altevir santos albuquerque lins_monografia_2014.1

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO PROJETO DE FINAL DE CURSO ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS DO SAGE/SCADA PARA UM PROJETO DE RETROFIT DAS PROTEÇÕES DE UM BAY DE LINHA DE TRANSMISSÃO EM 230 KV por ALTEVIR SANTOS ALBUQUERQUE LINS Recife, junho de 2014.

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Page 1: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO

PROJETO DE FINAL DE CURSO

ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS

DO SAGE/SCADA PARA UM PROJETO

DE RETROFIT DAS PROTEÇÕES DE

UM BAY DE LINHA DE TRANSMISSÃO

EM 230 KV

por

ALTEVIR SANTOS ALBUQUERQUE LINS

Recife, junho de 2014.

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS DO SAGE/SCADA

PARA UM PROJETO DE RETROFIT DAS PROTEÇÕES DE

UM BAY DE LINHA DE TRANSMISSÃO EM 230 KV

por

ALTEVIR SANTOS ALBUQUERQUE LINS

Monografia apresentada ao curso de

Engenharia Elétrica – modalidade Eletrotécnica

da Universidade de Pernambuco, como parte

dos requisitos necessários à obtenção do grau

de Engenheiro Eletricista.

ORIENTADOR: REGINALDO PEREIRA LEAL, M.Sc.

Recife, junho de 2014.

© Altevir Santos Albuquerque Lins, 2014.

Page 3: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

Dedico este trabalho aos meus maiores

motivadores e inspiradores, meus pais, Sr.

Gervásio Lins e Sra. Andréa Lins.

Page 4: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, que nos fornece gratuitamente a

capacidade e o conhecimento para dominarmos a engenharia.

Aos meus familiares, que decidiram apoiar e investir nessa longa caminhada

do curso superior de Engenharia Elétrica.

Agradeço também à Escola Politécnica de Pernambuco, pela oferta do

conhecimento científico, por meio dos docentes do curso de Engenharia Elétrica.

Aos meus amigos da turma de Engenharia Elétrica, pelo apoio e

companheirismo durante o longo e difícil período acadêmico.

E por fim, agradeço aos colaboradores da empresa TOWER TECNOLOGIA,

que indiretamente participaram do desenvolvimento desse projeto, através do

compartilhamento de conhecimento técnico.

Page 5: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

“O homem sábio é poderoso, e quem tem

conhecimento aumenta sua força.” (Bíblia

sagrada, Provérbios 24:5)

Page 6: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

Resumo da Monografia apresentada ao curso de Engenharia Elétrica da Escola

Politécnica de Pernambuco.

ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS DO SAGE/SCADA

PARA UM PROJETO DE RETROFIT DAS PROTEÇÕES DE

UM BAY DE LINHA DE TRANSMISSÃO EM 230 KV

Altevir Santos Albuquerque Lins

Junho/2014

Orientador: Reginaldo Pereira Leal, M.Sc.

Área de Concentração: Automação de subestações.

Palavras-chave: Controle supervisório, Proteção de sistemas elétricos, SAGE.

Número de Páginas: 68.

RESUMO: A chegada dos relés digitais ao mercado gerou uma grande demanda de

projetos de substituição da tecnologia de proteção nas subestações de transmissão

do sistema elétrico brasileiro. Só que além de toda reformulação do cabeamento,

painéis, parâmetros de proteção para supervisão e controle dos equipamentos das

subestações, esses projetos também necessitam de uma atualização da base dados

do sistema de controle supervisório, levando em conta que os pontos de supervisão

e controle podem ser alterados, não só pela mudança do relé, mas também para

atender exigências e padrões estabelecidos. Dessa forma, esse documento

abordará as modificações na base de dados de controle supervisório de uma

subestação, para um projeto de atualização (RETROFIT) das proteções de um bay

de linha de transmissão em 230 kV, na qual visa a inclusão de novos pontos de

supervisão, assim como a eliminação de pontos que se tornam desnecessários na

base de dados. Como ferramenta de exemplificação, será utilizado o software de

supervisão e controle SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia), na

qual será possível demonstrar uma aplicação real em uma subestação, sendo

mostradas as características principais desse software, os principais passos para

alteração da base dados em um projeto como este, os principais erros de

compilação em testes de consistência, procedimentos para implementação de uma

base de dados em uma subestação operando em tempo real, etc.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 - Painéis de proteção com relés eletromecânicos. ................................... 13

Figura 1.2 - Painel de proteção com relés digitais. .................................................... 14

Figura 2.1 - Níveis hierárquicos de um sistema elétrico de potência. ....................... 21

Figura 2.2 - Sistema de controle supervisório em uma sala de comando de uma

subestação. ............................................................................................................... 22

Figura 2.3 - Arquitetura de comunicação utilizando UTRs (SE Banabuiú). ............... 24

Figura 3.1 - Visor de alarmes do SAGE. ................................................................... 27

Figura 3.2 - Visor de telas do SAGE. ........................................................................ 27

Figura 3.3 - Modelo de base de dados relacional do SAGE. ..................................... 29

Figura 3.4 - Relacionamento entre as entidades dos pontos digitais. ....................... 30

Figura 4.1 - Bay da linha de transmissão BNB - 04M3. ............................................. 36

Figura 4.2 - Padrão CHESF de ID dos pontos de supervisão do SAGE. .................. 47

Figura 4.3 - STI: Ferramenta do SAGE para teste da base de dados. ...................... 51

Figura 4.4 - Identificação de erros pelo STI do SAGE. .............................................. 52

Figura 5.1 - Visor de processos de SAGE. ................................................................ 56

Figura 5.2 - Visor de logs do SAGE. ......................................................................... 58

Figura 5.3 - Visor de alarmes do SAGE. ................................................................... 59

Figura 5.4 - Visor de telas do SAGE (subestação Banabuiú da CHESF). ................. 59

Page 8: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Atributos da entidade PDF. ................................................................... 31

Tabela 3.2 - Atributos da entidade PDD. ................................................................... 32

Tabela 3.3 - Atributos da entidade PDS. ................................................................... 33

Tabela 4.1 - Lista de pontos do projeto de RETROFIT da LT BNB-04M3. ................ 37

Tabela 4.2 - Pontos digitais supervisionados do bay da LT BNB-04M3 antes do

RETROFIT, extraídos da base de dados da SE. ....................................................... 38

Tabela 4.3 - Pontos que serão adicionados à base de dados da SE-Banabuiú. ....... 41

Tabela 4.4 - Substituição dos pontos semelhantes na base dados do SAGE. .......... 41

Tabela 4.5 - Exemplos de registros na entidade PDF. .............................................. 43

Tabela 4.6 - Descrição sucinta dos atributos da entidade PDD. ............................... 46

Tabela 4.7 - Descrição sucinta dos atributos da entidade PDS................................. 47

Tabela 5.1 - Agrupamento de pontos na UTR. .......................................................... 54

Page 9: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

LISTA DE ABREVIATURAS / SIGLAS

Termo Descrição

ANEEL

IED

Intelligent Electronic Device

Agência Nacional de Energia Elétrica

Dispositivos Eletrônicos Inteligentes

IHM Interface Human Machine Interface Homem Máquina

ONS

PDD

PDF

PDS

SAGE

SCADA

SE

SEP

SIN

UTR

Supervisory Control And

Data Acquisition

Operador Nacional do Sistema Elétrico

Pontos Digitais de Distribuição

Pontos Digitais Físicos

Pontos Digitais Lógicos

Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia

Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados

Subestação

Sistema Elétrico de Potência

Sistema Interligado Nacional

Unidade Terminal Remota

Page 10: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO ...................................................... 12 1.2 MOTIVAÇÃO DO TRABALHO .................................................................... 15 1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO ..................................................................... 16

1.3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................ 16

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................. 16

1.4 METODOLOGIA UTILIZADA ...................................................................... 17 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................... 18

2. MODELO DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO SEP ....................................... 19

2.1 VISÃO GERAL ............................................................................................ 19 2.2 ESTRUTURA DE AQUISIÇÃO DE DADOS ................................................ 22

3. O SAGE - SISTEMA ABERTO DE GERENCIAMENTO DE ENERGIA ............. 25

3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS .................................................................... 25 3.2 FUNCIONALIDADES DO SAGE ................................................................. 26 3.3 MODELO DE BASE DE DADOS DO SAGE ............................................... 28 3.4 PONTOS DIGITAIS E SUAS ENTIDADES ................................................. 29

3.4.1 PDF ....................................................................................................... 31

3.4.2 PDD ....................................................................................................... 32

3.4.3 PDS ....................................................................................................... 32

4. PROJETO DE ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS DO SAGE ....................... 34

4.1 ONDE SE APLICA ...................................................................................... 34 4.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO ............................................ 34 4.3 PASSO 1: COMPARAR A LISTA DE PONTOS DO PROJETO DE RETROFIT COM OS PONTOS JÁ SUPERVISIONADOS DO BAY ...................... 36 4.4 PASSO 2: ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS ......................................... 42

4.4.1 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDF ........................................................ 43

4.4.2 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDD ....................................................... 45

4.4.3 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDS ........................................................ 46

4.5 SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS ........................ 49 4.6 PASSO 3: TESTAR A NOVA BASE DE DADOS E CONSERTAR OS POSSÍVEIS ERROS IDENTIFICADOS PELO SAGE ............................................ 51

5. IMPLEMENTAÇÃO EM CAMPO DE UMA BASE DE DADOS .......................... 53

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................... 53

Page 11: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

5.2 PROBLEMA DE INDISPONIBILIDADE DE BORNES NA UTR .................. 54 5.3 IMPLANTAÇÃO DA BASE NOS SERVIDORES ......................................... 55 5.4 REALIZAÇÃO DOS TESTES EM CAMPO ................................................. 57

6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 60

7. ANEXOS ............................................................................................................. 62

7.1 ANEXO A: PLANILHA DE SUPERVISÃO DA CHESF - NÍVEL 2 (DEMONSTRATIVO) ............................................................................................. 62 7.2 ANEXO B: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DA LINHA DE TRANSMISSÃO: TRIP - ZONA 1 ........................... 63 7.3 ANEXO C: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DO DISJUNTOR: BAIXA PRESSÃO DE SF6 1º GRAU ................ 64 7.4 ANEXO D: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DO REATOR: RELÉ DE GÁS 1º GRAU ........................................ 65 7.5 ANEXO E: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE CONTROLE DO BAY: CHAVE SECCIONADORA 34M3-4 ................................... 66

7.6 ANEXO F: ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO DA SE BANABUIÚ ........ 67

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 68

Page 12: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

12

1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO

Os primeiros dispositivos destinados à proteção e controle do Sistema Elétrico

de Potência (SEP) eram baseados no efeito eletromagnético, mais conhecidos como

relés eletromecânicos. Com o passar do tempo, esses equipamentos começaram a

ficar obsoletos, pois os relés microprocessados começaram a chegar ao mercado

prometendo maior confiabilidade, rapidez, simplicidade, economia, além da união de

diversas funções em um único dispositivo, entre outras vantagens.

