amostra_personalidades

Upload: guilherme-dias

Post on 21-Feb-2018

223 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    1/25

    A Histria do municpio por seus homens ilustres

    ersonalidades

    Camaquenses

    AHistriadomunicpio

    porseushomensilustres

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    2/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC3

    Organizao:Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    Projeto Editorial:Joo Mximo Lopes

    Digitao:Hlia Simone Duarte Lima e

    Giuller Lempke DiasLuciana Lacerda da Cunha Janke

    Arte Final:Fbio Duarte Tavares

    Giuller Lempke Dias

    Capa:Fbio Duarte Tavares

    Colaboradores:Alex Hass (foto orelha)

    Alaor de Jesus Nunes RodriguesFbio Duarte Tavares

    Gilberto Bueno da SilvaGiuller Lempke Dias

    Guilherme Dias MacedoRui Renato de Menezes ReinaldoLuciana Lacerda da Cunha Janke.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    3/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC5

    SUMRIOI. APRESENTAO.........................................................................................

    II. PERSONALIDADES CAMAQUENSES.....................................................

    Aos grandes homens, bastam seus nomes

    1. Adriano Jacob Scherer.............................................................................2. Amarlio Borges Moreira.........................................................................3. Anna Patrcia Vieira Rodrigues Csar.....................................................4. Anna Rodrigues de Oliveira e Jos Custdio de Oliveira .......................5. Dr. Atahualpa Irineo Cibils......................................................................

    6. Benjamim Alberto Bartz..........................................................................7. Boaventura Azambuja Centeno...............................................................8. Caro Rodrigues Mendes...........................................................................9. Chequer Buchaim.....................................................................................10. Coronel Cristvo Gomes de Andrade....................................................11. Cypriano Jos Centeno.............................................................................12. Dario Centeno Crespo..............................................................................13. Donrio Lopes de Almeida......................................................................14. Dorval Ribeiro..........................................................................................15. Estcio Xavier de Azambuja....................................................................16. Francisco Luiz Pereira da Silva...............................................................17. Hildebrando Jos Centeno.......................................................................18. Gal. Jos Antnio Netto (Zeca Netto)......................................................

    19. Jos Domingues de Carvalhos Bastos......................................................20. Lins Sperotto Ferro.................................................................................21. Lus Alberto Cibils...................................................................................22. Luis Carlos Barbosa Lessa.......................................................................23. Cnego Luiz Walter Hanquet..................................................................24. Pedro Nolasco Crespo e Mrio Centeno Crespo......................................25. Oscar Centeno Crespo..............................................................................26. Paulo Cardoso Dora.................................................................................27. Raphael Pires dos Santos.........................................................................28. Slvio Luiz Pereira da Silva.....................................................................29. Irm Maria Sulpcia.................................................................................30. Valdemar Sperotto Ferro........................................................................

    Os homens no morrem,ns que o matamos com o nosso esquecimento.

    31. Alaydes Schumacher Pinheiro.................................................................32. Alberto Jos Centeno...............................................................................33. Amado Perez............................................................................................34. Anthero Salustiano Silveira.....................................................................35. Coronel Antnio Jos Centeno................................................................36. Antnio Ribeiro........................................................................................37. Apolinrio Pavo......................................................................................38. Dr. Armnio Silveira................................................................................

    07

    09

    1121274375

    9199

    109119131147151159165171179185193

    217225227233239249257265271275281289

    297299305307311319325331

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    4/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC6

    39. Aurea A. Chinepe Prado......................................................................................40. Bento onalves da Silva (Filho)........................................................................41. Bento Martins de Azambuja................................................................................42. Major Bernardo Vieira Dias.................................................................................43. Sargento-Mor Boaventura Jos Centeno e sua mulher Antonia Joaquina

    Gonalves da Silva (Centeno)..............................................................................44. Cel. Boaventura Luiz Pereira Da Silva................................................................45. Caetana Juana Francisca Garcia Gonzles...........................................................46. Cassemiro Mattos Dias........................................................................................47. Clia Beckel Carvalho.........................................................................................48. Dr. Darclio de Souza Garcia...............................................................................49. Coronel Drio Silva Azambuja............................................................................

    50. Divino Alziro Beckel...........................................................................................51. Edson Nunes de Campos......................................................................................52. Francisco Emlio Scherer.....................................................................................53. Dr. Hermann Friederich Albrech Von Ihering.54. Pe. Hildebrando de Freitas Pedroso.....................................................................55. Hiplito Soares de Souza.....................................................................................56. Honorato Domingos Soares.................................................................................57. Joo Beckel..........................................................................................................58. Joo da Silva e Azevedo......................................................................................59. Dr. Joo Nunes de Campos..................................................................................60. Joaquim Gonalves da Silva................................................................................61. Capito Joaquim Gonalves da Silva (Neto).......................................................62. Jos Cndido de Godoy Netto..............................................................................

