amis

43
www.amis.org.br MARÇO 2011 • ANO 16 • NÚMERO 184 • R$ 12,00 • 20.500 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO NACIONAL NA ESTREIA DA SÉRIE, ENTREVISTA COM MATHEUS NEVES O PLANETA AGRADECE NOVAS GERAÇÕES CONHEÇA EM DETALHES A CAMPANHA QUE ESTÁ REVOLUCIONANDO O VAREJO DE BELO HORIZONTE E PODE SE ESTENDER PARA TODO O PAÍS A PÁSCOA PROMETE, MAS VOCÊ PODE VENDER BEM O ANO TODO CHOCOLATE ESTE PRODUTO ESTÁ MERECENDO UM POUCO MAIS DE SUA ATENÇÃO LEITE EM PÓ CONFIRA BOAS IDEIAS PARA SUPERAR AS EXPECTATIVAS DOS CLIENTES TEMA AMIS 2011

Upload: revistanetimoveis

Post on 28-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

Associação Mineira de Supermercados

TRANSCRIPT

Page 1: Amis

www.amis.org.brmarço 2011 • ano 16 • número 184 • r$ 12,00 • 20.500 exemplares • distribuição nacional

na estreia da série,

entrevista com matheus neves

O planeta agradece

nOvas gerações

conheça em detalhes a campanha que está revolucionando o varejo de belo horizonte

e pode se estender para todo o país

a páscoa promete, mas você pode vender bem o ano todo

ChoColate

este produto está merecendo um pouco mais de sua atenção

leite em pó

confira boas ideias para superar as expectativas dos clientes

tema amiS 2011

Page 2: Amis
Page 3: Amis

março DE 2011

Nesta edição não tive dúvidas em relação à capa. É certo que temos

excelentes reportagens disponíveis, co-mo por exemplo, a entrevista com o jovem empreendedor matheus Neves, legítimo representante de uma nova geração de supermercadistas minei-ros que está surgindo. assim como as reportagens sobre superar as expec-tativas dos clientes, as oportunidades com o leite em pó, o potencial dos pescados, a rentabilidade do chocolate e sobre a história da amIS. mas o pioneirismo dos supermercadistas de Belo Horizonte, que se uniram a todos demais segmentos comerciais da cida-de e conquistaram o apoio da Prefeitura local e do movimento das Donas de Casa e Consumidores para implantar a campanha Sacola Plástica Nunca mais, é o que chamo de “capa natural”. Trata-se de uma verdadeira ousadia que está acontecendo na cidade em que nasci. Belo Horizonte está abolindo o uso de sacolas plásticas, rompendo um hábito que tem mais de 25 anos. Uma ousa-dia que pode contagiar positivamen-te outras capitais brasileiras e, quem sabe um dia, tornar todo o País livre da ameaça do plástico descartável. É um legado que poderemos deixar para nossos filhos, netos e bisnetos, aliás, todas as gerações, e que só depende de um pequeno esforço: convencer o consumidor a trazer a sacola retorná-vel de casa. Nada mais. Gostaria de sugerir a você que leia com atenção a reportagem de capa desta edição e que multiplique essa ideia que se torna realidade em Belo Horizonte.

Boa leitura!

Gio­van­n­iPe­re­s Editor

Pela humanidade

10chocolatedizem que tem o sabor predileto dos deuses. o certo é que vende muito bem

sumário

40 sacolas plásticas nunca maisuma revolução está acontecendo no varejo de belo Horizonte. participe dela

boa leitura

24amis 40 anosa associação mineira de supermercados tem muita História para contar. confira a primeira da série

32novas geraçõeso jovem empresário matHeus neves é o entrevistado na estreia da série "novas gerações"

56pescadosa quaresma é uma boa oportunidade para vender seu peixe, mas o produto pode sair bem o ano inteiro

64leite em pócom os novos consumidores que cHegaram aomercado, o leite em pó ganHou um novo impulso

DIVULGAÇÃO: ApOIO: REALIZAÇÃO:TEMA AMIS 2011:

Tel.: 31 - 2122.0561 | www.amis.org.br

Fornecedores e Supermercadistas,venham e tragam suas equipes para:

TRIÂNGULOALTO PARANAÍBA

SUL

FINALIZE NO MAISCOMPLETO EVENTO

DO TRADESUPERMERCADISTA

NORTE

ZONADA MATA

CENTROOESTE

VALE DO RIO DOCEMUCURI

PRONTO PARA SUPERAR SUAS EXPECTATIVAS

13 e 14 de abril

Clube de Campo Fernão Dias

POUSO ALEGRE - MG

7ª edição Sul de Minas - 2011

nOvA CiDADE

SEVAR SUL.indd 1 08/02/11 08:50

74superar as expectativas do clienteHá muitos bons exemplos para confirmar o tema anual escolHido pela amis

Page 4: Amis

março DE 2011 GôNDola �

palavra do presidente

Jo­séNo­gue­iraSo­are­sNun­e­sPre­side­n­te­do­Co­n­se­lho­Dire­to­rdaAmiS

Conto com vocêImagine 435 mil sacolas plásticas em uma

fila, uma atrás da outra. Por quantos qui-lômetros se estenderia essa fila? Não se

assuste: se estenderia por 130 quilômetros. mas por que 435 mil sacolas plásticas? É por-que está é a quantidade de sacolas plásticas distribuídas em apenas um dia do ano pelos supermercados instalados em Belo Horizonte. ou seja, em somente um dia de uso é possível ligar Divinópolis a Belo Horizonte por meio de sacolas plásticas atadas umas às outras. Em cinco dias, é possível fazer o mesmo ligando São Paulo a Belo Horizonte.

Em um ano, com os 157 milhões de sacolas usadas na Capital mineira, é possível fazer uma fila de 47.100 quilômetros, o suficiente para uma volta completa na Terra, que tem sua cir-cunferência sobre a linha do Equador calculada em 40.075 quilômetros. Dá para dar uma volta na Terra e ainda sobram 7 mil quilômetros (BH-SP, ida e volta, sete vezes) de sacolas atadas umas nas outras.

Não se confunda com estes números. Só os estou usando para você ter uma ideia do impacto ambiental causado pelo descarte de um volume desses na natureza. Estamos inundando de plástico o mundo e temos que parar com isso.

mas um importante passo está sendo dado pela população de Belo Horizonte na direção de um meio ambiente mais saudável para nós e para as futuras gerações. a cidade se transfor-mará em 18 de abril na primeira capital brasilei-ra sem sacolas plásticas.

Com o respaldo de uma lei municipal que entrou em vigor dia 1º. de março e proíbe a distribuição de sacolas plásticas que não sejam biodegradáveis, todas as entidades do comércio de BH, o que inclui a associação mineira de Supermercados (amIS), se uniram e conquistaram o apoio do movimento das Do-nas de Casa e Consumidores de minas Gerais (mDC-mG) e da Prefeitura de Belo Horizonte para ir mais além e lançar uma campanha em prol da extinção ou redução máxima do uso de sacolas plásticas descartáveis, mesmo que sejam biodegradáveis.

Com o nome de Sacola Plástica Nunca mais, a campanha foi lançada oficialmente em 22 de fevereiro e estará mobilizando toda a população de Belo Horizonte a mudar seu hábito de utilizar embalagens descartáveis em suas compras. a sacola retornável – aquela que pode ser feita de diferentes matérias-pri-mas como pano, palha, TNT, ráfia, lona etc – é apontada pela campanha como o melhor meio

para substituir as sacolas plásticas descartá-veis, entre várias alternativas.

Precisamos conscientizar o consumidor sobre a importância da sacola retornável e colocar à disposição dele o maior número possível de modelos de retornáveis. Em espe-cial, o modelo padrão da campanha, que tem seu preço máximo de venda para o consumi-dor de r$ 1,98.

Por isso, conclamo a todos os associados da amIS que possuem lojas em Belo Horizonte a continuarem firmes no compromisso que as-sumimos com o futuro do planeta. Já solicitei à equipe da amIS que fique à disposição de todos para detalhar a campanha e dar dicas e instruções sobre como conduzir este período de transição entre o uso da sacolinha plástica e a adoção da sacola retornável.

Sabemos que os primeiros dias após 18 de abril serão desafiadores. Estaremos rompendo um hábito que tem mais de 25 anos de existên-cia. Uma maneira de reduzir o impacto é iniciar o novo sistema, como teste, pelo menos uns 10 dias antes. os ajustes que se fizerem necessá-rios poderão ser feitos com tranqüilidade, pois a fiscalização punitiva por parte da Prefeitura de Belo Horizonte só terá início no dia 18 de abril.

ao completar seus 40 anos de fundação, a amIS dá esse presente para toda a população de Belo Horizonte, que é contribuir para a extin-ção do uso da sacola plástica. Estamos certos que a campanha será um grande sucesso e que o pioneirismo da Capital mineira inspirará outras capitais e, quem sabe, todo o País.

Conto com você.o planeta agradece.

Com o nome de Sacola Plástica Nunca Mais, a campanha foi lançada oficialmente em 22 de fevereiro e

estará mobilizando toda a população de Belo Horizonte

Page 5: Amis

março DE 2011 GôNDola

Conselho Diretor

PresidenteJosé Nogueira Soares Nunes

Empresa: DMA Distribuidora s/ACidade: Belo horizonte

(31) 3389 5555

Vice-Presidente de relações com Autoridades e entidades

de ClasseJosé Nogueira

Empresa: DMA Distribuidora s/ACidade: Belo horizonte

(31) 3389 5555

Vice-Presidente de expansão do Quadro social

Maurício Hillesheim SusoEmpresa: Carrefour Bairro

Cidade: Belo horizonte (31) 3375-9424

Vice-Presidente de Médias e Grandes empresas do interior

Valdemar Martins do AmaralEmpresa: ABC

Cidade: Divinópolis(37) 3229 9631

Vice-Presidente de Médias e Grandes empresas da Capital e

região MetropolitanaRodolfo Kayser Nejm

Empresa: super nosso Cidade: Contagem

(31) 3359-3301

Vice-Presidente de hipermercados

Éder de Oliveira SoaresEmpresa: extra hipermercados

Cidade: Belo horizonte (31) 3311 2125

Vice-Presidente Administrativo,

Financeiro e PatrimonialCláudio Nogueira

Empresa: DMA Distribuidora s/ACidade: Belo horizonte

(31) 3389 5555

Vice-Presidente de eventos e recursos humanosGilson de Deus Lopes

Empresa: supermercado 2 B ltda.Cidade: Belo horizonte

(31) 3334-4813

Vice-Presidente de Pequenas empresas da Capital e região

MetropolitanaFrancisco Araújo

Empresa: supral supermercados(31) 3672 6561

Rua Platina, 33 - PradoBelo Horizonte - MG

CEP: 30411-131Tel/fax: (31) 2122-0500

[email protected]

Vice-Presidente de Pequenas empresas do interior/Centrais

de ComprasJosé Libério de Souza

Empresa: supermercado Josildo Cidade: Divinópolis

(37) 3229-1350

Vice-Presidente de tecnologiaRonelcir Luis da Rocha

Empresa: Carrefour Com. ind. ltda.

Cidade: Belo horizonte (31) 3358 4800

Vice-Presidente de relações com Fornecedores

Luís Alexandre Brognaro PoniEmpresa: supermercados

VerdemarCidade: Belo horizonte

(31) 2105 0101

Vice-Presidente deDesenvolvimento de serviços

Waldir Rocha PenaEmpresa: supermercados Bh

Cidade: Belo horizonte (31) 3427-9612

Vice-Presidente de

AbastecimentoMatheus Pereira de Souza

Empresa: DMA Distribuidora s/ABelo horizonte (31) 3389-5555

Vice-Presidente de relações Públicas e Consumidores

Carlos Ernesto Topal ElyEmpresa: Walmart Brasil

(11) 2103 5606

Vice-Presidente de expansão do Quadro social

Maurício hilleshein susoempresa: Carrefour Bairro

ViCe-PresiDentesreGionAis

ArAXÁAntônio Ferreira Barbosa

Empresa: Barbosão extra supermercados(34) 3664-1100

BAMBUiPaulo José Israel Azevedo

Empresa: israel e israel ltda.(37) 3431-1209

BArBACenAJosé Ribeiro de AlmeidaEmpresa: Comércio e

Distribuição sales ltda.(32) 3052 6420

BoM DesPAChoElísio Teixeira Campos

Empresa: Casa Fidélis ltda.(37) 3522-7000

CAMPo BeloCarlos Alberto Ferreira Freire

Empresa: organização real ltda.(35) 3831 3883

CAPelinhAGervásio Alves da Cruz

Empresa: Gervásio Alves da Cruz.(33) 3516-1461

CArAtinGAAry Soares Silva

Empresa: supermercado do irmão ltda.

(33) 3321-7171

CArAnGolAValtencir Portes Miranda

Empresa: Mirabrás Com. imp. exp. ltda.

rede opa - presidente(32) 3741-2668

CAXAMBUMaurício Gadben

Empresa: super eldorado(35) 3341-3800

ClÁUDioLuciano Teixeira Gonçalves

Empresa: super Dito(37) 3381-1588

Conselheiro lAFAieteFlávio Luiz Lana

Empresa: Armazém Brasil ltda.(31) 3761-2644

CUrVeloEdson Palhares Júnior

Empresa: Comercial Paizão ltda.(38) 3721-7799

DiVinÓPolisGilson Teodoro Amaral

Empresa: supermercado Candidés ltda.

Rede Confiança - presidente(37) 3229-1200

eXtreMAMilton Kurihara

Empresa: supermercado Kurihara

(35) 3435 1414

ForMiGAAntônio Fernandes Sobrinho

Empresa: Comercial Padre Victor (37) 3322-1510

GoVernADor VAlADAresAntônio Martins Andrade

Empresa: Cereais Martins Andrade ltda.(33) 3221-3617

GUAnhÃesAgnaldo Jair Ferreira

Empresa: Mercearia esquinão da Avenida ltda.(33) 3421-1179

GUAXUPÉJarbas Correa Filho

Empresa: Alexandre Batista Correa e Cia. ltda.

(35) 3696-5000

iPAtinGAMatusalém Dias Sampaio

Empresa: Coop. empregados da Usiminas - Consul

(31) 3824-5149

itABirAMárcio Luiz Lage

Empresa: supermercado nova América ltda.(31) 3834-4444

itAPeCeriCADolores Antonia Fonseca

Empresa: supermercado Faria (37) 3341-1360

itAÚnARoney A. Mendes Silva

Empresa: Casa rena ltda.(37) 3241-1844

JoÃo MonleVADeJosé Gianette Bicalho Cota Empresa: supermercado

Comil ltda.(31) 3852-1010

JoÃo PinheiroHebert Lever José do Couto

Empresa: supermercado líder(38) 3561 1302

JUiZ De ForAÁlvaro Pereira Lage

Empresa: supermercados Bahamas

(32) 3249 9427

lAGoA DA PrAtARoberto Carlos Miranda

Empresa: sup. Prado & Miranda (37) 3261-2769

leoPolDinAJúlio Antônio Carraro Mendonça

Empresa: Carraro e rocha ltda.(32) 3449-4500

MAnhUAÇUPaulo César Nogueira GomesEmpresa: Com. Paxá ltda.

(33) 3331-2166

MArtinho CAMPosEverson Pinto Moreira

Empresa: W & e Ki Jóia super-mercado ltda.(37) 3524-1451

Monte CArMeloFernando Almeida Cordeiro

Empresa: supermercado Ki-Jóia (34) 38422302

Montes ClArosPaulo Elmo PinheiroEmpresa: super Kilo

(38) 3222-2111

MUriAÉOsmani Cruz Gouveia

Empresa: supermercado Du lar(32) 3728 1392

noVA liMAGeraldo Vitor da Cruz

Empresa: supermercado Vitor (31) 3541-6704

noVA serrAnAValter Amaral de Lacerda

Empresa: Mac supermercado(37) 3226 9800

oUro PretoJoão Batista Ubaldo Pereira

Empresa: Com. estrela da Barra(31) 3551-4968

PArÁ De MinAsCarlos Roberto Martins

Empresa: supermercado Martins e Filhos ltda.(37) 3236 0600

PAssosJerônimo Pereira Machado

Empresa: sup. são Jerônimo rede Asccom - presidente

(35) 3521-1213

PAtos De MinAsRogério Luciano de Oliveira

Empresa: rogério luciano de oliveira - ePP

(34) 3821-0229

PAtroCÍnioOsmar Nunes Filho

Empresa: CoteC Com. tec. ltda. (34) 3831-1750

PiUMhiJoão José de Melo

Empresa: stalo supermercados ltda.

(37) 3371 1723

PoÇos De CAlDAsLeonardo Miguel SeveriniEmpresa: sup. Vila sul

(35) 3729-4455

PoUso AleGreFernando Maglioni

Empresa: Maglioni ribeiro & Cia ltda.

(35) 3421 2268

sAlinAsAldeir Souza Mendes Jr.

Empresa: D’itália supermercados (38) 3841-1216

sAntos DUMontCláudio Fonseca Caetano

Empresa: supermercado rei do Arroz ltda.

(32) 3251-3397

sÃo JoÃo Del reYJosé Vinicius Valle

Empresa: supermercado Meneghini

(32) 3371-8167

sÃo loUrenÇoLuciano Nogueira Fernandes

Empresa: supermercado Carrossel

(35) 3332-1511

sÃo seBAstiÃo Do PArAÍsoLuiz Antônio Tonin

Empresa: luiz tonin e Cia. ltda.(35) 3539-3344

sete lAGoAsAntônio Roberto Reis Bastos

Empresa: Mercantil Bastos ltda.(31) 3779-5800

teÓFilo otoniGeraldo Alex Silva Jardim

Empresa: simões supermercados (33) 3522-4454

trÊs CorAÇÕesJosé Roberto Moreira FrancoEmpresa: GF Auto Atacado

(35) 3239 5000

trÊs PontAsFrancisco Assis F. Carvalho

Empresa: supermercado super Kiko ltda.

(35) 3265-2522

UBÁEron José Vieira

Empresa: Jaime Vieirasupermercado ltda.

(32) 3531-5385

UBerABAMatusalém José Alves

Empresa: Zebu Carnessupermercados(34)3319-0652

UBerlÂnDiAGuilherme Fernandes Mirandasupermercado econômico

(34) 3233-4800

Conselho sUPerior

Presidente: Valdemar Martins do Amaral

Por correio: GÔNDO­LA, Seção de Cartas, Rua Platina, 33, Prado, cep 30410-430, Belo Horizonte, MG.

