a crítica psicanalítica
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CRÍTICA PSICANALÍTICA
CRÍTICA LITERÁRIAwww.sobreletras.blogspot.com
O que você viu?
“Na construção de um sentido na leitura, cada leitor é como um intérprete particular movido por um desejo inconsciente que pertence apenas a ele”.
Kaufman
Para Freud:
No estudo sobre Moisés, de Michelangelo, intrigado por
seus sentimentos, diz: Para descobrir a intenção
do autor é preciso interpretá-la antes, descobrindo seu
significado e o conteúdo representado em sua obra. E assim, saberei porque fui
tão fortemente afetado!
O que é psicanálise?
Lógica???
Leitura???
Interpretação???
Ciência???E você?
Estudo das patologias?
??
O que dizem os autores?
Coutinho:
A crítica literária era de cunho histórico, sociológico e biográfico, via a obra literária de fora.
O que dizem os autores?
Cândido:
O artista tinha o dom, mas era submisso às normas e rotinas, ficava à mercê de quem pagava ou patrocinava suas obras. Depois da passagem do mecenato ao profissionalismo o autor passou a entregar-se mais a si mesmo.O que dizem os autores?
Tadié:
A interpretação passa a fazer parte do texto.
Procura-se reconstituir a gênese da obra por meio da biografia do autor, articulada à situação recente.
O que dizem os autores?
Jean Bellemin-Noel:
Textanálise: usa-se o conhecimento sobre a biografia do autor, principalmente na sua infância. Mas também é levado em consideração o fato do desejo dos personagens ser o do leitor. O que dizem os autores?
Kaufman:
“É possível que exista uma universalidade na obra para que nela nos reconheçamos ou para que sejamos afetados, tocados por algum traço inscrito na trama do material legado pelo escritor.”
O que dizem os autores?
Rivera:
“O fantástico e o inconsciente se comunicam”, ou seja, aquilo que nos repugna nos causa curiosidade e interesse.
O que dizem os autores?
Bartucci:
“É característica da psicanálise delirar, tirar o texto de sua trilha.”
O que dizem os autores?
Píngaro:
A obra tem múltiplos significados.
O que dizem os autores?
Eagleton:
Para ele a crítica literária psicanalítica pode se voltar para quatro partes:
Autor Conteúdo Construção formal Leitor
O que dizem os autores?
As Bases do método
Talking cure
Para que a psicanálise existisse foi criado um método experimental:
Paciente: levar em consideração tudo o que ocorre de forma espontânea.
Analista: não deve privilegiar nenhum discurso do paciente.
As bases do método
Uma outra lógica
O sonho e sua interpretação: Freud descobre “esse caminho real que leva ao inconsciente”: A condensação: um único
elemento representa várias associações ligadas ao conteúdo oculto.
O deslocamento: “o afeto tem razão”. As bases do método
A figurabilidade: pensamentos inconscientes transformados em linguagem.
Frases e palavras são tratadas como elementos significantes na sintaxe original do sonho, e não pelo sentido que têm na língua. Faz da escrita um trabalho do imaginário pela língua e da língua pelo imaginário.
A elaboração secundária: considera-se as obras de duas maneiras:
- ocultando a verdade nua do inconsciente;- Relações estreitas de simbolização com o
inconsciente.
As bases do método
O desejo e o recalque
Freud considera sonho uma descarga psíquica de um desejo em estado de recalque.
As bases do método
Utilização da leitura pela psicanálise
O texto literário pode tornar mais amplas as descobertas que são limitadas ao campo médico.
Utilização da leitura
Freud e o Complexo de Édipo
Édipo tornar-se-á figura simbólica de nosso desejo infantil, que segundo Freud, ele “não tem inconsciente, porque é nosso inconsciente, [...] um dos papéis principais que nosso desejo assumiu. E acaba que o herói é ao mesmo tempo o investigador e o sujeito investigado.
Utilização da leitura
Freud e Hamlet
Em Hamlet os desejos são recalcados.
Lacan transforma sua análise de uma personagem tomada como pessoa real. Por exemplo: Hamlet representa o homem moderno às voltas com o drama do desejo.
Utilização da leitura
Lacan e Poe
O autor faz uma leitura estrutural deixando de lado o estudo psicológico das personagens.
Lacan rejeita análises das singularidades de um discurso inconsciente. Para ele, “o inconsciente está estruturado como uma linguagem”.
Utilização da leitura
A obra literária como objeto de estudo
A psicanálise será mediadora entre a obra e seus leitores.
A literatura é um grande reservatório de material clínico; o conhecimento psicanalítico teria um certo poder de tirar da ficção sua parte de verdade.
Obra literária
“A crítica literária psicanalítica tem apresentado modificações: antes se privilegiava a leitura preocupada em captar as motivações do autor, dando
lugar a uma interpretação psicologizante do texto, uma
psicografia; hoje, se usa o método interpretativo aplicado ao texto literário privilegiando o método
psicanalítico de pesquisa inconsciente”
(BARTUCCI, 1996)Obra literária
Psicobiografia
A psicobiografia baseia-se em “estudar as leis do psiquismos humano em
indivíduos excepcionais”.
Dominique Fernandes, redefine os princípios da psicobiografia: o homem
está na origem da obra, mas o que é esse homem só pode ser captado na obra.
O estudo analítico das autobiografias:
A escrita autobiográfica é a reescrita de uma infância e de uma história que todos
nós remanejamos em narrativa.
O desvio interpretativo:
Quanto ao desvio interpretativo, Freud levantou-se contra a tradução direta dos símbolos nos sonhos: para ele, um símbolo só encontra seu verdadeiro significado no contexto singular de um sonho ou de um conflito psíquico de um sujeito que sonha.
A leitura sintomal
Sua análise constrói uma leitura dupla simultânea da obra, a partir das ambiguidades de palavras, de imagens, de falas e de situações narrativas.
A leitura estrutural
Para que se faça a leitura estrutural de um texto é necessário que correlacione diferentes textos de um mesmo autor, para descobrir uma estrutura psíquica particular.
Nos estudos de Norma Píngaro: “o discurso é incompleto. Nem o texto nos diz tudo nem nós ao abordá-lo
psicanaliticamente seremos capazes de tudo apreender ou analisar. Não é
possível tratar o texto de forma fechada, rígida, com um único
sentido, considerado correto a partir daquele que interpreta. O que importa é que a obra deve ser considerada um
texto em aberto, oferecendo-se àquele que o lê e foi por ele
seduzido.”
Obra literária
Referências
CARVALHO, Ana Cecília. É possível uma crítica literária psicanalítica? Disponível em: http://revistapercurso.uol.com.br/pdfs/p22_texto07.pdf Acesso em 11 mai. 2014.
Freud (Globo Ciência). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l7NpumQibGk Acesso em 11 mai. 2014
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