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SEMINÁRIOS REGIONAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS

SUBPREFEITURAS

O USO DE DROGA X RELAÇÃO

CONSUMO EXPERIMENTAL

CONSUMO OCASIONAL

CONSUMO HABITUAL

DEPENDENCIA

ETAPAS POSSIVEIS DO CONSUMO DE DROGAS

TEMPO E FORTALECIMENTO DA RELAÇÃO COM A DROGA

NUMERO DE PESSOAS

Relações Familiares, trabalho, amigos, escola

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

DROGAS

• Embora lícitas, as drogas como o álcool, fumo e até mesmo medicações, são responsáveis por gravíssimos problemas de saúde pública,acarretando um elevado custo social pelos acidentes, absenteísmo, hospitalizações, doenças crônicas, entre outros, além de sofrimento pessoal e familiar.

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

ADICÇÃO! é uma doença física, mental, emocional e espiritual que afeta todas as áreas da vida de uma

pessoa e que tem a vida completamente controlada pelas drogas.

VIDA CONTROLADA PELAS DROGAS!

UMA DOR QUE NÃO QUER CALAR!

A MORTE DIÁRIA!

USO COMPULSIVO DEMONSTRADO PELA INCAPACIDADE DE PARAR DE USAR

DEPENDÊNCIA: ÚNICO ALÍVIO POSSÍVEL É A CONTINUIDADE DO CONSUMO.

A PESSOA PASSA A ABRIR MÃO DE TUDO QUE LHE ERA IMPORTANTE.

NÃO HÁ MAIS OPÇÃO: O INDIVÍDUO NÃO ESCOLHE SE VAI USAR DROGAS OU NÃO. A DOENÇA LHE TIROU ESSA LIBERDADE

QUALQUER DOENÇA PSÍQUICA CONSISTE ACIMA DE TUDO NA PERDA DA LIBERDADE DE ESCOLHA.

PORTANTO, A DEPENDÊNCIA NÃO É UMA OPÇÃO. ÉUMA CONDIÇÃO PATOLÓGICA (UMA DOENÇA) QUE TIRA A LIBERDADE DO INDIVÍDUO DE OPTAR!

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

O uso compulsivo de drogas demonstrado na incapacidade de parar de usar.

A obsessão ou desejo incontrolável de usar, mesmo destruindo a própria vida.

O total egocentrismo. (N.A.2006, p.22).

ENTÃO ESTÁ TUDO PERDIDO E NÃO HÁ NADA A FAZER????

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

O QUE FAZER COM ESTES SERES HUMANOS???????

O QUE FAZER COM OS SERVIDORES DEPENDENTES QUÍMICOS QUE

CHEGAM ATÉ AS ÁREAS DE RECURSOS HUMANOS NA PMSP?

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

PROGRAMA DE QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA - PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO

PÚBLICA

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

• Clarear o papel dos gestores e da área de recursos humanos frente a servidores públicos com dependência química.

• Levantar o que tem sido realizado nas organizações privadas e públicas, em especial na Secretaria de Coordenação das Subprefeituras do Município de São Paulo, em suas 31 Subprefeituras.

• Estabelecer as correlações entre as atividades laborativas e as condições do ambiente de trabalho para a instalação e manutenção da mesma, além de identificar as prováveis causas da Dependência Química.

• Propor alternativas para questões que envolvam a dependência química nos servidores da Prefeitura da Cidade de São Paulo

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A REALIDADE NAS SUBPREFEITURAS

Método Exploratório

• Primeira Parte: Investigação Bibliográfica• Segunda Parte: Pesquisa de Campo através de

questionário contendo dados de identificação e estruturado em 07 questões abertas enviada para as Supervisões de Gestão de Pessoas das trinta e uma Subprefeituras da Cidade de São Paulo.

• Terceira Parte: Análise dos resultados• Quarta Parte: Apresentação do Programa

realizado com alguns servidores com dependência química da Subprefeitura Penha.

EMPRESAS PRIVADAS

• Tratam o funcionário dependente químico em vez de punir.

• Reconhecem que a dependência química é uma doença, e como tal a pessoa estará sempre em recuperação.

• Programas de Prevenção abrangem funcionários de toda a hierarquia e seus familiares.

EMPRESAS PRIVADAS

• Realizam Palestras • Estimulam hábitos, costumes e

comportamentos que promovam um estilo de vida saudável é a tônica dos Programas

• Muitas empresas montam equipes multidisciplinares que coordenam o programa: médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais.

EMPRESAS PRIVADAS• Equipes de monitores – funcionários

treinados para "educar", orientar e encaminhar para tratamento os eventuais dependentes químicos.

• Empresas que oferecem acompanhamento individual por psiquiatras (em ambulatório interno) e assistentes sociais. Participação em grupos de orientação e apoio, coordenados por assistentes sociais, com reuniões semanais e mensais.

