ambiental atualização site - 2a para 3a ed - código florestal

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Direito Ambiental - Novo Código Florestal

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Page 1: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

MANUAL DE DIREITO AMBIENTAL

ROMEU THOMÉ

ATUALIZAÇÃO DA 2ª PARA A 3ª EDIÇÃO

CAPÍTULO 6 NOVO CÓDIGO FLORESTALBRASILEIRO (LEI 12.651/2012)

NA PÁGINA 304:

Onde se lê: “Já em 25 de maio de 2012, e após intensos debates travados no Congresso

Nacional, foi publicada a Lei 12.651/2012, denominada por alguns como Novo Código

Florestal. O texto final, alterado pela Medida Provisória 571/2012, se por um lado

mantém as Áreas de Preservação Permanente – APP e as Áreas de Reserva Legal – RL,

por outro, beneficia uma série de degradadores que impactaram negativamente a

vegetação em suas propriedades até 22 de julho de 2008. O polêmico texto do Novo

Código Florestal, que revoga expressamente a Lei 4.771/65 (antigo Código Florestal),

será analisado no presente Capítulo.”

LEIA-SE:

“Já em 25 de maio de 2012, e após intensos debates travados no Congresso Nacional,

foi publicada a Lei 12.651/2012, denominada por alguns como Novo Código Florestal.

O texto final, alterado pela Medida Provisória 571/2012 (posteriormente convertida

na Lei 12.727, de 17 de outubro de 2012), se por um lado mantém as Áreas de

Preservação Permanente – APP e as Áreas de Reserva Legal – RL, por outro, beneficia

uma série de degradadores que impactaram negativamente a vegetação em suas

propriedades até 22 de julho de 2008. O polêmico texto do Novo Código Florestal, que

revoga expressamente a Lei 4.771/65 (antigo Código Florestal), será analisado no

presente Capítulo.”

NA PÁGINA 305:

Onde se lê: “De intróito, ressalte-se que o Novo Código Florestal não se restringe à

proteção das florestas. A Lei 12.651/20125 tem por objetivo a proteção das florestas e

demais formas de vegetação, nos termos do seu artigo 1º-A, caput, e artigo 2º.”

LEIA-SE:

De intróito, ressalte-se que o Novo Código Florestal não se restringe à proteção das

florestas. A Lei 12.651/20121 tem por objetivo a proteção das florestas e demais

formas de vegetação, nos termos do seu artigo 2º, caput.

1. Alterada pela Lei 12.727, de 17 de outubro de 2012.

Page 2: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

NA PÁGINA 306:

Onde se lê: “A Lei 12.651/2012 inova em relação à legislação anterior ao elencar uma

série de princípios a serem observados na implementação do desenvolvimento

sustentável tendo em vista a proteção e o uso das florestas e demais formas de

vegetação. A norma afirma o compromisso do País com a preservação da flora, da

biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos e com a integridade do sistema

climático, visando ao bem-estar das presentes e futuras gerações. Reconhece, ainda, a

função estratégica da produção rural na manutenção e recuperação das florestas e o

compromisso do País com um modelo ecologicamente viável de desenvolvimento. Em

relação à implementação de políticas públicas, prevê a compatibilização da política de

uso e proteção das florestas com a Política Nacional do Meio Ambiente, a Política

Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza, a Política de Gestão de Florestas Públicas, a Política

Nacional sobre Mudança do Clima e a Política Nacional da Biodiversidade. O Novo

Código Florestal, seguindo a tendência das normas nacionais e internacionais de

proteção ambiental, prevê a criação e utilização de incentivos jurídicos e econômicos

para a preservação e recuperação da vegetação nativa, como a servidão ambiental.”

LEIA-SE:

A Lei 12.651/2012 inova em relação à legislação anterior ao elencar uma série de

princípios2 a serem observados na implementação do desenvolvimento sustentável

tendo em vista a proteção e o uso das florestas e demais formas de vegetação. A norma

afirma o compromisso do País com a preservação da flora, da biodiversidade, do solo e

dos recursos hídricos e com a integridade do sistema climático, visando ao bem-estar

das presentes e futuras gerações. Reconhece, ainda, a função estratégica da produção

rural na manutenção e recuperação das florestas e o compromisso do País com um

modelo ecologicamente viável de desenvolvimento. O Novo Código Florestal, seguindo

a tendência das normas nacionais e internacionais de proteção ambiental, prevê a

criação e utilização de incentivos econômicos para a preservação e recuperação da

vegetação nativa, como a servidão ambiental.

