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ALHO

F E L I P E A LV E S

M Ô N I C A R I B E I R O

N AYA R A S T É FA N Y

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

2

• Produção brasileira em toneladas

Fonte: IBGE e Conab. Setembro de 2016

Região Safra

2015

Safra

2016

%

Brasil 120.569 107.376 100%

Goiás 37.741 12.812 31,3%

Minas Gerais 36.025 47.723 29,9%

Santa Catarina 17.452 22.320 14,5%

• Produção mundial em toneladas

Fonte: Conab. Setembro de 2016.

Países Safra

2012

Safra

2013

%

1° China 18.429.500 19.168.80

0

78,9%

2° Índia 1.228.000 1.259.000 5,2%

3° Coreia do

Sul

339.113 412.250 1,7%

11° Brasil 107.009 102.232 0,4%

ORIGEM

• Origem: Ásia Central

• A sua introdução no Ocidente se deu a partir

de plantios na costa do Mar Mediterrâneo.

• Devido a sua capacidade de armazenamento e

conservação, o alho fazia parte da alimentação

da tripulação de caravelas portuguesas.

• Brasil: consumo de 1,5kg/habitante/ano

3

CLASSIFICAÇÃO• Botânica

Planta herbácea

Folhas lanceoladas (alongadas)

Podendo atingir até 60 cm de altura

O caule verdadeiro (Figura 1B) é o ponto

de partida das folhas e das raízes, que são

pouco ramificadas e com profundidade

variando de 20 a 30 cm.

4

Figura 2: A) planta de alho. B) caule verdadeiro.

Fotos: Paula Rodrigues; José Luis Pereira.

Nome científico: Allium sativum L.

Classe: Liliopsida

Família: Aliaceae

CLASSIFICAÇÃO

• As bainhas das folhas formam um

pseudocaule curto, cuja parte

inferior é um bulbo.

• Raízes: pouco ramificadas

Podem ultrapassar 1 metro de

profundidade, sendo consideradas de

enraizamento profundas.

5

Pseudocaule

CLASSIFICAÇÃO

6

Figura 3: ilustração morfológica do alho.

• Morfológica

O envoltório individual pode possuir coloração branca, vermelha, violeta, roxa e

marrom.

PRODUÇÃO DE SEMENTES

7

Figura 4: esquema de produção de alho-semente própria

para plantio de 1 ha de lavoura comercial

Deve-se separar a área para produção de semente, ou separar um

fragmento específico na área comercial.

Selecionar os bulbos pelo padrão da cultivar e armazena-los em local

seco e ventilado.

PRODUÇÃO DE SEMENTES

8

Descascar os bulbos, somente de 15 a 20 dias antes do plantio.

Classificar os bulbilhos por tamanho utilizando malhas específicas, e semear somente

os retidos nas peneiras 1, 2 e 3.

Figura 4: Jogo de peneiras e classificador

mecânico para separação do alho-semente

por tamanho. Fotos: Francisco Vilela Resende; José

Luis Pereira

PRODUÇÃO DE SEMENTES

9

O tamanho dos bulbos e bulbilhos irão influenciar na velocidade de brotação,

desenvolvimento vegetativo até o tamanho e a qualidade dos bulbos.

• Bulbilhos menores plantas menores ponto de colheita do que bulbilhos

os maiores.

• Recomenda-se que sejam distribuídos em talhões separados de acordo com a

classificação das peneiras

PRODUÇÃO DE SEMENTES

10

Figura 5: A) Folha de brotação em estado de dormência. B) Folha

de brotação pronta para germinar. Fotos: Paula Rodrigues, José Luis

Pereira.

DORMÊNCIA DOS BULBILHOS

Bulbilho entra em estado de dormência logo após a formação das folhas de

armazenamento e da gema de brotação.

A dormência do alho pode-se prolongar por até 70 dias depois da colheita e sua

intensidade diminui gradualmente

PRODUÇÃO DE SEMENTES

11

QUEBRA DE DORMÊNCIA DOS BULBILHOS

• Imersão dos bulbilhos a um fluxo de água corrente por 24 horas antes do plantio

amolecimento da folha de proteção reduzindo a resistência à brotação

remoção de parte dos inibidores de crescimento que são solúveis em água.

• Exposição dos bulbilhos a temperaturas de 10° - 15°C por 8 a 10 dias antes do

plantio.