    63. Jos Carlos Lzaro da Silva.................................................................................64. Dr. Jos Custdio de Oliveira Netto....................................................................65. Jos Wescelau da Silva Crespo............................................................................66. Cel. Juan Ganzo Fernandes..................................................................................67. Laury Farias dos Santos.......................................................................................68. Capito Lucdio Edgar Moreira...........................................................................69. Luiz Lzaro da Silva............................................................................................70. Manoel da Silva Pacheco.....................................................................................71. Marcrio Dias Longaray.......................................................................................72. Mrio Silva Azambuja.........................................................................................73. Nelson Ramos de Carvalho Ricardo....................................................................74. Nestor Moura Jardim...........................................................................................75. Oswaldo Lessa da Rosa........................................................................................

    76. Renato Centeno Crespo........................................................................................77. Ruy de Castro Netto.............................................................................................78. Walter Meirelles Vieira........................................................................................

    Os homens fazem a histria, e a histria julga os homens.

    79. Almiro Bridi.........................................................................................................80. Cremilda Medina..................................................................................................81. Earle Diniz Macarthy Moreira.............................................................................82. Hilson Scherer Dias.............................................................................................83. Joo Francisco de Mattos.....................................................................................84. Jlio Macedo Machado........................................................................................85. Marina Dutra de Castro Mendes..........................................................................86. Zelia Leal.............................................................................................................

    335337339349

    353359363367371379387

    393397403411415427435439443451461471473

    481485495499503509513521529531537543549

    557571577

    583591599603645627631

    639

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    5/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC7

    APRESENTAO

    O ttulo genrico que encima esta smula histrica de Camaquatravs de seus filhos ilustres, sintetiza, a vida e os feitos desseshomens que nos legaram tantos ideais, quanto coisas prticas que hoje,regem nossos destinos e nos definem rumos no transcurso do tempo.

    Pequenas biografias onde poder-se- apreciar o caudal de

    otimismo, de inteligncia, de luta e de sacrifcios de que se achavamimbudos. So lies que devemos aproveitar e render ao mesmotempo, o tributo de admirao e de respeito de que so credores, tal, o nosso propsito. A histria regional a memria coletiva de umgrupo, que tem conscincia de ser diferente por seus elementosculturais moldados durante a sua formao. Para conhec-la, bastaestudar, pensar e reler a histria de seus ilustres filhos.

    Os ideais civilistas que formavam o carter daqueles bravos,

    deram-lhes, o impulso herico, em grau necessrio para vencerem eprojetarem o desenvolvimento da comunidade, exatamente, numapoca to diferente da nossa, onde no havia o dinamismo da vidamoderna e esta vertigem que se agrava proporo que aumentam asmquinas e o mundo se enriquece de novas energias.

    A histria um orculo que revela o futuro pelos exemplos dopassado e, demonstra, que nem todos os povos amadureceram nomesmo estgio de desenvolvimento e, quando esse liame empreende o

    seu curso atravs das correntes de suas lideranas, no h comoimpedir-lhe o determinismo biolgico que se impe como legtimaalvorada de vitalidade.

    Organizar uma listagem de pessoas benemritas de umacomunidade um encargo quase impossvel. A listagem, ainda que

    bem feita, provoca naturalmente, insatisfaes. No d para tirarnenhum nome, mas, todos teriam acrscimos a fazer1. Para tais

    1

    Ressalta-se que o livro carece de continuidade, cabento por tanto, futuros volumes com aspersanalidades faltantes,

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    6/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC8

    omisses involuntrias, rogamos a benevolncia dos camaquenses,

    com a prodigalidade de suas indulgncias2.

    A eles pois, o nosso caloroso aplauso, que traduz a admiraopela obra que realizaram, digna de acurado exame e meditao dequantos sentem, dentro da alma, as sublimadoras aspiraes daexistncia humana.

    Joo Mximo Lopes

    2 A propsito dessas omisses involuntrias, a comisso formada por pessoas ligadas histria,teve a cautela de divulgar o evento durante meses, pela imprensa local e, em oito (8) edies

    semanais consecutivas, especificamente, solicitou comunidade a indicao de nomes. Essesdocumentos, encontram-se arquivados no NPHC e, esto liberados a consulta pblica.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    7/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC11

    ADRIANO JACOB SCHERER

    No dia 04 de maro de 1900,nascia no lugar denominado Bonito,4 Distrito de Camaqu - RS, filhode colonos de origem alem, ummenino, que mais tarde seria umdos vultos de maior expresso naeconomia arrozeira do Municpio,do Estado e do Pas, aquele querevolucionou a lavoura arrozeira.Foi Adriano Jacob Scherer, eaqueles que viveram sua poca e oconheceram, esto lembrados dagrandeza de seus empreendimentosno setor orizcola.

    Filho de Luiz DelfinoScherer e de Ana CristinaScherer, Adriano teve sua

    juventude naquela zona interiorana e juntamente com seus irmosparticipava de todas as atividades agrcolas desenvolvidas na colniade seus pais, frequentando a escola l existente, onde fez seus estudos

    primrios. De esprito inquieto e empreendedor, na adolescnciaacompanhava seus pais em negcios na cidade, e j fazia planos sobre

    o futuro. Foi assim que conheceu Olinda Suso,filha de comercianteda cidade, com quem casou em 1922, e deste casamento tiveramquatro filhos: Maria Oddi, Estevo Ordi, Rubens Jacob e Mariade Lourdes.

