aleitamento materno salete

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Aleitamento Materno

Dr Odete LouzeiroDr Odete Louzeiro

FABIC – FACULDADE BICO DO PAPAGAIOFABIC – FACULDADE BICO DO PAPAGAIO

Componentes:

• Ana Paula• Francisca

Alice• Janaina• Jennie• Marlene

• Mirlene• Salete• Valdirene• Willamis

São inúmeros os benefícios que a prática do Aleitamento Materno oferece, tanto para o crescimento e desenvolvimento de lactantes, como para a mãe, criança efamília, do ponto de vista biológico e

psicossocial.

Aleitamento Materno

1. Vantagens do Aleitamento Materno

Para a Mulher

• Facilita o estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho;

• Previne as complicações hemorrágicas no pós-parto e favorece a

regressão uterina ao seu tamanho normal;

•Contribui para o retorno mais rápido ao peso pré-gestacional...

... Para a Criança:

Vantagens do Aleitamento...

• É o alimento completo para o lactente menor de seis meses, tanto no aspecto nutricional como digestivo;

• Facilita a eliminação de mecônio e diminui o risco de icterícia;

• Protege contra infecções;

• Aumenta o laço afetivo mãe-filho, promovendo mais segurança ao bebê...

Vantagens para a família e a sociedade:

•Já vem pronto e está na temperatura certa...

• O leite materno

não custa

nada;

• É limpo e não contém micróbios;

2. Padrões de Aleitamento Materno

1. Aleitamento materno exclusivo;

2. Aleitamento materno predominante;

3. Aleitamento materno total;

4. Aleitamento materno parcial.

3.Composição e características do leite humano

• O leite materno é o alimento ideal para o lactente;

• O leite materno contém anticorpos;

• O leite materno contém também fatores de crescimento;

• O leite humano sofre alterações na sua composição;

• O leite posterior difere do anterior por ser mais rico em gorduras.

4. Produção de leite

A produção de leite se dá por um estímulo neuro-endócrino e três órgãos são importantes neste processo:

1.Placenta;2.Hipófise e3. Mama.

5. A ejeção do leite

O leite acumulado nos alvéolos não flui espontaneamente para os ductos e seios lactíferos.

5.1. O ColostroDurante a gestação, a glândula mamária produz uma substância denominada de pré-colostro, acumulada no lúmen dos alvéolos, e que tem na sua composição, principalmente:•Exsudato de plasma;•Células;•Imunoglobinas;•Lactoferrina;•Soroalbumina;•Sódio;•Cloro e uma pequena quantidade de lactose.

5.2. Leite de Transição Recebe esta

denominação o leite humano produzido entre o 7° e 15° dia após o parto. O volume de leite e a composição variam no decorrer dos dias, permanecendo com volume médio de 500 ml/dia.

5.3.Leite maduroÉ o leite produzido a partir do 15° dia, como

continuação ao leite de transição.

5.4.Leite de pré-termoO leite de mães de crianças prematuras difere

do leite de mães de crianças de termo. As diferenças básicas são:

• Maior teor de proteína,

lipídeos e calorias

• Menor teor de lactose

• Maior quantidade

de IgA e lactoferrina

• O leite materno não

supre as necessidades

de cálcio e fósforo.

6.Manejo clínico da amamentãção Conhecer os aspectos

relacionados à prática do aleitamento materno é fator fundamental no sentido de colaborar para que a mãe e a criança possam vivenciar a amamentação de forma efetiva e tranqüila.

7.Preparando as mamas para o aleitamento

7.1.Durante a gestação

• Examinar as mamas na consulta

pré-natal;

• Orientar a gestante a usar sutiã com orifício central, para exposição de aréola e mamilo durante a gestação...

• Recomendar banhos de sol nas mamas;

• Esclarecer sobre o uso de sabões, cremes ou pomadas nos mamilos;

• Orientar sobre a ordenha do peito durante a gestação;

• Ensinar a gestante a explorar suas mamas.

7.2 Iniciando a amamentação na sala de parto

A primeira hora após o nascimento é excelente para iniciar a amamentação...

• A equipe de saúde que assiste ao parto deverá criar um ambiente de tranqüilidade e apoio, assim como proporcionar conforto físico e emocional;

• A administração de medicamentos à mãe deve ser criteriosa;

• O recém-nascido deverá ser coberto com campo aquecido e seco e colocado junto de sua mãe.

7.3.Após o parto, em unidade de alojamento conjunto:

O alojamento conjunto é fundamental para o incentivo do aleitamento materno, uma vez que a mãe poderá oferecer o seu leite e satisfazer a criança sempre que ela demonstrar fome. Além disso, o alojamento conjunto coletivo dá à mulher a oportunidade de observar outras mães no cuidado com o filho.

• A mãe deve proceder à higiene das mãos, com água e sabão antes de amamentar;

• Ensinar a mãe a oferecer o peito antes da apojadura, pela importância do colostro e também pelo estímulo à produção láctea;

• A amamentação deve ser iniciada pela mama mais cheia de leite;

• O local para amamentar deverá ser escolhido por ela;

• A melhor posição depende de vários fatores...

