· web viewart. 693 e segs. do código de processo civil, ajuizar a presente aÇÃo de...
Post on 18-Jan-2019
216 Views
Preview:
TRANSCRIPT
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIAVARA DE FAMÍLIA DA DA
CIDADE.CIDADE.
(CPC, art. 53, inc. I, “a”)(CPC, art. 53, inc. I, “a”)
FORMULA-SE PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS FORMULA-SE PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
( CPC, art. 693, parágrafo único c/c LA, art. 4( CPC, art. 693, parágrafo único c/c LA, art. 4ºº))
JOANA DAS QUANTASJOANA DAS QUANTAS, solteira, de prendas do lar, residente e, solteira, de prendas do lar, residente e
domiciliada na domiciliada na Rua Y, nº. 0000, em Curitiba(PR) – Rua Y, nº. 0000, em Curitiba(PR) – CEPCEP 11222-44 11222-44, inscrita no CPF(MF) sob o, inscrita no CPF(MF) sob o nº. 333.222.111-44nº. 333.222.111-44, com endereço eletrônico joana@nothing.com.br, , com endereço eletrônico joana@nothing.com.br, por sipor si, e , e representandorepresentando
((CPC, art. 71CPC, art. 71) ) KAROLINE DAS QUANTAS, KAROLINE DAS QUANTAS, menor impúbere, menor impúbere, vem, com o devido respeito àvem, com o devido respeito à
presença de Vossa Excelência, ora intermediada por seu patrono ao final firmado –presença de Vossa Excelência, ora intermediada por seu patrono ao final firmado –
instrumento procuratório acostado instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na–, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na
referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 106, inc. I c/c art. 287,art. 106, inc. I c/c art. 287, ambos do CPC,ambos do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido
respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no art. 693 e segs. do Código deart. 693 e segs. do Código de Processo Civil,Processo Civil, ajuizar a presente ajuizar a presente
AÇÃO DE AÇÃO DE RECONHECIMENTORECONHECIMENTO E E DISSOLUÇÃODISSOLUÇÃO DE DE
UNIÃO ESTÁVELUNIÃO ESTÁVELCOM PEDIDO DECOM PEDIDO DE
““PARTILHA DE BENS”, “ALIMENTOS PROVISÓRIOS” e “GUARDA DEPARTILHA DE BENS”, “ALIMENTOS PROVISÓRIOS” e “GUARDA DE MENOR”MENOR”
contra contra JOÃO DOS SANTOSJOÃO DOS SANTOS, casado, bancário, residente e domiciliado na , casado, bancário, residente e domiciliado na Rua Y, nº. 0000,Rua Y, nº. 0000, em Curitiba(PR) – em Curitiba(PR) – CEPCEP 11222-44, 11222-44, inscrito no CPF(MF) sob o nº. 444.333.222-11 inscrito no CPF(MF) sob o nº. 444.333.222-11 , endereço, endereço
eletrônico santos@fake.com.br, eletrônico santos@fake.com.br, pelas seguintes razões de fato e de direito.pelas seguintes razões de fato e de direito.
INTROITO INTROITO
( a ) Benefícios da justiça gratuita (CPC, art. 98, ( a ) Benefícios da justiça gratuita (CPC, art. 98, caputcaput))
A parte Autora A parte Autora não tem condições de arcar com as despesasnão tem condições de arcar com as despesas do processodo processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as
despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais. despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.
Destarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade daDestarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade da
justiça, justiça, o que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do o que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, art. 99, § 4º c/c 105, in finein fine,, ambos do CPCambos do CPC, quando tal prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório, quando tal prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório
acostado. acostado.
( b ) Quanto à audiência de conciliação (CPC, art. 319, inc. VII)( b ) Quanto à audiência de conciliação (CPC, art. 319, inc. VII)
O Autor opta pela realização de audiência conciliatória (O Autor opta pela realização de audiência conciliatória (CPC,CPC, art. 319, inc. VIIart. 319, inc. VII), razão qual requerem a citação do Promovido, por carta e entregue em), razão qual requerem a citação do Promovido, por carta e entregue em
mãos próprias (mãos próprias (CPC, art. 247, inc. ICPC, art. 247, inc. I) para comparecer à audiência designada para essa) para comparecer à audiência designada para essa
finalidade (finalidade (CPC, art. 334, caput c/c art. 695CPC, art. 334, caput c/c art. 695).).
1 – QUADRO FÁTICO1 – QUADRO FÁTICO
1.1. DA PROVA DA CONVIVÊNCIA MARITAL1.1. DA PROVA DA CONVIVÊNCIA MARITAL
A Autora conviveu maritalmente com o Réu no períodoA Autora conviveu maritalmente com o Réu no período
compreendido de xx/yy/zzzz a yy/zz/xxxx, sob o ângulo jurídico de compreendido de xx/yy/zzzz a yy/zz/xxxx, sob o ângulo jurídico de união estávelunião estável, período, período
esse que colaborou firmemente na formação do patrimônio do casal. esse que colaborou firmemente na formação do patrimônio do casal.
Da união nasceu a menor Da união nasceu a menor Karoline das QuantasKaroline das Quantas, atualmente, atualmente
com 8 anos de idade, a qual registrada em nome do casal.(com 8 anos de idade, a qual registrada em nome do casal.(docs. 01docs. 01))
A Promovente e o Réu se conheceram nos idos de xx/yy/zzzz,A Promovente e o Réu se conheceram nos idos de xx/yy/zzzz,
quando, meses depois, iniciaram o relacionamento. Sempre mantiveram um convívio dequando, meses depois, iniciaram o relacionamento. Sempre mantiveram um convívio de
união estávelunião estável, , como se casados fossemcomo se casados fossem, , com afetividade mútuacom afetividade mútua, demonstrando, demonstrando
estabilidade no relacionamentoestabilidade no relacionamento e com e com propósito de uma vida em comum. propósito de uma vida em comum. Amolda-se aoAmolda-se ao
que registra a Legislação Substantiva Civil.(que registra a Legislação Substantiva Civil.(CC, art. 1.723, CC, art. 1.723, caputcaput). ).
Assim, como casados fossem, frequentaram durante anosAssim, como casados fossem, frequentaram durante anos
ambientes públicosambientes públicos, com , com passeios juntos. passeios juntos. Os mesmos Os mesmos assim mostraram-se ao círculo deassim mostraram-se ao círculo de amizades e profissionalamizades e profissional, o que se destacada pelas fotos anexas. (, o que se destacada pelas fotos anexas. (docs. 02/18docs. 02/18))
Não bastasse isso, os mesmos Não bastasse isso, os mesmos são os únicos sócios dasão os únicos sócios da empresa Xispa Fictícia Ltdaempresa Xispa Fictícia Ltda, o que se observa do contrato social pertinente. (, o que se observa do contrato social pertinente. (doc. 19doc. 19))
Todavia, a Autora embora tão somente figure como sócia, nada representa efetivamente. Todavia, a Autora embora tão somente figure como sócia, nada representa efetivamente.
Nessa empresa, Nessa empresa, todos os empregados têm conhecimento datodos os empregados têm conhecimento da união entre ambosunião entre ambos, sendo a Autora reconhecida por aqueles como “esposa” do Réu, , sendo a Autora reconhecida por aqueles como “esposa” do Réu, comocomo se efetivamente casados fossemse efetivamente casados fossem..
O plano de saúde da Autora e de sua filha sempre foi custeadoO plano de saúde da Autora e de sua filha sempre foi custeado
pelo Réu, inclusive lançando-os em sua declaração de Imposto de Renda. pelo Réu, inclusive lançando-os em sua declaração de Imposto de Renda.