    Logo aps o casamento, Adriano estabeleceu-se com comrciode armazm de secos e molhados, na cidade, situado na rua Mal.Floriano, imediaes da atual sede do Sindicato Rural de Camaqu.Mas no durou muito, pois na Revoluo de 1923, foi expulso do local

    pelas foras invasoras que conquistaram a cidade, tendo que fugir. O

    Adr iano Jacob Scherer

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    8/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC12

    estabelecimento foi saqueado, nada restando, pois foram informados

    que Adriano apoiava os adversrios. Face aos acontecimentos, teveque afastar-se da regio, e passou a dedicar-se ao plantio de arroz, e

    pelo seu dinamismo, inteligncia e capacidade de trabalho, tevesucesso na nova atividade.

    Em 1925 morava em Canoas, junto ponte sobre o rio Gravatae plantava uma lavoura de arroz, em sociedade com seu irmo RobertoPaulo Scherer, em rea arrendada de mais ou menos 600 ha.,denominada Granja Brigadeira, onde, posteriormente, foi construdo

    o Aeroporto Internacional Salgado Filho.

    Em 1926 arrendou uma rea de terras, na Vila Mathias Velho,em Canoas junto ao rio dos Sinos, pertencente a firma Kessler &Vasconcelos, onde plantou arroz por trs anos.

    Em 1930 retornou para sua terra natal, arrendando terras depropriedade do Dr. Carvalho Bastos, onde hoje est localizada a VilaCarvalho Bastos e reas ao Leste, hoje de outros proprietrios, l

    construindo o Aude Santa Brbara, para irrigao da lavoura dearroz que estava plantando. A casa de moradia era situada em localelevado, onde hoje existe um prdio para engenho, na Rua Barra doRibeiro, na referida Vila. Alm desta rea, plantava arroz tambm na

    propriedade rural de Vitoriano Buttes de Souza, onde construiu oAude Capo do Leo. Nesse perodo j vinha trabalhando em umamquina que idealizou, acoplando uma trilhadeira a um trator, com a

    Fotografi a ti rada em 1931, onde hoj e esto Moinh o Olson. Adr iano Scherer efetuou demonstrao da mqui na que i nventou par a

    colheita de arr oz, acoplando uma tri lhadeira a um trator, com equi pamento por ele prpri o feito. Foi o prottipo das modernasceifa-tr il has. As pessoas presentes, da esquerda para di reita so: Olynto Schumacher, L uiz J. Scherer, Edi son Nunes de Campos,Adr ian o Scherer , doi s fun cionri os do Banco do Br asil no identi fi cados, outr a pessoa tambm no identi fi cada , e Gasto Leal.Jun to com Adri ano veem-se os fil hos: Estevam Ordy Scherer e Rubem J. Scherer.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    9/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC13

    qual fazia experincias na colheita de arroz. A cada ano acrescia

    melhoramentos na mquina.

    Em 1931 passou a plantar em rea de terras pertencente aAmado Peres, tambm nas proximidades da cidade. Foi nesse anoque conseguiu terminar a mquina agrcola que idealizou e construiu.

    No dia 05 de maio daquele ano, na presena de autoridades,

    convidados e conterrneos, foi realizada a apresentao pblica de suainveno, a Ceifadeira e Trilhadeira Scherer concebida econstruda por ele, com a colaborao dos irmos Francisco Emilio, oNuta, e Roberto Paulo, tambm experientes e profundosconhecedores do arroz e das mquinas agrcolas, tendo elaapresentado o desempenho esperado. A demonstrao da eficincia eimportncia do evento, comprovou o xito, fato que ocorreu na vrzeada Santa Brbara,nas proximidades do local onde hoje o MoinhoOlson.

    O pedido de registro de patente do invento, no DepartamentoNacional da Indstria, do Ministrio do Trabalho, Indstria eComrcio, foi feito mediante depsito sob n 11, de 06.08.1931, na

    junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, atravs de Memorial descriptivo de uma machina agrria denominadaCEIFADEIRA E TRILHADEIRA SCHERER com desenho e

    fotografias. O processo tramitou na repartio federal, e em 11 de

    Dia da apresentao pblica de sua inveno, a Ceifadeira e Trilhadeira Scherer. Na parte central

    da foto, mais alta, o povo est sobre m quina.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    10/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC16

    Concomitantemente, construiu toda a estrutura e instalaes docomplexo industrial da Vila Guaraxaim e de controle de salinizao daLagoa de mesmo nome, que tinha ligao com a lagoa dos Patos nolocal denominado Barrinha, com mais ou menos 300 metros deextenso, onde mantinha permanentemente verificao e fiscalizao,efetuando o seu fechamento com sacos de areia colocados no local deentrada de gua, ao primeiro sinal de gua salgada na Lagoa dosPatos.

    Para atender seus empregados, em nmero superior a 400,construiu casas, escola, com professora paga por ele, e uma

    cooperativa para fornecimento do pessoal.

