2006-08-apm 570
Post on 27-Mar-2016
248 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Revista da APM Agosto de 2006
1
2
Revista da APM Agosto de 2006
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
3
Publicação da AssociaçãoPaulista de Medicina
Edição nº 570 – Agosto de 2006
REDAÇÃOAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278
Cep 01318-901 – São Paulo – SPFones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4279E-mail: comunica@apm.org.br
Diretores ResponsáveisNicolau D’Amico Filho
Roberto Lotfi Junior
Editor ResponsávelUlisses de Souza – MTb 11.459–SP
Editora-assistenteLuciana Oncken – MTb 46.219–SP
RepórteresAdriana Reis
Carla NogueiraLeandro de Godoi
Ricardo Balego
Editor de ArteLeandro Deltrejo
Projeto e Produção GráficaCubo Editorial e Notíciasulisses@ecubo.com.br
Fotos: Osmar BustosRevisora: Thais Oncken
Secretaria: Rosenaide da SilvaAssistente de Comunicação:
Laura Rocha Passerini
ComercializaçãoDepartamento de Captação
e Marketing da APMFones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4293
Periodicidade: mensalTiragem: 30 mil exemplares
Circulação: Estado de São Paulo(Inclui Suplemento Cultural)
Portal da APMwww.apm.org.br
APRESENTAÇÃORoberto Lotfi Jr.Nicolau D’Amico Filho
A tecnologia sempre alavancou os grandes avanços na medicina, mas,
desta vez, ela foi além, pois vai possibilitar à toda classe médica a oportu-
nidade de atualização, troca de experiências, mesmo que o profissional
esteja trabalhando no mais remoto local do planeta. As redes de Telemedi-
cina vão permitir, por meio de computadores, a unificação de procedi-
mentos na área da saúde, que vai beneficiar médicos e pacientes. Tudo pela
Internet de baixo custo, seja discada ou banda larga.
O Brasil se prepara para agilizar o uso dessa tecnologia. A Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP) saiu na frente e é hoje o maior
centro de Telemedicina do país e um dos principais da América Latina.
A Telemedicina é o nosso assunto de capa. Há também matérias que
mostram o debate sobre temas polêmicos, como a “Terminalidade da Vida”.
Pautamos ainda outras reportagens jornalísticas interessantes, inseridas
nesta edição.
Boa leitura!
Nicolau D’Amico Filho e Roberto Lotfi Jr.Diretores de Comunicação
Tecnologia a serviço da saúde
3 Apresentação
4 Editorial
6 Saúde Pública
8 Música Popular Paulista
10 Radar Médico
14 CAPA
Telemedicina
USP é a pioneira nessa tecnologia
20 Música Popular Paulista
22 Profissão
26 Saúde Pública
32 Cotidiano
34 Câncer
36 Radar Médico
38 Música
39 Agenda Científica
41 Agenda Cultural
42 Produtos & Serviços
43 Literatura
44 Por Dentro do SUS
45 Classificados
CONTEÚDO
Clara Brandão,a mãe damultimistura
4
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
O mundo ainda está atordoado com a nova onda de intensa violên-cia e intolerância no Oriente Médio. Esse conflito milenar causa,tristemente, mais uma disputa bélica que, além de incontáveis danosmateriais, deixa como rastro o massacre de inúmeras vidas humanas.
É incrível que, no século XXI, após tantos avanços da humanida-de, guerras ainda façam parte do cotidiano. Quanto vale uma vida?Independentemente de qualquer tendência racial ou religiosa, todossabemos que é o maior bem existente, embora tantas vezes não pareça.
Infelizmente muitos outros países, tantos os desenvolvidos comoos demais, enfrentam igualmente ondas de enorme violência. OBrasil, lamentavelmente, é um deles. Na periferia das nossas grandese ricas metrópoles, contabilizamos diariamente um número maiorde baixas de jovens pobres assassinados do que em todas essas guerrasque acompanhamos à distância, por intermédio da mídia.
Temos vários recordes vergonhosos. Não perdemos para nin-guém em trauma e violência. Nossos índices são contundentes, hámuitos anos. Tendem a piorar agora com a guerra urbana e asdiferenças sociais crescendo cada vez mais. A profunda corrupçãoestimula os desvios de caráter. Hoje nem sabemos a real dimensãoda falta de ética nas instâncias de poder.
Guerras e criminalidade sempre houve, o que assusta mais, nestemomento, é a incrível perda de valores da nossa sociedade. Especialis-tas e militantes de inúmeras ONGs têm se proposto a recuperar jovens
Plantar mudanças ecolher bons frutos
que caíram na delinqüência, vítimas do tráfico de drogas, por exem-plo. Esta batalha confirma, na maioria dos casos, que há associaçãoíntima do crime com a degradação familiar e ausência do pai.
A história mostra que devemos incluir sempre, que após as grandescrises ocorrem incríveis avanços da humanidade. É isso que devemosesperar, mas não de braços cruzados. Como reverter o incrível círculovicioso da corrupção e dos crimes que tanto desanima? Existe o exem-plo de países que protagonizaram grandes viradas, investindo na áreasocial, e, especialmente, em educação de verdade e de qualidade.
Com responsabilidade, o Estado pode – e deve – modular esseprocesso, garantindo financiamento efetivo para a saúde, seguran-ça educação, assistência social. É necessário estabelecer uma polí-tica de valorização adequada para os funcionários desses segmentose priorizar a eficácia na formação do brasileiro, inclusive dos atu-almente excluídos, para alcançar um novo status de nação.
Todos temos de romper com o desânimo moral desta má hora,registrando nossa indignação e empreendendo ações para a constru-ção de um Brasil mais justo e digno. Principalmente nós, os médicos,que sempre nos envolvemos intensamente com a luta por mudançassociais que beneficiem a comunidade. Nesta eleição, aliás, devemosusar nossa força para potencializar candidatos que estejam compro-metidos com essa causa, com nomes que estão de fato ao nosso lado,para transformar o Brasil do presente e colher bons frutos agora.
DIRETORIA ELEITA - DIRETORIA 2005-2008Presidente: Jorge Carlos Machado Curi1º Vice-presidente: Florisval Meinão2º Vice-presidente: Paulo De Conti3º Vice-presidente: Donaldo Cerci Da Cunha4º Vice-presidente: Luís Fernando PeixeSecretário Geral: Ruy Y. Tanigawa1º Secretário: Renato Françoso Filho
DIRETORESAdministrativo: Akira Ishida; AdministrativoAdjunto: Roberto de Mello; 1o Patrimônio eFinanças: Lacildes Rovella Júnior; 2o
Patrimônio e Finanças: Murilo RezendeMelo; Científico: Alvaro Nagib Atallah;Científico Adjunto: Joaquim Edson Vieira;Defesa Profissional: Tomás Patrício Smith-Howard; Defesa Profissional Adjunto:Jarbas Simas; Comunicações: NicolauD´Amico Filho; Comunicações Adjunto:Roberto Lotfi Júnior; Marketing: RonaldoPerches Queiroz; Marketing Adjunto: ClóvisFrancisco Constantino; Eventos: Hélio Alvesde Souza Lima; Eventos Adjunto: FredericoCarbone Filho; Tecnologia da Informação:Renato Azevedo Júnior; Tecnologia da
Silvana Maria Figueiredo Morandini; 4o
Diretor Distrital Sorocaba: Wilson OlegárioCampagnone; 5o Diretor DistritalCampinas: João Luiz Kobel; 6o DiretorDistrital Ribeirão Preto: João CarlosSanches Anéas; 7o Diretor DistritalBotucatu: Noé Luiz Mendes de Marchi; 8o
Diretor Distrital São José do Rio Preto:Pedro Teixeira Neto; 9o Diretor DistritalAraçatuba: Margarete de Assis Lemos; 10o
Diretor Distrital Presidente Prudente: EnioLuiz Tenório Perrone; 11o Diretor DistritalAssis: Carlos Chadi; 12o Diretor DistritalSão Carlos: Luís Eduardo Andreossi; 13o
Diretor Distrital Barretos: Marco AntônioTeixeira Corrêa; 14o Diretor DistritalPiracicaba: Antonio Amauri Groppo
CONSELHO FISCALTitulares: Antonio Diniz Torres, Braulio deSouza Lessa, Carlos Alberto Monte Gobbo, JoséCarlos Lorenzato, Tarcísio Eloy Pessoa deBarros Filho. Suplentes: Krikor Boyaciyan,Nelson Hamerschlak, Carlos RodolfoCarnevalli, Reinaldo Antonio MonteiroBarbosa, João Sampaio de Almeida Prado.
Informação Adjunto: Antonio Ismar Marçal Menezes;Previdência e Mutualismo: Alfredo de Freitas SantosFilho; Previdência e Mutualismo Adjunto: Maria dasGraças Souto; Social: Nelson Álvares Cruz Filho; SocialAdjunto: Paulo Cezar Mariani; Ações Comunitárias:Yvonne Capuano; Ações Comunitárias Adjunto:Mara Edwirges Rocha Gândara; Cultural: Ivan de MeloAraújo; Cultural Adjunto: Guido Arturo Palomba;Serviços Gerais: Paulo Tadeu Falanghe; ServiçosGerais Adjunto: Cristião Fernando Rosas; EconomiaMédica: Caio Fabio Camara Figliuolo; EconomiaMédica Adjunto: Helder de Rizzo da Matta; 1o DiretorDistrital São Caetano do Sul: Delcides Zucon; 2o
Diretor Distrital Santos: Percio Ramon Birilo BeckerBenitez; 3o Diretor Distrital São José dos Campos:
Associação Paulista de MedicinaFiliada à Associação Médica Brasileira
SEDE SOCIAL:Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – CEP 01318-901
São Paulo – SP – Fones: (011) 3188-4200/3188-4300
EDITORIAL
Jorge Carlos Machado CuriPRESIDENTE DA APM
Revista da APM Agosto de 2006
5
6
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
esde o dia 17 de julho, os trans-plantes de fígado no Brasil têm
como parâmetro um novo critério paraa ordem na fila de espera: o de gravi-dade dos pacientes. A nova regra subs-titui o modelo rígido e cronológico,estabelecido no ano de 1997 e usadoaté então.
A portaria do Ministério da Saúde nº1.160, de 29 de maio, estabelece tambémque o estado de gravidade seja aferidopor um modelo de exames chamadoMELD/PELD.
O alto índice de mortalidade na filade espera, perto de 60%, foi um dosprincipais motivos para a mudança,segundo o Ministério da Saúde.
Há de se considerar também os riscosinerentes ao próprio procedimento,estimados em torno de 15% a 20%.Mesmo após o transplante, somente65% dos pacientes conseguem sobre-viver um ano, segundo dados do Estadode São Paulo.
Para João Galizzi Filho, presidenteda Sociedade Brasileira de Hepatolo-gia, esse sistema tem sido bem usadoem muitos países da América do Nortee Europa. “Por outro lado, nós não
SAÚDEPÚBLICA
Transplantesde fígadotêm nova regraEmbora represente avanços, novo critério deve ser vistocom cautela, segundo especialistas
RICARDO BALEGO
Dsabemos como vai ser o resultado dissonum país com as características do Bra-sil. Os programas de transplante defígado têm evoluído nos últimos anos,mas são ainda heterogêneos e encontramgrandes dificuldades, sobretudo nacaptação dos órgãos, o que contribuiem muito para a mortalidade na listade espera”, afirma.
“Devemos ficar atentos e ver até queponto isso contempla bem os nossospacientes, qual será o impacto nosresultados e nos custos e se isso não estádificultando o acesso”, recomendaPaulo Celso Bosco Massarollo, secre-tário da Associação Brasileira de Trans-plantes de Órgãos (ABTO) e chefe doserviço de transplantes de fígado da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.A nova regra começou a vigorar após
todo o sistema de informática das centraisde transplantes ter sofrido mudanças ereadequações. Os pacientes que estãona fila também precisaram fazer novosexames para se readequar ao novocritério. No entanto, de acordo com omédico Paulo Massarollo, até a últimasemana de julho, a Secretaria Estadualde Saúde de São Paulo (SES) só haviaconseguido refazer os exames para rea-locação dos pacientes em cerca de 20%dos que compunham a lista.
Dos cerca de 7.000 doentes queaguardam um transplante de fígado noBrasil, 3.000 estão no Estado de SãoPaulo, onde a espera pode chegar a até
Centrais de transplantes foram readequadas
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
7
quatro anos. Como exemplo de contraste,em 2005 foram realizados, em todo opaís, apenas 759 transplantes comórgãos de doadores falecidos.
Segundo dados da própria SES, noperíodo em que foi usado o critériocronológico, cerca de 63% dos pacientesda lista eram excluídos porque morriamna espera.
O critérioA partir da mudança nas regras para
transplantes de fígado, a avaliação dagravidade de cada caso deve ser feita pormeio do MELD (Model for End-StageLiver Disease), referente a indivíduos
Processos aguardam na lista de espera
A avaliação dos especialistas é de queo novo processo, apesar de positivo,deve ser acompanhado de perto. “Onovo critério representa avanços por-que, da forma como estava, era insus-tentável uma perspectiva de tratamento.Mas há uma série de outras questões,há riscos que não estão dimensiona-dos. Minha posição neste momento éde cautela”, reafirma PPPPPaulo Celsoaulo Celsoaulo Celsoaulo Celsoaulo CelsoBosco MassarolloBosco MassarolloBosco MassarolloBosco MassarolloBosco Massarollo.
“Acredito que isso representa um passoà frente, mas não podemos ter a inge-nuidade de achar que vai resolver porcompleto as dificuldades para obtençãode um transplante, porque a demandatem crescido muito mais que a oferta deórgãos. A posição da Sociedade Brasi-leira de Hepatologia é uma posição deprudência”, confirma João GalizziJoão GalizziJoão GalizziJoão GalizziJoão GalizziFilhoFilhoFilhoFilhoFilho, para quem o maior problemaainda é a falta de doadores.
Segundo o coordenador da CentralEstadual de Transplantes de São Paulo(CET), LLLLLuiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Pereiraereiraereiraereiraereira, “paraimplantar o novo sistema aqui em SãoPaulo, o sistema informatizado precisouser completamente alterado”. As mu-danças levaram cerca de um mês e meiopara serem feitas.
adultos, e PELD (Pediatric End-StageLiver Disease), indicado para crianças,modelos baseados em três exames labora-toriais que atribuem pontos ao paciente.
A pontuação vai de 6 a 40, sendo que,quanto maior o número, maior a gravi-dade do paciente e menor sua expecta-tiva de vida.
Valores iguais ou superiores a 15 jásão considerados casos de hepatologiagrave. Casos com índices superiores a25 devem ter seus exames repetidos emmenos de sete dias, assim como, de 19a 24, o procedimento deve ser realizadoem até 30 dias.
Na prática, significa que a lista dereceptores se torna flutuante, e pode sealterar conforme oscila o estado desaúde de seus pacientes, alternandoposições. É importante lembrar que oscritérios utilizados pelo MELD/PELD avaliam a sobrevida dos pacien-tes enquanto estão na lista, e não depoisque recebem o órgão.
CaptaçãoDo ponto de vista da captação dos
órgãos, a portaria do MS também exigiualgumas mudanças.
Estruturalmente, as duas Centrais deNotificação, Captação e Distribuiçãode Órgãos (CNCDO) continuam agindode forma descentralizada no Estado, deacordo com a região em que se encontrao enxerto a ser transplantado. A primeiraCentral, que fica na SES, na capital pau-lista, abrange também a Grande SãoPaulo, Litoral Norte e Vale do Ribeira.A segunda, sediada no Hospital dasClínicas de Ribeirão Preto, atende orestante do Estado. “A estrutura conti-nua igual, o que muda é o sistemainformatizado e o fluxo de informaçõesdas equipes”, confirma Pereira. �
Site informativo da Centralde Transplantes
8
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
Mestre dosamba
uito prazer, eu me apresento:
sou o samba paulista. Chego
de mansinho e, pouco a pouco, entusi-
asmo quem está a minha volta. Meu
ritmo é marcado pelos tambores e pela
caixa. Herança de um povo festivo, de
pele retinta, que foi trazido pelos por-
tugueses e que cantava por sua liberta-
ção. O batuque, que era um menino
cativo, foi coroado pela beleza sonora
do cavaquinho, que veio da Ilha da
Madeira para enfeitar o meu samba.
Depois chegou o violão, usado pelos
espanhóis, herança dos mouros. O pan-
deiro é árabe, mas foi na mão do brasi-
leiro que ganhou personalidade. Virou
até “disco voador”. E tem a cuíca. Ins-
trumento oriental, foi introduzido no
samba por Bento Ribeiro. A cuíca tem
o dom de cantar sem ter voz. Essa é a
MÚSICAPOPULARPAULISTA
trilha sonora do nosso Brasil. Está for-
mada a nossa orquestra.
Uma verdadeira história da criação
do mais brasileiro dos gêneros musi-
cais. Osvaldinho da Cuíca mostrou, na
noite de 6 de julho e para um público
animado, porque é considerado mestre
na arte de tocar, cantar e contar o samba.
Em quase duas horas de show, ele apre-
sentou composições próprias e clássi-
cos de outros gênios do samba, como
Adoniran Barbosa, fazendo a platéia do
Auditório Nobre da APM repetir os
versos e aplaudir a cada nova música.
