1 aula escola, ensino-aprendizagem do deficiente

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Profª WALKIRIA GONÇALVES REGANHAN

profwalkiria@hotmail.com

Apresentação do universo que circunda o estudo das deficiências, do currículo da escola inclusiva: aspectos pedagógicos, metodológicos e interdisciplinares. A exclusão, integração e inclusão.

Adaptação do meio para o atendimento: acessibilidade, serviços especializados, ensino colaborativo, ajudas técnicas, comunicação alternativa e ampliada.

Análise dos aspectos envolvidos no trabalho pedagogo e psicopedagógico junto às pessoas com necessidades especiais, no que diz respeito à inclusão social e escolar dessa população.

Estimular a análise crítica e a reflexão sobre situações reais da educação inclusiva.

EMENTA

CRONOGRAMA

17/05 31/05 07/06Elementos

norteadores do processo de intervenção educacional

Alfabetização e letramento

Otimização sobre a adaptação curricular,

diversificação curricular no ensino de crianças e jovens com necessidades

educacionais especiais

A utilização de serviços

especializados, ensino colaborativo, informática, ajudas

técnicas, comunicação

alternativa e ampliada na educação

inclusiva.

O uso de recursos e estratégias de ensino

na educação inclusiva.

ESCOLA PARA TODOS

ESCOLA PARA TODOS

 Conceito abrangente de Escola Para Todos

Desviar a atenção da problemática individual para o conjunto de recursos

que poderão (ou deverão) estar à disposição de qualquer criança ou

jovem que em qualquer altura do seu percurso escolar tenha necessidades

educativas.

ESCOLA PARA TODOS

Ação da escola

Mobilizar e interagir com os recursos disponíveis e a disponibilizar

Exigindo uma dinâmica em que todos os professores, técnicos da

comunidade escolar local e pais se envolvam, mobilizados e

responsabilizados.

EDUCAÇÃO PARA TODOS

Possíveis caminhos para o atendimento à diversidade:

Construir propostas pedagógicas baseadas na interação com os alunos.

Reconhecer os tipos de capacidades presentes na escola.

Sequenciar conteúdos e adequá-los aos diversos ritmos de aprendizagem.

Utilizar metodologias diversificadas e motivadoras.

Optar por um paradigma de avaliação processual e emancipadora.

Inclusão

O conceito de necessidades educativas especiais traz consigo uma mudança na perspectiva da

construção da resposta adequada a cada situação específica.

       

São consideradas alunos com NEE:

Podem ser identificadas em diversas situações de dificuldade de aprendizagem, como decorrência de

condições individuais, econômicas ou socioculturais:

Crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, educacionais e sensoriais diferenciadas

Crianças com deficiência e bem dotadas

Crianças trabalhadoras distantes ou nômades

Crianças minorias lingüísticas, étnicas ou culturais

Crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados

Atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,

consta na Política Nacional de Educação:

Portadores de deficiência mental, visual, auditiva, física e múltimpla

Portadores de condutas típicas (problemas de conduta)

Portadores de superdotação

PCN:adaptadas

        A escola regular terá de ser uma escola inclusiva e um pólo

dinamizador da resposta para cada criança ou jovem.

     

Peculiaridades vigentes em seu cotidiano (condições de saúde, de alimentação, de sono, de cansaço, condições emocionais, eventos sociais, experiências de significação subjetiva, etc.)

Tais características, determinam, então, necessidades educacionais específicas, peculiares a cada aluno.

Variáveis em constante movimento e interação, produzindo, através do processo de elaboração ativa do aluno, características de sua individualidade: algumas, mais consistentes e estáveis (conquanto em constante processo de desenvolvimento) enquanto que outras, mais circunstanciais e episódicas.

ESINAR PESQUISANDOSignifica buscar conhecer cada aluno: suas características pessoais, seu processo de aprender, antes e durante todo o processo de ensinar.