    Pelo xito de seu empreendimento orizcola e face repercussoalcanada pela Ceifadeira e Trilhadeira Scherer, no ano de 1939,Adriano foi o grande destaque em Congresso Orizcola realizado nacidade de Cachoeira do Sul, sendo orador oficial do conclave.

    A magnitude de seus empreendimentos ensejou a criao deuma agncia do Banco do Brasil em 1940. Antes dela, cada vez queeram liberados valores referentes a financiamentos agrcolas,

    Car caa do locomvel em exposio na V ila do Guaraxaim

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    11/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC43

    ANNA RODRIGUES DE OLI VEI RA (D. Aninha)JOS CUSTDIO DE OLIVEIRA (Juca Custdio)

    1. H ISTRICO DAS FAMLIAS

    Anna Rodrigues deOliveira, mais conhecida comoD. Aninha, nasceu nomunicpio de Canguu, l peloano de 1831, isto porque, em 6de julho de 1895 declarou ter 64anos frente ao escrivoautorizado da cidade de So

    Gregrio no Departamento deTacuremb, Repblica Orientaldo Uruguai, em testamento quefirmou naquela data. Assim,deduzindo, chega-se ao referidoano de 1831.

    A sua ascendnciaalcana os primeiros povoadores

    do Rio Grande do Sul. Ela erafilha de Antnio de Souza Mattos (nasc. em 14.08.1788), comestncias no Uruguai3e que poca, figurava como um dos grandes

    produtores de trigo na regio de Canguu (Fernando Luiz Osrio emsua Cidade de Pelotas), e de Dona Ana Rodrigues de Sena nascidaem 1796 em Rio Grande e batizada em 28 de dezembro de 1796,filha de Francisco Rodrigues Martins(Viamo) e de Rosa Maria deJesus de Sena e, neta de Beatriz Barbosa Rangel e de DionisioRodrigues Mendessesmeiros no ento municpio de Viamo.

    3 Uma dessas estncias era a histrica Hospital.

    Anna Rodrigues de Oliveir a

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    12/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC44

    Frente a importncia de Dionisio Rodrigues Mendes na

    formao de muitas famlias camaqenses (Mendes, Rodrigues,Azambuja, Souza, Garcia, Centeno, etc,) convm que se estenda um

    pouco mais a seu respeito. Ele nasceu na Vila de Alvora, comarca deTomar, Patriarcado de Lisboa, mais ou menos no ano de 1700. Casoucom Beatriz em Guaratinguet onde tiveram o primeiro filho: Andr.Desceram at Laguna onde foi membro do Senado da Cmara de Laguna at 1732 e tiveram mais um filho, Manoel. Chegaram aoscampos de Viamo juntamente com Joo de Magalhes e Jernimode Ornelas, com outros ilustres desbravadores do Rio Grande do Sul

    nas expedies de 1716 e 1725. Dionsio, faleceu em Viamo,em 14de agosto de 1791.

    Os pais de D. Aninha, Antnio de Souza Mattos e AnnaRodrigues de Sena, tiveram oito filhos: Maria de Souza Mattos,Francisco de Souza Mattos, Tefilo de Souza Mattos, Rafaela deSouza Mattos, Antnia de Souza Mattos, Zeferina de SouzaMattos, Antnio de Souza Mattos, Anna Rodrigues de Mattos4.

    Dona Anna (Aninha), casou-se,possivelmente, em 1857 ou 1858, comJos Custdio de Oliveira, nascido navila de Dores de Camaqu, em 1816, e

    batizado, em 16.02.1816, no oratrio dolugar. Ele era filho de Jos Custdio daSilveira (1781-1859) e de ZeferinaMaria de Oliveiraj falecida em 1859, etinha apenas, uma irm, Cypriana Mariade Oliveira e esta, duas filhas, ZeferinaMaria Furtado e Bernardina MariaFurtado. A me de Jos Custdio deOliveira, isto , Zeferina Maria deOliveira era filha de Manuel de Souza

    4Maria de Souza Mattos(sepultada no 5 distrito de Cangu), Francisco de Souza Mattos (sepultado naCapela dos ancestrais de Zeca Netto, em Bag), Tefilo de Souza Mattos (heri da guerra do Paraguai,sepultado em Bag), Rafaela de Souza Mattos, (me do Gal. Zeca Netto), Antnia de Souza Mattos,Zeferina de Souza Mattos, Antnio de Souza Mattos (sepultado em mausolu entrada do cemitrio deJaguaro) e finalmente, Anna Rodrigues de Mattos; Aninha, nossa biografada, tia e sogra do Gal. Zeca

    Netto, sepultada no cemitrio dos Galpes, em Camaqu e, atualmente, no altar-mor da Igreja So JooBatista

    Tenente Coronel Teophilo de SouzaMatos ( heri da Guerra do Paraguai.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    13/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC46

    O Uruguai no possua madeira eis que, desprovido de matas

    naturais assim como, de erva mate da qual era e grande consumidor.O eucalipto, convm registrar, comeou a aparecer pela dcada 1870.

