a cultura musical na Época moderna: a música barroca
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Universidade do Minho
Instituto de Ciências Sociais
Licenciatura em História
Opção I – Cultura Moderna
Ano Letivo 2015/2016
Cultura Musical na Época Moderna: a música
Barroca
Andreia Azevedo a75511
Imagem 1: Família junto de um cravo por Cornelis Troost (1696-1750), 1739.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
2
Índice
Introdução ........................................................................................... 3
Contexto .............................................................................................. 4
Nascimento do Barroco ................................................................... 4
Características gerais e inovações musicais ........................................ 5
Géneros/estilos musicais ..................................................................... 6
Vocal ............................................................................................... 6
Instrumental..................................................................................... 6
Compositores (expoentes máximos) ................................................... 7
Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) ............................................... 7
Jean-Philippe Rameau (1683-1764) ................................................ 8
Georg Friedrich Händel (1685-1759) ............................................. 9
Johann Sebastian Bach (1685-1750) ............................................. 10
Instrumentos musicais – O cravo e o órgão ...................................... 11
Órgão ............................................................................................. 12
Cravo ............................................................................................. 13
Conclusão .......................................................................................... 14
Obras/Livros:................................................................................. 15
Sites gerais/repositórios digitais: ................................................... 15
Imagens: ........................................................................................ 15
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
3
Introdução
No âmbito da unidade curricular de Cultura Moderna, desenvolvi este
presente trabalho segundo o tema: Cultura Musical na Época Moderna: a
música Barroca.
O objetivo do mesmo é dar a conhecer e apresentar a corrente musical
do Barroco, quais os seus marcos históricos, as suas características, estilos,
inovações, entre muitos outros objetos de estudo.
O trabalho está, portanto organizado em cinco partes. Na primeira
parte, temos a contextualização histórica do período Barroco e da sua
música, fazendo especial referência ao seu nascimento com a ópera de
Monteverdi (1567-1643). A segunda parte é composta pelas características e
as inovações deste mesmo estilo. Já na terceira parte encontra-se a
enumeração dos estilos musicais que compõe o Barroco, contudo não se
encontram referenciados todos os estilos, uma vez que existe um variado
leque de géneros, o que tornaria o trabalho demasiado extenso, face ao que
é solicitado. Na quarta, estão definidos os expoentes máximos desta corrente
musical. Finalmente, na quinta parte, o trabalho termina com os instrumentos
musicais desenvolvidos na época – órgão e cravo.
A metodologia utilizada foi a pesquisa via internet e literária, tendo
assim por base as seguintes obras: História da Música de Émile Vuillermoz;
Cultura - Tudo o que é preciso saber, vol. 4 de Dietrich Schwanitz; Uma
Breve História da Música de Roy Bennett e Música Clássica - Os Grandes
Compositores e as Suas Obras-Primas de John Stanley.
Este trabalho destina-se sobre tudo aos alunos frequentadores da
unidade curricular de Cultura Moderna, sendo portanto os alunos do 2º ano
da Licenciatura em História e os alunos do 1º ano de Mestrado em Historia
e Ensino.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
4
Contexto
A palavra “barroca” é provavelmente de origem
portuguesa, significando pérola ou joia de formato irregular. De
início, era usada para designar o estilo da arquitetura e da arte do
século XVII, caracterizado pelo emprego excessivo de
ornamentos. (BENNETT, 35)
O Barroco trata-se de um período que compreende o último terço do
século XVI até meados do século XVIII.
Já na música, o Barroco decorreu entre o surgimento da ópera por
Claudio Monteverdi (1567-1643) no século XVII, e a morte de J. S. Bach
(1685-1750) no século XVIII. Contudo existe uma subdivisão no período da
música Barroca. Temos então o Barroco Inicial que se estendeu desde c.
1580 até c. 1630, define-se pelo estabelecimento da ópera e do oratório e
pelo estabelecimento e difusão do Baixo Continuo; o Barroco Intermédio,
que decorreu entre c. 1630 a c. 1680, verifica-se o desenvolvimento da
música puramente instrumental; e o Barroco Final que vai de c. 1680 a c.
1750, destacando o estilo Concerto.
Este foi um período onde a música instrumental atingiu pela primeira
vez a mesma importância que a música vocal. E foi precisamente no Barroco
que surgiu a ópera e o ballet.