Como introdução de nova tecnologia gera adaptações, não foi diferente com

os relés digitais. Logo, as subestações do SEP começaram a fazer a substituição

dos antigos relés eletromecânicos pelos relés digitais, realizando-se inúmeros

projetos de RETROFIT (do inglês "melhorar", "aperfeiçoar") que revisavam toda a

proteção, controle e supervisão antiga dos bays das subestação, implementando

essas funções com os novos relés digitais, tentando atender as exigências e

padrões determinados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Esses projetos de RETROFIT estão interligados com todos os níveis de

supervisão do sistema elétrico, desde o pátio das subestações até o sistema de

controle supervisório nacional. Assim, além de toda a revisão dos parâmetros da

proteção, pontos de supervisão, cabeamento, fiação, mudança de painel, entre

outros; projetos como estes geram também a necessidade da revisão da base de

dados do controle supervisório do sistema, pois podem ser acrescentados novos

pontos de supervisão, assim com outros também podem ser retirados, além das

alterações ocasionadas pela mudança de filosofia da proteção, devido a

implementação de uma nova tecnologia.

Os pontos de supervisão dos bays de uma subestação são definidos de

acordo com a necessidade do projeto, obedecendo sempre alguns critérios mínimos.

Esses critérios são reunidos em um documento chamado “Procedimentos de Rede”,

que estabelece, para cada nível de tensão, os pontos que devem ser

supervisionados pelo sistema de proteção e controle, seja para um vão de linha de

transmissão ou de um transformador de potência.

Page 13: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

13

Portanto, a substituição dos relés eletromecânicos pelos relés digitais, assim

como as exigências estabelecidas pelos procedimentos de rede, geram inúmeras

mudanças no sistema de proteção, medição, supervisão e controle das subestações.

As figuras 1.1 e 1.2 mostram os painéis de proteção com os antigos relés

eletromecânicos e com os modernos relés digitais. Pode-se comprovar a redução de

espaço nesses chassis de proteção, outra grande vantagem obtida com chegada

dos relés digitais. Outra vantagem fácil de perceber é a redução de fiação nesses

mesmos painéis, tendo em vista que a maioria das lógicas e intertravamentos agora

podem ser implementados e processados pelo relés digitais, não necessitando de

interligação entre os contatos dos relés eletromecânicos e outros equipamentos.

Figura 1.1 - Painéis de proteção com relés eletromecânicos.

Page 14: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

14

Figura 1.2 - Painel de proteção com relés digitais.

As mudanças referentes ao sistema de controle supervisório, que esses

projetos de RETROFIT geram, serão tratadas neste trabalho. Para exemplo, será

utilizado um projeto de RETROFIT de um bay de linha de transmissão de 230 kV da

CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), a principal transmissora de

energia elétrica da região Nordeste. Essas alterações da base de dados do sistema

supervisório acontecem tanto na subestação, na qual está disposto o bay de projeto,

quanto em nível de controle Regional. Porém, esse trabalho focará na alteração da

base de dados do sistema de controle supervisório a nível de subestação.

O software mais utilizado pela CHESF para supervisão e controle de suas

subestações é o SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia), que será o

objeto de estudo deste trabalho, tendo em vista que a maior parte das alterações no

sistema de controle supervisório, para esses projetos de RETROFIT, estão

associadas à alteração da base de dados da subestação. Por isso, também será

apresentado um resumo sobre esse software de comunicação, tendo em vista

facilitar o entendimento do principal objetivo desse trabalho.

Page 15: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

15

1.2 MOTIVAÇÃO DO TRABALHO

A chegada dos relés digitais no mercado da engenharia elétrica gerou uma

demanda de projetos de RETROFIT (substituição da tecnologia de proteção) muito

elevada, por existirem inúmeras subestações que compõem o SEP. Essa demanda

de projetos incorporou todos os setores ligados à proteção do sistema, inclusive o de

controle supervisório. Então, soluções para a alteração da base de dados do sistema

de supervisão e controle das subestações teriam que ser estudadas, de forma que a

chegada dos relés digitais gerassem o menor impacto possível. Daí surgiu a

motivação para o desenvolvimento deste trabalho, que é justamente a alta demanda

de projetos de alteração de base de dados de controle supervisório.

Mas se poderia perguntar: Por que não criar novas bases de dados de

controle supervisório para as subestações? Essa pergunta é bem simples de ser

respondida, e poderia se resumir em dois motivos. O primeiro motivo é porque a

base de dados é única para toda a instalação da subestação, e os bays das

subestações geralmente são “retrofitados” separadamente. Isso resultaria na criação

de uma nova base de dados para cada bay “retrofitado”. O segundo motivo é o fato

da base de dados comportar muitas informações que não sofrem alterações em

projetos de RETROFIT com esse caráter de substituição da tecnologia de proteção.

Para ser ainda mais claro, na execução desses projetos, apenas o sistema

relacionado com os pontos de supervisão da base de dados sofre alterações, o que

representa uma parcela muito pequena da base de dados, dependendo da

quantidade de pontos de supervisão e controle do bay que será submetido ao

projeto. Dessa forma, se observou que a alteração da base de dados era a melhor

maneira de atualizar o sistema de controle supervisório da subestação, tendo em

vista que a criação de uma nova base dados resultaria em um maior esforço, além

do risco de omissão de informações relacionadas aos outros sistemas da base de

dados, que não sofreriam qualquer alteração em projetos como estes.

Sabendo disso, e com a experiência presenciada no desenvolvimento de

alguns projetos nesse caráter, encontrou-se motivação para apresentar um modelo

de alteração de base de dados, com um software muito utilizado, que fosse de

simples entendimento e capaz de ser executado com um mínimo de conhecimento

na área de supervisão e controle de subestações.

Page 16: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

16

1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO

1.3.1 OBJETIVO GERAL

O presente projeto tem como principal objetivo apresentar os conhecimentos

necessários para alteração da base de dados do sistema de controle supervisório de

uma subestação para um projeto de RETROFIT das proteções de um bay de linha

de transmissão de 230 kV, utilizando como ferramenta o software de controle

supervisório SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia).

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar alguns conceitos de proteção e controle de subestações,

focando no modelo de supervisão e controle do Sistema Elétrico de

Potência (SEP);

Apresentar o software de controle supervisório SAGE (Sistema Aberto

de Gerenciamento de Energia), mostrando suas principais

características e seu modelo de base de dados;

Apresentar uma solução para a alteração da base dados do SAGE

para um projeto de RETROFIT das proteções de um bay de linha de

transmissão, mostrando as etapas principais, testes de consistência,

sugestões para alteração da base de dados, etc;

Apresentar uma solução para "implementação em campo" de uma

base dados de controle supervisório de uma subestação, mostrando

os principais cuidados, procedimentos de segurança, testes de

consistência em campo, etc;

Apresentar o conhecimento básico necessário para o desenvolvimento

de qualquer projeto executivo, a nível de supervisão e controle, que

tenha o caráter de RETROFIT de proteções, utilizando o software de

controle supervisório SAGE.

Page 17: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

17

1.4 METODOLOGIA UTILIZADA

Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizadas diversas literaturas

que tratam da automação de subestações, sistema de controle supervisório,

proteção de sistemas elétricos, além da experiência prática adquirida ao longo de

alguns projeto desenvolvidos e executados nessa linha de conhecimento. Outra

ferramenta importante e essencial para o desenvolvimento deste projeto foi o

software de controle supervisório SAGE, na qual foram feitos os testes necessários,

sempre com o auxílio dos seus manuais.

Para alteração da base de dados de controle supervisório de uma subestação

é necessário conhecer bem o software de trabalho, mesmo que se trate de um

sistema aberto que seja capaz de abrigar qualquer tipo de protocolo de

comunicação. Para efeito de exemplificação, o software de supervisão e controle

utilizado neste documento será o SAGE, sistema presente em muitas subestações

de transmissão do Brasil.

Por se tratar de um assunto extremamente prático, teria que ser utilizado

algum exemplo existente para o melhor entendimento, por isso foi escolhido o

projeto de um bay de linha de transmissão de 230 kV da CHESF, que possui um

modelo de supervisão e controle característico, utilizando o SAGE no seu sistema de

controle supervisório. Assim, o exemplo prático utilizado será bastante voltado para

esse modelo de supervisão característico, não significando uma restrição para a

aplicação em destaque, pois esse trabalho abordará o presente assunto sempre

dando margens a outras aplicações.

Dessa forma, a metodologia utilizada será a mais simples possível, de forma

que seja possível entender o procedimento para alteração de uma base de dados do

SAGE, podendo se estender a projetos com propostas diferentes, desde que se

relacionem com pontos digitais de supervisão e controle.

Page 18: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

18

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esse trabalho está dividido em cinco capítulos, assim dispostos:

1. Introdução: É apresentada uma breve contextualização sobre o assunto,

também são abordadas as motivações para o desenvolvimento desse

trabalho, o principais objetivos, metodologia utilizada, assim como a forma

com que o trabalho será estruturado.

2. Modelo de supervisão e controle do SEP: Apresentado de forma a

possibilitar o entendimento macro do que ocorre com o sistema de

controle supervisório quando se deseja substituir as tecnologias de

proteção.

3. O SAGE: Mostra-se suas principais características, ambientes, entidades

relacionadas aos pontos digitais, entre outros; para que se construa a

base do conhecimento necessário para o entendimento do projeto do

capítulo seguinte.

4. Projeto de alteração da base de dados do SAGE: São mostrados os

procedimentos, configuração dos atributos das principais entidades dos

pontos digitais, testes, correção de erros, sugestões, etc. É utilizado

como exemplo um projeto de RETROFIT das proteções de um bay de

linha de transmissão de 230 kV.

5. Implementação em campo de uma base de dados: São mostrados alguns

conhecimentos práticos necessários para implementação em campo de

uma base de dados em uma subestação de transmissão operando em

tempo real.

Page 19: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

19

2. MODELO DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO SEP

2.1 VISÃO GERAL

O SEP precisa ser monitorado e controlado, de forma que se possa suprir as

cargas da forma mais confortável, sem sobrecarregar as linhas de transmissão e os

transformadores, garantindo, obviamente, a continuidade e a qualidade da energia

entregue em níveis de tensão e frequência aceitáveis. Além disso, o sistema tem

que ser capaz de eliminar qualquer tipo de defeito casual e estar preparado para

suportar qualquer tipo de contingência, seja um curto circuito, ou mesmo a perda

uma linha de transmissão ou um transformador do sistema.

