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América Anglo-Saxônica A região abrange os países do continente americano com língua e cultura relacionadas ao Reino Unido. Apesar de a denominação "anglo-saxônica" ser frequentemente aplicada apenas aos países desenvolvidos da América do Norte (Canadá e EUA), também integram o grupo a Guiana (situada na América do Sul) e Belize (América Central). Aspectos Físico-Naturais Clima: determinado pela latitude predomina o temperado continental e oceânico. Apenas o norte do Canadá está nos limites entre o polar e o subpolar e a parte sul dos EUA está no tropical. Relevo: apresenta grande variação entre as duas costas da América do Norte. Na costa do oceano Pacífico, a oeste, estão as Montanhas Rochosas (formações recentes e elevadas). Segue-se uma grande planície central e, na costa do oceano Atlântico, a sudeste, estão formações antigas e desgastadas. Vegetação: predomina a floresta temperada, muito devastada. Aparecem ainda florestas boreais e tundra (ao norte do Canadá) e pradaria, pântanos e desertos (nas planícies centrais e no sul do continente norte-americano). O Relevo

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Page 1: América Anglo Saxõnica

América Anglo-Saxônica

A região abrange os países do continente americano com língua e cultura relacionadas ao Reino Unido. Apesar de a denominação "anglo-saxônica" ser frequentemente aplicada apenas aos países desenvolvidos da América do Norte (Canadá e EUA), também integram o grupo a Guiana (situada na América do Sul) e Belize (América Central).

Aspectos Físico-Naturais

Clima: determinado pela latitude predomina o temperado continental e oceânico. Apenas o norte do Canadá está nos limites entre o polar e o subpolar e a parte sul dos EUA está no tropical.

Relevo: apresenta grande variação entre as duas costas da América do Norte. Na costa do oceano Pacífico, a oeste, estão as Montanhas Rochosas (formações recentes e elevadas). Segue-se uma grande planície central e, na costa do oceano Atlântico, a sudeste, estão formações antigas e desgastadas.

Vegetação: predomina a floresta temperada, muito devastada. Aparecem ainda florestas boreais e tundra (ao norte do Canadá) e pradaria, pântanos e desertos (nas planícies centrais e no sul do continente norte-americano).

O Relevo

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Os Estados Unidos e o Canadá apresentam as seguintes características geológicas:

ESCUDOS ANTIGOS - Formados por rochas velhas, quase sempre magmáticas e metamórficas, que sofreram forte erosão, apresentando baixas altitudes (exemplo - Planalto do Labrador).

PLANÍCIES SEDIMENTARES – Na parte central do continente norte-americano.

DOBRAMENTOS RECENTES – Típicos da região oeste e de formação recente (era Terciária), apresentando grandes altitudes e vulcanismo ativo (exemplo - as Montanhas Rochosas).

Em função dessa estrutura geológica é que o relevo se organiza. Na porção leste da América do Norte, desde o Alasca até o México, destacam-se as Montanhas Rochosas, com extensão de 5.000 km.

Também no lado ocidental, próximo ao Oceano Pacífico, encontramos a Cadeia do Alasca, onde se localiza o ponto culminante do relevo norte americano: Monte Mckinley (6.100 m de altitude). Aí também aparecem a Serra Nevada, a Cadeia das Cascatas, a Cadeia da Costa e a Cadeia Santa Elias.

Na parte central e sul do continente, estão localizadas as Planícies Centrais ou Pradarias, de origem sedimentar.

As Montanhas Rochosas, à medida que se dirigem para o sul, inclinam – se para o interior do continente, formando o Planalto da Grande Bacia. Aí, estão situados o Grande Lado Salgado e o Vale da Morte (85 metros abaixo do nível do mar).

Completando essa paisagem, destacam-se o Planalto do Colorado (famoso pelo Grand Canyon, um enorme vale em garganta) e o Planalto da Colúmbia, que se alonga do norte dos EUA até o território canadense.

No lado oriental, há montanhas antigas, castigadas pela erosão, destacando-se os Montes Apalaches ou Alleghanis, separados do Oceano Atlântico pelas Planícies Costeiras. Entre noroeste e oeste do Canadá aparece o Escudo Canadense, que forma um arco com as extremidades voltadas para o mar.

Diferença entre o Gnaisse e o Granito

Gnaisse é uma rocha de origem metamórfica, resultante da deformação de sedimentos. R ochas metamórficas àquelas que são formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.