Por e-mail: [email protected]. Por motivo de espaço ou decisão editorial, os tex­tos enviados po-dem ser condensados ou não-publicados. Em caso de não-publicação, garante-se que a mensagem será respondida individualmente.

www.amis.org.brmarço 2011 • ano 16 • número 184 • r$ 12,00 • 20.500 exemplares • distribuição nacional

na estreiada série,

entrevista com matheus neves

O planeta agradece

nOvasgerações

conheça em detalhes a campanha que está revolucionando o varejo de belo horizonte

e pode se estender para todo o país

a páscoapromete, masvocê podevender bemo ano todo

ChoColate

este produtoestá merecendo um pouco mais de suaatenção

leite em pó

confira boas ideias parasuperar asexpectativasdos clientes

tema amiS 2011

nd

ola

ma

o 2011 • a

no

16 • nú

mer

o 184

Capa Gôndola 184.indd 1 28/2/2011 20:23:08

lEITE CoNDENSaDoa reportagem mostrou um lado que eu não co-nhecia. É um produto antigo, mas que sempre tem novidade e que pode oferecer mais. Isto vale também para muitos outros produtos que estão nas lojas de supermercados e que precisam ser olhados com mais atenção por todos nós.joão fonseca filloranepiracicaba – sp

SEGUraNça Ios casos que foram relatados na reportagem são de assustar. Porém, já estão cada vez mais pre-sentes nas vidas de todos. os perigos em relação à segurança dentro e fora da loja deixam todas as pessoas com medo. Estamos vivendo com medo. a reportagem ajuda a encontrar soluções para aumentar a segurança. muito obrigado.rodrigo farias santiago soutocontagem – mg

SEGUraNça IIa loja em que eu trabalho foi assaltada três vezes no ano passado. Graças a Deus ninguém ficou

ferido ou sofreu coisa mais grave. Não sei quando isso tudo vai acabar. a violência parece que já faz parte da vida da gente.ronilda maria da silvario de janeiro – rj

ECoNomIaas pessoas que falaram na reportagem sobre o futuro da economia em 2011 foram muito otimis-tas. Eu acho que o Brasil não vai crescer tanto como eles estão falando. acho que a inflação é uma ameaça muito grande também.jésus pedro ribeirovitória da conquista – ba

TEmPEroSacho que faltou tempero na reportagem sobre temperos. Vocês poderiam ter falado mais dos mais variados tipos de tempero, pois o Brasil é muito grande e a fartura de temperos é muito gran-de. aqui na região amazônica, por exemplo, temos temperos que o pessoal do Sul nunca ouviu falar.maria carla ramalho rochario branco – ac

cartas

edição 1�3

INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

Produção editorialFGP Comunicação

editor ejornalista responsável

Giovanni Peres(reg. prof. 03065JP)[email protected]. (31) 2122 0557

repórteresFátima Peres

([email protected]),Adenilson Fonseca

([email protected])e Sandra Mara

([email protected])

Colaboradores desta ediçãoLuciana Aquino, Dany Starling e

Ronald Pimenta (revisão)

Fotografia Ignácio Costa

Design gráficoSandra Fujii

impressão Prol

Gerência comercial(publicidade)

Paulo Ricardo Parma([email protected]) tel. (31) 2122 0526

executivos de negóciosZuleima Guimarães

([email protected])Talula Franco

([email protected])

Circulação/Assinaturasrecebimento de anúncios

Lucas Miranda([email protected])

tel: (31) 2122-0528

Para edi­ções anteri­o­res,

pro­blemas no­ recebi­mento­ da

revi­sta o­u pedi­do­s de i­nclusão­

na li­stagem de desti­natá­ri­o­s da

publi­cação­, co­ntate:

Aline Santos

tel.(31) 2122 0533

[email protected]

Veículo oficial da Associação Mineira de Supermercados (Amis), com distribuição nacional e tiragem de 20.500 exemplares.redação e escritório: Rua Platina, 33 - Prado Belo Horizonte - MG CEP: 30411-131

Tel/fax: (31) 2122-0500 - [email protected]

A Revista Gôndola tem distribuição total de 20.500 exemplares por mês em todo o Brasil, sendo que 19.580 exemplares são enviados a executivos, proprietários, compradores, gerentes e encarregados de todas as lojas com mais de dois check-outs em Minas Gerais e para as principais lojas de auto-serviço do Brasil, que juntas respondem por 75% do faturamento do setor no País. O restante é enviado aos principais fornecedores e anunciantes, agências de publicidade, imprensa e autoridades. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do editor.

Page 6: Amis

março DE 2011 GôNDola

o chocolate é uma das guloseimas mais desejadas e democráticas que existe no mundo. Tanto homens, como mulheres,

crianças ou idosos consomem, com prazer, es-sa delícia que vem, a cada ano, conquistando maior espaço nas gôndolas e excelentes ven-das nos supermercados.

Para quem não conhece a história do cho-colate, ela é muito antiga e “remonta a 1.500

em sintonia com o mercado [cHocolate]

10

Sabor democrático e rentável

o CHoColaTE ofErECE BoaS

oPorTUNIDaDES o aNo INTEIro,

maS É Na PáSCoa o

PoNTo alTo Do aNo. aProVEITE

n fátima peres

a.C. (antes de Cristo) e além da civilização olmeca, que foi a primeira a aproveitar o fruto do cacaueiro. Há evidências arqueológicas que comprovam o seu uso pelos maias, Toltecas e astecas. Era ingerida sob forma de bebida pelos sacerdotes em rituais religiosos.

E já foi tão valioso que suas sementes já serviram também como moeda corrente para troca de mercadorias. Cristóvão Colombo foi

quem descobriu o cacau para a Europa, quando de sua quarta viagem ao Novo mundo, por volta de 1502.

mUITaS oPorTUNIDaDESE não só a Páscoa, que esse ano será co-

memorada no dia 24 de abril, como o Dia dos Namorados, Dia das Crianças e Natal são datas dentro do calendário sazonal que podem ser muito bem aproveitadas pelo empresário su-permercadista com objetivo de atrair clientes e boas vendas.

mas você está preparado para atender à demanda dos consumidores? Já planejou suas compras, suas estratégias de venda? Contratou ou treinou seus funcionários para ajudá-lo a de-corar a loja para a primeira data comemorativa do ano, a Páscoa? Pois bem, se ainda não cum-priu nem mesmo esse pequenino check list, é melhor se apressar e não perder mais tempo.

r$ 7 BIlHõESSó para se ter uma idéia, o aumento do

consumo de chocolates no Brasil tem apresen-tado dados muito significativos, ano a ano, e em 2009 ele foi de aproximadamente 266.600 toneladas, indicando vendas da ordem de r$ 7 bilhões.

a estimativa é de que no ano de 2010 esse número tenha fechado com um acréscimo de 10% (dados ainda não foram divulgados pela indústria) e que em 2011 não deverá ser mui-to diferente. Segundo a associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, amendoim, Balas e Derivados (abicab), o Brasil é hoje o quarto maior produtor do mundo de chocolates (497 mil toneladas) perdendo apenas para os Estados Unidos, alemanha e reino Unido.

o consumo per capta chega a 2,4 quilos por ano. as mulheres são as que mais consomem o produto entre os chamados “chocólatras”,

Foto

s Ig

cIo

co

sta

Consumidora se abastece sob a parreira de ovos de Páscoa em hipermercado em Belo Horizonte; as mulheres são as líderes no consumo de chocolate mas o hábito cresce também entre os homens

Page 7: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [cHocolate]

12

cerca de 55% do total. E, aproximadamente 67% da população brasileira comem algum tipo de chocolate.

laNçamENToSPensando nesse grande mercado, as indús-

trias brasileiras estão investindo em novos pro-dutos e grandes lançamentos para a primeira data comemorativa que se aproxima. a Kraft foods Brasil, proprietária da marca lacta, por exemplo, vai colocar à disposição do consumi-dor 50 tipos de ovos de Páscoa, sendo 16 no-vos lançamentos em sabor, tamanho e formato nas linhas, infantil e adulto para 2011.

a Top Cau que também prevê crescimento nas vendas aumentou sua produção em 10% em relação ao ano passado para atender à de-manda. De acordo com a assessoria de impren-

sa da empresa, a Top Cau contratou mais 720 funcionários temporários e 1 mil promotores de vendas para todo o Brasil. “Estamos trabalhan-do a todo vapor. Produzimos, em média, 100 mil ovos todos os dias. São aproximadamente 600 mil ovos por semana”, afirma a gerente de produção, Patrícia onakado.

Já a indústria Pandurata, representante das marcas Bauducco, da Visconti, uma das mais tradicionais do País, e a Hershey’s, líder no mercado de chocolates, balas e confeitos na américa do Norte, aposta em consumidores que buscam por alternativas aos ovos de cho-colate.

a tradição das colombas da Bauducco e Visconti e o portfólio de chocolates Hershey’s formam um mix de produtos completo e di-ferenciado para a data. o grupo espera um crescimento de 12% na produção e vendas de colombas e de chocolates. Entre seus novos produtos estão 13 opções de bolos com fru-tas cristalizadas ou gotas de chocolate e nove itens da categoria de chocolates que vão de novidades em formato e sabor, a embalagens exclusivas para presente.

a Cacau Show é outra indústria e brasileira que pretende apresentar diversas novidades. São mais de 60 itens entre chocolates com Zero açúcar e Zero lactose, uma linha exclusiva as-sinada pelo artista plástico luciano martins, chocolates que explodem na boca e trazem os personagens do Kung fu Panda, além da linha Dreams, famosa pelo recheio de trufa, que chega esse ano com dois novos sabores Napolitano e Coco e estão entre os destaques da rede para a data, que prevê produzir mais de 8 milhões de itens.

E a suíça Nestlé vem investindo continua-mente em pesquisas com o objetivo de ofere-cer cada vez mais, produtos saudáveis e que superem as expectativas do consumidor. Sem revelar quais serão suas novidades para esta Páscoa, a indústria acredita que o poder de renda das classes mais baixas tem aumentado, devido ao acesso ao crédito e aumento de trabalhadores.

o sortimento de chocolates é um dos mais variados à disposição, permitindo bom giro durante todo o ano

Page 8: Amis

março DE 2011 GôNDola

em sintonia com o mercado [cHocolate]

1�

Como consequência, faz com que cresça a busca por uma maior variedade de produtos. Portanto, acreditam que a Páscoa será bem mais farta. Para esse ano, a Nestlé irá dispo-nibilizar diversos materiais de divulgação nos pontos de venda, como displays e cartazes.

Boa ExPoSIçãoVale ressaltar que uma boa exposição é fei-

ta por meio de um mix completo de produtos, com opções de escolha, conveniência e serviço aos consumidores, por meio de itens conso-lidados, marcas fortes e ainda, as novidades. algumas recomendações são fundamentais para garantir a venda do produto: visibilidade, preço, variedade e utilização de materiais de marketing no ponto de venda.

Tanto otimismo assim com vendas de cho-colates na Páscoa não contaminou somente as indústrias para 2011 mas também empresários supermercadista que já começam a pensar es-tratégias de comercialização e extrair o melhor da data que se aproxima.

CrIaNDo SoNHoSPara o consultor do G10, renato Triguei-

ro, por menor que seja o ponto de venda, o supermercadista deve agir como se fosse um grande empresário, criando sonhos e emoções em suas ações promocionais. Claro, tudo den-tro da sua realidade. Porém, alerta o consultor, “toda a promoção é importante, mas tem que ser planejada, com objetivos bem definidos para que se possa obter os resultados espe-rados. Não existe promoção errada, existe sim promoção mal planejada, sem um objetivo bem determinado”.

Trigueiro até sugere uma estratégia: “de re-pente o empresário pode dar de brinde um coe-lhinho de chocolate para o seu cliente e em troca ganhar um aumento de fluxo de pessoas dentro da loja. Consequentemente aumento nas ven-das. Dependendo de como a ação é planejada ela pode sair barata para o empresário”.

outra dica do consultor é o cross mer-chandising, ou venda casada, como é mais

tem que promover a emoção para que o cliente entre no clima desta comemoração. Trabalhar os sentidos sensoriais humano é importante, como a audição (com uma música ambiente), o odor (com o cheiro bem agradável), o tato e a visão (que permitem o contato do cliente com o produto) e o paladar (trabalhar a degustação).

Porém o consultor do G10 é categórico ao afirmar que: “qualquer ação promocional de-senvolvida dentro do ponto de venda é positiva desde que esta ação seja bem planejada, com objetivos muito bem definidos”.

Na ParrEIraa expectativa dos hipermercados Extra, que

pertencem ao grupo Pão de açúcar, são as melhores possíveis para 2011 no que se refere à venda de chocolates, principalmente com a aproximação das comemorações da Páscoa. Em linhas gerais, o sortimento regular de cho-colates pega carona na venda de Páscoa.

De acordo com informações da empresa, no início da montagem da parreira, onde os

conhecida a estratégia. ou seja, o produto sai de seu ponto de origem e vai de encontro a um produto ao qual ele tenha uma afinidade, como por exemplo, colocar aquelas fôrmas de fazer ovos de Páscoa, próximas às barras de chocolate in natura.

outra grande idéia é destacar os ovos e chocolates diet no ponto de venda, pois existem milhões de brasileiros acometidos pelo diabetes ou com problemas ligados ao consumo de açú-car. Porém esta estratégia somente dará certo, lembra Trigueiro, se realmente esta exposição de diets for bem destacada, para que o público consumidor deste tipo de produto seja induzido por uma compra consciente e por impulso.

DECoraçãoalém de todas as estratégias, previamente

planejadas com muito cuidado e na ponta do lá-pis, rogério Trigueiro também é de opinião que grandes cenários que podem contar uma his-tória ainda é um chamariz para atrair clientes. “Nestas datas comemorativas o empresário

a seção de padaria também pode

aproveitar o fascínio que o chocolate

exerce nos brasileiros

Page 9: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [cHocolate]

1�

consumidores de ovos ainda estão pesquisando e definindo sua escolha, há uma forte venda dos tabletes, confeitos e demais itens da linha da bomboniere. Nesse período também eles sofrem uma boa exposição no ponto de venda.

as caixas de bombons, por exemplo, co-meçam a ser vendidas em volumes mais altos quanto mais se aproxima a semana da Páscoa. a expectativa de crescimento em vendas para estes itens, segundo a assessoria de imprensa do Extra é de 15% no período de Páscoa em comparação ao mesmo período de 2010.

o hipermercado Extra conta com uma pes-soa exclusivamente para pensar em toda a sa-zonalidade da Páscoa. Desde montar as parrei-ras no corredor de entrada da loja e nos outros corredores até não deixar faltar produto nas gôndolas e locais de exposição. os ovos de-vem estar sempre em condições ideais (espe-cialmente temperatura), pois eles representam cerca de 60% do volume total de chocolates comercializados pela rede.

Só para se ter uma idéia, no ano passado o Extra vendeu, em suas lojas, aproximada-mente 2.100 toneladas de chocolates. Um dos itens que mais vem ganhando destaque é o importado que, segundo a empresa, mais que dobrou em vendas. mas não é só na Páscoa que o supermercadista pode melhorar seus negócios com chocolate. Para o Extra, existem

ainda dois outros grande períodos em que há um pico nas vendas do produto, ou seja, no In-verno – que conta com pelo menos dois meses de boa comercialização – e o Natal. Por isso, o empresário não pode se distrair e se esquecer dos negócios dessa categoria.

Na VIZINHaNçamesmo considerando-se como um peque-

no supermercado de conveniência, o Empório Quintal, localizado em Belo Horizonte e com aproximadamente 400 metros quadrados de área de vendas e cinco checkouts é um exemplo de empresa comprometida com seus clientes e vizinhos. Não deixam de atendê-los em suas necessidades imediatas e, ao mesmo tempo, provocam o encantamento daqueles que o frequentam.

Durante o período que antecede à Páscoa, são os próprios funcionários que cuidadosamen-te preparam a loja posicionando estrategica-mente os ovos e chocolates. Silma matos araú-jo, responsável pelo Empório Quintal conta que a Páscoa é o período do ano que mais vendem chocolates e o ovo ao leite é o item que tem me-lhor aceitação do público. “Somos basicamente uma loja de conveniência, não temos venda expressiva, mas o que temos é apenas o básico para satisfazer um pequeno publico”, afirma a executiva. n

a criatividade dos fabricantes está sempre presente e chega até a uma outra paixão dos brasileiros que é o futebol; as crianças também adoram chocolate

Page 10: Amis

março DE 2011 GôNDola

notas e negócios

1�

o Grupo Super Nosso/apoio mineiro inaugurou dia 19 de janeiro mais uma unidade do apoio mineiro, a bandeira de “atacarejo” da empresa. o novo empreendimento está localizado na avenida Silva lobo, 900, oeste da capital. Esta é a sétima unidade do apoio na região metropolitana de Belo Horizonte (rmBH). Com horário de funcionamento das 7h30 às 22h, de segunda a sábado, e das 8h às 20h, aos domingos, a loja oferece um mix de mais de 10 mil itens para atender tanto quem compra no varejo quanto no atacado. a proposta é abastecer comerciantes, como hotéis, lanchonetes, restaurantes, bares, mercearias e padarias. Para o diretor de marketing do grupo, marcos Kayser, o apoio mineiro Silva lobo se localiza numa região que “oferece grandes oportunidades de negócios, com um excelente mercado consumidor”. outras unidades do apoio mineiro estão localizadas na Ceasa, Horto, Barreiro, floramar, Betim e Tropical.

ingleza prevê crescer até 25% neste ano

De acordo com reportagem publicada em fevereiro no jornal Diário do Comércio, a Cera Ingleza planeja vender de 20% a 25% a mais neste ano. Parte desse percentual deve ser resultado do lançamento de 18 produtos. a indústria é uma das cinco maiores do seu segmento no Brasil, com participação de 30% no mercado nacional de ceras, vice-liderança na linha de multiusos e terceira maior produtora de limpa-vidros do País. atualmente a produção é de 700 mil volumes mensais, em 11 categorias de produtos de limpeza, incluindo Divisão Doméstica, Divisão Profis-sional e linha automotiva. Entre as obras planejadas para 2011 está a ampliação em 50% da capacidade de expedição dos pro-dutos, no centro de distribuição localizado em Santa luzia (mG). a intervenção vai incrementar a logística da Ingleza. a unidade está instalada em área de 262 mil metros quadrados, sendo 30 mil metros quadrados de área construída. Com foco no mercado interno, a empresa acredita no potencial de crescimento dos estados de São Paulo e rio de Janeiro e, ainda, da região do Nordeste. minas Gerais responde, hoje, por cerca de 15% do fa-turamento da companhia, que tem 40 distribuidores no País. Em 2010, a companhia registrou incremento superior a 11% em seu setor de atuação, em comparação com o ano anterior.