Para atender a todos esses requisitos, o sistema supervisório se torna peça

fundamental, pois ele permite a visualização dos eventos de um grande sistema em

uma simples tela de computador em um centro de controle. Além da visualização

das grandezas, estados dos equipamentos e até histórico de eventos, o sistema de

controle supervisório do SEP ainda permite a operação do sistema, seja em uma de

suas subestações, localmente, ou em um centro de controle regional ou do SIN

(Sistema Interligado Nacional), remotamente.

Dentre as inúmeras funções desempenhadas por um sistema de controle

supervisório de um sistema elétrico, se destacam algumas abaixo:

Monitoramento de grandezas analógicas, como tensão, corrente,

frequência, etc;

Monitoramento dos estados dos disjuntores e chaves seccionadoras;

Monitoramento do sistema de acionamento, extinção de arco, falha,

bloqueio e outras particularidades de funcionamento dos disjuntores;

Monitoramento do funcionamento dos transformadores, como

temperatura de óleo, relé de gás, sobrecarga, etc;

Monitoramento dos eventos de teleproteção e atuação das proteções

dos equipamentos;

Monitoramento do fluxo de potência entre as barras do SEP;

Controle dos disjuntores e seccionadoras em manobras de

transferência de proteção;

Page 20: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

20

Controle da ativação do religamento automático dos disjuntores;

Controle de TAP dos transformadores;

Controle do sistema de geração;

Controle do sistema de comunicação da subestação (ativação e

desativação de processos).

Dessa forma, percebe-se o quanto o sistema supervisório é importante no

monitoramento do sistema elétrico, e o seu entendimento está totalmente

relacionado com o conhecimento do funcionamento dos equipamentos que

compõem o sistema elétrico.

Então, para o melhor entendimento do funcionamento do sistema de

supervisão e controle do SEP, é importante ter o conhecimento de que ele é dividido

em níveis hierárquicos, visando uma melhor separação e classificação dos

equipamentos. Assim, é possível destacar quatro níveis mais conhecidos, explicados

abaixo.

a) NÍVEL 0: É o nível mais baixo do sistema elétrico, localizado no pátio das

subestações, onde se encontram os equipamentos principais. Os

equipamentos encontrados neste nível são: Transformadores de força,

banco de capacitores, reatores, transformadores de corrente (TCs),

transformadores de potencial (TPs), pára-raios, disjuntores, chaves

seccionadoras.

b) NÍVEL 1: Os equipamentos desse nível são responsáveis pela proteção e

controle dos equipamentos dispostos no NÍVEL 0 das subestações. Os

principais equipamentos são: Relés de proteção, Unidades Terminais

Remotas (UTRs), unidades de aquisição, switches, distribuidores ópticos,

interfaces elétrico/óptico, medidores, etc. Os relés de proteção digitais

dispostos neste nível são também conhecidos como IEDs (Intelligent

Electronic Device).

c) NÍVEL 2: Esse nível é responsável pelo controle supervisório local das

subestações, concentrando as informações recolhidas do NÍVEL 1, para

que possam ser visualizadas em uma interface pelos operadores da

subestação, além de permitir o controle dos equipamentos. Onde são

encontrados os seguintes equipamentos: Gateways, computadores, IHMs

Page 21: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

21

(Interface Human Machine). Os softwares mais comuns destinados ao

controle supervisório de subestações são: SAGE, ELIPSE, SUBNET, etc.

d) NÍVEL 3: Esse nível é também chamado de centro de operação, que é

responsável pelo monitoramento de todas as subestações do SEP,

podendo ser a nível regional, COR (Centro de Operação Regional), ou a

nível nacional, COS (Centro de Operação do Sistema). Nesse nível de

supervisão são tomadas as principais decisões para a melhor distribuição

do fluxo de potência.

É importante destacar essa classificação, pois a todo momento esses níveis

serão mencionados ao longo deste documento, principalmente o responsável pelo

controle supervisório das subestações (NÍVEL 2), que desempenha a função

SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition), em português (Sistemas de

Supervisão e Aquisição de Dados), sigla em inglês muito utilizada quando se trata

de supervisão e controle de sistemas. Abaixo, na figura 2.1, a divisão mencionada é

melhor esclarecida.

Figura 2.1 - Níveis hierárquicos de um sistema elétrico de potência.

Com essa divisão, se torna mais simples entender como se procede a

aquisição e controle dos dados em uma subestação. Para isso, deve-se ter em

Page 22: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

22

mente que os níveis destacados acima estão inteiramente conectados, de tal forma

que se torna importantíssimo o relacionamento entre eles para o desenvolvimento

de qualquer projeto de substituição de algum equipamento na subestação, ou até

mesmo um projeto de ampliação. A figura 2.2 abaixo mostra uma sala de controle

supervisório de uma subestação (NÍVEL 2), com seus computadores e IHMs,

utilizando o SAGE como software de comunicação.

Figura 2.2 - Sistema de controle supervisório em uma sala de comando de uma subestação.

2.2 ESTRUTURA DE AQUISIÇÃO DE DADOS

A aquisição dos dados para o sistema de controle supervisório da subestação

(NÍVEL 2) começa em seu pátio (NÍVEL 0), através dos transformadores de

instrumentos (TPs e TCs) e contatos auxiliares dos equipamentos (disjuntores,

chaves seccionadoras, reatores, banco de capacitores, transformadores de força,

etc), na qual podem indicar grandezas analógicas como tensão e corrente, e

Page 23: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

23

grandezas digitais como estados de disjuntores e chaves secionadoras, atuação de

um relé de gás de um transformador, atuação de um relé por baixa pressão do

sistema de extinção de arco de um disjuntor.

Esses sinais analógicos e digitais são aquisitados pelo nível responsável pela

proteção dos equipamentos da subestação (NÍVEL 1), tendo como principais

representantes os relés de proteção e medidores. Em termos de localização física,

os relés de proteção já não estão mais no pátio da subestação, podendo ser

encontrados na própria sala de comando ou em cabanas que abrigam esses

equipamentos.

Passando pelos equipamentos de proteção e medidores, os sinais agora

precisam ser enviados para o nível de controle supervisório (NÍVEL 2), então esses

sinais analógicos e digitais chegam até uma Unidade Terminal Remota (UTR), que

geralmente é encontrada na sala de comando da subestação e tem a função de

enviar ao sistema de controle supervisório essas informações através de protocolos

de comunicação. Assim, o sistema de supervisão e controle já é capaz de aquisitar

os dados da UTR e mostrar a situação do sistema em seus servidores e IHMs.

A comunicação entre o nível NÍVEL 2 e o NÍVEL 3 é mais simples, uma vez

que as informações podem ser enviadas através da rede que conecta a subestação

com o centro regional responsável. Essas informações de comunicação também

podem ser enviadas diretamente da UTR para o NÍVEL 3, sem a necessidade de

passar pelo NÍVEL 2, dependendo do modelo e estrutura de aquisição de dados da

subestação.

Alguns protocolos de comunicação mais modernos dispensam a utilização de

uma UTR, principalmente com a chegada dos relés inteligentes (IEDs), que são

capazes de se comunicar diretamente com o sistema de controle supervisório,

através de redes no padrão ethernet. Por isso algumas subestações possuem uma

arquitetura mista, com bays se comunicando diretamente com o sistema de controle

supervisório e bays utilizando UTR para se comunicar.

No Anexo F é mostrada a arquitetura de comunicação da subestação de

Banabuiú da CHESF, que possui alguns bays digitais, que não utilizam UTR para se

Page 24: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

24

comunicar com o sistema supervisório, assim como outros bays não digitais que

utilizam UTR para comunicação.

O modelo de aquisição de dados que utiliza UTRs para comunicação com o

sistema de controle supervisório será contemplado neste documento, priorizando o

protocolo de comunicação DNP V3.0, que é largamente utilizado nas subestações

da CHESF.

Na figura 2.3 é ampliada a parte da arquitetura de comunicação da

subestação de Banabuiú que abriga os bays que utilizam UTRs para comunicação

com o sistema supervisório. Essa arquitetura será a utilizada no projeto de alteração

da base de dados do SAGE, quer será explicado nos capítulo seguintes.

Figura 2.3 - Arquitetura de comunicação utilizando UTRs (SE Banabuiú).

Page 25: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

25

3. O SAGE - SISTEMA ABERTO DE GERENCIAMENTO DE ENERGIA

3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

O SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia) é um software para

controle supervisório de sistemas elétricos, desenvolvido pelo Laboratório Avançado

de Supervisão e Controle – LASC do CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia

Elétrica) da Eletrobrás, e usa as tecnologias mais recentes e avançadas para

gerenciamento de energia, desde uma pequena instalação de distribuição até um

grande centro de operações em um sistema elétrico de potência.

Essa ferramenta foi desenvolvida com uma proposta de reunir diversas

tecnologias, de forma que se tornasse possível a comunicação entre plataformas e

hardwares de fabricantes diferentes, sendo uma das razões para ele ser classificado

como um sistema aberto. Além disso, o SAGE teve também como proposta o

estabelecimento da integração do sistema eletroenergético, de forma a centralizar as

informações do sistema elétrico em centros de operação, gerando grande avanço na

prestação de serviços de suprimento de energia elétrica.

O SAGE é baseado em uma arquitetura distribuída e redundante, possuindo

três ambientes de trabalho distintos, comportando alguns subsistemas, que são

descritos abaixo:

Tempo-Real: Gerenciador de base de dados de tempo-real,

subsistema de comunicação, subsistema de interface gráfica,

subsistema de exportação de dados;

Dados Históricos e Modo de Estudo: Estudos, estatísticas e relatórios

de interesse gerencial;

Configuração: Aplicativos off-line para configuração da base de dados,

gerência de dados históricos, editor gráfico de telas.

Para um sistema de comunicação poder ser chamado de “aberto”, ele tem

que atender a algumas exigências. Assim, o SAGE foi desenvolvido com essa

proposta, atendendo os seguintes critérios abaixo.

Portabilidade;

Page 26: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

26

Interoperabilidade;

Modularidade;

Conectividade;

Confiabilidade;

Disponibilidade;

Segurança;

Expansibilidade.

Para atender a todos esses requisitos e ser classificado como um sistema

aberto, no projeto do SAGE foram considerados alguns aspectos. O primeiro deles

foi a preocupação com os padrões e normas internacionais, sendo utilizado o que

existia de mais moderno em termos de estrutura de redes. Isso garantiu a

portabilidade do SAGE, que permite a operação desse sistema em diversas

plataformas de software e hardware.

Outra preocupação atendida na criação do SAGE foi a necessidade de

conectar/interligar sistemas com plataformas de hardware diferentes, permitindo que

equipamentos de vários fabricantes pudessem ser conectados sem gerar problemas

de incompatibilidade. A partir desse pensamento, também se resolveu problemas de

expansibilidade e modularidade, na qual possibilitou o crescimento do sistema ou

mesmo alteração, sem ocasionar qualquer impacto no sistema existente.