NAS PÁGINAS 307 e 308:

Onde se lê: “Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais

ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do

leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)

metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200

(duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a

600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a

600 (seiscentos) metros;

II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima

2. Art. 1º-A, I a VI, da Lei 12.651/2012.

Page 3: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte)

hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida na

licença ambiental do empreendimento, observado o disposto nos §§ 1º e 2º;

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja

sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela

Medida Provisória nº 571, de 2012).

V – as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%

(cem por cento) na linha de maior declive;

VI – as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII – os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em

faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

IX – no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100

(cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva

de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em

relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou

espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais

próximo da elevação;

X – as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja

a vegetação;

XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50

(cinquenta) metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado. (Redação dada

pela Medida Provisória nº 571, de 2012).

§ 1º Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios

artificiais de água não decorram de barramento ou represamento de cursos

d’água.

§ 2º No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 (vinte)

hectares de superfície, a área de preservação permanente terá, no mínimo, 15 (quinze)

metros.

§ 3º (VETADO).

§ 4º Fica dispensado o estabelecimento das faixas de Área de Preservação Permanente

no entorno das acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a

1 (um) hectare, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (Redação dada

pela Medida Provisória nº 571, de 2012).

§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o

inciso V do art. 3º desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante

de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos,

desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja

conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre.

§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de

que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aqüicultura e a

infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:

I – sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,

garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais

de Meio Ambiente;

II – esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos

hídricos;

Page 4: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

III – seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;

IV – o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

V – não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela Medida

Provisória nº 571, de 2012).

§ 7º (VETADO).

§ 8º (VETADO).

§ 9º Em áreas urbanas, assim entendidas as áreas compreendidas nos perímetros

urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações

urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da

faixa de passagem de inundação terão sua largura determinada pelos respectivos

Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, ouvidos os Conselhos Estaduais e

Municipais de Meio Ambiente, sem prejuízo dos limites estabelecidos pelo inciso I do

caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012).

§ 10. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros

urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações

urbanas, observar-se-á o disposto nos respectivos Planos Diretores e Leis

Municipais de Uso do Solo, sem prejuízo do disposto nos incisos do caput. (Incluído

pela Medida Provisória nº 571, de 2012).

LEIA-SE:

Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou

urbanas, para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,

excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)

metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200

(duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600

(seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600

(seiscentos) metros;

II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte)

hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de

barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença

ambiental do empreendimento;

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja

sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;

V – as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%

(cem por cento) na linha de maior declive;

VI – as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII – os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em

faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

IX – no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100

Page 5: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

(cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva

de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em

relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou

espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais

próximo da elevação;

X – as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja

a vegetação;

XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50

(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

§ 1º Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios

artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água

naturais.

§ 2º (REVOGADO). § 3º (VETADO).

§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um)

hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do

caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão

ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o

inciso V do art. 3º desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante

de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos,

desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja

conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre.

§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de

que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a

infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:

I – sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,

garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais

de Meio Ambiente;

II – esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos

hídricos;

III – seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;

IV – o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

V – não implique novas supressões de vegetação nativa.

§ 7º (VETADO).

§ 8º (VETADO).

§ 9º (VETADO).

§ 10. (VETADO).

NAS PÁGINAS 317 e 318:

Onde se lê: “Cabe observar que, em relação à definição dos casos de utilidade pública,

interesse social e de baixo impacto ambiental, o Novo Código Florestal apresenta

inovação ao possibilitar que “outras atividades similares” àquelas previstas nos incisos

VIII, IX, X do artigo 3º também possam ser caracterizadas como de utilidade pública,

interesse social e de baixo impacto ambiental, situações estas que passam a ser definidas

pelo Chefe do Poder Executivo Federal (nos dois primeiros casos) ou pelo Conselho

Nacional ou Estadual de Meio Ambiente (no caso de situações de baixo impacto

ambiental). Desta forma, o que nas normas anteriores era apresentado como numerus

clausus (lista fechada de hipóteses), passa a ser tratado como uma relação

exemplificativa, tendo em vista a norma genérica inserida pelo legislador no artigo 3º,

Page 6: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

VIII, IX e X da Lei 12.651/2012, possibilitando a inserção de novas situações em que

poderá ser admitida a supressão de vegetação de APP. A referida inovação do Novo

Código Florestal é, do ponto de vista da proteção do meio ambiente, no mínimo

questionável.”

