amiga tio domingos val

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2 ÍNDICE INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3 1. OBJECTIVOS................................................................................................................................ 4 1.1. Objectivo geral ............................................................................................................................ 4 1.2. Objectivos específicos ..................................................................................................................4 2. Metodologia ...................................................................................................................................4 3. ANÁLISE DE INVESTIMENTO ....................................................................................................5 3.1. VPL (VAL) Valor Presente Líquido ou Valor Actual Líquido ......................................................6 3.2. Exemplo ......................................................................................................................................7 3.3. Fórmula ......................................................................................................................................8 3.4. Formas de análise ......................................................................................................................... 9 3.5. Análise através do valor actual líquido VAL ...............................................................................9 3.6. EXERCÍCIOS ............................................................................................................................ 11 4. ANÁLISE ATRAVÉS DA TAXA INTERNA DE RETORNO TIR .............................................. 12 4.1. Taxa interna de retorno (tir) ........................................................................................................ 12 5. ANÁLISE ATRAVÉS DO PAYBACK.......................................................................................... 15 5.1. Análise através dos índices financeiros ........................................................................................ 15 5.2. Os índices de endividamento da empresa ..................................................................................... 16 Conclusão ........................................................................................................................................ 17 Bibliografia ...................................................................................................................................... 18

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Page 1: Amiga   tio domingos val

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3

1. OBJECTIVOS ................................................................................................................................4

1.1. Objectivo geral ............................................................................................................................4

1.2. Objectivos específicos ..................................................................................................................4

2. Metodologia ...................................................................................................................................4

3. ANÁLISE DE INVESTIMENTO ....................................................................................................5

3.1. VPL (VAL) – Valor Presente Líquido ou Valor Actual Líquido ......................................................6

3.2. Exemplo ......................................................................................................................................7

3.3. Fórmula ......................................................................................................................................8

3.4. Formas de análise .........................................................................................................................9

3.5. Análise através do valor actual líquido – VAL ...............................................................................9

3.6. EXERCÍCIOS............................................................................................................................ 11

4. ANÁLISE ATRAVÉS DA TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR .............................................. 12

4.1. Taxa interna de retorno (tir) ........................................................................................................ 12

5. ANÁLISE ATRAVÉS DO PAYBACK .......................................................................................... 15

5.1. Análise através dos índices financeiros ........................................................................................ 15

5.2. Os índices de endividamento da empresa ..................................................................................... 16

Conclusão ........................................................................................................................................ 17

Bibliografia ...................................................................................................................................... 18

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INTRODUÇÃO

A análise de investimentos tem-se revelado como uma das áreas das Finanças Empresariais em

crescimento, quer pelos rápidos avanços tecnológicos, quer pelos incentivos ao investimento. As

empresas utilizavam essencialmente critérios não sofisticados, também designados por métodos

empíricos ou então, critérios não financeiros, como sejam, os aspectos mais qualitativos da

avaliação dos projectos, como: estratégia, flexibilidade e potencial de crescimentos futuros.

Os critérios sofisticados, também designados de métodos científicos. Com o trabalho de Irving

Fisher, nesse mesmo ano, aparece o conceito de valor presente do capital, noção equivalente a

valor actual líquido (VAL), e só em 1951 é que aparecem as primeiras referências à taxa interna

de rendibilidade (TIR).

A investigação teórica defende a utilização de critérios sofisticados, baseados no desconto dos

cash-flows. Mais concretamente o VAL, por mostrar o valor a criar com o projecto, no

pressuposto de que as empresas ou promotores pretendem a maximização do valor da empresa.

No entanto, em termos práticos, as empresas parecem não seguir as técnicas defendidas pelos

académicos.

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1. OBJECTIVOS

1.1. Objectivo geral

Destacar as formas e os impactos gerados pelos projectos de investimentos no que

concerne a análise de investimentos.

1.2. Objectivos específicos

Apresentar os conceitos fundamentais de Gerenciamento de Projectos;

Apresentar e operacionalizar os conceitos de controlo do projecto usando os indicadores

do Método do Valor Agregado – Earned Value Analysis / Management;

Apresentar e operacionalizar os conceitos de aceleração e nivelamento dos recursos de

projectos usando o cronograma físico-financeiro;

Analisar o valor do dinheiro no tempo;

Apresentar e operacionalizar os conceitos de alavancagem operacional e ponto de

equilíbrio operacional.

2. Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método

indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular

para uma questão mais ampla, mais geral.

Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,

partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou

universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é

levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos

baseio.

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3. ANÁLISE DE INVESTIMENTO

O objectivo deste trabalho é de explanar as características da análise de investimento, assim

como, as formas e ferramentas utilizadas com esse propósito. Embora existam diversas técnicas

para a análise de investimento, ater-se-á às mais difundidas na bibliografia específica e mais

utilizadas pelos gestores financeiros. A análise de investimento reside no emprego de técnicas

específicas oriundas dos princípios financeiros com o objectivo de identificar a melhor opção

entre diferentes possibilidades de investimento. Tecnicamente a análise se fundamenta em

equações que tenham como objectivo específico identificar e mensurar se existe ou não

viabilidade em um determinado investimento, ou seja, se existe ou não rentabilidade e, caso

exista, quão rentável o é.

O conceito de análise de investimento pode hoje ser um conjunto de técnicas que permitem a

comparação entre resultados de tomada de decisões referentes a alternativas diferentes de uma

maneira científica. (Kuhnen e Bauer, 2001, p. 389).

Sendo assim, é correcto afirmar que a análise de investimento consiste em uma ferramenta

fundamental e indispensável ao investidor com o propósito de demonstrar se pode ou não realizar

o investimento em questão. Isso se faz importante uma vez que pode minimizar os riscos da

operação. Evidentemente que não se pode tratar de análise de investimento sem considerar o

risco. De acordo com Gitman (2004, p. 184) “fundamentalmente, risco é a possibilidade de perda

financeira. Os activos considerados mais arriscados são os que oferecem maiores possibilidades

de perda financeira.”

Sendo assim, conclui-se que o risco é inerente ao investimento, ou seja, não existe operação de

investimento sem risco. Por outro lado, também é correcto afirmar que quanto maior a

possibilidade de ganho/retorno, maior é o risco associado ao investimento.

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3.1. VPL (VAL) – Valor Presente Líquido ou Valor Actual Líquido

O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor actual líquido (VAL) ou

método do valor atual, é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor presente

de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do

investimento inicial. Basicamente, é o cálculo de quanto os futuros pagamentos somados a um

custo inicial estariam valendo actualmente. Temos que considerar o conceito de valor do

dinheiro no tempo, pois, exemplificando, 1 milhão hoje não valeriam R$ 1 milhão daqui a uma

ano, devido ao custo de oportunidade de se colocar, por exemplo, tal montante de dinheiro na

poupança para render juros. É um método padrão em:

Contabilidade gerencial: para a conversão de balanços para a chamada demonstrações

em moeda constante, quando então se tenta expurgar dos valores os efeitos da inflação e

das oscilações do câmbio. Também é um dos métodos para o cálculo do goodwill,

quando então se usa o demonstrativo conhecido como fluxo de caixa descontado;

Finanças: para a análise do orçamento de capitais - planeamento de investimentos a

longo prazo. Usando o método VPL um projecto de investimento potencial deve ser

empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de

todas as saídas de caixa (que iguala o valor presente líquido) for maior que zero. Se o

VPL for igual a zero, o investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas é

igual ao valor presente das saídas de caixa; se o VPL for menor do que zero, significa que

o investimento não é economicamente atractivo, já que o valor presente das entradas de

caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa.

Para cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a TMA (Taxa Mínima de

Atratividade) como taxa de desconto. Se a TMA for igual à taxa de retorno esperada pelo

accionista, e o VPL > 0, significa que a decisão favorável à sua realização. Sendo o VAL

superior a 0, o projecto cobrirá tanto o investimento inicial, bem como a remuneração mínima

exigida pelo investidor, gerando ainda um excedente financeiro. É, portanto, gerador de mais

recursos do que a melhor alternativa ao investimento, para um nível risco equivalente, uma vez

que a taxa de actualização reflecte o custo de oportunidade de capital. Estamos perante um

projecto economicamente viável. Desta maneira, o objectivo da corporação é maximizar a

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riqueza dos accionistas, os gerentes devem empreender todos os projectos que tenham um VPL >

0, ou no caso se dois projectos forem mutualmente exclusivos, deve escolher-se o com o VPL

positivo mais elevado.