Outro aspecto também atendido pelo SAGE foi a necessidade de um sistema

que pudesse estar presente em todos os níveis de supervisão e controle do sistema

elétrico de potência, de forma que as informações do sistema pudessem ser

centralizadas e uniformizadas. Essas foram algumas das preocupações que foram

levadas em consideração na criação desse software, porém existem inúmeras

outras vantagens que faz com que o sistema SAGE seja largamente utilizado no

sistema de controle supervisório do SEP.

3.2 FUNCIONALIDADES DO SAGE

O SAGE utiliza a plataforma LINUX e possui alguns ambientes virtuais de

supervisão e controle, que permite um operador supervisionar o estado do sistema

elétrico em uma sala de comando de uma subestação, ou até mesmo em um centro

Page 27: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

27

regional de operação. Dentre os ambientes dispostos no SAGE, destaca-se o visor

de alarmes, o histórico do sequencial de eventos, o visor de processos (indica quais

os processos estão sendo executados em cada servidor), o visor de telas (é possível

visualizar todo o comportamento do sistema), o visor de tendências, o editor de telas

(SigDraw), entre outros. As figuras 3.1 e 3.2 representam alguns dos ambientes

mais utilizados pelos operadores do SAGE.

Figura 3.1 - Visor de alarmes do SAGE.

Figura 3.2 - Visor de telas do SAGE.

Page 28: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

28

3.3 MODELO DE BASE DE DADOS DO SAGE

Todo software de controle supervisório precisa de uma base de dados

relacional, que permita associar os pontos físicos de entrada aos pontos lógicos que

serão processados no software, além de reunir todas as informações referentes ao

modelo comunicação, histórico de eventos, serviço de alarmes, conexão com os

servidores, estrutura de aquisição de dados, etc. A base de dados do SAGE é

bastante rica, conforme será mostrado.

De logo ratifica-se que o entendimento de toda a estrutura do SAGE levaria

bastante tempo, exigindo bastante dedicação e aplicação prática, inclusive existem

treinamentos específicos para aprofundamento neste software. Dessa forma, o

SAGE será tratado de forma bastante sucinta, privilegiando sempre o conteúdo

relacionado com o objetivo desse documento, que são as principais alterações na

base de dados do SAGE para um projeto de RETROFIT de proteção, incluindo um

exemplo prático com todos os passos para a bem sucedida alteração da base,

testes de consistência e sugestões para alteração da base de dados.

O SAGE possui um modelo baseado em entidades, atributos e registros, em

sua base de dados. Para entender bem o que significa esses termos, podemos fazer

uma relação com um determinado documento que possui várias tabelas (Entidades)

relacionadas, cada tabela possui colunas (Atributos) com características

determinadas e que esperam informações em suas linhas (Registros) a respeito de

algum evento. Esclarecendo ainda mais, abaixo, na figura 3.3, são representadas

duas entidades do SAGE (LSC e TAC), com os atributos de cada entidade e alguns

registros.

Na figura 3.3 também é possível observar o relacionamento entre entidades,

que representa a maior complexidade da base de dados, tanto de criação de uma

nova base quanto de alteração de uma existente. Muitos outros relacionamentos são

encontrados entre as entidades do SAGE, exigindo uma certa experiência para o

domínio de todas elas. Por isso, esse documento focará nas principais entidades

relacionadas aos pontos digitais de supervisão e controle.

Page 29: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

29

Figura 3.3 - Modelo de base de dados relacional do SAGE.

Podem existir relacionamentos entre três, quatro ou até mais entidades,

sendo todas imprescindíveis para o correto funcionamento do software, exceto as

que são destinadas a outros tipos de aplicações.

3.4 PONTOS DIGITAIS E SUAS ENTIDADES

Um ponto digital no SAGE pode representar qualquer evento ou grandeza que

possui dois estados, ou seja, um estado de atuação e outro de não atuação. Logo, é

possível supervisionar inúmeros pontos de proteção, como os seguintes:

Estado de disjuntores e chaves seccionadoras;

Atuação de relés de proteção: Proteção de distância, proteção de

sobrecorrente direcional, proteção de sobretensão, proteção de falha no

acionamento e extinção de arco dos disjuntores;

Indicação de eventos de teleproteção: Transmissão e recepção de sinal de

trip, transmissão e recepção de sinal permissivo, falha na teleproteção;

Indicação de "em teste" ou "em operação" de um relé digital.

Page 30: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

30

Dessa forma, para o entendimento do exemplo prático do capítulo seguinte, é

importante estar familiarizado com as três entidades do SAGE que "podem

representar" os pontos digitais do sistema elétrico supervisionado, assim como os

seus atributos. Essas entidades são:

PDS - Pontos Digitais Lógicos;

PDF - Pontos Digitais Físicos;

PDD - Pontos Digitais de Distribuição.

A abordagem que será feita dessas três entidades será direcionada para o

protocolo de comunicação DNP V3.0, tendo em vista que ele será utilizado no

exemplo prático do capítulo seguinte. Destacando que a configuração dos atributos

dessas três entidades varia de acordo com o protocolo de comunicação utilizado por

cada equipamento ou bay da subestação.

O relacionamento dessas três entidades é bastante simples. Primeiramente

imaginemos que o SAGE é uma "caixa preta", e os pontos de supervisão são

aquisitados de uma Unidade Terminal Remota (UTR) e distribuídos para o NÍVEL 3

(nível de controle regional). Logo, os pontos físicos representam essas ligações do

SAGE com a UTR e com o NÍVEL 3. Poderíamos dizer que o PDS representa um

determinado ponto dentro do SAGE, e o PDD representa este mesmo ponto no

NÍVEL 3. A figura 3.4 permite entender melhor esse relacionamento.

Figura 3.4 - Relacionamento entre as entidades dos pontos digitais.

Assim, um ponto de supervisão qualquer que seja aquisitado da UTR, gera

um ponto digital lógico - PDS, um ponto lógico de distribuição - PDD e dois pontos

lógicos físicos - PDF (um referente à aquisição da UTR e outro referente à

distribuição para o NÍVEL 3). Tudo isso funciona se esse ponto de aquisição for

distribuído para o nível de supervisão superior através do SAGE, o que geralmente

acontece no caso da CHESF.

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31

Sabendo as relações entre essas três importantes entidades, é possível agora

compreender os atributos de cada uma delas, que serão mostrados separadamente

nos subtópicos a seguir. Lembrando que a configuração dos atributos dessas

entidades será baseada em alguns modelos e padrões estabelecidos pela CHESF,

facilitando o entendimento.

3.4.1 PDF

Como já descrito, o PDF (Ponto Digital Físico) representa as ligações físicas

dos pontos digitais no SAGE. Na tabela 3.1 são mostradas suas entidades, com um

exemplo prático.

Tabela 3.1 - Atributos da entidade PDF.

PDF

ATRIBUTO REGISTRO OBSERVAÇÕES

ID= BNB_ADNP_1_ASIM_314

Esse atributo identifica o ponto digital físico no SAGE. Percebe-se que sua formação é a soma das informações do atributo NV2 com o atributo ORDEM.

KCONV= SQN

Esse atributo define a lógica de ativação do ponto digital. Para lógica normal de ativação (KCONV= SQN para sequência de eventos habilitada, ou KCONV= NOR para sequência de eventos inibida). Para lógica invertida de ativação (KCONV= SQI para sequência de eventos habilitada, ou KCONV= INV para sequência de eventos inibida).

NV2= BNB_ADNP_1_ASIM

Esse atributo indica o caminho físico ou "canal" que será utilizado pelo ponto, seja de aquisição ou distribuição. A formação deste atributo depende de algumas outras entidades (relacionamentos), que não fazem parte do foco deste documento.

ORDEM= 314

Esse atributo identifica numericamente o ponto físico. Cada ponto aquisitado da UTR e distribuído para o NÍVEL 3 possuirá uma ordem diferente. É importantíssimo, pois essa ORDEM está associada aos índices de programação da UTR que está se comunicando com o SAGE, para os pontos que estão sendo aquisitados da UTR. Para o os pontos de distribuição, geralmente é utilizada a mesma ordem de aquisição da UTR, não sendo um regra.

PNT= BNB:04M3:21:PPPA Nesse atributo é colocado o ID do ponto PDS ou PDD associado à ligação física.

TPPNT= PDS Esse atributo define se a ligação física é do PDD (SAGE-NÍVEL 2 para o NÍVEL 3) ou do PDS (UTR para o SAGE-NÍVEL 2).

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32

3.4.2 PDD

O PDD (Pontos Digitais de Distribuição) representa todos os pontos que serão

distribuídos para o nível de supervisão superior, neste caso representado pelo

NÍVEL 3, de acordo com o modelo de supervisão e controle apresentado

anteriormente. Assim sendo, todos os pontos do SAGE (PDS) que serão distribuídos

para o NÍVEL 3 deverão ter um registro nesta entidade (PDD). Na tabela 3.2 serão

apresentados seus atributos com suas funcionalidades, mostrando-se um exemplo

prático.

Tabela 3.2 - Atributos da entidade PDD.

PDD

ATRIBUTO REGISTRO OBSERVAÇÕES

ID= BNB:04M3:21:PPPA_COR

Esse atributo identifica o ponto digital de distribuição no SAGE. Percebe-se que sua formação é praticamente a soma das informações do atributo PDS com o atributo TDD.

PDS= BNB:04M3:21:PPPA

Esse atributo define o ponto digital (PDS) que está sendo distribuído para o nível superior de supervisão e controle. É utilizado o ID característico desse ponto na entidade PDS.

TDD= COR_TDD

Esse atributo indica o terminal de distribuição que será utilizado pelo ponto digital. Os terminais de distribuição, assim como os de aquisição, são definidos em outras entidades, que não serão mostradas neste documento, tendo em vista o grande volume de informações.

3.4.3 PDS

Como já descrito, a entidade PDS (Pontos Digitais Lógicos) representa os

pontos digitais de supervisão e controle do sistema elétrico no SAGE. Todos os

pontos que são aquisitados da UTR geram um ponto na entidade PDS. Quando os

dois estados de um mesmo ponto digital são supervisionados (muito usado no caso

de disjuntores e seccionadoras), é gerado apenas um ponto digital (PDS), mesmo

que existam dois pontos físicos (PDF) associados a este ponto. Para ser possível

transformar dois pontos físicos em um ponto digital é necessário a utilização de

filtros, configurados em outras entidades, que não fazem parte do foco deste

documento. Assim, na tabela 3.3 são apresentados os atributos da entidade PDS e

suas funcionalidades de forma resumida, visando o exemplo prático que será

mostrado no capítulo seguinte.

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33

Tabela 3.3 - Atributos da entidade PDS.

PDS

ATRIBUTO REGISTRO OBSERVAÇÕES

ID= BNB:04M3:21:PPPA

Esse atributo é responsável em identificar o ponto digital no sistema SAGE. Cada ponto digital de aquisição possui um ID diferente, e é utilizado para os relacionamentos entre as entidades. Geralmente esses IDs são padronizados para facilitar a operação do sistema.