Ademais, em todas as festas de aniversário da filha do casal oAdemais, em todas as festas de aniversário da filha do casal o
Réu apresentou-se na qualidade de “Réu apresentou-se na qualidade de “maridomarido” da Autora. A propósito, carreamos álbum de” da Autora. A propósito, carreamos álbum de
fotos (apenas para exemplificar) do aniversário da menor quando completara 5 anos de idade,fotos (apenas para exemplificar) do aniversário da menor quando completara 5 anos de idade,
onde o mesmo, por inúmeras vezes, aparece junto com mãe e filha, aqui Promoventes. (onde o mesmo, por inúmeras vezes, aparece junto com mãe e filha, aqui Promoventes. (docs.docs. 20/3220/32) )
Outrossim, todas as correspondências destinadas à AutoraOutrossim, todas as correspondências destinadas à Autora
sempre foram direcionadas ao endereço de convivência mútua do casal, consoante provasempre foram direcionadas ao endereço de convivência mútua do casal, consoante prova
anexa. (anexa. (docs. 33/36docs. 33/36))
Mais acentuadamente nesse último ano, o Réu passou a ingerirMais acentuadamente nesse último ano, o Réu passou a ingerir
bebidas alcoólicas com frequência (bebidas alcoólicas com frequência (embriaguez habitualembriaguez habitual) e, por conta disso, os conflitos entre) e, por conta disso, os conflitos entre
o casal se tornou contumaz. Esse fato preocupou mais ainda a Autora, maiormente porquantoo casal se tornou contumaz. Esse fato preocupou mais ainda a Autora, maiormente porquanto
todas essas constantes e desmotivadas agressões foram, em regra, presenciada pela filhatodas essas constantes e desmotivadas agressões foram, em regra, presenciada pela filha
menor e, mais, por toda vizinhança. Esses fatos são comprovados por meio de menor e, mais, por toda vizinhança. Esses fatos são comprovados por meio de relatório dorelatório do Conselho TutelarConselho Tutelar. (. (doc. 37doc. 37) )
As agressões de início eram verbais, com xingamentos e palavrasAs agressões de início eram verbais, com xingamentos e palavras
de baixo calão direcionado à Autora. Nos últimos meses, entrementes, usualmente esse, porde baixo calão direcionado à Autora. Nos últimos meses, entrementes, usualmente esse, por
vezes embriagado, passou a agredir fisicamente a Autora. No dia xx/yy/zzzz, o Réu desferiuvezes embriagado, passou a agredir fisicamente a Autora. No dia xx/yy/zzzz, o Réu desferiu
um soco contra o rosto da mesma, agressão essa que lhe deixou sequelas, a qual tivera deum soco contra o rosto da mesma, agressão essa que lhe deixou sequelas, a qual tivera de
fazer um boletim de ocorrência por essa agressão sofrida. (fazer um boletim de ocorrência por essa agressão sofrida. (doc. 38doc. 38). ).
Não bastasse isso, não intimidado com a possível sanção penalNão bastasse isso, não intimidado com a possível sanção penal
pelo gesto grosseiro, o mesmo mais acentuadamente tornou a ameaçá-la, não restando outropelo gesto grosseiro, o mesmo mais acentuadamente tornou a ameaçá-la, não restando outro
caminho à mesma senão obter novo Boletim de Ocorrência, o qual, em síntese, descreve ocaminho à mesma senão obter novo Boletim de Ocorrência, o qual, em síntese, descreve o
ocorrido no dia zz/xx/yyyy. (ocorrido no dia zz/xx/yyyy. (doc. 39doc. 39))
Temendo por sua integridade física e, mais, Temendo por sua integridade física e, mais, caracterizada acaracterizada a inviabilidade da vida em comuminviabilidade da vida em comum, assim como , assim como a ruptura pelo Promovido dos deveres dea ruptura pelo Promovido dos deveres de lealdade, respeito e assistêncialealdade, respeito e assistência, a Autora tivera que sair da residência em xx/yy/zzzz, pondo, a Autora tivera que sair da residência em xx/yy/zzzz, pondo
fim ao relacionamento. fim ao relacionamento.
1.2. DO DIREITO AOS BENS EM COMUM1.2. DO DIREITO AOS BENS EM COMUM
(CC, art. 1.725)(CC, art. 1.725)
Não resta qualquer dúvida, embora pela sumária prova dos fatosNão resta qualquer dúvida, embora pela sumária prova dos fatos
ora levados a efeito, que Autor e Réu ora levados a efeito, que Autor e Réu viveram sob o regime de viveram sob o regime de união estávelunião estável. Sempre. Sempre
tiveram a firme intenção de viver tiveram a firme intenção de viver publicamentepublicamente como casados, dentro do que a doutrina como casados, dentro do que a doutrina
chama de chama de affectio maritalis. affectio maritalis. O casal-convinente, pois, por todos esses anos O casal-convinente, pois, por todos esses anos foramforam reconhecidos pela sociedade como marido e mulherreconhecidos pela sociedade como marido e mulher , com os mesmos sinais exteriores de, com os mesmos sinais exteriores de
um casamento. Houvera, repise-se, um casamento. Houvera, repise-se, colaboração mútua na formação do patrimôniocolaboração mútua na formação do patrimônio e, e,
mais, para a formação e crescimento da menor, filha de ambos. mais, para a formação e crescimento da menor, filha de ambos.
No mais, em que pese a legislação não exigir qualquer períodoNo mais, em que pese a legislação não exigir qualquer período
mínimo de convivência, verifica-se que mínimo de convivência, verifica-se que essa fora estávelessa fora estável, com , com duração prolongadaduração prolongada por por
quase uma década de relacionamento, período efetivamente comprometido para aquase uma década de relacionamento, período efetivamente comprometido para a
estabilidade familiar. estabilidade familiar.
Nesse compasso, seguindo as mesmas disposições atinentes aoNesse compasso, seguindo as mesmas disposições atinentes ao
casamento, da união estável em relevo resulta que a Autora faz jus à meação dos benscasamento, da união estável em relevo resulta que a Autora faz jus à meação dos bens
adquiridos na constância da relação, adquiridos na constância da relação, presumidamentepresumidamente adquiridos por esforço em comum. adquiridos por esforço em comum.
Com esse entendimento, urge transcrever alguns arestos:Com esse entendimento, urge transcrever alguns arestos:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL.APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL.
PARTILHA DE BENS. ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA PETITA E DE VIOLAÇÃOPARTILHA DE BENS. ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA PETITA E DE VIOLAÇÃO
AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA.AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA.
PARTILHA DE BEM IMÓVEL. PROVA DA AQUISIÇÃO NA CONSTÂNCIA DA UNIÃOPARTILHA DE BEM IMÓVEL. PROVA DA AQUISIÇÃO NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO
ESTÁVEL POR MEIO DOS DOCUMENTOS E ALEGAÇÕES DA APELANTE/RÉ.ESTÁVEL POR MEIO DOS DOCUMENTOS E ALEGAÇÕES DA APELANTE/RÉ.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1.725 DO CÓDIGO CIVIL. REGIME DE COMUNHÃOINTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1.725 DO CÓDIGO CIVIL. REGIME DE COMUNHÃO
PARCIAL DE BENS. PRESUNÇÃO LEGAL DE ESFORÇO COMUM. ARTIGO 5º LEI NºPARCIAL DE BENS. PRESUNÇÃO LEGAL DE ESFORÇO COMUM. ARTIGO 5º LEI Nº
9278/1996. PRECEDENTES STJ. BENS MÓVEIS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM9278/1996. PRECEDENTES STJ. BENS MÓVEIS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM
GARANTIA. IMPOSSIBILIDADE DE SE PARTILHAR. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇAGARANTIA. IMPOSSIBILIDADE DE SE PARTILHAR. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. MANTIDA.
1. Não há que se falar em sentença extra petita por ausência de pedido expresso de1. Não há que se falar em sentença extra petita por ausência de pedido expresso de
partilha do bem imóvel, uma vez que esta decorre diretamente da causa de pedir,partilha do bem imóvel, uma vez que esta decorre diretamente da causa de pedir,
além de que a jurisprudência do c. STJ tem orientação pacificada de que aalém de que a jurisprudência do c. STJ tem orientação pacificada de que a
compreensão da pretensão deduzida em juízo requer interpretação lógico-compreensão da pretensão deduzida em juízo requer interpretação lógico-
sistemática das razões apresentadas a partir da análise de todo o seu conteúdo esistemática das razões apresentadas a partir da análise de todo o seu conteúdo e
não apenas do que foi pedido. 2. Não ocorrência de violação ao contraditório e ànão apenas do que foi pedido. 2. Não ocorrência de violação ao contraditório e à
ampla defesa pela ausência da apelante na audiência de instrução e julgamento,ampla defesa pela ausência da apelante na audiência de instrução e julgamento,
pois a decisão se baseou em provas documentais, inexistindo requerimento depois a decisão se baseou em provas documentais, inexistindo requerimento de
depoimento pessoal. 3. Não há como ser reconhecida a partilha dos bens móveisdepoimento pessoal. 3. Não há como ser reconhecida a partilha dos bens móveis
alienados fiduciariamente em garantia, os quais as partes não detêm mais a posse.alienados fiduciariamente em garantia, os quais as partes não detêm mais a posse.
