1 direito comercial direito x atividade comercial
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DIREITO COMERCIAL
DIREITO x
ATIVIDADE COMERCIAL
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CONCEITO DE DIREITO COMERCIAL
Conjunto de normas jurídicas que disciplinam as atividades das empresas e dos empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados às atividades comerciais.
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CONCEITO DE COMÉRCIO CONCEITO
ECONÔMICO Atividade humana Caráter especulativo Circulação de riquezas
de toda natureza Disponibilização de
bens e serviços
CONCEITO JURÍDICO Complexo de operações Produtor/Fornecedor –
Tomador/Consumidor Forma habitual Visando lucro Propósito: realizar,
promover ou facilitar a circulação de produtos industrializados ou não e de oferecer serviços.
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ELEMENTOS ESSENCIAIS QUE CARACTERIZAM O COMÉRCIO
MEDIAÇÃO FINALIDADE DE LUCRO* PROFISSIONALIDADE
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O ESTADO E A ATIVIDADE COMERCIAL
PODER PÚBLICO FUNÇÃO: ZELAR PELO EQUILÍBRIO SOCIAL
REGRADOR DAS ATIVIDADES COIBINDO PRÁTICAS INÍQUAS VEDANDO ABUSOS ECONÔMICOS ARRECADANDO IMPOSTOS
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HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL
Código de Hamurabi Ver anexo 1IDADE MÉDIACodificação das COPORAÇÕES DE OFÍCIO
As corporações de ofício medievais possuíam um conjunto de regras que formavam um verdadeiro código de éticaCirculação de mercadorias Proteção dos interesses da nova classe social emergenteSolução de conflitos entre artesãos e comerciantes
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CRITÉRIO PARA APLICAÇÃO DO DIREITO COMERCIAL
EM SUA ORIGEM CRITÉRIO
SUBJETIVO A QUALIDADE DO
SUJEITO ERA DETERMINANTE DA COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS...
NECESSARIAMENTE DEVERIA SER COMERCIANTE
HOJE CRITÉRIO OBJETIVO
A NATUREZA DO ATO PRATICADO DETERMINA A APLICAÇÃO DAS NORMAS COMERCIAIS
1807 – Cód. Comercial Francês
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PRINCIPAIS DIPLOMAS LEGAIS
Código Comercial Lei 556 de 25 de junho de 1850 – Segunda
Parte – arts. 457 a 796
Código Civil Lei 10.406/2002 (VIGENTE DESDE 11/01/2003 – revogou os
artigos 1o ao 456 do CCo) Competência privativa da UNIÃO –
artigo 22, I da Constituição Federal: “Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, ...”
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OUTROS DIPLOMAS LEGAIS EMPRESAS ESTATAIS ESTABELECIMENTOS DE
INFORMAÇÕES RESERVADAS FUSÕES E INCORPORAÇÕES MICROEMPRESAS E EMPRESAS
DE PEQUENO PORTE SOCIEDADES POR AÇÕES LEGISLAÇÃO FALIMENTAR LEGISLAÇÃO CAMBIÁRIA CONHECIMENTO DE DEPÓSITO
E WARRANT CONHECIMENTO DE FRETE OU
DE TRANSPORTE LETRA DE CÂMBIO E NOTA
PROMISSÓRIA
DEFESA DO CONSUMIDOR SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
E MERCADO DE CAPITAIS ARRENDAMENTO MERCANTIL ANTIDUMPING DIREITO SECURITÁRIO ARBITRAGEM COMERCIAL ATIVIDADES AUSILIARES DO
COMÉRCIO CÓDIGO DA PROPRIEDADE
INDUSTRIAL DESINDEXAÇÃO DA ECONOMIA EMBARCAÇÕES DUPLICATA TÍTULOS DE CRÉDITOS, ETC...
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DISCIPLINA JURÍDICA SUJEITO: quem
exerce a atividade – pessoa física ou jurídica titular de direitos ou obrigações
Para atos singulares: REQUISITO: capacidade.
Para exercício de atividade: REQUISITO: habilitação
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ATO SINGULAR / ATIVIDADE ATO SINGULAR:
AGENTE CAPAZ / AGENTE INCAPAZ
EFICAZ/ INEFICAZ VÁLIDO/NULO-
ANUÁVEL
DIREITO PRIVADO
ATIVIDADE: LÍCITA /
ILÍCITA ADAPTADA / NÃO
ADAPTADA À ORDEM JURÍDICA (REGULAR/ IRREGULAR
DIREITO PÚBLICO
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ATIVIDADE: ATOS DE ADMINISTRAÇÃO ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA
DC – estruturado em torno da concepção de ATO DE COMÉRCIO / EMPRESA – conceito jur. de empresa: ATIVIDADE.