Se o VAL = 0 – Ponto de indiferença. No entanto, dada a incerteza associada à estimativa dos

cash flows que suportaram a análise, poder-se considerar elevada a probabilidade de o projecto

se revelar inviável.

Se o VAL < 0 – Decisão contrária a sua realização. Estamos perante um projecto

economicamente inviável.

Na análise de dois ou mais projectos de investimento: Será preferível aquele que apresentar o

VAL de valor mais elevado. No entanto, há que ter em consideração que montantes de

investimento diferentes, bem como distintos horizontes temporais, obrigam a uma análise mais

cuidada.

3.2. Exemplo

A corporação X deve decidir se vai introduzir uma nova linha de produto. O produto novo terá

custos de introdução, custos operacionais, e fluxos de caixa entrantes durante seis anos. Este

projecto terá uma saída de caixa (t=0) imediata de R$125.000 (que pode incluir as máquinas,

equipamentos, e custos de treinamento de empregados). Outras saídas de caixa são esperadas do

1º ao 6º ano no valor de R$25.000 ao ano. As entradas de caixa esperam-se que sejam de

R$60.000 ao ano. Todos os fluxos de caixa são após pagamento de impostos, e não há fluxo de

caixa esperado após o sexto ano. A TMA é de 12% ao ano, segue abaixo o cálculo do valor

presente líquido para cada ano.

T=0 -125.000 / 1,12^0 = -125.000 VP (Valor Presente)..

T=1 (60.000 - 25.000)/ 1,12^1 = 31.250 VP.

T=2 (60.000 - 25.000)/ 1,12^2 = 27.902 VP.

T=3 (60.000 - 25.000)/ 1,12^3 = 24.912 VP.

T=4 (60.000 - 25.000)/ 1,12^4 = 22.243 VP.

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T=5 (60.000 - 25.000)/ 1,12^5 = 19.860 VP.

T=6 (60.000 - 25.000)/ 1,12^6 = 17.732 VP.

A soma de todos estes valores será o VPL (Valor Presente Líquido), o qual é igual a 18.899.

Como o VPL é maior que zero, a corporação deveria investir neste projecto. Logicamente que

em uma situação real, seria necessário considerar outros valores, tais como, cálculo de impostos,

fluxos de caixa não uniformes, valores recuperáveis no final do projecto, entre outros.

Utilizando uma calculadora financeira e considerando-se uma TMA de 10% ao ano, encontramos

para o projecto de investimento P um Valor Presente Líquido de R$27.434,12. Se considerarmos

uma TMA de 17.19% ao ano, o Valor Presente Líquido do Projecto será zero. Para uma TMA de

0%, o lucro económico periódico se confunde com o lucro contábil periódico e o valor presente

líquido é igual ao somatório dos lucros contábeis periódicos.

3.3. Fórmula

O valor presente líquido para fluxos de caixa uniformes, pode ser calculado através da seguinte

fórmula, onde t é a quantidade de tempo (geralmente em anos) que o dinheiro foi investido no

projecto (começa no ano 1 que é quando há efectivamente o primeiro ex fluxo de dinheiro), n a

duração total do projecto (no caso acima 6 anos), i o custo do capital e FC o fluxo de caixa

naquele período.

Se a saída do caixa é apenas o investimento inicial, a fórmula pode ser escrita desta maneira: Em

que representa os valores dos fluxos de caixa de ordem "j", sendo j = 1, 2, 3, n;

representa o fluxo de caixa inicial e "i" a taxa de juro da operação financeira ou a taxa interna de

retorno do projecto de investimentos.

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3.4. Formas de análise

As formas de análise mais difundidas e mais utilizadas são:

Análise do Valor Presente Líquido – VPL

Análise da Taxa Interna de Retorno – TIR

Análise do Pay-Back

Análise dos Índices Financeiros

Economic Value Added (EVA®) – Valor Económico Adicionado (VEA)

3.5. Análise através do valor actual líquido – VAL

A análise do valor presente líquido, ou NPV (Net Present Value) na expressão em inglês, trata-se

de uma técnica onde os saldos de caixa futuros de um empreendimento são descontados a valor

presente considerando-se uma determinada taxa de juros. Em resumo, o cálculo do valor presente

líquido traz ao valor actual os saldos de caixa projectados.