LEIA-SE:

Cabe observar que, em relação à definição dos casos de utilidade pública, interesse

social e de baixo impacto ambiental, o Novo Código Florestal possibilita que “outras

atividades similares” àquelas previstas nos incisos VIII, IX, X do artigo 3º também

possam ser caracterizadas como de utilidade pública, interesse social e de baixo impacto

ambiental, situações estas deverão ser definidas pelo Chefe do Poder Executivo Federal

(nos dois primeiros casos) ou pelo Conselho Nacional ou Estadual de Meio Ambiente

(no caso de situações de baixo impacto ambiental). Desta forma, o que deveria ser

tratado como numerus clausus (lista fechada de hipóteses) apresenta-se como uma

relação exemplificativa, tendo em vista a norma genérica inserida pelo legislador no

artigo 3º, VIII, IX e X da Lei 12.651/2012, possibilitando a inserção de novas situações

em que poderá ser admitida a supressão de vegetação de APP.

A referida flexibilização de hipóteses presente no Novo Código Florestal é, do ponto de

vista da proteção do meio ambiente, no mínimo questionável.

NA PÁGINA 328:

Onde se lê: “Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou

coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação

a cada imóvel, mediante a aprovação do órgão competente do Sisnama.

Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser

agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.”

LEIA-SE:

Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre

propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada

imóvel.

Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser

agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

NA PÁGINA 328:

Onde se lê: “Para a instituição de uma Reserva Legal condominial, algumas condições

extraídas do arcabouço jurídico civil e ambiental deverão ser obedecidas. São elas:

a) que as propriedades sejam contínuas (não é condição expressamente estabelecida,

mas é evidente que um condomínio imobiliário exige contiguidade de propriedades

condominiais);

b) que o percentual legal em relação a cada imóvel seja respeitado (significa que a

totalidade de Reserva Legal do condomínio terá que corresponder à soma do percentual

de todas as propriedades que dele fazem parte); c) que haja a aprovação do órgão

ambiental competente;

d) que sejam comprovadas as averbações ou realizadas as inscrições no CAR

referentes a todos os imóveis integrantes do condomínio.”

LEIA-SE:

Page 7: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

Para a instituição de uma Reserva Legal condominial, algumas condições extraídas do

arcabouço jurídico civil e ambiental deverão ser obedecidas. São elas:

a) que as propriedades sejam contínuas (não é condição expressamente

estabelecida, mas é evidente que um condomínio imobiliário exige contiguidade

de propriedades condominiais)3;

b) que o percentual legal em relação a cada imóvel seja respeitado (significa

que a totalidade de Reserva Legal do condomínio terá que corresponder à soma

do percentual de todas as propriedades que dele fazem parte);

c) que sejam comprovadas as averbações ou realizadas as inscrições no CAR

referentes a todos os imóveis integrantes do condomínio.

NA PÁGINA 337:

Onde se lê: “Com o escopo de controlar a origem dos produtos ou subprodutos

florestais utilizados nas mais variadas atividades, como a madeira e o carvão, o Novo

Código Florestal prevê a integração de dados dos diferentes entes federativos através de

um sistema coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente,

cujos dados devem ser disponibilizados para acesso público por meio da rede mundial

de computadores, em respeito ao princípios da informação, da participação comunitária

e da obrigatoriedade de atuação estatal.”

LEIA-SE:

Com o escopo de controlar a origem dos produtos ou subprodutos florestais utilizados

nas mais variadas atividades, como a madeira e o carvão, o Novo Código Florestal

prevê a integração de informações dos diferentes entes federativos através de um

sistema coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente, cujos

dados devem ser disponibilizados para acesso público por meio da rede mundial de

computadores, em respeito ao princípio da informação, da participação comunitária e da

obrigatoriedade de atuação estatal.