Acompanhado por cinco músicos –
Renato 7 Cordas, no violão; Julio Cé-
sar, na percussão e voz; Marcelo Barro,
na percussão; Odair Menezes, no cava-
quinho e voz; e Borão, na percussão –
dois deles seus filhos, Osvaldinho da
Cuíca conversou com o público e contou
inúmeras histórias, que inspiraram suas
criações. Uma delas, gravada no CD
Osvaldinho da Cuíca Convida – em
referência ao samba paulista, o mais
recente do artista, ele fala sobre as difi-
culdades em conviver com uma vizi-
nha num prédio da Vila Monumento,
bairro da zona sul de São Paulo, onde
mora. Os versos arrancaram risos:
“Minha vizinha é maloqueira/ Malo-
queira, maloqueira / Sem era nem
beira, sem educação / Desabafo can-
tando esse samba pra ela / Com muito
respeito e consideração”.
A irreverência das letras era evidente
também no visual: Osvaldinho da Cuíca
subiu ao palco de terno branco, camisa
preta, corrente dourada no pescoço,
sapato bicolor rigorosamente lustrado
e o inseparável chapéu. Espalhou sor-
riso e exibiu seu samba no pé. Um típico
Irreverência marcaapresentação deOsvaldinho da Cuíca nahomenagem de julho doprojeto Música PopularPaulista. No palco, umaverdadeira aula de samba
MADRIANA REIS
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
9
representante do samba paulista, ver-
dadeiro professor.
Osvaldinho da Cuíca nasceu Osvaldo
de Barros, na capital paulista, em 1940.
Tornou-se conhecido do público em
1967, ao participar do Terceiro Festi-
val da Record, ao lado de outro ícone
do samba paulista: Demônios da Ga-
roa. Juntos, defenderam a música “Mu-
lher, patrão e cachaça”, que reproduzia
um diálogo entre os instrumentos mu-
sicais. Osvaldinho fez da cuíca sua com-
panheira inseparável. Desse casamento,
surgiram frutos ao lado de parceiros
como Martinho da Vila, Beth Carva-
lho, Elizeth Cardoso, Cartola, Vinícius
de Morais, Gal Costa, além do imortal
Adoniran Barbosa.
Apaixonado pelo Carnaval, Osvaldi-
nho é fundador da Ala dos Composito-
res da escola de samba Vai-Vai. Para
homenageá-la, cantou em seu show na
APM os versos: “Quem nunca viu o
samba amanhecer, vai no Bixiga pra
A próxima atração do Música
Popular Paulista é Dona Inah, no dia
14 de setembro (ver agenda, página
41). Herdeira de uma tradição de
canto peculiar, arraigada à escola das
grandes divas do rádio e à expressão
do samba de raiz, Dona Inah iniciou
sua carreira na década de 1950,
cantando em rádios e clubes de
Araras, cidade paulista onde nasceu.
E do interior para a capital, seu
trajeto foi marcado pelo equilíbrio
Apresentação de Osvaldinho da Cuíca, na APM
ver...”, em referência ao bairro onde a
escola está instalada.
Em sua trajetória musical, Osvaldi-
nho da Cuíca formou o Trio Canela,
com Osmar do Cavaco e Jair do Cava-
quinho, ambos da Velha Guarda da
Portela. Também integrou o grupo
Velhos Amigos e, em 1999, gravou o
disco “História do Samba Paulista”,
com participação de Thobias da Vai-
Vai, Germano Mathias e Aldo Bueno.
Ao final do show, uma surpresa:
Osvaldinho convida o músico José Ro-
berto para integrar o grupo, agregando
outra cuíca à formação do palco. Todos
fazem um verdadeiro passeio pelas tra-
dições do samba paulista, entoando
clássicos como Saldosa Maloca, Trem
das Onze e Samba do Ernesto. Osvaldi-
nho da Cuíca encerrou seu show sendo
homenageado pela APM e mostrou,
mais uma vez, que seus instrumentos
falam, cantam e encantam quando o
assunto é samba. �
Dona Inah
da vida artística e o trabalho con-
vencional. Desde cedo, buscou
como referência musical grandes
nomes que conheceu de perto, nos
bastidores da Rádio Record e em
apresentações na Rádio Clube de
Santo André. Entre eles, Isaurinha
Garcia, Aracy de Almeida, Nelson
Gonçalves e Orlando Silva.
Em 2005, aos 70 anos, a sambista
foi coroada com o prêmio “Melhor
Revelação” na edição do prêmio
Tim. Antes disso, Dona Inah gra-
vou o álbum “Divino Samba Meu”
e representou o Brasil em importan-
tes festivais internacionais. No mes-
mo ano, ainda se apresentou em
Paris durante as comemorações do
“Ano do Brasil na França”.
Em seu novo show, a veterana
sambista Dona Inah apresenta um
repertório composto por sambas de
seu primeiro CD, com músicas dos
grandes mestres do samba.
10
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
Uma parceria envolvendo diver-sas entidades como a AssociaçãoPaulista de Medicina (APM), Pro-Teste, organização não-governamen-tal Criança Segura, SociedadeBrasileira de Queimadura, InstitutoPró-Queimados, Sociedade Brasilei-ra de Pediatria e Associação MédicaBrasileira (AMB) foi firmada paralutar contra a venda direta do álcoollíquido com teor acima de 46ºINPM – Instituto Nacional dePesos e Medidas. Um dos principaismotivos da iniciativa é o númeroalarmante de vítimas de queimadu-ras provocadas pelo uso do produto.Só no Brasil, são cerca de 150 milpessoas, sendo um terço crianças.
Com o objetivo de mostrar operigo do uso do produto e de pro-curar apoio da população na proi-bição da venda, as entidadeslançaram, em seus sites, um mani-festo (abaixo-assinado). A açãotambém pretende chamar a atençãoda Câmara Federal para retornar oprocesso de votação do projeto que
Não à venda de álcool líquidoestá ainda em tramitação, que dis-põe sobre a proibição da venda doálcool líquido acima de 46º INPM.
O perigoHoje, o consumidor usa o produ-
to, na maioria das vezes, para lim-peza ou acendimento de fogo. Maso que poucos sabem é que os pro-dutos oferecidos no mercado naforma líquida não têm capacidadetotalmente bactericida. Portanto,não são eficazes no caso de limpeza.A gradação correta deve ser entre68º e 72º INPM e, mesmo assim,somente os setores de saúde têmacesso a este tipo de álcool. Exis-tem outros produtos mais eficazespara atender a tal finalidade comoágua e sabão.
Para acendimento de fogo, a ver-são em gel não traz risco de explo-são em condições normais de uso erende três vezes mais. Além disso,o fogo não se espalha, como ocorrecom o líquido, evitando que gran-des áreas do corpo sejam queimadas.
RADARMÉDICO
Para participar, é só acessar www.proteste.org.br;www.criancasegura.org.br, www.amb.org.br ou www.apm.org.br e
preencher o formulário confirmando sua colaboração.
SERVIÇO
Campos do JordãoAs inscrições para o sorteio
de Hospedagem no Parque Hotel
Campos do Jordão. Cotas de no-
vembro – estão abertas até 10 de
outubro. A diária do apartamento,
para 4 pessoas, é de R$ 30,00.
No valor, não está incluso o café
da manhã, que é cobrado à parte.
O benefício só tem validade para
médicos associados. Informa-
ções: (11) 3188-4280 – Departa-
mento Social.
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
11
O Hospital Universitário da Univer-
sidade de São Paulo comemorou, no
dia 7 de agosto, 25 anos de atividade. A
cerimônia do festejo contou com a pre-
sença do superintendente do hospital,
o professor e doutor Paulo Lotufo, do
professor titular da FMUSP, Giovanni
Guido e da reitora da USP, professora
Suely Vilela.
A Associação Paulista deMedicina sediou, nos dias 4 e 5 de agos-to, a I Jornada Multidisciplinar em Pe-rícia Médica do Departamento dePerícias Médicas do Estado de SãoPaulo e do Comitê Multidisciplinar dePsiquiatria Forense da APM. O evento,que teve apoio da Secretaria do Estadoda Saúde, do Conselho Regional de Me-dicina do Estado de São Paulo(Cremesp), foi destinado a médicos pe-ritos, assistentes sociais, psicólogos eoutros profissionais envolvidos na área.
Na ocasião, foram levantadas questõescomo: fundamentos de perícia médica;medidas administrativas frente a simu-lações e dissimulações, assédio moralno trabalho, conseqüências da falsa pe-rícia e da imperícia, Responsabilidade
25 anos de HU
Foto
: Div
ulg
ação
USP
Foto: Divulgação USP
Perícia Médica é discutida na APMLegal e Ética em Perícia Médica, do-enças da coluna vertebral limitantes, osmitos e realidades da DORT/LER -lesões provocadas por situações de tra-balho prejudiciais que levam à incapa-cidade temporária ou definitiva dostrabalhadores, os aspectos médicoslegais sobre simulações e dissimula-ções. Além de assuntos como avalia-ção pericial em Psiquiatria e Síndromede Burnout, entre tantos outros presentesno dia-a-dia do profissional que traba-lha em perícia.
O médico psiquiatra forense GuidoPalomba, diretor cultural adjunto daAPM, falou sobre o tema AlienaçãoMental. O diretor de Defesa Profissi-onal da APM, Jarbas Simas, que tam-bém é médico perito, ministrou a
O diretor da APM, Guido Palomba,foi um dos palestrantes
palestra sobre Imperícia e AtestadosFalsos. Em sua avaliação, o eventomarca um grande avanço na área deperícia que discutiu o segmento emtodas as áreas, desde administrativaaté a legislação. “Os profissionaispresentes saíram mais esclarecidos,conhecendo mais a área em que atuam”,analisou Simas.
Os funcionários da Associação Paulista
de Medicina (APM) foram o público-alvo
da palestra “Segurança no Trânsito do
ponto de vista médico”, no dia 20 de
julho, ministrada pelos médicos especia-
listas em Medicina do Tráfego, Henrique
Funcionário bem informadoNaoki Shimabukuro, Maria Cecília Za-
non e Maria de Fátima Queiroga Neves.
Durante uma hora e meia, os pales-
trantes falaram sobre: os perigos do
trânsito; como conduzir o veículo de
forma mais segura, índices de mortes
causadas por negligencia no trânsito,
entre outros. “As pessoas precisam
saber que o trânsito é um exercício de
cidadania. É uma troca de espaço onde
o risco é grande quando não se tem res-
peito”, considerou Shimabukuro.
12
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
Foi publicado no Diário Oficial daUnião faz cerca de quinze dias o Decretonº 5.839, que dispõe sobre a organiza-ção, as atribuições e o processo eleitoraldo Conselho Nacional de Saúde – CNS,além de outras providências.
Em linhas gerais, a normativa tratadas competências do CNS e estabelecenovas regras para sua composição. Onúmero de membros titulares é ampli-ado de 40 para 48, na proporção de50% de representantes de entidades edos movimentos sociais de usuários doSUS; 25% de representantes de enti-dades de profissionais de saúde, inclu-ída a comunidade científica da área desaúde; e 25% de representantes dogoverno, de entidades de prestadoresde serviços de saúde, do ConselhoNacional de Secretários de Saúde -CONASS -, do Conselho Nacional de
Conselho Nacional de Saúde semmédicos é um atentado à saúde dapopulação, diz AMB
RADARMÉDICO
Secretários Municipais de Saúde -CONASEMS - e de entidades empre-sariais com atividade na área de saúde.
Lamentavelmente, a tradicional enecessária participação da classe médicano Conselho Nacional de Saúde nãoestá garantida pelo Decreto nº 5.839.Neste momento, a representação estámantida precária e temporariamente,graças a um acordo que teve como baseo regimento interno. Porém, a qualquermomento os médicos podem ficar sema cadeira que lhes tem permitido de-fender a boa prática médica e a assis-tência de qualidade.
Tendo em vista a importância singu-lar da medicina para o diagnóstico e tra-tamento de mais de 180 milhões debrasileiros e a contribuição dos médi-cos para a consolidação do SistemaÚnico de Saúde (SUS), a Associação
Médica Brasileira vem a público lamen-tar mais esta equivocada decisão dasautoridades do País, especialmente asda área de saúde. Um Conselho Nacionalde Saúde sem médicos representa umatentado contra a saúde dos cidadãos.É público e notório que a vigília per-manente dos profissionais de medicinaem prol dos pacientes sempre foi desuma importância para o sistema, as-sim como para evitar abusos e tenta-ções antidemocráticas.
A AMB espera que tal decreto sejarevisto, de forma a garantir que a parce-ria entre médicos e pacientes continueconsagrada como um dos pilares fiscali-zadores na rede de saúde do Brasil. Ocontrole social dos conselhos nacional,estaduais e municipais de saúde é bené-fico a todos os agentes do setor e a Asso-ciação Médica Brasileira faz questão depreservá-lo por intermédio de mecanis-mos eficientes e democráticos.
Saiba mais:Assessoria de Imprensa da AMB
(11) 3178-6800
www.amb.org.br
A Associação Paulista de Medicina,por meio de seu Presidente, atendendoàs disposições estatutárias, convocaseus associados para:
1) ASSEMBLÉIA GERAL ORDI-NÁRIA a fim de deliberar sobre a pro-posta orçamentária referente aoexercício seguinte;
2) ASSEMBLÉIA GERAL EX-TRAORDINÁRIA a fim de deliberarsobre a REFORMA DO ESTATUTOSOCIAL DA APM:
• adaptação ao Código Civil em vigor;
Edital de ConvocaçãoAssembléia Geral Ordinária e Extraordinária
Associação Paulista de Medicina
• demais reformulações a serem pro-postas, nos termos do Parágrafo Ter-ceiro do art. 26 do estatuto social.
As sugestões para reforma estatutáriapoderão ser elaboradas: pelos associa-dos em dia com suas obrigações estatu-tárias, sendo encaminhadas à Diretoriada APM, em sua Sede Social, até o dia12/09/2006, por intermédio das Se-ções Regionais ou Associações Filiadas,devendo constar a identificação clara elegível do proponente, bem como o dis-positivo a ser alterado e sua sugestão.
A Associação Paulista de Medicinadisponibilizará aos associados, por meiode seu site, (www.apm.org.br), até o dia11/10/2006, as propostas recebidas eordenadas, nos termos estatutários.
As Assembléias serão realizadas nodia 11 de novembro de 2006 (sábado),na Sede Social da Associação Paulistade Medicina, situada na cidade de SãoPaulo, à av. Brigadeiro Luis Antonio,278, 9º andar, sendo que, a Assem-bléia Geral Ordinária terá início às11h00 e a Assembléia de Geral Extra-ordinária a partir das 11h30.
São Paulo, 10 de agosto de 2006.
Dr. Jorge Carlos Machado CuriPresidente
Revista da APM Agosto de 2006
13
14
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
RICARDO BALEGO
U
CAPA
Telemedicina aoalcance de todos
m cenário que, à primeira vista,
pode parecer somente a teoria
de uma prática bastante distante no dia-
a-dia do médico: um país do tamanho
do Brasil sendo capaz de se intercomu-
nicar de um extremo a outro por meio
de redes de Telemedicina e Telesaúde.
À disposição dos médicos de todo o
país estaria a atualização profissional,
necessidade constante na medicina, e
possibilidades de segunda opinião em
diagnósticos; à população, apoio à aten-
ção primária e prevenção de doenças
por meio da educação à distância.
Esta é, na verdade, uma realidade que
vem se tornando cada vez mais acessível.
Sua tecnologia já está disponível e suas
possibilidades imediatas na promoção
Apesar de suas enormes possibilidades, a tecnologia detransmissão de dados a serviço da medicina no Brasil apostana simplicidade e eficácia tanto para a atualização e usomédico como para a atenção primária da população
da atenção à saúde são inegáveis.
Acredita-se que as primeiras aplica-
ções da Telemedicina aconteceram nos
Estados Unidos, em sua agência espa-
cial (Nasa), ainda na década de 1960.
O contexto era o da corrida espacial e
da guerra fria. Logo, a potência que
detivesse melhor tecnologia, inclusive
de transmissão de dados, poderia dar
um passo à frente.
“Até meados da década de 1990, ela
não conseguia ser muito bem difundida
no meio comum, porque a tecnologia
era cara. Estava reservada a centros
altamente especializados”, explica
Chao Lung Wen, professor associado e
coordenador geral da disciplina de
Telemedicina da Faculdade de Medi-
cina da USP (FMUSP).
Esta situação começou a se alterar à
medida que o poder dos computadores
e a modernização dos sistemas de tele-
comunicações evoluíram, possibilitan-
do à atividade um amplo e efetivo
campo de trabalho.
Hoje, a Telemedicina já não é mais
considerada exclusivamente de uso
médico, mas sim um resultado da união
de profissionais da saúde e da tecnolo-
gia, cuja a finalidade é promover a saú-
de. Conceitos variantes como Telesaúde
e Teleducação são comuns, uma vez que
as atividades podem envolver equipes
Tecnologia à serviço da medicina
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
15
multiprofissionais e educação à distância.
Países como EUA, Canadá, Austrália
e outros vêm apresentando importante
crescimento no uso dessa tecnologia.
No Brasil, tudo parece caminhar para
uma gradual implantação da Teleme-
dicina também, uma vez que já exis-
tem condições para tal. Além de redes
de telecomunicações federais já dispo-
níveis, como a RNP, RUTE, SIVAM/
SIPAM e redes governamentais estadu-
ais, há grandes possibilidades também
por linhas digitais, DSL (banda larga)
e mesmo a linha telefônica discada. Isso
possibilitaria a conexão entre dois ou
mais pontos em qualquer local do país.
A linha discada, inclusive, vem sen-
do a grande aposta em projetos que en-
volvem centros de ensino, entidades
médicas e a esfera governamental.