G ranito é uma rocha ígnea. As Rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis, que significa fogo) são um dos três

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principais tipos de rocha. A formação das rochas ígneas vêm do resultado da consolidação devida ao resfriamento do magma derretido ou parcialmente derretido.

Rochas sedimentares - As Rochas sedimentares são o produto de uma cadeia de processos que ocorrem na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo das rochas expostas à atmosfera. As rochas sedimentares são formadas a partir da pressão exercida sobre as partículas de sedimentos carregados e depositados pela ação do ar (vento), gelo ou água.

Escudo Canadense

Estende-se por todo o leste do Canadá e o Norte dos Estados Unidos. Corresponde a um grande bloco de rochas antigas, rígidas e desgastadas pela

erosão, com elevação entre 700 e 1000m e que perdem altitude e direção à Baía de Hudson.

A superfície deste escudo mostra uma marcante influência do avanço e do recuo das glaciações quaternárias, que alcançaram as imediações do paralelo de 40° (latitude de Nova York).

Os Apalaches

Apresentam uma série de picos arredondados onde as cadeias paralelas, de sentido longitudinal, sempre dificultaram as ligações do Atlântico com a Bacia de Ohio, no interior.

O ponto culminante é o Monte Mitchell, com 2.400m.

As Planícies Centrais

São formadas por sedimentos de origens glaciais e fluviais, originários da erosão do Escudo Canadense, dos Apalaches e, mais recentemente, das Montanhas Rochosas.

Do Vale do Mississipi até as Rochosas, as altitudes variam entre 300 e 1.500m.

Em direção a leste do Mississipi, suas altitudes ficam em torno dem200m. Estas planícies apresentam, em geral, solos de boa fertilidade, onde se pratica a agricultura comercial da América Anglo-Saxônica, além de importantes recursos minerais, como por exemplo, o petróleo.

As Montanhas Rochosas

É um extraordinário acidente do relevo, muito elevadas, com mais de 4.000m. Prolonga-se por 4.800 km, desde o México, passando pelos EUA e Canadá,

até o Alasca, passando pelos EUA e Canadá, até o Alasca.

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O Clima

FATORES DO CLIMA:

POSIÇÃO GEOGRÁFICA – Latitudes maiores significam menores temperaturas; assim, em direção ao norte, a região fica cada vez mais fria.

RELEVO – Influência fundamental sobre o clima da América do Norte, pois: forma um “corredor natural” no centro do continente, responsável pela canalização das massas de ar, ocasionando grande amplitude térmica (enormes diferenças entre o frio e o calor); o relevo determina, nos Estados Unidos, a formação de desertos nos planaltos de Colúmbia e do Colorado, já que as barreiras montanhosas impedem que os ventos úmidos atinjam os vales; além disso, o relevo diminui as temperaturas, no lado ocidental, em razão das grandes altitudes (cadeias da Costa e as Montanhas Rochosas).

CORRENTES MARÍTIMAS – No litoral noroeste dos Estados Unidos e a Oeste do Canadá, ocorrem chuvas intensas provocadas pelo Corrente Pacífico-Norte; na Flórida, sul dos Estados Unidos, a corrente do Golfo também aumenta o índice de pluviosidade. A costa leste é atingida pela corrente fria do Labrador, que congela o litoral até a altura de Nova Iorque. Já

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na porção oeste, a corrente fria da Califórnia torna semiárido todo o litoral ao redor da cidade de São Francisco.

MASSAS DE AR – duas massas de ar atingem a América Anglo-Saxônica. A primeira, chamada de massa Polar, atravessa as Planícies Centrais do Canadá, atingindo, por vezes, o Golfo do México. No Canadá, essa massa de ar gera temperaturas de aproximadamente -25º C; mais ao sul, a massa Polar se manifesta sob a forma de geadas e frentes frias. No verão, período no qual a massa Polar deixa de atuar, avança para o norte a massa Tropical, elevando as temperaturas e provocando chuvas intensas no sul e sudeste dos Estados Unidos.