O método do valor presente líquido (VPL) analisa as propostas de investimento de capital

comparando o investimento de caixa inicial e o valor presente dos fluxos de caixa líquidos. A

taxa de juros (retorno) utilizada nas análises de valor presente líquido é estabelecida pela

gerência. Essa taxa em geral baseia-se em factores como natureza do negócio, objectivo do

investimento, custo dos fundos de garantia para o investimento e taxa de retorno mínimo

desejável. (Reeve e Fess, p. 356).

O resultado do cálculo do valor presente líquido deve ser interpretado da seguinte forma:

Quando o VPL for menor que zero, o investimento é inviável, isso porque os resultados de caixa

futuros não serão suficientes para remunerar e recuperar o capital investido, pelo contrário, nesse

caso, o rendimento será negativo apresentado perda de recursos. Se igual a zero, é indiferente,

pois também não será capaz de remunerar o investimento, mas não ocorrerá perda do capital

investido.

Por outro lado, quando o valor presente líquido for maior do que zero, afirma-se que o

investimento é viável, pois será capaz de garantir e remunerar o capital investido.

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VALOR PRESENTE LíQUIDO ( VPL ) E TAXA INTERNA DE RETORNO ( TIR )

Imagine o seguinte fluxo de caixa. Este investimento prevê saídas de recursos (sinal negativo) e entrada de recursos ( sinal positivo).

Anos R$

0

1

2

3

4

Entradas (1) - 5 25 25 29,33

Saídas (2) 30 20 5 - -

Saldo (1) - (2) - 30 - 15 20 25 29,33

Considerar taxa de juros de 8% aa,

0 1 2 3 4

VAL = R$ 14,66

Ou seja, o investimento feito à taxa de juros do mercado, oferece uma remuneração de R$ 14,66

de lucro na data focal 0. Quanto maior o valor atual positivo, mais compensador é o

investimento. Por outro lado, se o valor atual for negativo, quanto maior seu valor mais prejuízo

dará o resultado do investimento. Se alterarmos a taxa de juros do investimento, alterará o valor

atual do investimento acima. Desta forma devemos procurar uma taxa de juros que torne o valor

atual nulo. A esta taxa de juros denomina-se Taxa de Retorno do investimento.

Se calcularmos o valor atual conforme variamos a taxa obteremos:

Taxa ( % aa ) Valor atual ( mt )

0 29,33

10 11,71

20 0,00

30 - 8,06

40 - 13,77

Como pode-se verificar na tabela o valor atual passa de positivo para negativo entre as taxas de 10% aa e 30% aa.

29,33

25 20

-

15 -30

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Devemos através de sucessivas tentativas encontra a taxa que mais aproxima o valor atual a zero adotando a seguinte técnica

TR – 30 = ____ 0 - 8,06__

10 - 30 11,71 – ( - 8,06) TR = 21,85 Calculamos novo Valor atual. V1 = - 1,71

Substituímos na fórmula acima, e assim sucessivamente até que o valor atual se aproxime a zero.

A taxa final obtida ficará em torno de 20% aa. Na decisão de investimento devemos escolher aquele que dê a maior taxa de retorno ou Taxa

interna de retorno.

3.6. EXERCÍCIOS

Um investimento foi realizado da seguinte forma: um valor inicial de 2.047,00, dois desembolsos

anuais de 300,00. Este investimento gerou um retorno de 1.000 durante 5 anos consecutivos.

Nestas condições determine:

a) VPL para a taxa mínima de atratividade de 5% aa. b) VPL para a taxa mínima de atratividade de 30% aa. c) A TIR.