4. Na união estável, assim como no casamento, a falta de estipulação do regime de4. Na união estável, assim como no casamento, a falta de estipulação do regime de
bens, impõe a aplicação do regime de comunhão parcial de bens, no qual, integrarábens, impõe a aplicação do regime de comunhão parcial de bens, no qual, integrará
o patrimônio comum dos companheiros todos os bens onerosamente adquiridos nao patrimônio comum dos companheiros todos os bens onerosamente adquiridos na
constância da união. Inteligência dos artigos 1.725 do Código Civil e 5º da Lei nºconstância da união. Inteligência dos artigos 1.725 do Código Civil e 5º da Lei nº
9.278/1996. 5. No caso dos autos, incontroverso o reconhecimento da união estável9.278/1996. 5. No caso dos autos, incontroverso o reconhecimento da união estável
no período entre 1998 e 2010 e comprovada a aquisição do imóvel em 1999, com ano período entre 1998 e 2010 e comprovada a aquisição do imóvel em 1999, com a
quitação das parcelas em 2004, conforme documentos juntados aos autos equitação das parcelas em 2004, conforme documentos juntados aos autos e
afirmações da apelante. 6. Há presunção legal do esforço comum na aquisição deafirmações da apelante. 6. Há presunção legal do esforço comum na aquisição de
bens na constância da união, fazendo incidir à questão, o disposto no art. 334, IV, dobens na constância da união, fazendo incidir à questão, o disposto no art. 334, IV, do
CPC, quanto à desnecessidade de se provar os fatos "em cujo favor milita presunçãoCPC, quanto à desnecessidade de se provar os fatos "em cujo favor milita presunção
legal de existência ou de veracidade?. Precedentes STJ. 8. Recurso conhecido elegal de existência ou de veracidade?. Precedentes STJ. 8. Recurso conhecido e
improvido. Sentença mantida. (TJPA; APL 0035584-83.2013.8.14.0301; Ac. 156744;improvido. Sentença mantida. (TJPA; APL 0035584-83.2013.8.14.0301; Ac. 156744;
Belém; Quinta Câmara Cível Isolada; Rel. Des. Luiz Gonzaga da Costa Neto; Julg.Belém; Quinta Câmara Cível Isolada; Rel. Des. Luiz Gonzaga da Costa Neto; Julg.
04/03/2016; DJPA 08/03/2016; Pág. 239)04/03/2016; DJPA 08/03/2016; Pág. 239)
APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DEAPELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE
UNIÃO ESTÁVEL. REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. PARTILHA DE BENS. UNIÃO ESTÁVEL. REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. PARTILHA DE BENS.
1. Às uniões estáveis, salvo documento escrito entre as partes, aplica-se o regime da1. Às uniões estáveis, salvo documento escrito entre as partes, aplica-se o regime da
comunhão parcial de bens, pelo qual comunicam-se todos os bens adquiridoscomunhão parcial de bens, pelo qual comunicam-se todos os bens adquiridos
onerosamente na constância da convivência, independentemente da comprovaçãoonerosamente na constância da convivência, independentemente da comprovação
da efetiva participação de cada um dos companheiros, presumindo-se o esforçoda efetiva participação de cada um dos companheiros, presumindo-se o esforço
comum, a teor do disposto no art. 1.725 do CCB. 2. Comprovado nos autos que ocomum, a teor do disposto no art. 1.725 do CCB. 2. Comprovado nos autos que o
varão alienou, após a ruptura da união estável, fração de terras adquirida navarão alienou, após a ruptura da união estável, fração de terras adquirida na
constância da convivência, deixando de repassar a metade do valor à virago,constância da convivência, deixando de repassar a metade do valor à virago,
pertinente a obrigação de indenizá-la pela metade do valor recebido, corrigidopertinente a obrigação de indenizá-la pela metade do valor recebido, corrigido
monetariamente pelo IGP-m a contar do recebimento do pagamento, acrescido demonetariamente pelo IGP-m a contar do recebimento do pagamento, acrescido de
juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. 3. Os limites da controvérsia a serjuros de mora de 1% ao mês a partir da citação. 3. Os limites da controvérsia a ser
dirimida em juízo são fixados na inicial, oportunizando-se, assim, o contraditório e adirimida em juízo são fixados na inicial, oportunizando-se, assim, o contraditório e a
produção de provas, razão pela qual descabe o exame de questões suscitadasprodução de provas, razão pela qual descabe o exame de questões suscitadas
somente no momento em que apresentados os memoriais. Apelo desprovido esomente no momento em que apresentados os memoriais. Apelo desprovido e
recurso adesivo parcialmente provido. (TJRS; AC 0202039-54.2015.8.21.7000;recurso adesivo parcialmente provido. (TJRS; AC 0202039-54.2015.8.21.7000;
Gravataí; Sétima Câmara Cível; Relª Desª Sandra Brisolara Medeiros; Julg.Gravataí; Sétima Câmara Cível; Relª Desª Sandra Brisolara Medeiros; Julg.
24/02/2016; DJERS 08/03/2016)24/02/2016; DJERS 08/03/2016)
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. UNIÃORECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. UNIÃO
COMPROVADA. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL. PARTICIPAÇÃOCOMPROVADA. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL. PARTICIPAÇÃO
PRESUMIDA. DIVISÃO IGUALITÁRIA. PRECEDENTES RECURSO DESPROVIDO. PRESUMIDA. DIVISÃO IGUALITÁRIA. PRECEDENTES RECURSO DESPROVIDO.
1. Trata-se de Apelação cível contra sentença que reconheceu e dissolveu a união1. Trata-se de Apelação cível contra sentença que reconheceu e dissolveu a união
estável havida entre os conviventes, determinando a partilha do patrimônio comumestável havida entre os conviventes, determinando a partilha do patrimônio comum
relativo à benfeitoria realizada no imóvel de moradia na razão de cinquenta porrelativo à benfeitoria realizada no imóvel de moradia na razão de cinquenta por
cento para cada um deles. 2. Comprovada a união estável e não havendo destinaçãocento para cada um deles. 2. Comprovada a união estável e não havendo destinação
dos bens por escrito, é aplicável o regime de comunhão parcial à partilha dodos bens por escrito, é aplicável o regime de comunhão parcial à partilha do
patrimônio adquirido durante a convivência. 3. Reconhecida a união estável, épatrimônio adquirido durante a convivência. 3. Reconhecida a união estável, é
presunção absoluta a participação do convivente na formação do patrimôniopresunção absoluta a participação do convivente na formação do patrimônio
comum, sendo desnecessária sua comprovação. Precedentes do STJ. 4. Semcomum, sendo desnecessária sua comprovação. Precedentes do STJ. 4. Sem
destinação por escrito, determina-se a divisão igualitária dos bens da convivência,destinação por escrito, determina-se a divisão igualitária dos bens da convivência,
em observância ao regime da comunhão parcial aplicável ao caso. RECURSOem observância ao regime da comunhão parcial aplicável ao caso. RECURSO
DESPROVIDO. (TJCE; APL 0009701DESPROVIDO. (TJCE; APL 000970168.2011.8.06.0062; Oitava Câmara Cível; Rel. Des.68.2011.8.06.0062; Oitava Câmara Cível; Rel. Des.
José Tarcílio Souza da Silva; DJCE 07/03/2016; Pág. 76)José Tarcílio Souza da Silva; DJCE 07/03/2016; Pág. 76)
A propósito, reza o Código Civil que:A propósito, reza o Código Civil que:
CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL
Art. 1.725 – Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-Art. 1.725 – Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-
se às relações patrimoniais, no que couber, o se às relações patrimoniais, no que couber, o regime de comunhão parcial de bensregime de comunhão parcial de bens. .
Portanto, segundo o que define o artigo supramencionado, tomou-Portanto, segundo o que define o artigo supramencionado, tomou-
se como modelo, para fins patrimoniais, se como modelo, para fins patrimoniais, o mesmo regime adotado no casamentoo mesmo regime adotado no casamento, sendo a, sendo a
hipótese o tratamento concedido à comunhão parcial de bens.hipótese o tratamento concedido à comunhão parcial de bens.
Assim, resta saber que Autor e Réu adquiriram onerosamenteAssim, resta saber que Autor e Réu adquiriram onerosamente
durante a convivência os bens a seguir relacionados, durante a convivência os bens a seguir relacionados, todos em nome do Réu (todos em nome do Réu (docs. 40/47docs. 40/47))::
1 – Imóvel residencial sito na Rua X, nº 0000, em Curitiba(PR), local onde1 – Imóvel residencial sito na Rua X, nº 0000, em Curitiba(PR), local onde residiram, objeto da matrícula nº 112233, do Cartório de Registro de Imóveis daresidiram, objeto da matrícula nº 112233, do Cartório de Registro de Imóveis da 00ª Zona;00ª Zona;
2 – Uma fazenda situada no município ...., objeto da matrícula nº 0000, do2 – Uma fazenda situada no município ...., objeto da matrícula nº 0000, do Cartório de Registro de Imóveis da cidade de ....;Cartório de Registro de Imóveis da cidade de ....;
3 – Veículos de placas ....; 3 – Veículos de placas ....;
4 – Cota social da empresa Xista Ltda;4 – Cota social da empresa Xista Ltda;
5 – todos os bens móveis que guarnecem a residência do casal;5 – todos os bens móveis que guarnecem a residência do casal;
6 – saldo na conta corrente nº 0000, da Ag. 1122, do Banco Zeta S/A, a qual de6 – saldo na conta corrente nº 0000, da Ag. 1122, do Banco Zeta S/A, a qual de titularidade do Réu(titularidade do Réu(doc. 48doc. 48))
Desse modo, sobre esses bens, e outros a ser destacadaDesse modo, sobre esses bens, e outros a ser destacada
eventualmente durante a instrução processual, eventualmente durante a instrução processual, a Autora faz jus à meaçãoa Autora faz jus à meação, máxime, máxime
porquanto porquanto não houveranão houvera entre os ora litigantes qualquer acerto contratual que disponha entre os ora litigantes qualquer acerto contratual que disponha sobre a divisão dos benssobre a divisão dos bens. .
