a quÍmica da estratosfera: a camada de ozÔnio · camada de ozônio É uma região que constitui...

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Vítor Diniz

Camada de Ozônio É uma região que constitui um “escudo natural da

Terra”, uma vez que filtra os raios ultravioletas (UV).

O aparecimento de um grande “buraco” na camada de ozônio sobre a Antártida, na metade dos anos 80, representou uma crise ambiental de crucial importância.

A quantidade total de ozônio é expressa em unidades Dobson (UD), onde 1 UD = 0,01 mm.

A quantidade de ozônio em diferentes regiões

Zonas de climas temperados = 350 UD Trópicos = 250 UD Subpolares = 450 UD

OBS.: Existem algumas variações

naturais na concentração do ozônio em função da estação do ano

Variações da concentração de ozônio ao longo do ano para a região 35o - 600N

280

320

360

400

J F M A M J J A S O N D

Ozô

nio

tota

l (U

D)

Mês Fonte: R. D. Bojkov, L. Bishop and V.E. Fioletov. 1995. Total ozone trends from quality-controlled ground-

based. Journal of Geophysical Research 100: 25867 - 25876

Gráfico 1

Concentração mínima de ozônio total estratosférico na Antártida, em setembro-outubro nos últimos

anos

60

80

100

120

140

160

180

200

1980

81

82

83

84

85

86

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88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

Ozô

nio

tota

l (U

D)

Ano

Fonte: dados fornecidos por J. Shanklin, British Antarctic Survey, Cambridge, Inglaterra

Gráfico 2

Regiões da atmosfera

Fig. 1

Variação com a altitude de (a) concentração de ozônio (latitudes intermediárias) e (b) temperaturas do ar para diferentes regiões

Fonte: Baird, Colin. Química Ambiental. 2ª Ed. 2002

Fig. 2

O Espectro Eletromagnético

Fig. 3

http://www.achetudoeregiao.com.br/astronomia/Astrogif/espectroeletromag.jpg

Espectro de absorção do O2 In

tens

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e re

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o

Gráfico 3

Fonte: Baird, Colin. Química Ambiental. 2ª Ed. 2002

O Espectro Eletromagnético

Fig. 3

http://www.achetudoeregiao.com.br/astronomia/Astrogif/espectroeletromag.jpg

Espectro de absorção do O3 Gráfico 4

(a) Espectro de absorção do O3 de 200 até 300 nm.

(b) de 295 até 325 nm Fontes: (a) M. J. McEwan and L.

F. Phillips. 1975 Chemistry of atmosfere. (b) J. B. Kerr and C. T. McElroy, Evidence for large up-ward trends of ultraviolet-B radiation. Science

O Espectro Eletromagnético

Fig. 3

http://www.achetudoeregiao.com.br/astronomia/Astrogif/espectroeletromag.jpg

Espectro de absorção do DNA Gráfico 5

O grau de absorção de energia luminosa pelo DNA reflete sua sensibilidade biológica a um dado comprimento de onda. Fonte: adaptada de R. B. Setlow. 1974. Proceedings of the National Academy of Science USA 71:3363-3366

Princípios da Fotoquímica Como Albert Einstein percebeu pela primeira

vez, a luz pode ser considerada não apenas como um fenômeno ondulatório, mas como também tendo propriedades de partícula.

Ela é absorvida ou emitida pela matéria unicamente em “pacotes finitos” chamados hoje de fótons.

A energia E de cada fóton está relacionada com a freqüência υ e o comprimento de onda λ da luz.

Fórmulas E = hυ

h = Constante de planck = 6,6262218 x 10-34 J s

λυ = c C = velocidade da luz = 2,997925 x 108 m s-1

E = hc/λ

O produto hc pode ser avaliado em base molar. Se o comprimento de onda é expresso em nm:

hc= 119.627kJ mol-1 Se:

O2 2O ∆H0 = 495 kJ mol-1

Então: λ = 119.627 kJ mol-1 nm/495 kJ mol-1 = 241 nm

Reações de produção e destruição não-catalítica de ozônio na estratosfera (“ciclo de Chapman”)

O2 UV - C

O O3 O2

UV - B

+ O

Processo catalítico de destruição do ozônio

X + O3 XO + O2

XO + O X + O2

O3 + O 2 O2

Ação do monóxido de cloro na estratosfera em função da latitude no Pólo Sul 16/set 1987

Fig. 5

Fonte: P. S. Zurer. Chemical & Engineering News May 30, 1988

Distribuição de ozônio sobre Antártica no inverno e primavera

Fig. 6

Fonte: B. J. Johnson, T. Deschler , 1992. Geophysical Research Letters

O Protocolo de Montreal O uso de substâncias capazes de causar

a depleção da camada de ozônio foi controlado desde 1987 bem como desde 01 de janeiro de 2010 não é permitida a fabricação de clorofluorcarbonos (CFCs).

O consumo de ODS (Ozone-Depleting Substances) nos últimos 20 anos

Gráfico 03.

Recuperação (lenta) do ozônio nos últimos 20 anos.

Gráfico 04.

O “buraco de ozônio” parou de crescer, mas a recuperação completa ainda está distante.

Quando volta ao normal? A expectativa, segundo a UNEP, é que

somente após 2050 a camada de ozônio alcance seus níveis de antes de 1980.

Já o desaparecimento do buraco na

camada de ozônio nos períodos da primavera é esperado para um período bem maior.

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