Significa elaborar um plano de ensino voltado para os alunos que realmente temos em nossa sala de aula (grupo não é uma massa sem identidade).

Significa estarmos atentos às respostas de aprendizagem que cada aluno dá às atividades de ensino.

Significa buscarmos identificar os problemas que ocorrem

no processo de ensino e aprendizagem, através de um

olhar bidirecional:

“Esta estratégia metodológica que usei não favoreceu a aprendizagem deste, ou destes alunos... Por que será? 

O que está acontecendo da parte do aluno?

O que ele já sabe a esse respeito?

O que consegue fazer sozinho? 

O que consegue fazer com ajuda? 

O que eu posso fazer a respeito?

Que outra(s) estratégia(s) posso utilizar?”

Significa fazer modificações em nosso planejamento, em função das respostas obtidas.

Significa reajustar para atender às peculiaridades e necessidades educacionais específicas de cada um e de todos os alunos da sala.

Significa buscar suporte técnico-científico na instância adequada da comunidade escolar.

Significa buscar suporte no estudo de literatura especializada.

Significa participar de eventos e de oportunidades em que possamos compartilhar nossa experiência e sermos expostos à experiência de outros colegas.

Significa registrar nossas experiências e procurar socializá-las em veículos de comunicação da comunidade educacional e escolar.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

ENSINO E APRENDIZGEM

ENSINO E APRENDIZAGEM

O ensinar e o aprender são processos interdependentes, que ocorrem a partir de, e na relação entre o professor e o aluno

Não podemos pensar que as crianças que devem pedir permissão para começar a aprender

Devemos começar a aceitar que podem saber

Embora muitas vezes, não tenha sido dada a elas a autorização institucional para tanto

SABERSaber algo a respeito de um determinado objeto não quer dizer, necessariamente, saber algo socialmente aceito como “conhecimento”.

“Saber” quer dizer ter construído alguma concepção que explica certo conjunto de fenômenos ou de objetos da realidade

Emília Ferreiro (2001)

ENSINO

O ensino deve ser oferecido de uma forma que complemente as características de aprendizagem dos alunos

Resultado = Aprendizagem mais motividadora e mais fácil

Processo que facilita o processo de aprendizagem

Conteúdo pode ser apresentado em diferentes

abordagens:

1- Método do TODO

2- Método PARTE-TODO

3- Método PARTE-PROGRESSIVA

1- Método do TODO

É adotado quando a habilidade a ser aprendida for relativamente simples ou composta por poucas partes

Recomendado para alunos que têm mais dificuldade com a aprendizagem conceitual e não são capazes de relacionar as diversas partes de uma habilidade ao seu todo

Indicado para alunos com dificuldade de concentração e para os que aprendem melhor pela imitação

Requisito: método em que o aprendiz seja capaz de se lembrar da habilidade

que está sendo aprendida, das especificidades e

seqüência

2- Método PARTE-TODO

Requer que os educandos aprendam habilidades praticando uma parte delas de cada vez, para em seguida combinar essas partes a fim de executar a habilidade como um todo

Funciona melhor com educandos que conseguem se concentrar em pequenas tarefas e realizá-las

Não é recomendável para os que têm dificuldades para interagir as várias partes em um todo, mesmo com orientação do educador

2- Método PARTE-TODO

A tarefa completa é dividida em partes significativas = ANÁLISE DE TAREFAS

Cada parte deve ser um fim em si mesma, proporcionando sensação de sucesso mesmo que o aprendiz não consiga dominar toda a tarefa nem atingir o objetivo final

Encadeamento inverso = começa com o produto final e trabalha retroativamente

3- Método PARTE-PROGRESSIVA

Envolve o ensino da parte fundamental da habilidade e, partindo dessa base, a apresentação da parte seguinte

Duas primeiras partes aprendidas, elas são combinadas; acrescentam-se a elas partes subseqüentes, até que a habilidade como um todo seja dominada