Segundo o professor Chao Lung Wen,
embora haja a Telemedicina de alta
tecnologia (videoconferência, robótica)
e média (internet de banda larga), “cerca
de 70% da necessidade brasileira se
resolve com internet de baixo custo,
com o uso de linha discada, um mi-
crocomputador com leitor de cd e má-
quina fotográfica digital”.
“É fundamental hoje, com a grande
multiplicidade de novidades médicas,
ter um instrumento que seja baseado nas
melhores evidências. A Telemedicina
passa a ser uma ferramenta muito útil
devido às dificuldades que muitos
médicos têm para ter acesso. A Inter-
net e a Telemedicina podem melhorar
de forma excepcional esse rendimen-
to”, concorda Jorge Carlos Machado
Curi, presidente da APM.
Atenção primáriaComo exemplo, no dia 7 de julho, foi
lançado o Projeto de Telesaúde aplica-
da à Atenção Básica, coordenado pelo
Ministério da Saúde e que visa capaci-
tar equipes estratégicas do Programa de
Saúde da Família (PSF), atuando em
regiões mais remotas e de difícil acesso
no país.
Da cidade de Parintins, interior do
Amazonas, o ministro da Saúde, Age-
nor Álvares, se comunicou e assistiu a
uma apresentação gerada pela equipe
da FMUSP, em São Paulo.
“As equipes poderão obter a segunda
opinião por teleconsulta, numa ação
combinada de teleassistência e teledu-
cação. Serão implantados inicialmente
Tela de vídeoconferência
Site tecnológico da USP
16
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
oito Núcleos de Telesaúde, sediados em
oito universidades públicas, que já têm
experiência desenvolvida em telesaúde
e estão estrategicamente distribuídas
pelas cinco regiões do Brasil”, ressalta
Ana Estela Haddad, coordenadora de
Gestão da Educação em Saúde da Se-
cretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação do MS (DEGES/SGTES).
Segundo ela, além de ligados em rede,
os oito núcleos estarão conectados,
cada um, a outros cem pontos localiza-
dos em Unidades Básicas de Saúde.
Participam também do projeto enti-
dades como a Universidade Federal de
Minas Gerais, Conselho Federal de
Medicina, Sociedade Brasileira de
Medicina da Família e Comunidade e
a biblioteca virtual em saúde Bireme,
que combinam ações, ainda, com
programas de outros Ministérios, como
o da Educação, Ciência e Tecnologia,
Comunicações e Defesa. Estas e outras
instituições formam, inclusive, a Co-
missão Permanente de Telesaúde do
governo, criada em março para avaliar
e acompanhar os projetos da área.
“Fizemos isso para provar que, mes-
mo a Amazônia, está hoje conectável
por tecnologia. Por isso, eu acho que a
Telemedicina no Brasil não pode ser
mais vista só como medicina à distân-
cia. Ela tem que ser vista já como uma
questão de estratégia de saúde para o
país”, opina o especialista Lung Wen.
“A Telesaúde representa um campo
emergente do conhecimento em saúde,
desenvolvido a partir de uma intersec-
ção entre a informática médica, a saúde
pública e a administração. O termo tem
conotação mais ampla do que apenas o
desenvolvimento tecnológico, carac-
terizando-se por um novo modo de
“O projeto na Amazônia Legal
está em andamento e indo muito
bem; levando desde educação con-
tinuada, para os médicos e outros
profissionais de saúde, por ser uma
região menos populosa, até atendi-
mento e segunda opinião, orienta-
ção para o colega à distância, frente
alguma dificuldade que ele tenha”,
explica Gerson Zafalon Martins,
coordenador da Câmara Técnica e
2º secretário do CFM.
pensar, agir e trabalhar em rede”, con-
ceitua Ana Estela.
As novas possibilidades de comu-
nicação em saúde exigiram, recente-
mente, a criação, no Conselho Federal
de Medicina, de uma Câmara Técnica
exclusiva para assuntos relacionados
à Telemedicina.
Na atuação entre Governo e Uni-
versidade, há, ainda, projetos como o
Estação Digital Médica, que tem a mis-
são de estruturar uma rede entre os
centros hospitalares e vem contando
com um orçamento de R$ 5 milhões do
Ministério da Ciência e Tecnologia.
“Os valores são secundários aos bene-
fícios que a Telemedicina pode propor-
cionar”, opina Gerson Zafalon.
Educação MédicaPara falar em medicina à distância no
Brasil é preciso falar na FMUSP, que,
em 1997, instituiu em sua graduação a
disciplina de Telemedicina. “A FMUSP
é hoje o maior centro de Telemedicina
no Brasil e certamente é um dos grandes
em toda a América Latina, representado
A USP é o maior centro de telemedicina do país
CAPA
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
17
por todo seu complexo, como o HC,
HU, Centro de Saúde-Escola Butantã,
Faculdade de Odontologia de Bauru e
mais nove instituições, todas interligadas
entre si, formando uma grande comu-
nidade de Telemedicina”, orgulha-se o
professor Chao.
De fato, são 150 mil m² de área hospi-
talar interligada, com possibilidade de
transmitir para qualquer lugar do mun-
do, desde que haja conexão disponível.
A Faculdade dispõe, ainda, de outros
projetos destinados ao ensino e preven-
ção de doenças, como o Homem Virtu-
al, uma série de programas educativos
feitos em computação gráfica e três
dimensões, que levam informações tan-
to para alunos e especialistas em medi-
cina como para o público leigo. A série
“Questão de Peso”, do médico Dráuzio
Varella, exibida pelo programa Fantás-
tico em 2003, foi feita pela FMUSP.
A própria Associação Paulista de Me-
dicina (APM) também vem se utilizando
da Telemedicina para levar atualização
sobre temas médicos aos profissionais.
Toda segunda terça-feira de cada
mês, o Departamento de Medicina de
Família e Comunidade da entidade se
reúne para discutir assuntos que envol-
vem a prática da medicina familiar no
mundo e conta sempre com a partici-
pação, por videoconferência, de espe-
cialistas internacionais.
No dia 8 de agosto, foi a vez do chefe
do departamento de Medicina da Fa-
mília da Universidade do Kansas
(EUA), Joshua Freeman, contribuir via
web cam com suas experiências para o
encontro científico.
O especialista falou sobre o tema
“Cuidados Primários Orientados para
a Comunidade”, com enfoque para o
médico de família no contexto da
atenção primária.
Todo complexo da USP é interligado pela tecnologia
Projetos de saúde passam pelo computador
Recertificação de títulosEducação continuada aos médicos
também é um campo fértil e útil para a
atuação da Telemedicina. Desde 1º de
janeiro deste ano, todos os médicos que
obtiverem título de especialista ou
certificado de área de atuação terão
cinco anos para obter os créditos válidos
para o CAP (Certificado de Atualiza-
ção Profissional).
Para tal, os especialistas deverão
somar cem pontos em atividades de atu-
alização ao longo desse período, sendo
que, pelo menos dez créditos por ano
(cerca de 20 horas/aula) podem ser
obtidos por meio de programas à dis-
tância, como a Telemedicina. Para isso,
as atividades precisam ser credencia-
das à Comissão Nacional de Acredita-
ção (CNA), composta por membros da
Associação Médica Brasileira (AMB)
e Conselho Federal de Medicina (CFM),
18
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
e terem o desempenho de seus partici-
pantes avaliados.
Embora uma avaliação completa a
respeito de meios como a internet na
formação do médico ainda sejam objeto
de discussão, o primeiro secretário da
AMB e membro da CNA, Aldemir Hum-
berto Soares, considera a experiência
positiva para a educação médica. “En-
tendemos que a atualização poderá ser
contemplada por esta forma e que cur-
sos à distância são ferramentas impor-
tantes para atingir os médicos
brasileiros nos locais mais distantes, e
com baixo custo”, disse.
Os médicos que se especializaram
antes de janeiro, no entanto, podem
optar por acumular ou não os pon-
tos. Além disso, a CNA ainda estuda
como levar o sistema a todas as So-
ciedades de Especialidades, para que
estas acompanhem a atualização de
seus profissionais.
A Federação Brasileira de Gastroen-
terologia (FBG), por exemplo, lançou
recentemente seu Programa Nacional
de Educação e Desenvolvimento
Continuado à Distância para Certifica-
ção de Atualização Profissional, que
está aliado às normas do CFM.
Gratuito aos associados da entidade
e previsto para o mês de setembro, o
primeiro curso terá 12 aulas cursadas
em um ano, que contará 12 créditos para
efeito de comprovação junto à CNA.
“O objetivo é incentivar o aprimora-
mento técnico e estender o conheci-
mento ao maior número possível de
profissionais que atuam na área de Gas-
troenterologia ou sua área de atuação,
a hepatologia”, afirma Luiz Gonzaga
Vaz Coelho, presidente da FBG.
“A Telemedicina pode ajudar de for-
ma fundamental na atualização médica,
proporcionando grande interatividade
aos médicos e estabelecendo contato à
distância com os grandes centros”, opi-
na o presidente da APM, Jorge Curi.
Chao Lung Wen, da USP
O Projeto Jovem Doutor, como
explica Chao Lung Wen, da USP,
“vai começar pelos alunos da fa-
culdade de medicina, que vão ensi-
nar, por meio do Homem Virtual e
Geração Saúde, o aluno do ensino
médio a como prevenir doenças. E
esse aluno vai dar palestras aos seus
amigos mensalmente”.
A APM quer levar a medicina às escolas públicas
Projeto com a APMA APM também vem estudando par-
ticipar de um projeto que, em parceria
com a FMUSP, pretende levar educação
e prevenção de doenças a alunos de
escolas públicas no Estado de São Paulo.
As regionais e distritais da APM
seriam responsáveis por levar o projeto
a todas as regiões do Estado. “Seria a
Associação Paulista de Medicina, numa
ação conjunta com a universidade,
promovendo a saúde da população do
Estado”, completa o professor.
CAPA
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
19
Tecnologia que humanizaA preocupação com possíveis infrações
éticas nas relações entre os médicos e seus
pacientes no uso da Telemedicina tem
suas normas previstas principalmente em
dois documentos: a Declaração de Tel
Aviv, adotada pela 51ª Assembléia
Geral da Associação Médica Mundial em
1999, e, no caso brasileiro, a resolução
do CFM nº 1.643/2002, que reconhece
e institui a prática no país.
A norma define, por exemplo, que o
médico que acompanha seu paciente é
o responsável pelo ato, independente
de participações à distância e segundas
opiniões, e que a tecnologia não substi-
tui essa relação. “Ela está aprovada
para segunda opinião, não para atendi-
mento direto ao paciente”, faz questão
de lembrar Lung Wen.
Com isso, uma segunda opinião médi-
ca não descarta a presença do médico
junto ao seu paciente, mas sim agrega
dados para um diagnóstico mais correto.
Segundo a Declaração de Tel Aviv,
que inspirou a resolução do CFM, “a
Telemedicina não deve afetar adver-
samente a relação individual médico-
paciente. Quando é utilizada de
maneira correta, tem o potencial de
melhorar esta relação por meio de mais
oportunidades para comunicar-se e um
acesso mais fácil de ambas as partes”.
Sabe-se que, como qualquer outra tec-
nologia, a medicina à distância, se bem
usada, pode trazer benefícios à atuação
médica e ao próprio sistema de saúde
brasileiro. “No fundo, a tecnologia, se
for utilizada em pontos adequados,
humaniza muito mais do que a gente
Participantes do Fórum que discutiu os serviços médicos prestados à distância
Lideranças médicas debatem o uso da telemedicina
imagina”, atesta Chao.
As possibilidades vão de redução dos
custos com transporte e diminuição das
distâncias, maior eficiência no mapea-
mento de epidemias até o uso de outras
ferramentas, como a telenfermagem.
“Estamos num momento histórico
muito bom. O Ministério da Saúde está
muito sensibilizado e a entrada das
associações médicas junto com o CFM,
hoje criaria uma força tão grande, que
viabilizaria várias outras coisas. É
preciso ensinar os médicos a como uti-
lizar a telemedicina e a teleducação”,
completa o professor. �
Nos dias 14 e 15 de julho, profissio-
nais médicos, governo, professores, ges-
tores de saúde e outros atores envolvidos
no uso da Telemedicina no país se reuni-
ram para discutir, entre outros pontos,
como implantar o reembolso dos servi-
ços médicos prestados à distância.
Realizado na Faculdade de Medicina
da USP (FMUSP), o evento também
propôs critérios para a sistematização da
segunda opinião médica, apresentou
experiências já realizadas e suas poten-
cialidades, bem como as possibilidades
para a recertificação dos títulos de espe-
cialistas e de área de atuação.
“Quando se fala em reembolso, muita
gente pensa que é só questão de dinheiro,
mas a idéia não é essa. A Telemedicina
hoje no Brasil é um recurso que visa
otimizar o serviço de saúde do país e
reduzir os seus custos”, afirmou Chao
Lung Wen.
Reunião discutevalorização do serviço
20
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
MÚSICAPOPULARPAULISTA
Carlinhos Vergueirolota auditório da APM
CLUCIANA ONCKEN
arlos Vergueiro chegou. A Bolsa
vai abrir. Em queda ou alta? O
leilão vai começar. Aquela loucura de
gente gritando pra cá e pra lá. Opa, volta
a fita. Carlinhos Vergueiro chegou. O
show vai começar. Aquela loucura de
gente, chegando sem parar, para ver
Carlinhos cantar. Sem dúvida, o show
abre em alta.
O Música Popular Paulista segue 2006 fazendo sucesso,marcando momentos inesquecíveis
Houve um tempo em que este ícone
da música paulista, da música brasi-
leira, dedicava seu tempo à Bolsa de
Valores. A música era para as horas
vagas. Isso foi já há muito tempo, nos
idos de 1973. E daquela data em diante,
a música foi ganhando mais espaço na
vida deste compositor. Até tomar conta
de sua vida. Ficou conhecido depois de
ganhar o festival de Abertura da TV
Globo, com a música “Como um ladrão”.
Passaram-se 31 anos desde então. E,
hoje, é difícil imaginar este cara metido
num terno e gravata. Enfrentando os
altos e baixos do mercado financeiro. A
Bolsa perdeu um profissional bom de
lábia, e todos nós ganhamos muitas com-
posições para ficar em nossa memória.
Era 1o de junho, lá estava ele, sentado
num banquinho, roupa despojada, calça
de sarja preta, colete, tênis, com o toque
marcante de sua touca preta de lante-
joulas. Estava ali para ser homenageado
pela sua longa carreira e pela contri-
buição à Música Popular Brasileira,
Foto: Gisela Gutara
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
21
dentro do projeto Música Popular
Paulista, da Associação Paulista de
Medicina (APM).
Com seu estilo jovial e alegre, seu
humor às vezes beira o sarcástico.
Gosta de uma prosa com o público,
coisa que aprendeu com o mestre
Adoniran Barbosa.
Com o Auditório Nobre da APM
lotado e em companhia dos músicos
Edson Alves (violão e flauta) e Adriano
Busko (percussão), Carlinhos relem-
brou as várias fases de sua carreira.
Por Edson, declama o seu amor, mais
do que isso, uma certa dependência
química do amigo e companheiro. “Eu
sofri de síndrome de abstinência. Eu
não sabia o que era viver sem o Edson,
principalmente no show. Ele é o me-
lhor companheiro de palco, o maestro
Edson Alves”, um dos fundadores da
Banda Mantiqueira, onde permanece
até hoje, e já foi homenageado pelo
Música Popular Paulista.
À medida que a noite passava, Carli-
nhos ia conquistando cada vez mais o
público, parecia crescer e crescer. Vol-
tando no tempo, indo além. Relembrou
antigos sucessos.
Para quem precisa de refresco para a
memória, a discografia de Vergueiro é
composta de dois compactos, onze LPs
e quatro Cds. Entre eles, destaca-se
“Carlinhos Vergueiro -15 anos de car-
reira”, no qual divide cada música com
um convidado, entre os quais Paulinho
da Viola, Caetano Veloso, Djavan, Chico
Buarque, Martinho da Vila, Toquinho,
Ney Matogrosso, entre outros.
Durante sua trajetória, trabalhou com
Cartola, viajando por todo o Brasil pelo
Projeto Pixinguinha, em 1978. Também
dividiu o palco com Nélson Cavaqui-
nho, em 1980, e com Ney Matogrosso,
Zizi Possi e Virginia Rosa, em 1995.
Carlinhos não está neste mundo para
brincadeira, não. O sucesso atravessou
fronteiras, com shows por todo o país, e
em outros também, como Itália, França,
Cuba. Parcerias com Adoniran Barbosa,
Toquinho, Chico Buarque, Vinícius de
Moraes, Sombrinha, Aldir Blanc, Pau-
linho da Viola, Arlindo Cruz, entre
muitos outros. E tem mais, como pro-
dutor, esteve à frente do LP “A Ópera
do Malandro”, de Chico Buarque para
o filme de Ruy Guerra (1985). �
Quem perdeu, perdeu...
Carlinhos Vergueiro e seu estilo jovial e alegre
Foto: Gisela Gutara
22
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
PROFISSÃO
médico está preparado para
lidar com a morte?
Qual a postura que ele, em especial o
intensivista, deve ter diante de pacientes
terminais?
Estas e outras perguntas, igualmente
polêmicas, foram debatidas por espe-
cialistas a fim de procurar as respostas
que afligem atualmente as áreas médica
e jurídica. Durante dois dias, os assuntos
foram discutidos no fórum sobre “De-
safios Éticos na Terminalidade da
Vida”, promovido pelo Conselho Re-
gional de Medicina do Estado de São
Paulo (Cremesp) em parceria com o
Conselho Federal de Medicina (CFM)
e realizado na capital paulista.