Nascimento do Barroco
No final do Renascimento surgiu algo novo,
a ópera. Pretendia-se com ela recuperar a tragédia
antiga. Esta nasceu em Florença, colocando
música a acompanhar a tragédia. O Orfeu de
Monteverdi (1567-1643) é considerada a primeira
grande ópera. É de facto com o surgimento da
ópera que se inicia o Barroco musical. Imagem 2: Retrato de Claudio
Monteverdi por Bernardo
Strozzi, 1640.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
5
Sabe-se então, que as óperas italianas compuseram o modelo para as
restantes, dominando, posto isto, os palcos até ao período Clássico.
Características gerais e inovações musicais
Uma das bases da música Barroca é a doutrina das emoções. E por
isso, é por norma uma música exuberante, de ritmos energéticos, melodias
muito ornamentadas, de expressões mais dramáticas (tal como dita o
Barroco); com contrastes de timbres instrumentais e sonoridades fortes com
suaves; desenvolvimento profuso da tonalidade da música (escala maior e
menor) e desenvolvimento do uso da polifonia e contraponto. De facto as
principais características são o uso do Baixo Continuo e da harmonia tonal,
em oposição aos modos gregorianos, outrora predominantes.
No que diz respeito às inovações, nesta época assistiu-se à
transformação dos músicos em artistas da corte, face às necessidades da
cultura cortesã, um desses artistas foi Antonio Vivaldi (1678-1741); já na
orquestra sinfónica verificou-se uma predominância de instrumentos de
corda; a partir do surgimento das óperas desenvolveram-se as danças, suites
e sinfonias; foi também neste período que se estabeleceram as leis da
harmonia, estas passaram a constituir a gramática da música, tornando
percetível o entendimento entre artista e público; outra inovação foi a ária,
esta é uma curta peça cantada inserida numa cantata, ou o instrumental na
suite; e por fim, a música instrumental emancipou-se e tornou-se
independente da música vocal. Estas novas formas da música instrumental
evoluíram a partir da música concebida para a ópera e para a dança. “A ideia
de uma música instrumental independente, composta unicamente para ser
ouvida, era completamente novo.” (Schawanitz, 19).
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
6
Géneros/estilos musicais
Vocal
Ópera: em latim opus, que significa obra. É um género artístico teatral
que consiste num drama encenado, acompanhada de música. Que combina a
música instrumental e o canto. Possui assim uma orquestra sinfónica.
Oratório(a): constituí um género de composição musical cantada e de
conteúdo narrativo, criado pelos ‘oratorianos’ de Filipe Nérie. De certo modo
semelhante à ópera, no que diz respeito à estrutura (árias, coros, entre
outros), contudo destina-se à encenação. A sua principal temática é a
religiosa, embora existam alguns oratórios profanos.
Cantata: corresponde ao estilo de teatro cantado, predileto dos
italianos. É composto para uma ou mais vozes, com acompanhamento
instrumental, por vezes faz-se acompanhar por um coro. E tem uma
inspiração religiosa ou profana.
Instrumental
Suite: faz referência à obra musical composta por vários movimentos
breves, cuja origem são distintos tipos de dança Barroca. É considerada uma
das primeiras manifestações orquestrais do tipo moderno.
Fuga: é um estilo de composição contrapontista, polifónica e
imitativa, de um tema principal. Teve a sua origem precisamente no Barroco.
Sonata: uma peça composta geralmente para instrumentos de corda
ou sopro. Uma música feita para ‘soar’, ou seja, é a pura música instrumental.
Tocata: forma musical livre, de carácter variável, que pode ser
interpretada por instrumentos de teclado ou de corda. Nasceu em Itália nos
finais do século XVI. Facilmente confundido com o Prelúdio.
Prelúdio: peças musicais breves, sem nenhuma organização interna
concreta, e serve de introdução a movimentos seguintes mais importantes,
como fugas e sonatas.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
7
Compositores (expoentes máximos)
Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Compositor e violinista italiano do
período Barroco que nascera a 4 de março de
1678 em Veneza. Teve como seu mentor
Giovanni Battista Vivaldi, seu pai (violinista
na orquestra da Basílica de S. Marcos e
fundador de uma organização profissional de
músicos).
Formou-se clérigo, no entanto não o foi
por muito tempo1. Estabeleceu-se rapidamente
como músico na Corte.
Adquiriu grande fama europeia no
campo da música instrumental, a partir da criação das Opus de sonatas para
violino. Também consegui grandes êxitos como compositor de ópera.
“Durante a sua vida, Vivaldi chegou a gozar de uma glória ruidosa.”
(Vuillermoz, 115)
Terá composto cerca de 500 concertos, 70 sonatas, 45 óperas, 44
motetos e uma variedade de música sacra, desde oratórios a missas. Os mais
importantes e mais conhecidos dos seus concertos são Le quattro stagioni
(As quatro estações).