Higiene e beleza batem recorde na classe c

levantamento feito pelo Instituto Data Popular mostra que o consumo de produtos de higiene pessoal e beleza cresceu entre as classes mais baixas entre 2003 e 2010. o uso de cre-me facial, por exemplo, avançou160% entre os consumidores da classe C. Hoje, 60% dessa faixa de renda usa o produto; mesmo percentual das classes a e B. os gastos com higiene e beleza nessa faixa de renda no Brasil cresceram 725% em oito anos, de r$ 2,4 bilhões em 2002 para r$ 19,8 bilhões em 2010. o fortalecimento da classe C beneficiou as empresas que apostaram no segmento. a Hypermarcas, que fez aquisi-ções no setor e detém marcas como monange e Bozzano, teve alta de 31% nas vendas até setembro de 2010. a Jequiti, braço de cosméticos do grupo Silvio Santos, registrou crescimento de 86% no ano passado. Em quase todos os produtos pesqui-sados, a classe C responde por mais de metade do consumo.

Depois de investir r$ 68 milhões na ex-pansão da fábrica e na ampliação do mix nos últimos dois anos, a Vilma alimentos já planeja inversões da ordem de r$ 20 milhões para 2011. o aporte será destinado a melhorias na unidade e ações de marke-ting, informou o jornal Diário do Comércio no final de fevereiro. Em 2010, a companhia concluiu os primeiros investimentos na nova linha de produção. Na ocasião, equipamen-tos como secadores de massas, prensas e cortadoras foram importados da Itália. além disso, foram realizados aportes na linha gourmet da marca, que conta com uma sé-rie de produtos diferenciados, voltados para a alta gastronomia. Neste ano, a expansão da planta será complementada e, ainda no primeiro semestre, a empresa deverá con-cluir a implantação de uma unidade de silos no município de Cambé, no Paraná. Para 2011, também está programada a tercei-ra unidade de moagem de Contagem. Ele destacou que, atualmente, a produção de massas, misturas prontas e refrescos é feita em três turnos, utilizando 85% da capacida-de instalada. minas Gerais continua sendo o principal mercado consumidor da empresa, respondendo por 80% da receita. o restante é dividido entre os estados do rio de Janei-ro, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Goiás.

vilma planeja investir r$ 20 mi em 2011

Segundo a associação Brasileira da Indústria da Panificação (abip), foram abertas 50 mil vagas no setor em 2010 e cerca de 20 mil estão à espera dos profissionais. Em minas Gerais, a estimativa é que a demanda reprimida do setor chegue a 6 mil postos de trabalho. Padarias de todo o país estão em busca de padeiros e confeiteiros, profissionais que, nos últimos anos, sumiram do mercado sem acompanhar os avanços das empresas da panificação que, em 2010, cresceu 13,7%, faturando r$ 56,3 bilhões. Profissionais com alta qualificação na produção de bolos finos e pães, que seguem receitas internacionais, são disputados por supermerca-dos e padarias e chegam a ganhar de r$ 4 mil a r$ 5 mil ao mês.

apoio mineiro abre a �ª unidade

faltam padeiros em todo o brasil

entra em vigor o selo orgânico brasil

Já está em vigor desde janeiro o Selo orgânico Brasil, uma identificação do ministério da agricultura para garantir a qualidade dos alimentos orgâni-cos oferecidos à população. os produtos orgânicos só tinham selo de empre-sas certificadoras para garantir a qualidade. agora, o orgânico Brasil é o selo nacional emitido pelo ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento. Ele será a garantia para o consumidor da procedência do produto e de que a mercadoria obedece as exigências para ser rotulada como orgânica. Empre-sas certificadoras cadastradas no ministério da agricultura farão a auditoria das propriedades para reconhecer os produtores orgânicos que se enqua-dram nas normas. o selo não será obrigatório, entretanto, para uma parte dos pequenos agricultores. o novo selo não será exigido para os pequenos produtores orgânicos que fazem a venda direta para barracas ou feiras. Eles não precisam passar pela certificação, mas devem estar associados a orga-nizações cadastradas no ministério da agricultura e portar documentos que atestam esse cadastro. Já quem faz a venda para supermercados, varejões ou indústrias terá obrigatoriedade de utilizar o selo.

Page 11: Amis

15 de março - Sede amiS - 8h às 18hNOVO POSICIONAMENTO DE rh PArA EVITAr TurNOVEr NAS EMPrESAS DE VArEjO

Qual o envolvimento do rh no processo de COAChING para gerar resultados e diminuir o TurNOVEr?

Informações: Karelly e Fabiana tel: 31- 2122.0528

InvestImento: R$ 190,00 - Associado Amis - R$ 230,00 - Não Associado

Maria Inês Felippe: Psicóloga, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e Mestra em Criatividade e Inovação Aplicada pela Universidade de Santiago de Compostela, Espanha. Há 27 anos atua na área de Recur-sos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento, Marketing, Vendas e Gestão. Vice Presidente de Interação ABRH nacional com Academias. Professora convidada pela USP no “Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais”, do Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Membro atuante em entida-des como ABRH e ABTD. Criadora e Gestora do Prêmio APARH - Revista Vencer! de Criatividade nas empresas e do 1º Fórum de Inovação Aplicada ao Negócio. É autora do livro 4 C’s para Competir com Criatividade e da Inovação, lançado no CONARH 2007, pela Editora Qualitymark, e co-autora de cinco livros.

Como atrair e reter talentos por competências

Bloco 3Workshop

Entendimento dos conceitos de competências aplicados à seleção

Mapeamento das competências Técnicas aplicadas no processo de seleção e retenção de potenciaisEntrevistas psicológicas e de competências qual a diferençaMétodos avançados de seleção e retençãoCompetências mais procuradas e como identificá-lasCoaching e Mentoring como ferramenta de carreira Seleção e contexto de assédio moral na empresa.

Seleção é a porta de entrada para diminuir o turnover

e atrair os melhores

Bloco 1Palestra

Participação dos debatedores com mediação do palestrante.

Debatedores:Supernosso - Ana Flávia Mendonça

de Souza - Gerente de RHWal Mart - Edirleni Abreu

Gerente de Capital Humano

Bloco 2Participação

dos Debatedores

Como evitar o TOURNOVERPrincipais características procuradasComo a seleção poderá agregar valor ao negócioTécnicas utilizadas e suas metodologiasCuidados judiciais e processuaisPerfil de quem selecionaEtapas do processo seletivoPapel do líder no processo

Palestrante: Promover e mediar uma discussão considerando e estimulando a opinião dos debatedores convidados - possívelmente gerentes de RH de supermercado.

“ConheCimento e prátiCaS inovadoraSe atuaiS de rh do varejo”

Maria Inês Felippe

dia: 15/03/2011 - horário: 19h às 21h Local: Sede da amiS

Cenário de Recursos Humanos e de Gestão de Pessoas Visão de negócios e pensamento estratégico em RH Trabalhando competências críticas dos negócios Pensamento estratégico e foco em resultado na gestão de pessoas

informações: 2122-0500 - [email protected]

entrada franca para associado - r$50,00 não associado

palestra: rH estratégico

com foco no negócio

dia especial de rhFórum +

ponto de encontro2º FÓRUm De RH AmIs

turnover

TEMA AMIS 2011: REALIzAÇãO:

r. platina, 33 | prado Belo horizonte | mGtel: (31) 2122-0500

Page 12: Amis

GôNDola 23

mix

22

imballagio, desde 1��3

a Imballaggio foi fundada em 1893 na cidade de São Paulo, na condição de primeira indústria fabricante de sacos de papel da amé-rica do Sul. a empresa opera em minas Gerais com sua nova unidade em lagoa Santa. É a primeira empresa no Brasil a receber o selo do Instituto responsabilidade Sócio-ambiental (IrSa), que atesta as empresas que adotam práticas socioambientais corretas. além disso, a Imballaggio utiliza-se de mão-de-obra formada em cursos ministrados pela própria empresa ou pelas oficinas do Senai, para funcionários e apenados da Penitenciária José ma-ria alkmim num convênio firmado com a Secretaria de Estado de Defesa Social. a empresa é hoje uma das maiores fabricantes de sacos e sacolas de papel Ecobag® do Brasil, com capacidade de pro-duzir até 30 milhões de sacos e sacolas por mês e opera a mais moderna planta de sacos de papel do Brasil no sistema ready-to-ship.

sal grosso temperado a paranaense Stival está incluindo novos

sabores a sua linha de temperos especiais com o lançamento do Sal Grosso ao molho de filé argentino e Sal Grosso ao molho de mos-tarda. o molho para filé argentino agrega as especiarias servidas nos temperos das famosas “parrillas” do país vizinho. Já o sal grosso ao molho de mostarda é produzido com pó de mostarda, ao seu aroma de churrasco - uma mistura que inclui alho, coentro, manjericão, salsa, cebolinha, pimenta calabresa, orégano, todos desidratados e shoyu em pó.

zaeli azeitonas a linha de azeitonas da alimentos Zaeli, que conta

atualmente com 17 produtos, ganha o reforço da azei-tona Portuguesinha, lançamento que chega esse mês às gôndolas dos principais supermercados do País. Dis-poníveis em versões de 200g e 500g, as azeitonas são amadurecidas de forma natural nas oliveiras e colhidas manualmente. Por terem um caroço miúdo, as azeito-nas portuguesinhas rendem mais e são ideais para re-ceitas de pizzas, macarronadas, farofas, bacalhoadas e outros pratos especiais. além disso, a Zaeli disponibiliza outros tipos de azeitonas, importadas de países como Espanha, marrocos, Grécia e argentina. a alimentos Zaeli existe há mais de 40 anos. foi fundada no Paraná, possui 21 linhas de produtos e produz 180 milhões de quilos de alimentos por ano.

leite + vitaminas a Italac, indústria de laticínios, lança a linha leites Especiais

direcionada para o público que busca uma alimentação saborosa, saudável e rica em vitaminas. São três opções da linha vitamina-dos integral, desnatado e semidesnatado, todos enriquecidos com as vitaminas a e D e, ainda o leite especial semi-desnatado baixa

lactose. além da vitamina a, a Ita-lac acrescentou a vitamina D a sua nova linha de leite que age no com-bate à pressão arterial, importante para absorção do cálcio e fósforo, combate osteoporose, raquitismo infantil, deformidade óssea, baixa

estatura, evita fraturas e a perda de massa óssea, entre outros inú-meros benefícios. a embalagem também vem com novidades. Com uma moderna tampa Scream Cap facilita a abertura e fechamento com o uso de uma rosca diferenciada. a Italac possui sete unidades industriais, mais de 1.600 colaboradores e está presente em mais de 20 mil pontos de vendas no Brasil.

março DE 2011

fraldas bummis baby snoopy

a linha da fraldas Capricho visando atender os seus delicados consumidores de maneira mais completa ganhou dois novos produtos: lenços Umedecidos e Toalhinhas Umedecidas Bummis Baby Snoopy. Tanto os lenços Ume-decidos como as Toalhinhas Bummis Baby Sno-opy são dermatologicamente testados e sua formulação livre de álcool garante maciez e suave perfume à pele da criança. os produtos proporcionam melhor higienização do bebê a cada troca de fralda. São enriquecidos com ex-trato de aloe Vera, além de lanolina e vitamina E (que hidratam e protegem pele). os lenços Umedecidos Bummis Baby Snoopy podem ser encontrados em embalagem ziplock com 75 unidades, em balde e refil com 400 unidades.

Vai se mudar? Gostaria de ser um leitor de Gôndola?

Envie a ficha via fax (31) 2122-0527, e-mail: [email protected] ou telefone (31) 2122 0500.Se preferir envie pelo correio para: AMIS, Revista Gôndola, Rua Platina, 33, Prado, Belo Horizonte, MG, CEP 30411-131.

!

faça/atualize seu cadastro para recebimento da revista GÔndolaRazão social

Nome fantasia

CNPJ Insc. Est.

Nome completo

Cargo Proprietário Gerente Comprador RH MKT Outros

Sua empresa é associada à Amis? Sim Não

ANTIGO ENdEREçO

End. Comercial N°

Bairro CEP

Cidade Estado

NOvO ENdEREçO

End. Comercial N°

Bairro CEP

Cidade Estado

Email

Tel. comercial Tel. particular

glória volta ao mercado carioca

a marca Glória – tradicional no mercado lácteo e licenciada pela lácteos Brasil S.a (lBr) – retorna às gôndolas dos supermercados cario-cas, após ficar de abril a outubro de 2010 fora do mercado fluminense. a linha conta com itens como leite condensado (lata 395g) e creme de leite (lata 300g) e deve seguir em breve para toda a região Sudeste nos estados de São Paulo, minas Gerais e Espírito Santo. alácteos Brasil S.a. foi criada em dezembro de 2010, a partir da união entre a Bom Gosto e a leitbom. a empresa é a maior operação privada do setor de laticí-nios no Brasil, com faturamento de cerca de r$ 3 bilhões. fazem parte do portfólio da empresa marcas re-conhecidas como Parmalat, leitBom, Poços de Caldas, Glória, requeijões Paulista, Boa Nata, Bom Gosto, líder, Cedrense, Damatta, São Gabriel, Sa-rita, Corlac e Ibituruna.

Foto

s d

Ivu

lga

çã

o

Page 13: Amis

março DE 2011 GôNDola 25

“aos 10 dias do mês de janeiro de 1.971, na séde da federação do Comércio do Estado de minas Gerais, à rua Curitiba, 561 – 12º andar, foi realizada a assembléia Geral de fundação da

associação mineira de Supermercados, com a presença de dezenas de empresários da Capital e de várias cidades do interior.” Esse é o texto, inclusive com normas (ou consensos) gramaticais da época, que inicia a “aTa Nº 01/71”, documento que relatou a criação da associação mineira de Supermercados (amIS).

“Às 9 horas, o representante da associação Brasileira de Supermer-cados – aBraS – Sr. Eloy Nogueira da Silva, declarou aberta a sessão, convidando para a mesa dos trabalhos o Sr. levy Nogueira, delegado da aBraS em minas Gerais”, descreve o documento. “Na segunda parte da reunião, o Sr. levy Nogueira apresentou um relatório sobre seu trabalho como delegado da aBraS. Em continuação, foi feita a leitura, discussão e votação dos estatutos sociais da associação mineira de Supermerca-dos – amIS – que foram aprovados...”.

ainda naquele histórico dia, seria eleita a primeira diretoria da re-cém-criada associação. “... o sr. Presidente informou ao plenário que seria realizada a eleição da primeira Diretoria da entidade, e que estava registrada apenas uma chapa única para o pleito”, informa, apesar da re-dundância, o texto da ata. “Distribuídas as cédulas de votação, foi eleita, por unanimidade, a seguinte diretoria: presidente: miguel furtado Neto; vice-presidente: levy Nogueira; secretário: Paulo ribeiro Nunes; tesou-reiro: raimundo lopes; vogais: amarinho marques mena, José Nogueira

2�

série especial 40 anos amis [1971]

assim nasceu a amISCoNSolIDação Do aUToSSErVIço E aS PrESSõES Do ESTaDo

SoBrE oS SUPErmErCaDoS JUSTIfICaram a CrIação Da PrImEIra aSSoCIação ESTaDUal Do SETor No PaíS

o primeiro presidente da amis, miguel

furtado, era proprietário da rede de mercearias

Bandeirantes que se tornou rede de

supermercados (foto ao lado)

Foto

s a

rq

uIv

o a

mIs

n adenilson fonseca

Page 14: Amis

março DE 2011

série especial 40 anos amis [1971]

2�

e francisco de assis moura. Conselho fiscal: Geraldo augusto de freitas, Nelson Queiroz e Paulo Pires (efetivos) e José Pires, Vilmar reis Pizzo e alcides dos reis Bastos (suplentes) .

Na mesma reunião, ficou decidido ainda que a entidade teria um “Conselho de Delega-dos”, compostos por 15 membros que teriam a indicação depois da formação do quadro social. Convidado a proferir o primeiro discurso como presidente da amIS, miguel furtado Neto pro-nunciou uma palavra que se tornaria uma ban-deira da amIS. Ele agradeceu aos presentes pela sua eleição e pediu “apoio” dos colegas durante sua administração. a partir dali, a enti-dade passou a “apoiar, defender e desenvolver com qualidade os vários segmentos do setor supermercadistas”, o que foi a missão institu-cional da associação por muitos anos.

momENToS DIfíCEISHoje, aos 85 anos e produtor de leite e café,

em oliveira no Centro-oeste mineiro, o primeiro presidente da amIS, miguel furtado Neto, recor-da as dificuldades que forjaram a criação da enti-dade no ambiente econômico e político daquele primeiro ano da década de 1970 “(a amIS) foi criada para defender os interesses do comércio, porque o Estado avançava muito sobre o setor, com tabelamentos e repressão”, recorda o então diretor do supermercado Bandeirantes um dos principais de minas na época.

o primeiro ano da entidade, segundo furta-do Neto, não foi fácil. Não havia sede própria e tinha de funcionar numa sala cedida pela fe-deração do Comércio de minas Gerais. reunir os associados era tarefa difícil, porque tinha empresários de várias cidades e todos muito

ocupados com os negócios das empresas. a tarefa de realizar as reuniões compreendia des-locamentos e viagens, o que não era fácil para os supermercadistas.

mesmo sendo o primeiro presidente da pri-meira associação estadual do setor supermer-cadista no País, furtado Neto, humildemente, prefere ressaltar o trabalho dos sucessores a falar do seu papel na entidade. “Só tenho que agradecer aos meus sucessores porque lutaram para o progresso da entidade e a amIS hoje é um poder”, disse ele citando o trabalho da família Nogueira que se tornou uma das grandes forças da amIS.

Um desses membros da família Nogueira é levy que destaca o quanto era difícil reunir os associados, não só pelo trabalho interno, mas pela forma como a criação de uma entidade supermercadista refletia fora dela. “Era preciso tirar a ideia de que os concorrentes se uniam para formar cartel”, rechaça “e a associação não é para isso, ela nasceu para unir os concor-rentes e trabalhar pelo segmento”.