2 – RAZÕES DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL2 – RAZÕES DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
VIOLAÇÃO DOS VIOLAÇÃO DOS DEVERESDEVERES DA UNIÃO ESTÁVEL DA UNIÃO ESTÁVEL
Com respeito aos Com respeito aos deveres da união estáveldeveres da união estável, estabelece a, estabelece a
Legislação Substantiva Civil que:Legislação Substantiva Civil que:
CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL
Art. 1.724 – As relações pessoais entre os companheiros Art. 1.724 – As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres deobedecerão aos deveres de
lealdade, respeito e assistêncialealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos., e de guarda, sustento e educação dos filhos.
Segundos os indícios de provas já colacionados nestes autos, oSegundos os indícios de provas já colacionados nestes autos, o
Réu, mais acentuadamente nesse último ano, passou a ingerir bebidas alcoólicas comRéu, mais acentuadamente nesse último ano, passou a ingerir bebidas alcoólicas com
frequência (frequência (embriaguez habitualembriaguez habitual) e, por conta disso, os conflitos entre o casal tornou-se) e, por conta disso, os conflitos entre o casal tornou-se
contumaz. Preocupou mais a Autora, porquanto todas estas constantes e desmotivadascontumaz. Preocupou mais a Autora, porquanto todas estas constantes e desmotivadas
agressões foram, em regra, presenciada pela filha menor e, mais, por toda vizinhança. agressões foram, em regra, presenciada pela filha menor e, mais, por toda vizinhança.
Debatendo acerca dos efeitos jurídicos da união estável,Debatendo acerca dos efeitos jurídicos da união estável,
maiormente quanto aos maiormente quanto aos deveres recíprocosdeveres recíprocos dos conviventes, asseveram dos conviventes, asseveram Cristiano ChavesCristiano Chaves de Fariasde Farias e e Nelson RosenvaldNelson Rosenvald que: que:
““O Estatuto Civil, no art. 1.724, impõe aos companheiros direitos e deveresO Estatuto Civil, no art. 1.724, impõe aos companheiros direitos e deveres
recíprocos, marcando, fundamentalmente, os efeitos pessoais da união estável.recíprocos, marcando, fundamentalmente, os efeitos pessoais da união estável.
Assim, exige-se dos companheiros, reciprocamente, os deveres de ‘Assim, exige-se dos companheiros, reciprocamente, os deveres de ‘ lealdade,lealdade,
respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos’ respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos’ ”( ”( In, In, Curso deCurso de
Direito CivilDireito Civil. 4ª Ed. Bahia: JusPodvim, 2012. Pág. 532). 4ª Ed. Bahia: JusPodvim, 2012. Pág. 532)
Com a mesma sorte de entendimento seguem as lições de Com a mesma sorte de entendimento seguem as lições de SílvioSílvio RodriguesRodrigues, quando professa que:, quando professa que:
““Ainda no campo pessoal, reitera os deveres de ‘lealdade, respeito e assistência, eAinda no campo pessoal, reitera os deveres de ‘lealdade, respeito e assistência, e
de guarda, sustento e educação dos filhos’, como obrigação recíproca entre osde guarda, sustento e educação dos filhos’, como obrigação recíproca entre os
conviventes(art. 1.724). ( conviventes(art. 1.724). ( In, In, Direito CivilDireito Civil. 28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2004. Pág. 282).. 28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2004. Pág. 282).
Identicamente Identicamente Caio Mário da Silva PereiraCaio Mário da Silva Pereira::
““O art. 1.724 estabeleceu, para as relações pessoais entre os companheiros, osO art. 1.724 estabeleceu, para as relações pessoais entre os companheiros, os
deveres de ‘obediência aos deveres de lealdade, respeito e assistência e de guarda,deveres de ‘obediência aos deveres de lealdade, respeito e assistência e de guarda,
sustento e educação dos filhos’. Indaga-se se a ‘fidelidade’, obrigação recíproca entresustento e educação dos filhos’. Indaga-se se a ‘fidelidade’, obrigação recíproca entre
os cônjuges no casamento, no art. 1.566, I, do Código Civil de 2002(art. 231,os cônjuges no casamento, no art. 1.566, I, do Código Civil de 2002(art. 231,
CC/1916), foi excluída da união estável. Dentro de uma interpretação literal, ser fielCC/1916), foi excluída da união estável. Dentro de uma interpretação literal, ser fiel
é obrigação, apenas, para os cônjuges. Para os companheiros, lhes cabe obediênciaé obrigação, apenas, para os cônjuges. Para os companheiros, lhes cabe obediência
aos deveres de lealdade, respeito e assistência e de guarda, sustento e educação dosaos deveres de lealdade, respeito e assistência e de guarda, sustento e educação dos
filhos. Não se justifica dar tratamento diverso, quando são valores essenciais nasfilhos. Não se justifica dar tratamento diverso, quando são valores essenciais nas
relações entre cônjuges e companheiros.” ( relações entre cônjuges e companheiros.” ( In, In, Instituições de Direito CivilInstituições de Direito Civil. 20ª Ed.. 20ª Ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2012, vol. 5. Pág. 586)Rio de Janeiro: Forense, 2012, vol. 5. Pág. 586)
3 – QUANTO À GUARDA DA FILHA MENOR3 – QUANTO À GUARDA DA FILHA MENOR
Ficou documentado na inicial que o casal tem uma filha. Ficou documentado na inicial que o casal tem uma filha.
Postula-se, nesta, ao menos provisoriamente (Postula-se, nesta, ao menos provisoriamente (CC, art. 1585CC, art. 1585), a ), a
guarda em favor da mãe (ora Autora); e justifica-se.guarda em favor da mãe (ora Autora); e justifica-se.
Nos casos em que envolva menores, prevalecem os interesses Nos casos em que envolva menores, prevalecem os interesses
desses, com predominância da diretriz legal lançada pelo desses, com predominância da diretriz legal lançada pelo Estatuto da Criança e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECAAdolescente – ECA..
Ademais, a regra disposta noAdemais, a regra disposta no art. 1.585 do Código Civil art. 1.585 do Código Civil delimita delimita
que, em face de pleito de medida acautelatória de guarda de menor, há também de prevalecerque, em face de pleito de medida acautelatória de guarda de menor, há também de prevalecer
proteção aos interesses do menor, quando o caso assim o exigir. proteção aos interesses do menor, quando o caso assim o exigir.
Nesse compasso, o quadro narrativo aqui em análise reclama, Nesse compasso, o quadro narrativo aqui em análise reclama,
sem sombra de dúvidas, que, ao menos provisoriamente, a guarda da criança deve prevalecersem sombra de dúvidas, que, ao menos provisoriamente, a guarda da criança deve prevalecer
momentaneamente com a mãe. momentaneamente com a mãe.
Assim, a decisão quanto à guarda deve pautar-se não sobre a Assim, a decisão quanto à guarda deve pautar-se não sobre a
temática dos direitos do pai ou mãe. Ao revés, o direito da criança deve ser apreciado sob o temática dos direitos do pai ou mãe. Ao revés, o direito da criança deve ser apreciado sob o
enfoque da estrutura familiar que lhe será propiciada. enfoque da estrutura familiar que lhe será propiciada.
Como constatado preliminarmente pelos documentos imersos, Como constatado preliminarmente pelos documentos imersos,
existem fatos que destacam que o Réu faz agressões físicas e morais à Autora, existem fatos que destacam que o Réu faz agressões físicas e morais à Autora, na na presença dos filhospresença dos filhos. . Esses estão sofrendo igualmente como a mãe e merecem Esses estão sofrendo igualmente como a mãe e merecem tratamento judicial pertinentetratamento judicial pertinente. .
Portanto, o presente pedido de guarda deve ser analisado sob oPortanto, o presente pedido de guarda deve ser analisado sob o
manto do manto do princípio da garantia prioritária do menorprincípio da garantia prioritária do menor , erigido à ótica dos direitos, erigido à ótica dos direitos
fundamentais previstos na Constituição Federal.fundamentais previstos na Constituição Federal.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do PoderArt. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder
Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes àPúblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 6º - Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela seArt. 6º - Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se
dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e adirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoa em desenvolvimento.condição peculiar da criança e do adolescente como pessoa em desenvolvimento.
