a nova norma sobre trabalho em altura e o impacto no dia-a-dia do sesmt

Post on 24-May-2015

3.812 Views

Category:

Education

2 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

Palestra ministrada durante o evento "Segurança e Saúde para Execução de Trabalho em Altura". A Nova Norma sobre Trabalho em Altura e o Impacto no dia-a-dia do SESMT. Palestrante: Julio Jordão Conheça o Senac Jabaquara: http://www.sp.senac.br/jabaquara

TRANSCRIPT

NOVA NORMA REGULAMENTADORA PARA TRABALHO EM ALTURA

PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO.

27/03/2012

JULIO JORDÃO

ORIGEM E CRONOLOGIA DOS FATOS

FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE TRABALHO EM ALTURA – SÃO

PAULO – SETEMBRO DE 2010.

SENSIBILIZADOS COM OS DADOS APRESENTADOS NO FÓRUM, UM

GRUPO DE ENGENHEIROS REIVINDICOU AO TEM A CRIAÇÃO DE UMA

NORMA PARA ESTE TEMA.

EM NOV. 2010, DURANTE A REUNIÃO ORDINÁRIA DA CTPP – COMISSÃO

DE TRABALHO PARITARIA PERMANENTE – DO MTE, FOI APROVADA A

SOLICITAÇÃO FEITA PELA FNE – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS

ENGENHEIROS.

FORMAÇÃO DO GTT – GRUPO DE TRABALHO TRIPARTITE PELA SIT.

ORIGEM E CRONOLOGIA DOS FATOS

ELABORAÇÃO DE UM TEXTO BÁSICO

EXPOSIÇÃO DO TEXTO PARA CONSULTA PÚBLICA – JUNHO A

AGOSTO DE 2011.

FORAM ENVIADAS PELA SOCIEDADE, ± 720 SUGESTÕES DE

ALTERAÇÕES, INCLUSÕES, EXCLUSÕES.

APÓS UM PRÉ-FILTRO, RESTARAM 350 SUGESTÕES PARA DISCUÇÃO

NA REUNIÃO DO GTT.

PRIMEIRA REUNIÃO DO GTT OCORREU DE 19 A 22/09/2011, NO RIO

DE JANEIRO

SEGUNDA REUNIÃO OCORREU DE 17 A 19/10/2011, EM BASÍLIA.

TERCEIRA REUNIÃO OCORREU EM 17/11/2011, EM SÃO PAULO.

A NORMA FOI APRESENTADA À CTPP NOS DIAS 28 E 29/11/2011,

EM BRASILIA.

QUARTA REUNIÃO DO GTT OCORREU EM 14/12/2011, EM SÃO PAULO.

NESTA REUNIÃO FORAM DEFINIDOS OS PRAZOS DE VIGENCIA.

DA NORMA, QUE SERÁ DE 6 MESES APÓS SUA PUBLICAÇÃO,

(27/09/2012), EXCETO PARA O ITEM 3 E O SUB-ITEM 6.4, QUE

TERÃO VIGENCIA 12 MESES APÓS A PUBLICAÇÃO. (27/03/2013)

REUNIÃO DO GTT DIAS 6 E 7/03/2012, EM SÃO PAULO – ELABORAÇÃO DO MANUAL.

REUNIÃO DO CTPP DE 12 E 16/03/2012 – APROVAÇÃO DA NORMA

27/03/2012 – PUBLICAÇÃO DA NORMA.

ÚLTIMA REUNIÃO DO GTT – DE 14 A 16/05/2012 – CONCLUSÃO DO MANUAL.

ORIGEM E CRONOLOGIA DOS FATOS

MOTIVAÇÃO

AS NORMAS EXISTENTES QUE TRATAM DA QUESTÃO DO RISCO

RELACIONADO AO TRABALHO EM ALTURA SÃO ESPECFICAS.

A FALTA DE REGULAMETAÇÃO INDUZ AO O IMPROVISO.

O IMPROVISO GERA ACIDENTES

49% DOS ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL SÃO QUEDAS;

40% DOS ÓBITOS POR ACIDENTE DO TRABALHO TEM A QUEDA

COMO CAUSA.

CENÁRIOS FÉRTEIS PARA ACIDENTES

IMPROVISOS GERAM ACIDENTES

IMPROVISOS GERAM ACIDENTES

IMPROVISOS GERAM ACIDENTES

Será que as quedas ocorrem por acaso?

Cenários como este surgiram, principalmente com a expansão da industria química, cujo auge foi na década de 70.

1973 – primeira ligação feita por um celular.

1990 – celular chega ao Brasil. (667 unidades)

1991 – 6700 unidades

1992 – 30.000 unidades

-----

-----

-----

2012 – 250.000.000 de aparelhos ativos.

São 71 parques instalados no Brasil e o índice de crescimento é grande. 10 a 15 projetos novos aprovados pelo BNDS anualmente.

ONDE AS FALHAS OCORREM?

37 % das falhas ocorrem na execução das tarefas.

35 % das falhas ocorrem na concepção dos projetos.

28 % das falhas ocorrem no planejamento das atividades.

QUAL A PRETENSÃO DA NORMA?

SER GENÉRICA

SER ABRANGENTE

TER PERFIL DE GESTÃO

SER EXEQÜÍVEL

ATUAR NO PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E

EXECUÇÃO

PRODUZIR O EFEITO ESPERADO. ( QUEDAS)

NR 35 - TRABALHO EM ALTURA

1. Objetivo e Campo de Aplicação

2. Responsabilidades

3. Capacitação e Treinamento

4. Planejamento, Organização e Execução

5. Equipamentos de Proteção Individual,

Acessórios e Sistemas de Ancoragem

6. Emergência e Salvamento

Objetivo e Campo de Aplicação

Estabelece medidas para

reduzir o numero de quedas.

