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Post on 18-Jan-2020

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A PRÁTICA PEDAGÓGICA PAUTADA NA COOPERAÇÃO

Prática pedagógica é uma ação fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Na prática pedagógica pode estar os interesses e divergências da sociedade. Representa um processo onde os instrumentos possibilitam uma intervenção consciente da realidade, na perspectiva de transformação.

A experiência adquirida até a faixa etária por volta dos 10 anos de idade, são importantes nas relações da vida futura dos alunos, por isso essas experiências devem ser bem organizadas para que sejam marcantes.

A escola, contribui para as mudanças sociais na vida do aluno.

A sociedade está mais competitiva, por conta disso se mostra a necessidade de se modificar esse modo de viver.

Através da educação física podemos propor novas vivências aos alunos

Aplicando atividades de cooperação através dos conteúdos da E.F.

Jogos cooperativos excluindo a metodologia individualista e competitiva.

“É fundamental que o professor seja exemplo para as crianças de compartilhar, ajudar e cooperar, pois para educar exige participação e aprendizagem”.

Para trabalhar a cooperação, sugere-se como base a pedagogia histórico-crítica.

Segundo Gasparin (2009) a pedagogia histórica - crítica é articulada em cinco momentos: Prática social inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, Cartase, e Prática social final do conteúdo.

A prática social inicial, que se caracteriza como uma preparação.

Desafia o aluno a dizer o que gostaria de saber mais sobre o tema.

O professor dialoga com o aluno procurando saber o conhecimento já adquirido pelo mesmo.

Isso se mostra importante, pois o professor sabe que ação serve para fazer o aluno chegar ao nível superior.

A junção da prática inicial com o conhecimento elaborado.

Procura identificar os principais problemas colocados pela prática e pelo conteúdo.

Conversando a partir da visão do aluno.

Desenvolve o processo de transformar o conteúdo formal em atividades mais difíceis.

A problematização prepara o aluno para analisar e aprender o conteúdo em suas múltiplas dimensões.

A instrumentalização a qual se realiza no ato do professor e do aluno, o trabalho do professor se dá através de levar o aluno a refletir sobre os conceitos propostos.

Fazendo com que o processo de ensino aprendizagem seja um instrumento para transformar o aluno em um cidadão mais autônomo.

A fase onde o aluno manifesta para si mesmo o quanto ele aprendeu.

É o novo conhecimento que ele adquiriu através dos estudos.

Expressa a conclusão do processo pedagógico conduzido de forma coletiva para a aprendizagem individual e subjetiva do conhecimento.

A Prática social final, que é a confirmação de que o aluno agora já consegue realizar a tarefa que antes precisava de ajuda, agora realiza sozinho.

Essa fase permite ao aluno ter mais autonomia. Ter uma nova postura em relação ao conteúdo, ter novas atitudes.

A prática social inicial é o conhecimento que os alunos já têm. Os próximos passos são colocar mais problemas aumentar a dificuldade da tarefa. A instrumentalização acontece quando o professor traz o conhecimento, e a catarse é quando o aluno pega o que já sabe, o que o chamou a atenção, o que o professor trouxe de conhecimento e assimila a uma nova elaboração de conhecimento. Este momento é a prática – teórica. No quinto passo o aluno mostra o resultado de todo esse processo que é a nova pratica social do aluno.

No processo de ensino – aprendizagem com caráter cooperativo se adota muitos elementos da pedagogia histórica – crítica como se pode ver:

-No início do ensino cooperativo deve acontecer a vivência, incentivar e valorizar a participação de inclusão de todos, respeitando o limite de cada um.

- O segundo momento é a reflexão a onde se incentiva o aluno a refletir sobre o jogo e as possibilidades de modificação, havendo sempre bastante dialogo, procurando melhorar a participação e aprendizagem de todos.

-O terceiro momento é transformação, onde se tenta aplicar as mudanças discutidas durantes os diálogos do segundo momento. O processo do jogo cooperativo é composto pela ação – reflexão – ação melhorada.

Por isso recomenda-se essa metodologia, baseada na pedagogia histórica – crítica, e nas orientações cooperativas, logo nos anos iniciais do ensino fundamental, colocando os valores humanitários que estão presentes nos ideais cooperativos.

Em relação às estratégias e técnicas de intervenção nas aulas que possibilitem promover a cooperação, as recomendadas são as participativas e ativas, onde o aluno seja motivado a se manifestar verbalmente e motoramente, tentando resolver problemas. Pois tendem a ser duradoras mexendo também com os sentimentos das crianças.

Segundo Piaget (1996) e Almeida (2011), deve se iniciar as atividades cooperativas logo nos primeiros anos, 1, 2 e 3 series, para obter maior sucesso.