ALRIN= SIM

Esse atributo permite inibir o sinal de alarme do ponto de supervisão no visor de alarmes, em caso de troca de estado. (ALRIN= SIM - inibido; ALRIN= NÃO - não inibido).

CDINIC= NORMAL

Esse atributo indica se o ponto vai ser de varredura ou manual. Geralmente a função manual não é utilizada, se preenchendo o atributo com NORMAL na maioria dos casos.

OCR= OCR_NOR_LOG01

Esse atributo define todas as ocorrências (alarmes e mensagens) que serão acionadas com a atuação desse ponto de aquisição, seja para uma mudança de estado, inconsistência, etc. A OCR definida nesse atributo do PDS é apenas a primeira ocorrência de um grupo de seis, na qual são configuradas na própria entidade OCR. O preenchimento dependerá dos padrões estabelecidos para cada ponto.

STINI= A Esse atributo define o estado normal de funcionamento do ponto. (STINI= A - aberto, zero lógico; STINI= F - fechado, um lógico).

STNOR= A

Esse atributo define as cores das indicações desse ponto nos visores de SAGE. (STNOR= A - assume a cor verde quando o ponto estiver no estado aberto ou zero, e vermelho no estado fechado ou um; STNOR= F - assume a cor verde quando o ponto estiver no estado fechado ou um, e vermelho no estado aberto ou zero).

TPFIL= NLFL

Esse atributo indica o tipo de filtro utilizado. Um filtro é utilizado quando se supervisiona os dois estados do ponto digital, então é necessário um filtro para esses dois pontos físicos se tornarem um único ponto digital no SAGE. Na ausência de filtro, preenche-se essa entidade com (TPFIL= NLFL).

TAC= BNB

Esse atributo indica o terminal de aquisição e controle que está sendo utilizado. Existem três tipos de terminais, um para os pontos de aquisição e controle, um para os pontos que sofrem algum tipo de cálculo e outro para os pontos que possuem algum filtro. O preenchimento dependerá dos padrões utilizados para a identificação de cada terminal de aquisição e controle existente.

TIPO= PTNI

Essa atributo indica o tipo de ponto digital, podendo ser um ponto de disjuntor (TIPO= DISJ), uma chave seccionadora (TIPO= CHAVE), uma proteção impeditiva (TIPO= PTIP), uma proteção não impeditiva (TIPO= PTNI), etc.

TCL= NLCL Esse atributo indica o tipo de cálculo utilizado, seguindo o mesmo raciocínio da entidade TPFIL. Na ausência de cálculo, utiliza-se (TCL= NLCL).

NOME= PP-Partida Fase A Esse atributo mostra a descrição do ponto digital. Geralmente é padronizada para cada ponto digital, visando facilitar a operação do SAGE.

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34

4. PROJETO DE ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS DO SAGE

4.1 ONDE SE APLICA

Esse tipo de projeto tem se tornado muito comum desde que os relés digitais

entraram no mercado, trazendo suas inúmeras vantagens já comentadas neste

documento. Isso acontece porque ocorrem mudanças nos pontos de supervisão dos

bays com a implementação dos relés digitais, tanto para atender às exigências

estabelecidas pelos Procedimento de Rede e o ONS, quanto para atender à

mudança de tecnologia, que demanda novos pontos de supervisão e deixa alguns

pontos existentes sem utilidade.

Com relação à CHESF, muitos bays de suas subestações tiveram que passar

por processo de RETROFIT de proteção, tendo que ser substituída toda a proteção

eletromecânica pelos modernos relés digitais. Como esses projetos alteram o pontos

de supervisão e controle, com certeza a base de dados do SAGE das subestações

tiveram que sofrer alterações, visando incluir os novos pontos de supervisão e

eliminar os desnecessários.

Sendo assim, o projeto que será mostrado neste capítulo se aplica a qualquer

projeto que vise a adição, edição ou eliminação de pontos de supervisão do sistema

SAGE, lembrando que cada projeto tem a sua especificidade e pode contemplar

menos ou mais entidades operacionais. No entanto, com o projeto que será

demonstrado, será possível obter um base geral para configuração de pontos

digitais no SAGE.

Portanto, será utilizado como exemplo o RETROFIT das proteções de uma

linha de transmissão de 230 kV, sendo mostrados os pontos de supervisão que o

projeto contempla, os pontos supervisionados antes do RETROFIT, as entidades

que sofrem alterações e algumas sugestões para alteração da base de dados.

4.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO

Por se tratar da atualização da base de dados do sistema de controle

supervisório de uma subestação, em um projeto de RETROFIT das proteções de um

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35

bay de uma subestação, para incluir ou retirar pontos de supervisão e controle desse

vão em questão, apenas algumas entidades do SAGE precisam ser alteradas,

chegando ao máximo a alteração de 10 entidades de um total de mais de 100.

Assim, as únicas entidades que sofrerão alterações nesse projeto são

aquelas que se relacionam com os pontos de supervisão e controle, no qual incluem

pontos de proteção, estados de chaves e de disjuntos, etc. As entidades mais

comuns que podem sofrer alterações em projetos com esse caráter são: PDS, PDF,

PDD, PAS, PAF, PDF, CGF, CGS, OCR, etc.

As informações das entidades do SAGE estão dispostas em arquivos de texto

de extensão .dat. A alteração desses arquivos pode ser feita de várias maneiras,

inclusive existem softwares específicos para esse procedimento, mas o método

menos suscetível a erros é a manipulação do próprio arquivo de texto, que será o

método utilizado neste documento. Apesar de existirem várias alternativas para

alteração de uma base de dados do SAGE em um projeto de RETROFIT, o objetivo

e o resultado são sempre os mesmos, que se resumem em:

Eliminar os pontos que não serão mais supervisionados;

Adicionar os novos pontos incluídos no projeto de RETROFIT;

Atualizar os pontos já existentes para padronizações mais recentes.

Dessa forma, este documento focará apenas na alteração de três entidades

básicas relacionadas aos pontos digitais (PDS, PDF e PDD), que seria a demanda

de um projeto simples, como foi no exemplo que será utilizado neste capítulo. Essas

entidades foram detalhadas no capítulo anterior.

Assim, como já informado, será utilizado como exemplo o projeto de

RETROFIT das proteções da linha de transmissão 04M3 de 230 kV da CHESF, que

interliga as subestações de Banabuiú e Milagres, integrantes do Sistema Interligado

Nacional (SIN), no qual foi executado no segundo semestre do ano de 2013.

Tratando-se de uma linha de transmissão, o projeto se divide em duas partes,

um referente à SE-BANABUIÚ e o outro referente à SE-MILAGRES, não garantindo

que os extremos da linha compartilhem os mesmos pontos de supervisão, tanto já

existentes quanto do projeto de RETROFIT. Este documento irá tratar apenas do

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36

RETROFIT dessa linha de transmissão referente ao lado da subestação Banabuiú

(BNB – 04M3), representado na figura 4.1, o que poderia ser também aplicado para

o lado da subestação de Milagres (MLG - 04M3), respeitando as devidas

particularidades. Esse projeto foi dividido em três passos (etapas), que serão

explicados nos próximos tópicos.

Figura 4.1 - Bay da linha de transmissão BNB - 04M3.

4.3 PASSO 1: COMPARAR A LISTA DE PONTOS DO PROJETO DE RETROFIT

COM OS PONTOS JÁ SUPERVISIONADOS DO BAY

Para essa etapa, necessitamos da lista de pontos do projeto de RETROFIT,

ou seja, todos os pontos que serão supervisionados pelo sistema de controle

supervisório da subestação (SAGE). Além disso, precisamos da base de dados do

SAGE da subestação de Banabuiú, para sabermos os pontos deste vão que estão

sendo supervisionados. De posse dessas duas informações, é possível fazer uma

comparação e saber os pontos de supervisão e controle que precisarão ser

acrescentados, assim como os que serão removidos ou até substituídos. A lista de

pontos desse projeto de RETROFIT é mostrada na tabela 4.1 abaixo.

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Tabela 4.1 - Lista de pontos do projeto de RETROFIT da LT BNB-04M3.

LINHA DE TRANSMISSÃO DISJUNTOR

UP1 - PARTIDA 21 FASE A ALARME DE MUDANÇA DE POSIÇÃO: ABERTO

UP1 - PARTIDA 21 FASE B DISCORCÂNCIA DE POLOS

UP1 - PARTIDA 21 FASE C BAIXA PRESSÃO DE SF6 1º GRAU

UP1 - TRIP GERAL BAIXA PRESSÃO DE SF6 2º GRAU

UP1 - TRIP 21 FASE BAIXA PRESSÃO SIST. ACIONAMENTO A ÓLEO 2º GRAU

UP1 - EM TESTE BLOQUEIO DE ABERTURA

UP1 - DEFEITO INTERNO BLOQUEIO DE FECHAMENTO

UP1 - PROTEÇÃO DUTT/DTT SINALIZAÇÃO DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO

UP2 - PARTIDA 21 FASE A SINALIZAÇÃO DE DEFEITO NA MOTOBOMBA

UP2 - PARTIDA 21 FASE B FALHA DISJUNTOR 14M3

UP2 - PARTIDA 21 FASE C

UP2 - TRIP GERAL REATOR

UP2 - TRIP 21 FASE RELÉ DE ÓLEO 1º GRAU

UP2 - EM TESTE RELÉ DE ÓLEO 2º GRAU

UP2 - DEFEITO INTERNO TEMPERATURA DO ENROLAMENTO 1º GRAU

UP2 - PROTEÇÃO DUTT/DTT TEMPERATURA DO ENROLAMENTO 2º GRAU

ORDEM DE RELIGAMENTO DISPARO DA PROTEÇÃO INTRÍNSECA

RELIGAMENTO BLOQUEADO PROTEÇÃO DE TEMPERATURA DESATIVADA

RELIGAMENTO DESATIVADO RELÉ DE GÁS 1º GRAU

DISPARO POR SOBRETENSÃO RELÉ DE GÁS 2º GRAU

TRANSMISSÃO PERMISSIVO TRANSMISSÃO TRANSFERTRIP ESTADO DAS CHAVES E DISJUNTOR

RECEPÇÃO PERMISSIVO 34M3-4 ABERTA

RECEPÇÃO TRANSFERTRIP 34M3-5 ABERTA

TRIP - ZONA 1 34M3-6 ABERTA

TRIP - ZONA 2 34M3-7 ABERTA

TRIP - ZONA 3 34M3-8 ABERTA

TRIP - ZONA 4 14M3 ABERTO

DISPARO 67N 34M3-4 FECHADA

FECHAMENTO SOB FALTA 34M3-5 FECHADA

CARRIER - EM TESTE 34M3-6 FECHADA

CARRIER - FALHA RX/TX 34M3-7 FECHADA

CARRIER - FALHA 34M3-8 FECHADA

RDP - FALHA GERAL 14M3 FECHADO

RDP - PARTIDA FALHA TP/TC CHAVE CLT LOCAL

DISJUNTOR DCP ABERTO

FALTA CC - PAINÉIS 8F/8R

DISPARO RELÉ DE BLOQUEIO

ESTADO DO RELIGAMENTO AUT.