    No fica descartada a hiptese do comrcio de erva-mate pois, aindaque no constasse estoque de erva em seu inventrio, no arrolamentodos bens aparecem como 40 surres (utenslio de couro cru), onde, setransportava a erva no lombo de mulas (dois surres em cada uma).

    Jos Custdio de Oliveira, sendo nico filho homem do casal,comeara a trabalhar com os pais, mesmo antes de seu casamento comD. Aninha, cujo consrcio aconteceu, pelo ano de 1857 ou 58 adeduzir-se pelo nascimento da primeira filha, no ano de 1859, quando,tambm, faleceu o pai Jos Custdio da Silveira, sogro de nossa

    biografada.

    Acrescenta-se, para fortalecer a idia de que comeara atrabalhar com o pai antes do casamento, que ali, em Jaguaro,nascera a filha Zeferina Custdia de Oliveira, em 1860.

    Nessa busca, conclu-se que Jos Custdio de Oliveiraseguiuo negcio do pai, isto , a venda de madeira para a RepblicaOriental do Uruguai. Depois, segundo a tradio comeou, tambm,a levar erva-mate, de vez que estava estabelecido no apenas em

    regio madeireira como, tambm, ervateira, isto , no Distrito de SoJoo Batista de Camaqu, que poca pertencia Comarca deNossa Senhora das Dores.

    O comrcio de madeira e erva mate para o Uruguai, comeou lpelo ano de 1800, intensificando-se a partir de meados do sculo XIXna regio do Cone Sul.

    A propsito, a movimentao de produtos atravs do portonatural da Barra do Camaqu era to intensa que a RepblicaRiograndense criou ali, uma coletoria de rendas, uma das mais

    Casa primi ti va, da Estncia dos Galpes

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    14/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC75

    DR. ATAHUALPA IRINEO CIBI LS

    As vrzeas pantanosas, oBanhado do Colgio, a Serra doHerval com suas densasflorestas, o Rio Camaqu ao sul,

    ao norte o Arroio Velhaco emais adiante o Guaba, sempontes e sem estradas, eramobstculos que limitavam aatividade operosa da regio eretardavam o seu progresso, secomparado com outrascomunidades mais distantes de

    polos civilizadores como Porto

    Alegre, Pelotas e outros.

    Os meios de transporteeram prprios da poca, isto ,cavalos, carretas e cargueiros demulas, alm da navegao pelo

    Rio Camaqu desde o Bom Serat sua barra, tambm a Laguna

    dos Patos e, como no havia estradas e nem pontes, os produtos saiame entravam pelo porto do delta do Rio Camaqu. Esse porto era o localmais importante da regio e surgiu, possivelmente, no final do sculoXVIII e s vindo a perder importncia no primeiro quartel do sculoXX, frente a ascenso do porto da barra do Velhaco (Arambar). Toimportante foi aquele escoadouro da produo regional da poca, queali se instalou uma charqueada j no inicio do sculo XIX e logo, umcoletor de rendas da Fazenda Provincial e tambm, um juizado de paz,isso tudo, mesmo antes do surgimento da cidade de Camaqu emmeados do mesmo sculo.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    15/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC95

    que havia um local apropriado para fazer um aude, Miguel

    concordou, foi feita a taipa do aude para irrigao da lavoura.

    No primeiro ano de plantio, plantou-se seis quadras, como 10hectares, a colheita foi boa, o que entusiasmou Miguel, no anoseguinte aumentaram a taipa do aude e ampliaram o plantio, logo napoca da segunda colheita, Miguel sofreu um enfarte e Donrioqueera grande amigo de Albertinho, assumiu a administrao da fazenda,algum tempo depois a Fazenda do Canjica foi arrendada para o SenhorNestor de Moura Jardim (Quex), para plantar arroz e a parte de

    pecuria para Jlio Corbeta.

    Albertinho comeou ento a plantar em parceria com Quex, eat o ano de 2003 a famlia plantou na Fazenda Canjica.

    Albertinho comprou 60 hectares na Atalaia da Figueira, emCamaqu,onde viveu at seus ltimos dias.

    Devido a dificuldade de escolas na colnia e a necessidade detrabalhar, seus filhos no estudaram, mas aprenderam, com aorientao e o exemplo do pai, a trabalharem e serem honestos, peloseu carter firme, reto, exigiu a disciplina de seus filhos, deu-lhes umaformao para a vida e foi exemplo de amor no trabalho, honestidade

    Os di fceis pr imeiros tempos.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    16/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC79

    Com esse objetivo fundou, em outubro de 1939, a firma Cibils

    & Becker, para atender o comrcio e, a firma Cibils & Schwalmparatratar da industrializao do arroz.

    Reunindo essas atividades, em 22 de fevereiro de 1942, surgiu afirma Cibils & Cia. Ltda. e, como medida de transio, em 31 deoutubro de 1943, passa a operar com nome individual para, a final, em1949, criar a Cibils S.A. Agricultura, Indstria e Comrcio,fundada no dia 25 de maro daquele ano, dia de seu aniversario,

    quando distribuiu grande nmero de aes.