NA PÁGINA 338:

Onde se lê: “Ainda sobre a origem de produtos florestais, determina o Novo Código

Florestal que o comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa

dependerá de licença do órgão estadual competente e de registro no Cadastro Técnico

Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos

Ambientais, previsto no art. 17 da Lei no 6.938/81. Por sua vez, a exportação de plantas

vivas e outros produtos da flora dependerá de licença do órgão federal competente do

SISNAMA.”

LEIA-SE:

Ainda sobre a origem de produtos florestais, determina o Novo Código Florestal que o

comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa dependerá de

licença do órgão estadual competente e de registro no Cadastro Técnico Federal de

Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto

3. SILVA, 2003. p. 184.

Page 8: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

no art. 17 da Lei no 6.938/81. Por sua vez, a exportação de plantas vivas e outros

produtos da flora dependerá de licença do órgão federal competente do SISNAMA.

NA PÁGINA 338:

Onde se lê: “Permite-se ainda a queima controlada em Unidades de Conservação, em

conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do

órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da

vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à

ocorrência do fogo.69 As atividades de pesquisa científica vinculadas a projeto de

pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de

pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do

Sisnama, também estão autorizadas a utilizar o fogo.”

LEIA-SE:

Permite-se ainda a queima controlada em Unidades de Conservação, em

conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do

órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da

vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à

ocorrência do fogo.4 É o caso, por exemplo, de vegetação do bioma cerrado. O fogo

pode contribuir para a germinação de sementes, que precisam sofrer choque térmico

para que haja a quebra de sua dormência vegetativa, sobretudo nos casos de sementes

impermeáveis. O uso do fogo, desta forma, depende de adequado manejo, sob pena de

acarretar danos irreparáveis ao meio ambiente.

As atividades de pesquisa científica vinculadas a projeto de pesquisa devidamente

aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida,

mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do SISNAMA, também

estão autorizadas a utilizar o fogo.

NA PÁGINA 346:

Onde se lê: “Os instrumentos econômicos têm lugar de destaque no Novo Código

Florestal que prevê, dentre outros, a utilização de medidas tributárias e fiscais como

mecanismos de estímulo à proteção dos recursos naturais. A extrafiscalidade pode ser

utilizada como um relevante instrumento para incentivar comportamentos

ambientalmente corretos, podendo o Poder Público utilizar alíquotas diferenciadas,

isenções, compensações e incentivos àqueles que adotarem ações benéficas à proteção

do meio ambiente. Prevê a Lei 12.651/2012 a possibilidade, por exemplo, de

estabelecimento de diferenciação tributária para empresas que industrializem ou

comercializem produtos originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os

padrões e limites para a preservação das Áreas de Preservação Permanente-APP e Áreas

de Reserva Legal, ou que estejam em processo de cumpri-los.”

LEIA-SE:

Os instrumentos econômicos têm lugar de destaque no Novo Código Florestal que

prevê, dentre outros, a utilização de medidas tributárias e fiscais como mecanismos

de estímulo à proteção dos recursos naturais. A extrafiscalidade pode ser utilizada

4. Art.38, II, da Lei 12.651/2012.

Page 9: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

como um relevante instrumento para incentivar comportamentos ambientalmente

corretos, podendo o Poder Público utilizar alíquotas diferenciadas, isenções,

compensações e incentivos àqueles que adotarem ações benéficas à proteção do meio

ambiente. Prevê a Lei 12.651/2012 a possibilidade, por exemplo, de estabelecimento

de diferenciação tributária para empresas que industrializem ou comercializem

produtos originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrões e

limites para a preservação das Áreas de Preservação Permanente-APP e Áreas de

Reserva Legal, ou que estejam em processo de cumpri-los.5

A Lei 12.651/2012 prevê6 que os recursos arrecadados a título de compensação

ambiental (prevista no artigo 36 da Lei 9.985/00) podem ser destinados aos

proprietários de áreas localizadas nas zonas de amortecimento (entorno) de uma unidade

de conservação de proteção integral. Desta forma, poderão receber apoio técnico-

financeiro para a recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a gestão das

unidades de conservação.7

NA PÁGINA 356:

Onde se lê: “O Novo Código Florestal autoriza, expressamente, a continuidade das

atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural nas Áreas de Preservação

Permanente em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008, inscritas no

Programa de Regularização Ambiental-PRA. Importante observar que a possibilidade

de continuidade de tais atividades em áreas rurais consolidadas não autoriza, por óbvio,

a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais.”