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38

Como se observa na lista de pontos, temos apenas pontos digitais no projeto

de RETROFIT, o que se subentende, a princípio, que em caso de alteração na base

de dados, apenas as entidades do SAGE, PDS (Pontos Digitais Lógicos), PDD

(Pontos Digitais de Distribuição) e PDF (Pontos Digitais Físicos), serão alteradas.

Para sabermos os pontos que efetivamente estão sendo supervisionados do

bay em questão, precisamos da base de dados do SAGE da subestação de

Banabuiú, o que é alcançado através do comando criasagecnf “nome da base”, no

console do próprio servidor da subestação. Só que essa base vem com os dados de

todos os bays da subestação, o que demanda certo trabalho para localizar os dados

relacionados apenas ao bay de projeto.

Então, tendo em vista que o RETROFIT trata-se apenas de pontos digitais,

pegamos o arquivo de extensão .dat referente ao PDS (Pontos Digitais Lógicos), e

vemos todos os pontos que estão sendo supervisionados do bay de projeto. Esses

pontos são descritos abaixo na tabela 4.2.

Tabela 4.2 - Pontos digitais supervisionados do bay da LT BNB-04M3 antes do RETROFIT, extraídos da base de dados da SE.

LINHA DE TRANSMISSÃO DISJUNTOR

Partida Fase A Bloqueio de Função

Partida Fase B Trip Discordância de Polos

Partida Fase C Fechamento Bloqueado

Trip Geral Relé Abertura Bloqueada

Trip Proteção Distância Baixa Pressão Sist. Extinção SF6 1/2.Grau

Chave CLT Baixa Pressão Sist. Acion. Ar Comp. 2.Grau

Trip SobreCorrente Dir Neutro Disjuntor não Apto para Religamento

Atuação Relé de Bloqueio Falta Alimentação Circuito Fech e Abert

Ordem de Religamento Automático

Recepção Transfer Trip REATOR

Atuação Tempo Zona 1 Trip Relé de Gás Reator 2.Grau

Transmissão Transfer Trip Temp Enrol 2.Grau

Atuação Tempo Zona 2 Chave Trip Sobretemperatura (43I)

Atuação Tempo Zona 3 Temp Óleo 2.Grau

Estado do Religamento automático

Recepção Desbloqueio ESTADO DAS CHAVES E DISJUNTOR

Bloqueio por Oscilação de Potência Seccionadora 34M3-4

Trip de Neutro Seccionadora 34M3-5

Falta Alimentação Circuito Fech e Abert Seccionadora 34M3-6

Seccionadora 34M3-7

Seccionadora 34E3-8

Disjuntor 14M3

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39

Essas descrições dos pontos foram retiradas da própria base de dados

(PDS), sendo essas que aparecem no computador do operador da subestação.

Essas descrições são padronizadas pela CHESF, de forma que todo ponto de

supervisão tem um nome característico, que na maioria das vezes são auto-

descritivos, de forma a facilitar o trabalho dos operadores do sistema de controle

supervisório. Essa padronização e outras estão disponíveis em um documento

chamado de "Planilha de Supervisão" (ver Anexo A), na qual possui informações

importantes para a configuração da base de dados.

Como se observa, os pontos desta última tabela estão divididos em três

cores, na qual indicam:

PRETO Pontos que também estão na lista de pontos do RETROFIT.

VERMELHO Pontos que não estão na lista de pontos do RETROFIT.

AZUL Pontos que estão na lista de pontos do RETROFIT, mas estão divididos em duas unidades de proteção (UP1 e UP2).

Fazendo a comparação entre a tabela 4.1 e a tabela 4.2, podemos retirar os

novos pontos de supervisão que serão acrescentados à base de dados, assim como

os que podem ser removidos.

Contudo, alguns pontos da lista do RETROFIT são, de certa forma,

semelhantes aos pontos já existentes, o que seria mais coerente falar em

"substituição" de um ponto do que considerarmos pontos novos e pontos que serão

removidos. Para o melhor entendimento, temos o exemplo do ponto “Baixa Pressão

Sist. Acion. Ar Comp. 2.Grau” na tabela 4.2 (pontos existentes), só que na tabela 4.1

(do RETROFIT) temos esse mesmo ponto com o sistema de acionamento através

de óleo “BAIXA PRESSÃO SIST. ACIONAMENTO A ÓLEO 2º GRAU”, o que não se

caracterizaria um ponto novo no SAGE, mas apenas uma substituição no sistema de

acionamento do disjuntor do bay, que no caso acarretaria apenas em “mudança de

nomes” na base de dados do SAGE, podendo ser aproveitado o borne e a

identificação de comunicação deste ponto na UTR (atributo ORDEM do PDF).

Esse projeto de RETROFIT comporta duas unidades de proteção (UP1 e

UP2), e os pontos já existentes na base de dados, referentes à unidade de proteção,

são gerais. Para esse problema tem-se dois tipos de soluções. A primeira seria

considerar os pontos do RETROFIT novos, e os existentes seriam eliminados. A

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40

segunda solução seria aproveitar os pontos existentes para uma das unidades de

proteção do projeto de RETROFIT, aproveitando-se o borne da UTR e a

identificação desse ponto no SAGE (atributo ORDEM do PDF). A segunda opção

pode ser mais conveniente, pois um ponto ligado a certo borne da UTR pode ser

substituído por outro, de função parecida, alterando-se apenas algumas descrições

na base de dados. Essa substituição pouparia certo trabalho na alteração da base

dados do SAGE, além de evitar o trabalho da redefinição dos bornes da UTR, sendo

viável em muitos casos.

Com relação aos pontos das chaves seccionadoras e do disjuntor, percebe-se

que no projeto existente, há apenas um ponto para as chaves e o disjuntor, isso

acontece porque esses pontos de controle são unificados dentro do SAGE através

de filtros, como já explicado anteriormente, havendo apenas um PDS

correspondente para cada chave e disjuntor, mas na aquisição da UTR os dois

estados das chaves e do disjuntor estão sendo supervisionados, o que significa dois

pontos na entidade PDF (Pontos Físicos). Em algumas filosofias de proteção,

apenas um estado desses pontos de controle são supervisionados, geralmente o

correspondente ao estado anormal de funcionamento da chave ou do disjuntor.

Normalmente, os pontos de controle (chaves seccionadoras e disjuntores)

não são alterados nesses projetos de RETROFIT, tendo em vista que são mantidos

os bornes da UTR do projeto existente. Quando deseja-se acrescentar o estado do

ponto de controle que não se está sendo supervisionado, ou quando o vão da

subestação não está atualizado com as padronizações mais recentes pré-

estabelecidas, esses pontos têm que sofrer alterações, inclusive as entidades CGS

e CGF, que tratam dos pontos de controle, também são alteradas para atualização

da padronização do disjuntor.

Mas, observou-se que para o projeto desta linha, os pontos de controle não

precisarão sofrer alterações, tendo em vista que eles já obedecem às últimas

padronizações estabelecidas pela planilha de supervisão da CHESF.

Dessa forma, os pontos existentes (tabela 4.2) que não fazem parte do

projeto de RETROFIT (tabela 4.1) e que não serão "substituídos" por pontos

semelhantes, serão eliminados da base de dados, podendo aproveitar-se o borne

livre da UTR que esse ponto eliminado deixará para qualquer outro ponto que será

Page 41: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

41

adicionado. Depois dessas análises, conclui-se que os pontos de supervisão que

deverão ser adicionados à base de dados são os da tabela 4.3.

Tabela 4.3 - Pontos que serão adicionados à base de dados da SE-Banabuiú.

LINHA DE TRANSMISSÃO RECEPÇÃO PERMISSIVO

UP1 - PARTIDA 21 FASE A TRIP - ZONA 4

UP1 - PARTIDA 21 FASE B FECHAMENTO SOB FALTA

UP1 - PARTIDA 21 FASE C CARRIER - EM TESTE

UP1 - TRIP GERAL CARRIER - FALHA RX/TX

UP1 - TRIP 21 FASE CARRIER - FALHA

UP1 - EM TESTE RDP - FALHA GERAL

UP1 - DEFEITO INTERNO RDP - PARTIDA

UP1 - PROTEÇÃO DUTT/DTT FALHA TP/TC

UP2 - PARTIDA 21 FASE A DISJUNTOR DCP ABERTO

UP2 - PARTIDA 21 FASE B FALTA CC - PAINÉIS 8F /8R

UP2 - PARTIDA 21 FASE C DISJUNTOR

UP2 - TRIP GERAL BAIXA PRESSÃO DE SF6 1º GRAU

UP2 - TRIP 21 FASE BAIXA PRESSÃO DE SF6 2º GRAU

UP2 - EM TESTE BAIXA PRESSÃO SIST. ACIONAMENTO A ÓLEO 2º GRAU

UP2 - DEFEITO INTERNO SINALIZAÇÃO DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO

UP2 - PROTEÇÃO DUTT/DTT SINALIZAÇÃO DE DEFEITO NA MOTOBOMBA

RELIGAMENTO DESATIVADO REATOR

RELIGAMENTO BLOQUEADO RELÉ DE ÓLEO 1º GRAU

FALHA DISJUNTOR 14M3 TEMPERATURA DO ENROLAMENTO 1º GRAU

DISPARO POR SOBRETENSÃO RELÉ DE GÁS 1º GRAU

TRANSMISSÃO PERMISSIVO DISPARO DA PROTEÇÃO INTRÍNSECA

Como dito anteriormente, alguns pontos da base dados antiga podem ser

aproveitados, principalmente por pontos considerados “semelhantes”. Portanto, a

tabela 4.4 mostra os pontos presentes na base dados que foram substituídos por

novos pontos.

Tabela 4.4 - Substituição dos pontos semelhantes na base dados do SAGE.

PONTOS ANTIGOS PONTOS NOVOS

Trip Geral Relé UP1 - TRIP GERAL

Trip Proteção Distância UP1 - TRIP 21 FASE

Partida Fase A UP1 - PARTIDA 21 FASE A

Partida Fase B UP1 - PARTIDA 21 FASE B

Partida Fase C UP1 - PARTIDA 21 FASE C

Recepção Desbloqueio RECEPÇÃO PERMISSIVO

Baixa Pressão Sist. Extinção SF6 1/2.Grau BAIXA PRESSÃO DE SF6 1º GRAU

Baixa Pressão Sist. Acion. Ar Comp. 2.Grau BAIXA PRESSÃO ÓLEO 2º GRAU

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42

Como pode ser visto, os pontos antigos referentes à Unidade de Proteção

Geral foram substituídos pelos pontos da primeira Unidade de Proteção (UP1) do

projeto de RETROFIT, ocasionando apenas algumas mudanças na base de dados

do SAGE, na qual vai ser explicado posteriormente. Logo, os pontos da tabela 4.3

que não estiverem na tabela 4.4, terão que ser adicionados à base de dados.