FOTOPERÍODO

12

É o principal fator limitante da cultura, exigindo:

Dia longo bulbificar

Dia curto florescer necessita de frio

Cultivar tardio (nobre) mínimo de 13 horas

O fotoperíodo deve ser maior que o valor crítico para cultivar

A formação do bulbo em resposta ao fotoperíodo acontece somente após a planta

receber o estimulo de baixa temperatura

VERNALIZAÇÃO

13

• Fase inicial: 18° a 20° C

• Bulbificação: 10 a 15° C

• Maturação: 20 a 25°

• Bom desenvolvimento apenas durante o outono-inverno (época seca)

• O calor é o segundo fator limitante da cultura

VERNALIZAÇÃO

14

Pré-plantio

• Planta menos exigente quanto a fotoperíodo e temperaturas baixas

• Diferenciação e formação de bulbos em locais que não possuem condições

climáticas adequadas

Processo

• Temperatura: 3 a 5 °C

• Umidade relativa: 65 a 70%

• Armazenamento na câmara fria: 45 a 60 dias

• Deve-se adequar a tecnologia ao local por meio de testes

• Combinação de tempo com época de plantio

PREPARO DO SOLO

15

• Aração

profundidade de 35-40 cm

realizar de 45 a 60 dias antes do plantio

segunda aração, superficial, dias antes do plantio

• Gradagem

1° para incorporação dos corretivos

2° pouco antes do plantio após a aração

• Canteiros

Manual

Mecanizada com enxada rotativa ou rotoencateirador

1,20 a 2,10 m de largura com carreadores de 20 a 40 cm

Figura 6: Enxada rotativa encanteiradora

SOLO E CALAGEM

16

• Solo de textura média

• Rico em matéria orgânica

• Cultura pouco tolerante a acidez (pH 6,0 a 6,8)

CALAGEM

Objetivo: elevar a saturação por bases para 70% e pH 6,5

50% incorporado profundamente na 1° aração

50% antes do plantio superficialmente

Cultura exigente em Ca e Mg relação 4:1

Figura 7: Calagem

ADUBAÇÃO

17

Orgânica na forma de composto

• Esterco de gado – 30 t/ha

• Esterco de aves – 10 t/ha (se for de galinha)

• Feita a lanço

Química

• Diretamente no canteiro e incorporada

Foliar

• Muito utilizada para suprir Boro (B) e Zinco (Zn)

PLANTIO

18

• Hoje o sistema de plantio em fileiras não é mais usual em áreas tecnificadas.

• Os espaçamentos são definidos de acordo com o peso/tamanho dos bulbilhos.

• Canteiros largos com 4 filas duplas tem sido muito usado

Espaçamento de 30 a 40 cm entre fileiras duplas

Espaçamento de 10 a 12 cm entre fileiras simples e 8 a 10 cm entre plantas

Figura 7: Cultivo do alho

em canteiros com quatro

fileiras simples e com

quatro linhas duplas. Fotos:

Francisco Vilela Resende

PLANTIO

19

Não é necessário que os bulbilhos sejam plantados com o ápice para cima,

embora a maioria dos produtores prefira esse método para facilitar e

abreviar a emergência da cultura.

Figura 7: Plantio do alho em sulcos (a esquerda) e em covas (direita) Fotos:

Francisco Vilela Resende.

IRRIGAÇÃO

20

Cultura bastante sensível à falta ou excesso de água

Excesso de água causa pseudoperfilhamento e reduz conservação dos

bulbos

Tipos de irrigação mais utilizadas:

• Aspersão

• Microaspersão (pequenos produtores)

• Pivô central

Exigência hídrica:

• 400 a 850 mm por ciclo

COLHEITA

21

Quando 2/3 das folhas estiverem amareladas ou secas

Manual e semi-mecanizada

• Lâmina tracionada por trator que desprende os bulbos e facilita a colheita manual

Período

• Diurno e ensolarado

Cura

• Bulbos são distribuídos lado a lado, e cada fileira será recoberta pelos ramos da

subsequente.

• 3 a 5 dias no sol

• 20 a 50 dias na sombra

• São mantidas folhas e raízes nesse processo

• Processo completo quando os ramos estiverem com aparência seca e cor amarela

PRAGAS

22

ÁCARO DO BULBO – Eriophyestulipae

• Quase invisível a olho nu

• Ficam alojados nas dobras das folhas e sobre os bulbilhos

• Sintomas

Má formação das folhas

Retorcimento

Estrias cloróticas

Murcha e secamento da planta em casos severos

Figura 7: Sintomas de infestação de ácaros

na parte aérea do alho. Fotos: Francisco Vilela

Resende e Marco Antônio Lucini.