Envolve o Planejamento e a

organização do trabalho, além

da execução.

Estabelece como trabalho em

altura, qualquer atividade

acima de 2 metros do chão.

2011

2012

2 metros

Responsabilidades - Empregador

a. Implementação das medidas de segurança;

b. Analise de risco e PT;

c. Procedimento operacional;

d. Avaliação prévia;

e. Acompanhar o cumprimento da norma;

f. Garantir informações corretas sobre os riscos;

g. Garantir que os trabalhos só comecem após a adoção das medidas;

h. Suspensão do trabalho mediante risco não previsto;

i. Sistema de autorização dos trabalhadores;

j. Supervisão;

k. Organização e arquivamento dos documentos;

Análise de risco

Fluxo básicos da analise de risco.

• Estabelecer o escopo;

• Fragmentar as tarefas;

• Identificar os riscos;

• Mensurar os riscos;

• Identificar as causas;

• Bloquear as causas;

• Medir a eficácia do bloqueio;

• Analisar o risco residual;

• Proteger o trabalhador.

Procedimento operacional

Devem conter, no mínimo:

As diretrizes e requisitos da tarefa,

As orientações administrativas,

O detalhamento da tarefa,

As medidas de controle dos riscos característicos à rotina,

As condições impeditivas,

Os sistemas de proteção coletiva e individual necessários,

As competências e responsabilidades.

Avaliação prévia

• Equalizar o entendimento de todos, dirimindo

eventuais dúvidas, proporcionando o emprego

de práticas seguras de trabalho;

• Identificar e alertar acerca de possíveis riscos,

não previstos na Análise de Risco e nos

procedimentos;

• Discutir a divisão de tarefas e

responsabilidades;

• Identificar a necessidade de revisão dos

procedimentos.

Acompanhar o cumprimento da norma

Todos os meus processos estão documentados?

Os documentos estão querentes com o escopo das minhas atividades?

Os requisitos da norma estão todos atendidos pelos documentos existentes?

Os documentos estão disponíveis à todos os usuários?

Os usuários compreendem e aplicam corretamente os documentos em suas atividades diárias?

Garantir informações corretas sobre os riscos

Garantir que os trabalhos só comece após a adoção das medidas

Suspensão do trabalho mediante risco não previsto

Sistema de autorização dos trabalhadores

A autorização deve estar consignada na ficha de registro do trabalhado, inclusive, com a definição da abrangência da autorização.

A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

Abrangência da autorização

Supervisão

Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

Organização e arquivamento dos documentos

Além dos documentos previstos em outras

Normas, a NR35 prevê a organização e

arquivamento de documentos que deverão

ser arquivados e disponíveis a qualquer

tempo para a Inspeção do Trabalho.

Responsabilidades - Trabalhador

a. Cumprir os procedimentos legais e regulamentares;

b. colaborar com o empregador na implantação da norma;

c. Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que...

Capacitação e Treinamento

a. Mínimo oito horas;

b. Deve ser focado;

c. Deve ser teórico e prático;

d. Deve incluir questões de saúde e segurança dos trabalhadores;

e. Uso de equipamentos e ferramentas manuais, manuseio de

materiais, etc.;

f. Deve contemplar todas as normas sobre TA aplicáveis a atividade; procedimentos operacionais, AR, EPC, EPI, acidentes típicos, condutas em emergência.

g. Deve abordar os riscos adicionais, potenciais e outros direta ou

indiretamente ligados ao trabalho.

h. Deve ser refeito a cada 2 anos.

i. A capacitação deverá estar consignada no registro do trabalhador.

Capacitação e Treinamento

O instrutor:

Deve possuir comprovada proficiência no assunto;

Se não possuir formação e SST, deve ministrar o treinamento sob a responsabilidade de um profissional qualificado em segurança no trabalho.

Planejamento, Organização e Execução

Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.

Deve ser submetido a exames médicos voltados a patologias que possam originar mal súbito e queda de altura.

os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

Planejamento - hierarquia das medidas

Proteja o trabalhado interrompendo o percurso da queda.

Sempre que possível realizar o trabalho no solo.

Quando não possível, evite quedas com a adoção de proteção coletiva

Utilize redes para a captura de quedas.

Planejamento, Organização e Execução

Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão.

Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco poderá estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.

Permissão de Trabalho deve ser emitida e aprovada pelo responsável pela autorização, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

Planejamento, Organização e Execução

A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco

c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;

A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

EPI, Acessórios e Sistemas de Ancoragem

Eficiência;

Conforto;

Carga aplicada;

Fator de segurança.

EPI, Acessórios e Sistemas de Ancoragem

X

EPI, Acessórios e Sistemas de Ancoragem

EPI, Acessórios e Sistemas de Ancoragem

Devem ser inspecionados na compra e periodicamente e antes do inicio do trabalho;

EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.

Sistema de ancoragem

O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela análise de risco

Sistema de ancoragem

O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.

¼ C

Sistema de ancoragem

Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do

nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura

de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances

do trabalhador colidir com estrutura inferior.

Fator de Queda

Fator de Queda

É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) na impossibilidade de se utilizar o talabarte fixado acima do nível da cintura do trabalhador, ou seja, quando o fator de queda for maior que 1;

b) quando o comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

Fator de Queda

Fluxo para capacitação.

Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.

Júlio Jordão Técnico de Segurança do Trabalho

Tel.: + 55 – 11 – 3699-6561 + 55 – 11 – 3719-4674

Cel: + 55 – 11 – 6367-0377E-mail: julio@sintesp.org.br

juliojordao@superig.com.br sintesposasco@sintesp.com.br julio.jordao@roche.com

top related