8.Cuidados com as mamas e mamilos

• O uso de sutiã é necessário para manter a mama sempre elevada...

• O banho de sol nos mamilos continua recomendado...

• A lubrificação da região mamilo-areolar deve ser feita somente com leite materno;

• Depois de amamentar, a mãe deve proceder à apalpação...

9.Dez passos para o sucesso do aleitamento materno (IHAC)

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno...

2. Treinar toda a equipe de saúde...3. Orientar todas as gestantes...4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento

materno na primeira hora após o nascimento do bebê;

5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação...

6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno;

7. Praticar o alojamento conjunto;8. Encorajar o aleitamento materno sob

livre demanda;9. Não dar bicos artificiais ou chupetas...10.Encaminhar as mães para grupos de

apoio ao aleitamento materno.

10.Dificuldades no aleitamento

10.1.Preensão incorreta do mamilo;

10.2.Fissuras (rachaduras);

10.3.Mamas ingurgitadas.

11.Contra-indicações

São raras as situações, tanto maternas quanto neonatais, que contra indicam a amamentação. Entre as maternas, encontram-se as mulheres com câncer de mama que foram tratadas ou estão em tratamento, mulheres com HIV, mulheres com distúrbios da consciência ou comportamento grave, entre outras.

12.Doenças na Gravidez

12.1 Rubéola

Conforme o ginecologista, as mulheres devem tomar a vacina contra a Rubéola três meses antes de engravidar. Mas se a doença ocorra logo nos primeiros meses de gestação, os riscos são maiores para o feto, pois ele ainda está em fase de formação. Se a mãe contrai a infecção, o bebê pode ter problemas de surdez, microcefalia (diminuição da cabeça) e retardo mental. Depois desse período, os riscos ainda existem, mas são menores.

12.2 Toxoplasmose

A Toxoplasmose é outra doença séria que deve ser evitada durante a gravidez. Quando é transmitida para o feto pode causar lesões cerebrais como hidrocefalia, calcificações intracranianas e retardo mental, além das lesões oftalmológicas. Se a infecção for identificada na mãe, logo o tratamento é feito com medicamentos para que se evite a contaminação na criança.

12.3. Diabetes

Mulheres que não têm histórico de diabetes na família podem vir a desenvolver a doença, temporariamente, durante a gravidez. Na gravidez, pode desenvolver novos hábitos de alimentação, ingerindo muita massa e doces, não fazendo nenhum tipo de ginástica ou exercício físico. É um tipo de diabetes que tende a regredir espontaneamente, mas mesmo assim requer cuidados porque pode afetar o bebê.

12.4 Sífilis

Diagnóstico precoce de sífilis materna no pré-natal: Realizar o teste VDRL, ou RPR, no primeiro trimestre

da gravidez, ou na primeira consulta, e outro no início do terceiro trimestre da gravidez (para detectar falhas terapêuticas e reinfecções). Na ausência de teste confirmatório, considerar para o diagnóstico as gestantes com VDRL (RPR) reagente, desde que não tratadas anteriormente.

Tratamento imediato dos casos diagnosticados em gestantes e seus parceiros (evitando a reinfecção da gestante):

• Usar as mesmas dosagens apresentadas para a sífilis adquirida.

• Orientar para que os pacientes evitem relação sexual até que o seu tratamento (e o do parceiro com a doença) se complete.

• Realizar o controle de cura mensal por meio do VDRL.

• Começara a tratar novamente em caso de interrupção de tratamento ou quadruplicação dos títulos (ex.: de 1/2 para 1/8).

• Gestantes comprovadamente alérgicas à Penicilina devem ser dessensibilizadas (ver capítulo específico). Na impossibilidade, podem ser tratadas com Estearato de Eritromicina 500 mg, VO, de 6/6 horas, durante 15 dias (sífilis recente) e 30 dias (sífilis tardia). Entretanto, essa gestante não será considerada adequadamente tratada.

12.7 Pré-eclâmpsia

A chamada pré-eclâmpsia, aumento da pressão arterial, que geralmente acontece durante a segunda metade da gravidez, também deve ser tratada o quanto antes para evitar algum edema ou hemorragia cerebral, insuficiência renal e cardíaca e ainda desprendimento prematuro da placenta ao feto, que receberá menos nutrientes e oxigênio. A eclâmpsia coloca em risco a oxigenação de órgãos da mãe e da criança e pode levá-los à morte, obrigando muitas vezes ao parto prematuro.

12.5 Eclâmpsia

Se a eclâmpsia for detectada precocemente é indicado tratamento e manutenção com anti-hipertensivo. Depois de contralada a crise, corticóides são recomendados para a maturação pulmonar se o feto tiver entre 28 e 34 semanas de gestação. Após o parto, a pressão arterial tende a voltar ao normal, já o inchaço nas mãos e pés pode permanecer por algum tempo

Essas e outras doenças podem ser evitadas se o acompanhamento médico foi realizado já no planejamento de uma gravidez. Durante a gestação é fundamental que as mulheres tenham pelo menos seis consultas durante o pré-natal, dessa forma o bebê cresce saudável e as futuras mamães tem um parto tranquilo e seguro.

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