PRAGAS

23

ÁCARO DO BULBO – Eriophyestulipae

• Bulbos

Quando atacados ficam “chochos”

• Favorecidos com temperaturas médias de 25 °C

Controle preventivo

• Imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1%, por 4

horas com posterior lavagem (15 minutos) em água

Controle químico

• Utilizar acaricida regulamentado para a cultura

Figura 7: Sintomas de infestação de

ácaros no bulbilho do alho. Fotos: Francisco

Vilela Resende e Marco Antônio Lucini.

PRAGAS

24

TRÍPES – Thripstabaci

Inseto

• Aparelho bucal tipo picador sugador

• Ninfas quando eclodem alojam-se na parte interior das

bainhas

• Adultos e ninfas raspam e sugam a seiva das folhas

Sintomas

• Surgimento de manchas e estrias

• Amarelecimento e ressecamento das folhas

Controle

• Pulverização

• Quebra-ventos

• Eliminação de plantas infestantes

Figura 7: Sintomas do ataque e presença

de tripes em folha de alho. Foto: José Luiz

Pereira.

PRAGAS

25

Nematoide – Ditylenchus dipsaci

Favorecido em ambientes úmidos

Sintomas

• Nanismo

• Inchaço no pesudocaule

• Bulbos chochos

• Divisão longitudinal dos cotilédones

• Folhas curtas e espessas com coloração marrom ou

amarelada

• Com o progresso da doença pode ocorrer podridão

mole

• Bulbos mais leves (não são aproveitados)

Figura 7: Bulbilhos de alho infestados por

Ditylenchus dipsaci. Foto: Jadir B. Pinheiro

PRAGAS

26

Nematoide – Ditylenchus dipsaci

Controle

• Preventivo

• Utilização de bulbilhos isentos de nematoides

• Monitoramento da área

• Utilização de propágulos por meio de culta de meristemas

Figura 7: Variação

sintomatológica de plantas de

alho infestadas por

Ditylenchus dipsaci. Foto:

Jadir B. Pinheiro.

PRAGAS

27

Traça do alho – Ephestia spp.

Praga de armazenamento

O bulbo se torna impróprio para o consumo

Ataque

• Lagartas recém nascidas penetram os bulbos e formam

galerias

Danos

• Chegam em torno de 10%

• Bulbilhos chochos

Controle

• Limpeza dos armazéns

• Iluminados

• Boa ventilação

Figura 7: Lagartas recém-eclodidas (A); bulbos danificados el

função do ataque das lagartas (B). Fotos: Miguel Michereffi

Filho.

CEBOL A

F E L I P E A LV E S

M Ô N I C A R I B E I R O

N AYA R A S T É FA N Y

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

• 2° maior hortaliça cultivada mundialmente:

55.153.027 toneladas/ano;

29

PAÍSES PRODUÇÃO (t)

China 18.035.000

Índia 5.500.000

EUA 3.669.540

Turquia 1.750.000

Rússia 1.673.420

Paquistão 1.657.900

Irã 1.450.000

Brasil 1.137.684

Fonte: EMBRAPA, 2016.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

• A produção no Brasil corresponde a 2% da produção mundial:

Principais municípios produtores de cebola são dos estados

de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.

30

REGIÃO PRODUÇÃO (t)

Sul 674.880

Sudeste 252.242

Nordeste 200.538

Outras 5.260

Fonte: EMBRAPA, 2016.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

• Geração de empregos e renda:

Pequenos produtores demandam alta mão de obra;

Grandes empresas geram empregos direta e indiretamente.

31Foto: Acervo Público Foto: Acervo Público

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA• Alimento funcional ou “nutracêutico”.

32

Cebola

Hipertensão

Diabetes

Problema Cardíaco

Imunidade

Antimicrobiana

Anticancerígena

Anti-inflamató

ria

Energia

Intestinal

ORIGEM

• Primeiros registros de cultivo foram no Egito a cerca 4.000 anos,

mais já com indícios de domesticação anterior.

• No Brasil a introdução do cultivo se deu após a colonização

portuguesa.

33Foto: Acervo Público Foto: Acervo Público

EVOLUÇÃO

• Aumento expressivo da demanda e oferta nas últimas 3 décadas

devido aos fatores:

Maior consumo devido ao fator funcional;

Tecnologia de produção;

Tratado do Mercosul (1995).