Sarabia (2000) colocar outras técnicas como: troca de papeis, diálogos e discussões, exposição em público, e tomada de decisões.

-Troca de papeis: ocorre quando se solicita para que o aluno assuma o papel de outra pessoa, tendo por objetivo ter novas percepções e a avaliação da outra pessoa.

-Diálogos e discussões: Estimula o aluno a se expressar, a favor ou contra a algum objeto ou pessoa.

-Exposição em público: pode ser através de jogos ou alguma apresentação a pessoas próximas do aluno, a onde ele vai estar sujeito a ser julgado e avaliado, isso pode interferir na auto-estima e auto-conceito do aluno. Esse desafio pode gerar mudança no comportamento, e obrigar o aluno a se envolver mais para adquirir maior conhecimento, tendo um melhor resultado do que uma prova.

-Tomada de decisão: Se da através da possibilidade que o professor da para o aluno fazer escolhas em determinadas situações, como por exemplo, dar a liberdade de o aluno juntamente com o professor escolher o objetivo da aula ou da atividade, isso cria no aluno o processo democrático e a autonomia.

Segundo Sarabia (2000), não é o suficiente explicar a atividade, se deve discutir, refletir e avaliar com os alunos os conceitos envolvidos na atividade.

Segundo Soler (2008) ao propor um jogo cooperativo se deve agir como um facilitador e mediador, fazer com que o aluno se coloque no lugar do outro, pois isso facilita o jogo.

Quanto mais os alunos perguntarem e interferirem melhor é, pois isso leva a uma satisfação pessoal. Para essas atitudes se da o nome de cooperação.

*Comunicativo: não só explicar, mas transmitir os valores presente no jogo.

*Amável - amigo: amigo companheiro, solidário.

*Criativo: Saber quando sugerir mudança, ou realizar alguma adaptação.

*Flexível: Quando ocorrer um imprevisto, ter capacidade para mudar.

*Alegre: motivar a alegria durante o jogo.

*Sensível: as necessidades do grupo

*Paciente: saber esperar caso o ritmo não seja como o esperado.

*Sensitivo: Estar atento através de todos os sentidos.

*Qual é o espaço destinado para o jogo. Onde. Como é o local.

*Qual o numero de participantes.

*Qual a idade dos participantes.

*Qual o objetivo. Unir quebrar o gelo.

*Qual a disposição do grupo. Querem jogar. Se conhecem.

*Quais materiais vou usar.

*Sempre demonstrar a atividade *Ajudar sempre que preciso *Elogiar o acerto e nunca destacar o erro. *Ajuda gestual – algumas crianças precisam ver para entender

a tarefa. * O jogo deve ser desafiador e interessante. *Todos devem participar. Para um bom andamento da aula, devemos propor: *Propor regras, em vês de impô-las *Estimular a troca de idéias. *Deixar o grupo responsável por respeitar as regras e criar

soluções criativas. *Deixar julgar qual regras acham melhor. Estimular o desenvolvimento da autonomia. *Propor ações que tenham que ser trabalhas mentalmente

ativas.

Sempre dialogar com os alunos após o jogo, para que os mesmos reflitam sobre suas ações, e possam criar uma relação do jogo com a vida.

O diálogo é importante pois os alunos vem o professor como alguém de confiança ao grupo. È importante indagar os alunos sobre quais habilidades foram trabalhadas e quais os pensamentos em relação à atividade.

Para que a cooperação seja mais presente deve haver um esíimulo por parte da escola e da família. Pois só assim para se ter uma abordagem cooperativa no dia – a – dia.

Deve haver uma conversa sobre a violência presente nos games e na mídia. Fazendo com que desde pequenos possam refletir sobre essas atitudes, e para que possam ver que é possível viver em harmonia respeitando as diferenças do outro.

Se o ambiente da turma não for propicio, o processo de ensino – aprendizagem será falho.

O indicado é que no início do ano letivo, tenha uma

conversa com os alunos, colocando quais regras devem existir. Mostrando a importância dos comportamentos de respeito ao próximo, a inclusão, cooperação.

Segundo Varela (1995) uma característica metodológica fundamental é o amor. Pois sem amor a aceitação do outro ao nosso lado, não há socialização, e por consequência, não haverá humanidade.

Freire e Scaglia (2003) nos mostram que se a criança passa a bola para um colega depois de ter conquistado a mesma, é uma atitude amorosa pois a bola é algo valioso para a criança.

O professor deve ser o exemplo e incentivar essas atitudes e outras maneiras de ajuda. Pois a ajuda é também uma atitude amorosa. Para ensinarmos a amar devemos propor situações onde atitudes amorosas aconteçam.

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