agora é superar e con-tinuar”, finalizou a es-tudante.
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ENTREVISTA
Povo ladarense recuperou a confiança, diz prefeitoEsta foi a maior conquista em 9 meses de gestão, afirma Iranil Soares
Anderson Gallo
“Assumimos uma Prefeitura desacreditada junto à
população e ao funcionário. Não havia equipe técnica, não havia coordenação.”
NELSON URT - Navepress
Ladário viveu seu apocalipse polí-tico na manhã de 26 de novem-
bro de 2018, após a prisão do então prefeito Carlos Anibal Ruso, o secretário de Educação e sete vereadores, acu-sados de envolvimento em esquema de men-salinho. Policiais do Gaeco bateram à porta do vice-prefeito Iranil Soares para avisar que devia assumir imedia-tamente. Coube ao vice – até ali completamente excluído da cúpula ad-ministrativa - assumir o comando daquela que parecia ser a terra ar-rasada, e tentar tirá-la do fundo do poço. Nove meses se passaram e neste momento em que a Pérola do Pantanal completa 241 anos de fundação, o prefeito Iranil acredita que ven-ceu a primeira etapa do desafio. “A grande pre-ocupação era recuperar a confiança do servidor público e do cidadão ladarense, e isso aos poucos fomos conquis-tando, com diálogo, conversa olho no olho, e uma proposta de re-construção administra-tiva”, diz o prefeito, ex--sargento da Marinha, graduado em teologia, de 50 anos. “Há uma crise generalizada, e a melhor resposta para a crise é a criatividade, é o que sempre digo aos funcionários da Prefei-tura”, acrescenta. Nes-ta entrevista ao Diário Corumbaense, o Pas-tor Iranil, como tam-bém é conhecido pela militância na igreja evangélica, fala de con-fiança, criatividade, de fé, de projetos e de sua visão sobre os avanços em cada um dos seto-res da administração municipal, que tem o foco, segundo ele, vol-tado para a saúde e a educação, além de um projeto piloto criando a figura do agente social para cuidar de famílias nos bairros.
Diário – Como se deu essa fase de transição?
Iranil – Assumi-
mos uma Prefeitura desacreditada junto à população e ao funcio-nário. Na verdade, não esperávamos enfrentar aquela situação. Foi tudo de repente, você acorda com o Gaeco na porta de casa, di-zendo que houve uma operação e que você vai assumir a Prefeitu-ra. Assumo e encontro problemas na gestão. Não havia equipe téc-nica, não havia uma coordenação. Não ha-via um gestor que dali pudesse emanar todas as ordens e a Prefeitu-ra seguir num sentido único. Colocamos pes-soas técnicas nas se-cretarias para que elas pudessem ter autono-mia. Os funcionários estavam desmotivados. Funcionários que ga-nham uma comple-mentação e, de repente, veem que pessoas que deveriam zelar pelo re-curso público estavam metidas em coisas er-radas e trariam algum tipo de prejuízo, segun-do constatou o MPF. Trabalhei para motivar o funcionário. Era uma questão de valorizar o serviço do funcionário, naquilo que ele faz.
Diário - O que mudou essencialmente nesses 9 meses?
Iranil - Quando o País todo enfrenta di-ficuldades financeiras uma boa gestão ame-niza os problemas na administração. Con-vergir o pouco recurso disponível para aquilo que é importante. Valo-rizar saúde e educação. A mudança maior é na forma de gestão, de li-dar com a coisa públi-ca e na forma de tratar o munícipe, que está mais exigente hoje. O Brasil mudou, as pes-soas exigem serviço de qualidade. Faço conta-to olho no olho, para que elas participem do processo de crescimen-to da cidade, entendam que elas têm de ter o zelo, que precisam va-lorizar a coisa pública. Esse é o caminho ide-al para nossa cidade, tendo em vista que há poucos recursos. Um
trabalho em conjunto com a sociedade.
Diário – O senhor estava preparado para esse desafio?
Iranil – Eu digo sempre às pessoas: você tem de se preparar para aquilo que você quer um dia, mesmo para pareça aos seus olhos algo impossível. Porque se estiver prepa-rado, com mala pronta, uma hora o ônibus vai passar, abrir uma por-ta e você vai entrar. Se não estiver preparado, se não fizer a mala, vai perder o ônibus. Tenho dois mandatos como vereador em Ladário e uma pós-graduação em gestão pública e admi-nistração de cidades. É importante saber li-dar com o povo e com a classe política. Desde o início eu me preparei para administrar Ladá-rio, para esse momen-to.