As Principais Regiões Climatobotânica

Zona de Influência Polar

Temperaturas muito baixas (valores negativos durante quase todo o ano) Os invernos são rigorosos, chegando os termômetros a registrar valores de -

50°, no verão ocorrem temperaturas positivas durante dois ou três meses, mas nunca superior a 10°C

A precipitação é escassa e assume quase sempre a forma de neve

Área de Influência Continental

Situa-se no interior da América Anglo – Saxônica Relativa aridez devido á distancia das influências marítimas ou ao relevo, que

impede a penetração das massas úmidas (na porção Oeste da América do Norte, na região das Rochosas, o índice pluviométrico anual é baixo, situado-se entre 250 e 500 mm)

Grandes amplitudes térmicas diárias, e sazonais entre o verão e o inverno, com estações intermediárias de primavera e outono pouco definidas

Área marcada pela influência do relevo (clima temperado oceânico da Costa Oeste) temperado oceânico da Costa Oeste)

Ocorre no litoral do Pacífico, ao Norte do paralelo de 40° Apresenta verões frescos e invernos moderados Amplitude térmicas anuais pouco acentuadas e totais de pluviosidade em torno

de 2.000mm anuais A cobertura vegetal original é exuberante, destacando-se as sequoias

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Área temperada de influência Atlântica

Localiza-se nos Montes Apalaches e na costa leste. O verão possui elevadas temperaturas e grande umidade É sucedido por um inverno com frequentes ondas de frio e nevascas Vegetação formada por florestas de folhas caducas

Área subtropical

Compreende o Sul e o Sudeste do território dos Estados Unidos Temperaturas médias anuais variam entre 15° e 20°C,com verões quentes e

úmidos, e invernos amenos Os totais de chuvas oscilam entre 1.250 e 2.000mm anuais

Área de influência mediterrânea

Abrange o Estado da Califórnia (parte Sul) Temperaturas médias mensais oscilam entre 18 e 25°C Os verões são quentes e secos,enquanto nos meses de outono e inverno,

ocorrem escassas e irregular precipitações A aridez determina uma formação vegetal de pequeno porte com cascas

espessas revestindo o caule e com pouca folhagem (Chaparral da Califórnia)

Com relação aos grandes domínios climáticos da América Anglo-saxônica, observa-se a ocorrência, do norte para o sul, dos seguintes climas:

Subpolar – Ao norte do Alasca e do Canadá

Temperado continental – Na porção central do Canadá e nos Estados Unidos

Subtropical – Junto ao Golfo do México

Temperado oceânico – Na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá

Mediterrâneo – No litoral da Califórnia

Árido e semiárido – Nos planaltos interiores a oeste dos Estados Unidos

De montanha – No domínio dos dobramentos modernos

A grande diversidade de climas na América Anglo-saxônica explica a presença de uma grande variedade de paisagens vegetais em seu território, dentre as quais se destacam:

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Tundra – Na zona glacial do Canadá e no Alasca;

Floresta boreal (Taiga) – No Grande Norte canadense

Floresta temperada – Encontra-se muito devastada

Pradarias – Nas planícies centrais dos Estados Unidos e do Canadá

Vegetação xerófila – Nos planaltos semiáridos e áridos interioranos, a oeste

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A Vegetação

Como não poderia deixar de ser, as grandes variações de climas e relevo da América do Norte geram uma vegetação também muito diversificada.

FLORESTA BOREAU – situada ao sul do Círculo Polar Ártico (Canadá e Alasca). Trata-se de uma floresta de coníferas (pinheiros, carvalhos, faias, etc.). Grande é sua importância econômica, fazendo do Canadá um dos maiores produtores mundiais de papel e madeira.

TUNDRA – constituída por musgos e liquens e localizada ao norte do Canadá.

FLORESTAS TEMPERADAS OU DE MONTANHAS – características, no leste, do planalto do Labrador e Apalaches, e, a oeste das Montanhas Rochosas e cadeias da Costa.

PRADARIAS – gramíneas e herbáceas que ocupam as Planícies Centrais.

FLORESTAS LATIFOLIADAS – presentes na Flórida, consistindo de uma formação arbórea bastante densa. Típicas da península da Flórida e do Golfo do México, nas áreas mais baixas transformam-se me mangues e pântanos.

ESTEPES – presentes nas regiões áridas e semiáridas do oeste americano, sendo compostas por arbustos de pequena altura e gramíneas ressecadas.

VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA – encontrada no litoral da Califórnia, é uma vegetação típica de climas semiáridos temperados com pouca precipitação pluviométrica no inverno.

Hidrografia

A rede hidrográfica é composta por um canal principal (rio) e seus afluentes, que têm tamanha e formas diferentes, de acordo com uma hierarquia. A área drenada pela rede é chamada de bacia hidrográfica.