Quem também participou da fundação da entidade foi o diretor do supermercado manda Brasa, amador ferreira lúcio, que relembra os períodos mais difíceis da recém-criada instituição. “a associação funcionou numa salinha na rua da Bahia (centro da cidade) e tínhamos que fazer uma ‘vaquinha’ para manter a sede”, recorda.

mas esses momentos eram quase nada, perto das dificuldades que o setor e a entidade

Bateria de check outs da loja Jumbo, do Grupo Pão de açúcar, inaugurada em 1973, constituindo-se no primeiro hipermercado da história de minas Gerais

antes da existência dos supermercados, o comércio varejista de gêneros básicos e similares era feito em mercearias, caracterizadas principalmente pela existência de um balcão de atendimento

ar

qu

Ivo

gr

up

o p

ão

de

úc

ar

ar

qu

Ivo

pa

rtI

cu

lar

ar

qu

Ivo

pa

rtI

cu

lar

Page 15: Amis

março DE 2011 GôNDola 2�

série especial 40 anos amis [1971]

2�

Primeira entidade levy nogueira (foto) de fato teve destaque não

só na criação da amis, mas no esclarecimento de fatos da época. segundo ele, a entidade mineira não chegou a ser a primeira estadual a ser criada. o fato é que a associação paulista foi criada no final da década de �0, mas ela acabou sendo trans-formada em entidade nacional, a abras.

como a amis foi criada em 1��1, ano em que a primeira associação do setor já era nacio-nal, a entidade mineira ficou então com o título de primeira associação de supermercadista do brasil, em âmbito estadual. le-vy nogueira lembra que a criação da amis foi mes-mo, como informa amador ferreira lúcio, baseada no estatuto da abras.

o interesse em criar a associação em minas par-tiu das visitas e reuniões em são paulo. “surgiu o interesse e saí de lá com a incumbência de fundar a associação aqui. e funda-mos”, recorda. as primei-ras dificuldades já eram de se esperar, era como con-quistar a união entre o gato e o rato. “começamos com muita dificuldade porque reunir concorrentes era muito difícil”, disse levy nogueira.

a amis foi criada na sala da federação do comércio, na rua curitiba. já funcionou na rua da bahia; na avenida joão pinheiro; depois no edifício minas bolsa, na ceasaminas. Hoje está em prédio mais moderno e mais amplo, diferente dos locais anteriores. porém, com suas histórias interessan-tes que serão relatadas por gÔndola ao longo de 2011, o ano dos �0 anos da amis.

enfrentavam com o momento político. a asso-ciação não chegou a ser atacada pelas forças do regime militar da época, mas em alguns mo-mentos os supermercadistas eram obrigados a contribuir com a “boa” imagem do Governo. “Eram uns tabelamentos absurdos, o governo determinava um número de produtos que tinha que estar em preços promocionais para na hora de levantar a inflação do período, colocar esses itens” revela amador. “Vendíamos esses produtos sacrificando margens para atender ao governo para maquiar a inflação”.

Hoje amador classifica como “uma coisa aberrante” ao relembrar o quanto o Estado interferia no setor. “o que fazíamos era receber ordens. Toda semana íamos ao rio de Janeiro ou a Brasília para quê? para receber ordens”. Nesse clima de total dependência é que foi ne-cessária a criação da entidade, como forma de reunir o setor, de os empresários se ajudarem e buscar mais conhecimento sobre o comércio,

para um segmento que acabara de sair da mer-cearia de balcão.

o líDErSe a família Nogueira teve na época da

fundação e permanece até os dias atuais como um dos suportes para a amIS, como cita o primeiro presidente, miguel furtado Neto, um membro da família teve papel especial. “o levy (Nogueira) é o idealizador de tudo, ele é um cara incrível” reconhece amador ferreira lúcio, destacando o empenho daquele que o primeiro vice-presidente mais tarde viria ser presidente da entidade.

amador lembra que tanto na criação quan-to em momentos mais difíceis pelos quais a entidade passaria anos depois, levy Nogueira teve papel fundamental. o posto deste como delegado da abras orientou o trabalho. “o levy é muito associativista, ele foi a São Paulo e já trouxe um estatuto para a criação da amIS”,

disse. o estatuto, como informa amador, foi baseado no da abras.

Sobre o elogio dos colegas de que foi o principal responsável pela criação da amIS, levy Nogueira, com modéstia, reconhece seu papel, mas não de ser o principal. “Não discordo de tudo, a gente teve a determinação de não deixar que as primeiras dificuldades derrubassem a entidade”, ilustra.

momENTo HISTórICoa amIS nasceu sob a presidência do ante-

penúltimo governante do período militar, Emílio Garrastazu médici que comandou o País de 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. o governador de minas Gerais era Israel Pinheiro que conduziu o estado de 31 de janeiro de 1966 a 15 de março de 1971.

a capital mineira, berço do primeiro super-mercado do Estado, tinha como prefeito no ano de criação da amIS, luiz Gonzaga de Souza lima. Ele esteve à frente do executivo da capital no pe-ríodo de 31 de janeiro de 1967 a 18 de março de 1971. Belo Horizonte ainda era uma cidade com 1,2 milhão de habitantes, a metade do que é hoje. Naquele ano, boa parte desses belo-horizontinos se orgulharia de ser mineiros: o atlético se tor-naria campeão brasileiro, mais uma conquista do estado que coincidiu com o nascimento amIS.

Também em 1971, a cidade ganhava mais um marco histórico. Precisamente no dia 9 de março, foi inaugurado o Terminal rodoviário de Belo Horizonte, com o título de o maior e mais moderno da américa latina e capacidade para atender 17 milhões de passageiros por ano. ou seja, mais de 14 vezes o número de habitantes da cidade na época.

assim também é a amIS. No ano de seu 40º aniversário ela está várias vezes maior do que aquela registrada na aTa Nº 01/71. Como a ci-dade em que nasceu, a associação cresce com visão de longo prazo, mas sempre muito grata a seus fundadores e até hoje fundamentada nas palavras do seu primeiro presidente, miguel furtado Neto: “apoiar” o setor supermercadista continua sendo sua vocação maior. n

fachada de loja Epa, em BH, no início dos anos 70

ar

qu

Ivo

pa

rtI

cu

lar

Ign

ác

Io c

os

ta

Page 16: Amis

março DE 2011 GôNDola

jurídico

1 . Quais são os principais pontos da Portaria MTE 1.510/2009?a. Proíbe todo tipo de restrição à marcação de ponto, marcações au-tomáticas e alteração dos dados registrados; b. Estabelece requisitos para o equipamento de registro de ponto, identificado pela sigla REP (Registrador Eletrônico de Ponto); c. Obriga a emissão de compro-vante da marcação a cada registro efetuado no REP; d. Estabelece os requisitos para os programas que farão o tratamento dos dados oriundos do REP; e. Estabelece os formatos de relatórios e arquivos digitais de registros de ponto que o empregador deverá manter e apresentar à fiscalização do trabalho.2 . Quando a portaria entra em vigor?Na data de sua publicação, 25/08/2009, exceto para o uso do REP, que se tornará obrigatório no dia 01/03/2011. Observando que nos primeiros noventa dias de vigência a fiscalização será orientativa, conforme art. 627 da CLT e art. 23 do Decreto nº 4.552/2002, Regu-lamento da Inspeção do Trabalho. (texto atualizado).3 . Qual o prazo para a adaptação dos programas de tratamento dos dados de registro de ponto à portaria?A obrigação de adaptação dos programas às exigências da Portaria entrou em vigor na data da sua publicação. A fiscalização teve cará-ter orientativo nos primeiros 90 dias de vigência. (texto atualizado)4 . O uso de registro eletrônico de ponto passou a ser obrigatório?Não. O artigo 74 da CLT faculta o uso de registro de ponto manual ou mecânico. Porém, se o meio eletrônico for adotado, deverão ser seguidas as instruções da Portaria MTE nº 1.510/2009.5 . Quais os principais requisitos do REP?a. Ter como finalidade exclusiva a marcação de ponto; b. Possuir memória das marcações de ponto que não possa ser alterada ou apagada; c. Emitir comprovante a cada marcação efetuada pelo trabalhador; d. Não possuir mecanismo que permita marcações automáticas ou restrições às marcações.6 . O MTE especificará um modelo de referência de REP?Não. Cada fabricante de equipamentos deverá desenvolver seu equi-pamento. O MTE estabeleceu regras que devem ser seguidas, mas não especificará tecnologias para a implementação do REP.7 . Quem atesta que o REP atende aos requisitos da Portaria MTE nº 1.510/2009?Órgãos técnicos credenciados pelo MTE são responsáveis por certifi-car que os equipamentos atendem as normas vigentes, especialmen-te a Portaria MTE nº 1.510/2009.8 . Será permitido o registro de ponto em terminal de computador?Não. O registro de ponto de forma eletrônica deverá ser feito obriga-toriamente por meio do REP.

9 . O empregador pode restringir o horário de marcação de ponto?Não. Nenhuma restrição à marcação é permitida.10 . Se nenhum dado pode ser alterado ou apagado, qual o pro-cedimento para marcações incorretas?O Programa de Tratamento admitirá a inserção justificada de informa-ções, seja para a inclusão de marcação faltante, seja para a assinalação de marcação indevida. Porém, os dados originais permanecerão.11 . O REP poderá emitir um comprovante de marcação de ponto por dia?Não. É obrigatória a emissão de um comprovante a cada batida.12 . A emissão do comprovante é obrigatória desde já?Não. A emissão do comprovante só será exigida quando o uso do REP se tornar obrigatório.13 . Após 01/03/2010 os equipamentos de registro de ponto que não sigam seus requisitos poderão continuar a ser utilizados? Não. Apenas serão permitidos os equipamentos certificados.14 . (...)15 . Como o empregador poderá saber se o REP é certificado?Os equipamentos certificados são cadastrados no MTE e poderão ser consultados por meio de seu sítio na internet.16 . Haverá certificação para os programas de tratamento dos dados?Não. Caberá ao fornecedor dos programas garantir que estes aten-dam aos requisitos da portaria. Também cabe ao empregador usuário dos programas verificar a adequação destes à portaria.17 . (...)18 . Os fabricantes de REP deverão se cadastrar no MTE?Sim. O Cadastramento será feito pela internet, no sítio do MTE, em página que estará disponível em breve.19 . Haverá cadastramento dos fornecedores de programas de tratamento de registros de ponto eletrônico?Não. Estes deverão apenas entregar ao empregador usuário, Ates-tado Técnico e Termo de Responsabilidade, que deverá permanecer arquivado à disposição da Inspeção do Trabalho.20 . O empregador poderá desenvolver o seu próprio Sistema de Registro de Ponto Eletrônico (SREP)?Sim, desde que atendidos todos os requisitos previstos na portaria. No caso do REP, este deverá seguir os procedimentos de certi-ficação do equipamento e cadastramento no MTE. O Programa de Tratamento também poderá ser criado pelo empregador, neste caso o responsável técnico assinará o Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade previsto na portaria, o qual ficará disponível para a fiscalização do trabalho.

Novo ponto eletrônico: o mTE responde suas dúvidas21 . A portaria 1.510 trata do controle de acesso do emprega-do ao local de trabalho?Não. A portaria trata exclusivamente do controle de jornada de trabalho. O acesso ao local de trabalho, seja por catraca eletrônica ou qualquer outro meio, por empregados ou qualquer pessoa é determinado pelo poder diretivo do empregador sobre seu estabe-lecimento, respeitadas as restrições previstas na legislação.22 . A portaria 1.510 franqueia ao empregado livre acesso ao local de trabalho, independente do horário?Não. O inciso I do art. 2° prevê que não haja qualquer restrição à marcação de ponto. A portaria não altera em nada o poder do em-pregador de controlar o acesso do empregado ao local de trabalho, nem de fazer cumprir a jornada do trabalhador. O SREP deve ape-nas registrar fielmente as jornadas efetivamente praticadas pelos empregados, ou seja, os horários de início e término de jornada e de intervalos, quando não pré-assinalados.23 . (...)26 . O REP deverá funcionar no mínimo 1.440 horas em caso de falta de energia?Não. O requisito de funcionamento de 1.440 horas em caso de falta de energia se aplica unicamente ao relógio interno do REP e não a todo o equipamento.27 . Uma empresa poderá utilizar sistema eletrônico em um setor/estabelecimento e manual em outro?Sim. A Portaria 1.510/2009 disciplina apenas o sistema eletrônico. Não cria nenhuma restrição à utilização dos sistemas manuais e mecânicos.28 . (...)33 . O que fazer quando a memória MRP encher?A solução técnica será criada pelo fabricante e certificada pelo órgão técnico credenciado de forma a atender à legislação relativa à guarda de documentos e informações.34 . Uma empresa terceirizada poderá utilizar o REP da toma-dora de serviço para marcação da jornada dos seus trabalha-dores que prestam serviço no local da contratante?Não. A Portaria MTE 1.510/2009 não prevê mais de um emprega-dor por REP. (texto atualizado)(...)44 . Quais serão as consequências para quem tiver um sistema de ponto eletrônico não adequado às normas do MTE?O ponto eletrônico utilizado de forma diversa do previsto na Por-taria MTE 1.510/2009 não servirá para comprovar o cumprimento da obrigação prevista no art. 74 da CLT, ou seja, acarretará todas as consequências legais dessa omissão, entre as quais a aplicação de multas administrativas e as dificuldades de apresentação de elementos comprobatórios da jornada de trabalho em eventual ação judicial.(...)157 . Como proceder no caso de empregados que ainda

não possuem crachá para efetuar a marcação no relógio eletrônico? Podem essas marcações ser efetuadas manual ou mecanicamente e, posteriormente, ser inseridas no Programa de Tratamento?Sim.158 . Caso a bobina de papel que emite o comprovante a cada batida termine no momento da marcação e, por este motivo, o comprovante não seja emitido, qual será o procedimento?Caso o empregado já tenha efetuado a marcação do ponto e o papel termine durante a impressão, o REP é bloqueado para novos registros. Ao ser alimentado com papel, o REP imprime o último registro. Em nenhuma hipótese o REP permitirá a marcação se já estiver sem papel.159 . No caso de um empregado trocar o dia da folga semanal com outro empregado, como deve ser feito o registro de ponto?O registro de ponto deve refletir a jornada efetivamente trabalhada.

Para acessar a íntegra do documento, (159 “perguntas e respostas”) su-gerimos consulta ao site www.mte.gov.br. Você também pode solicitá-la através do e-mail [email protected]. Em caso de dúvidas, o Departamento Jurídico amIS estará à disposição para solucioná-las através de e-mail ou fone (31. 2122-0500).

30

o ministério do Trabalho e Emprego – mTE editou em agosto de 2009 a Portaria nº 1.510 com vistas a regulamentar a utilização do ponto eletrônico. muita polêmica, desde então, vem sendo gerada.

Diante disso, o mTE (www.mte.gov.br) publicou em seu site, até o fechamento dessa edição, 159 “perguntas e respostas”. abaixo, escolhemos as mais relevantes.

Page 17: Amis

Com apenas 20 anos, matheus Neves é um dos sócios proprietários da rede opção, que, com pouco mais de seis

meses no mercado, já tem cinco lojas e deve inaugurar mais cinco ainda neste semestre. filho de rono Neves, muito conhecido no tra-de por ter sido um dos fundadores da antiga rede mineirão e um dos proprietários da Dma.matheus se lembra que a aptidão para o co-mércio surgiu ainda quando menino, facilitada pelo fato de sempre frequentar o trabalho do pai e da mãe, Norma Sueli de Souza, que também trabalhava na rede mineirão. Pode-se dizer que matheus nasceu, cresceu e vive pra-ticamente dentro de supermercado. Começou a trabalhar duro já aos 16 anos, ao entrar para o projeto de gerentes trainees da Dma, na qual ficaria por quatro anos e foi base para o planejamento de seu próprio negócio. Por ser um dos mais jovens empreendedores do trade supemercadista mineiro, senão o mais jovem de todos, matheus foi escolhido por GôNDo-la para abrir esta série de entrevistas que apresentam as “Novas Gerações” de minas.

série especial “novas gerações” [matHeus neves, supermercado opção]

Talento que vem do berço

32 março DE 2011 GôNDola 33

Fotos IgnácIo costa

matheus Neves, um dos sócios proprietários da rede opção

n giovanni peres

Page 18: Amis

série especial “novas gerações” [matHeus neves, supermercado opção]

GÔNDOLA – Das áreas de supermercado, qual delas você teve mais afinidade, desde o início do projeto de gerentes trainees? Matheus Neves – Gosto muito de trabalhar com todas as áreas de um supermercado, mas tenho muita afinidade com o marketing, tanto que no Opção eu trabalho mais à frente do marketing. Gosto muito do comercial, mas isso é natural para todos, que atuam do comércio. Eu sou muito organizado e controlado, por isso aqui no Opção eu atuo ainda nas áreas do admi-nistrativo e financeiro. Mas ressalto ainda que minha maior experiência em supermercados é na operação.

GÔNDOLA – Como nasceu o Opção?Matheus – Nasceu da seguinte forma. Eu e meu pai estávamos querendo começar um negócio próprio há algum tempo. Juntamos com o Flávio H. de Souza, que é meu tio e padrinho, que era proprietário da marca Opção, em Montes Claros. Essas lojas foram vendidas para os Supermerca-dos BH. Então nós três abrimos a rede Opção em junho do ano passado. Compramos lojas próprias com faturamento médio de R$ 400 mil mensais, e normalmente localizadas na periferia.

GÔNDOLA – Quantas lojas vocês têm e quais as suas previsões?

3� março DE 2011

Matheus – Começamos com três lojas em ju-nho do ano passado e, em agosto, abrimos mais duas. Estagnamos por esses meses, pois estrategicamente precisávamos nos organizar, lojas e setores. Queremos ainda neste primeiro semestre abrir mais cinco lojas. E, para essas novas lojas estamos buscando um perfil diferen-te das iniciais, e algumas delas serão um pouco maiores, com oito a dez check outs.

GÔNDOLA – O público também vai mudar? Matheus – Não. Continuamos com o foco no público C, D, E, mesmo nas lojas maiores. Acre-dito que o outro público atingiremos somente quando consolidarmos a marca no mercado. Vamos continuar com o público da Grande BH. Já temos lojas em Betim, Contagem, e estamos programando para abrir outras em Jaboticatu-bas, e em Belo Horizonte.