ATIVIDADE: Conjunto de atos coordenados, conseqüentes e tendentes a um mesmo fim.
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO ORDINÁRIA:
adequados à realização da finalidade visada pela atividade
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO EXTRAORDINÁRIA:
não adequados à realização do fim visado pela atividade
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ATOS DE ATIVIDADE EXTRAORDINÁRIA (teoria adm)
ATOS PRATICADOS COM ABUSO DE PODER: ULTRAPASSA OS
LIMITES DE SUAS ATRIBUIÇÕES OU SE DESVIA DA FINALIDADE ADMINISTRATIVA
FOMA COMISSIVA E FORMA OMISSIVA EXCESSO DE PODER: há competência mas vai além
do permitido pelas faculdades administrativas DESVIO DE FINALIDADE: há competência, atua
dentro dos limites de sua competência, mas por motivos ou com fins diversos dos objetivados.
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PROVA DO ATO ABUSIVO DESVIO
EXIGE ANÁLISE DO ELEMENTO SUBJETIVO (PROVA DA INTENÇÃO)
Acionista controlador – supremacia na AG – aprovação de deliberação contrária aos interesses sociais (pró labore alto).
EXCESSO TIPICAMENTE
CONTRA LEGEM É APRECIADO OBJETIVAMENTE (SEM INDAGAR DA INTENÇÃO DO AGENTE)
Gerente que contrai empréstimo indevido
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ATIVIDADE ECONÔMICA X ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL
ATIVIDADE EMPRESARIAL É SEMPRE
ECONÔMICA TEM SEMPRE UMA
UTILIDADE PRÁTICA
ATIVIDADE ECONÔMICA SÓ SERÁ
EMPRESARIAL SE FOR LÍCITA E REGULAR
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ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL
LÍCITA REGULAR NÃO SE LIMITA ÀQUELA COMERCIAL EM SENTIDO
ESTRITO (INTERMEDIAÇÃO) PODE SER CIVIL, INDUSTRIAL, DE INTERCÂMBIO
DE BENS, DE DISTRIBUIÇÃO, SECURITÁRIA DEVE SER SEMPRE EXERCIDA EM NOME PRÓPRIO SE FOR EXERCIDA EM NOME DE OUTREM,
HAVERÁ PREPOSIÇÃO, REPRESENTAÇÃO OU COMISSÃO
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ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS E COMERCIAIS
A atividade será civil ou comercial conforme o fim a que se destina e conforme a natureza dos serviços prestados.
EM PRINCÍPIO: Trabalho intelectual e atividade imobiliária –
ATIVIDADE CIVIL Circulação de mercadoria ou serviços –
COMERCIAL Art. 982 do Código Civil – Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e simples as demais.
Parágrafo Único: Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e simples a cooperativa.
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ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL
Na atividade econômica empresarial...ESTABELECIMENTO COMERCIAL NÃO SE CONFUNDE COM A
EMPRESA E NEM COM A NOÇÃO DE EMPRESÁRIO:ESTABELECIMENTO COMERCIAL: é o instrumento de que
serve o empresário para o exercício da sua atividade (conjunto de bens dinamizado pelo exercício de empresa; ausente a atividade, tem-se apensa o fundo de comércio)
EMPRESA: é a própria atividade CRIADORA de bens e serviços.EMPRESÁRIO: quem exerce a atividade que pode ser pessoa
física ou jurídica, titular das obrigações e direitos decorrentes da atividade (quem organiza, intermediando, os fatores de produção (trabalho, matéria prima e capital)).
PODE OEMPRESÁRIO EXERCER A ATIVIDADE ECONÔMICA EM SEU PROPRIO NOME. DAÍ ELE NÃO TER UM ESTABELECIMENTO COMERCIAL MAS SER UMA PESSOA COMERCIANTE
Art. 966 CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo Único: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão confissão constituir elemento de empresa.
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ATIVIDADE ECONÔMICA EMPRESARIAL
Deve ser exercida profissionalmente: habitualidade e com intuito de lucro, ou seja, com utilidade - não necessariamente dinheiro.
Pressupõe organização de pessoas e meios para realização do fim visado.
RESUMO: lícita, regular, em nome próprio, com o fito de lucro, dotada de certa organização de pessoas e meios para sobrevivência autonomamente.