Diário – Como foi sua gestão como vice?
Iranil – Na verdade, quando o prefeito ga-nhou ele disse que não precisava mais de mim, nem dos grupos que o apoiaram, que ele ia go-vernar sozinho. Então
fui levar minha vida. Fiquei bem distante da gestão e, graças a Deus, não respingou nada em nós. Eu ima-ginei que iria ser uma boa gestão, a gente não sabia que ia aconte-cer tudo aquilo, assim como muitos eleitores também ficaram decep-cionados.
Diário – Agora o se-nhor sente mais con-fiança da população?
Iranil - No início o povo estava desconfia-do, hoje a gente sen-te uma confiança na administração. Estão acompanhando e apro-vando, a gente é trans-parente, é olho no olho. Na verdade, trata-se de um bem comum, estou aqui passageiro, estou administrando uma coisa que não é minha, ninguém é dono, tudo é coletivo. As pessoas me cobram algo coletivo, e defendo o bem do povo ladarense.
Diário - Como tem sido a parceria com a
Marinha?
Iranil – A Marinha tem sido grande par-ceira, como sempre foi. A gente tem facilidade por ser ex-militar. Os
militares, quando vão se relacionar com al-guém, puxam a ficha do camarada, e na Ma-rinha sempre fui con-ceito 5, fui para reserva em 2008 como primei-ro sargento quando ganhei (a eleição) para exercer o cargo de ve-reador. A Marinha me transferiu para a reser-va pela cota compulsó-ria, ganhando os anos trabalhados.
Diário – Qual foi o principal investimen-
to na saúde?
Iranil – Para o ser-vidor público, sem dúvida, foi o convênio que estamos assinan-do neste dia 02 de se-tembro com a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Es-tado de Mato Grosso do Sul). Nas gestões anteriores, houve es-tudos, mas sem efeti-vação. Em nove meses a gente assina o convê-nio. Eu não quis adiar. É um sonho do servi-dor há muito tempo. Muitas cidades estão aderindo. Dá uma se-gurança ao servidor. Exames saem mais em conta, especialistas saem mais em conta, porque dependem do Estado. Não é nossa responsabilidade a es-pecialidade. Estamos oferecendo saúde de qualidade na atenção básica. Estamos co-locando especialida-des dentro da medida do possível. Quando você está doente, quer um médico. Desta vez passamos dos estudos para a aplicação, para que o servidor público tenha uma opção de assistência de saúde com atuação eficiente comprovada em vários municípios. Todos os servidores terão direito ao plano (cerca de 850 concursados e 30 co-missionados).
Diário - Haverá mu-danças nos exames médicos pelo SUS?
Iranil – A questão dos exames pelo SUS é que as pessoas sa-íam (dos bairros) às 04h da manhã para o
posto de saúde e não conseguiam uma ficha na regulação, eram só 15 atendimentos. Ago-ra a gente vai para 60 exames laboratoriais diariamente, e as pes-soas não vão precisar descer até aqui. Ao marcar (consulta) no posto de saúde o nome já entra no sistema, já sai com o dia marca-do para fazer o exame. Vamos ofertar mais até do que a Marinha, que tem 20 fichas por dia e para especialis-tas você espera de 30 a 40 dias por uma vaga. Queremos algo para ter uma resposta rápi-da. Queremos facilitar a vida das pessoas.
Diário – Há emendas de deputados para a
saúde?
Iranil – Sim, temos uma emenda de 200 mil reais, que através da deputada federal Bia Cavassa direcio-namos para o muni-cípio, para compra de uma pick up 4 x 4 para atender a Saúde da Fa-mília, além da compra de um carro menor. Da deputada federal Rose Modesto, vieram 160 mil reais em con-ta do PAD, mais 140 mil reais para atendi-mento de média a alta complexidade. Além disso, contamos com recursos do deputado Vander Loubet para compra de novo apare-lho raio-x que vai tirar em torno de 50 chapas diárias, substituindo o antigo que tirava ape-nas 15.
Diário – Houve au-mento do repasse na contrapartida da Pre-feitura para a Santa
Casa de Corumbá para cobrir atendimentos?