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O limite entre as bacias hidrográficas constitui o divisor de águas, que corresponde às partes mais elevadas do relevo.

Principais vertentes Anglo – Saxônicas:

Vertente Ártica

Essas vertentes compreende os rios que nasce nas Montanhas Rochosas ou Planaltos Canadense e corre correm para o norte principal. Característica dos rios da vertente ártica é que suas águas ficam congeladas durante boa parte do ano.

Vertente do Pacífico

Rios que correm para o Oceano Pacífico e, graças ao relevo acidentado da região, apresentam grande potencial hidrelétrico, favorecendo a indústria.

Vertente do Golfo do México

Rios de planície, portanto largos, lentos e ideais para a navegação (exemplo – Rio Mississipi).

Vertente do Atlântico

Rios que se dirigem para o Oceano Atlântico.

Os Lagos da América Anglo-Saxônica

Os Grandes Lagos são um conjunto de cinco lagos situados na América do Norte, entre o Canadá e os Estados Unidos da América. Formado pelos lagos, Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, os Grandes Lagos são o maior grupo de lagos de água doce do mundo, e a bacia hidrográfica dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço é o maior reservatório de água doce do mundo.

Se observarmos o mapa físico da América Anglo-Saxônica, no sentido norte-sul, a primeira coisa que chama nossa atenção é um conjunto lacustre: os Grandes Lagos, formado pelos lagos Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário

Todos eles são interligados e entram em contato com o Oceano Atlântico através do rio São Lourenço, sendo amplamente navegável, o que contribui para o escoamento dos produtos industrializados dos Estados Unidos e do Canadá.

Nesse país, também é muito comum a presença de lagos formados por glaciação, isto é, águas provenientes do derretimento de neves que se alojam

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em rebaixamentos do relevo. Os principais lagos causados por esse fenômeno são: Manitoba, Winnipeg, Grande Lago do Urso e o Atabasca.

Na parte centro-sul do continente, localiza-se a maior bacia fluvial da América do Norte: a do Mississipi, que nasce no Lago Superior e tem sua foz no Golfo do México. Seus principais afluentes são os rios Missouri, Ohio e Arkansas.

Finalmente, na extremidade sul dos Estados Unidos, corre o rio Grande ou Bravo del Norte, que é o marco fronteiriço com o México.

NAFTA

O NAFTA é o “North American Free Trade Agreement”, ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.

O bloco econômico formado por Estados Unidos, México e Canadá (América do Norte) em 1992 tem como objetivo facilitar as transações econômicas entre esses países, assim como, abolir as taxações sobre a circulação de mercadorias e produtos.

Objetivos do NAFTA

Garantir aos países participantes uma situação de livre comércio, derrubando as barreiras alfandegárias, facilitando o comércio de mercadorias entre os países membros;

Reduzir os custos comerciais entre os países membros; Ajustar a economia dos países membros, para ganhar competitividade no

cenário de globalização econômica; Aumentar as exportações de mercadorias e serviços entre os países

membros;

As opiniões sobre este acordo dividem-se: enquanto que alguns consideram que consolidou o comércio regional na América do Norte, beneficiou a economia mexicana e ajudou-a a enfrentar a concorrência representada pelo Japão e pela União Europeia.

Outros defendem que apenas transformaram o Canadá e o México em "colônias" dos EUA, piorou a pobreza no México e aumentou o desemprego nos EUA.

Questão Separatista do Canadá

Os processos de colonização inglesa e francesa no norte da América tiveram início praticamente no mesmo momento, com a fundação da colônia inglesa de Virgínia (1607) e do pequeno núcleo de Quebec (1608). No entanto, a estrutura política e social dessas áreas coloniais era bem diferente.

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Na parte inglesa, havia treze colônias, marcadas por profundas diferenças socioeconômicas. Os núcleos nortistas, muitos deles estabelecidos por dissidentes religiosos - Puritanos -, estavam pontilhados de indústrias e pequenas propriedades rurais familiares, e utilizavam basicamente mão de obra livre. Já as colônias sulistas dispunham de ricas plantações de fumo, algodão e outros produtos de exportação, cultivados com o braço escravo.