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ATIVIDADES COMERCIAIS HOJE
Por expressa disposição legal (artigo 2o, § 1o, Lei das S/A 6.404/76, e alterações introduzidas pela Lei 9.457/97) todas as atividades que usarem a forma de S/A para o seu exercício será comercial
Lei 4068/62 – construção de imóveis Lei 4591/64 - incorporadoras Lei 6.019/74 – empresas de trabalho temporário Etc. CRITÉRIO: objeto e forma jurídica
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ATIVIDADE ECONÔMICA CIVIL
NÃO SE CONFUNDE COM AQUELA DE MERO GOZO OU DESFRUTE DE BENS
RESULTAM BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO
ATIVIDADE ORGANIZADA NÃO EXTEMPORÂNEA OU
IMPROVISADA
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ATIVIDADES EMPRESARIAIS SUJEITAS À AUTORIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Garantia constitucional – livre iniciativa: art. 170, § único.
Algumas atividades afetam o interesse público (intermediação financeira, securitária, atividades voltadas à saúde, educação etc.).
Essa atividades somente podem ser exercidas por quem o Poder Público considerar suficientemente habilitado
Autorização e fiscalização constante Atividade do Poder Público a priori, durante e a
posteriori.
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A ATIVIDADE ECONÔMICA EXERCIDA PELO ESTADO
Constituição Federal/88 – ART. 173 E ART. 173, § § 1o. E 2o.
Diferença entre atividade econômica em sentido estrito e a prestação de serviços públicos
Esta última – implica serviços de competência do Estado Derrogações de Direito Público ao regime de Direito
Privado Disciplina especial para o exercício desta atividade. Disciplina extravagante integral ou somente disciplinar
– regulamentar Retrocesso do ESTADO COMO AGENTE DE ATIVIDADE
ECONÔMICA, resumindo-se às suas atividades tradicionais: saúde, educação, segurança pública etc.
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ATOS DE COMÉRCIO
Rubens Requião “Problema insolúvel para a doutrina,
martírio para o legislador, enigma para a jurisprudência”.
História do Direito Comercial Diversidade de conceituação de
comércio sob o ponto de vista econômico e jurídico.
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COMERCIANTES OU EMPRESÁRIOS
DO PONTO DE VISTA DO DIREITO CIVIL O CONCEITO INTERESSA ENQUANTO ORGANIZAÇÃO DE PESSOAS = COMUNIDADE LABORAL (EMPRESÁRIOS, COLABORADORES, PRESTADORES DE SERVIÇOS).
DO PONTO DE VISTA DO DIREITO COMERCIAL – ATIVIDADE DO EMPRESÁRIO DESTINADA A PROMOVER PROFISSIONALMENTE A CIRCULAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NO MERCADO.
DO PONTO DE VISTA DO DIREITO ECONÔMICO – ORGANIZAÇÃO DE PRODUÇÃO PARA O MERCADO.
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EMPRESÁRIO EMPRESÁRIO
É UM DOS SUJEITOS DO SISTEMA ECONÔMICO O TITULAR DA FORÇA DE TRABALHO QUEM PARTICIPA DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZAS QUEM EXERCE A FUNÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO E/OU
DE TRANSFORMAÇÃO NO MERCADO (CENTRO DE ENCONTRO ENTRE A OFERTA E A DEMANDA DOS DIVERSOS SUJEITOS ECONÔMICOS)
ASSUME O RISCO ECONÔMICO E A INICIATIVA DO EMPREENDIMENTO
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EMPRESÁRIO CONCEITO JURÍDICO
É QUEM EXERCE A INTERMEDIAÇÃO ENTRE O CAPITAL E O TRABALHO, ESPECULANDO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE OS CUSTOS DE UM E DE OUTRO, COM O FITO DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO.
NÃO SE CONFUNDE COM O CAPITALISTA (pode não ser proprietário do dinheiro) OU COM O PRESTADOR DE SERVIÇOS (atua em nome da gestão da sua empresa).
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QUEM PODE COMERCIAR NO BRASIL
EXIGE DOIS REQUISITOS = CUMULATIVAMENTE
1- DEVE SER CONSIDERADO LEGALMENTE CAPAZ;
2- NÃO DEVE SE ENCONTRAR DENTRE AQUELES AOS QUAIS A LEI PROÍBE O EXERCÍCIO DO COMÉRCIO
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O COMERCIANTE, O MENOR e A MULHER COMERCIANTE
QUESTÃO QUE SE REFERE AO ESTADO DAS PESSOAS – DIREITO CIVIL –
Ver ARTIGOS 2o E SEGUINTES DO CÓDIGO CIVIL.
O menor pode figurar como sócio cotista mas não como comerciante.
