a parábola do credor incompassivo -...
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Não ponhais a candeia debaixo do alqueire
ESE Cap. XXIV - item 4
...Todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se
queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva
deslumbraria, sem as esclarecer.
Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As
gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir
na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina…
A Parábola Então Pedro, aproximando-se de Jesus lhe perguntou:
Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que lhe hei de perdoar? Será até
sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta
vezes sete vezes.
Por isso o Reino dos Céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os
seus servos. E tendo começado a ajustá-las, trouxeram um que lhe devia dez mil
talentos. Não tendo, porém, o servo com que pagar, ordenou o seu senhor que fossem
vendidos - ele, sua mulher, seus filhos e tudo quanto possuía, e que se pagasse a
dívida.
Em valores atuais,um talento de prata valeria 6.606 dolares e um talento de ouro valeria 385.350 dolares.
10000 talentos= 320.300 kg
O servo, pois, prostrando-se, o reverenciava dizendo: Senhor, tem paciência comigo,
que te pagarei tudo! E o senhor teve compaixão daquele servo, deixou-o ir e perdoou-
lhe a dívida.
Tendo saído, porém, aquele servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe devia
cem denários; e , segurando-o, o sufocava, dizendo-lhe: Paga o que me deves! E este,
caindo-lhes aos pés, implorava: tem paciência comigo, que te pagarei! Ele, porém, não
o atendeu; mas foi-se embora e mandou conservá-lo preso, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus companheiros o que se tinha passado, ficaram muitíssimo
tristes, e foram contar ao senhor tudo o que havia acontecido. Então, o senhor
chamando-o, disse-lhe:
Servo malvado, eu te perdoei toda aquela dívida, porque me pediste; não devia
também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive de ti? E irou-se o seu
senhor e o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia.
Assim também meu Pai celestial vos fará, se cada um de vós do íntimo do coração
não perdoar a seu irmão". (Mateus, XVIII, 21-35)
Pausa para reflexão individual
Como estamos lidando com as nossas mágoas? Ainda nos sentimos
ofendidos?
Perdorar é fácil para nós?
Temos alguém a quem devemos pedir desculpas e reparar alguma falta?
Nós perdoamos mais os somos mais perdoados?
Como nos sentimos durante a oração O Pai Nosso? Refletimos sobre o que
falamos?
4. ...A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não
poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio
e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O esquecimento das ofensas é
próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir. Uma é sempre
ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade. Ai
daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com
que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos
ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete
vezes, mas setenta vezes sete vezes.
4. ... Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma, grande, nobre,
verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir
o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma
justificativa possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se julga,
impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que
irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência,
mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso!
Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Não,
não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. Em toda
contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra mais desinteresse,
caridade e verdadeira grandeza d’alma granjeará sempre a simpatia das pessoas
imparciais.
Qual é a nossa maneira de perdoar aos nossos irmãos em jornada?
10. Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem,
antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que
o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo,transportar-
se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que
pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho
que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais,
quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade,
porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. Caridade
orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao
outro.
Perdoar faz bem: 5 Benefícios comprovados pela Ciência
1. Coração: Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, descobriram que,
entre os 200 participantes do estudo, aqueles que deixavam a raiva de lado eram menos propensos a ter
variações na pressão sanguínea.
Foi pedido aos envolvidos que pensassem em alguma ocasião em que foram ofendidos por um amigo. Alguns
deles deviam se lembrar de como ficaram enfurecidos com a situação; a outra parte, que tentassem perdoar o
ocorrido.
O primeiro grupo apresentou elevado aumento de pressão comparado à outra parcela de pessoas, apesar de não
ter havido mudanças na frequência cardíaca.
2. Imunologia - Além dos efeitos para o coração, outra pesquisa da Universidade Duke, nos Estados Unidos,
mostrou, em pacientes com HIV, uma relação entre o perdão e a melhora no sistema imunológico. No estudo, os
pacientes que perdoavam alguém por um ocorrido que os magoou, apresentavam um nível maior de células CD4,
relacionadas ao bom funcionamento do sistema imunológico.
Perdoar faz bem: 5 Benefícios comprovados pela Ciência3. Perdoar para esquecer: Em uma pesquisa feita na Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, cientistas
descobriram que somos mais capazes de deixar para trás as lembranças ruins de uma situação se tivermos
perdoado os envolvidos anteriormente.
No estudo, foi pedido a 40 voluntários que lessem uma série de enredos de traição, calúnia e roubo. Após duas
semanas, os participantes podiam esquecer com mais facilidade as memórias de cenários que eles haviam
perdoado. Já nos contextos em que afirmaram serem incapazes de desculpar o responsável, os voluntários podiam
lembrar os detalhes, mesmo quando tentavam evitá-los.
4. Sono: Na Universidade do Tennesse, nos Estados Unidos, pesquisadores descobriram que abandonar os
sentimentos negativos por meio do perdão pode melhorar a qualidade do sono e até mesmo reduzir a fadiga.
5. Menos estresse: Em 2014, um artigo publicado pela revista Jornal of Health Psychology apontou que o perdão
seria um “desprendimento dos sentimentos negativos e a potencial valorização das emoções positivas em relação
ao ofensor”. Nesse caso, a liberação das sensações negativas em relação aqueles que te causaram algum
mal contribui para proteger seu corpo dos efeitos do estresse a longo prazo.
Culpa, perdão e autoperdão
A excelência do sentimento do perdão saiu das hostes da religião e adentrou nos conceitos terapêuticos da
psicologia e da medicina. Ninguém mais tem dúvidas de que a sanidade mental e o equilíbrio emocional têm raízes
profundas no indivíduo que consegue exercer e receber o perdão.