GÔNDOLA – Você cita sempre os exemplos do Mineirão, Epa e BH. Você acha que a fórmula deles é de sucesso? Matheus – Sem dúvida. O caminho é um só. Muita dedicação e envolvimento de toda equipe é de extrema importância, e nessas empresas que cito como exemplo vejo o empenho de todos.

GÔNDOLA – Você trouxe gente que conheceu nas empresas em que treinou, para compor sua equipe no Opção? Matheus – Sim, temos algumas pessoas com experiência, mas também estamos treinando outras novatas para trabalhar conosco. Estamos trabalhando com o processo natural de for-mação de profissionais, não temos como fugir disso. Hoje é muito difícil reter pessoas, mesmo porque no nosso setor temos a característica de muitos funcionários no primeiro emprego, e a maioria deles tem que ser formado dentro da empresa.

GÔNDOLA – Quais os desafios para contratar novos colaboradores? Matheus – Enfrentamos três desafios durante

Page 19: Amis

série especial “novas gerações” [matHeus neves, supermercado opção]

a contratação de funcionários. O primeiro é o seguro-desemprego, que hoje é um gran-de concorrente de todas as empresas. Não compreendo como o governo permite pessoas sem emprego receberem por um benefício igual daqueles que trabalham arduamente. A cons-trução civil também está absorvendo muitas pessoas que estariam no comércio. As jornadas de trabalho são cansativas e abordam, de acor-do com as escalas operacionais, trabalhos aos sábados e domingos e, por contratarmos muitas pessoas que estão iniciando a carreira profis-sional, com idade média de 20 anos, essas jor-nadas e escalas fazem com que os candidatos tenham desinteresse pelas vagas oferecidas.

GÔNDOLA – Vocês acreditaram que a atual conjuntura do País favorece a entrada de mais um competidor no mercado, ou mesmo se o País não estivesse crescendo vocês abririam ainda a empresa? Matheus – A economia conta muito, não dá para investir e arriscar num novo negócio, numa economia que não esteja favorecendo o mer-cado. Mas sabemos que ninguém vai parar de consumir alimentos. Mesmo se houver um pro-blema econômico, as pessoas vão fazer cortes em outras áreas, dificilmente em sua alimenta-ção. Estamos no mercado por que visualiza-mos uma brecha. Existem muitas empresas que estão se enrolando com as regulamentações fiscais, como o SPED, o Sintegra, a nota fiscal eletrônica. Como eles não estão conseguindo cumprir as regulamentações fiscais, estão pre-ferindo sair do mercado. Essa foi uma brecha que nos motivou a entrarmos neste novo negó-cio. Compramos lojas pequenas que estavam querendo sair do mercado. Há algum tempo o supermercado pequeno ganhava muito com a informalidade, e hoje a carga tributária e o volume de despesas estão tirando muita gente do mercado.

GÔNDOLA – Fale um pouco da sua rotina? Matheus – Eu, o Flavio e o Davidson estamos mais à frente dos negócios. O meu pai fica numa

parte estratégica e sempre presente no turno da manhã. A nossa rotina é muito pesada, fazemos um pouco de tudo. Trabalho um pouco no finan-ceiro, um pouco na operação, e passamos por to-dos os setores da empresa. Isso dá uma jornada de umas 10 horas por dia. No início eu trabalhei

3� março DE 2011 GôNDola 3�

até um pouco mais. Hoje eu trabalho ainda nos domingos, não todos. E procuro visitar algumas lojas a cada dois ou três dias.

GÔNDOLA – Como jovem, quais os desafios que você enfrentou?

Matheus – O desafio de todo jovem é a incerteza. Todo mundo quando começa um negócio tem uma série de dúvidas. Temos que enfrentar essas dúvi-das e tomar as decisões na hora certa. Mas prin-cipalmente nós jovens não podemos desistir.Temos que ir em frente e realizar nossos sonhos. n

Page 20: Amis

série especial “novas gerações” [matHeus neves, supermercado opção]

março DE 2011 GôNDola 3�3�

Parabenizamos o jovem em preendedor matheus Neves

0

5

2 5

7 5

9 5

1 0 0

Page 21: Amis

reportagem de capa [sacolas plásticas]

�0

Sacolas plásticas nunca maisorGaNIZaDa Por ToDo o ComÉrCIo VarEJISTa E Com o aPoIo Da PrEfEITUra DE BElo HorIZoNTE E Do moVImENTo DaS DoNaS DE CaSa E CoNSUmIDorES DE mINaS GEraIS, Uma CamPaNHa EDUCaTIVa VaI ErraDICar o USo DE SaColINHaS Em BHn giovanni peres

março DE 2011

Page 22: Amis

reportagem de capa [sacolas plásticas]

�2

Dia 18 de abril de 2011. Guarde bem esta data em sua memória, pois trata-se de um dia histórico: é nele que Belo Horizonte se

transforma na primeira capital brasileira a banir o uso de sacolas plásticas no comércio varejista. E o meio ambiente agradece, afinal, 157 milhões de sacolinhas (como são popularmente conhe-cidas) deixarão de ser descartadas na natureza em 2011. Este era o consumo de sacolinhas na capital mineira durante um ano.

Um novo tempo se inicia com a mudança de hábito dos consumidores, que agora passam a adotar a sacola retornável – feita dos mais diferentes materiais, como tecido de algodão, lona, ráfia, TNT, palha, juta – como seu principal meio de transporte das mercadorias compradas no varejo, notadamente nos supermercados.

a mudança de hábito está sendo propor-cionada pela campanha “Sacola Plástica Nunca mais”, uma iniciativa de todas as entidades do

março DE 2011

Fotos IgnácIo costa

o prefeito de Belo Horizonte, márcio lacerda, e o presidente da associação mineira de Supermercados (amIS), José Nogueira, fazem pronunciamento durante o lançamento da campanha "Sacola Plástica Nunca mais", realizada dia 22 de fevereiro, em BH, na sede do movimento das Donas de Casa e Consumidores de mG (foto abaixo)

Page 23: Amis

março DE 2011

reportagem de capa [sacolas plásticas]

��

comércio de Belo Horizonte, com o apoio do movimento das Donas de Casa e Consumidores de minas Gerais (mDC-mG) e da Prefeitura de Belo Horizonte.

os organizadores da campanha se uniram para a conscientização da sociedade sobre os danos ambientais causados pelas sacolas plás-ticas descartáveis e de estímulo ao uso de

sacolas retornáveis. a campanha é também uma contribuição das entidades em apoio à lei municipal 9.529/2008, que proíbe o uso de sacolas plásticas descartáveis convencionais no comércio varejista de Belo Horizonte.

as entidades participantes são o Sindicato e associação mineira da Indústria de Panificação (amipão), a associação Comercial de minas

(aCminas), a associação mineira de Supermer-cados (amis), a Câmara de Dirigentes lojistas de BH (CDl-BH) e a federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de minas Gerais (fecomércio-mG.

PEríoDo DE aDaPTaçãoa lei proibia as sacolas descartáveis a par-

tir de 1º de março, mas a Prefeitura – órgão fiscalizador da aplicação da lei – concedeu prazo de 45 dias para adaptação do comércio e dos consumidores. a campanha Sacola Plástica Nunca mais tem cunho educativo, envolvendo material informativo, publicidade em jornais, revistas, TV e rádios, além do treinamento de atendentes do comércio varejista – o contato direto com os consumidores.

a campanha teve seu lançamento oficial no dia 22 de fevereiro, em cerimônia realizada na sede do mDC-mG, em Belo Horizonte, que contou com a presença do prefeito da Capital, márcio lacerda e assinatura de um protocolo

de intenções por todos os participantes. Em 04 de abril terá início uma intensa programação de propaganda via TV, rádio, jornais etc, para orientar e sensibilizar a população.

mas antes disso, durante todo o mês de março, principalmente as equipes de frente de caixa estão sendo treinadas para o informar e conscientizar o consumidor para a mudança. Nos pontos de venda há também cartazes, adesivos, banners e outros meios de comunicação, propor-cionando forte impacto sobre o consumidor.

loGíSTICa DE VENDa E DISTrIBUIção E não é para menos. a hora da saída no caixa

estará totalmente mudada a partir do dia 18 de abril. os consumidores encontrarão dois tipos de sacolas. as retornáveis (aquelas feitas de TNT, ráfia, tecido de algodão, palha etc) que es-tarão sempre disponíveis nos pontos de varejo. a retornável de menor preço para o consumidor

“Há muitos anos o MDC-MG já se preocupava com essa questão de excesso de plástico no mercado, uma vez que o impacto negativo na natureza é enorme. Esse sonho surgiu no MDC-MG em 1985, quando

fizemos um projeto de coleta seletiva e entregamos à Prefeitura de BH. Por isso, estou com muita esperança e acho que toda essa mudança passa pela conscientização das pessoas e não vai acontecer de uma

hora para outra. O MDC-MG aplaude essa iniciativa”. Lúcia Pacífico, presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas

Gerais (MDC-MG)

“Essa mudança é um primeiro passo para uma mudança de cultura e de costumes, pois há 20 anos o comércio fornece sacolas para o consumidor em geral e, por isso, ajuda indiretamente na poluição do meio ambiente. Com a campanha “Sacolas Plásticas Nunca Mais”, vamos estar sensibilizando aquelas pessoas que nunca se preocuparam

com a preservação do meio ambiente. Acredito plenamente no sucesso desta ação”Antônio de Pádua Moreira, presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão)

orlando Bento

Consumidora utiliza uma excelente alternativa para

substituir o uso de sacolas plásticas: o

reaproveitamento das caixas de papelão

Page 24: Amis

março DE 2011 GôNDola

reportagem de capa [sacolas plásticas]

��

será uma oficial da campanha, ao preço máximo de r$ 1,98 a unidade, vendida a preço de custo pelos varejistas. o consumidor terá liberdade para escolher entre a mais barata (oficial da campanha) e as muitas outras opções de sa-colas retornáveis que os varejistas vão colocar à venda.

o outro tipo que os consumidores vão en-contrar são as sacolas plásticas descartáveis compostáveis (as únicas permitidas por lei). Elas serão vendidas, a preço de custo, ao valor máximo de r$ 0,19 a unidade. É a primeira vez na história que o consumidor pagará por uma sacola plástica descartável.

Vale lembrar que a campanha incentiva o consumidor a trazer de casa sua própria sacola e igualmente a utilizar alternativas como caixas de papelão, carrinhos de feira etc.

Por QUE CoBrara melhor maneira de se estimular a redução

do consumo de algo e também a mudança de comportamento é estabelecer valor para o há-bito. ao ter que pagar pela sacola descartável compostável, o consumidor será estimulado

“A eliminação das sacolas plásticas tradicionais é uma ação decisiva na defesa e preservação do meio ambiente. Recebemos todos os dias

mais de um milhão de clientes em nossas lojas do País, e entendemos que este é

um importante canal para conscientizar e influenciar o comportamento do consumidor, estimulando seu engajamento no processo”.

Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade

do Grupo Carrefour

a consumir o mínimo necessário ou – como pretende a campanha – abandonar o uso dela, utilizando sempre sua sacola retornável para fazer suas compras.

a restrição do uso de produtos descartáveis é um dos princípios básicos das recomenda-ções das autoridades ambientais em todo o mundo. outra coisa: cobrar pela sacola descar-tável compostável é uma maneira também de premiar os consumidores que contribuem para a preservação ambiental, pois ficará isento de pagamento ao utilizar a sacola retornável.

além disso, caso não se cobrasse pela sa-cola descartável compostável, os varejistas te-riam que inserir seu custo na planilha de gastos da empresa (repassando para os preços dos produtos). assim, o consumidor que não usa a sacola descartável estaria pagando pelo outro que não abandona o uso dela.

a ComPoSTáVEla sacola plástica compostável é a descar-

tável recomendada pela lei de Belo Horizonte. o modelo escolhido como padrão suporta até 6 quilos. Há hoje no mercado poucos produtores de sacolas plásticas descartáveis compostáveis.

as instituições participantes da campa-nha montaram então um comitê técnico e de compras que fez profundo estudo das oportunidades de fornecimento e logística.

“Sabemos que a substituição do uso de sacos e sacolas plásticas ainda é um assunto novo para lojistas e consumidores, visto que nos últimos 30 anos este foi o acondicionamento para as mercadorias adquiridas. Mas o mais importante neste

momento, é pensarmos que estamos dando mais um passo em defesa do meio ambiente. E todos nós somos responsáveis por ele, não podendo deixar esta tarefa apenas para o governo. E é este o argumento que temos para trabalharmos

os lojistas e consumidores. Nós da CDL/BH estamos prontos a colaborar neste sentido. Vamos conscientizar a sociedade que o plástico é um dos grandes vilões do meio ambiente. A mudança de hábito e cultura leva algum tempo,

mas precisamos nos adequar.”Bruno Falci, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte CDL-BH

“A Fecomércio Minas apoia a substituição do uso de sacolas plásticas por biodegradáveis ou retornáveis no comércio, por entender que se trata de uma iniciativa a favor da sustentabilidade do planeta. A Fecomércio está

pronta para ajudar o setor no que for necessário”. Lázaro Luiz Gonzaga, presidente da Fecomércio-MG

“Esse projeto é um marco sustentável para o segmento supermercadista. Ele será o caminho para a sustentabilidade dos supermercados. Está é a primeira ação de várias outras que serão realizadas, pois apostar na sustentabilidade deixou de ser uma tendência mundial; na verdade já é uma realidade e uma necessidade do planeta. Com este projeto

os supermercadistas propõem uma mudança cultural e quer criar uma consciência de preservação do planeta, entre todos os consumidores”.

Alexandre Poni, supermercados Verdemar

as sacolas retornáveis serão o principal meio para transportar mercadorias adquiridas nos supermercados; a rede SuperNosso foi uma das pioneiras a incentivar o uso das retornáveis

Page 25: Amis

março DE 2011 GôNDola

reportagem de capa [sacolas plásticas]

��

assim, foi escolhido um fornecedor possuidor de certificação internacional e capacidade de produção para esta primeira etapa da cam-panha. acredita-se que o próprio mercado que se cria com o fim das demais sacolas plásticas e o uso da compostável estimulará

a ampliação do número de forne-cedores qualificados.

Como se disse, o fabricante escolhido para fornecer a sacola plástica descartável compostável é possuidor de todas as certificações nacionais e internacionais exigidas para a qualificação do produto. Con-tudo, o comitê técnico e de logística da campanha está sempre aberto à apresentação de novos fornecedo-res. aqueles que comprovarem ca-pacidade de suprimento e apresen-tarem as certificações necessárias serão avaliados.

SaColaS PláSTICaS CoNVENCIoNaISos fabricantes de sacolas plásticas con-

vencionais continuarão atendendo a outros municípios que ainda não adotaram legislação semelhante a essa ora em implantação em Be-lo Horizonte. ao mesmo tempo, podem adap-tar suas plantas industriais para a fabricação da sacola compostável, o que será bem-vindo, segundo os organizadores da campanha, em-bora a meta é de que o consumidor utilize as sacolinhas apenas em caráter emergencial (quando não estiver com a sua retornável, por exemplo).

Produtos perecíveis, como peixes, carnes e frutas não terão qualquer mudança na forma como são embalados. Eles continuarão sendo

“Do ponto de vista da preservação ambiental é uma iniciativa fantástica, que se equipara às práticas adotadas em países como Alemanha

e França, reconhecidamente responsáveis quanto à proteção ecológica. A ACMinas entendeu o alcance da medida e engajou-se na campanha. A campanha que estamos lançando terá papel fundamental. É tudo uma questão de tempo. Acredito que a medida é necessária e irreversível.”Roberto Luciano Fagundes, presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas)

“Eu apóio esta campanha e por isso enviei um projeto para a Assembléia Legislativa com o objetivo de tornar essa medida que foi adotada em Belo Horizonte para todo o Estado. Eu quero seguir o modelo do projeto de BH, que é muito

abrangente. Entendo que essa ação é muito importante porque nós temos que poupar o planeta. As sacolinhas são muito cômodas, mas causam muitos prejuízos invisíveis ao meio ambiente, com o passar do tempo polui os rios,

os mares e causam impacto em todo o planeta. Acabar com a sacola é uma tendência de todo o mundo. Essa medida é muito polêmica, mas merece o meu apoio”.

Deputado estadual Paulo Lamac

embalados como sempre foram no momento em que são adquiridos. o transporte deles para fora da loja é que será proibido em sacolas plásticas descartáveis convencionais.

SaCo DE lIxo E aCESSo ÀS loJaSUm dos pontos que mais preocupavam em

relação a campanha era sobre como reagiram os consumidores acostumados a utilizar as sacolinhas também como saco de lixo. Po-

rém, a lei municipal é clara quanto a isso, ao estabelecer que o consumidor tem que utilizar sacos de lixo ecológicos ou reciclados, à ven-da no comércio.

Com relação ao acesso às lojas portan-do sacolas retornáveis, os organizadores da campanha preferiram deixar que cada ponto de varejo estabelecesse sua própria política, embora o mais provável é que seja liberado o acesso. n

CARtAz 42x62 CM

a partir da primeira semana de abril uma grande campanha publicitária ajudará a mobilizar os consumidores; no cartaz da campanha está representada uma sacola retornável, sugerindo ao consumidor o uso como alternativa às sacolas descartáveis plásticas

Equipe da Cooperouro, de ouro Preto (mG), mostra

exemplares de sacolas retornáveis que vêm sendo

comercializadas na loja

Page 26: Amis

março DE 2011

reportagem de capa [sacolas plásticas]

SACOLAS RETORNÁVEISA Urbag fabrica uma ampla

linha de sacolas retornáveis,ideais para estampar a marca

de sua empresa.

Visite nosso site e conheça todos os produtos:

www.urbag.com.br

Solicite Orçamento: (16) 8152-9322 • (16) 3344-1221

[email protected]

marz

o

para quem quer estar na moda com consciência e economia

50

decreto nº 13.446 de 19 de deZembro de 2008

Regulamenta a Lei nº 9.529, de 27 de fevereiro de 2008, que “Dispõe sobre a substi-tuição do uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica, e dá outras providências”.

o Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da lei orgânica do município e considerando o disposto no art. 7º da lei nº 9.529, de 27 de fevereiro de 2008,DECrETa:

CaPíTUlo IDISPoSIçõES PrElImINarES

art. 1º - os estabelecimentos privados e os órgãos e entidades do Poder Público sediados no município de Belo Horizonte deverão substituir o uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos da lei nº 9.529/08 e deste Decreto.