Iranil- Sim, pas-samos de 20 mil reais para 80 mil reais. Que-remos que nosso muní-cipe seja bem atendido lá. Ladário ajuda muito bem, dentro da nossa condição. 80 mil em 12 meses são quase 1 milhão de reais anu-almente para que seja-mos bem atendidos na Santa Casa.
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ENTREVISTA
Anderson Gallo
“Vamos criar a figura do agente social no projeto
Neemias. Vai acompanhar o jovem, o idoso. O objetivo
é cuidar da família.”
NELSON URT - Navepress
“O transporte coletivo melhora ou muda”Frota de ônibus está ultrapassada e não cumpre horários, diz Iranil
Diário – O usuário do transporte público coletivo continua
bastante insatisfeito com o serviço presta-do pela empresa con-cessionária da linha Ladário-Corumbá. Haverá mudanças?
Iranil - Desde 2009, quando assumi o car-go de vereador, tenta-va mudar (o transpor-te), mas sem êxito. A Agepan (Agência Esta-dual de Regulação de Serviços Públicos de MS) está ativa, fazen-do planejamento da li-nha junto à Prefeitura. Existe compromisso da empresa de melhorar a frota até o final do ano. Se não melhorar, temos opções para mu-danças. Uma delas é a Canarinho (empresa concessionária) fazer o transporte Centro (de Ladário) a Centro (de Corumbá), enquanto internamente teríamos uma linha de micro ônibus (circular entre os bairros e Centro). A gente pode colocar aqui uma cooperativa de vans. A empresa (Ca-narinho) está com frota sucateada, ultrapas-sada e não atende os horários. Uma de nos-sas exigências é o cum-primento de horários e uma Central de Recla-mação para atender o usuário. A gente quer que a coisa funcione.
Diário – Haverá mu-danças nos pontos de
ônibus?
Iranil – Sim, esta-mos implantando pon-tos ecológicos, que são contêineres, articula-dos, isso em quatro pontos primeiramente. E vamos colocar lixei-ras ecológicas pela ci-dade.
Diário – Como estão as questões da Orla Portuária e do porto
de carga?
Iranil - Queremos construir nosso Por-to Turístico e uma das parceiras é a Simone Tebet (senadora). Na
primeira fase teremos a contenção do porto. Buscamos ainda a re-tomada da Portobras e acredito que vamos conseguir revitalizar o porto de carga e o por-to de carga viva. Vamos pedir cedência à SPU (Superintendência de Patrimônio da União), queremos evitar ter ali uma autarquia. Se o município ficar respon-sável pela área iremos atrás de parceiros para tocar o porto.
Diário – O projeto do aterro sanitário está
em andamento?
Iranil – Sim, o ater-ro sanitário será um consórcio entre Ladário e Corumbá. Entramos com o terreno às mar-gens da BR-262, nas proximidades do Lam-pião Aceso, e Corum-bá fica com a infraes-trutura, com verba do Fonplata. O processo está bem adiantado. Também nas proximi-dades da BR-262 existe a área destinada à ter-melétrica, que deve ter um chamamento públi-co para 15 de outubro e conta com interesse de um grupo da Bahia (Global Participações em Energia).
Diário – Como estão as obras e projetos
nos bairros?
Iranil – Em parce-ria com a Marinha, que entra com mão de obra, a Prefeitura reforma a Praça da Cohab e a sede da Associação dos Moradores do Bairro Almirante Tamandaré, atendendo pedido da comunidade. Já o bair-ro Nova Aliança recebe feira-livre às terças--feiras, também a pe-dido dos moradores, e o número de feirantes está sendo significati-vo. Estamos trocando as lâmpadas conven-cionais pelas de LED e nessa primeira etapa, com novas 1 mil lâm-padas, contemplamos a rede nas proximidades de locais de maior flu-xo de pessoas, escolas, creches, praças. Com relação a asfalto, ainda
faltam recursos para todas as ruas, mas procuramos fazer um serviço de maneira a deixar as vias em boas condições de tráfego. O asfalto custa muito caro: 500 mil reais por cada quadra.
Diário – A população pediu a recolocação de bancos retirados pelo ex-prefeito do canteiro central da
avenida 14 de Março?