MULHER CASADA ATÉ 1960 (LEI 4.121/62) NÃO HAVIA LIBERDADE NA
ADMINISTRAÇÃO DOS PRÓPRIOS BENS DEPOIS DA LEI NÃO MAIS HAVIA EXIGÊNICA PARA AUTORIZAÇÃO
MARITAL PARA COMERCIAR Constituição Federal 1988 – Igualdade - ART. 226, § 5o.
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OS PROIBIDOS DE COMERCIAR
VEDAÇÕES QUE DIZEM RESPEITO À SITUAÇÃO JURÍDICA E LOCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO
IGUALDADE, IMPARCIALIDADE E LIBERDADE PARA CONTRATAR
CONFLITO DE INTERESSES
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IMPLICAÇÕES DAS VEDAÇÕES
VEDAÇÃO NÃO IMPEDE QUE OS PROIBIDOS PARTICIPEM DE SOCIEDADES COMERCIAIS – NÃO PODEM TER RESPONSABILIDADE ILIMITADA E NEM EXERCER CARGOS DE GERÊNCIA.
DESOBEDIÊNCIA AO IMPEDIMENTO: COMERCIANTES IRREGULARES
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IMPLICAÇÕES DAS VEDAÇÕES
PODEM TER SUA FALÊNCIA DECRETADA – DEC. LEI 7661/45, ART. 3o, IV, MAS NÃO PODEM REQUERER A FALÊNCIA DE OUTRO COMERCIANTE OU IMPETRAR CONCORDATA.
ALGUMAS SITUAÇÕES DE EXERCÍCIO IRREGULAR DO COMÉRCIO CONSTITUEM CRIME FALIMENTAR (ART. 188, IX, DO DEC. LEI 7881/45) – PENA DE 1 A 4 ANOS DE RECLUSÃO.
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IMPLICAÇÕES DAS VEDAÇÕES
O FALIDO – AINDA QUE NÃO PRATIQUE CRIME FALIMENTAR SOMENTE PODE VOLTAR A EXERCER O COMÉRCIO DEPOIS DE DECLARADA A EXTINÇÃO DE SUAS OBRIGAÇÕES (art. 138 do DEC. LEI 7661/45).
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IMPLICAÇÕES DAS VEDAÇÕES
OS PROIBIDOS DE COMERCIAR PODEM EMPRESTAR DINHEIRO A JUROS.
ATIVIDADE FINANCEIRA DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO DO BACEN E ESTÁ RESTRITA ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (multa de detenção de 1 a 2 anos – Lei 4.595/64, art. 44, pár. 7o.). ASSIM, PODE EMPRESTAR DINHEIRO A JUROS EM CARÁTER NÃO PROFISSIONAL (ESPORADICAMENTE) E DESDE QUE NÃO ULTRAPASSE O LIMITE DE 12% AO ANO SOB PENA DE CONFIGURAR CRIME DE USURA.
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COMERCIANTES ESTRANGEIROS
Constituição Federal – IGUALDADE DE TRATAMENTO SER CAPAZ E NÃO ESTAR PROIBIDO RESIDÊNCIA NO BRASIL ENTRADA E PERMANÊNCIA REGULARIZADA NO PAÍS
(Dec.-Lei 341/38). SUBMETE-SE À LEI NACIONAL (Art. 30 C. Co) CONTRATOS INTERNACIONAIS – AUTONOMIA DA
VONTADE – LEX FORI(?) CASO A CASO – EX. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
AUTÔNOMA – SÓ SE APLICA A LEI BRASILEIRA (Art. 39 da Lei 4886/65)
ARBITRAGEM – LEI 9.307/96 – ART. 2o. – FACULTA ÀS PARTES A ESCOLHA DO DIREITO APLICÁVEL.
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COMERCIANTES PESSOAS JURÍDICAS ESTRANGEIRAS
BRASILEIRAS – CONSTITUÍDAS CONFORME A LEI BRASILEIRA E QUE TENHAM AQUI SUA SEDE (Dec. Lei 2.627/40 mantido pelo art. 300 da Lei 6.404/76).
ESTRANGEIRAS – CONSTITUÍDAS CONFORME A LEI DO LOCAL EM QUE TEM SUA SEDE. Necessitam de autorização para funcionar no país (Art. 64, Dec. Lei 2627/40).
É POSSÍVEL NATURALIZAÇÃO = transferência da sede e atendimento do procedimento de naturalização (Art. 71, Dec. Lei 2627/40).