Desta forma, somos chamados diariamente a praticar o perdão no lar, no trabalho, no convívio social, nas pequenas
coisas do cotidiano para que, quando necessário, possamos utilizá-lo nas grandes mágoas. É como o treinamento
de um atleta de alta performance: muito exercício para atingir as grandes vitórias.
O prefixo PER significa ao todo, total; DOAR, dar. Doar, totalmente, esforço para amar um pouco mais. Se alguém
pisar no seu pé, sem querer, é relativamente fácil perdoar, mas se pisar no pé que está com a unha inflamada, cuja
dor é muito superior, precisará de um esforço maior ainda...
Às vezes o perdão é quase instantâneo, também pode demorar algumas horas, dias, meses, anos, séculos,
algumas reencarnações. Mas se entender que o perdão é inevitável à conquista da paz, da felicidade, peça
fundamental na evolução do ser, e que sem o perdão sempre haverá pendências que mais cedo ou mais tarde
deverão ser sanadas, o indivíduo, racionalmente, empreenderá todos os esforços para atingir este intento.
www.oconsolador.com.br Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013
Culpa, perdão e autoperdão
Perdoar os inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes prova de amizade.
Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim
de que Deus vos perdoe... (Paulo, ESE Cap.10)
Quando estamos perdoando o outro, estamos também exercendo o autoperdão; um é consequência do outro,
porque somos com o outro como somos conosco mesmo.
Allan Kardec indica, no livro O Céu e o Inferno, a psicoterapia do perdão e autoperdão: arrependimento (dar-se
conta que errou), expiação (desconforto e sofrimento moral pelo equívoco) e reparação (o ato final, a corrigenda
do erro). O verdadeiro perdão sempre envolve atividades reparadoras.
Mágoas, culpas e ressentimento servem como alerta, um despertador avisando que alguma coisa na nossa conduta
está equivocada. Quando não trabalhados com a tolerância e o perdão, trazem como consequências transtornos
psiquiátricos ou doenças físicas.
www.oconsolador.com.br Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013
A MÁGOA (Chico Xavier) Há muitos anos, Chico possuía um cachorro deficiente. Esse animal lhe dava um trabalho muito grande. Quando chegava em casa de
madrugada, após o trabalho no centro espírita, tinha que limpar todo o quarto.Comprava, com seu diminuto ordenado, alimentos e uma
coberta que não chegava a durar um mês. Assim foi durante muito tempo.
Certo dia, quando ele chegou, o cachorro estava morrendo.— Parecia que ele estava me esperando… — disse com tristeza — Olhou-me
demoradamente de uma maneira muito terna, fez um gesto com a cauda, e morreu.
Enterramo-lo no fundo do quintal,não sem antes derramar muitas lágrimas.Passaram-se alguns meses e uma de suas irmãs lhe disse:
— Chico, você se lembra daquele cachorro aleijado?— Claro, como poderia esquecê-lo?— Olha, vou contar uma coisa. Ele não morreu
naturalmente não. Dona Fulana tinha pena de ver você chegar todo dia de madrugada e ter tanto trabalho. Então, querendo aliviá-lo, deu
veneno para o cão.
— Ah, meu Deus! Não me diga uma coisa dessas!
— É verdade, Chico.Ele não sentiu raiva, pois em seu coração não havia espaço para isso. Mas uma tristeza invadiu-lhe a alma e uma
sombra começou a envolver-lhe o coração.Passados alguns dias, o espírito Emmanuel lhe disse:
— Chico, essa mágoa que você asila no coração está atrapalhando o trabalho dos Bons Espíritos.Você precisa se livrar dela.
— Não consigo esquecer… — disse-lhe Chico, amargurado.— Mas é preciso.Como fazer?
— Você precisa dar uma grande alegria a ela.
— Eu dar alegria a ela?! O ofendido fui eu!
— A receita não é minha… É de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Fazei bem aos que vos aborrecem.” Leia o Evangelho.
Obediente e resignado, Chico procurou descobrir o que a pessoa gostaria de ter e não tinha, Era uma máquina de costura.
Chico comprou, então, uma máquina de costura, a pagar em longas prestações.
Quando foi visitá-la, a pessoa estava tão feliz, tão feliz, que quando viu o Chico chegando, correu para ele e lhe abraçou com tanto amor,
que uma luz intensa se desprendeu dela e o envolveu da cabeça aos pés. Quando ela soltou o abraço, a sombra havia desaparecido.
Eis aí uma receita para quem ainda carrega mágoas no coração.
E você, já deu sua máquina de costura hoje?
A Indulgência: 16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal,que todo homem
deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os
vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os
descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas
que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda
assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos
lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas
palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh,
homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos
próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos
somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última
instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em conseqüência, desculpa freqüentemente as
faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós,
que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta,
afasta e irrita. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
Assim sendo, se trouxeres a tua oferta ao altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali
mesmo diante do altar a tua oferta, e primeiro vai reconciliar-te com teu irmão, e depois volta e apresenta a tua
oferta. Entra em acordo depressa com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal, para que
não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, o juiz te entregue ao carcereiro, e te joguem na cadeia.
(Mateus 5, 23-25)
Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra...
Pausa para reflexão individual
Como estamos lidando com as nossas mágoas? Ainda nos sentimos ofendidos?
Perdorar é fácil para nós?
Temos alguém a quem devemos pedir desculpas e reparar alguma falta?
Nós perdoamos mais os somos mais perdoados?
Como nos sentimos durante a oração O Pai Nosso? Refletimos sobre o que falamos?
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