Iranil – Sim, tere-mos uma revitalização do canteiro central da avenida 14, e recoloca-ção de bancos, que se-rão novos. Eram ban-cos centenários que foram retirados, sem que a população fos-se ouvida. A gente não tem como recuperar os bancos antigos, destru-íram todos eles.
Diário – Como está a reforma da maior escola de Ladário, a
João Baptista?
Iranil – A reforma da João Baptista envolveu 11 projetos, hidráulico elétrico, paisagístico e outros. Levamos mais tempo devido à grande-za da reforma. Na ver-dade, da antiga escola vão ficar só as paredes,
vamos construir prati-camente outra escola. E queremos que seja uma escola padrão, referência, que se des-taque na região. Nesta primeira semana de se-tembro vamos lançar o edital. Outra obra em-blemática é a constru-ção da quadra da Es-cola Rosa Pedrossian, obra que estava para-da e retomamos agora. E a reforma da Escola Eduardo Malhado, que devemos entregar até o dia 06 de setembro.
Diário – Quais as me-tas para revitalizar os esportes na cidade?
Iranil - O esporte estava parado. Pega-mos o Estádio e o Po-liesportivo interditados pelo Corpo de Bombei-ros. Nunca vi a Fun-dação (de Esportes) fa-zendo algo continuado. Dava troféu, bola, rede. Precisamos fomentar o esporte como a caracte-rística social. Tirar o jo-vem das ruas, da ocio-sidade, dar ocupação. Não tem como fomen-tar o esporte profissio-nal, mas o esporte com sentido social, para ti-rar a criança da rua. Estamos criando uma escolinha de futebol para cada bairro, cam-
peonatos interbairros, além de adquirir brin-quedos para promover momentos de lazer nos bairros.
Diário – A cultura em Ladário, por suas
raízes e tradições, sempre foi muito
atuante. E como está agora?
Iranil – Ladário terá um polo do Festival América do Sul (em no-vembro), com oficinas e outras atrações. Va-mos retomar a Banda Municipal (Acyr Bar-bosa) e o Coral Pérola do Pantanal, compos-to por funcionários, e incentivar grupos que já são tradicionais na cultura, fomentar de alguma maneira, além de apoiar festividades religiosas que ocor-rem nos bairros. Es-tamos dando atenção a grupos esquecidos e minoritários como o LGTB.
Diário - Como o se-nhor encaminha sua
gestão?
Iranil - Minha ges-tão não tem hierarquia, qualquer um pode che-gar aqui e conversar, apontar, sugerir para melhorar. Ninguém sobrevive sem criativi-dade. Não tenho o ca-ráter punitivo, mas de encontrar soluções. O funcionário (municipal) precisa ser competitivo. O setor privado ofere-ce o mesmo serviço, e oferece um serviço de qualidade ao munícipe, que é o cliente. Temos um vizinho forte, que é Corumbá. As pessoas devem ter interesse em visitar e morar em La-dário.
Diário – Como está o setor rural?
Iranil – Temos 85 lotes no Assentamento 72. Queremos ver esses assentamentos produ-zirem, por meio de im-plementos agrícolas e o kit horta. Famílias que produzem serão fomen-tadas, com apoio da Agraer, do IFMS e da UFMS.
Diário – O senhor tem algum projeto especí-fico para a Assistên-
cia Social?
Iranil – Sim, o pro-jeto Neemias. É o nome de personagem bíblico que recebeu a missão de reconstruir uma cidade que estava ar-rasada. Foi em outra época (antes de Cris-to), mas os princípios não mudam, são os mesmos, e podem ser aplicados na atuali-dade. Ladário é uma cidade pequena, onde todos sabem de tudo. E a reconstrução de uma cidade passa por muitos fatores. O Es-tado é laico. Mas Ladá-rio é uma cidade cris-tã em sua maioria. Só conseguimos construir quando envolvemos as pessoas. E vejo que a base das mazelas so-ciais está dentro das famílias. Precisamos acompanhar essas fa-mílias.
Diário – Trata-se de um projeto piloto?
Iranil – Sim. Nesse projeto piloto vamos delimitar área de ação de 70 casas no bairro Alta Floresta. Vamos criar a figura do agente social, e um deles fica-rá encarregado de cui-dar de 20 famílias. Vai acompanhar o jovem, o idoso. O objetivo é cuidar da família. Pre-venir questões sociais. Trabalhar em conjunto com todas as religiões. Se for preciso, lajotar casas, banheiros, mu-dar a realidade do bair-ro. Tornar um bairro bonito. Colocar criação de codorna no quintal, criar horta suspensa, ser um bairro produ-tivo. Mudar a cultura para mudar a situação social.