LEIA-SE:

“O Novo Código Florestal autoriza, expressamente, a continuidade das atividades

agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural nas Áreas de Preservação

Permanente em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008, inscritas no

Programa de Regularização Ambiental-PRA. Importante observar que a

possibilidade de continuidade de tais atividades em áreas rurais consolidadas não

autoriza, por óbvio, a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses

locais.”8

NA PÁGINA 356:

Onde se lê: “A recomposição da vegetação de APP, nesses casos, poderá ser realizada,

isolada ou conjuntamente, pela utilização dos seguintes métodos:

I – condução de regeneração natural de espécies nativas;

II – plantio de espécies nativas;

5. Art.41, parágrafo 2º, da Lei 12.651/2012.

6. Art. 41, parágrafo 6º, da Lei 12.651/2012.

7. Sobre as unidades de conservação da natureza vide Capítulo 7.

8. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos nos limites de Unidades de

Conservação de Proteção Integral criadas por ato do Poder Público até a data de publicação do Novo

Código Florestal não são passíveis de ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas (art.

61-A, parágrafo 16, da Lei 12.651, de 25.05.2012). Sobre as Unidades de Conservação, vide Capítulo

7 desta obra.

Page 10: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

III – plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de

espécies nativas;

IV – plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas,

no caso de pequena propriedade ou posse rural familiar.”

LEIA-SE:

A recomposição da vegetação de APP, nesses casos, poderá ser realizada, isolada ou

conjuntamente, pela utilização dos seguintes métodos:

I – condução de regeneração natural de espécies nativas;

II – plantio de espécies nativas;

III – plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração

natural de espécies nativas;

IV – plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo,

exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por cento)

da área total a ser recomposta, no caso dos imóveis a que se refere o inciso V

do caput do art. 3o.

NAS PÁGINAS 357 e 358:

Onde se lê: “Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais

ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha

do leito regular, em largura mínima de:”

LEIA-SE:

Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou

urbanas, para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos

os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

NA PÁGINA 357:

Onde se lê: “Por sua vez, aos imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos

fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo

de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas

marginais:

a) em 20 (vinte) metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com

área superior a 4 (quatro) e de até 10 (dez) módulos fiscais, nos cursos d’agua com até

10 (dez) metros de largura;

b) nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água,

observado o mínimo de 30 (trinta) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da

borda da calha do leito regular.”

LEIA-SE:

Por sua vez, aos imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que

possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos

d’água naturais, será obrigatória a recomposição nos termos da determinação do PRA,

observado o mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda

Page 11: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

da calha do leito regular. 9 Ao regulamentar o Novo Código Florestal, o Decreto

7.830/2012 esclarece, em seu artigo 19, parágrafo 4º que, “para fins do que dispõe o

inciso II do § 4º do art. 61-A da Lei nº 12.651, de 2012, a recomposição das faixas

marginais ao longo dos cursos d’água naturais será de, no mínimo:

I - vinte metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com área

superior a quatro e de até dez módulos fiscais, nos cursos d’água com até dez

metros de largura; e

II - nos demais casos, extensão correspondente à metade da largura do curso

d’água, observado o mínimo de trinta e o máximo de cem metros, contados da borda da

calha do leito regular.”

RECOMPOSIÇÃO DAS FAIXAS MARGINAIS AOS CURSOS

D´ÁGUA NATURAIS EM IMÓVEIS RURAIS COM ÁREAS

CONSOLIDADAS ATÉ 22.07.2008

Área do imóvel Recomposição

até 1 (um) módulo fiscal 5 metros

superior a 1 (um) módulo fiscal e

de até 2 (dois) módulos fiscais 8 metros

superior a 2 (dois) módulos

fiscais e de até 4 (quatro)

módulos fiscais

15 metros

superior a 4 (quatro) módulos

fiscais e de até 10 (dez) módulos

fiscais, nos cursos d’água com

até dez metros de largura

20 metros

Nos demais casos

extensão correspondente à metade

da largura do curso d’água,

observado o mínimo de 30 (trinta)

e o máximo de 100 (cem) metros

NA PÁGINA 358:

Onde se lê: “O Novo Código Florestal admite a manutenção de atividades

agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural nos imóveis rurais com atividades

consolidadas em Área de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos

d’água perenes.