De outro norte, absolutamente e "prioritariamente" a criança e oDe outro norte, absolutamente e "prioritariamente" a criança e o
adolescente têm direito à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, àadolescente têm direito à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Dessecultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Desse
modo, compete aos pais, primordialmente, assegurar-lhes tais condições, sendo vedadamodo, compete aos pais, primordialmente, assegurar-lhes tais condições, sendo vedada
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldadeviolência, crueldade e opressão e opressão
(CF, art. 227, (CF, art. 227, caputcaput).).
Dessarte, qualquer que seja o objeto da lide, envolvendo umDessarte, qualquer que seja o objeto da lide, envolvendo um
menor, cabe ao Estado zelar pelos seus interesses, pois se trata de ser humano emmenor, cabe ao Estado zelar pelos seus interesses, pois se trata de ser humano em
constituição, sem condições de se autoproteger. Portanto, é dever do Estado velar por seusconstituição, sem condições de se autoproteger. Portanto, é dever do Estado velar por seus
interesses, em qualquer circunstância.interesses, em qualquer circunstância.
No mesmo sentido reza o No mesmo sentido reza o Estatuto da Criança e do AdolescenteEstatuto da Criança e do Adolescente que:que:
Art. 17 – O direito ao respeito consiste na Art. 17 – O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridadeinviolabilidade da integridade
físicafísica, , psíquica e moral da criança e do adolescentepsíquica e moral da criança e do adolescente , abrangendo a, abrangendo a
preservação da imagem, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dospreservação da imagem, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais. espaços e objetos pessoais.
Art. 18 – É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,Art. 18 – É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante,pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório e constrangedorvexatório e constrangedor. .
Art. 22 – Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhosArt. 22 – Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir emenores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais. fazer cumprir as determinações judiciais.
Ademais, consideremos identicamente se a rotina familiarAdemais, consideremos identicamente se a rotina familiar
proporcionará estabilidade aos filhos, se existe um local bem estruturado e seguro para aproporcionará estabilidade aos filhos, se existe um local bem estruturado e seguro para a
moradia, acesso à educação e se o círculo de convivência do pretenso responsável émoradia, acesso à educação e se o círculo de convivência do pretenso responsável é
adequado. No caso em vertente, demonstra-se o contrário, inclusive por laudo de entidadeadequado. No caso em vertente, demonstra-se o contrário, inclusive por laudo de entidade
responsável pela proteção do menor. (responsável pela proteção do menor. (doc. 37doc. 37))
A esse respeito A esse respeito Flávio Tartuce Flávio Tartuce ee José Fernando Simão José Fernando Simão assinalam que:assinalam que:
" A respeito da atribuição ou alteração da guarda, deve-se dar preferência ao genitor" A respeito da atribuição ou alteração da guarda, deve-se dar preferência ao genitor
que viabiliza a efetiva convivência da criança e do adolescente com o outro genitorque viabiliza a efetiva convivência da criança e do adolescente com o outro genitor
nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada (art 7º). Desse modo, anas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada (art 7º). Desse modo, a
solução passa a ser a solução passa a ser a guarda unilateralguarda unilateral, quebrando-se a regra da guarda, quebrando-se a regra da guarda
compartilhada constantes dos arts. 1583 e 1584 do CC.” (TARTUCE, Flávio; SIMÃO,compartilhada constantes dos arts. 1583 e 1584 do CC.” (TARTUCE, Flávio; SIMÃO,
José Fernando.José Fernando. Direito Civil Direito Civil. 7ª Ed. São Paulo: Método, 2012, vol. 5. Pág. 394). 7ª Ed. São Paulo: Método, 2012, vol. 5. Pág. 394)
Não devemos olvidar as lições de Não devemos olvidar as lições de Válter Kenji IshidaVálter Kenji Ishida, quando, quando
professa que:professa que:
““A perda do poder familiar (pátrio poder) para ser decretada deve estar de acordoA perda do poder familiar (pátrio poder) para ser decretada deve estar de acordo
com as regras do ECA em combinação com o CC. Assim, incide a decisão decom as regras do ECA em combinação com o CC. Assim, incide a decisão de
destituição do pátrio poder na conduta omissiva do genitor diante de suasdestituição do pátrio poder na conduta omissiva do genitor diante de suas
obrigações elencadas no art. 22 do ECA e no art. 1.634 do CC, infra-assinalado. Mais,obrigações elencadas no art. 22 do ECA e no art. 1.634 do CC, infra-assinalado. Mais,
deve o genitor amoldar-se a uma ou mais hipóteses do art. 1638 do CC: “(ISHIDA,deve o genitor amoldar-se a uma ou mais hipóteses do art. 1638 do CC: “(ISHIDA,
Válter Kenji. Válter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente: doutrina e jurisprudência.Estatuto da Criança e do Adolescente: doutrina e jurisprudência. 12ª Ed. 12ª Ed.
São Paulo: Atlas, 2010. Pág. 38)São Paulo: Atlas, 2010. Pág. 38)
Do conjunto desses elementos deverá ser formado o juízo acercaDo conjunto desses elementos deverá ser formado o juízo acerca
da parte que demonstra melhores condições para exercer a guarda, atendendo, ao máximo,da parte que demonstra melhores condições para exercer a guarda, atendendo, ao máximo,
ao interesse do menor.ao interesse do menor.
E a gravidade dessa sanção (perda da guarda), há de prevalecerE a gravidade dessa sanção (perda da guarda), há de prevalecer
quando presente o mau exercício do poder-dever, que os pais têm em relação aos filhosquando presente o mau exercício do poder-dever, que os pais têm em relação aos filhos
menores.menores.
Segundo a prova documental levada a efeito com esta peçaSegundo a prova documental levada a efeito com esta peça
vestibular, vestibular, originária do Conselho Tutelaroriginária do Conselho Tutelar, revela-se, sem sombra de dúvidas, a severidade, revela-se, sem sombra de dúvidas, a severidade
e criminosa atuação do Réu em espancar a Autora e sua filha menor, desse modo usurpandoe criminosa atuação do Réu em espancar a Autora e sua filha menor, desse modo usurpando
de seu poder familiar.de seu poder familiar.
A Autora merece ser amparada com a medida judicial oraA Autora merece ser amparada com a medida judicial ora
almejada, maiormente quando o almejada, maiormente quando o art. 1.583 da Legislação Substantiva Civil art. 1.583 da Legislação Substantiva Civil estipula que:estipula que:
Art. 1.583 – a guarda será unilateral ou compartilhadaArt. 1.583 – a guarda será unilateral ou compartilhada
( . . . )( . . . )
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido
de forma equilibrada com a mãe e com o pai, de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condiçõessempre tendo em vista as condições
fáticas e os interesses dos filhos.fáticas e os interesses dos filhos.
I - (revogado);I - (revogado);
II - (revogado);II - (revogado);
III - (revogado).III - (revogado).
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos
será aquela que melhor atender aos interesses dos filhosserá aquela que melhor atender aos interesses dos filhos..
( . . . )( . . . )
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os
interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitoresinteresses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores
sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas,sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas,
objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamenteobjetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente
afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.” (NR)afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.” (NR)
É certo e consabido que houvera alteração significante no que seÉ certo e consabido que houvera alteração significante no que se
refere à refere à guarda compartilhadaguarda compartilhada. É dizer, com a edição da . É dizer, com a edição da Lei nº. 13058/2014Lei nº. 13058/2014, a guarda, a guarda
compartilhada passa a ser a regra no nosso ordenamento jurídico. Tanto é assim que se optoucompartilhada passa a ser a regra no nosso ordenamento jurídico. Tanto é assim que se optou
nominá-la de nominá-la de Lei da guarda compartilhada obrigatória. Lei da guarda compartilhada obrigatória.
Aparentemente nova regra impõe a guarda compartilhada entre oAparentemente nova regra impõe a guarda compartilhada entre o
casal separando, sem qualquer exceção, por ser assim, como regra geral. Todavia, não écasal separando, sem qualquer exceção, por ser assim, como regra geral. Todavia, não é
essa a vertente da Lei. essa a vertente da Lei.
Na realidade, comprovada a Na realidade, comprovada a quebra dos deveresquebra dos deveres dos pais, seja dos pais, seja
por imposição legal ou definida por sentença, é permitida uma reavaliação concernente àpor imposição legal ou definida por sentença, é permitida uma reavaliação concernente à
guarda. Obviamente que isso deve ser grave e, mais, devidamente comprovado. guarda. Obviamente que isso deve ser grave e, mais, devidamente comprovado.