Diário – Como o se-nhor define Ladário
em uma frase?
Iranil – Ladário, a terra que emana leite e mel. Trata-se de uma frase bíblica, que repre-senta terra de prosperi-dade, agradável para se estabelecer.
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CIDADE
IBGE: população de Corumbá supera 111,4 mil habitantes
Anderson Gallo/Arquivo Diário
Corumbá registrou crescimento populacional de 629 pessoas num intervalo de um ano
Corumbá conti-nua a quarta cidade mais populosa de
Mato Grosso do Sul, com 111.435 habitan-tes. É o que aponta os dados da Estimativa Populacional divulga-da hoje, 28 de agos-to, pelo IBGE no Di-ário Oficial da União (DOU).
As informações to-mam como referência o dia 1º de julho de 2019 e foram calcula-das com base na Pro-jeção de População. Ainda, conforme os dados, entre 2018 e 2019, a população de Corumbá teve aumen-to de 629 pessoas.
A Capital de Mato Grosso do Sul, Cam-po Grande, segue li-derando a estimativa,
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com quase um milhão de habitantes, totali-zando 895.982. Dou-rados aparece logo em seguida, com 222.949. À frente de Corumbá, na terceira posição, está à cidade de Três Lagoas, na região do Bolsão, com 121.388 habitantes.
A cidade de Ladá-rio, que celebra 241 anos no próximo dia 02 de setembro, apa-rece com 23.331 ha-bitantes, que fazem parte dos 2.778.986 habitantes em Mato Grosso do Sul, que ganhou em um ano, 30.873 novos morado-res.
Mais de 210 milhões
O Brasil tem uma população total de 210.147.125 pessoas. Em 1º de julho do ano passado, o número
era de 208.494.900. O crescimento absoluto da população em um ano foi 1.652.225 pes-soas, o que representa aumento de 0,79%.
O estado com a me-nor população con-tinua a ser Roraima, que chegou a 605.761 pessoas, um cresci-mento de 5,06% frente os 576.568 registra-dos no ano passado. Amapá tem popula-ção de 845.731 pes-soas e o Acre somou 881.935. A maior po-pulação se encontra em São Paulo, com 45.919.049 pesso-as, um aumento de 0,83% em relação aos 45.538.936 estimados há um ano. Minas Ge-rais tem uma estima-tiva de população de 21.168.791 pessoas e o Rio de Janeiro apa-rece em terceiro lugar, com 17.264.943.
A estimativa
As estimativas po-pulacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribu-nal de Contas da União para o cálculo do Fun-do de Participação de Estados e Municípios
(FPM) e são referência para vários indicado-res sociais, econômicos e demográficos. Esta divulgação anual obe-dece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.
As estimativas mu-
nicipais foram elabo-radas oficialmente pela primeira vez em 1975. Desde 1991 são reali-zadas anualmente. Em 2010, não foi realiza-da a estimativa, já que o IBGE trabalhava na coleta de dados para o Censo.
Servidores da Prefeitura terão reajuste salarial de 4,94%
ASSESSORIA DECOMUNICAÇÃO DA PMCwww.corumba.ms.gov.br/
O prefeito Marcelo Iunes assinou na ter-ça-feira, 27 de agosto, a Lei Complementar 240 que concede re-ajuste de 4,94% na remuneração dos ser-vidores efetivos do Po-der Executivo Muni-cipal. A Lei, aprovada pelo Poder Legislativo na segunda-feira, foi publicada no DIOCO-RUMBÁ de ontem.
“Conscientes da im-portância do servidor público para o bom atendimento da po-pulação, conseguimos oferecer um reajuste acima da inflação de 2018 (que de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consu-midor Amplo - IPCA, foi de 3,75%) e ainda maior que a projeção para este ano, que é
de 4,25%”, afirmou o prefeito.
“Graças a um tra-balho conjunto e um controle rigoroso dos gastos públicos, tam-bém conseguimos oferecer um reajuste igual para todas as categorias. É pública a dificuldade que mui-tos municípios têm enfrentado para au-mentar o salário dos servidores”, completou o prefeito, destacando que o Executivo sem-pre manteve o diálogo franco e aberto com todos os sindicatos.