34

CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

35

ReinoPlantae

OrdemAsparagales

FamíliaAlliaceae

GêneroAllium

EspécieAllium cepa

ClasseLiliopsida

MORFOLOGIA E ANATOMIA

• A Cebola é um bulbo tunicado simples, de planta herbácea;

• Catáfilo também conhecido como túnica ou escama.

• Casca também conhecida como catáfilo externo ou película

envolvente.

• Prato também conhecido como caule.

36

MORFOLOGIA E ANATOMIA

37Foto: Acervo Público

MORFOLOGIA E ANATOMIA

• Folhas: bainha (parte basal) + limbo (parte

superior). As bainhas das folhas exteriores

(mais velhas) são coriáceas e brilhantes e

formam as escamas ou cascas da cebola.

• Coberta por substância cerosa que atua

como proteção contra doenças foliares e

herbicidas.

38Foto: Acervo Público

MORFOLOGIA E ANATOMIA

• Caule: formato de disco com entrenós muito curtos,

constitui a base do bulbo e localiza-se abaixo do nível do

solo.

39

Foto: Acervo Público Foto: Acervo Público

MORFOLOGIA E ANATOMIA

• Raízes: fasciculadas, formado por

raízes adventícias finas e bem

providas de pêlos radiculares no

terço médio inferior;

• 90% das raízes de cebola

concentram-se nos primeiros 40 cm

de profundidade e apenas 2-3%

ocorrem abaixo de 60 cm.

40

Foto: Acervo Público

MORFOLOGIA E ANATOMIA

41

Folhas

Bulbo

Raízes

Flores

Foto: Acervo Público

FINS COMERCIAIS

• Derivados farmacêuticos, in natura, cosméticos e

industrializados.

42

FENOLOGIA

• Ciclo constituído de 150 a 170 dias;

• Planta bienal, normalmente cultivada como anual;

• Plantas de fotoperíodo curto: 10 a 12 horas de luz;

• Plantas de fotoperíodo longo: 13 a 16 horas de luz;

• Germinação de 7 a 14 dias;

• Transplantio com 40 dias após semeadura.

43

IRRIGAÇÃO

• Baixa tolerância ao déficit hídrico;

• 350mm a 650mm;

• Necessidade condicionada por fatores climáticos, sistema de

irrigação e ciclo da cultivar;

• evapotranspiração durante bulbificação;

• evapotranspiração durante maturação;

44

IRRIGAÇÃO

45

ASPERSÃO

PIVÔ CENTRAL

PREPARO DO SOLO

Fatores físicos:

• Solos profundos;

• Ricos em matéria orgânica;

• Retenção de umidade;

• Aerado;

• Bem drenados;

Realizar análises de solo e aplicar a devida correção e adubação.

46

CALAGEM

• Média sensibilidade à acidez do solo;

• pH ideal entre 6,0 e 6,5;

• Saturação máxima de Al³+ de 5%;

• Principais neutralizantes de acidez:

Calcário carbonatos de cálcio e magnésio

Cal virgem óxidos de cálcio e magnésio

Cal hidratada hidróxidos de cálcio e magnésio

47

ADUBAÇÃO

48

Sistema Convencional

• Aplicação única de P, S e

os micronutrientes;

• N e K em plantio e

cobertura.

Sistema Orgânico

• Forma lenta de

absorção;

• Maior necessidade de

adubação.

ADUBAÇÃO

49

Adubação em Plantio

• Análise de solo;

• Composição química do

adubo;

• Exigência da cultura.

Adubação em Cobertura

• 30 a 60 dias após

transplantio;

• Compostos orgânicos,

farelos e biofertilizantes;

• Fertirrigação.

PRODUÇÃO DE MUDAS

• Seleção de mudas vigorosas e sadias;

• Viabiliza a uniformidade do tamanho e formato dos

bulbos;

• Mão-de-obra;

• Gasto com sementes;

• Manejo de adubação, plantas daninhas, doenças e pragas;

• Consumo de irrigação durante formação de muda.

50

PRODUÇÃO DE MUDAS

Mudas de raízes nuas

• Local: ensolarado pela manhã e sombreado a tarde, disponibilidade

de água e proximidade ao plantio definitivo;

• Canteiros: 15 a 20cm de altura e 1m de largura, pH entre 6,0 e 6,5,

semeadura em suco ou a lanço;

• Profundidade de 1,5cm e espaçamento de 10cm entre plantas.