§ 1º – Para os fins deste Decreto, entende-se por:I - saco de lixo ecológico: aquele confeccionado em material biodegradável ou reci-clado;ii - sacola ecológica: aquela confeccionada em material biodegradável, reciclado ou a sacola do tipo retornável;iii - material biodegradável: o material que apresenta degradação por processos bio-lógicos naturais de ação de microrganismos, sob condições adequadas de iluminação, aeração e umidade; iv - sacola tipo retornável: a sacola confeccionada em material durável e destinada à reutilização continuada;v - material reciclado: material usado no processo de manufatura, obtido através de outros materiais advindos de processos de reciclagem ou considerado como “sobras” de processos de fabricação industrial.

lei n° 9.529, de 27 de Fevereiro de 2008

dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica, e dá ou-tras providências.

o Povo do município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu san-ciono a seguinte lei:art. 1º - o uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica deverá ser substituído pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos desta lei.Parágrafo único - VETaDoI, II, III e IV - VETaDoSart. 2º - a substituição de uso a que se refere esta lei acontecerá nos estabelecimen-tos privados e nos órgãos e entidades do Poder Público sediados no município.art. 3º - a substituição de uso a que se refere esta lei terá caráter facultativo pelo prazo de 3 (três) anos, contado a partir da data de publicação desta lei, e caráter obrigatório a partir de então.art. 4º - a inobservância ao disposto nesta lei acarretará ao infrator as seguintes penalidades:I - notificação;II - multa no valor de r$ 1.000,00 (mil reais) e, em caso de reincidência, no valor de r$ 2.000,00 (dois mil reais);III - interdição do estabelecimento;IV - cassação do alvará de localização e funcionamento de atividades.§ 1º - Na penalidade de notificação, será concedido prazo de 30 (trinta) dias para que o infrator se ajuste ao previsto por esta lei.§ 2º - a penalidade de cassação do alvará de localização e funcionamento de ativi-dades não se aplica a órgão e entidade do Poder Público.(art. �º promulgado em 23/0�/200� e publicado em 2�/0�/200�)art. 5º - VETaDoart. 6º - fica o Poder Executivo autorizado a realizar campanhas educativas e de conscientização de cidadãos e instituições a respeito da substituição de que trata esta lei.art. 7º - Esta lei será regulamentada no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da data de sua publicação.art. 8º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de fevereiro de 2008

fernando Damata PimentelPrefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei n° 1.332/07, de autoria do Vereador Arnaldo Godoy)Publicada no Dom de 28/02/2008

Page 27: Amis

março DE 2011

reportagem de capa [sacolas plásticas]

52

§ 2º - outros materiais poderão ser incluídos nos conceitos de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, tendo em vista a evolução dos processos de fabricação e o desenvolvimento de novos materiais comprovadamente menos agressivos ao meio ambiente, mediante parecer favorável da Secretaria municipal adjunta de meio am-biente e da Superintendência de limpeza Urbana.art. 2º - a substituição de uso a que se refere o art. 1º deste Decreto terá caráter facultativo pelo prazo de 3 (três) anos, contados a partir de 2� de fevereiro de 200�, data de publicação da lei nº 9.529/08, prazo a partir do qual a substituição assume caráter obrigatório.art. 3º - ficam criados o Selo atitude ambiental e o Selo atitude Socioambiental, mo-dalidades de reconhecimento a serem conferidas às entidades públicas ou privadas que apóiem as medidas de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável previstas neste Decreto. art. 4º - os Selos atitude ambiental e atitude Socioambiental serão conferidos às entidades públicas e aos estabelecimentos privados, que preencherem as condições previstas no Capítulo II deste Decreto, durante o prazo em que a substituição tiver caráter facultativo.art. 5º - o uso dos Selos criados pelo art. 3º deste Decreto será gratuito e se desti-nará exclusivamente aos fins previstos neste Decreto.

CaPíTUlo IIDoS rEQUISIToS Para a CoNCESSão

art. 6º - o Selo atitude ambiental será concedido aos estabelecimentos privados e aos órgãos e entidades do Poder Público que substituírem a totalidade dos sacos plásticos de lixo e das sacolas plásticas pelos sacos de lixo e sacolas ecológicas descritos no art. 1º deste Decreto.§ 1º - Para candidatar-se ao Selo atitude ambiental, os estabelecimentos privados deverão comprovar a substituição a que se refere o caput deste artigo da seguinte forma:I – apresentação de laudo técnico, emitido pelo fabricante do saco de lixo ecológico e/ou da sacola ecológica utilizados ou comercializados pelo estabelecimento, ates-tando a natureza do material; eII – declaração firmada pelo representante legal da empresa, nos termos do anexo Único deste Decreto.§ 2º - Para os órgãos e entidades do Poder Público, que desejarem candidatar-se ao Selo atitude ambiental, a substituição a que se refere o caput será comprovada por meio da exibição das notas fiscais de aquisição das embalagens.art. 7º - o Selo atitude Socioambiental será concedido aos estabelecimentos priva-dos e aos órgãos e entidades do Poder Público que substituírem a totalidade dos sa-cos plásticos de lixo e das sacolas plásticas pelos sacos de lixo e sacolas ecológicas descritos no art. 1º deste Decreto, e ainda:I – desenvolvam ou apóiem programas sociais de geração de renda, voltados para a produção de sacolas ecológicas; ou adquiram sacolas ecológicas fabricadas por meio

Page 28: Amis

março DE 2011

reportagem de capa [sacolas plásticas]

5�

de programas sociais de geração de renda desenvolvidos no município; eII - auxiliem, por meio de campanhas periódicas com foco em educação ambiental, na divulgação e aplicação da lei nº 9.529/08 e deste Decreto. art. 8º - os Selos serão concedidos por solicitação assinada pelo representante legal da entidade interessada, instruída com a documentação comprobatória do atendi-mento às exigências deste Decreto.Parágrafo único - o pedido de concessão dos Selos deverá ser protocolado na Secre-taria municipal adjunta de meio ambiente, que autuará a documentação e instruirá o pedido. art. 9º - os Selos previstos neste Decreto serão concedidos por comissão designada pelo Prefeito, composta pelos seguintes membros:I – 1 (um) representante da Superintendência de limpeza Urbana;II – 1 (um) representante da Secretaria municipal adjunta de meio ambiente;III - 1 (um) representante da Secretaria municipal de Políticas Sociais;IV – 2 (dois) representantes da sociedade civil.art. 10 – o município divulgará, por meio de seus instrumentos de comunicação, listagem dos estabelecimentos privados e dos órgãos e entidades do Poder Público que receberam os Selos previstos neste Decreto.

CaPíTUlo IIIDa VIGÊNCIa E UTIlIZação Do SElo

art. 11 - o Selo atitude ambiental e atitude Socioambiental terão vigência de 12 (doze) meses e poderão ser revalidados, mediante nova solicitação da entidade, nos termos do art. 8º deste Decreto e a comprovação dos mesmos requisitos da primeira concessão.Parágrafo único – o ato de concessão dos Selos será revogado nas seguintes hipó-teses:I - descumprimentos das normas previstas neste Decreto;II - ocorrência de fatos supervenientes ou no descobrimento de fatos desconhecidos à época, que inabilitem a concessão dos Selos. art. 12 - as logomarcas que caracterizam os Selos não poderão ser utilizadas como marca de produto ou incorporar-se na composição de razão social ou nome de fan-tasia da empresa.art. 13 - os Selos previstos neste Decreto poderão ser utilizados: I - nos envelopes, etiquetas, papel timbrado e outros impressos que identifiquem a empresa;II - em seus anúncios publicitários e propagandas, respeitadas as normas de postura municipal e a legislação pertinente.

CaPíTUlo IVDISPoSIçõES fINaIS

art. 14 - a Secretaria municipal adjunta de meio ambiente fiscalizará o cumprimento deste Decreto pelos estabelecimentos privados e órgãos e entidades do Poder Públi-co agraciados com os Selos.

art. 15 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Belo Horizonte, 19 de dezembro de 2008

fernando Damata PimentelPrefeito de Belo Horizonte

anexo Únicodeclaração

Declaro, sob as penas da lei, que o _______________________________________________________(nome do estabelecimento/órgão ou entidade do Poder Público) atende a todas as condições previstas no Decreto nº 13.446/08, para fazer jus ao Selo _________________ (nome do Selo pretendido), comprometendo-me a comunicar ao município de Belo Horizonte mudanças supervenientes destas condições, sob pena de serem aplicadas as sanções previstas em lei.Belo Horizonte, de de__________________________________________________

(assinatura do representante legal)

Page 29: Amis

a expressão “vender o seu peixe” nunca esteve tão em alta. Cada vez mais, o há-bito dos brasileiros está mudando quan-

do o assunto é o consumo de pescados. as datas sazonais já não estão sozinhas como os principais atrativos para o aumento das vendas do produto. o apelo saúde – os pescados são

em sintonia com o mercado [pescados]

5�

Venda seu peixe!oPorTUNIDaDES SaZoNaIS SEmPrE aJUDam mUITo – Como a QUarESma – maS oS PESCaDoS E frUToS Do mar PoDEm TErUm PaPEl ImPorTaNTE o aNo INTEIro. CoNfIra.

n luciana aquino

5�

vistos como a proteína animal mais saudável entre todas – e os altos preços da carne bovina vêm criando boas oportunidades para impulsio-nar as vendas no varejo.

Uma pesquisa divulgada pelo ministério da Pesca e aquicultura (mPa) mostra que, de 2003 para 2009, o volume de peixes e frutos do mar consumidos saltou de 6,46 kg para 9,03 kg por habitante no Brasil, um crescimento de 40%, mesmo assim ainda não atingindo o reco-mendável pela organização mundial de Saúde (omS), que é de 12 kg.

Segundo a ministra da Pesca, Ildeli Salvatti, o setor supermercadista responde hoje pela par-cela significativa de 40% a 50% do escoamento da produção pesqueira e aquícola no País. a ministra destaca a importância dos profissionais que atuam na comercialização e distribuição dos produtos nos supermercados, em especial para a orientação e estímulo ao consumo de pescado.

DaTaS SaZoNaISmas se o consumo geral vem aumentando,

como o supermercadista de fazer para conti-nuar acompanhando esse impulso nas vendas, principalmente quando o consumidor se mostra cada vez mais exigente?

Uma decisão fácil de tomar é aproveitar as datas sazonais. a Quaresma em março e abril é um bom estímulo aos pescados. Durante este período, a redução do consumo de carnes vermelhas, principalmente nas sextas-feiras, é uma oportunidade boa para o pescado. Em especial na a Semana Santa, a venda de peixes é lucro certo. Nessa época o bacalhau é a es-pécie mais comercializada pelo setor.

outro fator, nesse ano de 2011, que favore-ce às vendas, como já se disse, é o preço da carne bovina que atinge nível inédito, favore-cendo ao consumidor experimentar alternativas em sua alimentação. “a inovação de produtos, boas negociações comerciais aliadas as ações de oferta dos produtos pelo supermercado são táticas a serem seguidas regularmente”, suge-

Fotos IgnácIo costa

Page 30: Amis

em sintonia com o mercado [pescados]

a mais conhecida e consultada pelos

supermercadistas de minas.*

L íder absoluta em Minas

10.000 exemplares

AN

UNCIE E PERMANEÇAN

ASGÔNDOLASDEMIN

AS.

1 Página:Bonificação Banner (cabeçalho) - 1 mês - Portal

1/2 Página:Bonificação Halfbanner - 1 mês - Portal

Pág. Dupla:Bonificação Halbanner - 2 meses - Portal

Consulte nossa pauta anual e programe-se para estar o ano todo com o Trade.

Novidadepara fechamentos de:

20.500 EXEMPLARES MENSAISEM TODO BRASIL

E LÍDER ABSOLUTA EM MINAS

90% DOS LEITORES SÃO PROPRIETÁRIOS,LÍDERES E PROFISSIONAIS

DE MÉDIA E ALTA GERÊNCIA DO SETOR*

2011

AD 1 PAG - 1.indd 1 07/02/11 17:49

5�

re manuel antonio filho, gerente comercial de Peixaria do Grupo Pão de açúcar.

Segundo ele, na Semana Santa e Quaresma o giro de pescados cresce em torno de 20%, mas o segredo é trabalhar bem a programação, negociar custos e quantidades com varieda-des. o Extra trabalha com muita antecipação. Como exemplo, o Grupo Pão de açúcar já está em negociação para o Natal 2011, principal-mente nos produtos importados.

Por PÚBlIComuitos são os pescados que podem ser

comercializados com sucesso pelos supermer-cados de pequeno, médio e grande porte. Para as vendas para os públicos a e B, os pescados que têm mais saída são o bacalhau, as lascas de bacalhau (que facilitam muito a dona de ca-sa na hora do preparo) e o filé de abadejo.

Já o público C e D procura comprar a sardi-nha, o filé de merluza e o camarão sete barbas congelado. o steak ou barrinha de merluza, os famosos empanados de peixe, também estão conquistando um público fiel, principalmente as crianças.

É importante que supermercadista faça pes-quisa, mesmo que informal, junto a seus consu-

midores de maneira a conhecer seus hábitos e o potencial de introdução de novos itens.

Para inserção dos peixes na dieta das crian-ças a dica, por exemplo, é oferecer diferentes espécies de peixes em diversas formas de pre-paro – do filezinho empanado à pescada grelha-da com molhos saborosos. assim, os pequenos conseguem identificar mais fácil os sabores e passam a experimentar uma variedade maior de alimentos.

ESColaS DE CUlINárIao mix de ofertas casadas que vão do pesca-

do, aos temperos, vinhos e azeites especiais é al-vo certo para alavancar as vendas. Para as donas de casa e adeptos da gastronomia, a dica para incrementar as vendas é a promoção de aulas de culinária com receitas de pescados e bacalhau, por exemplo. o importante para esse público é oferecer alternativas de sabor e de preço.

a culinária é uma estratégia muito utilizada na rede de supermercados Super Nosso, de Belo Horizonte. Ela está estrategicamente ligada às ações e festivais, como a harmonização de vinhos da adega (adega Interativa), além de anúncios das promoções em tabloide exclusivo como novos produtos e sortimentos.

a boa exposição pode multiplicar as vendas dos pescados

Page 31: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [pescados]

�0

No SUSHIa rede Super Nosso registrou aumento nas

vendas de pescados de 30% com a oferta de serviços envolvendo a culinária japonesa. a seção atende nos modelos “pronto para levar” e também “sob pedido na hora”. outro atrativo é a realização de festivais gourmets. No Super Nosso, todos os anos é realizado o festival Gourmet Peixaria, onde o cliente participa, ex-

perimenta a grande variedade de peixes, frutos do mar e combinações.

Segundo a direção de marketing, os produ-tos são sempre frescos e a comida japonesa dá o seu toque de ousadia na principal loja que é a do xuá. funciona assim: o cliente escolhe os peixes e o sushiman faz sob encomenda.as campanhas pilotos são replicadas para as outras unidades, lojas gourmet do grupo.

CoNGElaDoSos pescados congelados são ótima opção

de venda e o consumidor encontra muitas so-luções práticas e seguras, além de nutricional-mente adequadas para preparar pratos com os produtos de peixaria. o aumento no consumo desses produtos é puxado pelos peixes conge-lados, como o filé de merluza, a posta de cação e também pelo camarão.

Em algumas gôndolas de lojas voltadas para classe a e B é comum se encontrar pescados congelados bem diversificados, como é o caso do Super Nosso, que comercializa até patas de caranguejo. Segundo Hamilton almeida, geren-te de negócios do Super Nosso, os congelados são uma excelente solução para quem quer produtos fáceis de preparar, com uma conser-vação prolongada e que frequentemente não se encontram em todas as épocas do ano.

“Camarões e frutos do mar em geral re-presentam em média 40% das vendas da cate-goria de congelados no supermercado”, afirma Hamilton. outros produtos que atraem o consu-midor das classes a/B são os cortes especiais de salmão e defumados, bacalhau dessalgado, camarão rosa limpo, além da lagosta, king crab (caranguejo gigante), haddock defumado e ca-marão VG embalado a vácuo.

Na rede Super Nosso, somente o camarão cinza é da piscicultura. outra opção para atrair as vendas é a venda de pratos prontos deriva-dos do pescado, como o bolinho de bacalhau.

a dica para oferecer um preço competitivo e pescados diferenciados é o abastecimento com antecedência de 60 a 90 dias. Segundo Hamilton do Super Nosso, quanto antes me-lhor, porque produtos como bacalhau, filés, salmão possuem uma demanda maior nas da-tas sazonais e quem compra com antecedên-cia pode pagar mais barato e vender também.

ProDUToS frESCoSSe a opção do supermercadista for pela

venda do pescado fresco, a atenção deve ser redobrada. os fornecedores de peixes frescos devem garantir a qualidade e procedência dos

salmão: Tem grande destaque nutricional por possuir acido graxo ômega 3, ajuda a diminuir as chances de um ataque cardíaco ou derrame, e reduz também a pressão arterial. Combate a artrite e a psoríase (inflamação na pele), e os estudiosos acreditam que o óleo dos peixes também ajuda a evitar que as células cancerígenas progridam para um estágio de tumor.

bacalHau: Durante muitos anos o bacalhau foi um alimento barato, sempre presente nas mesas das camadas populares. Era comum nas casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.

após a 2ª Guerra mundial, com a escassez de alimentos em toda a Europa, o preço do bacalhau aumentou, restringindo o consumo popular. ao longo dos anos foi mudando o perfil do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe se concentrou, principalmente, nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.

sardinHa: as sardinhas são ricas em diversos nutrien-tes, destacando-se entre eles o ácido graxo ômega 3. os ácidos graxos são um dos maiores responsáveis pelo bom funcionamento do coração. São conhecidos também como alimentos para o cérebro.

Vendendo saúdeOutra boa tática utilizada regularmente para incentivar o consumo de peixes e que vem dando certo, está liga-

da a questão da boa alimentação. A publicidade intensa dos efeitos benéficos de cada pescado em folders e em banners de publicidade dentro dos supermercados atrai um público fiel, que troca a carne vermelha pela a carne branca, sempre em busca de mais saúde.

conHeça um pouco mais os pescados:

GôNDola �1

a culinária japonesa é um importante reforço nos argumentos de venda de pescados e frutos do mar, principalmente em loja de vizinhança e de público com maior poder aquisitivo

os congelados são uma boa opção para quem quer ampliar a presença do pescado em seu mix e ainda não está preparado para comercializar produtos frescos

Page 32: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [pescados]

O peso certo para equilibrar e resguardar seus interesses.