Conforme a Lei Complementar 240, os vencimentos dos cargos efetivos inte-grantes do quadro de pessoal do Poder Exe-cutivo ficam reajusta-dos em 4,94% referen-te ao período de maio de 2018 a abril de 2019, conforme data
base apurada, tendo como referência a in-flação verificada no período de acordo com o IPCA/IBGE.
O índice de reajuste também aplica-se aos proventos de aposen-tadoria e às pensões pagas pelo Tesouro Municipal e pelo Regi-me de Previdência So-cial Municipal, enqua-drados na paridade assegurada no artigo 7º da Emenda Cons-titucional n.º 41, de 2003.
“O pagamento do reajuste referente aos meses de maio a julho de 2019 serão pagos em parcelas, confor-me será estabelecido por Decreto”, explicou o secretário municipal de Finanças e Gestão, Luiz Henrique Maia de Paula, reiterando que o reajuste será pago já no salário de agosto.
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DANÇA
EDITAIS
SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CORUMBÁ - MSASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Presidente do SINDICATO DO COMERCIO VAREJISTA DE CORUMBÁ, da categoria econômica das empresas do comércio varejista, na base territorial de Corumbá, Mato Grosso do Sul, convoca os associados quites e em condições de votar, para Assembleia Geral Extraordinária, a ser instalada em primeira convocação às 18:30 horas do dia 10 de setembro de 2019, na sua sede situada à Rua 13 de Junho, nº 1044, Galeria Pantanal, sala 68 – Centro, Corumbá – MS, para deliberarem sobre os seguintes assuntos constantes da ordem do dia : 1) Análise, discussão e votação das alterações a serem introduzidas nos estatutos sociais, tomando-se por base modelo apresentando, quanto as formas de filiação e introdução da cobrança de Taxa Assistencial; 2) Análise, discussão e votação do regulamento eleitoral a ser adotado pela entidade, tomando-se por base modelo, que introduz a comissão eleitoral .Não havendo quórum para instalação dos trabalhos no horário acima indicado, a assembleia será instalada às 19:00 horas, do mesmo dia e local, com deliberação com qualquer numero de associados presentes.
Corumbá (MS), 27 de agosto de 2019.
OTAVIO DE ARÚJO PHILBOISPresidente
LEONARDO CABRALleonardo@diariocorumbaense.com.br
Grupo de dança Urbe representa Corumbá em evento na região Sul do Brasil
Fotos: Anderson Gallo
Grupo viajou na quarta-feira para Porto Alegre para participar do FIDU
Participação e troca de experiências são importantes para jovem grupo de dança
Dez bailarinos do grupo Urbe de Corumbá, que tem como
coordenador e coreógra-fo Edelton Mendes de Amorim, viajaram para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, para representar Corumbá e Mato Grosso do Sul no FIDU (Festival Interna-cional de Danças Urba-nas). O evento acontece a partir desta sexta-fei-ra, 30 de agosto até do-mingo, 1º de setembro, na região Sul do Brasil.
Entusiasmados com o convite considera-do especial e que tem como reflexo o resul-tado de um bom tra-balho, o coordenador Edelton, disse que o evento é importante para a troca de experi-ência com professores e coreógrafos nacionais e internacionais.
"O FIDU é um dos três eventos considera-dos grandes e voltados para a dança de rua. Haverá batalhas, sho-wcase, workshops, pai-
néis e vamos vivenciar e ganhar ainda mais conhecimento. Isso é muito importante para o trabalho que vem sendo feito com esses jovens e adolescentes que se dedicam à dan-ça, seja ela, dança de rua, balé contemporâ-nea e até mesmo estilos livres”, comentou ao Diário Corumbaense.
Ainda conforme o coreografo, o mais im-portante disso tudo é vivenciar. “Falo para os alunos que eles têm que vivenciar cada momen-to e procurar aprender cada vez mais, pois lá, estará o que mais de atual se há na dança de rua apresentada no Bra-sil. Então, estaremos levando e adquirindo essa troca de experiên-cia, para que possamos dar visibilidade maior do nosso trabalho, já que nós que estamos bem longe dos grandes centros considerados experientes no mundo da dança, também te-mos um nível na dança respeitado, pois sempre somos selecionados e convidados para esses
eventos considerados importantes”, destacou o Edelton Amorim.
