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DERIVA DOS CONTINENTES E TECTÓNICA DE PLACAS
Ciências Naturais 7º Ano 2008-2009 Terra em Transformação
Deriva Continental
Até ao final do século XIX acreditava-se que os Continentes eram inalteráveis.
Deriva Continental
No início do século XX, alguns geólogos aceitavam que os continentes se tinham deslocado à superfície da Terra.
Deriva Continental Na tentativa de explicar como se processava o movimento dos
continentes, em 1915, Alfred Wegener publica um livro intitulado “A origem dos Continentes e dos Oceanos”.
Segundo Wegener, as massas continentais pouco densas flutuam sobre as massas oceânicas mais densas.
Ainda segundo esta teoria as massas continentais estiveram já, em tempos, unidas num único supercontinente que se fragmentou tendo cada uma dessas partes se deslocado. Exemplo: Iceberg sobre a água.
Tal modelo ficou conhecido como
Teoria da Deriva dos Continentes
Milhões de Anos
http://www.ucmp.berkeley.edu/geology/anim1.html
245 M.a. Supercontinente: Pangeia Oceano: Pantalassa 180 M.a. Supercontinentes: Laurásia e Gondwana
Argumentos para a Deriva Continental Para defender a Teoria da Deriva dos
Continentes, Wegener, apresentou alguns argumentos:
Argumentos morfológicos;
Argumentos geológicos;
Argumentos paleoclimáticos;
Argumentos paleontológicos.
Argumentos morfológicos
Por observação dos bordos da costa orientais da América do Sul e da costa ocidental de África, ele verificou que encaixavam como peças de puzzle.
Argumentos geológicos
Além dos Continentes Africano e Sul Americano encaixarem na perfeição, Wegener, encontrou correspondência entre as rochas que se encontravam entre os dois Continentes.
As rochas apresentam a mesma constituição, estrutura e idade.
Argumentos paleoclimáticos
A Paleoclimatologia é a ciência que estuda os antigos climas da Terra. Utilizando os fósseis de fácie.
Por exemplo, o carvão é
tipicamente formado em ambientes quentes. Wegener encontrou formações de carvão em regiões actualmente geladas, logo em tempos, já esteve em regiões quentes .
Argumentos paleontológicos
Teoria da Deriva dos Continentes Embora Wegener mostrasse provas
inequívocas que os Continentes já tinham ocupado localizações diferentes, uma grande parte dos geofísicos e dos geólogos não estavam convencidos que isso tivesse acontecido.
Wegener não conseguia explicar o “motor”, o mecanismo, a força que conseguisse movimentar as massas continentais.
Wegener afirmava que essas forças eram resultantes da rotação da terra e do movimentos das marés (provocadas por sua vez pela atracção gravitacional da Lua e do Sol).
Como os geofísicos e geólogos contra-argumentavam com o facto de tais forças serem insuficientes para tal, a Teoria foi desacreditada e ignorada.
Teoria da Deriva dos Continentes
O estudo da estrutura interna da Terra facilitou a compreensão do mecanismo responsável pela movimentação das placas tectónicas.
Estrutura interna da Terra
Estrutura interna da Terra Crosta – camada exterior da
Terra, dividida em Crosta/Crusta Continental e Crosta/Crusta Oceânica.
Manto – camada que se segue à crusta e que é constituída por rocha fundida, divide-se em manto exterior e interior.
Núcleo - camada mais profunda da Terra, constituída por metais pesados e encontra-se no estado sólido.
Estrutura interna da Terra
Os cientistas descobriram que as placas tectónicas ou litosféricas são constituídas por rochas da crusta terrestre e da parte superior do manto superior.
A este conjunto dá-se o nome de listosfera.
A litosfera encontra-se fragmentada em placas, as placas tectónicas.
Distribuição das Placas Tectónicas
Limite da Placa
Fossa
Velocidade de deslocação
Sentido do deslocamento: Afastamento/Aproximação
Estrutura interna da Terra
Astenosfera Faz parte da camada
superior do manto superior.
É constituído por rocha parcialmente fundida, o que lhe confere um comportamento plástico.
Sobre esta camada “desliza” a litosfera, o que permite a movimentação das placas.
Teoria da Tectónica das Placas
Nos finais da década de 1950 a exploração do fundo oceânico, permitiu começar a mapear o fundo do mar.
Conheceram-se novas estruturas que abriram caminho a uma nova teoria.
Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Tectónica da Placas Segundo esta teoria, a litosfera (camada
superficial da Terra) encontra-se fragmentada em placas que se movimentam umas em relação às outras.
Teoria da Tectónica das Placas
Durante a Segunda Guerra Mundial desenvolveram-se tecnologias que permitiam a detecção dos submarinos – o sonar.
Essas mesmas tecnologias foram utilizadas para mapear o fundo oceanico.
Fundos Oceânicos
Dorsais médio-oceânicas
Sistema montanhoso contínuo à volta do glogo. Dorsal médio-atlântica; Dorsal médio-pacífica.
É a partir das dorsais que o magma (material rochoso em fusão) ascende à superfície.
No centro das dorsais existe uma abertura profunda que de denomina de rifte.
Idade das rochas
Estudos revelaram ainda que as rochas constituintes da crusta oceânica são tanto mais jovens quanto mais próximas se encontram do rift.
Crusta oceânica e continental
A crusta oceânica é mais densa que a continental;
Quando os bordos de ambas se encontram, a crusta oceânica “mergulha” sob a crusta continental.
Ao mergulhar, a crusta oceânica é destruída pelo calor em profundidade.
Movimento das placas tectónicas O magma do manto, situado sob a litosfera, ascende à superfície através do
rifte das dorsais;
Ao atingir a superfície, esse magma arrefece e empurra as placas de cada lado da dorsal, em sentidos opostos, em direcção às margens dos continentes;
À medida que o novo fundo do oceano se produz, o mais antigo mergulha e funde-se na zona de encontro entre a placa oceânica e a placa continental – zona de subducção – à qual de associa uma fossa oceânica – zona de destruição de placa;
O material fundido ascende;
Este movimento ocorre continuamente, formando as chamadas correntes de convecção do manto;
Estas correntes, “geram um motor” capaz de movimentar a litosfera.
Tipos de Limites das Placas Tectónicas
Existem três tipos de limites entre as Placas Tectónicas.
Limites Divergentes;
Limites Convergentes;
Limites Conservativos.
Limites Divergentes
Ao nível dos riftes das dorsais, as duas placas tectónicas, estão constantemente a afastarem-se em sentidos opostos.
Está-se constantemente a formar nova litosfera.
A este tipo de placas diz-se que apresentam limites divergentes.
Nestas zonas ocorrem os riftes, sismo e erupções vulcânicas.
Limites Convergentes
Nas zonas de subducção, as
placas tectónicas convergem e colidem.
Nesta zona destrói-se, continuamente, a litosfera.
Placas que exibem este movimento apresentam limites convergentes.
Nestas zonas ocorrem sismos e alguma actividade vulcânica, bem como a formação de cadeias montanhosas.
Limites Convergentes
Limites Conservativas
As zonas onde duas placas tectónicas deslizam horizontalmente uma em relação a outra, apresentam limites conservativos.
Neste ponto a litosfera não é criada nem destruída.
As placas deslizam através de um linha que se denomina falhas transformantes.
Nestas zonas ocorrem sismos.
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