O evento contou com a presença de es-
pecialistas médicos e jurídicos, que queri-
am esclarecer até onde vai o poder de
decisão dos profissionais de medicina pe-
rante a morte iminente de seus pacientes.
“Esta discussão trata das angústias
que sofremos como intensivistas”, lem-
brou, no segundo dia do fórum, Rachel
Duarte Moritz, que faz parte da Câmara
Técnica sobre Terminalidade da Vida
do Conselho Federal de Medicina
(CFM). “Os médicos custam a aceitar
a morte de seus pacientes. Para nós a
responsabilidade parece ser maior”,
completou, abrindo mais uma sessão
de discussões.
Roberto D’Ávila, também diretor do
CFM, disse que o Fórum o era pontapé
inicial “para discutir a terminalidade da
Terminalidade da vidaTerminalidade da vidaDa esq. p/dir. José de Siqueira, Jeferson Piva, Rachel Moriz, Miguel Kfouri, Jairo Othero, Gabriel Oselka e Renato Terzi
O
Marcos Segre, Maria Marchi, Maria Vilas Boas, Gerson M., Solimar Pinheiro eLuis Manreza (da esq. p/dir.)
vida sem preconceitos”. Ele esclareceu
ainda que era a oportunidade para debater
a resolução da entidade sobre o assunto.
O artigo número primeiro da reso-
lução diz que “é permitido ao médico
limitar ou suspender procedimentos e
tratamentos que prolonguem a vida do
doente em fase terminal, de enfermi-
dade grave e incurável, respeitada a
vontade da pessoa ou de seu represen-
tante legal”.
No caso de morte encefálica, a re-
solução esclarece em seu artigo ter-
ceiro: “é vedado ao médico manter
Até onde vai a obrigaçãodo médico?
CARLA NOGUEIRA
RICARDO BALEGO
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
23
os procedimentos que asseguravam o
funcionamento dos órgãos vitais,
quando houver sido diagnosticada a
morte encefálica em não doador de
órgãos, tecidos e partes do corpo hu-
mano para fins de transplante”.
Segundo Roberto D’ Ávila, a con-
duta, prevista na resolução, é deno-
minada “ortotanásia”, que é diferente
do conceito “eutanásia” - prática pela
qual se abrevia, sem dor ou sofrimento,
a vida de um enfermo incurável.
“A ortotanásia visa garantir a possi-
bilidade de morrer com dignidade,
sendo que a eutanásia é uma interrup-
ção direta da vida”, explica.
Para o presidente da Sociedade de Bi-
oética, José Eduardo Siqueira, o fórum
abriu novas possibilidades para a huma-
nização do tema. “Fizemos crescer a
tecnologia e diminuímos a reflexão éti-
ca. Não podemos desprezar as técnicas,
mas é preciso humanizar a terminalida-
de da vida e ampliarmos a discussão
sobre a resolução. A morte não é ade-
quadamente tratada na área da saúde. É
necessária a reflexão”, completou.
Segundo o professor José Eduardo
de Siqueira, da Sociedade Brasileira
de Bioética (SBB), as angústias mé-
dicas frente à impossibilidade de cura
e à morte são incutidas na própria
faculdade. “A culpa é nossa. Nós
transmitimos aos ainda alunos de
medicina que a morte é um fracasso
e não somos educados para fazer di-
ferente disso”, disse. “É arrogância
nossa, dos professores de medicina,
pois dizemos que eles têm o poder
de cura sempre. Curamos às vezes,
aliviamos freqüentemente e confor-
tamos sempre”, completou.
DesafiosO coordenador do Núcleo de Estudos
e Pesquisa em Bioética do Centro Uni-
versitário São Camilo, em São Paulo, o
padre Léo Pessini, classificou o evento
como um desafio. “Ou melhor, uma
ousadia, pois o assunto provoca angús-
tia, mas é necessário discutí-lo. A morte
deixou de ser um evento para se tornar
um processo”, afirmou o religioso.
Pessini conceituou a distanásia - morte
com sofrimento físico ou psicológico
do indivíduo lúcido – e ressaltou que
os médicos devem ouvir seus pacientes,
avaliar a eficácia do tratamento e o prin-
cipal, “curar a morte e não a doença”.
“Vemos um milagre: o avanço tec-
nológico, mas é o momento de anali-
sar a questão ética nos critérios da
utilização desta tecnologia a favor do
paciente. A medicina vive um conflito:
lutar contra a morte e entender este
caminho”, afirmou.
Pessini destacou os métodos adota-
dos pelos médicos na forma de atender
Público que acompanhou um dos debates
Saulo Eduardo Siqueira, Clóvis Constantino e Desiré Callegari (da esq. p/dir.)
24
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
seus pacientes, principalmente, os que
se encontram em fase terminal. “O
paciente tem direito de morrer com dig-
nidade. Ele (paciente) tem sua bagagem
de valores e culturas e isto é tão impor-
tante o médico compreender como ava-
liar seu exame de sangue”.
Segundo o padre, os médicos preci-
sam ser educados para saber lidar com
situações críticas da vida e da morte”.
Poder judiciário e medicinaO ministro do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), Gilson Lângaro Dipp, clas-
sificou o tema do evento como complexo
e de muitas controvérsias. “Mas não po-
demos fugir da responsabilidade de discu-
tirmos. E o Fórum vem agregar cada vez
mais a ligação do Poder Judiciário com a
Medicina, porque até para nós, a termina-
lidade da vida é um assunto novo”.
O ministro entende também que é
preciso olhar mais o paciente em estado
terminal como ser humano, “pensar no
paciente e não na doença”.
“Precisamos oferecer conforto ao
enfermo terminal. Apoio psicológico
e moral são mais essenciais do que fo-
car apenas no prolongamento da vida.
Os médicos precisam saber os limites
que podem chegar nos procedimentos
em benefício do bem-estar do paciente.
Quanto à nossa área, necessita-se de
uma manifestação do judiciário mais
concreta sobre o tema”, disse o juiz.
Para o procurador geral de Justiça
do Distrito Federal e Territórios, Leo-
nardo Bandarra, a terminalidade da
vida precisa primeiro ser compreendi-
da entre os médicos.
“Vocês é que darão o diagnóstico de
paciente terminal e acredito que, entre
os profissionais, há uma necessidade de
entendimento e compreensão sobre o
assunto. É importante destacar que o
médico não está só, a resolução é um
avanço e que dará amparo a vocês (mé-
dicos)”, afirmou o procurador.
Para Miguel Kfouri Neto, do Tribu-
nal de Justiça do Paraná, “há uma dife-
rença grande entre morrer e morrer com
dignidade”, tratando também sobre a
chamada “interrupção de tratamento”,
questão presente em casos irreversíveis.
ResoluçãoAlém da importância de se tratar sobre
a terminalidade da vida, as discussões
apresentadas durante o fórum devem
resultar, em breve, em uma resolução
normativa editada pelo CFM.
O intuito é amparar o médico em con-
tato direto com tais dilemas éticos,
como a posição da família, terapêutica
desnecessária em casos irreversíveis e
respeito à morte sem sofrimentos.
“O próprio Código de Ética Médica
não traz nada sofre o tema pacientes ter-
minais. Essa resolução deve auxiliar
muito nas questões com as quais convi-
vemos, no aspecto legal, implicitamen-
te, e no aspecto ético, explicitamente”,
destacou Gabriel Oselka, ex-presiden-
te do CFM e coordenador do Centro de
Bioética do Cremesp. �Diaulas Ribeiro, Gilson Dipp, Maria Goretti, Cláudia Burla, leonardo Bandarra eMaria Kovacks (da esq. p/dir.)
Vídeo ilustrativo de um dos debates
PROFISSÃO
Revista da APM Agosto de 2006
25
26
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
SAÚDEPÚBLICA
Clara Brandão. Do outro lado, 200 pesso-
as, a maioria mulheres já acostumadas
ADRIANA REIS
“E m uma tigela, junte um copo
de farelo de trigo tostado,
um de farinha de milho tipo biju, outro
de farinha de mandioca bem crocante,
outro ainda de óleo (de preferência de
arroz) e sal. Misture bem. Em seguida,
acrescente bananas picadas, caldo do
limão e salsinha a gosto. Está pronto.
Fácil de fazer, não precisa nem de fogão”.
Há 35 anos, a pediatra enutróloga Clara Brandãoajuda a salvar vidas comreceitas simples, de altovalor nutritivo e baixo custo
Quem ensina pacientemente o prepa-
ro desta farofa é a pediatra e nutróloga
26
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
Farofa preparada pela nutróloga
A mãe da multimistura
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
27
com o dia-a-dia da cozinha, anotam
cada detalhe. Estão impressionadas com
a receita e aguardam o momento de
experimentar a novidade. O ritual se
repete há 35 anos, desde que a doutora
Clara decidiu unir o que havia aprendido
com a medicina e os conhecimentos
partir destas constatações, passou a usar
sua criatividade para inventar receitas
que garantiam os nutrientes necessários
e que cabiam no bolso da população
mais carente.
Foi assim que surgiu a idéia da mul-
timistura – um misto com alto valor
nutritivo, formado por folhas e semen-
tes secas e trituradas até virarem um
pó, que é acrescido ao prato de comida,
diariamente. O conceito da multimis-
tura foi adotado pela Pastoral da Cri-
ança, da Igreja Católica, que passou a
distribuir para as mães cujos filhos
estavam abaixo do peso. O resultado foi
surpreendente. A receita básica da mul-
timistura contém: 70% de farelo (de
arroz e/ou de trigo) tostado; 15% de pó
de folhas (mandioca, batata-doce etc.)Anotações do curso preparado pela nutróloga Clara Brandão
“Ensinar a comer direito não
é difícil. O complicado é fazer
as pessoas comerem bem com
o que têm à disposição”, perce-
beu Clara Brandão.
Dicas para seguir umaalimentação sustentável
• Para assegurar o consumo dos
nutrientes necessários, o ideal é
comer maior variedade possível de
alimentos disponíveis;
• A boa digestão começa com
uma boa mastigação;
• Prefira frutas e água aos sucos
com açúcar/adoçante e refrigerantes;
• Comece sempre o almoço e o
jantar com um prato de salada de
folhas cruas e limão;
• Sempre que possível, coma três
tipos de frutas por dia e cinco tipos
de folhas.
com as pesquisas que desenvolveu na
área de alimentação.
Clara descobriu um dom e uma mis-
são. O dom: combinar produtos simples
e à disposição da maioria dos brasilei-
ros – e com baixo custo – e transformar
em receitas reaplicáveis, com alto valor
nutritivo. A missão: ajudar a diminuir
a desnutrição infantil no país. “Um ter-
ço dos brasileiros vive abaixo da linha
da pobreza. Isso sempre me incomo-
dou”, conta Clara, formada pela Uni-
versidade de São Paulo em 1969.
Cuidar da saúde de crianças foi o que a
motivou pela escolha da pediatria como
especialidade. Mas agir combatendo
apenas a doença era pouco para ela. O
desafio era prevenir, evitando que os
pequenos chegassem aos consultórios
e ambulatórios.
Clara passou a pesquisar o que essas
crianças comiam em casa. Desenvol-
veu estudos que comprovavam a influ-
ência da alimentação na saúde e, a
Clara Brandão
28
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
SAÚDEPÚBLICA
e 15% de pós de sementes (gergelim,
abóbora, linhaça, girassol). Foi tão dis-
seminada que atualmente pode ser en-
contrada pronta, nas lojas de produtos
naturais. Basta uma colher de sopa ao
dia, distribuída nas refeições.
“Século das cidades”O brasileiro tem se alimentado de
forma cada vez mais precária em termos
de qualidade. Clara Brandão acredita
Projeto ensina a fazer horta
que isso acontece porque a população,
que antes ocupava essencialmente a
área rural, migrou para os grandes cen-
tros urbanos. “Vivemos o século das
cidades. A maioria da sociedade vive
nas periferias desses centros metropo-
litanos e se depara com a falta de diver-
sidade dos alimentos”, aponta.
Outro problema, segundo a médica,
é nossa alimentação estar baseada no
que é vendido em supermercados.
“Nossas refeições são pautadas pelos
supermercados. Consumimos cada vez
mais produtos industrializados e dei-
xamos para trás uma herança de alimen-
tos naturais e saudáveis”, critica.
Antes, nossa relação com o alimento
era mais direta. “Conhecíamos o ven-
dedor de frutas, legumes e verduras
pelo nome. Sabíamos o tempo certo de
colheita de cada produto, acompanhá-
vamos seu ciclo. Tudo isso se perdeu
quando abandonamos as feiras livres”,
acredita Clara.
Projeto alimentação sustentável, granola e multimistura
Dicas para seguir umaalimentação sustentável
Clara Brandão
• Acrescente duas folhas a mais
de tempero (salsa, coentro etc.) por
dia. Em dez anos, haverá ingestão
de 7.300 folhas: uma grande quan-
tidade de vitaminas e minerais.
Multimistura pode ser encontrada em lojas de produtos naturais
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
29
Clara Brandão faz palestras a merendeiras
O alerta foi feito pela doutora em
São Paulo, recentemente, para um
grupo de 200 merendeiras que traba-
lham em projetos sociais de comple-
mentação escolar, da Fundação Banco
do Brasil. Em dois dias de oficina so-
bre Alimentação Sustentável, elas
receberam instruções de como prepa-
rar alimentos saudáveis, usando pro-
dutos disponíveis na própria região.
Saíram do curso com um livro de re-
ceitas, outro de orientações para ini-
ciar uma horta perene e a vontade de
multiplicar esse conhecimento.
As merendeiras ficaram impressiona-
das com os números de uma pesquisa,
apresentados por Clara Brandão duran-
te a oficina: 50% dos brasileiros se ali-
mentam com pouca qualidade; 30%
comem mais do que necessitam; 40%
da nossa produção agrícola é desperdi-
çada ou estraga antes de chegar à mesa.
A vida corrida das grandes cidades
também prejudica nossa alimentação.
Trocamos as refeições pelos sanduíches
e os sucos, pelos refrigerantes. “O bra-
sileiro inverte a pirâmide de alimen-
tos. Consumimos mais aquilo que deveria
ter menor peso na nossa balança: arroz
branco, pão e massas feitos com fari-
nha branca e açúcar”, critica a pedia-
tra. Segundo ela, há um provérbio que
diz: “Mudar o hábito alimentar é mais
difícil do que mudar a religião de al-
guém”. Foi por isso que Clara estudou
para desenvolver uma mistura que
complementasse a alimentação, garan-
tindo imediata absorção de nutrientes.
Assim, ajudou a salvar vidas de inúme-
ras crianças por todo o Brasil. “Quando
a criança nasce desnutrida, abaixo dos
2,5 quilos, ela tem duas vezes mais
chances de ser um adulto hipertenso”,
ensina Clara.
Durante a oficina, Clara mostrou que
o resultado do uso da multimistura na
região do semi-árido brasileiro foi
significativo. Antes de incluir o com-
posto na alimentação local, 25,4% das
crianças até um ano de idade estavam
abaixo do peso. Depois, apenas 1%.
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
Clara Brandão
• Uma colher de sopa por dia de
farelo (de arroz e/ou trigo) melhora
o rendimento físico, mental e com-
bate a constipação intestinal;
• Uma colher de sopa de multi-
mistura por pessoa/dia, dividida
em três refeições, pode reduzir
em até 30% o volume de alimento
ingerido;
• Prefira mandioca gratinada,
cozida ou frita a fazer bolo, nho-
que, purê. Ela é brasileira e 100%
orgânica;
• O arroz parbolizado tem 528%
mais vitamina B1, 150% mais cál-
cio e 250% mais ferro que o arroz
branco.É sempre soltinho, rende
20% mais, nunca tem grão quebrado
e gasta menos óleo no preparo;
• Frutas secas e rapaduras são
ótimos substitutos dos doces;
• Vitaminas A, C e E presentes
nas verduras e frutas melhoram a
resposta imunológica, reduzem a
gravidade das infecções e o risco de
catarata;
• Alimentos ricos em gordura e
açúcar favorecem doenças crônico-
degenerativas, hipoglicemia, de-
ficiência de micronutrientes,
obesidade e sobrepeso em todas
as idades.
30
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
SAÚDEPÚBLICA
GuloseimasDoces industrializados, prontos para
consumir e agradáveis ao paladar... ten-
tação difícil de resistir. Mas esse tipo
de guloseima é um vilão da nossa saúde
alimentar. “Esses produtos industria-
lizados nem deviam ser considerados
alimentos. Alguns desses doces são ver-
dadeiros venenos para nossas crian-
ças”, critica Clara. A médica aponta,
entre as conseqüências da má alimen-
tação, a diminuição da capacidade in-
telectual e o aumento da pré-disposição
para doenças degenerativas, obesidade
e hipoglicemia. “Sem contar que uma
alimentação mais saudável deixa as
pessoas mais felizes”, aponta.
Entre as inúmeras dicas da médica
estão o consumo da folha de mandioca,
rica em minerais e vitaminas. “Tem
mais ferro do que a carne e mais vita-
mina A do que o leite”, revela. Ela
pode ser ingerida em formato de pó,
reduzir a gravidade das infecções como
a dengue, malária, pneumonia, diar-
réia, tuberculose e gripe.
Os farelos de arroz e de trigo também
são recomendados por ela, assim
como as saladas com folhas verde-
escuras. Outro coringa é o gergelim,
que tem dez vezes mais cálcio que o
leite e pode ser usado em sopas, fei-
jão, farofa e saladas. Além, é claro,
da própria multimistura, que pode ser
incluída na alimentação diária, sem
contra-indicação.