Vigilânciasanitária

MultasECAD

IPEM

Procon

Tributos

Leistrabalhistas

D E P A R T A M E N T O J U R Í D I C O

Consultoria nas áreas do Direito Tributário, Comercial, Consu-midor, Cível Empresarial e do Trabalho. Confecção de defesas administrativas para Procon, Vigilância Sanitária, IPEM e Minis-tério do Trabalho. Disponibilização de listagens de mercadorias com sua respectiva situação Tributária (ICMS / PIS / Cofins).

Associado, não perca tempo. Informe-se sobre seu login e senha e usufrua desse seu direito!

(31) 2122-0500 | www.amis.org.br

Se você ainda não é associado, fale com o nossoDepartamento de Apoio ao Cliente, 31 - 2122.0533.

�2

produtos. o pescado é um alimento de origem animal sensível a alterações de qualidade. Para os empresários que atuam na cadeia produtiva de alimentos, garantir a segurança da qualidade dos produtos é um dever. E, se tratando de pes-cado, essa responsabilidade é triplicada.

Cuidados com a higienização de instalações, equipamentos e utensílios, o manejo de resíduos, a saúde dos manipuladores são tarefas diárias dos integrantes e operadores da cadeia produ-tiva do pescado, em especial o manipulador do varejo. Tudo visando os procedimentos técnicos e higiênico-sanitários mínimos necessários para a manutenção da qualidade do pescado fresco que são um grande atrativo para o consumidor, que observa com mais atenção antes de com-prar o produto nos supermercados.

Um teste muito utilizado para avaliar o frescor do pescado consiste na pressão dos dedos sobre sua carne. Se a mesma demorar ou não retornar a posição original, o pescado já se encontra em algum estado de deterio-ração. a carne do pescado deve ser elástica e firme.

“Uma boa exposição faz a diferença, além disso, é necessário ter uma avaliação criterio-sa do tipo de peixe e corte, sempre pensando no cliente”, explica Hamilton, do Super Nosso. as principais dicas do gerente de negócios são: o supermercadista deve negociar bem e abastecer sempre com antecedência; ter va-riedade e preços competitivos e sempre pro-dutos de qualidade e de boa procedência; usar a mídia interna para divulgação do sortimento, com folhetos com dicas de receitas e pratos, fazer uma boa exposição no ponto de vendas, festivais, além de um bom atendimento

.No INTErIorNo interior de minas, a tendência é a mes-

ma quanto se trata de abastecimento. Um bom exemplo seguido pelos supermercadistas em minas Gerais na venda de pescados está no município de Itabira. Próximo as datas sazonais, o Supermercado Nova américa se abastece com antecedência de 60 dias.

Para a Semana Santa, o supermercadista já prepara a confecção de panfletos, destacan-do os anúncios das ofertas através de carros volantes. Em Itabira, as vendas de pescado são alavancadas com publicidade em jornais de oferta, placas e banners.

o estabelecimento oferece produtos como piratinga, piramutaba, pescada, cação, lambari, cascudo, dourada, abadejo, sardinha, merluza, surubim, robalo e salmão. Por ser um produto altamente perecível, o gerente comercial da rede, márcio lage explica que todos os pesca-dos são acondicionados em câmaras e ilhas de congelados e, que não trabalham com peixes frescos. as apostas do supermercadista para a Quaresma são o filé de merluza e o cascudo, produtos bons e baratos. n

Bacalhau é um dos peixes mais vendidos no País com grande saída no período de Semana Santa e no Natal quando oferecido em lascas atende aos consumidores que dispõem de menos tempo para preparar as refeições

Page 33: Amis

a busca dos consumidores por praticidade e conveniência, aliada à preocupação com hábitos alimentares mais saudáveis, tem feito o leite em pó avançar mais do que se imagina. Em 2009, por exemplo, o produto apresentou crescimen-

to de vendas de 13% em relação ao ano anterior, quando já registrara elevação de 11,3%, e movimentando r$ 2 bilhões em todo o País – 24,9% de evolução no fatura-mento do segmento, desde 2005. Em 2010, embora ainda não se tenha os números, a estimativa é de que o salto tenha sido ainda maior, o que sugere propensão de alta também para este ano.

ainda que mantenha nichos de mercado segmentados, como as linhas voltadas exclusivamente para a alimentação infantil, e o leite de soja em pó indicado para quem possui intolerância à lactose, o leite em pó é um produto de consumo amplo, desti-nado não apenas a crianças, mas também a adultos e idosos. a variedade é enorme, partindo dos tradicionais integral e desnatado, chegando às linhas enriquecidas com vitaminas, ferro e outros nutrientes.

TErrENo fÉrTIl“o mercado de leite em pó é um terreno muito fértil a ser trabalhado. São muitos

consumidores com interesse no produto, e chega a ser difícil mensurar o quanto ele pode crescer. mesmo com o recente crescimento nas vendas, o produto ainda não atingiu o máximo de sua potencialidade. ainda vai crescer muito mais”, avalia o gerente comercial Jorge Costa, do Supermercados Candidés, que conta com três unidades e 23 check outs em Divinópolis, Centro-oeste do Estado.

o Candidés aumentou o número de marcas oferecidas ao público, em suas gôndolas, de quatro para seis. “ainda que algumas marcas vendam menos que outras, preferimos tê-las em exposição para atender a uma parcela mais exigente de consumidores”, ex-plica Jorge Costa. Nutril, Itambé, Cotochés e Nestlé – a última com as linhas Ninho e molico – são as marcas mais procuradas pelos clientes do Candidés.

em sintonia com o mercado [leite em pó]

��

rentabilidade na lata ou no pacoteComoDIDaDE E PrEoCUPação DoS CoNSUmIDorES Com ProDUToS VolTaDoS À SaÚDE GaraNTEm mErCaDo Em alTa Para o lEITE Em Pó

n dany starling

março DE 2011 GôNDola �5

Foto

s Ig

cIo

co

sta

Page 34: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [leite em pó]

��

VarIEDaDEa aposta na variedade de marcas é com-

partilhada pelo Supermercado rei do arroz, de Santos Dumont, na Zona da mata de minas, que possui 13 check outs. “Por se tratar de um produto que todas as classes consomem, não existe um perfil definido de consumidor. É preci-so ter um mix grande de produtos para atender a todas as camadas”, diz o proprietário, Cláudio fonseca Caetano.

a tradicional lata do leite em pó ganhou a concorrência dos pacotes nos últimos anos, que têm a seu favor um custo menor, refletido no preço final do produto. No Supermercado rei do arroz, a diferença no preço do pacote para a lata chega a 20%, mesmo valor encontrado no Supermercado fonte, em leopoldina, também na Zona da mata, rede que conta com 26 check outs, distribuídos por três lojas. “mesmo com as mudanças recentes na economia, uma par-cela da população, de menor poder aquisitivo,

ainda compra somente os pacotes”, explica o diretor comercial da rede, Edson Couto Pereira.

aUmENTo NaS VENDaSSe no Brasil a média do aumento de consu-

mo do leite em pó teve elevação de 11,3%, se-gundo dados da consultoria Nielsen, em muitos supermercados de minas Gerais esse número é superior. “Crescemos quase 24% em 2009 e 2010. Quando despertamos para a rentabi-lidade do produto, o crescimento foi enorme”, afirma Jorge alves Costa.

“o aumento médio, no nosso caso, foi de 30% nos últimos dois anos”, diz o diretor co-mercial do Grupo aliança, rodolfo Kayser Nejm. o grupo abriga as redes SuperNosso, com 12 lojas, e apoio mineiro, com oito, totalizando 300 check outs em Belo Horizonte e região me-tropolitana. mesmo linhas mais segmentadas, como o leite de cabra em pó, tiveram aumento, de acordo com o diretor.

Em algumas redes as vendas de leite em pó cresceram até 30% nos últimos dois anos

Page 35: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [leite em pó]

Vantagens de ser associado:

F I L I E - S EF I L I E - S EF I L I E - S EF I L I E - S EF I L I E - S EF I L I E - S E

Amis:

E ABASTEÇA SUA EMPRESACOM OS BENEFÍCIOS DAFILIE-SE

Assessoria Jurídica:Desenvolvimento, atualização, conhecimento e reciclagem:

- Curso Gestão Nota 10- Cursos Mensais- Palestras, workshops, painéis

Inadimplência:- Garantia de Cheques

Linhas de FinanciamentoSeguro de Vida

Relacionamento, atualização e negócios: - Superminas - Convenção Mineira de Supermercados

- Sevar - Super Encontro Varejista - DNS - Dia Nacional de Supermercados - TGN - Troféu Gente Nossa

Informações, matérias e reportagensespecíficas e atualizadas do setor:- Revista Gôndola (mensal)- Jornal AmisNews (físico e on line)- Portal

Mais Informações: Tel: 31-2122.0533

e-mail: [email protected] site: www.amis.org.br

TEMA AMIS 2011: REALIZAÇÃO:

2011

AD 1 PAG FIL NOV.indd 1 09/12/10 14:27

��

ExPoSIçãoo leite em pó é encontrado, na maioria

dos supermercados, na seção de matinais. “o cliente que compra o produto é tradicional, já se acostumou a vê-lo próximo a outras varieda-des de leite, achocolatados e cereais”, afirma o diretor comercial do Supermercado fonte, Edson Couto Pereira.

a disposição nas gôndolas varia de acordo com o interesse dos supermercadistas. “as marcas de melhor venda e maior rentabilidade ficam no melhor ponto, visando o acesso dos consumidores. os de menor giro em lugares menos privilegiados”, explica Cláudio fonseca Caetano. No Supermercado Prado, em Belo Horizonte, que possui quatro check outs, o pro-prietário, Gilson lopes, prefere deixar na parte de baixo das gôndolas as linhas infantis, com os produtos voltados para adultos, ganhando espaço de maior destaque.

ENCarTES E PromoçõESmesmo com o aumento considerável no

volume de vendas nos últimos dois anos, é possível detectar um crescimento ainda maior no consumo do leite em pó quando o produto aparece nos encartes e folhetos dos super-

mercados. a estratégia tem-se mostrado efi-caz, atingindo a clientela.

“Quando o leite em pó aparece em nossas peças de publicidade, o aumento nas vendas é considerável, ainda que não possamos anun-ciar os produtos especiais, porque o ministé-rio da Saúde não permite”, explica rodolfo Kayser, do Grupo aliança. “mesmo nas ações de cross merchandising, só trabalhamos nas áreas permitidas pelo ministério”, completa.

Nos supermercados fonte, em leopoldina, o aumento nas vendas chega a 15% quando o produto aparece nos encartes. No Super-mercado Candidés, em Divinópolis, não é di-ferente. o leite em pó apareceu no encarte da última quinzena, e em praticamente todo o mês de dezembro gerou um aumento de 35% na comercialização do produto. “Essa é uma época em que as pessoas viajam muito. levar o leite em pó consigo é muito mais prático que a variedade tradicional de caixinha”, diz Jorge alves Costa.

Se o encarte ajuda no aumento das ven-das, a exposição de forma estratégica tem um peso ainda maior. “Se coloco o leite em pó em um ponto extra, de destaque, a diferença nas vendas é enorme. Chega a vender seis vezes mais que o normal”, afirma Gílson lopes, que em 2010 colocou uma marca em lugar desta-cado, oito vezes no Supermercado Prado.

PrEfErÊNCIa PEla INDÚSTrIaNa hora de comprar os produtos, seja em

lata ou em pacote, a preferência dos super-mercadistas é pela indústria. a escolha se dá pela gama de vantagens obtidas, se compara-da à negociação com distribuidores ou ataca-distas. “a compra direta na indústria garante melhor preço e logística, além da garantia de troca, coisa que o atacado não dá”, diz o proprietário do Supermercado rei do arroz, Cláudio fonseca Caetano.

o gerente comercial dos Supermercados Candidés, Jorge alves Costa, também revela preferência pela indústria, mas não deixa de consultar os representantes. “faço uma cota-

a facilidade do preparo e o fato de não precisar usar refrigeração fazem do leite em pó um companheiro das refeições ligeiras

Page 36: Amis

março DE 2011 GôNDola �1

em sintonia com o mercado [leite em pó]

�0

ção no mercado e depois vou negociar com as indústrias, até para buscar uma melhor mar-gem de negociação. Prefiro a compra direta”.

lEITE Em Pó moDIfICaDoUma variedade de leite em pó que tem

conquistado espaço significativo no mercado é o pó para preparo de bebida láctea, também conhecido como leite em pó modificado. É uma variação do leite em pó integral, com o acréscimo de outras substâncias, como sais minerais, maltodextrina e glicose, por exem-plo. Com um preço três vezes menor que o leite em pó tradicional, o leite modificado também tem a vantagem de possuir menor teor de gordura que os demais.

“o leite em pó modificado chega a ter 6% de teor de gordura, contra 26% do leite em pó integral. Isso atrai a clientela e deve ser des-tacado pelo supermercadista”, afirma o diretor da minasfoods, luis Carlos mundim. “Em três anos, não vai mais existir o leite em pó integral, somente o modificado. Ele tem o mesmo sabor, é vitaminado, com baixo teor de gordura e me-nor preço”, acredita.

CorrEDor Da SaÚDEoutra estratégia para a disposição do leite

em pó nos supermercados foi a ideia adotada pelo SuperNosso. Com um público voltado para as classes a e B, a rede criou o cor-redor da saúde, visando atingir a clientela interessada em alimentos mais saudáveis e nutritivos, como o leite de cabra e o leite de soja em pó.

“as questões ligadas à saúde e melhor qua-lidade de vida são cada vez mais decisivas na hora de o consumidor decidir o que vai comprar”, explica o diretor comercial, rodolfo Kayser Nejm. os folhetos e encartes do grupo sempre trazem matérias voltadas para a saúde, explicando as características dos produtos.

“Quando o cliente acha o produto e vê um benefício, se interessa mais”, acrescenta rodolfo, que recentemente inaugurou os cor-redores da saúde também nas lojas do apoio

Gôndola com amplo sortimento de leite em pó em supermercado da capital mineira, que inclui o leite de cabra

Page 37: Amis

março DE 2011

em sintonia com o mercado [leite em pó]

�2

mineiro. “a clientela do apoio tem um poder aquisitivo menor, mas já começa a se preocu-par mais com outras questões, além do preço. Ela faz mais contas na hora de comprar, mas procura sempre um produto melhor”.

a ideia de associar o leite em pó a hábi-tos alimentares mais saudáveis também é encontrada nos Supermercados Candidés, em Divinópolis. “Questões envolvendo saúde são sempre lembradas em nossos jornais. Vamos fazer uma edição exclusiva sobre saúde, e o leite em pó será um dos destaques”, afirma Jorge alves Costa. “mudar hábitos alimen-tares é um trabalho duro, mas igualmente prazeroso, até pelo desafio”, diz.

Gilson lopes, proprietário do Supermerca-do Prado, segue a mesma linha dos colegas. “Produtos com apelo para a saúde têm cres-cimento destacado no mercado. a indústria tem percebido isso, e trabalhado bem. Temos que ter atenção para os lançamentos para não

ficarmos de fora. É uma oportunidade que não deve ser perdida”, avalia.

rENTaBIlIDaDEalém de atender a um público consumidor

cada vez mais exigente, preocupado com a qualidade dos produtos que consome, e com o bem-estar que o alimento trará para si e sua família, o supermercadista tem mais uma van-tagem quando investe no leite em pó em seu estabelecimento: a rentabilidade, maior que a encontrada no leite fluido, seja ele em caixa ou saquinho, o popular barriga mole.

“o leite em pó dá mais resultado que o longa vida. a rentabilidade, mesmo variando com a época do ano, é muito maior. Hoje ela está perto dos 20%”, afirma Jorge alves Costa, dos Super-mercados Candidés, de Divinópolis. mais um for-te indício de que o leite em pó merece atenção especial dos estabelecimentos. Não apenas em minas Gerais, mas em todo o Brasil. n

ao montar o mix, o supermercadista deve ficar atento a lançamentos que atendem necessidades do consumidor como leites reforçados e produtos que incluem a soja

Fiscal de loja - 16/03- Você sabe agir / abordar diante de um roubo? - Conhece as conseqüências jurídicas de uma abordagem incorreta? - Suas equipe de fiscal de loja é alinhada com as políticas de RH?- Possui testes / rotinas para detectar roubos de funcionários?- Sua loja possui estrutura para auxiliar o trabalho dos fiscais?

Horário: 08h30 às 17h30 Invest.: R$125,00 Associados - R$140,00 Não Associados

operador de check-out - 17/03- Os operadores de caixa conhecem seu papel na empresa?- Os operadores estão motivados a atender os clientes?- Os seus cliente são fiéis à empresa ou tem preferência pela empresa?- Estão envolvidos com os resultados da equipe?

Horário: 08h30 às 17h30 Invest.: R$125,00 Associados - R$140,00 Não Associados

eFicácia no controle e recebimento de mercadoria - 18/03-Sua empresa possui rotinas para conferência das mercadorias entregues pelos fornecedores?-Seus estoques físicos sempre conferem com a descrição das notas fiscais e com os balanços realizados?-Seus pedidos de compra estão sempre de acordo com o fornecido pelas indústrias/atacados?-Você já detectou perdas em função de trocas, falta de estoque físico, produ-tos fora da especificação negociada?

Horário: 08h30 às 17h30 Invest.: R$125,00 Associados - R$140,00 Não Associados

sped Fiscal - 22/03- O que é SPED - Sistema público de escrituração Digital - Atos legais que suportam este projeto?- Arquivo Digital - informações técnicas? - Regras técnicas de formatação do arquivo?- A estrutura do arquivo?- Minha empresa esta pronta para essa obrigação?- Nossa escrituração contábil é completa ou resumida?- Plano de contas Referencial? - Qual a extensão dessa exigência no âmbito das obrigações acessórios de uma empresa?

Horário: 08h30 às 17h30 Invest.: R$140,00 Associados - R$160,00 Não Associados

açougue - 23/03-Você conhece qual a melhor opção de compra de carnes?-Você está atento a como a carne chega a sua loja?-Você estoca de forma adequada a carne?-Você está afinado com as novas tendências de mercado?-O açougue funciona como ferramenta de fidelização de clientes?

