4 taeniidae
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ESPÉCIE HD SÍTIO TAMANHO HI SÍTIO FORMA LARVAL
Taenia saginata Homem ID Até 15 m Bovinos, ovinos, caprinos
e homem (raro) Musculatura
Cysticercus bovis
Taenia solium Homem ID Até 8 m Suínos, cães, gatos,
bovinos, equinos (raro), homem (zoonose)
Musculatura SNC
Cysticercus cellulosae
Multiceps multiceps Canídeos ID 0,4 – 1 m Bovino, ovino, caprino,
suíno, homem (raro) Encéfalo
Coenurus cerebralis
Taenia hydatigena Canídeos ID Até 5 m Ovinos, bovinos e suínos Fígado, peritônio, pleura, pericárdio
(raro)
Cysticercus tenuicollis
Echinococcus granulosus
Canídeos ID Até 6 mm Ovinos, bovinos, caprinos,
suínos, cervídeos, primatas e coelhos
Pulmões, fígado, peritônio
Cisto Hidático ou Hidátide
Taenia ovis Canídeos ID Até 2 m Ovinos Musculatura Cysticercus
ovis
Taenis pisiformis Canídeos ID 0,3 – 1 m Coelhos, lebres, ratos
(raro) Fígado, peritônio
Cysticercus pisiformis
Taenia serialis Canídeos ID Até 0,7 m Coelhos Subcutâneo,
tecido conjuntivo intermuscular
Coenurus serialis
Taenia taeniformis Gato
Cão (raro) ID 0,15 – 0,6 m
Ratos, camundongos, morcegos (raro)
Fígado, peritônio Cysticercus fasciolaris
Características Gerais
• Hospedeiro definitivo: homem. • Hospedeiro intermediário: suíno, raramente o cão, o gato, os
ruminantes, os eqüinos e o próprio homem
• Localização: • Adultos: Intestino delgado do homem • Larvas (cisticercos): Cysticercus celullosae observado no tecido conjuntivo
interfascicular dos músculos sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco e no cérebro • Também denominado “Triquina” ou “Pipoca”
• Distribuição: maior prevalência na América Latina, Índia, África e
em determinadas regiões do Oriente Médio
• Na América Latina, estima-se que quase 0,5 milhão de pessoas são acometidas pela cisticercose
Morfologia
• Adultos medem 2 a 3 metros em média, podendo chegar a 8 metros
• Apresentam um escólex globoso, medindo 1 mm de diâmetro, com rostelo e 4 ventosas arredondadas
• O escólex possui um rostelo com duas fileiras concêntricas de ganchos
• O colo é curto e delgado, o estróbilo possui 700 a 1.000 proglotes,
• Ss papilas genitais dispõem-se de forma alternada, o útero do segmento grávido possui 7 a 12 ramos laterais e cada proglote tem cerca de 30.000 a 40.000 ovos
• Particularidades do ciclo biológico: • O homem pode apresentar a teníase (parasitismo com vermes adultos)
ou a cisticercose (presença de formas larvais formando cisticercos)
• O homem pode desenvolver a cisticercose pela ingestão acidental de ovos
de T. solium ou por retroperistaltismo até o estômago (auto-infecção) de oncosferas liberadas após a digestão da proglote grávida
• Após três meses da infecção: proglotes grávidas eliminadas nas fezes,
geralmente em número de 3 a 6 por vez
• Os ovos podem permanecer viáveis no ambiente por até 12 meses
• O cisticerco demora 3 meses para se formar a partir da infecção do suíno
• Infecção crônica (após 8 meses): o cisticerco pode sofrer calcificação
Sinais Clínicos
• Hospedeiro definitivo: tênias adultas podem causar anorexia ou apetite exagerado, náuseas, vômitos, diarréias alternadas com constipação, dores abdominais, perda de peso, manifestações alérgicas e neurológicas
• Muitas destas perturbações digestivas podem ser decorrentes de irritações nas terminações nervosas do plexo nervoso simpático provocadas pela movimentação do rostro
• Hospedeiro intermediário: • Suínos infectados com cisticerco os sinais clínicos são inaparentes • Cisticercose em humanos: forma larvar - olhos, cérebro e tecido
subcutâneo podendo levar a alterações patológicas como cegueira, nódulos no olho, transtornos neurológicos...