Clara incentiva a ter em casa uma
pequena horta. Dá para aproveitar o
quintal e até as encostas do muro. Quem
mora em apartamento pode produzir
em vasos. Basta escolher as mudas e
sementes que melhor se adaptem às
condições do ambiente.Merendeiras em curso ministrado por Clara Brandão
• O óleo de arroz tem uma subs-
tância que acelera a formação e fi-
xação da memória. Pode ser usado
mais de uma vez sem se decompor;
• Use milho pelo menos duas
vezes por semana, em polenta,
angu, canjiquinha, cuscuz, bolo,
farofa ou o milho verde;
• O limão nas refeições aumenta
a absorção de ferro;
• O açúcar retira o cálcio da nossa
alimentação;
• O pó da folha de mandioca tem
sete vezes mais ferro do que a carne
e 180 vezes mais vitamina A do que
o leite;
• O gergelim tem dez vezes mais
cálcio do que o leite;
• A luz do sol na pele aumenta a
produção de vitamina D, impor-
tante para a absorção do cálcio;
• Os sucos com folhas verde-
escuras como hortelã, capim-santo,
agrião, salsa e couve melhoram a
disposição para o trabalho, o apren-
dizado e reduzem as infecções.
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
Clara Brandão
acrescido na comida, e ajuda a contro-
lar a anemia, aumentar a imunidade e
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
31Cestas básicas regionalizadas para o Fome Zero
A alimentação é um assunto que
tem atraído cada vez mais a atenção
da sociedade, da mídia e do meio aca-
dêmico. Quem confirma é o presi-
dente da Associação Brasileira de
Nutrologia (Abran), Durval Ribas
Filho. A entidade, que funciona desde
1973 - a Nutrologia é uma especiali-
dade médica desde 1978 -, tem de-
senvolvido inúmeros projetos para
melhorar a qualidade nutricional da
população. Um dos mais recentes foi
uma minuciosa pesquisa, em parceria
com o governo federal, para a
montagem de cestas básicas regiona-
lizadas para o Programa Fome Zero.
“Passamos dois anos investigando a
alimentação nas regiões Norte, Nordes-
te, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, para
identificar os produtos com alto valor
nutritivo, dentro das particularidades
de cada lugar”, afirma Ribas.
Segundo ele, é possível alimentar-se
corretamente mesmo vivendo a cor-
reria dos grandes centros urbanos.
“Uma das boas invenções recentes é
o restaurante por quilo. A pessoa
monta o próprio prato, buscando
combinações coloridas, e garante
uma refeição saudável”, exemplifica.
Com alguns cuidados básicos, o
presidente da Abran ensina que dá
para manter uma alimentação equi-
librada, mesmo recorrendo a produ-
tos industrializados e aos sanduíches.
“A indústria alimentícia evoluiu
muito. Hoje temos uma infinidade
de pães integrais à disposição. Pode-
mos comer sanduíches, optando pela
combinação de pão, carne branca, de
preferência, alface e tomate, sem
abusar de ketchup e mostarda e evi-
tando a maionese”, diz. Ele também
alerta para o comportamento atual
da sociedade em deixar de lado a
velha conhecida combinação de ar-
roz e feijão. “É uma mistura muito
adequada”, elogia.
O médico incentiva ainda a po-
pulação a olhar para outro problema
crescente relacionado à alimenta-
ção: a obesidade. “O Brasil tem 38,8
milhões de obesos. Temos de nos
preocupar com essa questão”, afir-
ma. Esse e outros assuntos serão de-
batidos nos dias 14, 15 e 16 de
setembro, em São Paulo, durante o
Congresso Brasileiro de Nutrolo-
gia. Mais informações no site
www.abran.org.br.
As invenções de Clara Brandão pa-
recem agradar ao bolso, ao organismo
e ao paladar. Prova disso são os sinais
de satisfação das merendeiras, que
experimentaram e repetiram a farofa
preparada pela médica. Ao ocupar os
bancos da faculdade de medicina, dou-
tora Clara fez um juramento: trabalhar
para salvar vidas. Em especial, a das
crianças, já que optou pela pediatria.
Foi além. Reproduziu conhecimento
e mostrou que saúde se garante no
cotidiano, a cada escolha feita. A cada
prato de comida. �
• A hipoglicemia, que provoca
mal-estar, tonturas, mau-humor,
violência e agressividade, pode ser
reduzida com alimentos integrais,
granola, verduras e castanhas;
• As folhas verde-escuras como
taioba, dente de leão, hortelã, man-
jericão, jambu, capeba, vinagreira,
serralha, beldroega, ora-pro-nóbis,
moringa, são mais ricas em mine-
rais e vitaminas do que as folhas
verde-claras;
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
Clara Brandão
• A castanha-do-pará contém se-
lênio, que é essencial para a saúde.
Consuma uma a duas por dia;
• Brotos, algas e cogumelos são
ricos em minerais e vitaminas.
Consuma-os com freqüência;
• O exercício físico regular e a
boa alimentação ajudam o bom fun-
cionamento do corpo e são funda-
mentais para a saúde.
32
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
COTIDIANO
CARLA NOGUEIRA
A
Jovens sãoprincipal alvo nocombate ao fumo
fumaça do vício. A tragadaque pode levar à morte. Presasfáceis, os jovens caem no vício.
É cada vez mais freqüente o número deusuários de tabaco, principalmente ocigarro, entre adolescentes. Dados doInstituto Nacional do Câncer (Inca)apontam esta realidade. “O tabaco éconsiderado uma doença pediátrica.Cerca dos 90% de fumantes começarama fumar antes dos 19 anos”, completoua representante do Inca, Érika Caval-cante, durante o I Fórum Nacional daSaúde “Juventude contra o Tabaco”,ocorrido na manhã do dia 8 de agostono auditório nobre da APM.
O evento foi realizado pela APM,Sociedade Brasileira de OncologiaClínica, Associação Médica Brasileirae Núcleo de Apoio ao Paciente comCâncer e teve o apoio de várias entidadesque trabalham em prol do pacienteportador de câncer.
A iniciativa, realizada em comemo-ração ao Dia Nacional da Saúde, 6de agosto, teve como principal fococonscientizar e alertar sobre o perigodo tabagismo entre os jovens, bem
Fórum realizado na APMmostra os riscos a que apopulação jovem é expostaquando faz uso do tabaco,especialmente o cigarro
como mostrar que o câncer tem cura.Segundo Érika, cerca de 100 mil
pessoas por dia se iniciam no hábito defumar, sendo que 80% dos casos ocorreem países em desenvolvimento. “Épreciso entender que a dependência dotabagismo é por toda a vida. O nossotrabalho consiste em mostrar os peri-gos do tabaco, o que isso pode causar àpessoa e, principalmente, dar respaldopara o dependente que deseja se afastardo vício. É uma vigilância eterna”.
Em sua conclusão, na apresentação noFórum, Érika destacou que o combateao tabagismo precisa ser um trabalhoconstante e em conjunto com a sociedade.“Precisamos da conscientização dasociedade para mobilizarmos e escla-recer cada vez mais a população sobreos danos causados pelo tabagismo”.
IniciativaA diretora de Ações Comunitárias da
APM, Yvone Capuanno, abriu a pro-gramação do evento com destaque para
iniciativa da APM na realização doFórum. “Para a APM é uma honrarealizar um evento desta importância.Estamos [APM] de portas abertassempre. Obrigada a todos”.
Em seguida, a presidente da SociedadePaulista de Oncologia, Nise Yamaguchi,apresentou aos presentes, representantesdo Idem – rede internacional que visaajudar e incentivar jovens na integraçãoe transformação de causas sociais.
Os jovens do Idem fizeram um louvorà maior causa: a transformação domundo, e, principalmente, a transfor-mação de si mesmo, longe de vícios.
A presidente da Sociedade Brasileirade Oncologia Pediátrica, Sônia Viana,explanou sobre o câncer em crianças que,segundo ela, não tem prevenção, mas,com um diagnóstico precoce há chancede 70 a 80% de cura. Já Eliana Caran, doGrupo de Apoio à Criança e Adolescentecom Câncer (GRAACC), apresentou ainfra-estrutura do GRAACC e todo otrabalho desenvolvido pela entidade. �
Yvone Capuanno, diretora da APM, e Nise Yamaguchi, durante palestracontra o tabagismo na APM
Revista da APM Agosto de 2006
33
34
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
CÂNCER
PADRIANA REIS
esquisadores do mundo inteirocomemoraram, em junho, a
divulgação do resultado de uma pesqui-sa realizada por 55 instituições e quedesenvolve um exame capaz de identifi-car a predisposição genética para o cân-cer de intestino. Uma dessas instituiçõesera brasileira: o Hospital do Câncer. Ocoordenador do grupo é o oncologistaBenedito Mauro Rossi, mineiro forma-do pela Pontifícia Universidade Católicade Minas Gerais. Desde 1985, ele traba-lha no Hospital do Câncer, onde perce-beu a necessidade de pesquisar ainfluência genética na predisposição paraessa doença, ainda hoje considerada umtabu. De seu consultório, no bairro daLiberdade, Dr. Rossi concedeu uma en-trevista exclusiva à Revista da APM:
Revista da APM - A mídia tem noti-ciado a descoberta de um exame gené-tico para identificar a predisposiçãopara o câncer de intestino. O que esseresultado representa?
País integra equipe de 55instituições internacionaispara desenvolver examegenético que identifica apredisposição ao câncerde intestino
Benedito Mauro Rossi – Essa pes-quisa que a mídia tem comentado, trata-se de um resultado parcial de um trabalhoque começou em 1997. Desde este perí-odo, estamos estudando casos de câncerhereditário de intestino. É uma pesqui-sa contínua, que envolve 55 instituiçõesde todo o mundo, da qual o Hospital doCâncer, em São Paulo, faz parte. Somosum grupo de estudos com cerca de 20profissionais, coordenados por mim.
APM – Como essa pesquisa come-çou? O que o grupo tem conseguidoem termos de conhecimento científicodesde 1997?
Rossi – Para ser sincero, essa pesquisacomeçou antes ainda, em 1992. O pro-cesso iniciou com o registro dos casosde câncer no intestino que recebíamosno Hospital do Câncer. O primeiro passofoi montar um imenso banco de dados.A comunidade científica sabia que ha-via uma predisposição genética para ocâncer de intestino, mas até aquelemomento não tinha um embasamentode pesquisa para saber o grau disso. Euacompanhava os pacientes chegando aohospital com o diagnóstico de câncerde intestino e, muitas vezes, percebiaque o pai, o irmão ou o primo dele tam-bém tinham a doença. Isso precisavaser organizado em forma de base para apesquisa. Foi o que fizemos. Já com obanco de dados, que recolheu informa-ções de mais ou menos 150 famílias,
começamos a pesquisa, em 1997. Osresultados foram publicados em 2002,numa revista internacional.
APM – A partir disso, a equipe ganhouprojeção internacional?
Rossi – Sim, o resultado foi publica-do em uma revista importante do meiocientífico e passamos a ter contato comoutros pesquisadores, do mundo todo.Em 2004, começamos a segunda faseda pesquisa, com registro de 300 famí-lias. O resultado dessa pesquisa foi pu-blicado em junho de 2006, com adescoberta do exame que identifica apredisposição genética para desenvol-ver o câncer de intestino.
APM – E se trata de uma divulgaçãomundial?
Rossi – Isso mesmo, porque a pesquisafoi desenvolvida em conjunto por estas55 instituições que formam o grupo deestudos. A organização dos dados tevecoordenação de um pesquisador coreano.
APM – É verdade que o senhor é oúnico brasileiro na equipe?
Rossi – Sim e não. Sou o único brasi-leiro que assina o estudo, mas, na verda-de, nenhum trabalho é desenvolvido poruma pessoa somente. É um trabalho deequipe. O grupo de estudos tem 20 pes-quisadores, como mencionei, e todostrabalham juntos. É importante dizer
Brasil no timetitular daspesquisas Oncologista Benedito Mauro Rossi
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
35
isso, porque a pesquisa é resultado doesforço de todos. Nós nos reunimos se-manalmente, desde 2003, quando o gru-po foi criado. Até montamos um site naInternet, em que publicamos um resu-mo das nossas reuniões. O endereço éwww.gbeth.org.br (Grupo Brasileiro deEstudos de Tumores Hereditários).
APM – E de que forma é feito esteexame?
Rossi – Funciona da seguinte forma:a pessoa chega até o Hospital do Câncerpara saber sua predisposição genética. Oprimeiro passo é identificar as pessoasna família que já tiveram a doença. Fa-zemos a coleta do sangue delas para oestudo genético. Depois, organizamosa árvore genealógica daquela família epassamos a verificar alguns critériospré-definidos que, se preenchidos, qua-lificam aquela pessoa como predispos-ta geneticamente. A herança para ageração seguinte é de 50%, ou seja, se opai ou a mãe têm a predisposição, achance do filho também ter é de 50%.
APM – Mas ter a predisposição nãosignifica que a pessoa vai desenvolvero câncer, não é?
Rossi – Pode acontecer. Nossas pes-quisas mostram que se a pessoa tiver apredisposição, a chance de ter câncer éde 80%. Para que se entenda o que issorepresenta, eu costumo comparar comuma grande escadaria. Vamos suporque todos nasçam no degrau zero, ouseja, no andar térreo. À medida quevamos crescendo, passamos a agredirnosso organismo com alimentos nãosaudáveis, com álcool e cigarro. Va-mos subindo essa escada. Quando che-gamos aos 50 anos, num certo patamar,desenvolvemos o câncer. A pessoa compredisposição genética já nasce no quin-to degrau dessa escada. Ela já está al-guns passos adiante e, portanto, deveredobrar os cuidados.
APM – E qual o procedimento a partirdo momento que a pessoa sabe que tema predisposição?
Rossi – Ela deve fazer um exame anu-al para monitorar a doença e começarisso cedo, a partir dos 25 anos. A partirdos 50 anos, todos devem fazer esse exa-me, mesmo quem não tem a predispo-sição genética.
APM – O senhor mencionava hápouco sobre a alimentação. Ela é tãoimportante assim na prevenção do câncerde intestino?
Rossi – Ela é importantíssima, é fun-damental. O cigarro, o álcool e a ativi-dade física são importantes, mas aalimentação é o determinante. Um dosprincipais agressores do intestino é agordura saturada. E sabe onde ela é maisencontrada? Na carne vermelha. É umaverdadeira vilã. Eu brinco que nas em-balagens de carne do supermercado de-veriam vir imagens de pessoas doentes,assim como acontece com o cigarro.Outro agressor é o alimento processa-do: salsicha, presunto, mortadela, pa-tês enlatados. Aumentam em 40 ou 50vezes a chance de desenvolver câncerde intestino. Sempre ouço pessoas di-zendo: “ah, mas conheci um velhinhoque comia de tudo, bebia, fumava e vi-veu até os 90 anos”. Pois se ele não ti-vesse feito tudo isso viveria até os 120,porque tinha condição genética favorá-vel. Em resumo, não se deve subesti-mar a importância da alimentaçãosaudável para a prevenção da doença.
APM – Além de evitar a carne, o quemais é possível fazer pela alimentação?
Rossi – Pode abusar de grãos, casta-nhas, cereais. Comer alimentos frescos,frutas, legumes. O Brasil é um país privi-legiado, porque tem produtos frescos oano todo. Nosso clima proporciona isso,ao contrário dos países europeus, que
sofrem com o frio rigoroso. É só ir à fei-ra, está tudo lá, bonito e colorido. Se pos-sível, substituir a carne vermelha pelopeixe, que não tem gordura saturada. Nãoprecisa deixar de comer carne vermelha,mas faça isso apenas uma vez por sema-na. Porque já está comprovado pela Ci-ência o quanto ela faz mal ao nossoorganismo.
APM – Quais os próximos passos dapesquisa?
Rossi – Acabamos de conseguir aaprovação de um apoio financeiro daFapesp (Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado de São Paulo) paraampliar essa descoberta, incluindo ou-tros aspectos. Um deles, que nunca foiestudado no Brasil, é a abordagem psi-cológica da doença. Sabemos como,ainda hoje, o câncer é um tabu na nos-sa sociedade. Temos psicólogos e psi-quiatras no Hospital do Câncer paradar esse suporte. Estou orientandouma pesquisa de doutorado que estáestudando justamente isso, porquequanto maior for a resistência psico-lógica à doença menor a chance da pes-soa se submeter a exames preventivos.Com estes recursos financeiros pode-remos abordar os mais diferentes as-pectos dentro deste tema, vamosverticalizar a pesquisa, aprofundá-la.
APM – O Brasil tem avançado comopromotor de pesquisas científicas?
Rossi – Ainda estamos longe do ide-al, mas temos avançado. Existem ilhasde pesquisa no Brasil, como o Hospitaldo Câncer. O Estado de São Paulo ain-da concentra a maior parte dessas pes-quisas, mas acredito que estamoscrescendo. Com este trabalho sobrecâncer do intestino, o Brasil está en-trando no time titular de pesquisado-res. Estar nesse grupo significa queestamos compatíveis com o resto domundo. É uma grande conquista. �
36
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
RADARMÉDICO
O Sistema de Atendimento à Saúde
(Sinasa) e o Sindicato das Empresas
Sinasa e Sescon-SP firmam parceria
Foto
: Le
and
ro d
e G
odoi
de Serviços Contábeis e das Empresas
de Assessoramento, Perícias, Informa-
ções e Pesquisas no Estado de São Pau-
lo (Sescon-SP) firmaram uma parceria
que poderá beneficiar um universo de
mais de 50 mil pessoas. O acordo, fir-
mado no dia 5 de agosto, vem com o
objetivo de fornecer atendimento em
saúde para funcionários e colaboradores
de mais de 4 mil empresas filiadas ao
sindicato. Na ocasião, estiveram pre-
sentes o diretor de defesa profissional
Diretores assinam parceria
Saiba mais:www.sinasa.com.br
A Associação Paulista de Medi-cina (APM), em parceria com aAssociação Brasileira de Brin-quedotecas, abre, até o dia 20 desetembro, inscrições para o cursode formação de brinquedista hos-pitalar. O evento será realizadoentre 25 e 27 de setembro na sededa APM e será destinado a profis-sionais que atuam na área da saúde,como médicos, enfermeiros, edu-cadores, psicólogos, fonoaudiólo-gos, entre outros.