Para tanto, deve o proprietário/possuidor de imóvel rural com área de até 1 (um)

módulo fiscal providenciar a recomposição desse entorno no raio mínimo de 5 (cinco)

metros.

A recomposição deve abranger o entorno do raio mínimo de 8 (oito) metros no caso de

imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos

9. Art. 61-A, parágrafo 4º, da Lei 12.651/2012.

Page 12: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

fiscais. Já nos imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais a

recomposição deve ser de 15 (quinze) metros.”

LEIA-SE:

O Novo Código Florestal admite a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de

ecoturismo ou de turismo rural nos imóveis rurais com atividades consolidadas em Área

de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes. Para tanto,

deve o proprietário/possuidor de imóvel rural providenciar a recomposição desse

entorno no raio mínimo de 15 (quinze) metros.

RECOMPOSIÇÃO DO ENTORNO DAS NASCENTES E

OLHOS D´ÁGUA PERENES EM IMÓVEIS RURAIS COM

ÁREAS CONSOLIDADAS ATÉ 22.07.2008

Área do imóvel Recomposição

qualquer área 15 metros

NA PÁGINA 359:

Onde se lê: “Nas áreas rurais consolidadas em veredas também é obrigatória a

recomposição de faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do

espaço brejoso e encharcado. Segundo conceituação do próprio Código Florestal119,

vereda é uma “fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos,

usualmente com palmáceas, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies

arbustivo--herbáceas”.

LEIA-SE:

Nas áreas rurais consolidadas em veredas também é obrigatória a recomposição de

faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e

encharcado. Segundo conceituação do próprio Código Florestal10, vereda é uma

“fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a

palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a

agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas”.

NA PÁGINA 360:

Onde se lê: “15.5. Benefício aos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais

Além de apresentar normas diferenciadas que admitem a manutenção de atividades

agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural nos imóveis rurais com atividades

consolidadas em Área de Preservação Permanente e a recomposição parcial da

vegetação naquelas áreas especialmente protegidas, o Novo Código Florestal institui

limites máximos para a recomposição de vegetação de APP nos imóveis rurais de até 4

(quatro) módulos fiscais.

Segundo a novel legislação, aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em

22.07.2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades

agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em APP, é garantido que a exigência de

10. Art. 3º, XII, da Lei 12.651/2012.

Page 13: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

recomposição, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não

ultrapassará:

i) 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até 2

(dois) módulos fiscais;

ii) 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior

a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais.”

LEIA-SE:

15.5. Benefício aos imóveis rurais de até 10 (dez) módulos fiscais

Além de apresentar normas diferenciadas que admitem a manutenção de atividades

agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural nos imóveis rurais com atividades

consolidadas em Área de Preservação Permanente e a recomposição parcial da

vegetação naquelas áreas especialmente protegidas, o Novo Código Florestal institui

limites máximos para a recomposição de vegetação de APP nos imóveis rurais de até 10

(dez) módulos fiscais.

Segundo a novel legislação, aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em

22.07.2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades

agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em APP, é garantido que a exigência de

recomposição, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não

ultrapassará:

I) 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até

2 (dois) módulos fiscais;

II) 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área

superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais.

NA PÁGINA 364:

Onde se lê: “Diferentemente da determinação do antigo Código Florestal, que previa a

recomposição com espécies nativas, o Novo Código Florestal prevê a possibilidade de

recomposição mediante o plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, em

sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros: a) o plantio de espécies

exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas de ocorrência regional; b) a

área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% (cinquenta por

cento) da área total a ser recuperada. Os proprietários ou possuidores do imóvel que

optarem por recompor a Reserva Legal terão direito, ainda, à sua exploração econômica,

observando-se as normas de manejo florestal sustentável.”

LEIA-SE:

Diferentemente da determinação do antigo Código Florestal, que previa a recomposição

com espécies nativas, o Novo Código Florestal prevê a possibilidade de recomposição

mediante o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em

sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros: a) o plantio de espécies

exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas de ocorrência regional; b) a

área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% (cinquenta por

cento) da área total a ser recuperada.11 Os proprietários ou possuidores do imóvel que

optarem por recompor a Reserva Legal terão direito, ainda, à sua exploração econômica,

observando-se as normas de manejo florestal sustentável.