51

PRODUÇÃO DE MUDAS

Mudas em bandejas

• Geralmente bandejas de 288 células;

• Considerar o custo de produção da região, existência de viveiristas,

população de plantas utilizadas e mercado;

• Redução dos tratos culturais e problemas fitossanitários;

• Transplantio precoce com 35-40 dias após semeadura.

52

PRODUÇÃO DE MUDAS

Cultivo de Bulbilhos

• Produção de bulbilhos: julho/agosto a outubro/novembro;

• Plantio de bulbilhos: fevereiro;

• Cura de campo: dormência do bulbilho até véspera do plantio;

• Realizada limpeza de raízes e parte aérea antes do cultivo;

• Critérios de espaçamento iguais ao plantio de mudas.

53

PRODUÇÃO DE MUDAS

54

Cura do Bulbilho

Plantio em Sementeira

Plantio em Bandejas

PRAGAS

Tripes – Thrips tabaci

• Inseto: adulto de 1mm, corpo alongado, amarela-clara a marrom e asas

franjadas; 20 a 100 ovos, incubação de 4 dias e ciclo completo em média 15

dias.Temperaturas quentes e tempo seco.

• Ataque: colônias numerosas nas bainhas das folhas, sugam a seiva, período

critico na bulbificação.

• Danos: redução de até 50% da produção,

55

PRAGAS• Sintomas: prateamento das folhas da

cebola, caracterizada por áreas

necróticas, esbranquiçadas, que

posteriormente ficam retorcidas e

podem secar completamente.

• Combate: monitoramento e inspeção

de pragas, controle biológico por

meio das larvas de dípteros e

crisopídeos, alguns coleópteros e

tripés predadores.

• Fazer a consorciação de mais de um

manejo de combate.

• Barreiras vivas;

• Seleção de mudas;

56

PRAGAS

Lagartas-roscas – Agrotis ipsilon e Spodoptera eridania

A. ipsilon

• Coloração marrom-acinzentada;

• 45 mm de comprimento;

• Hábito noturno, abriga-se no solo durante o dia e se enrosca quando

tocada.

• O ciclo biológico varia de 34 a 64 dias, sendo a fase de ovo de quatro dias, a

fase de lagarta entre 20 e 40 dias e a fase de pupa de 10 a 20 dias.

57

PRAGAS

Lagartas-roscas – Agrotis ipsilon e Spodoptera eridania

S. eridania

• amarronzada, com uma faixa na lateral de cor amarela e manchas

triangulares no dorso;

• Os ovos são de coloração variável, sendo colocados em massa e cobertos

por escamas, na vegetação.

• Também conhecida por lagarta-das-folhas ou lagarta-das-vagens.

58

PRAGAS

Lagartas-roscas – Agrotis ipsilon e Spodoptera eridania

Danos

• Cortam as plantas recém-transplantadas na região do colo;

• Plantas mais velhas podem murchar e tombar por injúrias;

• Alimentam-se dos bulbos nos períodos de seca;

• S. eridania pode danificar das folhas.

59

PRAGAS

Lagartas-roscas – Agrotis ipsilon e Spodoptera eridania

Controle

• Controle natural por insetos benéficos, como microimenópteros e

dípteros;

• Preparo do solo e eliminação de plantas hospedeiras;

• Aplicações no fim da tarde e direcionadas ao solo.

60

PRAGAS

Ácaro-da-cebola - Aceria tulipae

• Alongados, vermiformes, menores

que 1 mm de comprimento e com

dois pares de pernas.

• Danos: Sugam a seiva; provocam

retorcimento em forma de chicote,

estrias cloróticas e secamento das

folhas, causando nanismo das plantas.

Os bulbos atacados ficam chochos

tanto no campo como no armazém.

• Controle: Não necessitam controle

específico. Inseticidas utilizados para

tripes mantêm as populações deste

ácaro-praga sob controle. Em caso

de infestação severa, aplicar

enxofre.

61

DOENÇAS

Vírus – Mosaico em Faixas

• A doença é ausada pelo vírus do nanismo amarelo da cebola (OYDV),

espécie que pertence ao gênero Potyvirus, família Potyviridae;

• Transmissão por pulgões Myzus persicae e Aphys gossypii;

• Sintomas: estrias amareladas na base das primeiras folhas; enrolamento,

enrugamento e queda; hastes florais tornam-se amareladas, enrugadas e

enroladas; inflorescências apresentam-se de tamanho reduzido e com

menor número de flores, resultando em sementes de qualidade inferior.62

DOENÇAS

Vírus – Mosaico em Faixas

• Controle: apenas controle preventivo

Uso de material propagativo sadio;

Plantio distantes de áreas infestadas pelos vetores;

Controle químico dos vetores;

Rotação de culturas;

Eliminação de plantas infectadas.

