1 direitos humanos e Ética ambiental prof. me. ricardo libel waldman 13 de janeiro de 2005

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Direitos Humanos e Ética Ambiental

Prof. Me. Ricardo Libel Waldman

13 de janeiro de 2005

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I – Bem Comum e Meio Ambiente

1. Conceito de Bem Comum.

2. Meio Ambiente e Bem Comum.

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Conceito de bem comum

O bem comum, nas questões ético-jurídicas deve ser pensado conforme as relações de justiça:

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Justiça geral

Justiça particular

• Distributiva

• Corretiva

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Bem comum e justiça

A justiça geral exige todas as virtudes necessárias para o bem

comum, sendo que este é o conjunto das condições

necessárias ao pleno desenvolvimento da

pessoa humana.

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A busca pelo bem comum se dá de forma direta, pois o que se exige não é para o bem de ninguém especificamente.

Bem comum e justiça

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Justiça geral

O dever fundamental de justiça geral é reconhecer a igualdade entre todas as nações e pessoas, enquanto são pessoas humanas e organizações de pessoas humanas, que vivemem um mesmo ambiente.

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Justiça geral

Trata-se de uma virtude básica, que todos os povos devem ter, se quisermos, de fato, solucionar as questões ambientais.

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Características do bem comum

• Necessário, pois é a razão de ser da comunidade política.

• Orientado, à pessoa pois existe para a sua realização.

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• Cultural, pois se desenvolve coma criatividade humana.

• Histórico, pois diferentes situações históricas alteram o que é o bem comum.

Características do bem comum

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Características do bem comum

• Jurídico, pois é determinado pela lei.

• Conflituoso, pois cada um buscaseu bem individual.

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Justiça particular

A justiça particular diz respeito especificamente a virtude no que tange a atribuição dos bens da comunidade, tendo em vista o bem.

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Justiça particular

A justiça particular visa indiretamente o bem comum, através do bem de um particular. Tal característica deve ser compreendida a partir do caráter individual e ao mesmo temposocial da pessoa humana.

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Justiça distributiva

A justiça distributiva diz respeito à distribuição dos bens ou encargos da comunidade de acordo com alguma característica que cada pessoa, ou porção mais ou menos individualizada da natureza possua, ou não, e que esteja conectada com o bem comum.

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Justiça distributiva

Na justiça distributiva, a quantidade de bens ou encargos a serem recebidos será proporcional à “quantidade” daquela característica que é possuída por determinado sujeito. Trata-sede uma igualdade proporcional que visa a realização de atividades que contribuem para o bem comum.

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Justiça corretiva

A justiça corretiva diz respeito a igualdade nas trocas, quando uma parte não pode sair da relação com mais nem menos do que possuía antes da mesma. Trata-se de umaigualdade absoluta entre o que sedá e o que se recebe, para que a distribuição não seja desfeita.

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Bem comum e meio ambiente

• Parte do bem comum é o meio ambiente saudável.

• Sendo assim, o ambiente é parte constitutiva do bem da pessoa humana.

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Justiça distributiva

• Princípio 7 da Declaração do Rio:

“ (...) Considerando as distintas contribuições para a degradação

ambiental, os Estados têm responsabilidades comuns,porém diferenciadas. (...)”

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Justiça distributiva

• Princípio 3 da Declaração do Rio:“O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas eqüitativamente as

necessidades dedesenvolvimento e ambientais

de gerações presentes e futuras”

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Justiça distributiva

• A justiça distributiva no âmbito da ética ambiental também se dá responsabilidade civil, através do princípio do poluidor pagador, aquele que causa a poluição é o responsável por repará-la.

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• “Justiça ambiental” é nome dado ao problema da distribuição das atividades perigosas para o ambiente, a qual, normalmente, recai sobre comunidades pobres, sem condições de discutir sobre a instalação de ditas atividades.

Justiça distributiva

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Justiça corretiva

Justiça corretiva exige que, uma vez que se reconhece, por exemplo, a biodiversidade como um bem, que as descobertas feitas por um certo país com base na biodiversidade queé protegida por outro, deve haveruma compensação.

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Se de um lado as patentes devem ser protegidas para incentivar a pesquisa, a proteção à biodiversidade deve ser estimulada com o pagamento pelo eventual uso de material biológico,bem como do conhecimento tradicional a ele associado.

Justiça corretiva

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II – Direito Subjetivo Ao Meio Ambiente Sadio

1. Conceito de direito subjetivo.

2. O direito subjetivo ao meio ambiente sadio.

3. Meios de efetivação deste direito.

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Conceito de direito subjetivo

Direitos subjetivos são aspectos do bem comum, a partir do ponto de vista individual, pois são posições jurídicas garantidas pelo direito objetivo, pelo ordenamento jurídico, a certos sujeitos para que proteger ou promover um certo estado decoisas que serve ao bem comum.

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Ninguém pode ter um direito quando é claro que todos os outros ficarão irrazoavelmente pior, mas as pessoas têm de ter alguns direitos se o bem comum é para ser atingido.

Conceito de direito subjetivo

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Elementos dos direitos subjetivos

Os direitos subjetivos têm três elementos: titulares, conteúdo e objeto.

• Titulares: são aquelas pessoas ou outros entes jurídicos que fazemparte da relação de direito subjetivo seja no pólo passivo, seja no pólo ativos.

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• Conteúdo: uma certa faculdade que o ordenamento jurídico atribui para que o titular do pólo passivo interfira nas condutas do titular do pólo ativo.

• Objeto: o bem jurídico protegido.

Elementos dos direitos subjetivos

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O Direito subjetivo ao Meio Ambiente

sadio• Titulares: em abstrato, passivos e

ativos são os mesmos, toda a humanidade e, no caso concreto, os titulares serão aqueles que, por alguma razão, têm reconhecida uma preocupação especial com umacerta questão ambiental, acomunidade afetada, o causador do

dano, o próprio estado, etc.

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• Conteúdo: constitui-se em uma série de faculdades que vão desde participar de audiências públicas até exigir a recomposição do ambiente no caso de danos.

O Direito subjetivo ao Meio Ambiente

sadio

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Objeto: o ambiente saudável.

O Direito subjetivo ao Meio Ambiente

sadio

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Meios de efetivação destes

direitos

A ação civil pública e a ação popular - além do controle concentrado de constitucionalidade - servem a este propósito, pois não existe direito mais difuso do que o de exigir o cumprimento da constituição e das leis.

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Os procedimentos da ação popular e ação civil pública permitem tornam possível demandar contra o Estado, ou quem quer que seja, requerendo que este dê proteção ao ambiente.

Meios de efetivação destes

direitos

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