Por isso há a exceção prevista no Por isso há a exceção prevista no art. 1584, § 5º, da Legislaçãoart. 1584, § 5º, da Legislação Substantiva CivilSubstantiva Civil, , in verbisin verbis::
CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL
Art. 1.584. - A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: Art. 1.584. - A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
( . . . )( . . . )
§ 5º - Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da§ 5º - Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da
mãe, mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza dadeferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da
medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações demedida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de
afinidade e afetividadeafinidade e afetividade. .
(destacamos)(destacamos)
Nesse mesmo passo, urge destacar as lições de Nesse mesmo passo, urge destacar as lições de Maria BereniceMaria Berenice DiasDias, , verbis:verbis:
““Reconhecendo a inconveniência de estabelecer a guarda compartilhada, ao definirReconhecendo a inconveniência de estabelecer a guarda compartilhada, ao definir
a guardar em favor de um dos genitores, deve ser regulamentada a a guardar em favor de um dos genitores, deve ser regulamentada a convivência convivência comcom
o outro genitor. “(DIAS, Maria Berenice. o outro genitor. “(DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famíliasManual de direito das famílias. 10ª Ed. São. 10ª Ed. São
Paulo: RT, 2015, p. 538)Paulo: RT, 2015, p. 538)
(negrito do texto original)(negrito do texto original)
Flávio TartuceFlávio Tartuce, em nada discrepando do entendimento supra, ao, em nada discrepando do entendimento supra, ao
comentar o comentar o enunciado 338 da IV Jornada de Direito Civilenunciado 338 da IV Jornada de Direito Civil , assevera que:, assevera que:
““De acordo com o teor do enunciado doutrinário, qualquer pessoa que detenha aDe acordo com o teor do enunciado doutrinário, qualquer pessoa que detenha a
guarda do menor, seja ela pai, mãe, avó, parente consanguíneo ou sociafetivo,guarda do menor, seja ela pai, mãe, avó, parente consanguíneo ou sociafetivo,
poderá perdê-la ao não dar tratamento conveniente ao incapaz. O enunciado, compoderá perdê-la ao não dar tratamento conveniente ao incapaz. O enunciado, com
razão, estende a toda e qualquer pessoa os deveres de exercício da guarda derazão, estende a toda e qualquer pessoa os deveres de exercício da guarda de
acordo com o maior interesse da criança e do adolescente. Tal premissa doutrináriaacordo com o maior interesse da criança e do adolescente. Tal premissa doutrinária
deve ser plenamente mantida com a emergência da Lei 13.058/2014. “ (TARTUCE,deve ser plenamente mantida com a emergência da Lei 13.058/2014. “ (TARTUCE,
Flávio. Flávio. Direito de famíliaDireito de família. 10ª Ed. São Paulo: Método, 2015, p. 254). 10ª Ed. São Paulo: Método, 2015, p. 254)
A corroborar o exposto acima, insta transcrever o magistério deA corroborar o exposto acima, insta transcrever o magistério de
Conrado Paulino da RosaConrado Paulino da Rosa, , ipisis litteris: ipisis litteris:
““A gravidade do fato poderá justificar, em virtude do melhor interesse da criança,A gravidade do fato poderá justificar, em virtude do melhor interesse da criança,
decisões emergenciais e provisórias baseadas no juízo da verossimilhança e dodecisões emergenciais e provisórias baseadas no juízo da verossimilhança e do
periculum in mora periculum in mora (arts. 798 e 273 do CPC) “ (ROSA, Conrado Paulino da. (arts. 798 e 273 do CPC) “ (ROSA, Conrado Paulino da. Nova lei daNova lei da
guarda compartilhada. guarda compartilhada. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 91)São Paulo: Saraiva, 2015, p. 91)
Em abono dessas disposições doutrinárias, mister se faz trazer à Em abono dessas disposições doutrinárias, mister se faz trazer à
colação o seguinte julgado:colação o seguinte julgado:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA. ESTUDO SOCIALAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA. ESTUDO SOCIAL
REALIZADO. NECESSÁRIO PARA VERIFICAÇÃO DO MELHOR INTERESSE DAREALIZADO. NECESSÁRIO PARA VERIFICAÇÃO DO MELHOR INTERESSE DA
CRIANÇA. EFICAZ. INEXISTÊNCIA DE PROBLEMAS QUE O MACULE. AUSÊNCIA DECRIANÇA. EFICAZ. INEXISTÊNCIA DE PROBLEMAS QUE O MACULE. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO. SENTENÇA QUE OBSERVOU OS DITAMES DA LEGISLAÇÃOIMPUGNAÇÃO. SENTENÇA QUE OBSERVOU OS DITAMES DA LEGISLAÇÃO
PERTINENTE AO CASO. PROTEÇÃO INTEGRAL DOS MENORES. RECURSOPERTINENTE AO CASO. PROTEÇÃO INTEGRAL DOS MENORES. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. CONHECIDO E DESPROVIDO.
I - Não há qualquer problema que macule o estudo social realizado, e não fora eleI - Não há qualquer problema que macule o estudo social realizado, e não fora ele
impugnado em qualquer momento, pelo contrário, sua elaboração contou com aimpugnado em qualquer momento, pelo contrário, sua elaboração contou com a
participação de equipe técnica profissional e as descrições lá estabelecidas sãoparticipação de equipe técnica profissional e as descrições lá estabelecidas são
pertinentes e suficientes para solucionar a lide em questão. Ii- o estudo social dispõepertinentes e suficientes para solucionar a lide em questão. Ii- o estudo social dispõe
sobre o desejo da filha menor de residir com a mãe e do filho em gostar de estar nasobre o desejo da filha menor de residir com a mãe e do filho em gostar de estar na
casa materna com seus familiares, implicando no desejo dos filhos de estabelecercasa materna com seus familiares, implicando no desejo dos filhos de estabelecer
moradia com ela. A separação das crianças, como o próprio estudo preleciona, não émoradia com ela. A separação das crianças, como o próprio estudo preleciona, não é
a melhor solução, tendo em vista que os vículos entre elas estabelecidos são fortes ea melhor solução, tendo em vista que os vículos entre elas estabelecidos são fortes e
necessitam ser mantidos. Mesmo que a genitora não tenha emprego formal enecessitam ser mantidos. Mesmo que a genitora não tenha emprego formal e
registrado, o fato de ter a ajuda dos pais e um emprego autônomo, aliado com osregistrado, o fato de ter a ajuda dos pais e um emprego autônomo, aliado com os
alimentos a que o apelante encontra-se obrigado a prestar, são suficientes paraalimentos a que o apelante encontra-se obrigado a prestar, são suficientes para
manter a dignidade dos menores. Iii- não é razoável estabelecer uma guardamanter a dignidade dos menores. Iii- não é razoável estabelecer uma guarda
compartilhada, quando se encontra plenamente condizente o modo pelo qual acompartilhada, quando se encontra plenamente condizente o modo pelo qual a
sentença estabeleceu a guarda unilateral e certificou o direito de visita do apelante,sentença estabeleceu a guarda unilateral e certificou o direito de visita do apelante,
considerando o entendimento do melhor interesse da criança, que será atendido noconsiderando o entendimento do melhor interesse da criança, que será atendido no
âmbito afetivo, moral, psicológico e material, assegurado o direito da guarda à mãeâmbito afetivo, moral, psicológico e material, assegurado o direito da guarda à mãe
e ao pai e aos próprios filhos o direito de com ele conviver, reforçando o vínculoe ao pai e aos próprios filhos o direito de com ele conviver, reforçando o vínculo
paterno. Iv- recurso conhecido e desprovido. (TJPA; APL 0074698-paterno. Iv- recurso conhecido e desprovido. (TJPA; APL 0074698-
29.2013.8.14.0301; Ac. 156627; Belém; Primeira Câmara Cível Isolada; Relª Desª29.2013.8.14.0301; Ac. 156627; Belém; Primeira Câmara Cível Isolada; Relª Desª
Gleide Pereira de Moura; Julg. 22/02/2016; DJPA 04/03/2016; Pág. 225)Gleide Pereira de Moura; Julg. 22/02/2016; DJPA 04/03/2016; Pág. 225)
Como Como pedido sucessivopedido sucessivo, pleiteia-se seja delimitada a , pleiteia-se seja delimitada a guardaguarda
compartilhada compartilhada ((CC, art. 1.584, inc. II, § 2ºCC, art. 1.584, inc. II, § 2º). ).