63

DOENÇASFungos

• Principais doenças causadas por fungos:

64

Queima-das-pontas

Mancha púrpura

Podridão aquosa

Antracnose MíldioPodridão

basal

Ferrugem Oídio Mofo preto

DOENÇASFungos – Sclerotium cepivorum (Podridão Branca)

• Doença mais importante em regiões de temperatura amenas e

alta umidade do solo;

• Produz escleródios;

• Amarelecimento e senescência das plantas;

• Crescimento branco cotonoso na base das planta.

65

DOENÇAS

Fungos - Alternaria porri ou Stemphylium vesicarium (Mancha Púrpura)

• Clima quente e úmido;

• Redução do tamanho dos bulbos;

• Lesões localizadas no pendão floral podem provocar sua quebra.

66

DOENÇAS

Fungos - Pyrenochaeta terrestris e Fusarium spp (Raiz Rosada)

• Climas tropicas e subtropicais, sendo entre 24-28°C e alta umidade

suas condições ideais;

• Atinge todo o Brasil;

• Ataca em qualquer estágio de desenvolvimento;

67

• Raízes rosadas, podendo

ficarem pretas;

• Podridão total da raiz.

DOENÇAS

Fungos – Controle

• Forma integrada adoção de várias medidas preventivas que visam a

reduzir a intensidade do seu ataque;

• Colheita deve ser realizada em clima seco e após o estalo reduz a

entrada da bactéria;

• Aplicação de fungicida à base de cobre no final do ciclo, quando ocorrer

condição de ferimento, de alta umidade ou estalo

desuniforme proteger os bulbos de infecção.

68

DOENÇASBactérias

69

Bactéria Pectobacterium

spp e Dickeya spp

Burkholderia

cepacia

Doença Podridão Mole Podridão de

Escamas

Órgão Afetado Bulbo Bulbo

Sintomas podridão mole

generalizada.

podridão das

escamas

externas;

DOENÇAS

Bactérias

• Controle preventivo.

Podridão Mole Podridão das Escamas

70

PLANTAS DANINHAS

• Alta interferência no desenvolvimento da cebola;

• Reduz tamanho das plantas e bulbos;

• Até 94% de perda na produção;

• Controle cultural: rotação de culturas, escolha da cultivar, adubação

verde, dentre outras;

• Controle mecânico: capinas manuais;

• Controle químico: herbicidas seletivos.

71

COLHEITA• Catafilos do bulbo devem estar secas;

• 2/3 das folhagens sem umidade;

• Amolecimento do pseudocaule do bulbo;

• Estalo ou tombamento: momento de murchamento e amarelecimento

das folhagens, ideal para colheita.

72

COLHEITA

Cura

• Secagem do material colhido a temperaturas altas durante um

determinado período;

• Redução do conteúdo de água;

• Promove o desenvolvimento da coloração externa do bulbo.

• 30°C por em média 10-15 dias;

• Corte das ramas realizados após período de cura.

73

CLASSIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO

• São classificadas pelo tamanho transversal do bulbo;

1- <35mm 2– 35-50mm 3– 50-70mm 4– 70-90mm 5- >90mm

74

Classificação quanto a forma

do bulbo.

CLASSIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO

• Armazenamento em sacos de nylon ou aniagem, de 20kg, para vendas em

atacado;

• Vendas em varejo as cebolas são expostas em estandes e vendidas a

granel;

• Conservar em nível baixo de umidade.

75

REFERÊNCIAS

• Como produzir alho. Disponível em: https://www.embrapa.br/hortalicas/alho/como-produzir.

• ANDRADE, M.O. de, LIMA, V.A. Tecnologia de transformação. In: MINAMI, I.K., ANDRADE, M.O. de,

LIMA, V.A. Cebola: produção pré-processamento e transformação agroindustrial. São Paulo:

Governo de São Paulo/ FEALQ, 2010. p. 69-152.

• FILGUEIRA, F.A.R. Manual de Olericultura: Cultura e Comercialização de Hortaliças. São

Paulo: Ceres, 2014.

OBRIGADA!

77

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