Resp: a) 1.322,14 b) - 1.014,00

1000

$ 300

$ 2.047

0 1 2 3 4 5 6 7

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4. ANÁLISE ATRAVÉS DA TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR

A taxa interna de retorno (TIR ou IRR internal rate of return) é a taxa que iguala o valor presente

líquido a zero, ou seja, reflecte o ganho real a ser auferido no investimento. Por isso, afirma-se

que sua utilização e interpretação estão directamente associadas a análise do valor presente

líquido. Conforme Warren, Reeve e Fess (2001, p. 358) “ o método da taxa interna de retorno

utiliza os conceitos de valor presente para calcular a taxa de retorno dos fluxos de caixa líquidos

esperados nas propostas de investimento”

O cálculo manual da taxa interna de retorno é uma tarefa complexa de tentativa e erro, mas pode

ser resolvida através do emprego de calculadoras financeiras e aplicativos informatizados.

Gitman (2004).

A interpretação do resultado da taxa interna de retorno consiste na sua comparação com o custo

de capital ou taxa de retorno desejada. Quando a taxa interna de retorno é menor do que uma

dessas taxas, se entende que o investimento não é viável, e, por outro lado, quando é maior,

considera-se o investimento viável.

4.1. Taxa interna de retorno (tir)

A Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que iguala o valor actual líquido dos fluxos de

caixa de um projecto a zero. Em outras palavras, a taxa que com o valor actual das entradas seja

igual ao valor actual das saídas.

Para fins de decisão, a taxa obtida deverá ser confrontada a taxa que representa o custo de capital

da empresa e o projecto só deverá ser aceito quando a sua taxa interna de retorno superar o custo

de capital, significando que as aplicações da empresa estarão rendendo mais que o custo dos

recursos usados na entidade como um todo.

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Seu cálculo na HP 12C será registado a partir da seguinte linha de raciocínio :

O valor do ano 0 CHS G CF0, os valores dos anos 1 a 10 seguidos de G CFJ e depois F IRR.

EXEMPLO: RESOLUÇÃO (HP 12C):

ANO FLUXO DE CAIXA (R$)

1 666.560,00

2 666.560,00

3 777.598,00

4 807.598,00

5 888.792,00

6 888.792,00

7 888.792,00

8 888.792,00

9 888.792,00

10 888.792,00

Há uma íntima relação entre esses dois objetos matemáticos, sendo que as considerações

sobre eles devem resultar de análise invertidas quando se tratar de Investimentos ou

Financiamentos. A razão desta inversão é que alguém, ao realizar um Investimento de capital

espera ampliar o mesmo, ao passo que ao realizar um Financiamento de um bem espera

reduzir a aplicação.

Em um Investimento, se VPL for positivo, a Taxa Real (TIR) é maior do que a Taxa de

Mercado, se VPL for negativo, a Taxa real (TIR) é menor do que a Taxa de Mercado e se

VPL=0 então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (TIR).

F FIN

666.560,00 CHS G CFo

666.560,00 G CFJ

777.598,00 G CFJ

807.598,00 G CFJ

888.792,00 G CFJ

6 G NJ

F IRR 110,09 %

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Conclusão: Em um Investimento, se VPL é maior então a Taxa (TIR) também é maior. Em

um Financiamento, se VPL for positivo, a Taxa Real TIR é menor do que a Taxa de Mercado,

se VPL for negativo, a Taxa real TIR é maior do que a Taxa de Mercado e se VPL=0, então a

Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (TIR). Conclusão: Em um Financiamento, se

VPL é maior então a Taxa (TIR) é menor. Estas duas análises podem ser reduzidas ao quadro

abaixo.

VPL TIR do Investimento TIR do Financiamento

Igual a 0 Igual à Taxa de mercado Igual à Taxa de mercado

Positivo Maior que a Taxa de mercado Menor que a Taxa de mercado

Negativo Menor que a Taxa de mercado Maior que a Taxa de mercado

A TIR é uma das mais importantes alternativas para o cálculo de um orçamento de capital

além do VPL. Pode-se conceituar a TIR como a taxa de juros ganha em um investimento.

A diferença básica entre o cálculo do VPL e da TIR é que o VPL tem seu resultado expresso

em valores monetários e a TIR em percentuais. Devido a isso, a TIR é considerada mais fácil

de entender do que o VPL.

Para um melhor entendimento do significado da TIR, como exemplo, pode-se citar um projeto

que custa R$100mil hoje e pagará R$110 daqui a um ano. A pergunta que se faz é: “Qual a

taxa interna de retorno desse investimento?” A resposta seria 10%, ou seja, para cada R$

aplicado, teria o retorno de R$1,10.

