a obesidade
Post on 04-Jul-2015
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Dr.ª Cristina Bezerra
De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença
em que o excesso de gordura corporal acumulada
pode atingir graus capazes de afectar a saúde.
É uma doença crónica, atinge homens e mulheres
de todas as etnias e de todas as idades, reduz a
qualidade de vida e tem elevadas taxas de
morbilidade e mortalidade.
São avaliadas pelo IMC que mede a corpulência, que
determina dividindo o peso (quilogramas) pela a altura
(metros), elevado ao quadrado.
IMC= Peso(kg/m2)
Altura 2
É particularmente preocupante devido a uma série de
complicações crónicas que se desenvolvem até à fase adulta, como
a hipertensão, diabetes e colesterol.
A obesidade infantil pode surgir, por factores hormonais ou
genéticos. Contudo a causa mais frequente para o ganho de peso,
encontra-se essencialmente ligada a maus hábitos alimentares e
baixos níveis de actividade física.
Devido às características dinâmicas dos processos de crescimento e
de maturação que ocorrem durante a idade pediátrica, não se pode
diagnosticar as regras iguais às do adulto.
Assim o valor do IMC em idade pediátrica deve ser percentilado e
tem como base tabelas de referência:
Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao
percentil 95 permitem fazer o diagnostico da pré – obesidade;
Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem fazer o
diagnostico da obesidade.
Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem
ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.
O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos
positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade
de energia dispendida.
Zona de residência urbana;
Grau de informação dos pais;
Gravidez e menopausa;
Aparelho cardiovascular;
Complicações metabólicas;
Sistema pulmonar;
Dieta ;
Sedentarismo;
Genética;
Factores psicológicos;
Factores familiares/ sociais.
Dieta alimentar equilibrada;
Actividade física regular;
Modo de vida saudável.
Discriminação educativa, laboral e social;
Isolamento social;
Depressão e perda da auto – estima.
Dificuldade de relacionamento com os seus colegas ou, serem
descriminadas por estes.
O tratamento médico para a obesidade passa pela combinação de dieta de
baixas calorias, modificação comportamental, e aumento da actividade
física. Quando com a modificação do estilo de vida não se consegue
atingir os objectivos é necessário o uso de fármacos anti-obesidade.
A terapia com medicamentos é parte de um plano de acções para o
controle de peso que inclui modificação comportamental e os
componentes de nutrição e exercícios.
As metas deste tipo de terapia são a redução nos factores de risco para
doenças associadas, como pressão arterial e diabetes, bem como o peso
corpóreo. Desta forma, o uso de medicamentos é indicado quando:
Uma perda modesta de peso (5 a 10%) traz benefícios para o tratamento
dos factores de risco.
As drogas anti-obesidade podem ser classificadas em três
categorias, conforme o seu mecanismo de acção:
o Acção Central - Redução na ingestão de energia (inclui drogas
anoréxicas);
o Aumento no dispêndio de energia (inclui agentes termogénicos);
o Redução na absorção de nutrientes (novo medicamento
Orlistat).
Drogas que reduzem a ingestão de energia (anorécticas)
Podem ser classificadas por seu efeito nos
neurotransmissores, responsáveis pelo comportamento alimentar. Os
seus efeitos geram saciedade e diminuição do apetite.
Substâncias que Aumentam o Consumo de Energia
São conhecidas como drogas termogénicas (produtoras de calor) porque
elas aumentam o metabolismo e queimam calorias armazenadas como
gordura. Usadas geralmente em manipulação, esta classe de substâncias
inclui os hormônios tireóideos
(triiodotironina, tiroxina), cafeína, efedrina e agonistas do receptor
beta-3.
Medicamentos que Reduzem a Absorção de Nutrientes
Existe recentemente uma nova substância que reduz a absorção de
gordura no trato gastrointestinal, por meio da inibição das lipases
(enzimas que desintegram a gordura). A molécula não é absorvida e
não causa reacções adversas sistémicas. Portanto, o seu perfil de
segurança é diferente dos demais medicamentos anoréxicos e
termogénicos.
Aos centros de saúde no seu médico de família. Compete ao médico
avaliar o tipo de obesidade e referenciá-lo se necessário, para as consultas
hospitalares de obesidade.
Tratamento:
Alimentação saudável – as crianças necessitam de nutrientes e calorias
extra, para o seu correcto crescimento e desenvolvimento ;
Actividade física - A prática de uma actividade física ajuda-as, não só a
gastar mais energia, como também a fortalecer os ossos e músculos, assim
como a capacidade de concentração.
Escola e Família - Devem promover uma educação alimentar no
contexto familiar, escola e comunidade, facultar alimentos e
preparações
alimentares mais adequadas e que respeitem a tradição alimentar.
Ambiente local - Desenvolver estratégias de informação e
motivação
das pessoas, sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis ,
promover politicas que melhorem a alimentação e promovam a
actividade física na população de forma sustentável.
Serviços de saúde - Tornar os profissionais de saúde, em
particular
dos cuidados primários mais capazes de identificar e de lidar
com
problemas de saúde ligados com a alimentação.
Local de trabalho - Desenvolver nestes locais, projectos
adequados de
promoção da saúde e da alimentação saudável e actividade
física.
Dada a sua prevalência crescente e as consequências para o futuro, a
obesidade da criança e do adolescente necessita de uma intervenção
urgente.
A prevenção da obesidade infantil é essencial!
É fundamental a promoção de uma nutrição equilibrada, a redução do
sedentarismo e a prática regular de exercício físico.
“Alimentação saudável e exercício físico é a tua identificação por isso respeita sempre a prevenção.”
Sameiro Lima
Trabalho elaborado por:
Andreia Monteiro
Marta Pereira
Manuela Pinto
Paula Pinto
Sónia Pinto
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