A bailarina Diana Tatiana Marcondis Gar-cia, que faz parte do grupo, salientou que na bagagem profissional, a experiência de estar lá é fundamental para ganhar novos passos nos palcos. “É a pri-meira vez que saio para representar a cidade e participar desse evento que reúne muitos pro-fissionais do Brasil e de outros países, é muito importante, pois conta como experiência. É um passo longo. Aprender nunca é demais”, des-tacou a bailarina.
Onça-pintada
A agenda do grupo Urbe de Corumbá está lotada para os próxi-mos dias. Chegando de Porto Alegre, os in-tegrantes se preparam para o Prêmio Onça--pintada, que carrega o título de maior mostra de dança internacio-nal de dança do Mato Grosso do Sul. O even-to será realizado em
Campo Grande, de 05 a 08 de setembro.
“O Onça-pintada é realizado pelo Conselho Nacional da Dança. Nós vamos nos apresen-tar com três danças, sendo elas: duas dan-ças de rua e um balé contemporâneo, junto com a dança livre, onde
pretendemos mostrar a versatilidade que o grupo tem nos palcos. Estamos nos preparan-do para essa compe-tição e como já disse, os bailarinos do grupo devem vivenciar cada momento. O resultado é consequência”, frisou o coreógrafo.
Apoiam o grupo Urbe na viagem para Porto Alegre a Fun-dação de Cultura do Pantanal, por meio da Oficina de Dança, e a Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos, órgãos liga-dos à Prefeitura de Co-rumbá.
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EDITAIS
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Solução
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BANCO 21
ASVINFERENCIA
TOMRIONLERRONIECE
TRAFEGOHDDOGFUNÇÃO
DEEOSDEMERITOV
QLERALINUSCASON
EUROFISHCONTENDASE
TUDRFDARBITRARIO
CLAMOROSOS
Indução;conclusão
Regiãoturísticada SerraGaúcha
Palavra, em francês
Alter do(?), aquífe-ro na Re-gião Norte
Sobrinha,em inglês
O discorígido do computa-
dor
(?) AngelesLakers,time de
basqueteComo os
gregos pra-ticavamesportes
Últimaetapa dacirurgia
Peixe, eminglês
Conduziu Teseu para
fora doLabirinto
BeatrizMilhazes,
artistaplástica
O estadomenos
populoso(sigla)
"Risos", nas
redessociais
Poeta português, autor de"Primaveras Românticas"
(?) lento: caracterizarodovias
no fe-riadão
Alvo dascorreçõesdo revisor
Árvore cuja preser-vação Chico Mendesdefendeu Sinalizadorde obras nas ruas
Newton(símbolo)
Átomoeletrizado
Uso da alfafa na alimentação do gado
Ofício;ocupação
Íntimo;profundo
Um dosQuatro Ca-valeiros
do Apoca-lipse (Bíb.)"(?) País",jornal de
Madri
Cão, eminglêsPerda
de valor
Prazer dointelectualAcusadade crime
Ósmio (símbolo)Ponto de parada de
caravanas quecruzam o Saara
Soberanodo EgitoAntigo
Said (?),filólogo
brasileiroFilho, em
inglês
A moedada UE
Litígiosjudiciais
Os casosque des-pertam a indignação
pública
Abusivo; despótico
3/dog — mot — son. 4/fish. 5/niece. 8/demérito.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Solução
www.coquetel.com.br© Revistas COQUETEL
BANCO5
R I LA L I E N I G E N A
E S P A N A D O RN O I T A D A RT T O C O A A
T E O R I M L ID A M O L A D A
N E S S A A U EC A U S A R I AO I R L A V A RN A B I I T
A T I R A A R A RA R H U M A N O
U T I L I D A D E SO S AM A R O L E
Indivíduoque é de
outroplaneta
Substi-tuta dos
óculos degrau
Prato deorigem ita-liana, à ba-se de arroz
"O Rei do(?)", antiganovela daTV Globo
Utensíliopara
removero pó
Diverti-mento du-
rante a ma-drugada
Lobo (?), persona-gem defábulas
Quantidadede álcoolde umabebida
Desgastede uma ar-ticulação(Patol.)
Vamos (?):vamosembora(pop.)