3- Método PARTE-PROGRESSIVA

O educador deve estar alerta aos problemas que podem ocorrer se o aluno não aprender uma parte da seqüência, e deve fazer com que cada parte represente uma oportunidade de sucesso

Método que permite que os alunos dominem uma habilidade em seu próprio ritmo, praticando as partes mais difíceis e, ao mesmo tempo, progredindo em direção ao objetivo geral

FACILITANDO O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES

ANÁLISE DE TAREFAS: permite que o professor identifique os componentes inerentes a cada habilidade e os desenvolva em seqüência

ANÁLISE DE ATIVIDADES: ajuda o professor a selecionar atividades pela identificação dos componentes físicos, cognitivos, afetivos e sociais necessários ao sucesso do aluno

MOTIFICAÇÃO NA ATIVIDADE: suprir as necessidades especiais do aprendiz

ANÁLISE DE TAREFAS

ATT = Análise de Atividade Tradicional: enfoca mais a tarefa do que o aprendiz

ATE = Análise de tarefa ecológica: “processo de alterar dimensões relevantes de uma tarefa de movimento funcional, a fim de obter uma noção da dinâmica do comportamento motor do alunos e dar aos professores indicações para o desenvolvimento de estratégias”

ANÁLISE DE ATIVIDADES

Técnica usada para se determinar os requisitos básicos de uma atividade e relacioná-los aos resultados desejados para o aluno

Ao dividir atividade em componentes – educador entende o valor específico dessa atividade e, se for preciso, modificá-la para suprir necessidades individuais do aprendiz

ANÁLISE DE ATIVIDADES

Ao analisar uma atividade o educador deve considerar - Ponto de vista fisiológico:

Posições do corpo que são necessária durante a realização da atividade

Partes do corpo utilizada

Ações corporais realizadas

Padrões de movimentos fundamentais incorporados

Coordenação necessária

Nível exigido de aptidão física

Sistemas sensoriais usados

MODIFICAÇÕES DE ATIVIDADE

Após escolher as atividades mais adequadas que suprem as metas de aprendizagem do aprendiz, o educador deve modificá-las no que for necessário

Modificações pode envolver a simplificação das regras ou a prática de atividades preparatórias

MODIFICAÇÕES DE ATIVIDADENão é preciso que as modificações afetem todos os aspectos de uma atividade; elas devem ser limitar a suprir as necessidades individuais

Necessidade de mudar:

- Regras: para tornar a sua compreensão mais fácil

- Locais: para que sejam acessível

- Recursos: favorecer o desempenho nas atividades

- Número de participantes: garantir o máximo de participação

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

“Uma preferência característica e dominante na forma como as

pessoas recebem e processam informações, considerando os estilos como habilidades passiveis de serem

desenvolvidas.” Felder (2002)

É importante que se tenha o cuidado de não privilegiar um determinado estilo de aprendizagem pois desta forma os alunos que não respondem bem a este estilo se desinteressarão.

Ao mesmo tempo, não é indicado que o professor utilize sempre o estilo predominante de cada aluno pois limitará a possibilidade dos alunos desenvolverem outras habilidades.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

O estilo não deve ser visto como uma marca definitiva, podemos considerá-lo como uma preferência de aprendizagem.

Esta preferência nem sempre é compatível com as oportunidades e situações de aprendizagem, além de serem ampliadas.

Estas preferências variam de acordo com o desenvolvimento da pessoa e as situações de aprendizagem.