Considerado como uma das figuras mais relevantes da História da
música. Precursor da música romântica e impulsionador da Escola
Veneziana. Foi sobretudo, um prodígio e um virtuoso do violino.
1 Dietrich Schwanitz, Cultura – Tudo o que é preciso saber (Lisboa: Publicações
Dom Quixote, 1999), 18.
Imagem 3: Gravura de
Antonio Vivaldi por François
Morellon de La Cave, 1725.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
8
Jean-Philippe Rameau (1683-1764)
O compositor, cravista e músico teórico
francês, nasceu a 25 de setembro de 1683 em
Dijon. Tornou-se discípulo e sucessor de Jean-
Baptiste Lullly.
Aos 18 anos, o seu pai enviou-o para Itália
de modo a completar os seus estudos musicais
começados em Dijon2. Estabeleceu-se em Paris
em 1722. Até esta data apenas compôs poucas e
curtas peças para teclado e obras sacras. O que
realmente lhe concedeu fama foi a
publicação, em 1722 do seu tratado sobre a
harmonia, Traité de l’harmonie réduite à ses príncipes naturales. Entre 1724
e 1730 publicou duas coleções de obras para cravo, Pièces de Clavecin.
A sua primeira obra, Hippolyte et Aricie estreou na Academia Real de
Música a 1 de outubro de 1733, aclamada logo de seguida, como a mais
notável ópera depois da morte de Lully.
A sua obra é constituída por 24 trabalhos de teoria musical como
Méthode d’accompagnement e a Démonstration du principe de l’harmonie
(estes trabalhos, acabaram por fixar as bases essências da linguagem
musical), no que diz respeito à produção musical, esta encontra-se dividida
em quatro géneros: cantatas, motetos (para grandes coros), obras para cravo
solista e música lírica.
Foi sem dúvida um compositor bastante influente e importante para o
Barroco francês.
2 Émile Vuillermoz, História da Música (Porto: Livraria Bertrand), 124.
Imagem 4: Retrato de Rameau por
Joseph Aved (1702-1766), c. 1728.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
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Georg Friedrich Händel (1685-1759)
Foi um célebre compositor, natural de
Halle na Alemanha, nascido a 23 de
fevereiro de 1685. Naturalizou-se britânico
em 1726/27. Mostrou desde tenra idade um
fervoroso talento para a música.
Aos 17 anos desempenhou o cargo de
organista na igreja da sua cidade natal. Em
Hamburgo foi violinista e maestro da
orquestra da ópera local. Em 1704
compôs a sua primeira ópera, Almira.
Foi em Itália que conheceu a fama. Aí criou parte da sua obra,
composta por óperas, oratórios e pequenas cantatas profanas. Terminou a sua
estadia em Itália com a criação da sua quinta ópera, Agrippina (1709), que
se tornou num êxito.
Terá sido nomeado maestro da capela do príncipe eleitor de Hanôver,
e converteu-se na estrela da ópera de Londres3.
“O seu sucesso retumbante desencadeia uma guerra de óperas: (…)
Esta guerra preparou bem o ambiente para a estreia da Ópera dos Mendigos
de John Gay.” (Schawanitz, 19-20)
Após a ruína da ópera, Händel dedicou-se à composição de oratórios.
E assim no oratório, Messias (a sua obra-prima), adaptou episódios bíblicos
para coro e orquestra, comparando o povo de Israel e a sua luta de libertação
face aos egípcios e babilónios, com a Inglaterra4.
3 Dietrich Schwanitz, Cultura – Tudo o que é preciso saber (Lisboa: Publicações
Dom Quixote, 1999), 19. 4 Dietrich Schwanitz, Cultura – Tudo o que é preciso saber (Lisboa: Publicações
Dom Quixote, 1999), 20.
Imagem 5: Retrato de Handel por
Thomas Hudson (1701-1799), 1749.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
10
Händel é o grande representante da ópera. Com as suas óperas, e a par
de Scarlatti, conquistou Itália.
É assim considerado um dos grandes mestres do Barroco musical.
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Foi um compositor, cantor, cravista,
maestro, professor, violinista e violista,
nascido em Eisenach a 21 de março de 1685.
Oriundo de uma família de grandes talentos
musicais. Primeiramente, ganhou renome
como organista, tendo o seu primeiro emprego
em Arnstadt/Mülhausen, antes de ser
organista da corte de Weimer. Atingiu o auge
da sua carreira com a sua actividade como
maestro da capela da corte de Köthen,
onde nasceram muitas das suas obras profanas, como os famosos Concertos
de Brandeburgo.