Na Nova França predominavam funcionários civis e militares e aventureiros, que habitavam a região onde hoje está a província canadense de Quebec e transitavam por uma tênue ligação, ao longo do Mississipi e de outros rios, com o grande porto francês de Nova Orleans, fundado no golfo do México em 1718. Não havia, na América francesa, nem a massa de escravos nem os núcleos de produtores livres que asseguravam o dinamismo econômico da parte inglesa. O resultado era uma enorme disparidade populacional: em 1753, enquanto as Treze Colônias contavam com 1,3 milhões de habitantes, a parcela francesa contava com apenas 50 mil indivíduos.

A relação entre franceses e britânicos era marcada por conflitos frequentes, que tinham como motivação tanto disputas ocorridas dentro da Europa quanto choques de interesses nas colônias. Um dos principais embates da época foi a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), que opôs os britânicos e seus aliados ao bloco austro-francês. Os combates se sucederam na Europa, na Ásia e na América.

No norte do continente americano, a guerra resultou no fim da soberania francesa no território de Quebec e Montreal, conquistados pelos ingleses em 1759 e 1760. Três anos depois, ao assinarem, em Paris, o tratado de paz, França e Inglaterra mantiveram a região sob comando inglês.

A partir desse momento, os canadenses de origem francesa intensificaram sua resistência cultural, como forma de manter vivos seus costumes e raízes. Para evitar novos conflitos, os britânicos se dispuseram a realizar uma série de concessões e aprovaram, em 1774, o Ato de Quebec - que reconhecia os direitos civis dos cidadãos de origem francesa e garantia liberdade religiosa e linguística.

Uma mudança importante viria em 1791, com a lei que dividiu o Canadá francês e formou as colônias do Canadá Superior e Inferior - atualmente as províncias de Ontário e Quebec. A independência canadense veio em 1867.

Estados Unidos

Regiões Econômicas do EUA

Os EUA se dividem em três regiões geoeconômicas:

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As principais áreas industriais são o vale do rio São Lourenço e a região dos Grandes Lagos (destacando – se a indústria automobilística), entre os EUA e o Canadá; nos EUA há também o Texas (indústria de Petróleo), a Califórnia (Vale do Silício com a indústria da informática) e Seattle com grande desenvolvimento industrial.

Essas regiões concentram grande parcela da atividade industrial, sendo chamadas, nos EUA, de manufacturing belt, com destaque para as indústrias siderúrgica, química, automobilística, metalúrgica, construção naval, elétrica, eletrônica e alimentícia.

NORDESTE – Região compreendida entre os Grandes Lagos e o litoral do Atlântico pode ser definida como uma área caracterizada por um “cinturão industrial”, pois produz 40% dos máquinofaturados norte-americanos.

Razões dessa concentração industrial: mão de obra qualificada; alto grau de organização, reservas minerais (carvão mineral nos Montes Apalaches e minério de ferro no Lago Superior); fontes energéticas (hidrelétrica, termelétrica e nuclear) e facilidades de transporte (rodoferroviário, aéreo e hidrofluvial), já que os Grandes Lagos são amplamente navegáveis e se interligam com a Bacia do Mississipi. Principais produtos do parque industrial do Nordeste: aço (terceira maior produção mundial); automóveis (a maioria das fábricas sediada na cidade de Detroit, hoje em relativo declínio); química.

PLANÍCIES CENTRAIS – Celeiro agrícola e ricos depósitos petrolíferos; a agricultura nessa área é monocultural, levada a efeito em grandes propriedades e com grandes investimentos tecnológicos, formando os “belts” (cinturões), destacam-se três: “wheat belt” (cinturão do trigo) – no alto Missouri e no centro da planície, cultiva-se a terceira maior produção mundial de trigo, “corn belt” (cinturão do milho) – na região do sul dos Grandes Lagos, é cultivada a maior produção mundial de milho, destinado à indústria de ração animal, principalmente para suínos (segundo maior rebanho mundial); “cotton belt” (cinturão do algodão) – o sudeste das planícies centrais é responsável pela terceira maior produção mundial de algodão. No sul das planícies centrais, principalmente no estado do Texas, estão as maiores reservas petrolíferas dos EUA. O petróleo é responsável pela predominância, na região, de indústria petroquímica. Na Louisiana, principalmente em Nova Orleans, concentram-se grandes complexos industriais de alimentos.