Estilos de Aprendizagem

ESTILOS DIRETO X INDIRETODIRETOS: convencionais – centrados no professor = maioria das decisões ligadas ao desempenho

Recomendados: alunos com comprometimento grave ou com auto nível de habilidade, que se beneficiam da estruturação

INDIRETOS: métodos mais centrados no aluno – aprendiz desempenha papel ativo no processo de aprendizagem = solução de problemas, experimentação e autodescoberta

ESTILOS POR COMANDO

Educador + demonstração= facilitar para conseguir o máximo de prática contínua dos alunos

ESTILO DESCOBERTA DIRIGIDA

Emprega desafios de movimentos preparados pelo professor, para ajudar os alunos a atingir uma meta específica

Os alunos são incentivados a descobrir soluções para as diferentes situações propostas

Por meio de perguntas ou afirmações curtas, o professor guia o aluno ao longo de uma série progressiva de etapas que levam aos resultados desejados ou à meta do desafio

ESTILO SOLUÇÕES DE PROBLEMAS

Apresenta série de desafios ao aprendiz

Incentiva os alunos a elaborar o maior número possível de soluções, desde que estas satisfaçam os critérios estabelecidos pelo professor

TÉCNICAS ORGAZACIONAIS E METODOLÓGICAS

Individualizar o ensino em equipe

Ensino de apoio

Ensino por colegas

Ensino por pessoas de idades

diferentes

ENSINO EM EQUIPE

Trabalho em equipe:

- outros professores

- Alunos da sala

- funcionários

ENSINO DE APOIO

Essa abordagem é importante para o aluno que está no início do processo de inserção: facilita a adaptação e permite que o aluno se concentre no conteúdo ensinado

Auxiliar, assistente, voluntário

ENSINO POR COLEGAS-TUTORES E POR TUTORES DE

DIFERENTES IDADES

Tutores da mesma faixa etária – amigos de sala

Tutores com idades diferentes (exemplo ensino médio)

APRENDIZAGEMComo a criança aprende?

Cada criança tem seu jeito de aprender

Primeiros anos de vida: sentidos e da ação motora sobre o ambiente

Através dos esquemas de ação – descobre prazer de fazer acontecer

Aprender a fazer algo e sente prazer – repete ação

O prazer de CONSEGUIR FAZER é o motor da aprendizagem

CONSEGUIR FAZER – são as coisas que lhe dão prazer, porque as domina, que a criança vai reconhecer e das quais poderá se lembrar

São as coisas prazerosas que satisfazem uma necessidade motora, sensorial, afetiva e intelectual e que conseguimos fazer que formam os nosso sistemas de significações

“ [...] coisas e fatos adquirem significação para o ser humano quando inseridos em uma estrutura” (PIAGET, 1988) – ASSIMILAÇÃO

A significação é o resultado da assimilação. Conhecer não é somente explicar nem é somente viver: conhecer é algo que se dá a partir da vivencia, ou seja, a partir da ação sobre o objeto do conhecimento, para que este objeto seja imerso em um sistema de relações.”

COMO É? E POR QUE? – perguntas que levam a criança a descobrir e compreender como são feitas as coisas e porque ela conseguiu fazer aquilo

Crianças com deficiência, em função das dificuldades físicas, sensoriais e outras limitações, muitas vezes se satisfazem com a conquista motora e a repetição mecânica de determinados movimentos que se tornam hábitos

Dificulta o planejamento de uma ação e a tomada de consciência da ação

O ciclo de aprendizagem pode ser descrito em quatro etapas:

os alunos podem receber tarefas e atribuições escolares que não valorizam, não entendem ou não sabem realizar;

os alunos podem então se sentir confusos, ameaçados, zangados ou em sofrimento

os alunos podem apresentar comportamentos inadequados. Se suas atribuições escolares resultam em tédio ou em confusão, seu comportamento freqüentemente se torna mais errático e menos previsível

os alunos aprendem a partir de suas experiências e tendem a repetir ações que para eles funcionam. Os comportamentos destrutivos ou perigosos em geral funcionam imediatamente, pois o aluno consegue escapar das tarefas e ganha a atenção do professor – recompensas imediatas X problemas criados a longo prazo (alienação, exclusão e isolamento)

“Feliz aquele que

transfere o que sabe e aprende o

que ensina!”

Cora Coralina

ATÉ MAIS!ATÉ MAIS!profwalkiria@hotmail.comprofwalkiria@hotmail.com

Muito obrigada!

Profª. Walkiria

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