Epidemiologia e Diagnóstico
• Suínos podem se infectar com água, alimentos contaminados com ovos
• Tipos de infecção no homem: • Teníase – pela ingestão de carne crua ou mal passada contendo
cisticercos • Cisticercose – pela ingestão de ovos presentes em alimentos
contaminados com ovos, ou por re-infecção com a oncosfera por retroperistaltismo
• Diagnóstico: • Exame de fezes: pesquisa de proglotes (hospedeiro definitivo)
pelos métodos de Tamisação (proglotes) ou Sedimentação (ovos) • Verificação de cisticerco na carcaça (hospedeiro intermediário) • Detecção de cisticerco no homem (tomografia, pesquisa de
anticorpos)
Controle
• Profilaxia do Complexo Teníase-Cisticercose, baseia-se nos seguintes procedimentos: • Inspeção das carcaças - localização dos cisticercos • Carcaças parasitadas devem ser tratadas com destino adequado,
levando-se em consideração o grau de infecção: • Tratamento pelo frio • Tratamento pelo calor (carne industrial) • Salga • Destruição da carcaça quando são encontrados mais de 25 cisticercos
• Educação sanitária:
• Orientar a população para o consumo de carne inspecionada, • Diminuir consumo de carne crua ou mal passada • Esclarecer sobre a importância do destino adequado das excretas
Características Gerais
• Hospedeiro definitivo: Homem
• Hospedeiro intermediário: Bovino, raramente ovinos e caprinos e excepcionalmente o homem
• Localização: • Adulto: intestino delgado do homem • Larvas (cisticercos): Cysticercus bovis - musculatura esquelética (músculo
masseter) e cardíaca, pulmões e fígado do HI
• Distribuição: mundial
• Importância na Medicina Veterinária: • Cisticerco na musculatura do animal – condenação parcial ou total da carcaça
(prejuízo econômico) • Países em desenvolvimento: 30 a 60% de animais infectados detectados durante
a inspeção das carcaças • Países desenvolvidos: menos de 1%
Características Morfológicas
• Adultos medem entre 5 a 15 m, o escólex é cubóide, SEM rostelo nem ganchos, o colo é longo e delgado
• O estróbilo é composto por 1.200 a 2.000 proglotes: • Primeiro terço: proglotes mais largas que longas • Terço médio: proglotes quadradas • Terço posterior: proglotes mais longas que largas.
• Papilas genitais irregularmente alternadas
• Útero da proglote grávida tem 15 a 30 ramos laterais de cada lado
• Cada proglote grávida contém 80.000 a 250.000 ovos, que podem resistir por vários
meses nas pastagens
• A forma larval, o Cysticercus bovis, é branco-acinzentado de aproximadamente 1 cm de diâmetro, cheio de líquido, no qual pode-se encontrar o escólex
• Geralmente observado no coração, língua e músculos masseter e intercostais. Em infecções maciças pode acometer demais músculos esqueléticos
Ciclo Biológico
• Semelhante aos demais ciclos dos cestóides
• Particularidades: • Proglotes grávidas destacam-se do estróbilo individualmente, possuem
movimentos próprios, podem atingir o ânus e o exterior independentemente do ato da defecação
• O cisticerco somente é infectante ao homem após 12 semanas de seu desenvolvimento, quando atinge aproximadamente 1 cm de diâmetro
• O cisticerco pode continuar infectivo por semanas a anos no hospedeiro intermediário
• Após a infecção, o período de patência no homem inicia-se dentro de 2 a 3 meses
Sinais Clínicos e Diagnóstico
• Sintomas: • Semelhantes ao causados pela T. solium
• Diagnóstico:
• Hospedeiro definitivo: • Exame visual (presença de proglotes nas fezes, cama, roupas
íntimas) • Exame parasitológico de fezes pelos métodos de Tamisação das
fezes (proglotes) ou Sedimentação (ovos)
• Hospedeiro intermediário: não é feito na prática in vivo
• Necroscópico - inspeção rotineira das carcaças
Características Gerais
• Hospedeiro definitivo: cão e canídeos silvestres
• Hospedeiro intermediário: ruminantes, suínos
• Forma larvar: Cysticercus tenuicollis, vulgarmente conhecido como "bolha d'água"
• Localização: • Adulto: intestino delgado do cão
• Forma larval: nas serosas, fígado, cavidade peritoneal e mais raramente