Nesse aspecto, espera-se e pleiteia-se que a filha do casal tenhaNesse aspecto, espera-se e pleiteia-se que a filha do casal tenha
como abrigo domiciliar provisório o lar da mãe, ficando estabelecidocomo abrigo domiciliar provisório o lar da mãe, ficando estabelecido como como sendo esse asendo esse a residência da infanteresidência da infante. (. (CC, art. 1.583, § 3ºCC, art. 1.583, § 3º))
De outro contexto, ainda sucessivamente almejaDe outro contexto, ainda sucessivamente almeja seja definido o seja definido o direito de visitas ao paidireito de visitas ao pai, ora Réu, da seguinte forma:, ora Réu, da seguinte forma:
..
a) finais de semana: todos os domingos ficam destinados à visita da filha a) finais de semana: todos os domingos ficam destinados à visita da filha ao pai, sendo de apanhá-los às 08:00h e deixá-los às 18:00h, onde a ao pai, sendo de apanhá-los às 08:00h e deixá-los às 18:00h, onde a Autora indicar;Autora indicar;
b) b) aniversário da menoraniversário da menor: período da tarde, de 13:00h às 18:00h, com o pai: período da tarde, de 13:00h às 18:00h, com o pai e, a noite, com a mãe; e, a noite, com a mãe;
c) c) dia dos paisdia dos pais: Nessa data a menor ficará com o mesmo no período de: Nessa data a menor ficará com o mesmo no período de 08:00h às 18:00h;08:00h às 18:00h;
d) d) dia das mãesdia das mães: Caso essa data caia no dia de visita do pai, esse de já: Caso essa data caia no dia de visita do pai, esse de já abdica este dia em prol de permanecer com sua mãe por todo o dia; abdica este dia em prol de permanecer com sua mãe por todo o dia;
e) e) NatalNatal: de 08:00h às 14:00h a menor ficará com o pai, o qual entregará a: de 08:00h às 14:00h a menor ficará com o pai, o qual entregará a mãe nesse horário;mãe nesse horário;
f) f) Ano novoAno novo: de 08:00h às 14:00h a menor ficará com o pai, o qual: de 08:00h às 14:00h a menor ficará com o pai, o qual entregará a mãe nesse horário;entregará a mãe nesse horário;
g) a mãe poderá facultar ao pai, em benefício da menor, que, em comumg) a mãe poderá facultar ao pai, em benefício da menor, que, em comum acordo, vislumbrem possibilidade da participação dos mesmos emacordo, vislumbrem possibilidade da participação dos mesmos em conjunto em festas e comemorações com a filha, para, assim, sobretudo,conjunto em festas e comemorações com a filha, para, assim, sobretudo, evitar-se quaisquer constrangimentos à menor, que, em geral, busca aevitar-se quaisquer constrangimentos à menor, que, em geral, busca a presença de ambos nessas ocasiões.presença de ambos nessas ocasiões.
4 – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS4 – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
““Comprovada a união estável e cessando o relacionamento entre osComprovada a união estável e cessando o relacionamento entre os
companheiros, foram assegurados os benefícios da Lei nº. 5.478, de 25 decompanheiros, foram assegurados os benefícios da Lei nº. 5.478, de 25 de
julho de 1968, para o futuro. O requerente pode comprovar quejulho de 1968, para o futuro. O requerente pode comprovar que
viveu(passado) em união com seu parceiro. Enquanto subsistiu a uniãoviveu(passado) em união com seu parceiro. Enquanto subsistiu a união
estável, e recebeu assistência alimentar, nada poderia reclamar, porque seuestável, e recebeu assistência alimentar, nada poderia reclamar, porque seu
direito fora satisfeito durante a vida em comum. Fundamental é, e sempredireito fora satisfeito durante a vida em comum. Fundamental é, e sempre
será, a prova da necessidade e da dependência econômica de quem osserá, a prova da necessidade e da dependência econômica de quem os
pleiteia. A lógica jurídica não pode tolerar que qualquer dos companheirospleiteia. A lógica jurídica não pode tolerar que qualquer dos companheiros
pretenda o reconhecimento aos alimentos com base em uma relaçãopretenda o reconhecimento aos alimentos com base em uma relação
pretérita já encerrada depois de grande lapso de tempopretérita já encerrada depois de grande lapso de tempo . “( PEREIRA, Caio. “( PEREIRA, Caio
Mario da Silva. Mario da Silva. Instituições de Direito CivilInstituições de Direito Civil. 20ª Ed. Rio de Janeiro: Forense,. 20ª Ed. Rio de Janeiro: Forense,
2012, Vol. V. Pág. 578)2012, Vol. V. Pág. 578)
No tocante aos alimentos em favor da Autora, esposa do Réu, aNo tocante aos alimentos em favor da Autora, esposa do Réu, a
obrigação alimentar dessa decorre do dever de mútua assistência prevista na Legislaçãoobrigação alimentar dessa decorre do dever de mútua assistência prevista na Legislação
Substantiva Civil.Substantiva Civil.
CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL
Art. 1.694 – Podem os parentes, os cônjuges Art. 1.694 – Podem os parentes, os cônjuges ou companheirosou companheiros pedir uns aos outros pedir uns aos outros
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condiçãoalimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Art. 1.695 - São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bensArt. 1.695 - São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, desuficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
AA Autora Autora não temnão tem emprego emprego. A única forma de rendimentos, ainda. A única forma de rendimentos, ainda
assim indiretos, eram aqueles antes prestados pelo Réu, sobretudo para seus cuidadosassim indiretos, eram aqueles antes prestados pelo Réu, sobretudo para seus cuidados
pessoais. pessoais.
O Promovido, pois, O Promovido, pois, deve prover alimentos provisóriosdeve prover alimentos provisórios de sorte de sorte
a assegurar à Autora o necessário à sua manutenção, garantindo-lhe meios de subsistência,a assegurar à Autora o necessário à sua manutenção, garantindo-lhe meios de subsistência,
quando na hipótese impossibilitada de sustentar-se com esforço próprio. quando na hipótese impossibilitada de sustentar-se com esforço próprio.
Nesse sentido:Nesse sentido:
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃORECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL C/C GUARDA E ALIMENTOS. REDUÇÃO DOS PROVISÓRIOS. ANÁLISE DOESTÁVEL C/C GUARDA E ALIMENTOS. REDUÇÃO DOS PROVISÓRIOS. ANÁLISE DO
CONJUNTO PROBATÓRIO. BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. RECURSOCONJUNTO PROBATÓRIO. BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO PARCIALMENTE REFORMADA. CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO PARCIALMENTE REFORMADA.
1. O valor dos alimentos devidos pelo genitor (obrigação determinada pela lei) é1. O valor dos alimentos devidos pelo genitor (obrigação determinada pela lei) é
fixado de acordo com os critérios legais, pois, consta expressamente no diplomafixado de acordo com os critérios legais, pois, consta expressamente no diploma
civil, em seu art. 1.694, § 1º, que a verba deverá guardar proporção com ascivil, em seu art. 1.694, § 1º, que a verba deverá guardar proporção com as
necessidades do reclamante e os recursos da pessoa obrigada. 2. Recurso providonecessidades do reclamante e os recursos da pessoa obrigada. 2. Recurso provido
em parte. (TJMT; AI 66383/2015; Campo Verde; Rel. Des. Sebastião de Moraes Filho;em parte. (TJMT; AI 66383/2015; Campo Verde; Rel. Des. Sebastião de Moraes Filho;
Julg. 02/03/2016; DJMT 09/03/2016; Pág. 37)Julg. 02/03/2016; DJMT 09/03/2016; Pág. 37)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. FILHAAGRAVO DE INSTRUMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. FILHA
MENOR. BINÔMIO POSSIBILIDADE-NECESSIDADE. REDUÇÃO DO VALOR FIXADO NAMENOR. BINÔMIO POSSIBILIDADE-NECESSIDADE. REDUÇÃO DO VALOR FIXADO NA
ORIGEM. DESCABIMENTO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. EX-ORIGEM. DESCABIMENTO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. EX-
COMPANHEIRA. COMPANHEIRA.
Pessoa cadeirante que necessita de cuidados especiais. Pedido de minoração doPessoa cadeirante que necessita de cuidados especiais. Pedido de minoração do
valor do encargo alimentar. Possibilidade, tendo em vista o recebimento conjunto devalor do encargo alimentar. Possibilidade, tendo em vista o recebimento conjunto de
auxilio previdenciário. Alimentos que apenas complementarão a renda mensal daauxilio previdenciário. Alimentos que apenas complementarão a renda mensal da
virago. Decisão agravada reformada em parte. Agravo de instrumento parcialmentevirago. Decisão agravada reformada em parte. Agravo de instrumento parcialmente
provido. (TJRS; AI 0348065-21.2015.8.21.7000; Tramandaí; Sétima Câmara Cível; Relªprovido. (TJRS; AI 0348065-21.2015.8.21.7000; Tramandaí; Sétima Câmara Cível; Relª
Desª Sandra Brisolara Medeiros; Julg. 24/02/2016; DJERS 07/03/2016)Desª Sandra Brisolara Medeiros; Julg. 24/02/2016; DJERS 07/03/2016)
Respeitante à filha menor, mister que referidos alimentos sejamRespeitante à filha menor, mister que referidos alimentos sejam
concedidos de sorte a atender às necessidades da mesma em sua integridade,concedidos de sorte a atender às necessidades da mesma em sua integridade,
compreendendo os recursos para cobrir despesas de educação, moradia, alimentaçãocompreendendo os recursos para cobrir despesas de educação, moradia, alimentação
especial, assistência médica, hospitalar e psicológicaespecial, assistência médica, hospitalar e psicológica ..