Em 1723, tornou-se organista e diretor do coro da Igreja de São
Tomás, em Leipzig. Em 1747, visitou a corte de Frederico, o Grande.
Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos na época.
Famoso pela sua grande habilidade com o órgão e cravo, considerado o
maior virtuoso da sua geração.
Foi um grande admirador da música francesa, absorvendo as suas
influências e transferindo-as para as suas composições.
Assim sendo, a música de Bach ‘respira’ algo de artesanal, um bom
exemplo de tal é a fuga. Uma forma/género musical desenvolvido por Bach,
que chegou à mestreia na obra A Arte da Fuga5.
5 Dietrich Schwanitz, Cultura – Tudo o que é preciso saber (Lisboa: Publicações
Dom Quixote, 1999), 21.
Imagem 6: Retrato de Bach por Elias
Gottlob Haussmann (1695-1774), 1746.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
11
Na fuga (do latim fugere = fugir), um instrumento apresenta
o tema – assim se designa uma melodia característica que serve
de ponto de partida a uma peça; acabada a apresentação, faz-se
ouvir uma segundo instrumento que desenvolve o tema, mas
numa outra tonalidade, enquanto o primeiro instrumento continua
a desenvolver o tema num acompanhamento contrapontista que
se converte num novo tema. Deste modo, cada novo instrumento
entra com o tema, acompanhado por outro instrumento que toca
o contratema (…) O método prolonga-se até todos os
instrumentos terem entrado, conseguindo que se produza a ideia
de que todos os instrumentos se encaixam uns nos outros como
peça de um relógio. (Schawanitz, 21)
Com as duas partes do Cravo Bem Temperado, Bach fez surgir algo
novo, uma série de prelúdios e fugas escritas em todas as tonalidades.
Após a sua morte, acabou por cair no esquecimento, ressuscitando
apenas no século XIX, alcançando a fama mundial.
Principais obras: Concertos de Brandburgo (1721); Cravo Bem
Temperado; Tocata e Fuga em Ré Menor (1703-07); Paixão segundo São
Mateus (que se tornou no símbolo da Páscoa) e Oratório de Natal (associado
ao Natal). Para violino compôs três Sonatas, seis Suites e seis Partitas6.
Instrumentos musicais – O cravo e o órgão
O instrumental não sofreu grandes transformações, permanecendo em
termos gerais o mesmo do Renascimento. No entanto os seus usos, esses sim
foram modificados, como por exemplo o abandono e substituição do alaúde
como condutor do Baixo Continuo, pelo cravo ou órgão.
De facto este período assistiu ao auge do desenvolvimento do órgão e
do cravo. O cravo deixa de ser apenas um acompanhante passando a ser um
instrumento solista. Esta época foi também testemunha da afirmação da
6 Émile Vuillermoz, História da Música (Porto: Livraria Bertrand), 142.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
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família do violino, substituindo assim as violas. Deste modo, a orquestra
tomou mais forma, tornou-se mais estruturada.
Órgão
Pertence à família dos aerofones de
teclas, composto por vários manuais e uma
pedaleira. O som é produzido através da
passagem de ar comprimido por tubos
sonoros de diversos formatos, comprimentos
e materiais.
Os seus executantes denominam-se
organistas, e os seus construtores por
organeiros.
Encontram-se sobretudos nas igrejas,
de culto cristão católico e protestante.
Muito usado na Liturgia Cristã (canto da Assembleia, canto coral e
canto solístico).
Grandes compositores: Bach, Händel, e o
virtuoso François Couperin (1668-1733). Este
último, denominado como Couperin, o Grande, teve
como grande contribuição a sua peça descritiva
apresentada numa série de Suites elegantes, sob o
título de Ordres.
Principais composições: a Tocata e Fuga
em Ré Menor, as séries de Prelúdios e Fugas e de
Corais variados, as 20 variações da Grande
Passacaglia em Dó Menor, as tocatas e as sonatas e de Bach7.
7 Émile Vuillermoz, História da Música (Porto: Livraria Bertrand), 142.
Imagem 3: Órgão Barroco,
Catedral de Salamanca.
Imagem 9: Retrato de
François Couperin por Jean-
Jacques Flipart (1719-1782) a
partir de um retrato de André
Boüys, 1735
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
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Cravo
O cravo é um instrumento de
teclado cujo som é produzido através
de uma ‘unha’ chamada plectro.
Possui bastantes semelhanças
com o piano, contudo é menor e pode
ter desde um a três manuais, ou seja,
teclados.
A sua descendência será
provavelmente o saltério, que por
sua vez é parecido com uma harpa.