na pleura e no pericárdio do hospedeiro intermediário
• Importância na Medicina Veterinária: perdas econômicas pelo
descarte das vísceras contendo cistos em abatedouros
Morfologia
•Adultos com até 5 m de comprimento
•Escólex com duas fileiras de acúleos de 1 mm de diâmetro, colo com a largura do escólex
Ciclo Biológico
• Típico de cestóides, com as seguintes particularidades: • Oncosferas migram pelo fígado por aproximadamente 4 semanas
antes de emergirem e se fixarem no peritônio
• Após a fixação, cada oncosfera se desenvolve em um cisticerco
• Migração das oncosferas pode causar “hepatite cisticercosa”, que
pode ser fatal
• A resposta imune do hospedeiro é capaz de destruir os cisticercos em desenvolvimento com a formação de nódulos esverdeados de aproximadamente 1 cm de diâmetro na superfície do órgão
Diagnóstico e Controle
• Clínico • Sintomatologia, presença de proglotes nas fezes, às vezes se
observa um emaranhado de tênias pendentes no ânus
• Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes pelo Método de
Sedimentação
• ELISA e Imunofluorescência Indireta podem ser usados
• Controle
• Não alimentar cães com vísceras cruas
• Vermifugação periódica dos cães
Características Gerais
• Hospedeiro definitivo: Cães e canídeos silvestres
• Hospedeiro intermediário: Bovinos, ovinos, suínos, caprinos e, ocasionalmente, coelhos e homem (zoonose)
• Forma larval: Coenurus cerebralis
• Localização: • Adulto: intestino delgado do cão
• Forma larval: encéfalo
Morfologia
• Medem cerca de 0,40 – 1 m de comprimento, por 5 mm de largura
• Escólex piriforme com 800 µm de diâmetro
• Rostro provido de coroa dupla de 22 – 32 acúleos grandes e pequenos
• Colo longo e mais estreito que o escólex
• As proglotes do terço anterior são retas e as do terço médio e posterior possuem ângulos salientes, com papilas genitais irregularmente distribuídas
Ciclo Biológico
• Típico de cestóides, com as seguintes particularidades: • Os HI, ao ingerirem os ovos, colocam em liberdade o embrião hexacanto a nível
de intestino
• O embrião perfura a parede intestinal, ganha a corrente sangüínea e é levado ao cérebro ou medula espinhal
• No SNC, os embrião se transformam em Coenurus cerebralis, o qual estará plenamente desenvolvido em 7 – 8 meses, medindo cerca de 6 cm de comprimento por 4 cm de largura
• Os Coenurus cerebralis possuem parede delgada e translúcida, com um líquido límpido e incolor em seu interior. A vesícula apresenta, em seu interior, pequenos pontos esbranquiçados que são os escólex invaginados, com um número que pode alcançar até 500 por vesícula
• Os HD se infectam quando ingerem encéfalos de HI contendo as vesículas
Sinais Clínicos
• Nos cães, os sinais causados pelo cestódeo são semelhantes aos das outras teníases
• Nos ovinos e caprinos, a cenurose, também chamada torneio ou vertigem, ocorre em conseqüência da localização das vesículas no encéfalo • Os sinais estão na dependência da quantidade e localização das vesículas no encéfalo
• Com cerca de 1 – 5 vesículas, os animais apresentam alterações oculares como estrabismo
convergente ou divergente, vertigem e queda
• A marcha em círculos determinou o nome popular da doença. Os animais também podem correr em linha reta
• A morte ocorre em 30 - 40 dias em ataques epileptiformes ou paralisia cerebral
• Animais com muitas vesículas no encéfalo (8 – 10), podem apresentar-se sonolentos, apáticos e tristes. Pode ocorrer emagrecimento exagerado, perda da visão, cambaleio, quedas e decúbito. Pode nem ocorrer torneio. Morte por encefalite em cerca de 30 dias
Diagnóstico e Controle
• Clínico • Nos cães pelos sinais da teníase e presença de proglotes nas fezes • Nos HI pelos sinais nervosos característicos
• Laboratorial • Exame parasitológico pelo Método de Sedimentação, para pesquisa dos ovos
• Necrópsia • Muito útil a campo, quando se desconfia dessa parasitose • Se abate ou espera morrer um animal com os sinais característicos e procura-se pelas vesículas no
encéfalo