Dessa forma, a TIR é de 10%, portanto podemos dizer que a regra da TIR é um investimento

aceitável se a TIR for superior ao retorno exigido. Do contrário, o projecto deve ser

descartado.

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5. ANÁLISE ATRAVÉS DO PAYBACK

O payback é o período de tempo necessário para que se recupere o investimento inicial em um

projecto e/ou empreendimento, onde é calculado a partir das entradas de caixa. Gitman (2004).

A análise do payback é considerada uma técnica não muito sofisticada porque não leva em

consideração o valor do dinheiro no tempo. Uma maneira de aprimorar a análise do payback é

trazer os saldos futuros de caixa ao valor presente, o que se chama de análise de payback

descontado.

No que tange aos critérios de decisão a partir do payback Gitman (2004, p. 339) afirma que “se o

período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será

aceito. Se o período de payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o

projecto será rejeitado.”

Assim, é possível observar que a análise através do payback deve levar em conta o fluxo de caixa

descontado, para que não resulte em informações desprovidas da realidade ou errôneas. A

justificativa em considerar os fluxos de caixa descontados reside no princípio de que o dinheiro

tem seu valor determinado em função do tempo, ou seja, o juro. Analisar o payback da maneira

simples é desconsiderar os custos inerentes à manutenção do capital, o que pode disfarçar a

verdadeira conclusão da viabilidade ou não do investimento.

5.1. Análise através dos índices financeiros

A análise através dos índices financeiros consiste em avaliar, através das demonstrações

financeiras, medidas de desempenho que mensurem a situação económica e financeira de uma

determinada empresa num dado período, normalmente um ano. A partir dos saldos dos grupos de

contas e resultados da empresa, se pode avaliar o desempenho, ou mensurá-lo, para um projecto

a ser implantado, em execução ou já realizado.

Esta técnica estabelece indicadores que têm como propósito evidenciar o grau de liquidez, o

endividamento, a eficiência da actividade, a estrutura patrimonial e a rentabilidade da

organização em análise.

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Os índices financeiros, além de servirem como significativa ferramenta de análise para avaliar

investimentos, também são muito utilizada por terceiros que apresentem interesse em oferecer

recursos às organizações, como, por exemplo, instituições financeiras, fornecedores e

investidores.

Matarazo (1998, p. 17) enfatiza que “a análise de balanços objetiva extrair informações das

demonstrações financeiras para a tomada de decisões”.

Gitman (2006, p. 42) afirma que “as informações contidas nas demonstrações financeiras são

importantes para diversos grupos que necessitam construir medidas relativas da eficiência

operacional da empresa’. Na prática a análise das demonstrações financeiras transforma os dados

nelas contemplados em informações que serão utilizadas na tomada de decisão. (Matarazzo,

1998).

Os índices que medem o grau de liquidez são divididos em liquidez seca, corrente e geral, e são

calculados a partir das contas do activo e passivo circulante e não circulante.

5.2. Os índices de endividamento da empresa

O índice de endividamento geral mede a proporção de recursos de terceiros que financiam o

activo total da empresa. Quanto menor, for o endividamento, menor o risco que a empresa estará

oferecendo aos capitais de terceiros.

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Conclusão

O trabalho teve o objectivo de evidenciar os principais aspectos críticos dos métodos

quantitativos de análise de investimentos. Foram considerados no estudo os métodos do fluxo de

caixa descontado mais utilizados pelas empresas: valor presente líquido, taxa interna de retorno e

índice de lucratividade.

Pela sua grande simplicidade e ampla utilização prática, foram também efectuadas algumas

discussões sobre o período de 'payback". Diante das limitações técnicas bastante conhecidas, foi

proposto que o seu uso fosse feito em valores de caixa actualizados.

Para os métodos de fluxo de caixa descontado, tecnicamente mais correctos, prevalece, na

maioria dos casos, a superioridade do valor presente líquido. No entanto foi discutida uma

situação em que o índice de lucratividade produz informações mais completas, principalmente

diante de restrições orçamentárias.

Page 17: Amiga   tio domingos val

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Bibliografia

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KUHEN, Osmar Leonardo, BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira aplicada e análise

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