Horário: 08h30 às 17h30 Invest.: R$125,00 Associados - R$140,00 Não Associados

TEMA 2011 REALIZAÇÃO:

Objetivo: Orientar as empresas quanto ao segundo processamento do FAP, em setembro de 2010, a ser aplicado no próximo exercício 2011, com o ge-renciamento mais eficaz do setor de segurança e saúde do trabalho, redu-zindo os eventos considerados para apuração do valor do FAP e análise dos eventos ocorridos no período de 01/01/2008 a 31/12/2009, preparando-se para os recursos administrativos e judiciais.

Público-alvo: Empresários, Gerentes, assistentes e analistas de pessoal, controladores, profissionais da área de segurança e saúde ocupacional e demais profissionais ligados a área de RH, administração e interessados pelo tema.

Rodrigo Dolabela Advogado e sócio da MCR - Assessoria, Consultoria e Treinamento Empre-sarial, escritório integrante da Unidade de Serviços Jurídicos do Sinduscon-MG. Especialista nas áreas trabalhista e previdenciária, segurança e saúde do trabalho, instrutor de cursos e treinamentos em todo o País e professor do Senai-MG.

dias: 22 de marçoHorário: 19h Invest.: R$80,00 Associados - R$100,00 Não Associados

Palestra FAP

NOVO

AGENDA F E V E R E I R O

CURSOS

MARÇO

R. Platina, 33 | Prado | Belo Horizonte | MG | Informações: Fabiana e Karelly | Tel: (31) 2122-0528 | [email protected]

INSCRIÇÕES

ABERTAS

Fator acidentário de prevenção

AD MARCO.indd 1 08/02/11 09:59

Page 38: Amis

março DE 2011 GôNDola �5

o supermercado sempre foi caracterizado pela venda, pura e simples, de alimen-tos e produtos de primeira necessidade

ao consumidor final. Essa era a finalidade das lojas de autosserviço por várias décadas. mas o consumidor evoluiu, passou a ter novos de-sejos e novas necessidades, e o setor foi atrás e evoluiu também.

Com isso, o supermercado do século 21 é outro. Produtos exclusivos como marcas pró-prias, vários serviços antes oferecidos apenas pelo poder público e poucos bancos privados também fazem parte do atendimento nos su-permercados.

De telefonia a crédito pessoal, de viagens internacionais a produtos “diretos da roça”, de vinhos de todas as partes do mundo ao sushi, com direito a dicas de sommelier e sushiman, estão no dia-a-dia dos supermercados. as lojas estão se sofisticando e surpreendendo o consumidor a cada dia.

ExPErIÊNCIa PraZEroSamesmo com tamanha transformação, aten-

der ao cliente oferecendo produtos de qualidade e agregando serviço não são mais o suficiente. Na opinião de empresários e especialistas no assunto, o cliente quer ser surpreendido pelo

em dia com a amis [tema anual 2011]

Superar as expectativas dos clienteso TEma Da amIS Para 2011 alErTa Para o DESafIo ImPoSTo PElo CoNSUmIDor BraSIlEIro Do SÉCUlo 21, QUE QUEr SEr SUrPrEENDIDo Em ToDoS oS SENTIDoS

n adenilson fonseca

��

Foto

s Ig

cIo

co

sta

a degustação de produtos é sinal de simpatia para o consumidor e também oportunidade de merchandising

Page 39: Amis

março DE 2011 GôNDola ��

em dia com a amis [tema anual 2011]

atendimento. Ele vai ao ponto de venda com uma expectativa, e tudo que estiver no mesmo nível do que espera encontrar já não é o ideal. É preciso que as expectativas desse consumidor sejam superadas. Sua ida à loja tem de ser uma experiência prazerosa, com uma emoção diferente da que ele estava acostumado.

Conhecedora do assunto, sempre à frente das principais mudanças no varejo e atenta ao volúvel comportamento do cliente, a dire-ção da associação mineira de Supermercados (amIS) propôs um tema focado nesse assunto para 2011. anualmente, a entidade elege um tema para alinhar a comunicação, os negócios e a qualificação profissional ao longo do ano corrente. Em 2011 esse tema é “superar as expectativas dos clientes”.

Para o superintendente da entidade, adil-son rodrigues, o tema vem trazer uma re-flexão sobre a importância de, realmente, a empresa superar a expectativa do cliente.

“Se você decepcionar o consumidor e deixar o seu concorrente superar a expectativa do cliente, e não você, o custo vai ser muito al-to”, pondera. “É preciso ficar atento porque a possibilidade de isso ocorrer é muito grande, e as consequências são maiores ainda”, alerta rodrigues.

NoVo ClIENTEo crescimento econômico do País nos úl-

timos anos, com a migração da população para classes sociais para um nível de renda superior, trouxe um novo cliente ao ponto de venda. Com isso, o atendimento outrora inovador já se tornou ultrapassado para esse novo consumidor. afinal, antes sem renda, ele se contentava com menos.

ao perceber a chegada desse novo clien-te e entender as mudanças de consumido-res com padrão de consumo mais elevado, a amIS propõe um tema que se aplica a todos os níveis de demanda do cliente. “Eu acho que a amIS, ao escolher esse tema, está pegando num ponto fundamental, que é o atendimen-to”, avalia o administrador, professor e con-sultor em marketing rogério Tobias. “Como o comércio é muito dinâmico, ele (o empresário) acaba dando prioridade ao dia-a-dia da loja, e não ao atendimento ao cliente”.

mUDaNça DE oPINIãomesmo que haja área específica, com pes-

soal preparado para atender às expectativas do cliente, as ações e o pessoal de atendimen-to têm de ser avaliados periodicamente. Isso porque o desejo do cliente não é estático. o consumidor muda de opinião com frequência e espera ser atendido de maneira satisfatória, mesmo que o seu desejo seja totalmente dife-rente do que tinha ontem. “o atendimento tem de ser de manhã, à tarde e à noite, todos os dias da semana”, reforça Tobias.

o consultor observa que há muitas ações por parte dos supermercadistas para atender às expectativas do cliente, mas que há muito ainda a ser feito. “Não que o setor deixe a

desejar, mas é que o cliente é outro, o cliente mudou e muda a todo o momento”, ilustra To-bias, referindo-se tanto ao novo cliente, antes distante do consumo, quanto aos que vêm mudando de hábitos, conforme o aumento de informações e o acesso a novas tecnologias.

QUEr Valor Com a melhora da renda, quanto maior

o poder de compra, mais o cliente demanda atendimento e cobra não apenas preço baixo. Ele quer lojas adequadas, bons equi-pamentos, mix, e quer “valor”. “o cliente não está mais atrás só de preço baixo. Ele quer preço, mas busca também valor, e o atendimento é um item fundamental que gera valor”, opina Tobias.

mas como saber o que o cliente quer, sobretudo quando se trata de um novo clien-te? o consultor aponta que a única forma de atender bem é estar atento e acompanhar esse cliente e sua mentalidade. E a melhor maneira de o supermercadista fazer isso é com a própria avaliação de quem ele é, o que ele tem a oferecer ao cliente, sempre evoluin-do conforme das demandas. o que ele fazia no ano passado já não serve mais. Já não supera mais as expectativas dos clientes.

SaINDo Na frENTEQuem vai fazer compras no Pão de açúcar

Iguatemi e Pão de açúcar Panamby, em São Paulo, pode experimentar uma novidade sur-preendente. Com a ajuda de um coletor de dados, capaz de armazenar as listas habituais dos clientes, é possível economizar tempo no supermercado e fazer compras ainda mais personalizadas. Trata-se do Personal Shop, uma nova maneira de compra, para o cliente “mais” do Pão de açúcar.

Para usar o Personal Shop na primeira com-pra, é necessário que o cliente faça um ca-dastro e informe se irá utilizar o sistema de entregas, ou não. o cliente pode fazer a lista no aparelho e aguardar em casa, se ele optar pelo serviço de entrega. Caso contrário, a compra

��

Vale a pena investir em ações que facilitem a vida dos clientes ao poderem resolver a maioria das suas necessidades de consumo em apenas um lugar; vender grelhados feitos na hora surpreende o cliente pela oportunidade que é poder fazer compras enquanto alguém prepara a carne que servirá quentinha em casa

Page 40: Amis

f oto s ; A R Q U I V o A m I s f oto s : I G n ác I o co s tA

Só com inovação, qualidade e seriedadese chega a 25 anos batendo todos recordes

de negócios, público e satisfação.

t E m A 2 0 1 1 : D I V U L G A Ç Ã o : R E A L I Z A Ç Ã o :

Em 2010, superamos as expectativas de nossos clientes, agora o desafio é continuar superando.

A Superminas esta se preparando para o ano em que completa 25 anos:

– Atingir no mínimo 1 bilhão em negócios diretos e indiretos;– consolidar-se como a melhor feira do gênero do país;– Atrair as principais lideranças do setor de minas, do Brasil e do mundo.

– Locação de espaços;

– Aquisição de estandes montados em diversos padrões;– Patrocínios globais e setorizados.

Contacte nosso Departamento Comercial:31-2122.0526 | [email protected]

18 a 20 de outubro de 2011

Vendas abertasem condições especiais!

2011

PAtRocInADoREs ofIcIAIs :

Planta atualizada até fevereiro 2011

PAt R o c í n I o s E c R E tA R I A :PAt R o c í n I o E s tAc I o n A m E n to :

AD PAG D 25SM.indd 1 15/02/11 10:06

Page 41: Amis

março DE 2011 GôNDola �1

em dia com a amis [tema anual 2011]

pode ser feita da mesma forma com o Personal Shop, e o próprio cliente leva, só que com uma economia de tempo de quase 50%.

o consumidor tem duas opções de compra: ele seleciona e registra os produtos no Personal Shop na loja. Se for para serem entregues, os itens coletados nem precisam ser colocados no carrinho. Já nas compras mais frequentes, a tela do aparelho aponta quais foram os pro-dutos mais consumidos pelo cliente, com base nas informações armazenadas no programa mais. Para alterar a quantidade ou cancelar, basta clicar na tela. ao final, é possível ver a lista e o valor total das compras.

o Personal Shop conta com funções perso-nalizadas disponíveis, de acordo com o perfil de cada cliente mais. São receitas que podem ser enviadas por e-mail, dicas nutricionais sobre os produtos adquiridos e ofertas da loja. De acordo com o diretor de operações do Pão de açúcar, João Edson Gravata, todas as tec-nologias, soluções e linha de mercadorias “... foram minuciosamente estudadas para aten-der ao perfil de consumidor que procura cada vez mais equilíbrio entre valores emocionais e racionais...”.

Não É fáCIl“Se o cliente comprar um vidro de palmito,

comer dois e não gostar, ele pode voltar à loja que a gente troca por outro produto ou devolve o dinheiro, sem qualquer reclamação”. Essa prática nas duas lojas do supermercado Super Vale, em Poços de Caldas, no Sul de minas, como atesta o diretor da empresa marcio ro-berto de oliveira, é uma tentativa de oferecer atendimento diferenciado ao cliente. “mas no interior não é fácil” adianta.

mesmo que não seja fácil, oliveira sabe que tudo que ele não fizer por seu consumidor, o concorrente poderá fazer e tirar do Super Vale boa parte da clientela. oferecer ao máximo novos serviços e gerar mais valor para o cliente são o grande desafio para o segmento em tem-pos de “e-commerce” e do cliente “conectado” e “móvel”. Isso aponta para uma total revolu-ção no setor que, aliás, já começou há alguns anos e deve se acentuar.

Espaço do cliente Em Bicas, na Zona da mata, em minas, a dire-

ção do supermercado Santo antônio/Supermais leva a sério a proposta de surpreender a expecta-tiva do cliente. Há oito anos, na loja de mil metros

quadrados, foi reservado um espaço que pode efetivamente ser chamado de espaço do cliente. “É um diferencial”, garante o sócio-proprietário da empresa, Paulo César da Silva Bertelli.

Já que a loja fica numa esquina, foi esco-lhido o “cantinho” para montar uma sala de espera para o cliente. Na sala, foi colocada uma poltrona de canto em “l”, com uma mesinha de centro com revistas e o jornal do dia para os apreciadores da leitura. Quem não quiser ler, pode descansar ou conversar à vontade en-quanto espera quem está fazendo compras. “a gente quis fazer isso como se fosse uma sala para receber o cliente”, disse Bertelli. “É muito bom também para as pessoas mais idosas”.

além da sala de espera e do jornal do dia, o supermercado Santo antônio oferece tam-bém um ‘cafezinho’ e água gelada ao frequen-tador da loja, mas estes ficam em outro setor. o cantinho do cliente deve ser ampliado com a reforma da loja, que já começou. Ele vai ser mantido e muito bem utilizado. “Quando encontramos um cliente na loja, o chamamos logo para sentar-se e conversar na sala, e todo mundo gosta, porque é um diferencial”, orgulha-se Bertelli. n

�0

logomarca fortePara dar mais força ao slogan do tema, a frase “Superar as

expectativas dos clientes” é acompanhada de uma logomar-ca, feita pela junção de cinco bumerangues que formam uma estrela. No centro, a figura de uma pessoa de braços abertos significa satisfação. a escolha do bumerangue é pelo fato de ser um objeto que representa a ação de ir e retornar à origem. Isso significa que todo o esforço e ousadia no sentido de su-perar as expectativas dos clientes retornam em fidelidade e satisfação por parte deles.

a escolha do tema foi fundamentada nas constantes mudan-ças nas relações comerciais, nos meios de acesso à informação pelo cliente e nas grandes transformações por que passa o varejo no Brasil e no mundo. Essas mudanças trazem para o cliente múltiplas oportunidades de compra já que os muitos canais de venda, em diversos formatos, colocam à disposição do consumi-dor, dentro da casa dele, os mais diversos produtos e serviços, que, junto com o desejo do cliente, evoluem o tempo todo.

ao lançar o desafio de “Superar as Expectativas dos Clien-tes”, a direção da amIS quer deixar claro que essas expectativas são múltiplas. Por isso, cabe a seguinte reflexão. “a empresa conhece, de fato, o cliente?”, “Quais são as reais expectativas desse cliente?”, “Quem é o concorrente da empresa em relação ao cliente?”, “a empresa tem realmente vocação para atender a este cliente?” Essas são perguntas, cujas respostas somadas superam a expectativa do cliente.

as equipes precisam ser bem treinadas para oferecerem atendimento que supere as expectativas dos clientes; ao lado, terminal de consulta que orienta para a harmonização de vinhos e comidas, auxiliando o consumidor a escolher as melhores garrafas que levará para casa

Page 42: Amis

em sintonia com o mercado [um giro pelo mundo]

target aposta em perecíveis e no canadáUma das gigantes do varejo dos EUa, Target, que no ano passado fez a estreia em 341 de suas lojas de áreas de mercearia e perecíveis, parece que não se arrependeu. No final de fevereiro, o principal executivo da empresa, Gregg. Steinhafel, disse que fará o mesmo em outras 380 lojas durante o ano de 2011. laticínios, congelados e um amplo mix de perecíveis são as estrelas dessas áreas. o executivo disse também que a empresa pretende abrir também lojas de vizinhança, que serão batizadas de City Target. as unidades piloto serão testadas em Seattle, los angeles, San francisco e Chicago. o Canadá também está na mira da empresa: serão adquiridas 220 lojas da rede Zellers e há planos para a abertura de até 150 lojas Target.

sainsbury´s implanta quiosques on line nas lojasa rede Sainsbury´s, que é uma das maiores do reino Unido, é a primeira do país a instalar quios-ques em suas lojas para compras on line. os clien-tes têm acesso a todo o estoque de não alimentos nos computadores do quiosque e podem comprar por meio deles o que estiver disponível para pronta entrega na loja ou fazer pedidos para entrega futu-ra. os quiosques são mais um impulso que a rede dá sua área de não alimentos, que apresentou nos últimos quatro meses crescimento de vendas três vezes superior ao do setor de alimentos.

jerônimo surpreende com ótimos resultados

o grupo varejista português Jerô-nimo martins está comemorando seus resultados de 2010, quando

viu suas vendas crescerem 23,6% e o lucro líqui-do alcançar 281 milhões de euros, ou seja, 40,3% maior que o de 2009. Uma das razões para o bom resultado foi o desempenho das operações do grupo na Polônia. Vale lembrar que toda a Europa enfrenta recessão econômica desde 2008, o que torna os números do Jerônimo uma comprovação de que a empresa estava preparada para enfrentar mercado adverso. Entre as estratégias implantadas esteve a reforma de lojas, adaptando-as a operações de me-nor custo, que foi repassado aos consumidores.

�2 março DE 2011

americanos não adotam dieta

para saúde cardíaca

Embora as doenças cardiovasculares como

pressão alta, derrame e alto colesterol estejam

entre as principais causas de mortes nos EUa,

os americanos não estão introduzindo em sua alimentação

itens que poderiam melhorar sua saúde, revela pesquisa

divulgada em fevereiro. Por exemplo, 80% dos entrevistados

conhecem os benefícios do consumo de produtos ricos em

omega-3, mas somente 40% confirmaram ter comprado

pelo menos uma vez um produto que ofereça este nutriente.

o mesmo acontece em relação a castanhas, proteína de

soja e chocolate amargo. as autoridades da área de saúde

estão preocupadas com a constatação feita pela pesquisa e

prometem ampliar as campanhas de conscientização.

AJEBRAS.COM.BR

A AJE TRAZ O SABOR ÚNICO DE BIG COLA TAMBÉM NAS VERSÕES ZERO AÇÚCAR E NA EXCLUSIVA ZERO CAFEÍNA, ALÉM DO BIG GUARANÁ.

VENHA FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA SENDO NOSSO PARCEIRO.Conheça toda a linha de produtos no site.

REGIONALPARCEIRO

CHEGOU

AJE. 23 ANOS DE TRABALHO E SUCESSO EM MAIS DE 20 PAÍSES.

ANUNCIO BIG COLA 20.2 X 26.6cm.indd 1 2/17/11 6:26:34 PM

Waitrose amplia investimentos

no oriente médioa rede varejista britânica Waitrose continua

seus investimentos no oriente médio. No

início de fevereiro abriu sua primeira loja no

Bahrain. Ela já possui duas unidades nos Emirados árabes

Unidos, com bom desempenho. a loja no Bahrain ofere-

ce aos consumidores produtos com a marca Waitrose,

assim como um extenso mix de produtos fornecidos por

indústrias locais e dos países vizinhos. alimentos frescos

e congelados, padaria, delicatessen, queijos, peixe fres-

co, carnes vermelhas e comida pronta para levar estão

entre os vários itens à venda, todos eles obedecendo às

tradições islâmicas de produção.

Page 43: Amis