Apesar da grande importância da produção industrial do nordeste, atualmente há uma grande concentração industrial no sul e sudeste (“Sun belt” - cinturão do sol), caracterizada pela presença de empresas de “tecnologia de ponta” e de

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alimentos. Finalmente, a área conhece o florescimento do turismo, principalmente na Flórida, onde a cidade de Miami, a Disneyworld e a Base Espacial do Cabo Kennedy (antigo Cabo Canaveral) são importantes polos de atração de visitantes.

OESTE – Área que se estende das Montanhas Rochosas até o Pacífico. Aí, além de grandes jazidas minerais (cobre, chumbo e prata), é praticada uma agricultura baseada na irrigação (dry farming) em função do clima árido e semiárido. No interior das Montanhas Rochosas, mais exatamente nos planaltos de Colúmbia e do Colorado, destacam-se a pecuária extensiva de bovinos (ranching belt - cinturão das fazendas pecuaristas) e a criação de ovinos.

Na Califórnia, São Francisco é o grande porto e também concentra indústrias alimentícias enquanto Los Angeles se caracteriza pela indústria cinematográfica.

Em Seattle, sede da empresa Boeing Aircraft Corporation, predomina a indústria aeronáutica. A área é a sede do “complexo industrial- militar (indústria armamentista) dos EUA”. Por fim, na região está situado o “Vale do Silício”, onde estão presentes empresas de alta sofisticação tecnológica, principalmente no setor da informática.

CANADÀ

Dados Populacionais

O grande problema social e político do próspero Canadá é sua composição étnica. A maior parte dela é de origem britânica (45%), descendente de colonos britânicos e norte-americanos de extração inglesa. No entanto, 29% são de etnia francesa.

Essa diversidade ameaça a unidade interna do Canadá, pois boa parte da população de Quebec – linguística e culturalmente francesa – apoia a o separatismo ou, pelo menos, maior autonomia administrativa. Vários plebiscitos foram feitos e, a cada um deles, aumentam os votos dados aos separatistas.

Economia

AGRICULTURA – Trigo (quinto maior produtor mundial e segundo maior exportador); cevada (segundo produtor mundial); aveia (terceiro produtor mundial); centeio e milho.

EXTRATIVISMO VEGETAL – Nas florestas canadenses, a extração de madeira e a caça a animais de peles raras e caras desempenham um papel fundamental.PECUÁRIA - suínos e bovinos.

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PESCA – Importante atividade econômica nas províncias marítimas e na Colúmbia Britânica.

RECURSOS MINERAIS – Ferro (sétima maior produção mundial); urânio (segunda maior produção mundial); amianto (maior produtor mundial); zinco (terceira produção mundial); ouro (terceira produção mundial); níquel (primeira produção mundial); prata (primeira produção mundial); chumbo (sexta maior produção mundial); cobre (quinta produção mundial); petróleo e gás natural.

FONTES ENERGÉTICAS – Hidrelétrica (quarta maior produção mundial) e termonuclear.

INDÚSTRIAS – Metalurgia; siderurgia; automóveis; madeireira; papel (50% do papel-jornal utilizado no mundo vêm do Canadá); aeroespacial; alimentícias; bebidas; têxtil e vestuário.

As Cinco Grandes Regiões Geoeconômicas do Canadá

GRANDE NORTE – Compreende o território do Yukon e os do Noroeste, áreas de extrativismo mineral (ouro, cobre e urânio); caça e pesca.

COLÚMBIA BRITÂNICA – A cidade de Vancouver é o principal porto canadense no Pacífico. Na região se concentram a indústria madeireira e a metalurgia de cobre e chumbo. Outras importantes atividades econômicas da área são a pesca do salmão e a fruticultura (maçãs).

PRADARIAS – Zona de produção agrícola amplamente mecanizada, destacando-se a aveia (terceira maior produção mundial) e a cevada (quarta maior produção mundial). Aí também, além da agropecuária, há ricas jazidas de combustíveis fósseis: carvão mineral; gás natural e petróleo.

SUDESTE – A mais industrializada região geoeconômica do Canadá; produção hidrelétrica; metalurgia, principalmente de alumínio, e siderurgia. Deve se destacar também a pecuária leiteira. Na área, localiza-se o principal porto canadense: Montreal situados margens do rio São Lourenço.

PROVÍNCIAS ATLÂNTICAS – Litoral leste canadense onde, apesar de pouco povoadas, destacam-se a presença de pequenas manufaturas e agropecuária. Sua atividade mais importante é a pesca do bacalhau e da baleia.