    Proprietrio de um grande engenho de arroz exportava oproduto industrializado para as principais cidades do pas, atravs deporto e navegao prprios, com os barcos Domador e Iucatan,sem dispensar a contratao de outros para atender a demanda de seusnegcios.

    Tanto na indstria quanto no comrcio, propiciava participaonos lucros a todos os empregados, com quem, tambm, tomavamedidas de cuidado na sade, educao, moradia, e outras de cunho,eminentemente social.

    I nstalaes I ndustr iais da Cibi ls S.A. no Bal nerio de Ar ambar.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    17/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC319

    Antnio Ribeir o

    ANTNIO RIBEIRO- O Clarim Farroupilha

    Muito pouco, quasenada, de Antnio Ribeiro,chegou at ns. Esse poucoque falo, que ele era negro,

    que era filho de posteiro, queera o clarim de Bento, quedepois da guerra voltou condio de peo da estnciado Cristal, que ali morreuvelho, isto , coisas de nomuito valor. Entretanto,chegou at ns, tambm, a sualealdade para com o seu chefe,

    em todos os momentos, o que,tambm, no era necessrio,frente a todas as evidnciasdesse mesmo pouco quechegou at ns (1).

    A nica lembrana material que nos restou, desse quase nada,foi a estampa de sua majestade personal, retratada por John King,

    possivelmente, no final do sculo XIX, incumbido, por algum queteve a lembrana de fixar a sua imagem legendria para a posteridade(1).

    O fotgrafo ingls John King, radicado em Rio Grande e comateli nessa cidade na segunda metade do sculo XIX, teve um dia

    uma misso especial: fazer o retrato de Antnio Ribeiro, o corneta

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    18/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC320

    Casa de Joaquim Gonalves da Silva, depois de Bento Gonalves da Silva, na Estncia doCr istal, na anti ga sesmar ia deste nome. Pertenceu i ni cialmente ao Al feres Joaquim Gonalves da Silva,pai do Gal . Bento Gonalves.

    Da esquerda para a di reita: corneteiro Antnio Ribeir o, Bento Gonalves da Silva (f il ho),Joaqu im Gonalves da Silva (neto), M anuel Centeno, um amigo e outros membros da famli aGonalves.

    Foto tomada, possivelmente em 1868, porque a menina ao colo (no crculo), Palmi ra An tniaGonalves Centeno (neta de Bento), poca, tinha dois anos, segundo inf ormaes de um membro dafamli a (o mdico Paulo Crespo Ri beiro). Ela nasceu em 1866.

    que, sob as ordens de Bento Gonalvese outros chefes farroupilhas,

    acompanhou o exrcito da Republica Rio-grandense em batalhasimportantes daquela guerra.

    Sabe-se que, finda a guerra, o negro Antnio Ribeirovoltou aser peo na estncia do Cristal, pertencente famlia de Bento, ondemorreu idoso.

    O corneta farroupilha mereceu o poema Gesta de Um Clarim,do poeta Guilherme Schultz Filho. Os versos foram compostos porocasio da comemorao dos 140 anos da Revoluo e premiadosnum concurso da Assemblia Legislativa.

    A fotografia, em formato gabinete (16 x 11cm), pertence aoacervo do Arquivo Histrico do RS. Seu autor, John King, queregistrou tambm outras imagens do ps-guerra farrouplha, era irmodo tambm fotgrafo Thomas Kingque, no mesmo perodo (segundametade do sculo XIX), trabalhou em Porto Alegre, com ateli na Rua

    Duque de Caxias e, depois, na Rua dos Andradas.(2):

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    19/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC321

    Gesta de Um Clarim(Fragmento)

    Cemitrio do Cordeiro,encostas do Camaqu.Ouvia-se de manh,

    o som de um clarim guerreiro.

    Dizem que Antnio Ribeirovinha ali ao clarear do dia,em cvica romaria

    sepultura de Bento.

    E do glorioso instrumentode memorveis campanhas

    tirava notas estranhasde estranhas sonoridades,

    acordando as soledadesdas quebradas ignotas...

    Pelos campos, pelas grotasdo rinco continentino,ia recompondo o hino

    de uma cruzada de glria,nas altas torres da Histriaa repicar como um sino!

    A peonada nas estncias,gaudrios e carreteiroslavradores e tropeiros,

    escutavam nas distnciasas picas ressonnciasdo legendrio clarim

    que saudou Gomes Jardimna madrugada da Azenha! (3)

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    20/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC322

    Os nossos escritores se encarregaram do imaginrio. A pena

    brilhante de Arthur Ferreira Filho em O Clarim Farroupilha, deLegendas do Rio Grande (Porto Alegre 1950) materializou tudoque a lenda trouxe at ns (1): Era um humilde. Duas coisas,apenas, bastavam para encher sua vida de modesto filho de posteirogacho: seu clarim e a irredutvel fidelidade a Bento Gonalves.

    Em Sarandi, ndia Muerta, Passo do Rosrio, Jaguaro, ondequer que o heri estivesse e pelejasse, l estaria Antnio Ribeirotransmitindo vozes de comando, pelas notas sonoras de seu

    instrumento.