Dentro da programação do curso,vários temas serão abordados comprofissionais reconhecidos daárea, entre eles “As principais ra-zões da internação hospitalar in-fantil”; “A criança com patologias
da APM, Thomaz Howard Smith, o
presidente do Sescon-SP, Antônio
Marangon, e o representante do Sinasa,
José Maria de Almeida Prado. O sis-
tema oferece atendimento particular
direto, sem intermediários, por pro-
fissionais de Medicina de todas as es-
pecialidades, além de acesso a serviços
hospitalares e exames complementares.
É hora de brincar sério
Saiba mais:Programação completa do cursono portal oficial da APM.www.apm.org.br
Poderá ser efetuada pessoalmentena sede da APM ou por meio dodepósito bancário: Banco Itaú.Agência 0251; C/C: 43.883-4 nomi-nal à Associação Paulista de Medi-cina. CNPJ: 60.993.482/0001-50.
Enviar via fax (11) 3188-4255,a ficha de inscrição preenchida,com letra legível e comprovantede depósito.
Sócio da ABBri: R$ 200,00.Não-sócio ABBri: R$ 250,00.
Inscrição
Mais informações: AssociaçãoPaulista de Medicina – Departa-mento de Eventos. Avenida Bri-gadeiro Luiz Antônio, 278.Telefone: (11) 3188-4252. Email:eventos@apm.org.br
SERVIÇO
respiratórias”; “A criança com pato-logias cirúrgicas”; “Dinâmica Lúdica”;“O brincar como suporte do desenvol-vimento da criança hospitalizada”;“Brincando com a sucata”; “Enten-dendo o brincar no hospital” e “Brin-quedista hospitalar: uma profissionalou uma voluntária?”.
Brinquedoteca auxilia criançasdurante permanência no hospital
Foto
: Osm
ar B
usto
s
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
37
Covers agitam o Clube de Campo
Com o intuito de promover a
articulação entre o governo e a
comunidade em agenda comum
para a busca de soluções para o cân-
cer de mama, 23 organizações de
14 Estados brasileiros fundaram,
no mês de julho, a Federação Naci-
onal de Instituições Filantrópicas
em Câncer de Mama (Femama).
Além de defender as políticas
públicas de atenção à saúde da
mama, a entidade nasce com a
meta de capacitar Organizações
Câncer de Mama tem federaçãoNão-Governamentais para que se
tornem cada vez mais atuantes e
profissionais em sua jornada de
combate e prevenção da doença.
De acordo com a presidente da
Federação, Maira Caleffi, a enti-
dade buscará, ainda, representar
todas as entidades do Brasil que
lutam contra o câncer de mama.
“E cada uma delas terá o papel de
promover ações em sua região,
fortalecendo os direcionadores
determinantes do processo de
De uma hora para outra, o tempo
virou, de muito quente para muito frio
e úmido. Imagina lá na Serra da Canta-
reira, onde fica o Clube de Campo da
APM. E a neblina então! Mas, fã que é
fã enfrenta chuva, tempestade. Pra
quem é fã, não tem tempo ruim.
Eles vão chegando e querem sempre
mais. E a noite fria, fica pra lá de quente.
Cover de Elvis Presley
Covers dos Beatles
Foi assim o dia 29 de julho, no Encon-
tro Musical de Médicos Músicos. Uma
noite inesquecível que abrigou o grande
encontro: Beatles e Elvis Presley.
Cover? Sim, o que importa? Ali,
todos acreditaram na transmutação de
quatro médicos, os quatro “médicos
Beatles”, em Beatles e, depois, em
Elvis. Lotação máxima. Cerca de 120
pessoas. Frio? Só na Serra, o restau-
rante fervia quando Ed Sullivan anun-
ciou a apresentação da Banda Beatles
Soul, até as crianças grudaram os olhos
no palco. E quando o show começou,
“Imagine”: irreverência, saudades,
encatamento. Pronto! Perfeito!
Mais um pouquinho e todos estavam
no ponto de dança. Coladinhos nos mo-
mentos românticos de Elvis. Balanço
no rock dos Beatles e dos velhos sucessos
dos anos 60. E assim foi... muita alegria,
alma lavada e coração em festa.
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
37
Público lota clube da APM
Saiba mais sobreo projeto
No Departamento Social da
APM, no telefone (11) 3188-4282
mudança da estatística de morta-
lidade”, completa.
Na agenda inicial da Femama,
estão programados quatro fóruns
para os meses de agosto e setem-
bro. A idéia é levar os principais
candidatos à Presidência a esses
eventos para discutir projetos rela-
cionados à prevenção do câncer de
mama. Sua diretoria ressalta que
“a federação está de portas abertas
para qualquer entidade do país que
queira se associar”.
Foto: Osmar Bustos
Foto: Osmar Bustos
Foto: Osmar Bustos
38
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
dia 14 de julho foi especial parao Clube do Jazz da APM. Na-
quela data, um auditório lotado podeconferir um dos shows mais aguarda-dos do ano pelos freqüentadores doprojeto. Para a felicidade dos aprecia-dores da boa música, quem estevepresente na ocasião foi a consagradacantora Rosa Maria Collin.
Acompanhada pelos músicos SílvioGallucci (piano), Cláudio Celso (gui-tarra), Guy Sasso (contrabaixo) e Ar-mando Tibério (bateria), Rosa cantoutemas antológicos como “I Can’t GiveYou Anything But Love”, de DorothyFields/ Jimmy Mc Hugh, “Summer-time”, de George Gershwen, “I’veGot you Under My Skin”, de Cole
O Auditório Nobre da APM contou,na noite de 26 de julho, com a presençado excelente e renomado Quarteto Tau.Os violonistas se apresentaram dentroda programação do Música em Pauta,projeto da entidade que apresenta, umavez por mês, grandes nomes da músicaerudita e instrumental brasileira.
Formado pelos músicos Breno Chaves,Fábio Bartoloni, José Henrique de
Música em Pauta recebe o Quarteto TauCampos e Marcos Flávio, o quartetotraz para os violões versões de clássicosde autores consagrados. Na APM, elesinterpretaram canções como “Gnatta-liana”, de Giacomo Bartoloni (1957),“Águas de Março”, de Tom Jobim(1927 – 1994) e Quarteto nº 3 – “Brasi-leiro”, de Alberto Nepomuceno (1864– 1920). Confira a próxima atração naAgenda Cultural.
Quarteto Tau, na APM
Rainha do jazz brasileiro canta na APM
MÚSICA
Rosa Marya Collinencanta APM
com seu bluesPorter, “California Dreamin”, de JohnPhillips, e “Monday Monday”, deJonh Phillips. Além de um show me-morável, o público assistiu, no telão,a diversos registros raros de apresen-tações, entrevistas e muitas fotos, con-tando a história e a carreira da diva doblues do Brasil.
Rosa Marya iniciou sua carreira aos18 anos no Rio de Janeiro, cantandojazz e bossa no Beco das Garrafas,depois de trabalhar durante o diacomo operária. Com o registro gravede sua voz, adaptou-se bem ao repertó-rio jazzístico e, em 1965, gravou seuprimeiro disco. Em seguida, fez showspor todo o Brasil, participou deprogramas de televisão e atuou na
primeira montagem brasileira do mu-sical “Hair”, além de ter trabalhadono México. A partir do início da dé-cada de 1980, firmou-se como can-tora, tocando ao lado da TradicionalJazz Band.
Depois de mais de 20 anos de car-reira e com alguns discos gravados,era ainda pouco conhecida do grandepúblico, até que uma gravação despre-tensiosa para um comercial de televi-são, em 1988, alcançou o topo dasparadas. Uma regravação cool de“California Dreamin”, do grupo TheMamas And The Papas, tornou-se oseu grande sucesso, ficando por sema-nas consecutivas em primeiro lugarnas paradas musicais. �
O
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
39
AGENDA CIENTÍFICA
SETEMBRO Apresentação de Darcy Domingos27/09 – quarta – 8h30O brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte dodesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadaCoordenação: Maria CamposConferencista: Vera de OliveiraMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: Outrosaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarCoordenação: Yvonne Capuano • Estratégias no brincar com a
criança em situação de restrição -Germana Concílio
• A utilização dos recursosexpressivos na BrinquedotecaHospitalar - Silvia Pizzo
• A narração de histórias - BeatrizGimenes
• Projeto Coala: inserção da leituracomo recurso terapêutico nofortalecimento da relação mãe-filho- João Palma
Equipe: Leda Sigristi/ Marco Nadal/Elizabeth Biondo• Trabalho em Grupo para
elaboração de recomendaçõesCoordenação: Diretoria da ABBri• Brinquedista Hospitalar: uma
profissional ou uma voluntária?Coordenação: Draúzio ViegasConferencista: Nylse Cunha• Relatório sobre a participação -
Marylande Franco
Departamento de Cirurgia Plástica26/09 - terça – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica
Departamento de Cirurgia Vascular eAngiologia23/09 - sábado - 9hCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCirurgia VCirurgia VCirurgia VCirurgia VCirurgia Vascular eascular eascular eascular eascular eEndovascularEndovascularEndovascularEndovascularEndovascularOrganização: Calógero Presti eValter Castelli Jr.Módulo VI: Urgências VascularesModerador: Calógero Presti• Controle de danos no trauma
vascular – Dra. Rina Porta• Tratamento intervencionista do
trauma carotídeo-cervical – Dr.Alexandre Fioranelli
• Estado atual da indicação do
Comitê Multidisciplinar deAdolescência30/09 – sábado – 8h30SEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIO: T: T: T: T: Transtornos doranstornos doranstornos doranstornos doranstornos doHumorHumorHumorHumorHumorCoordenação – Dra. Isa Kabacznik• Diagnóstico do transtorno bipolar na
infância e adolescência – Dra. Lee Fu-I• Aspectos neuropsicológicos do
transtorno do humor naadolescência – Dra. CândidaCamargo
• Comorbidades – Dr. Manoel Teixeira• Por que tratar precocemente o
transtorno bipolar? – Dra. IsaKabacznik
• Tratamento do transtorno bipolarna infância e adolescência - Dr.Miguel Boarati
• Repercussão social e familiar dotranstorno do humor – Dr. WimerBottura Jr
• Debate
Departamento de AçõesComunitáriasCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita lar25/09 – segunda – 8h30Abertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAs principais razões da internaçãohospitalar infantilCoordenação: Marylande Franco -Drauzio ViegasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasda cr iança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comsintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seuatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoCoordenação: Vera de Oliveira• A criança com patologias
respiratórias - Marisa LaranjeiraDepoimentos da BrinquedistaGermana Concílio• A criança com patologia cirúrgica -
Dr. Pedro FernandezDepoimentos da Brinquedista FabianeAlmeida• A criança com câncer - Mônica
CiprianoDepoimentos da Brinquedista CláudiaMolchansky• Dinâmica LúdicaCoordenação: Beatriz Gimenes
Apresentação deApresentação deApresentação deApresentação deApresentação deBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas Hospitalaressegundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;higienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento nosleitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;t ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadesdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comequipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.Coordenação: Silvia Baltieri• Brinquedoteca do Centro Infantil
Boldrini - Nina Mazzon• Brinquedoteca do INCOR -
Janayna Faria• Brinquedoteca do Hospital São
Paulo/ Unimed Araraquara - LucyCorreia
• Brinquedoteca do Hospital DarcyVargas - Norma Satie
• A trajetória do brincar no hospitalCoordenação: Edda Bomtempo -Aydil Ramos26/09 – terça – 8h30Entendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar nohosp i ta lhosp i ta lhosp i ta lhosp i ta lhosp i ta l Coordenação: Darcy Domingos Conferencista: Edda BomtempoMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita lares Coordenação: Beatriz Gimenes• O brincar no pronto-socorro -
Risélia Pinheiro• O brincar no leito hospitalar -
Juliana Batista• O brincar na sala de espera - Lea
Waidergorn• A higienização dos brinquedos -
Maria de Fátima Cardoso• Dinâmica Lúdica Coordenação: Beatriz Gimenes eequipe da ABBriMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalPPPPPediá tr icoediá tr icoediá tr icoediá tr icoediá tr ico Coordenação: Jorgea(verificar se onome é esse) Macedo• Serviço Social - Iara Mingione• Fisioterapia - Vivian Cheab• Psicologia - Renata Petrilli• Terapia Ocupacional - Lina Santos• Fonoaudiologia - Andréa Silva• Brincando com a sucataCoordenação: Nylse Cunha
reimplante de membros – Dr.Arnaldo Zumiotti
• Papel da cirurgia endovascular nostraumas dos grandes vasos – Dr.Ricardo Aun
• Trombólise na isquemia aguda dosmembros: existe evidênciaexcelente para sua utilização? – Dr.Ivan Casella
• Como melhorar os resultados notratamento dos aneurismas rotosda aorta - Dr. Ronald Fidelis
• Tratamento da dissecção aguda daaorta. Análise crítica baseada emevidências - Dr. AlexandreAnacleto
Comitê Multidisciplinar deCitopatologia28/09 – quinta - 19hXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeBras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Capítulo São PCapítulo São PCapítulo São PCapítulo São PCapítulo São PauloauloauloauloauloCâncer do OvárioOrganização/ Coordenação: Prof.Dr. David Alperovitch/ Profa. Dra.Suely Alperovitch/ Profa. Dra. LuciaCarvalho• Generalidades• Exame cito-histopatológico• Conduta atual
Comitê Multidisciplinar de ColunaVertebral20/09 – quarta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Esporte e a coluna vertebralControle de Qualidade Hospitalar –CQH14 e 15/09 – quinta e sexta – 8h30Formação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doPNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional deGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em Saúde• Apresentação do PNGS e do CQH• Código de ética para os
examinadores• Fundamentos de excelência• Critérios de avaliação do PNGS• Exercício de estudo de caso• Processo e etapas de avaliação• Preparação do relatório de
avaliação28 e 29/09 – quinta e sexta – 8h3030/09 – sábado – 8hCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQH
40
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
OBSERVAÇÕES1 .1 .1 .1 .1 . Os sócios, estudantes, residentes e
outros prof iss ionais deverãoapresentar comprovante de categoriana Secretaria do Evento, a cadaparticipação em reuniões e/ou cursos.
2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real izaçãodo Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .
3 .3 .3 .3 .3 . As programações estão sujeitas aalterações.
INFORMAÇÕES/INSCRIÇÕES/LOCAL:Associação Paulista de MedicinaAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278Tel.: (11) 3188-4252 –Departamento de EventosE-mail: eventos@apm.org.brPortal: www.apm.org.br
ESTACIONAMENTOS:Rua Francisca Miquelina, 67(exclusivo para sócios da APM)Rua Genebra, 296(Astra Park – 25% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 436(Paramount – 20% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 289 (OriginalPark)
PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza LimaDiretor de Eventos
PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lahDiretor Científico
Programação para LeigosDepartamento de Neurologia02/09 – sábado – 9hRRRRReunião de Peunião de Peunião de Peunião de Peunião de Portadores eortadores eortadores eortadores eortadores eFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaPrograma Educação para SaúdeCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: Dr. Severiano. Severiano. Severiano. Severiano. SeverianoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes Netto13/09 – quarta – 14h• Amor e sexo na 3ª idade – Dr.
Luiz Freitag27/09 – quarta – 14h• Transtornos da ansiedade – Dr.Carlos Laganá
• Perfil• Liderança• Estratégias e planos• Clientes e sociedade• Informações e conhecimento• Pessoas• Processos• Resultados da organização
Comitê Multidisciplinar de Dor27/09 - quarta – 20hJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deTTTTTratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-IndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesCoordenação: Dra. Vitória Bejar• Medicamentosas - Dr. Rogério
Adas• Armadas - Dr. Caio Grotta• Psico-comportamentais - Dr. João
Figueiró• Troca de Idéias
Departamento de Infectologia04/09 – segunda – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Novas drogas antiretrovirais em
AIDS – Dra. Roberta Nogueira
Departamento de Medicina deFamília e Comunidade12/09 – terça – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaModeradora: Dra. AdrianaRoncolettaVia WEBCAM: Dra. Valerie Gilchrist -USA• As mulheres na Medicina de
Família: a família na Medicina deFamília
Departamento de Medicina Legal16/09 – sábado – 8hJornada PJornada PJornada PJornada PJornada Paul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de MedicinaLega lLega lLega lLega lLega lCoordenação: Dr. Luiz HoppeMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: Controvérsiasnos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo dedel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicaindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.Moderador: Dr. João Oba
Relator: Dr. Luiz HoppeDebatedores: Dr. Daniel Muñoz/ Dr.Mário Tsushia• Conferência: técnicas de exumação
– da teoria à práticaPresidente: Dr. Mário Tsushia Palestrante: Dr. Carlos Coelho• Workshop: Apresentação e
discussão de casos Médico-LegaisCoordenação: Dr. Arnaldo Poço• Discussão do caso “Y. Y.”:
homicídio ou suicídio?Apresentador e Debatedor: Dr.Daniel Muñoz• Conferência: Técnicas tanatológicas- O estudo macroscópico do coração
e do sistema nervoso central emface da Medicina Legal
Presidente: Dr. Paulo MitsuuchiConferencista: Dr. José Zappa
Departamento de Ortopedia eTraumatologiaTTTTTemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultório– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato15/09 - sexta-feira – 19h20• Facite plantar – Dr. Gastão Frizzo• Hallux valgus – Dr. Osny Salomão• Entorse de tornozelo – Dr. Caio
Nery• Lesão de manguito rotador – Dr.