Assim, necessário conferir alimentos provisórios ao filho melhor.Assim, necessário conferir alimentos provisórios ao filho melhor.
LEI DE ALIMENTOSLEI DE ALIMENTOS
Art. 4º - Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios aArt. 4º - Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles nãoserem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não
necessita. necessita.
Parágrafo único – Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casoParágrafo único – Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, caso
pelo regime de comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que sejapelo regime de comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja
entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns,entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns,
administrados pelo devedor. administrados pelo devedor.
Diante da situação financeira do Réu, o qual tem empresa de Diante da situação financeira do Réu, o qual tem empresa de
médio porte, exercendo as funções de principal administrador, tem-se que o mesmo tem médio porte, exercendo as funções de principal administrador, tem-se que o mesmo tem
retirada mensal superior a retirada mensal superior a R$ .x.x.x.x ( .x.x.x.x ) R$ .x.x.x.x ( .x.x.x.x ) . .
Observados o Observados o binômio necessidade e possibilidadebinômio necessidade e possibilidade de de
pagamento, pagamento, a Autora requer a título de alimentos provisóriosa Autora requer a título de alimentos provisórios::
a) a) Para siPara si, como cônjuge necessitada dos alimentos, o , como cônjuge necessitada dos alimentos, o valor correspondente a 3(três) salários mínimos, a ser valor correspondente a 3(três) salários mínimos, a ser depositado até o dia 05, na conta corrente da depositado até o dia 05, na conta corrente da Autora(conta nº. 11222, Ag. 3344, do Banzo Beta S/A); Autora(conta nº. 11222, Ag. 3344, do Banzo Beta S/A);
b) b) para a menorpara a menor, o valor correspondente a 2(dois) , o valor correspondente a 2(dois) salários mínimos, a ser depositado até o dia 05, na salários mínimos, a ser depositado até o dia 05, na conta corrente da Autora(conta nº. 11222, Ag. 3344, do conta corrente da Autora(conta nº. 11222, Ag. 3344, do Banzo Beta S/A);Banzo Beta S/A);
5 – PEDIDOS E REQUERIMENTOS 5 – PEDIDOS E REQUERIMENTOS
POSTO ISSO,POSTO ISSO,como últimos requerimentos desta Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, acomo últimos requerimentos desta Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, a
Autora requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:Autora requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
5.1. Requerimentos 5.1. Requerimentos
a) As Autoras a) As Autoras optam pela realização de audiência conciliatóriaoptam pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. (CPC, art. 319, inc. VII), razão qual requerem a citação do Promovido, por carta e319, inc. VII), razão qual requerem a citação do Promovido, por carta e entregue em mãos próprias (CPC, art. 247, inc. I) para comparecer àentregue em mãos próprias (CPC, art. 247, inc. I) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c art.audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c art. 695), 695), antes apreciando-se o pedido de alimentos provisóriosantes apreciando-se o pedido de alimentos provisórios;;
b) requerem a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita;b) requerem a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita;
c) determinar que a empresa Delta e Xista Comércio de Alimentos Ltda,c) determinar que a empresa Delta e Xista Comércio de Alimentos Ltda, com endereço sito na Av. das Tantas, nº. 000, apresente aos autoscom endereço sito na Av. das Tantas, nº. 000, apresente aos autos informações quanto aos rendimentos alcançados pelo Réu nos últimosinformações quanto aos rendimentos alcançados pelo Réu nos últimos 2(dois) anos, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais) (CC,2(dois) anos, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais) (CC, art. 1.584, §6º c/c CPC, art. 297 );art. 1.584, §6º c/c CPC, art. 297 );
d) requer-se sejam feitas as averbações no registro civil e cartórios ded) requer-se sejam feitas as averbações no registro civil e cartórios de registros imobiliários (CC, art. 10, inc. I e LRP, art. 129, § 1 º “a” e art.registros imobiliários (CC, art. 10, inc. I e LRP, art. 129, § 1 º “a” e art. 167, inc. II, 14);167, inc. II, 14);
e) instar a manifestação do Ministério Público (CPC, art. 698 c/c art. 202,e) instar a manifestação do Ministério Público (CPC, art. 698 c/c art. 202, do ECA);do ECA);
f) deferir os f) deferir os alimentos provisóriosalimentos provisórios, nos termos do quanto pleiteado no, nos termos do quanto pleiteado no item 4 desta peça exordial.item 4 desta peça exordial.
5.2. Pedidos 5.2. Pedidos
a) julgar procedentes os pedidos formulados na presente ação para:a) julgar procedentes os pedidos formulados na presente ação para:
( i ) reconhecer a união estável entre a Autora e o Réu a( i ) reconhecer a união estável entre a Autora e o Réu a
partir de 00 de janeiro de 0000, declarando-a dissolvidapartir de 00 de janeiro de 0000, declarando-a dissolvida
em 00 de março de 0000;em 00 de março de 0000;
( ii ) declarar o direito da Autora à meação dos bens( ii ) declarar o direito da Autora à meação dos bens
descritos nesta peça vestibular, bens esses adquiridos nadescritos nesta peça vestibular, bens esses adquiridos na
constância da união estável; constância da união estável;
( iii ) conceder a guarda definitiva da filha à Autora( iii ) conceder a guarda definitiva da filha à Autora
ou, subsidiariamente, na forma requerida no item 3 desteou, subsidiariamente, na forma requerida no item 3 deste
arrazoado;arrazoado;
( iv ) seja o Réu condenado por definitivo a arcar com o( iv ) seja o Réu condenado por definitivo a arcar com o
pagamento de pensão alimentícia mensal de 3(três)pagamento de pensão alimentícia mensal de 3(três)
salários mínimos à Autora e, para a filha dossalários mínimos à Autora e, para a filha dos
conviventes, 2(dois) salários mínimos, a ser pago até oconviventes, 2(dois) salários mínimos, a ser pago até o
dia 05 de cada mês por meio de depósito na conta correntedia 05 de cada mês por meio de depósito na conta corrente
antes mencionada;antes mencionada;
( v ) pede a condenação no ônus de sucumbência (CPC, art.( v ) pede a condenação no ônus de sucumbência (CPC, art.
85, § 2º);85, § 2º);
( vi ) protesta comprovar os fatos alegados nesta inicial( vi ) protesta comprovar os fatos alegados nesta inicial
por todos os meios de provas admissíveis em direito,por todos os meios de provas admissíveis em direito,
nomeadamente pelo depoimento pessoal do Réu, oitiva dasnomeadamente pelo depoimento pessoal do Réu, oitiva das
testemunhas abaixo arroladas(LA, art. 8º), onde de játestemunhas abaixo arroladas(LA, art. 8º), onde de já
pede a intimações das mesmas para comparecerem àpede a intimações das mesmas para comparecerem à
audiência de instrução, juntada posterior de documentosaudiência de instrução, juntada posterior de documentos
como contraprova, tudo de logo requerido.como contraprova, tudo de logo requerido.
Dá-se à causa o valor de Dá-se à causa o valor de R$ 000,00( .x.x.x.x. )R$ 000,00( .x.x.x.x. ),, correspondente à soma dos pedidos cumulados, além da pretensão dos alimentos mensaiscorrespondente à soma dos pedidos cumulados, além da pretensão dos alimentos mensais
multiplicados por doze. (multiplicados por doze. (CPC, art. 292, inc. III e VICPC, art. 292, inc. III e VI))
Respeitosamente, pede deferimento.Respeitosamente, pede deferimento.
Cidade, 00 de março do ano de 0000. Cidade, 00 de março do ano de 0000.
Beltrano de talBeltrano de tal Advogado – OAB(PR) 112233Advogado – OAB(PR) 112233
ROL DE TESTEMUNHASROL DE TESTEMUNHAS
1) Fulano de tal, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua x, nº 000 – 1) Fulano de tal, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua x, nº 000 –
Curitiba(PR);Curitiba(PR);
2) Cicrano de tal, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua y, nº 000 – 2) Cicrano de tal, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua y, nº 000 –
Curitiba(PR);Curitiba(PR);
3) João Fictício, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua z, nº 000 – Critiba(PR);3) João Fictício, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua z, nº 000 – Critiba(PR);
Data Supra. Data Supra.
top related