    Em 19 de setembro de 1835, na estrada de Viamo, numerosacavalaria descansava. Os cavaleiros, com os animais seguros pelardea, sem abandonar a ordem de marcha, fumavam, sentados narelva, fazendo comentrios e prognsticos sobre os acontecimentosque comeavam a desenrolar-se.

    Afastados da tropa, Bento Gonalves e Onofre Pires falavam,em voz baixa, trocando impresses e combinando planos. A poucos

    passos, o velho clarim permanecia em silncio, de p, apoiando-sesobre o cavalo encilhado, o olhar atento aos menores gestos do chefe.

    Em dado momento, este faz um sinal e, logo, Antnio Ribeiro,levando o metal boca, d o toque de sentido, sem adivinhar,certamente, que esse toque acordava o Rio Grande para uma luta dedez anos.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    21/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC411

    Dr. Hermann F ri ederi chAlbrech Von I heri ng

    DR. HERMANN FRIEDERICHALBRECH VON IHERING

    Em 1887, veio morar numadas ilhas foz do Rio Camaqu,um tipo bastante estranho. Osvizinhos dedicados criao degado ou, quanto muito, uma pesca,estranharam que o recm-vindotivesse adquirido a propriedadedaquela ilha para fazer,simplesmente, nada: ele passava odia inteiro colhendo flores docampo, caando bichos grandes e

    pequenos, coisas assim. Deviaandar pelos cinquenta anos de

    idade, tinha jeito de alemo, falavaforte sotaque colono, mas se diziaapaixonado pela terra do Brasil.Os vizinhos ainda mais seespantaram ao saber que ele era

    doutordoutor de verdade, formado em Medicina e ainda diplomadoem Filosofia, Antropologia, Paleontologia, Zoologia e outrascomplicadas sabenas. Ele tinha um nome comprido HermannFriederich Albrech Von Ihering, mas a turma simplificou,

    chamando-o to somente de O Doutor. E ainda hoje, cem anospassados desde a sua chegada, a geografia camaqense registra, ali nabarra do nosso grande rio, a Ilha do Doutor.

    Hermann Von Iheringnascera em 1850 na cidade de Giessen,Alemanha, e se formara em Medicina pela Universidade Gotlingen.Aos trinta anos, se casou com Clara Beltzer Wolf,e veio em viagemde npcias pelo sul do Brasil, onde poderia averiguar de perto o

    badalado desenvolvimento das colnias germnicas. Adorou o que

    viu. Terminou abrindo consultrio junto colnia do Mundo Novo,

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    22/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC413

    Delta do Rio Camaqu, onde morou o biografado

    cientficos europeus, mas em seguida est de volta sua ilha. Ao

    retornar, encontra o Brasil soltando foguetes Proclamao daRepblica.

    Naturaliza-se brasileiro. Sem cortar suas ligaes com aimprensa europia, passa a dar preferncia aos leitores do Rio Grandedo Sul. Em Porto Alegre, o Dr. Graciliano Azambuja est editandoanualmente o Anurio, de generalizada leitura, e para o ano de 1892vem publicando minucioso estudo de Von Ihering sobre As rvoresdo Rio Grande do Sul, arrolando 42 espcies principais.

    Nesse momento, ele se destaca como um dos primeiros adesfraldar a bandeira da ecologia, encaminhando mensagens ao PoderPblico para que seja dada a maior ateno aos insuspeitos perigos dodesmatamento. Para o Anurio do ano seguinte, Os Mamferosdo Rio Grande do Sul, arrolando 92 espcies. E j estsistematizando o trabalho seguinte sobre 363 espcies de aves, quando

    irrompem os sanguinolentosagitos da Revoluo

    Federalista.

    A poltica coisa que noo empolga, e o clima deviolncia o afugenta. Vai

    procurar mais segurana nacidade de So Paulo. L recebido de braos abertos e lheentregam a direo do famosoMuseu Paulista. HermannVon Ihering testa do MuseuPaulista de 1893 a 1915.

    Depois desce, pelaArgentina e pelo Chile, voltoua So Paulo, morou ora naAlemanha e ora no Brasil.Faleceu em 1930.

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    23/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC603

    HILSON SCHERER DIAS- O I deali sta L ibertrio -

    Em 04 de maro de 1925, naVila da Barra do Velhaco, antigaParaguassu, hoje municpio deArambar, nascia Hilson SchererDias, filho de Joaquim Diase Elza

    Scherer Dias. A infnciadesenrolou-se na Fazenda CapoGrande77, propriedade do av JosPio Dias, filho do ilustrecamaquense Bernardo Vieira Dias(Intendente em 1904). Nesteambiente estritamente rural e

    provinciano, o menino Hilsondesfrutou os primeiros anos de sua

    vida tomando banhos de aude semimaginar que, no futuro, esta

    liberdade que tanto lhe era ntima,um dia seria ceifada.

    No ano de 1933, Hilson matriculado no Colgio So Jacob,em So Leopoldo, onde inicia seus estudos sob a rgida disciplina deum educandrio militar - seria um sinal. Mais tarde passa a estudar no

    Colgio do Rosrio, em Porto Alegre. Formado em tcnicoagrimensor vem para Camaquonde passa exercer a profisso.