11. Art. 66, parágrafo 3º, da Lei 12.651/2012 e art. 18 do Decreto 7.830/2012.

Page 14: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

A PARTIR DA PÁGINA 374:

LEIA-SE:

18. QUADRO COMPARATIVO ENTRE A LEI 4.771/65 (ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL) E A LEI 12.651/2012 (NOVO CÓDIGO FLORESTAL)

COMPARAÇÃO ENTRE O ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEI 4.771/1965

ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL

LEI 12.651/2012

NOVO CÓDIGO

FLORESTAL

Conceito

de Área

de

Preservaç

ão

Permanen

te – APP

É a área protegida nos

termos dos artigos 2º e 3º

da lei, coberta ou não por

vegetação nativa, com a

função ambiental de

preservar os recursos

hídricos, a paisagem, a

estabilidade geológica, a

biodiversidade, o fluxo

gênico de fauna e flora,

proteger o solo e assegurar

o bem-estar das populações

humanas.

É a área protegida, coberta

ou não por vegetação

nativa, com a função

ambiental de preservar os

recursos hídricos, a

paisagem, a estabilidade

geológica e a

biodiversidade, facilitar o

fluxo gênico de fauna e

flora, proteger o solo e

assegurar o bem-estar das

populações humanas.*

Áreas de

Preservaç

ão

Permanen

te – APP

Art. 2° Consideram-se de

preservação permanente,

pelo só efeito desta Lei, as

florestas e demais formas

de vegetação natural

situadas:

a) ao longo dos rios ou de

qualquer curso d'água

desde o seu nível mais alto

em faixa marginal cuja

largura mínima será:

1 – de 30 (trinta) metros

para os cursos d'água de

menos de 10 (dez) metros

de largura;

2 – de 50 (cinquenta)

metros para os cursos

d'água que tenham de 10

(dez) a 50 (cinquenta)

metros de largura;

3 – de 100 (cem) metros

para os cursos d'água que

Art. 4º Considera-se Área

de Preservação Permanente,

em zonas rurais ou urbanas,

para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de

qualquer curso d’água

natural perene e

intermitente, excluídos os

efêmeros, desde a borda da

calha do leito regular, em

largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para

os cursos d’água de menos

de 10 (dez) metros de

largura;

b) 50 (cinquenta) metros,

para os cursos d’água que

tenham de 10 (dez) a 50

(cinquenta) metros de

largura;

c) 100 (cem) metros, para

os cursos d’água que

Page 15: Ambiental Atualização site - 2a para 3a ed - Código Florestal

COMPARAÇÃO ENTRE O ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEI 4.771/1965

ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL

LEI 12.651/2012

NOVO CÓDIGO

FLORESTAL

tenham de 50 (cinquenta) a

200 (duzentos) metros de

largura;

4 – de 200 (duzentos)

metros para os cursos

d'água que tenham de 200

(duzentos) a 600

(seiscentos) metros de

largura;

5 – de 500 (quinhentos)

metros para os cursos

d'água que tenham largura

superior a 600 (seiscentos)

metros;

b) ao redor das lagoas,

lagos ou reservatórios

d'água naturais ou

artificiais;

tenham de 50 (cinquenta) a

200 (duzentos) metros de

largura;

d) 200 (duzentos) metros,

para os cursos d’água que

tenham de 200 (duzentos) a

600 (seiscentos) metros de

largura;

e) 500 (quinhentos) metros,

para os cursos d’água que

tenham largura superior a

600 (seiscentos) metros;

II – as áreas no entorno dos

lagos e lagoas naturais, em

faixa com largura mínima

de:

*. Art. 3, II, do Novo Código Florestal.

Áreas de

Preservaç

ão

Permanen

te – APP

c) nas nascentes, ainda que

intermitentes e nos

chamados "olhos d'água",

qualquer que seja a sua

situação topográfica, num

raio mínimo de 50

(cinquenta) metros de

largura;

d) no topo de morros,

montes, montanhas e serras;

e) nas encostas ou partes

destas, com declividade

superior a 45°, equivalente

a 100% na linha de maior

declive;

f) nas restingas, como

fixadoras de dunas ou

estabilizadoras de mangues;

g) nas bordas dos tabuleiros

ou chapadas, a partir da

linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a

100 (cem) metros em

a) 100 (cem) metros, em

zonas rurais, exceto para o

corpo d’água com até 20

(vinte) hectares de

superfície, cuja faixa

marginal será de 50

(cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em

zonas urbanas;