A partir de agora, classificaremos os pontos de supervisão do projeto de

RETROFIT em três tipos, de forma a organizar o estudo da alteração da base de

dados, separados dessa forma:

a) Pontos que já estavam sendo supervisionados pelo SAGE e serão

mantidos na base de dados;

b) Pontos novos que serão adicionados à base de dados;

c) Pontos novos que substituirão pontos antigos da base de dados.

4.4 PASSO 2: ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS

Concluindo a primeira fase do projeto, que pode ser considerada uma das

mais trabalhosas, partimos para alteração da base dados existente, de forma a

acrescentar os pontos novos, alterar aqueles que serão substituídos e eliminar os

que não serão mais utilizados. Essas alterações na base de dados podem ser feitas

tanto no ambiente do SAGE quanto em outro ambiente, basta a utilização de um

software que tenha a capacidade de manipular arquivos de extensão .dat.

Para ficar bem claro, a base de dados do SAGE é extraída a partir de um

arquivo chamado “CNF”, na qual é composto de toda base de dados da subestação,

incluindo as suas entidades operacionais, as telas de operação do SAGE, os

arquivos de atualização, arquivos de simulação, entre vários outros.

Para esse projeto, constatou-se que os pontos que estão sendo

acrescentados não ocasionam alteração significativa nas telas do SAGE, pois trata-

se de um projeto simples de RETROFIT. Caso fosse um projeto para adicionar

algum equipamento na subestação, com certeza as telas do SAGE teriam que sofrer

alterações. Portanto, a alteração da base de dados do SAGE, para este projeto,

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43

consistiu apenas na alteração dos arquivos .dat das entidades PDS, PDF e PDD.

Logo, todo o projeto é baseado na alteração desses 03 arquivos .dat.

Dessa forma, lembra-se que a alteração da base de dados do SAGE tem que

ser feita sempre tomando muito cuidado, pois pequenos erros irão ocasionar

problemas no passo seguinte, que trata-se da atualização (teste) da base de dados

no próprio sistema SAGE.

4.4.1 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDF

Todos os atributos da entidade PDF (Pontos Digitais Físicos), assim como

das demais entidades que sofrerão alterações nesse projeto, foram explicados no

capítulo anterior. Neste momento, a abordagem será inteiramente prática, visando a

alteração da base no projeto. Dessa forma, na tabela 4.5 é mostrado mais um

exemplo da entidade PDF, agora destacando os dois registros de um ponto de

supervisão que é aquisitado da UTR e distribuído para o NÍVEL 3, mostrando-se

como é configurado o caminho físico de aquisição e distribuição dos pontos digitais.

Tabela 4.5 - Exemplos de registros na entidade PDF.

PDF

PDF

ID= BNB_ADNP_1_ASIM_295

ID= COR_DDNP_1_ASIM_295

KCONV= SQN

KCONV= SQN

NV2= BNB_ADNP_1_ASIM

NV2= COR_DDNP_1_ASIM

ORDEM= 295

ORDEM= 295

PNT= BNB:04M3:86:ATRB

PNT= BNB:04M3:86:ATRB_COR

TPPNT= PDS

TPPNT= PDD

Apesar de possuir poucos atributos, talvez a entidade PDF seja a que mais

demande atenção na alteração da base de dados, pois ela pode se interligar tanto

com o PDS, se a ligação física for de aquisição, como também pode se interligar

com o PDD, se a ligação física for de distribuição.

Dessa forma, percebe-se de logo que o PDF terá duas configurações (dois

registros) para um mesmo ponto digital de supervisão, uma para o ponto de

aquisição (PDS) e outra para o ponto de distribuição (PDD), caso o ponto seja

distribuído para o nível superior de supervisão, o que será considerado neste

projeto.

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44

Assim, os atributos PNT e TPPNT são preenchidos como mostrado acima,

indicando se o ponto é de aquisição (PDS) ou distribuição (PDD) com o atributo

TPPNT, e o ID desse ponto nessas entidades citadas é preenchido no atributo PNT.

O preenchimento do atributo ORDEM depende da configuração da UTR, por

isso muitas vezes esse índice é selecionado em campo, de acordo com a

disponibilidade de bornes. Sendo assim, para os pontos novos da base de dados,

arbitra-se valores para esse atributo, desde de que o índice não esteja sendo

utilizado na base de dados por outro ponto digital. Por isso é importante levantar-se

previamente um intervalo de índices do atributo ORDEM que não estão sendo

utilizados.

É importante arbitrar o índice do atributo ORDEM para os pontos novos de

supervisão para se poder testar a consistência da base de dados. Lembrando que

em campo se terá o real valor para preenchimento de acordo com a configuração da

UTR, que geralmente é realizada por um profissional especializado. E geralmente, o

índice da ORDEM do ponto de aquisição (PDS) é mesma do ponto de distribuição

(PDD).

Para o atributo NV2 será utilizado o já existente na base de dados, e que

inclusive já estava sendo utilizado pelos antigos pontos da base. Lembrando que

existe um NV2 para aquisição e outro para distribuição.

A estrutura do ID é a composição do NV2 com a ORDEM do ponto digital,

sendo de simples preenchimento.

O atributo KCONV geralmente é utilizado em campo para alterar a ordem de

atuação do ponto de supervisão em razão de alguma adaptação, pois quando

preenchido com SQI (ordem inversa de ativação), o ponto digital será ativado no

SAGE quando apresentar "zero" lógico no entrada da UTR. Quando é utilizado SQN,

significa ordem normal de ativação do ponto digital, ou seja, o ponto é ativado com

"um" lógico.

a) Pontos que já estavam sendo supervisionados pelo SAGE e serão

mantidos na base de dados:

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45

Os pontos remanescentes da base de dados irão sofrer alterações apenas se

estiverem desatualizados com relação às recentes padronizações estabelecidas

pela CHESF em sua "planilha de supervisão". Para esse projeto, esses pontos não

precisaram ser alterados, tendo em vista que esse bay estava atualizado com as

padronizações recentes.

Essas padronizações estão mais relacionadas com a entidade PDS, na qual

trata do ID do ponto digital, descrições, etc. Só que é importante notar que o PDF

está relacionado com o PDS através do ID de seus pontos. Por isso que qualquer

alteração na entidade PDS, ocasionará mudanças no PDF.

b) Pontos novos que serão adicionados à base de dados:

Para esses pontos não existe segredo, temos que adicionar todos os PDFs de

aquisição e distribuição de acordo com o exemplo mostrado. Geralmente as

entidades PDS e PDD são primeiramente editadas, para obtermos todos os IDs

necessários da entidade PDF, não sendo uma regra.

A única dúvida que pode-se gerar com relação aos pontos novos é sobre o

atributo ORDEM, na qual são arbitrados valores ainda não utilizados, como já foi

comentado anteriormente.

c) Pontos novos que substituirão pontos antigos da base de dados:

Com relação a esses pontos, todos as informações dos atributos são

aproveitadas, sendo apenas alterado o atributo PNT, que é justamente a

identificação (ID) do ponto PDS ou PDD, que será alterado porque esse ponto antigo

agora representará um novo ponto com ID diferente.

4.4.2 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDD

A alteração da entidade PDD não apresenta grandes dificuldades. Pois o

terminal de distribuição (TDD) já está definido na base de dados, sendo utilizado o

mesmo para os pontos novos.

Observa-se que a estrutura do atributo ID da entidade PDD é a soma do

atributo PDS, que nada mais é do que o ID característico do ponto digital no SAGE,

com a terminação "_COR", não trazendo grandes dificuldades para o

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46

preenchimento. Na tabela 4.6 é mostrado mais um registro para essa entidade com

uma descrição sucinta.

Tabela 4.6 - Descrição sucinta dos atributos da entidade PDD.

PDD

ID= BNB:04M3:86:ATRB_COR Identificador do ponto de distribuição.

PDS= BNB:04M3:86:ATRB Ponto digital (PDS) que será distribuído.

TDD= COR_TDD Terminal de distribuição que será utilizado.

a) Pontos que já estavam sendo supervisionados pelo SAGE e serão

mantidos na base de dados:

Esses pontos não sofrerão alterações, seguindo o mesmo raciocínio da

entidade PDF já explicada. Se os pontos de supervisão antigos estivessem

utilizando informações antigas comparando-se com as últimas atualizações da

planilha de supervisão da CHESF, esses pontos sofreriam alterações, o que não é o

caso para o projeto deste bay.

b) Pontos novos que serão adicionados à base de dados:

Para esses pontos, serão criados novos registros nesta entidade, sendo

utilizado o TDD dos pontos já existentes, que neste caso é o "COR_TDD". Os

atributos ID e PDS desta entidade são preenchidos de acordo com o ID do pontos

digital (PDS), seguindo o raciocínio já explicado acima.

c) Pontos novos que substituirão pontos antigos da base de dados:

Para pontos com essa característica, segue-se o mesmo raciocínio dos

pontos novos, só que para esses pontos aproveita-se o registro do ponto antigo que

será substituído, tomando-se sempre muito cuidado para não se misturar as

informações dos pontos antigos e dos pontos novos.

4.4.3 ALTERAÇÃO DA ENTIDADE PDS

Para a entidade PDS, grande parte das informações de configuração dos

seus atributos são padronizadas e disponibilizadas pela empresa responsável, que

neste caso é a CHESF, através da sua planilha de supervisão, e para esse projeto

foi utilizada a revisão "1L" (ver Anexo A). Assim, na tabela 4.7 é mostrado mais um

Page 47: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

47

exemplo da entidade PDS com as funcionalidades dos seus atributos de forma

sucinta, e mais a frente será explicado as principais preocupações para alteração

dessa entidade no projeto. As marcações em vermelho serão explicadas

posteriormente.

Tabela 4.7 - Descrição sucinta dos atributos da entidade PDS.

PDS

ID= BNB:04M3:86:ATRB Identificação do ponto digital.

ALRIN= NAO Inibição do alarme no visor de alarmes.

CDINIC= NORMAL Ponto em varredura e não manual.

OCR= OCR_NOR_ADV01 Ocorrência associada do ponto.

STINI= A Estado normal de funcionamento do ponto.

STNOR= A Definição de cores em cada estado do ponto.

TPFIL= NLFL Tipo de filtro utilizado.

TAC= BNB TAC operacional associada.

TIPO= PTNI Tipo de ponto.

TCL= NLCL Tipo de cálculo utilizado.

NOME= Atuação Relé de Bloqueio Descrição do ponto.