    A escolha pela profisso ligada agricultura e o estilo de vidaque adota tem forte influncia e inspirao no tio e padrinho AdrianoScherer, que coincidentemente, nascera tambm no dia 04 de maro.Produtor rural, ferreiro e inventor de equipamentos agrcolas, Adriano

    77 A Estncia Capo Grande, hoje no Municpio de Arambar, pertenceu ao Tenente Farroupilha,Antnio Fagundes de Sampaio, do qual, o biografado era trineto, como se v na seguinte ordem:

    Joaquim Dias (pai); Jos Pio Dias (av); Joana Fagundes Vieira Dias (bisav, casada comBernardo Vieira Dias) e Antnio Fagundes de Sampaio(trisav), nascido em 1808.

    Hil son Scherer D ias

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    24/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    NPHC604

    Scherer, chegou a ser considerado o maior plantador individual de

    arroz do mundo. Segundo relatos da famlia, a vida de Hilson semprefoi marcada pelo dinamismo de Adriano,que desde pequeno era seuadmirador.

    A atuao profissional, leva Hilson a conhecer, como poucos, aalma dos pequenos agricultores, motivando seu interesse pelasquestes sociais e abrindo caminho para sua trajetria poltica. Em1943, o Major Otaviano Paixo Coelho, ento Prefeito de Camaqu,lhe concede um cargo de escriturrio na Prefeitura, era a primeira

    oportunidade que o jovem idealista recebia para atuar no poderpblico. Logo depois, com apenas 21 anos, ele inicia militnciapoltica na Juventude Trabalhista do PTB, sendo um de seusfundadores.

    Nesta poca, o pai Joaquim Dias, abre o Cine Guarany, umagrande novidade de lazer e entretenimento para a Regio, j que o

    pioneiro Cine Teatro Coliseu deixara de funcionar. Em 1968 a famliainaugura o Cine So Joo, mais moderno, em espao que oferecia

    maior conforto. Hilson, apesar da atividade poltica, sempreacompanhava essa atividade, tanto que, mais tarde, acabouadministrando o cinema. Em 1980, o histrico cinema fecha suas

    portas. A partir da, o prdio de dois andares no centro da cidade,passou a ter outras finalidades.

    No incio da dcada de 1950, o Governador do Estado ErnestoDornelles, nomeia Hilson Chefe das Obras da Estao Hidrulica.Entusiasmado com a construo que iria suprir a falta dgua emcentenas de lares da comarca

    Em 05 de abril de 1952, Hilson, que sempre considerou afamlia um refgio na hora dos grandes embates, casa-se com a

    professora Maria Teresa Sofia Dias, filha de Emanuel Sophia eCelina de Assis Sophia. Da unio nascem cinco filhos: Pia Ftima,Hilson Manfredo, Virgnia, Fabola e Fbio, e ao longo dos anos ele contemplado com sete netos e dois bisnetos.

    Em 2012 o casal registrou 60 anos de unio, e os filhos em justa

    homenagem aos pais mandaram publicar em jornais locais: Sessenta

  • 7/24/2019 Amostra_personalidades

    25/25

    Ncleo de Pesquisas Histricas de Camaqu

    anos se passaram e os diamantes reluzem mostrando para ns a

    grandeza da alma humana com toda a sua fora, pois diante daincrvel efemridade da vida, um casamento verdadeiro no conhece

    o tempo, possui a essncia da eternidade.

    O fato de desempenharcom denodo e eficincia asatribuies que lhe eramconfiadas, fez com que em1955, Hilson Scherer Dias

    viesse a ser eleito Vereadorpelo PTB, sendo o maisvotado da sigla trabalhista, eacabou reeleito em 58, emuma poca em que os cargoslegislativos no recebiamremunerao. Por sua posiode destaque na poltica localtornou-se presidente da

    Cmara Municipal deVereadores, e algumas vezes,chegou a assumir a Prefeitura, na administrao do prefeito Cel. SilvioLuiz Pereira da Silva, ironicamente seu grande adversrio poltico.

    Entre seus projetos e aes merece destaque a luta pelaconstruo da Ponte que liga Tapes / Arambar(1959), e o empenho

    junto ao Governo Federal para a liberao de recursos para a EscolaProfissional Rural, que viria a transformar-se no Colgio Marista, poriniciativa do Padre Cnego Walter. Neste episdio, Hilsonesteve noPalcio do Catete, sede do governo, no Rio de Janeiro, e trouxe odinheiro para Camaqu em uma mala, fato normal para os padres dapoca tal era a seriedade daqueles homens pblicos. Tantas atitudescvicas lhe renderam, em 1957, juntamente com outros parlamentaresdo pas, o ttulo de Vereador do Brasil, distino entregue pelo ento

    presidente Juscelino Kubitschek.

    Um dos fatos que ilustra o seu fervor pelo Trabalhismo deGetlio Vargas, foi que neste perodo ocorreu a mudana do nome da

    rua Benjamin Constant, que passou a chamar-se avenida Presidente

    Casamento do biografado em 1952 comMaria Teresa Sofi a Dias