Fabiano Ribeiro• Luxação recidivante do ombro –
Dr. Nicola Archetti Neto• Capsulite adesiva – Dr. Américo
Zoppi Filho16/09 – sábado – 8h30• Lesão meniscal em paciente acima
de 50 anos –Dr. Mário CarneiroFilho
• Patologia fêmuro-patelar – Dr.Nilson Severino
• LCA no adolescente – Dr. WilsonAlves Jr
• Osteoartrose do joelho – Dr.Arnaldo Hernandez
• Pseudoartrose do escafóide – Dr.Walter Fukushima
• Síndromes compressivas domembro superior – Dr. Vilnei Leite
• Lesões ligamentares do corpo –Dr. Rames Mattar Jr
• Osteonecrose do quadril – Dr.Rudelli Aristide
• Osteoartrose do quadril – Dr.
Flávio Turíbio
Departamento de Pediatria eComunidade30/09 – sábado – 8h30Curso TCurso TCurso TCurso TCurso Teóricoeóricoeóricoeóricoeórico-P-P-P-P-Prát ico derát ico derát ico derát ico derát ico deUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oPPPPPed ia t r aed i a t r aed i a t r aed i a t r aed i a t r aCoordenação: Dra. Lílian Sadeck/ Dr.Joel Schmillevitch• Avaliação do sistema nervoso
central: ultra-som transfontanelaCoordenadora: Dra. Lilian SadeckPalestrante: Dr. Sérgio Marba• Recentes avanços na exploração
ultra-sonográfica da regiãoabdominal
Coordenador: Dr. Rubens LipinskiPalestrante: Dr. Joel Schmillevitch• Abordagem através da ultra-
sonografia das patologias ósteo-articulares
Coordenadora: Dra. Cristina JacobPalestrante: Dr. João BarileMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: Outrasindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaCoordenador: Dr. João Barros• USG da bolsa escrotal - Dr. Joel
Schmillevitch• USG da região pélvica - Dra. Ana
Nicola• USG da região cervical - Dra. Ana
GorskiAt iv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icas• USG transfontanela - Dr. Sérgio
Marba• USG abdome - Dr. Joel
Schmillevitch• USG ósteo-articular - Dr. João
Barile• USG pelve e bolsa escrotal - Dra.
Ana NicolaAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do Curso
Comitê Multidisciplinar dePsicologia Médica30/09 - sábado – 9hJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, ocuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:desaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadeCoordenação: Dr. Luiz Paiva• Gerações vinculares de família –
Dr. Décio Natrielli• Conflitos familiares – Dra. Eliana
Pous
• A Família, o cuidador e a pessoaacometida por esclerose lateralamiotrófica - Dra. Vânia Moreira
• Campo dinâmico na relaçãofamília, cuidador e paciente – Dr.Ezequiel Gordon
• Debate
AGENDA CIENTÍFICA
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
41
TTTTTango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentinoango ArgentinoProf. Carlos Trajano3a feira: 17h às 18h30Valor mensal: R$ 20,00 (casal) e R$10,00 (individual) para sócios da APM eR$ 70,00 (casal) e R$ 40,00 (individual)para não sócios.
Danças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasProf. Carlos Trajano2ª feira: 10h às 11h30.Valor mensal: R$ 10,00 para sócios daAPM e R$ 35,00 para não sócios
DançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaProf. Carlos Trajano4ª feira: 10h às 11h30.Valor mensal: R$ 10,00 para sócios daAPM e R$ 35,00 para não sócios
PPPPPiano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Popularopularopularopularopular(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)Prof. Gilberto Gonçalves3ª feira: 9h às 17hValor mensal: R$ 45,00 para sócios daAPM e R$ 150,00 para não sócios.
Pintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaProfa. Cláudia Furlani4ª feira: 9h às 12h, 14h às 17h ou 18h às21hValor mensal: R$ 45,00 para sócios daAPM e R$ 140,00 para não sócios.
ESCOLADEARTES
INFORMAÇÕES E RESERVAS(11) 3188-4301 / 4302
AGENDA CULTURAL
Desde 2005, o projeto vem promoven-do o resgate da Música Popular de SãoPaulo para a Música Popular Brasilei-ra, com homenagem a grandes compo-sitores paulistas. Reservas antecipadas.14/09 – quinta - 20h30
MÚSICA POPULAR
PAULISTA
CHÁ COM CINEMA
Desde 1997, a APM promove descon-
tração, cultura e lazer nas tardes de
quinta-feira. Exibições de filmes, segui-
das de chá da tarde com sorteio e música
ao vivo. Auditório da APM. Ingressos:
alimentos não-perecíveis doados a
entidades assistenciais. Reservas de
lugares devem ser feitas às segundas-
feiras que antecedem ao evento.
GREGORY PECK
14/09– quinta - 14h
O Circo
72 min., EUA, 1928.
Direção: Charlie Chaplin.
28/09 – quinta - 14h
Luzes da Cidade
87 min., EUA, 1931.
Direção: Charlie Chaplin.
CINE-DEBATEProjeção mensal de um filme temá-tico relacionado ao cotidiano daspessoas. Após a exibição do filme,especialistas convidados analisame debatem com a platéia. Entradafranca. Coordenação: Wimer Bo-tura Júnior (psiquiatra).22/09 – sexta - 20hMinha Vida de Cachorro101 min., Suécia, 1985.Direção: Lasse Hallström. Com:Anton Glanzelius, Anki Liden,Manfred Serner e elenco.Debate: a esperança e a energiapara sobreviver às adversidades emlugares jamais imaginados.
Grandes nomes da música erudita,
nacional e internacional, apresentam-
se na APM toda última quarta-feira
do mês.
27/09 - quarta - 20h30
Orquestra Concerto Barroco
Paulo Roberto Henes, Alceu Ca-
milo da Silva Junior, Carolina
Colepicolo e Luís Cristóvão de
Oliveira Filho – violinos, André
Pretzel e Juvêncio Lobo–Viola,
João Guilherme Figueiredo e Gui-
lherme Faria – violoncelos, Ruy
Arcádio – contrabaixo e Romeu
Manson – cravo. Composições de
Antonio Vivaldi (1678-1741), Ar-
cangelo Corelli (1653-1713) e Ge-
org Friedrich Händel (1685-1759).
MÚSICA EM PAUTA
Dona InahArraigada à escola das grandes divas doRádio, Dona Inah apresenta um reper-tório composto por sambas de seu pri-meiro álbum, com músicas de grandesmestres do samba.
42Revista da APM Agosto de 2006
Produtos&
Serviços
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
43
LITERATURA
Os livros estão disponíveis na Biblioteca que funciona no 5º andar do prédio da APM de segunda a sexta das 8h30 às 20h.
Células-Tronco, a nova fronteira da medicinaDe forma rápida, pode-se dizer que as pesquisas com células-tronco atendem a três principais objetivos: 1) explicação dodesenvolvimento humano – da diferenciação, especialização eproliferação celular; 2) aplicações médicas; e 3) geração delinhagens celulares humanas para testes de drogas in vitro. Estelivro trata dos dois primeiros assuntos e está dividido em trêspartes. A primeira focaliza a caracterização das células-troncohumanas e de animais com suas respectivas caracterizações. Asegunda descreve o estado atual da aplicação para o tratamentode doenças e a terceira trata dos aspectos éticos e legais.
Autores:Autores:Autores:Autores:Autores: Marco Antônio Zago e Dimas Tadeu Covas. FFFFFormato:ormato:ormato:ormato:ormato: 17 x 25cm, 245páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Atheneu. Contato: (11) 0800.267753 ou www.atheneu.com.br
Psicoterapia Psicanalítica Breve – 2ª ediçãoEsta é a segunda edição de Psicoterapia Psicanalítica Breve, obraúnica escrita por um dos principais especialistas do país nestaabordagem terapêutica. Reunindo os fundamentos teóricosnecessários com base nas principais indicações e apresentandoo método para esse tipo de tratamento, esta obra é destinadaaos psiquiatras, psicanalistas e psicólogos que buscam um aten-dimento qualificado, focal, com tempo delimitado, conforme ademanda atual dos pacientes e da realidade socioeconômica.Autor:Autor:Autor:Autor:Autor: Theodor Lowenkron. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 16 x 23cm, 360 páginas.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Artmed. Contato: (11) 3665.1100 ou www.artmed.com.br
A publicação tratados principais as-suntos ligados aotema. Dividida em30 capítulos, contacom mais de 1.500fotos ilustrativas ediscute assuntoscomo cirurgia doscistos e neoplasiasbenignas, recons-
trução da região, fraturas mandibulares,fraturas zigomático orbitais, fraturas dosterços médio superior e panfaciais, cirur-gia ortognática, entre outros. Os textosdo livro contaram com colaboração dediversos médicos especialistas, em suamaioria profissionais da Santa Casa deMisericórdia de São Paulo.Autores:Autores:Autores:Autores:Autores: Ronaldo de Freitas. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato:21 x 28cm, 653 páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: San-tos. Contato: (11) 5574.1200 ouwww.editorasantos.com.br
Tratado de CirurgiaBucomaxilofacial
44
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
1 - Pacto pela saúde 2006A Desde 2003, vem se procu-
rando promover a revisão doprocesso normativo do SUS. Haviaconsenso entre os Gestores Estaduaisde que o processo normativo necessi-tava contemplar a ampla diversidadee diferenças do nosso país e que a ela-boração de uma nova norma deveriacontribuir para a construção de ummodelo de atenção que contemplasseos princípios do SUS, sob a égide daresponsabilidade sanitária, adequadaà realidade de cada Estado e regiãodo país, integrando ações de promo-ção à saúde, atenção primária, assis-tência de média e alta complexidade,epidemiologia e controle de doenças,vigilância sanitária e ambiental, areafirmação da importância das ins-tâncias deliberativas CIB e CIT, e ofortalecimento do controle social.Faremos aqui um resumo para conhe-cimento dos colegas não gestores, masimportantes participantes do nossosistema de saúde.
Pacto pela saúdeEm fevereiro de 2006, por meio
da portaria GM/MS 399, resultadode um trabalho conjunto entre oCONASS (Conselho Nacional dosSecretários de Saúde), CONASEMS(Conselho Nacional dos SecretáriosMunicipais de Saúde) e o MINISTE-RIO DA SAÚDE, foram definidasas diretrizes, e posteriormente emabril, foi publicada a portaria GM/MS 699 que regulamentou as Dire-trizes Operacionais dos Pactos pelaVida e de Gestão (PACTO PELASAÚDE 2006).
Entre as questões que são aborda-das nestes pactos estão:
• a definição dos papéis e responsa-bilidades das 3 esferas de gestão;
• a regionalização com ênfase noPDR (Plano Diretor de Regionaliza-ção)/ PDI (Plano Diretor de Investi-mentos) e na definição de redes deatenção à saúde;
• o financiamento;• a PPI (Programação PactuadaIntegrada);• a regulação assistencial e o papel
das SES na coordenação das referênciasintermunicipais;
• e a gestão dos prestadores de serviços.Neste, foram definidas três dimen-
sões: O PACTO em DEFESA DO SUS,o PACTO pela VIDA e o PACTO deGESTÃO.
Pacto em defesa do SUSEste pacto é constituído por ações
concretas e articuladas pelos 3 níveisfederativos, no sentido de reforçar oSUS como política de Estado e visandodefender os princípios dessa política,inscritos na Constituição Federal. Sãosuas prioridades:
• mostrar a saúde como um direito decidadania e o SUS como sistema públicouniversal garantidor desse direito;
• garantir, a longo prazo, o incrementodos recursos orçamentários e financei-ros para a saúde (com a regulamentaçãoda emenda constitucional 29 pelo Con-gresso Nacional – que garante recursoscrescentes em função da arrecadação dos3 níveis de governo);
• elaborar a carta dos direitos dos usu-ários do SUS.
Pacto pela vidaConstitui um conjunto de compro-
missos sanitários, expressos em objeti-vos de processos e resultados, ederivados da análise da situação de saú-de da população e prioridades defini-das pelos governos dos três níveis.
Significa uma ação prioritária nocampo da saúde, que deverá ser exe-cutada com foco em resultados e coma explicitação inequívoca dos com-promissos orçamentários e financei-ros para o alcance desses resultados.Desse modo, fica reforçada, no SUS,a gestão pública por resultados.
O Pacto pela Vida será permanente.Ao final do primeiro trimestre de umnovo ano, serão avaliados os resulta-dos do ano anterior e pactuadas novasmetas e objetivos a serem atingidosno ano em curso.
Os mecanismos e a cultura da pac-tuação deverão sofrer mudanças. Opacto não termina no momento de suaassinatura, mas ali começa.
No campo operativo, as metas eobjetivos do Pacto pela Vida deveminscrever-se em instrumentos jurídi-cos públicos, os Termos de Compro-misso de Gestão, firmados pela União,estados e municípios. Esses termostêm como objetivo formalizar a assun-ção das responsabilidades e atribuiçõesinerentes às esferas governamentaisna condução do processo permanen-te de aprimoramento e consolidaçãodo SUS.
Nos Termos de Compromisso deGestão inscrevem-se, como partesubstantiva, os objetivos e metas priori-tárias do Pacto pela Vida, bem comoseus indicadores de monitoramento eavaliação.
O Pacto pela Vida 2006 definiu seisprioridades: Saúde do Idoso; Controledo Câncer de Colo de Útero e deMama; Redução da mortalidade in-fantil e materna; Fortalecimento dacapacidade de resposta às doençasemergentes e endemias; Promoção daSaúde; e Fortalecimento da AtençãoBásica/Primária. �
PORDENTRODOSUSpor Luiz Antonio Nunespor Luiz Antonio Nunes
Continua na próxima edição
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
45
AVISO: Quando não consta,o prefixo do telefone é 11.