Arremes-sa comforça
O verbodo ro-
mântico
Enfeitedos dedosdas mãos
Primeiraetapa doplantio
(?) Bin La-den, terro-rista mortoem 2011
Tipo debife en-rolado(Cul.)
Afiada (a faca)Deixa orecinto
1.051, emromanos
D. Ivone (?),sambista
ÁrvoreNacionalRabiscar
(um texto)
Congênito;inerente
Luiz (?) Lu-la da Silva
Confusão(gíria)
Naquelelugar
Relativo ao homemSílaba de"lambada"
Entidade de jornalistas
Parte do olho
Limparbanhando A Terra doAcarajé
Vazio pordentro
Contudo;entretanto
TonyTornado,
ator ecantor
Ocasionar;originar Ouvir, emespanhol
Rabo de (?), golpede capoeira
(?) Nagle,jornalista
AtmosferaVanta-
gens; ser-ventias
ErrePovoaçãoindígena(bras.)
Rumava;seguia
Posto àsavessas
3/oír. 4/gado — leda. 5/osama. 7/artrose.
Solução Anterior
ENTRETENIMENTOCOLUNA
Rosangela Villa é professora Associada da UFMS, com Doutorado em sociolin-guística, e atua no Mestrado em Estudos de Linguagens/Campo Grande e no curso de Letras do CPAN.Contato para sugestões: coisasdalingua@diariocorumbaense.com.br.
O SOTAQUE NOSSO DE TODO DIACaros leitores, com foco no assunto da variação linguística observamos
que a linguagem sofre modificação de região para região ao apresentar dife-rentes maneiras de dizer a mesma coisa com o mesmo significado. No Brasil, chamamos isso de dialeto ou de falares. Ou seja, é um conjunto de marcas linguísticas restrito a uma comunidade inserida numa comunidade maior de falantes da mesma língua. Assim, o traço característico de determinada re-gião é coexistente com outro que espelha mesmo significado, por exemplo, no português do Brasil, o dialeto caipira. Entretanto, destacamos que a variação na pronúncia, que caracteriza o sotaque de um grupo, não é a única marca regional de uma comunidade, pois a mesma pode ocorrer também em outros aspectos da língua. Por exemplo, quando diferentes palavras dão nome para a mesma coisa, trata-se de variação lexical, tal como, soutien, sutiã, calefon, corpinho, corpete, sustenta seio, porta-seio, guarda-seio, aperta-seio etc, no-mes para peça íntima de vestuário feminino. Por outro lado, se a palavra é escrita de forma diferente num local e em outro, mas ambas designam a mes-ma coisa, por exemplo, salaminho (Corumbá) salamito (Sul do país), trata--se de variação morfológica, ou seja, na estrutura do vocábulo. E quando a construção da frase for diferente, mas o significado for o mesmo, como em: não vou, não quero, não posso (Corumbá), vou não, quero não, posso não (Nordeste), trata-se de variação sintática. Silva et aliae (2009) arrolam mais exemplos de variação linguística. Dentre eles, quando há substituição total de vocábulo, mas permanece a mesma ideia, temos variação semântica, por exemplo: subida de custos e aumento de custos. Já na ortografia da palavra, a variação pode alterar a mudança de pronúncia, como em factura (Portugal) e fatura (Brasil), embora ambas referem-se a documento comercial. Do acervo do vocabulário comum na região pantaneira destacamos pintado e surubim para dar nome a peixe da mesma espécie. As autoras ressaltam, ainda a va-riação estilístico-pragmática nos seguintes enunciados: Queiram se sentar; Por favor; e vamo se sentano aí galera. Tais expressões circulam como formas estilísticas marcadas por maior ou menor grau de formalidade na interação entre os interlocutores. Vocês perceberam que a variação linguística não pre-cisa ser, necessariamente, uma comparação do modo de falar dos grupos ou comunidades sociais, ela pode ser também estudada ao compararmos a fala dos indivíduos entre si. Se um cidadão corumbaense se mudar para o Rio de Janeiro e ficar por lá alguns anos, quando retornar, a sua fala terá marcas da influência do falar carioca. Isso porque somos afetados pela interação que estabelecemos com o meio onde convivemos socialmente. Nossas reflexões comprovam a natureza da língua como organismo vivo, passível de variação, de adequação e de mudança. Sobre o nosso sotaque corumbaense e o jeito peculiar de pronunciar o /S/ conversaremos na próxima semana. Até lá!
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