EMPRESAS PRIVADAS• Se necessário, os pacientes são

internados e tratados na rede credenciada. O tratamento é totalmente coberto pelo plano de assistência médica da companhia, porém existem empresas que não cobrem totalmente a internação apenas subsidiam parte do mesmo, cabendo a outra parte ao funcionário, dependendo do nível de graduação na empresa.

EMPRESAS PRIVADAS

• Em geral algumas empresas documentam o histórico do funcionário que assinam um termo de responsabilidade.

• A questão de realizar testes toxicológicos com funcionários, aleatórios ou não, apresenta uma divergência entre as Empresas, pois muitas não concordam com esta prática.

QUAIS AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ESTA SITUAÇÃO NA PMSP?

POLÍTICAS PÚBLICAS

• COMUDA – Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool de São Paulo lançou diversas publicações, entre elas o Livro “Drogas no Ambiente de Trabalho” indicando:

POLÍTICAS PÚBLICAS• Formação de um Comitê Organizador• Instauração de programas de promoção de saúde

e qualidade de vida

• Incluir as chefias nas diversas etapas do programa, bem como os familiares

• Documentar todo o processo do funcionário (faltas, atrasos, entre outros), acompanhando, identificando e encaminhando para tratamento os casos, divulgando que não existirá punição, mas sim recuperação e dependendo da empresa, atérealizando o exame toxicológico.

POLÍTICAS PÚBLICAS• Decreto nº. 50.573/2009 que estabeleceu

procedimentos a serem observados pelas chefias:

• Impedir o servidor de exercer suas funções• Atribuir falta injustificada

• Encaminhar à unidade de saúde mais próxima do local de trabalho, para avaliação médica e prescrição de tratamento, ou ao Hospital do Servidor Público Municipal – HSPM

POLÍTICAS PÚBLICAS• Solicitar o resultado da avaliação para fins de

acompanhamento documentação e controle de seu tratamento

• Caso haja reincidência, durante ou após o tratamento, a chefia deverá encaminhar memorando ao Departamento de Procedimentos Disciplinares - PROCED,instruído com a documentação oriunda da adoção das medidas para a instauração do competente inquérito administrativo ou procedimento sumário.

POLÍTICAS PÚBLICAS

• Este tem sido o procedimento da PMSP em relação a estes servidores: a publicação de um Decreto.

• Mas isto dá conta de todas as implicações deste problema tanto para os servidores, familiares e munícipes?

PESQUISA: QUESTÕES

• Em sua opinião qual o papel da SUGESP frente à dependência química dos servidores?

• Atualmente a SUGESP desenvolve algum trabalho com dependentes químicos (álcool e drogas)? Qual? Quantos servidores são atingidos pelo trabalho?

• A SUGESP tem algum controle sobre o nº de servidores dependentes químicos? Qual?

PESQUISA: QUESTÕES

• Qual o resultado do trabalho realizado? Qual o índice de recuperação?

• Quais as possíveis causas para a dependência química dos servidores?

• Caso o servidor necessite ser internado pela dependência química, para onde éencaminhado?

• Você acha que as condições do ambiente de trabalho influenciam a instalação e manutenção da dependência química?

Tabela 1: Número de Servidores por Subprefeitura

SUBPREFEITURAS Nº. FUNCIONÁRIOS

ARICANDUVA/FORMOSA/CARRÃO NÃO INFORMOUVILA PRUDENTE/SAPOPEMBA 294JAÇANÃ/TREMEMBÉ 315VILA MARIA / VILA GUILHERME 294SÃO MIGUEL 548PARELHEIROS 173PERUS 282TOTAL 1906Fonte: Questionários respondidos pelas Subprefeituras – 2010

RESULTADOS DA PESQUISA

• É papel da SUGESP/UTDAP desenvolver programas de prevenção de doenças profissionais e de dependências químicas com encaminhamento e acompanhamento de servidores para tratamento. E isto tem sido realizado pelas 07 Subprefeituras que responderam à pesquisa.

RESULTADOS DA PESQUISA

• Angústia de quem assiste diariamente a destruição de seus colegas de trabalho, sem ter recursos para lidar com tal situação

• Ser a responsável por orientar, conversar, alertar, conscientizar e por ser aquela que teráque ter paciência com estes servidores

• Sem um suporte técnico profissional para ajudá-los a lidar com a problemática.

• Os Gestores têm dificuldade em lidar com as situações do dia-a-dia.

RESULTADOS DA PESQUISA

• Internação tanto os familiares quanto a SUGESP/UTDAP se deparam com a seguinte situação: são poucos os locais de referência gratuitos, que muitas vezes não tem vagas e os pagos são inacessíveis aos servidores da Prefeitura e seus familiares.

RESULTADOS DA PESQUISA

• Causas: problemas financeiros, familiares, baixa-estima, descontentamento no ambiente de trabalho, desmotivação com relação a carreira, com o salário, estrutura do local de trabalho e seu conseqüente desinteresse, vicio desde a adolescência, antes de ingressar na prefeitura, influência do convívio social, as vezes perda na família.