• Controle • Vermifugação dos cães • Destruição e eliminação das fezes dos cães (proglótides viáveis) com substâncias cáusticas ou
incineração • Evitar que cães ingiram cérebros crus de HI
Características Gerais
• Echinococcus (gr. echinos: espinho; lat. coccus: grãos)
• Cepas ou subespécies: • Echinococcus granulosus granulosus • Echinococcus granulosus equinus
• Hospedeiro definitivo:
• E. g. granulosus: cão e canídeos silvestres (menos a raposa vermelha) • E. g. equinus: cão e raposa vermelha
• Hospedeiro intermediário:
• E. g. granulosus: ruminantes domésticos e silvestres, homem, primatas, suínos, coelhos • E. g. equinus: eqüinos e asininos
• Localização: • Adultos: intestino delgado do cão • Larvas (cistos hidáticos): fígado e pulmões (principalmente) do HI
• Distribuição:
• E. g. granulosus: mundial
• E. g. equinus: Europa, principalmente
Características Morfológicas
•Adulto: tem cerca de 6 mm de comprimento, sendo uma das menores espécies de tenídeos conhecidas, quase invisível a olho nu •Escólex típico de tenídeo, com 0,3 mm de largura, rostro e dupla coroa de acúleos, colo curto •Estróbilo constituído por 3 ou 4 segmentos, sendo que o último é grávido e ocupa cerca de metade do seu comprimento, cada segmento possui uma única abertura genital
Morfologia do Cisto Hidático • Cisto hidático ou hidátide: tem
até 20 cm de diâmetro, presentes no fígado e pulmões ou cavidade abdominal
• Formado por membrana externa e epitélio germinativo interno, do qual se originam vesículas-filhas
• Vesículas-filhas ou cistos secundários podem se formar por brotamento externo, podendo atingir outras partes do organismo do hospedeiro
Ciclo Biológico
• O homem pode adquirir a infecção pela ingestão de oncosferas da pelagem dos cães ou de alimentos contaminados com fezes de cães
• Os cistos hidáticos tem crescimento lento e só são percebidos alguns anos após a infecção. Há citações de cistos de até 50 litros de líquido em humanos. A ruptura pode causar choque anafilático e morte
• Ciclo silvestre entre canídeos e ruminantes selvagens, se baseia na predação ou ingestão de cadáveres
• Importância econômica: condenação nos abatedouros
• O HD se infecta ao ingerir vísceras do HI com cisto hidático – larvas – adultos no tubo digestivo do cão – as proglotes grávidas se destacam e vão ao meio ambiente com as fezes
• Os ovos se disseminam HI se infecta ingerindo ovos nas pastagens ou em alimentos contaminados - larvas hexacanto - sistema porta - fígado ou pela circulação vão ao pulmão e cérebro
• Oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem sobreviver no ambiente por cerca de 2 anos
• Cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a doze meses
• Em ovinos: maior parte das hidátides se formam nos pulmões, também se formam no fígado
• Eqüinos e bovinos: maioria se forma no fígado
Patogenia
• Hospedeiro definitivo: geralmente é assintomático. Em infecções maciças pode ocorrer episódios de diarréia catarral hemorrágica
• Hospedeiro intermediário: sintomas relacionados ao local e ao tamanho da hidátide, podendo ocorrer compressões de outros órgãos • Hidatidose hepática – perda de apetite, ruminação alterada, diarréia,
emagrecimento progressivo e hepatomegalia
• Hidatidose pulmonar – tosse sibilante, podendo ocorrer taquipnéia e
dispnéia
• Pode ocorrer degeneração da hidátide com calcificação
• Se um cisto hidático se romper pode ocorrer choque anafilático e
desenvolvimento de cistos secundários em outras regiões do corpo
Diagnóstico
• Clínico: pouco elucidativo, sintomatologia pouco evidente
• Laboratorial: pesquisa de proglotes nas fezes dos cães (difícil, proglotes pequenas e escassas)
• ELISA – coproantígenos em fezes de canídeos
• Outros testes sorológicos – reatividade cruzada com outras tênias
• Necropsia: encontro dos pequenos cestódeos no intestino delgado (HD), presença do cisto hidático (HI)
• Humanos - diagnóstico por imagem (cisto hidático), ELISA
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