III – as áreas no entorno

dos reservatórios d’água

artificiais, decorrentes de

barramento ou

represamento de cursos

d’água naturais, na faixa

definida na licença

ambiental do

empreendimento;

IV – as áreas no entorno

das nascentes e dos olhos

d’água perenes, qualquer

que seja sua situação

topográfica, no raio mínimo

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COMPARAÇÃO ENTRE O ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEI 4.771/1965

ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL

LEI 12.651/2012

NOVO CÓDIGO

FLORESTAL

projeções horizontais;

h) em altitude superior a

1.800 (mil e oitocentos)

metros, qualquer que seja a

vegetação.

de 50 (cinquenta) metros;

V – as encostas ou partes

destas com declividade

superior a 45°, equivalente

a 100% (cem por cento) na

linha de maior declive;

VI – as restingas, como

fixadoras de dunas ou

estabilizadoras de mangues;

VII – os manguezais, em

toda a sua extensão;

VIII – as bordas dos

tabuleiros ou chapadas, até a

linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a

100 (cem) metros em

projeções horizontais;

IX – no topo de morros,

montes, montanhas e

serras, com altura mínima

de 100 (cem) metros e

inclinação média maior que

25°, as áreas delimitadas a

partir da curva de nível

correspondente a 2/3 (dois

terços) da altura mínima da

elevação sempre em

relação à base, sendo esta

definida pelo plano

horizontal determinado por

planície ou espelho d’água

adjacente ou, nos relevos

ondulados, pela cota do

ponto de sela mais próximo

da elevação;

Áreas de

Preservaç

ão

Permanen

te – APP

X – as áreas em altitude

superior a 1.800 (mil e

oitocentos) metros,

qualquer que seja a

vegetação;

XI – em veredas, a faixa

marginal, em projeção

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COMPARAÇÃO ENTRE O ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEI 4.771/1965

ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL

LEI 12.651/2012

NOVO CÓDIGO

FLORESTAL

horizontal, com largura

mínima de 50 (cinquenta)

metros, a partir do espaço

permanentemente brejoso e

encharcado.

Averbaçã

o/Registro

no CAR

da

Reserva

Legal

Obrigatória a averbação da

Área de Reserva Legal à

margem da inscrição de

matrícula do imóvel, no

Cartório de Registro de

Imóveis competente.

O registro da Área de

Reserva Legal no Cadastro

Ambiental Rural-CAR

desobriga a averbação no

Cartório de Registro de

Imóveis.

Relação

entre APP

e Reserva

Legal

A regra geral para se

computar o percentual da

área de Reserva Legal

desconsidera a Área de

Preservação Permanente.

Excepcionalmente, em

situações pontuais, será

permitido o cômputo das

áreas relativas à vegetação

nativa existente em APP

no cálculo do percentual

de Reserva Legal.

Permite ao

proprietário/possuidor

computar as Áreas de

Preservação Permanente-

APP existentes em sua

propriedade no cálculo da

Reserva Legal, para que

possa, com isso, alcançar o

percentual mínimo exigido.

Instrumen

tos

econômico

s

Cota de Reserva Florestal

– CRF

Cota de Reserva Ambiental

– CRA

Recompos

ição da

Área de

Reserva

Legal

Dever de recompor a

reserva legal de sua

propriedade mediante o

plantio, a cada três anos,

de no mínimo 1/10 da área

total necessária à sua

complementação.

Recomposição com

espécies nativas.

Deve ser concluída em até

20 (vinte) anos,

abrangendo, a cada 2 (dois)

anos, no mínimo 1/10 (um

décimo) da área total

necessária à sua

complementação.

Recomposição mediante o

plantio intercalado de

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COMPARAÇÃO ENTRE O ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEI 4.771/1965

ANTIGO CÓDIGO

FLORESTAL

LEI 12.651/2012

NOVO CÓDIGO

FLORESTAL

espécies nativas com

exóticas ou frutíferas, em

sistema agroflorestal,

observados os seguintes

parâmetros: a) o plantio de

espécies exóticas deverá ser

combinado com as espécies

nativas de ocorrência

regional; b) a área

recomposta com espécies

exóticas não poderá exceder

a 50% (cinquenta por

cento) da área total a ser

recuperada.