RESULTADOS DA PESQUISA

• As condições do ambiente de trabalho:

• influencia de outros “colegas e das más companhias.

• A terceirização, com a contratação de serviços operacionais, levando a ociosidade.

• Perda na identidade ocupacional, que aliada àterceirização dos serviços, baixos salários, um elevado número de empréstimos levam ao uso e abuso de substâncias químicas.

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Da Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura PenhaDa Subprefeitura Penha

SUBPREFEITURA PENHA

CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIDORES

Em julho/2010: • 485 servidores, sendo 283 do nível

básico, 136 do nível médio e 66 do nível superior.

• Trata-se de uma força de trabalho predominantemente masculina, casada, na faixa etária entre 46 e 50 anos, com 2ºgrau completo, em sua maioria com até 02 filhos, sem casa própria.

OBJETIVO DO PROGRAMA

• Promover a qualidade de vida do servidor dependente químico através de orientações,acompanhamentos e encaminhamentos para que a partir de um olhar diferenciado haja um aumento na satisfação no trabalho, a diminuição do absenteísmo, melhoria na produtividade e na qualidade do atendimento aos munícipes.

ETAPAS DO PROGRAMA• A Chefia comunica a UTDAP – Sugesp • O Servidor é convidado a comparecer no

RH • O Servidor será orientado sobre o Decreto • O Servidor será orientado sobre o

Programa de “Orientação e Acompanhamento de Funcionários Dependentes Químicos da Subprefeitura Penha”.

• A UTDAP propõe um Termo de Adesão ao Servidor.

• Caso o Servidor se negar a assinar o termo de Adesão, ele assinará o Termo de Recusa que também será assinado em caso de desistência.

• Ao aderir o Programa o Servidor éorientado e acompanhado por SUGESP/UTDAP.

• Perceber a presença da doença e se responsabilizar pelo tratamento é o primeiro passo em direção àrecuperação.

• É preciso escolher a mudança e buscar ajuda para efetiva-lá.

• Não resolve olhar o passado para achar um culpado.

O uso de drogas , assim como o deixar de usar, o tratamento , como PROCESSOS, isto é, metas de curto, medio e longo prazo , valorizando todas as transformações por menores que estas sejam

O USO DE DROGA X PROCESSO

• A família do Servidor é chamada para orientações.

• A chefia também recebe acompanhamento de SUGESP/UTDAP.

• Movimentação do Servidor se necessário.

• Encaminhamento para as referências do Município (CAPS-AD, AA, NA)

Posto de

saúdePosto de

saúde

CAPSCAPS

PANORAMA ATUAL DA ATUACAO COM DROGAS

NAISNAIS

ONgs

Pastoral do

menorPastoral do

menor

CONSELHOs

Amigos de

Bairro

Amigos de

Bairro

PSF

SASSAS

Geracao de rendaGeracao de rendaCRAS

Escola

NOVA ETAPA DO PROGRAMA

• Criação de um Comitê Organizador responsável por novas ações no Programa. Composto por servidores da SUGESP, Supervisores, Chefias, Funcionários adictos, Servidores do Grupo de Trabalho da Qualidade – GT-Pessoas, Membros da Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, servidores da Guarda Civil Metropolitana - GCM, Interlocutor da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.

NOVA ETAPA DO PROGRAMA• Viabilização de inserção de servidores dependentes

químicos nos programas de atividades físicas da Subprefeitura Penha.

• Viabilização de Inserção de servidores dependentes químicos nas ações do Programa A3P (Projetos a serem implantados: horta comunitária, sistema interno de reciclagem de papel, implantação de calçada ecológica).

• Estabelecer novas parcerias para realizar cursos para as chefias sobre a questão da dependência química.

• Levantamento do número real de servidores dependentes químicos na subprefeitura Penha.

CONCLUSÃO

• O servidor público dependente químico, em geral é estigmatizado como aquele que não tem jeito, que não pode mais servir à Administração Pública e aos munícipes, como aquele que estáesperando a hora de se aposentar ou morrer, mas como já foi comprovado na Subprefeitura Penha e em algumas outras Subprefeituras existe a possibilidade de recuperação destes seres humanos.

CONCLUSÃO

• Uma administração que se pauta em resultados deve estimular dentro de seu programa de qualidade na gestão pública, que a alta liderança se comprometa em estabelecer em todas as Subprefeituras programas relativos à questão da dependência química para seus servidores.

CONCLUSÃO

• Programas que devem ser discutidos, implantados e implementados com a participação efetiva de diversas Secretarias, entre elas: Secretaria de Participação e Parceria, Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, Secretaria de Gestão e Desburocratização, Secretaria da Saúde e o COMUDA.

Grata

ROSEMEIRE PEREIRA LOPES BUENOFone: 3397.5123

E-mail: rolopes@prefeitura.sp.gov.br

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