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COMERCIANTES PESSOAS JURÍDICAS ESTRANGEIRAS
VEDAÇÕES NÃO PODEM EXPLORAR EMPRESAS DE
NAVEGAÇÃO AÉREA OU MARÍTIMA QUE TENHAM POR OBJETO A CONTRUÇÃO DE AEROPORTOS E PORTOS, JAZIDAS, MINAS, ENERGIA ELÉTRICA, COMUNICAÇÃO, FABRICAÇÃO DE MATERIAL BÉLICO, NUCLEAR E AFINS.
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COMERCIANTE IRREGULAR PERDEM PRERROGATIVAS – SOCORRER-SE DA
CONCORDATA, PEDIR A FALÊNCIA DE OUTRO COMERCIANTE, RESPONSABILIDADE PESSOAL LIMITADA NAS SOCIEDADES, ARGUIR A EXISTÊNCIA DE SOCIEDADE NAS LIDES ENTRE SÓCIOS.
PODEM TER SUA FALÊNCIA REQUERIDA, TERCEIROS PODEM PROVAR A EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE POR QUALQUER MEIO DE PROVA PARA RESPONSABILIZAÇÃO DOS SÓCIOS OU DE UM DELES.
FATORES DA IRREGULARIDADE: incapacidade, estar impedido, ausência matrícula, exercício não profissional da mercancia.
O NÃO ARQUIVAMENTO NÃO IMPEDE O RECONHECIMENTO DA QUALIDADE DE COMERCIANTE, MAS SIM DE COMERCIANTE REGULAR.
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Atos constitutivos das sociedades comerciais
Sociedade é um contrato – art. 1363 CC Contrato social x Estatuto social
CONTRATO: DISPOSIÇÕES PARA OS CONTRATANTES ESTATUTO: DISPOSIÇÕES PARA OS CONTRATANTES E TAMBÉM
PARA TERCEIROS Requisitos do contrato social
Escrito; Cláusulas obrigatórias:
Nomes e qualificação dos sócios; Firma (razão social) ou Denominação social (título de estabelecimento)
#nome fantasia Sede “qualificação” = objeto social E quadro societário Duração Outras informações necessárias ao perfeito delineamento dos direitos e
obrigações
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REGISTRO DO CONTRATO COM REGISTRO = REGULAR X SEM REGISTRO = IRREGULAR # SEM CONTRATO = DE FATO
Sociedades irregulares (contrato escrito mas sem cumprimento de alguma regularidade – p.ex. registro):
Terceiros podem provar sua existência por amplos meios de prova;
Sócios respondem ilimitadamente e solidariamente por todas as obrigações sociais;
Não podem pedir concordata, mas podem ter falência decretada a pedido de terceiros;
Não podem demandar por créditos;
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CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
CONFORME O GRAU DE RESPONSABILIDADE DO SÓCIO
ILIMITADA LIMITADA MISTA
CONSIDERA O PATRIMÔNIO PESSOAL DO SÓCIO Mesmo na ltda. até a integralização do capital todos
respondem pela sua totalidade. SUBSIDIÁRIA SOLIDÁRIA MISTA
CONSIDERA A ORDEM DE ATINGIMENTO DO PPS.
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CONFORME A CONTRIBUIÇÃO PESSOAL DOS SÓCIOS SOCIEDADE DE PESSOAS: pessoa do sócio tem
relevância – affectio societatis. Interfere na composição do quadro societário, no nome (deve figurar o nome dos sócios – firma*), na administração e na sucessão empresarial.
SOCIEDADE DE CAPITAIS: o relevo na pessoa do sócio é mínimo. O importante é o capital que o sócio injeta a empresa. Os incidentes com um sócio não tem reflexos na sociedade.
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TENDO EM VISTA O ATO DE FUNDAÇÃO Sociedade que se funda por contrato tem
grau máximo de autonomia da vontade; Sociedade que se funda em estatuto, este
regula interesses gerais abstratos, correspondentes à pessoa jurídica e não às pessoas dos sócios. Nestes casos a interferência do legislador e dos órgãos fiscalizadores é maior, restringindo a liberdade dos sócios.
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TRANSFORMAÇÃO
Atos registrários são distintos, mas as formalidades são as mesmas
Não é possível transformação entre pessoas jurídicas distintas*.
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EXTINÇÃO DE SOCIEDADES DISSOLUÇÃO PARCIAL X DISSOLUÇÃO
TOTAL DISSOLUÇÃO AMIGÁVEL X DISSOLUÇÃO
JUDICIAL Atos formais:
Requerer posição formal fiscal da empresa e dos sócios
Solicitar baixa fiscal – se ok Solicitar encerramento nos órgãos de
registro –com distrato ou doc. hábil.
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