SALAS – HORÁRIOS –PERÍODOSCONSULTÓRIOS – CONJUNTOS
ALUGAM-SE
Casa com 6 salas e sala da espera, próxima aoHC, à R. Cristiano Viana. Fone 3338-1825
Casa térrea com estacionamento próxima aometrô Paraíso. Linda clínica de alto padrão,recepcionista das 8h às 20h. Toda IE, internet,recepção ampla com jardim. Salas ou períodospara médicos. Fone 5572-0299
Casa em Campos do Jordão. Jaguaribe na VilaNatal, próximo ao Hotel Orotur. Internet –www.albcj.hpguip.com.br Fones 3207-4975e 8255-1004
Clínica médica em Santana, período ou men-sal, c/ infra-estrutura completa para médicose psicólogos. Fone 6979-7004 (Vania)
Clínica bem decorada c/ sala e período p/ mé-dicos. R. Barata Ribeiro, a 1 quadra do Hosp.Sírio Libanês. Possui eletroc. portátil, fax, inter-net, comput. de tela plana, secretária, sala deexames etc. Fones 3237-2265 e 3214-1232
Clínica médica com centro cirúrgico em pontonobre de Santos (Canal 3). Fone (13) 9782-8425
Clínica de alto padrão, com sala montada, IEcompleta e sala de procedimentos. Período oumensal. Fone 3885-4511, dr. Ignacy
Clínica de alto padrão em Osasco, a 5 minutosda USP, com salas por período ou por mês. Fone9234-1881, dr. Cláudio
Conjuntos na Faria Lima, 2 c/ 60m2 , vaga,recepção, 3 salas, 2 wc, copa, ar cond.,carpete, luminárias, persianas e armários. Fone3064-2040 (Heloísa)
Conjuntos em Higienópolis. Av. Angélica,próximos à Paulista. 65 m2 úteis, com 3 salas,3 wc, copa e garagem ou com 130 m2 . Alugoou vendo. Fone 3865-7905
Conjunto em centro comercial. Rua PeixotoGomide, 515, cj. 152. Fone 3287-6103
Conjuntos 114/115, comercial, no Itaim OfficeBuilding à R. Bandeira Paulista, 662. Fones3253-8712 e 3284-0437
Consultório de alto padrão ao lado do HospitalSão Luiz. IE, garagem com manobrista, duas linhastelefone, secretária. Fone 9997-4153, dr. Sérgio
Consultório mobiliado à Avenida Angélica,1996. Períodos e horários a combinar. Fones3661-7463, à tarde
Consultório , período ou mensal emHigienópolis, para médicos e profissionais deáreas afins. Oftalmo. Homeopata, Psicólogos.Fone 3256-3368
Consultórios, período ou mensal c/ toda IE, fone,fax, secretária e serviços. Centro médicoOswaldo Cruz. Praça Amadeu Amaral, 47.Fone 3262-4430 (Daniela)
Consultório situado próximo ao cruzamento dasAvenidas Brasil e 9 de julho. Sala c/ 57m2 .Estacionamento próprio, manobrista, secretáriae informatizado. Mobiliado e próprio parapsicoterapeuta. Período ou integral. Fones3052-4534 e 8189-3440
Divido salas para consultório com todainfra para médicos e profissionais de saúde a100 metros do Metrô Tucuruvi – Fones 6991-7687 e 6994-0012
Sala para médicos, no período das 10h às 14h.R. Cotoxó, 611, 10º andar, cj. 105. Fones3873-5782 e 3871-5887
Sala em clínica de alto padrão, c/ infra-estruturacompleta, no Jardim Paulista. Av. Brig. Luiz Antônio,4277. Fones 3052-3377 ou 3887-6831
Sala de altíssimo padrão para consultóriomédico, com toda IE de clínica já montada.Divisão de despesas entre os integrantes. Fones3031-6529 e 9572-0583, Ivo
Sala c/ cons. na Vila Nova Conceição, c/ IEcompleta, mobiliada, secretária, PABX, sistemade segurança, estacion. para clientes. Próximaao Hospital São Luiz. Av. Santo Amaro. Fones5084-3648 e 9123-9617
Sala (4x5m). Consultório em clínica paraqualquer especialidade. Ótima localização naVila Maria. R. Araritaguaba, 900, esquina c/ av.Guilherme Cotching. Fones 6954-7896 e7354-6570
Sala para médicos e profissionais da saúde emconsultório com boa IE e localização comercial.Fones 6341-5354 e 6346-3105 (Silvia/Marcelo)
Sala ampla, por período, localizada entre oMetrô Praça da Árvore e Santa Cruz. Possuiestacionamento próprio. Fones 5594-5584 e5594-7607 (Fátima)
Sala por período em consultório médico, comtoda IE, em Perdizes. Fone 3872-5274, Orleni
Sala mobiliada com banheiro em andarsuperior, para profissionais da saúde. Clínicamontada no Brooklin. Período de 4 horassemanais: R$ 300,00/mês. Fones 5096-3652e 5531-8494 (hc)
Sala em consultório médico, próxima aoHospital das Clínicas. Rua Capote Valente.Preferência Cardio, Dermato, Ortopedista,Oftalmo. ou ORL. Fone 3083-6427, Rosana
Sala para consultório, por período à R. Vergueiro,próxima à estação Vila Mariana do metrô. Fone5549-1031 e 5087-4311
Sala para consultório, por período, à RuaVergueiro, próxima à estação Vila Mariana dometrô. Fones 5549-1031 e 5087-4311
Sala ou período p/ cons. médico equipado,clínica c/ IE compl. Prédio coml. c/ segurançae estac., r. Vergueiro, próx. Metrô Vila Mariana.Fones 5575-7646 e 5575-3085
Sala ou período, clínica de alto padrão c/infra-estrutura, secretária, estac., tel. fax, arcond. Em funcionamento, c/ dermato. Fone3813-7872 (Jucinéia)
Sala no Morumbi Medical Center. Próx. aoHosp. Albert Eintein, São Luiz, Darcy Vargas,Iguatemi. Prédio c/ segurança, ar cond.,laboratório, estacion. c/ manobrista. Fone3721-5666 Esther
Salas em consultório de alto padrão c/ infra-estrutura completa, na Aclimação. Fone3208-5546 (Cléo)
Salas para consultório, com IE montada, arcondicionado, recepcionista, som ambiente efácil acesso. Rua Estela, 471 Paraíso. Fones5571-0789 e 5575-3031 Eunice
Salas para profissionais da saúde. Fone 3057-2140
Salas para consultório. Rua Maranhão, 598, cj.61. Fones 3826-7805 e 3826-7918, Ignês
Salas equipadas em suas unidades para locaçãopor hora ou mensal, para profissionais da áreada saúde. Fones 3277-6056 e 3207-2889
Salas por período, mensal, ou por hora (R$12,00) em policlínica. Estação Metrô Santana,com toda IE. Fones 6281-7530, 6959-2493e 6975-4059, Sandra
Salas de 25m², sendo uma c/ banheiro privativode alto padrão, secretária, telefone e fax. Sala depequenas cirurgias/curativos. Casa térrea nobairro da Penha (Vila São Geraldo). Fones 3493-1090 e 6646-5587
Salas para profissionais da saúde em clínica comtoda infra-estrutura, na Vila Mariana. Fones5579-9433 e 5572-8420
Salas ou períodos em clínica médica, com todaIE, no alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 (Margareth ou Adriana)
Salas ou períodos para médicos e profissio-nais da saúde, com toda IE. Rua Martim Soares,258, Metrô Tatuapé. Fones 6192-9032 e6198-5340, Rita
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,com toda IE. Próximas ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. Fone 3284-8742
Salas próximas ao metrô Vila Mariana, paraprofissionais da área da saúde, com toda infra-estrutura e despesas inclusas. Período: R$140,00, ou integral a combinar. Fone 5549-1809, Dirce ou dra. Laura
Salas montadas para médicos, por períodos de4 horas na Zona Norte. Alto padrão e toda IEcompleta. Mais Saúde Centro Clínico. Fones6959-7073 e 6959-9233
Salas p/ profissionais da saúde e afins emconsultório no Jabaquara. Fone 5011-5872(Edgar)
Salas ou períodos em clínica de alto padrão comtoda IE. Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 (Margareth ou Adriana)
Salas p/ médicos e áreas afins, mensal ou p/período 6h, clínica c/ toda IE, próx. metrô Paraíso,Central Park 23 de maio. R. Estela, 455. Fones5571-0190, 5083-9468 e 5083-9469
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,localizada próxima ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. IE completa. Fone 3284-8742,Isaura
Salas para médicos ou psicólogos, comsecretária e telefone em Higienópolis. Fone3258-0588, Eliara ou Renata
Salas ou períodos, cons. alto padrão p/ médicose afins. R. Luiz Coelho, 308, entre Paulista eAugusta c/ estac. Próx. metrô Consolação.Fones 3256-8541 e 3259-9433
Sala para médico e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária,estacionamento. Próxima à Praça dos Estudantes– Guarulhos. Fones 6461-3783 e 6468-0540
Salas para médicos e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária eestacionamento. Próximas à Praça dosEstudantes. Fones 6461-3783 e 6468-0540
Salas, cons. médico c/ toda IE. R. Pio XI, Lapa.Toda IE. Integral, períodos, p/ horas. Inclusive p/psicólogas, fonoaudiólogas, nutricionistas.Fones: 3644-4043 ou 3644-3274
Salas em clínica no Tatuapé. Fones 6673-9458,9961-1279 e 6674-6452
Salas, clínica c/ infra-estrutura completa. Ótimopadrão, prédio novo. Períodos/integral,Aclimação, 20m do metrô Vergueiro. Fone3271-7007 (Elizabeth)
Vila Mariana, sala p/ médicos, dentistas,psicólogos. Período ou integral. Consultório c/toda infra-estrutura. Próxima ao metrô AnaRosa. Fones 5575-5170 e 9980-6436(Cristina)
Vila Mariana. Sala por período. Rua Sena Ma-dureira, 80. Próxima à estação do metrô VilaMariana. Ótimo ambiente e estacionamentopara dez carros. Fone 5083-6881
Horário em consultório ginecológico. Qualquerhorário, já com aparelho de ultra-sonografia.Fones 3885-9274 e 3051-7131 (dr. Roberto)
Horários em salas mobiliadas com secretárias,estacionamento para clientes e possibilidadede atendimento a convênios pela clínica. Email:poliklinik@terra.com.br Fones 3064-4552,3060-8244 e 3088-4545
Período em consultório. Rua Cerro Corá. Fone3031-4188, Walter
Período em consultório médico na área deginecologia, obstetrícia, mobiliado e com todaIE na região da Vila Olímpia. Fones 3846-9022e 3846-5246
Períodos em consultório médico de alto padrão,totalmente montado, próximo ao Metrô SantaCruz. Fone 5082-3390
Períodos em consultório médico em Moema(sobrado), com secretária, estacionamento einfra- estrutura. Fone 5542-8784
Salas ou meio período em clínica médica emMoema. 4ª travessa atrás do Shop. Ibirapuera(casa térrea), c/ ar, pabx, polimed, alvarásvigilância, sala peq. cirurgia, estac. etc. Fones5532-1074 e 9982-2543, Olivério
Salas em clínica no Paraíso (Central ParkIbirapuera), com ramal telefônico, secretária.Condomínio com sistema excelente desegurança. Salas mobiliadas ou não. Fone5573-3000, Ana Paula
Sala ou períodos para médicos em consultóriona Vila Olímpia. Casa bem localizada, recém-reformada. Imperdível. Fone: 3841-9624
Sala p/ consultório c/ toda infra-estrutura. Al. dosJurupis, 452, cj. 32. Fone 5051-0799 (Valkiria)
Sala em lindo sobrado com ótima localizaçãoà Rua Oscar Freire, 129. Fone 3088-0595,Ana Cristina
Sala mobiliada para médicos e demaisprofissionais da saúde. Período integral com IEcompleta. Sitiuada em Higienópolis. Centromédico. Fone 9946-2212
Sala ou período para médicos, psicólogos efonoaudiólogos com toda IE. Metrô Brigadeiro.Fones 3141-9009 e 3251-3604, Sérgio
Sala em clínica totalmente equipada, emlocalização privilegiada e ambiente luxuoso p/profs. já estabilizados c/ nome nacional epacientes diferenciados. Fone 5051-3888(Eleni ou Mª Aparecida)
Sala ou período p/ prof. de saúde, clínica c/toda IE montada, no Brooklin. Av. Portugal,1644. Contatos p/ e-mail e.r.h@terra.com.brou Fone 9975-4490 (Eliana)
Salas e/ou períodos, centro médico altopadrão nos Jardins, próx. HC. Salas equipadasc/ toda IE. Funciona de segunda a sábado.Fones 3064-4011 e 3082-0466 (Valdira/Daniel)
Sala em clínica médica na Vila Mariana, ao ladodo metrô Ana Rosa. Fone: 5549-9622
Sala p/hora ou parceria, clínica no Imirim, ZonaNorte. Medicina estética, dermato, endócrino eortopedia. Fones 6236-4285 e 9746-4928
Sala ou consultório montado p/ período, R.Haddock Lobo, Jardins, próx. HotelRenaissance. Ligar das 8h30 às 11h30 e das13h30 às 19h. Fone 6604-5965
Sala para médicos e demais profissionais da saúdeem consultório com estrutura completa. Salade espera, telefone e fax. Vila Mariana, próximaao metrô Santa Cruz. Fone 5575-2089 (Ana)
Sala ou períodos em Perdizes para profissionaisda saúde. Fones 3871-2511, 3672- 0359 e9931-2713 (dra. Afra)
Sala nova, mobiliada c/ wc privativo, ar condic.,excelente iluminação p/ médicos, exceto GO.Próxima metrô Sumaré. Segunda à sexta, noperíodo da manhã. R$ 450,00, toda IE. Fones3081-5973 e 9103-0803
CLASSIFICADOS
46
Revi
sta
da A
PMAg
osto
de
2006
CLASSIFICADOSIMÓVEIS
ALUGAM-SEAptº Guarujá/Enseada. Cobertura p/ temporadase fins de semana. 2 quartos, c/ piscina,churrasqueira e 1 vaga gar. Fones 5573-9478e 9529-1968 (Sun)
Aptº tipo flat, com quarto, sala, cozinhaamericana, lavanderia, varanda e garagem, p/residente ou médico sozinho, ao lado do Hosp.São Camilo. Av. Pompéia. Condomínio: R$120,00. Fones 3277-4299, 3277-8077 e2157-0048
Flat em Caldas Novas, até 6 pessoas. Paraférias e temporada, no Parque Aquático, sauna,sala de ginástica. Fones (19) 3862-0144 e3804-3908
Casa, Praia da Baleia – Litoral Norte, p/ 10pessoas, condomínio fechado. Férias e feriados.Fone: 9178-6473 ou 5181-9042
Casas com todo conforto, lareira,churrasqueira, limpeza etc, para jornadas,congressos, finais de semana e feriados.Temporada Julho. Fones (19) 3433-1798,9608-4448 e (12) 3663-4238
Chácara para fim de semana em Serra Negra,com piscina, lago, galpão para churrasco, trilha,de 10 a 17 pessoas. Fone 3082-1727 (Das14h às 20h) Eliete
Flat excepcional para uma pessoa. Em áreanobre de Pinheiros, novo, pronto para morar.Fone 3032-4787 (noite)
Sobrado c/ 4 salas amplas p/ consultório médicoou psicólogos, edícula completa c/ sala ampla,banheiro, cozinha etc. Vaga p/ 2 carros. Fone5571-9092 (Regina)
IMÓVEISV E N D E M - S E
Aptº próx. Hosp. S. Paulo/Ibirapuera,impecável, 2 dorms, escritório, gar., piscina,varanda. Rua tranqüila, excelente oportunidade.Fone 9983-8161
Aptº na Vila Mariana, 100 metros, com 3 dorms,1 suíte, living, terraço, 2 vagas, lazer completo,próximo aos hospitais. Fone 5574-8612(Maurício)
Aptº lindo, mobiliado, 40m² de área útil, emSantos. Oportunidade. Fone (13) 3227-5197,sr. Altamiro
Conjunto p/ consultório c/ 47m2 de área útil,divisórias p/ 2 salas de atendimento. Semi-mobiliado, c/ 2 wc, mini-cozinha, 2 garagens emanobrista. R. Frei Caneca. R$ 82 mil. Fones3258-3568 e 9981-4788, Luiz ou Geraldo
Aptº na Vila Mariana. Rua 1º de Março, 7ºandar (frente), 2 dormitórios, dependência deempregada, uma vaga. R$ 140 mil. Fone3208-2406
Aptº em Moema, excelente localização,150m2 , 3 dormitórios, 1 reversível, 3 vagasde garagem, terraço. R$ 400 mil. Fones5051-7823 e 5052-9529 (Silvio e Teresa)
Aptº Morumbi. 3 dormitórios, uma suíte, salacom terraço, 1 ou 2 vagas em andar alto. Lazertotal. Fone 3237-4747
Aptº Campo Belo 4 dormitórios, 2 suítes, comterraço, 2 vagas, lazer total. Fone 9998-7363
Aptº Enseada (atrás do Aquário), 100 m da praia,c/ vista p/ o mar, 3 dorm., 1 suíte, dep. deempregada, 100 m2 AU, mobiliado. R$180 mil.Fones 3078-4919 e 8168-6868
Casa no Guarujá. Praia do Guaiúba. Área doterreno, 666 m2. Área construída 245,57 m²,com piscina e distante 300 m da praia. Fones3031-0001 e 3885-3129, Alberto
EQUIPAMENTOSVENDEM-SE
Usom Toshiba Tosbee, revisado, com 5transdutores, mult i formato, chassis,estabilizador. Fone 9990-4326, Paulo
Mesa ginecológica bege, 4 HL X automatizadae nova. Altura máxima 0,91m, largura 0,60m,comprimento 1,72m. R$ 3.300,00. Sitewww.microem.com.br Fone 5044-3854
Máquina fotográfica NIKON – F2 AS com todasas lentes. R$ 4.500,00. Fone 3862-5747
Luz frontal para cirurgia cardiovascular comfonte. U$ 2500,00. Fone 9933-7072
Aparelho laser, depilação à luz pulsada, em esta-do de novo. Futrex aparelho infravermelho paramedir panículo adiposo. Bioslin – efeito inter-polar para celulite Sorisa. Fone 2273-9777,Ana Paula
Aparelho para drenagem. Placas dinamic, 02,completo, da Sorisa, em excelente estado. R$2.000,00. Fone 3875-7078
Autoclave Baumer Hi speed 100 litros. R$ 5 mile mesa cirúrgica Heidelberg R$ 4mil. Ambosem ótimo estado de conservação. Fone (14)3882-5414, Alessandro
Negatoscópio de 4 folhas e uma mesa detração lombar e cervical. Fones 3826-7805e 3826-7918
Ecocardiógrafo HP Sonos 100 SF, usado, embom estado, com 2 “probes” 2,5 e 5,0, c/carrinho. R$ 30 mil. Fone 9914-3943 (Paulo)
Equipamento para teste ergométrico, esteira cominterface. R$ 14.000,00. Fone 9632-5787
Oftalmoscópio Welchi Allyn, com pouquíssimouso, por R$ 320,00. Fone 5579-4298
PROFISSIONAISClínica procura médico geriatra para atendimentoem alguns períodos por semana. Interessadosdevem enviar CV para c.e.salomão@uol.com.br .Fones 5093-0373 e 5093-7650
Clínica na Zona Norte necessita das seguintesespecialidades: endócrino, geriatra, dermato,pediatra, psiquiatra, reumato, urologista emastologista. Fone 3531-6651 (Valdelice/Valéria)
Dermatologista recém-formado, na região doABC. Fones 4979-4421, 4436-8109 e9541-3807 (Silvia)
Neurologista para atendimento infantil e adulto,para atuar em S.B.Campo. 20 horas semanais,a combinar. R$ 3.081,29 e benefícios. Fone4433-5091
Médico credenciado pelo Detran para ½ períodoe substituição de férias (V.Maria) e médicooftalmologista para clínica no Paraíso, no períododa manhã. Comparecer com CV à R. GuilhermeCotching,786, Vila Maria. Fone 6955-8188
Médico Ultra-sonografista para região do ABCe SP. Fone 4438-0650, Regiane
Médica endocrionologista, com especializaçãopara atendimento em consultório. Clínica emSantana. Fone 6950-4227, Patricia ou Cristina
Clínica Realm Skin necessita de dermatologistarecém-formado, para atender em consultóriolocalizado em Higienópolis. Fone 3255-9213,dra. Deborah
O U T R O SAudi A3, 1.6, 4 portas 2004, branco. 13.000km rodados. Completamente novo. Carro degaragem. Fone 5051-0176 (Ema)
Revista da APM Agosto de 2006
47
top related