Em português designa-se por cravo, em inglês é harpsichord, clavecin
em francês, clavicembalo ou apenas cembalo em italiano, de igual forma se
pronuncia em alemão. O músico que toca este instrumento é designado por
cravista.
Foi bastante utilizado desde o início do século XVI. Primeiramente
fabricado em exclusividade por artesãos italianos e depois também por
franceses, flamengos, entre outros.
Grandes compositores: Domenico Scarlatti (1685-1757),
Händel, Bach, Couperin, Rameau e Girolamo Frescobaldi (1583-
1643).
Principais composições: o Cravo Bem Temperado, as Invenções, a
Fantasia Cromática, as Variações de Goldberg e as Suites francesas e
italianas de Bach, Pièces de Clavecin de Rameau, entre outras.
Imagem 7: Cravo, cerca de 1680.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
14
Conclusão
Neste trabalho foi então abordado o tema Cultura Musical na Época
Moderna: a música Barroca.
Os objetivos aos quais me propus foram de facto cumpridos, na
medida em que consegui tratar de todos os assuntos previstos na introdução
deste trabalho.
O mesmo foi muito essencial para aprofundar os meus conhecimentos
sobre o presente assunto, uma vez que não foi abordado em sala de aula,
assim como foi essencial para o desenvolvimento dos meus saberes em
temáticas das quais era, de facto, escasso essa saber.
Posso então concluir que este período, o Barroco, no campo da cultura
musical foi sem dúvida repleto inovações e exuberância, uma tal exuberância
quase inédita, cheia de magnificência, como aliás foi todo a época Barroca.
Trouxe inovações para os instrumentos musicais e para a própria cultura,
introduzindo na sociedade novas atividades culturais.
E assim foi a música Barroca, tão cheia e exuberante contudo
harmoniosa.
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
15
Bibliografia
Obras/Livros:
BENNETT, Roy. Uma breve História da música. Cambridge
University Press, 1982.
SCHWANITZ, Dietrich. Cultura – Tudo o que é preciso
saber. Vol. 4, Lisbooa: Dom Quixot, 1999.
STANLEY, John. Música Clássica – Os Grandes
Compositores e as Suas Obras-Primas. Lisboa: Editorial
Estampa, 2006.
VUILLERMOZ, Émile. História da Música. Porto: Livraria
Bertrand.
Sites gerais/repositórios digitais:
Bibliothèque Nationale de France:
http://www.bnf.fr/fr/acc/x.accueil.html
Europeana: http://www.europeana.eu/portal/
Gallica: http://gallica.bnf.fr/
Wikipédia (portuguesa, espanhola, francesa e inglesa):
https://www.wikipedia.org/
MatrizNet:
http://www.matriznet.dgpc.pt/matriznet/home.aspx
Imagens:
Imagem 1: Família junto de um cravo por Cornelis Troost
(1696-1750), 1739. Disponível em:
http://www.europeana.eu/portal/record/90402/SK_A_3453.ht
ml; Acesso em maio de 2016.
Imagem 2: Retrato de Claudio Monteverdi por Bernardo
Strozzi, 1640. Disponível em:
A Cultura Musical na Época Moderna: a música Barroca
16
https://pt.wikipedia.org/wiki/Claudio_Monteverdi; Acesso em
maio de 2016.
Imagem 3: Gravura de Antonio Vivaldi por François
Morellon de La Cave, 1725. Disponível em:
http://www.bildarchivaustria.at/Pages/Search/Result.aspx?p_eBildan
sicht=2&p_ItemID=2; Acesso em maio de 2016.
Imagem 4: Retrato de Rameau por Joseph Aved (1702-
1766), c. 1728. Disponível em:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Jean-Philippe_Rameau; Acesso em maio
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Imagem 5: Retrato de Handel por Thomas Hudson (1701-
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Friedrich_H%C3%A4nd
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Imagem 6: Retrato de Bach por Elias Gottlob Haussmann
(1695-1774), 1746. Disponível em:
http://www.europeana.eu/portal/record/08547/sgml_eu_php_o
bj_gm000043.html; Acesso em maio de 2016.
Imagem 7: Cravo, cerca de 1680. Disponível em:
http://www.europeana.eu/portal/record/09102/_NYC_IKL059.html;
Acesso em maios de 2016.
Imagem 8: Órgão Barroco, Catedral de Salamanca.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco#M.C3.BAsica ; Acesso
em maio de 2016.
Imagem 9: Retrato de François Couperin por Jean-Jacques
Flipart (1719-1782) a partir de um retrato de André Boüys,
1735. Disponível em:
http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b84166980/f1.item.r=Fran
%C3%A7ois%20Couperin ; Acesso em maio de 2016.
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