Assim, primeiramente temos que associar os pontos de supervisão que serão

adicionados com a planilha de supervisão da CHESF, que já foi comentada

anteriormente. Essa planilha trás a maioria das informações para alteração da base

de dados do SAGE. Os atributos em vermelho destacados acima são todos

preenchidos de acordo com essa planilha.

A primeira informação que essa planilha nos trás é o ID característico para

cada ponto no SAGE. A figura 4.2 explica a estrutura adotada pela CHESF para os

IDs dos pontos de supervisão.

Figura 4.2 - Padrão CHESF de ID dos pontos de supervisão do SAGE.

Outra informação importante encontrada na planilha de supervisão é se o

ponto de supervisão aparecerá no visor de alarmes em caso de atuação (atributo

Page 48: Altevir Santos Albuquerque Lins_monografia_2014.1

48

ALRIN), assim como a OCR característica de cada ponto. O tipo de ponto (atributo

TIPO) e a descrição (atributo NOME) para cada ponto no SAGE também são

encontrados nessa planilha.

Com todas as informações retiradas da planilha de supervisão, restam

apenas alguns atributos padrões, que geralmente recebem os mesmos

preenchimentos em todos os pontos de supervisão, podendo ser repetidos de

acordo com os pontos existentes da própria base de dados. Por exemplo: Os

atributos CDINIC, STINI, STNOR, TPFIL e TCL são padrões, sendo preenchidos da

mesma forma que o exemplo mostrado, exceto se houver algum tipo de filtro ou

cálculo associado ao ponto. Caso haja, os atributos TPFIL e TCL são preenchidos

com o nome do filtro ou cálculo que está sendo utilizado.

Com relação ao atributo TAC (Terminal de aquisição e controle), é utilizado o

terminal já existe para os pontos de supervisão da subestação, que geralmente são

nominados com a sigla da subestação, sendo neste caso é BNB (Banabuiú). Em

caso de dúvida, basta verificar o TAC utilizado pelos pontos já existentes, sendo

identificado no passo anterior, quando se extrai a base de dados do servidor do

SAGE.

a) Pontos que já estavam sendo supervisionados pelo SAGE e serão

mantidos na base de dados:

Segue-se o mesmo raciocínio das entidades PDF e PDD já explicadas. Como

o bay em questão estava atualizado com as mais recentes padronizações, os pontos

de supervisão antigos que se mantiveram na base de dados não sofreram

alterações.

b) Pontos novos que serão adicionados à base de dados:

Nos pontos que serão adicionados, todas as informações (preenchimento dos

atributos) terão que ser acrescentadas, aconselhando a adição desses pontos no

final do arquivo de texto .dat. Algumas dicas como esta serão comentadas a seguir,

para o melhor organização da alteração da base de dados.

c) Pontos novos que substituirão pontos antigos da base de dados:

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49

Nos pontos que estavam associados à Unidade de Proteção geral e agora

serão substituídos por pontos da primeira Unidade de Proteção (UP1), assim como

os pontos que serão "substituídos" para aproveitamento do borne da UTR (definidos

na etapa anterior), apenas serão alterados alguns atributos da entidade PDS.

Para os pontos da Unidade de Proteção, é provável que a maior parte do ID

se mantenha, mudando apenas as siglas que representam os pontos (fazem parte

do ID), assim como o tipo de ocorrência (OCR) e a descrição característica. Neste

caso, o importante é verificar as semelhanças e diferenças de configuração que os

pontos antigos e novos compartilham. Sendo assim, não haverá problema na

configuração da base de dados.

Com relação aos pontos que serão substituídos que não serão relacionados

às unidades de proteção, pode-se escolher a eliminação do ponto antigo ou o

aproveitamento do espaço na base de dados deste ponto, para apenas mudar-se a

configuração dos atributos. Esse processo de substituição de pontos para

aproveitamento de borne da UTR é melhor visto na entidade PDF (atributo ORDEM),

na qual foi demonstrado anteriormente.

Com a base de dados efetivamente alterada, podemos fazer os testes de

consistência através do próprio SAGE, que identifica a maioria dos erros cometidos

durante a alteração. Lembrando que se a base não apresentar erros nas simulações

em escritório, não garante que em campo ocorra o mesmo. A seguir são mostradas

algumas sugestões para a bem sucedida alteração da base do SAGE.

4.5 SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DA BASE DE DADOS

O primeiro passo importante é preservar um backup da base dados original

para qualquer problema que ocorra ou até mesmo para consulta. Esse backup

também servirá na implantação da base de dados na própria subestação, pois é

importante verificar se base que se desenvolveu o projeto é efetivamente a base de

dados que está rodando na subestação, tendo em vista que pode ocorrer alguma

alteração na base da subestação no período em que se desenvolve o projeto em

escritório.

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50

A experiência prática demonstrou que a melhor ordem de alteração da base

de dados é essa: PDS, PDD e PDF. Sendo aplicável a projetos como este que foi

explicado em que apenas essas entidades foram alteradas.

Para efeito didático, na explanação do projeto foram considerados "pontos de

substituição", mas o que acontece na prática é a eliminação de todos os pontos da

base que não fazem parte do projeto de RETROFIT. O aproveitamento do índice do

atributo ORDEM da entidade PDF é realmente feito, principalmente com aqueles

casos das unidades de proteção citadas no projeto.

Para efeito de identificação, é importante colocar uma descrição que

caracterize o vão dos pontos que estamos adicionando no arquivo .dat (em forma de

comentário, para que o SAGE não enxergue essa informação), isso permite a fácil

identificação em futuras correções ou até em projetos de atualização.

Recomenda-se também a reunião dos pontos antigos com os pontos novos

do projeto no final do arquivo .dat, visando deixar os pontos deste vão mais

organizados, para futuras conferências, não sendo uma exigência.

Um conselho importante a se destacar e convém realizar antes da alteração

da base de dados, é a realização do teste da base de dados disponibilizada para o

projeto, pois em muitas ocasiões observam-se problemas com compatibilidade de

versões do SAGE. Isso significa que uma base de dados que funciona em uma

versão mais antiga do SAGE, pode não funcionar em uma versão mais nova.

Esse problema é frequentemente resolvido com a retirada de algumas

informações de atualização de software da base de dados disponibilizada, na qual

podem ser identificadas pelo gerenciador de base de dados (STI), que será

apresentado posteriormente. Esse procedimento é feito apenas para poder se fazer

as alterações na base e os devidos testes, pois este problema de compatibilidade

torna impossível a realização dos testes da nova base de dados. Lembrando que na

implementação em campo não se deve esquecer de retomar as informações da

base de dados que foram retiradas para resolver ao problemas de compatibilidade

de versão.

Observa-se claramente que a manipulação de uma base de dados não é

simples, principalmente se tratando de uma base de dados tão complexa como a do

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51

SAGE, mas seguindo as recomendações apresentadas, as possibilidades de erros

diminuirão consideravelmente.

4.6 PASSO 3: TESTAR A NOVA BASE DE DADOS E CONSERTAR OS

POSSÍVEIS ERROS IDENTIFICADOS PELO SAGE

Feitas as devidas alterações na base de dados, é chegado o momento dos

testes, que é feito no próprio ambiente do SAGE em um computador comum com o

software instalado.

Em uma primeira experiência, é comum se cometer vários erros, mas o SAGE

possui um poderosa ferramenta para identificação de erros, que consegue detectar

cerca de 99% deles. Os erros que o SAGE não consegue identificar costumam ser

irrelevantes, como no caso de descrições dos pontos digitais, mas isso não

ocasionam erros nos principais objetivos.

A ferramenta utilizada para teste da consistência da base de dados é o STI

(Subsistema de Tratamento de Informação), disponível no próprio SAGE, e diversos

tipos de erros podem ser identificados. Na figura 4.3 mostra-se a interface desse

software. Quando geramos a base fria no ícone "Gerar base fria", os erros são

identificados na aba resultados.

Figura 4.3 - STI: Ferramenta do SAGE para teste da base de dados.

Com relação ao nosso projeto em específico, os erros mais comuns que

podem ser identificados são os de relacionamento, já que o modelo de base de

dados do SAGE é relacional. Isso pode acontecer por desatenção no momento da

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52

configuração do relacionamento entre as entidades PDS, PDD e PDF, de acordo

com o que já foi explicado anteriormente. Qualquer caractere diferente nos IDs que

são usados nos relacionamentos gera erros, pois o programa precisa identificar os

pontos de supervisão relacionados entre essas três entidades, e a única forma com

que eles se relacionam é a partir dos seus IDs.

Na figura 4.4 é mostrado um tipo de erro identificado pelo STI do SAGE.

Percebe-se neste erro que o SAGE não consegue identificar um relacionamento das

entidades PDD e PDF com o PDS. Isso aconteceu porque, para esse pontos de

supervisão, no ID da entidade PDS foi colocado "BNB:04M3:00:CTPS" ao invés de

"BNB:04M3:00:CTSP". Por isso que o SAGE não conseguiu localizar o

relacionamento entre as entidades dos pontos digitais.

Figura 4.4 - Identificação de erros pelo STI do SAGE.

Outros tipos de erros em projetos com esse caráter mais comuns são: Não

reconhecimento de OCR do ponto digital, índice do atributo ORDEM da entidade

PDF usado em dois pontos de supervisão, falta de informações, preenchimento de

atributos com opções fixas com qualquer outro tipo de palavra/caractere, entre

outros erros.

É importante ressaltar também que uma base desenvolvida em escritório é

puramente de teste, tendo em vista que ela sofre muitas alterações em campo, por

adaptações necessárias ao longo da execução projeto. E também foi visto que

algumas considerações para testes de consistência da base precisam ser feitas,

sendo obtidas algumas informações importantes da base apenas em campo.

Os anexos B, C, D e E mostram as configurações das entidades PDS, PDF e

PDD para 4 pontos digitais do projeto apresentado, para o melhor entendimento de

tudo o que foi explicado até o presente momento.

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53

5. IMPLEMENTAÇÃO EM CAMPO DE UMA BASE DE DADOS

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

O desenvolvimento/alteração de uma base de dados pode ser feita

completamente em um escritório, e dependendo do software de comunicação

utilizado, é possível realizar inúmeros testes para se verificar a consistência.

Entretanto, a implantação efetiva dessa base de dados, na subestação, requer

certos procedimentos de segurança, assim como testes reais. Só assim podemos

confirmar a consistência de uma base de dados. Além de que pode haver alguns

problemas de comunicação e ativação de processos que precisam ser resolvidos.

Logo, como dito anteriormente, a base de dados desenvolvida em escritório é

puramente de teste, e ela pode sofrer inúmeras alterações em campo, por

adaptações necessárias ao longo da execução projeto. Além de que o mapeamento

da UTR (bornes utilizados) e do NÍVEL 3 geralmente são disponibilizados e

identificados em campo, sendo necessário fazer algumas considerações para a

realização dos testes de consistência da base de dados em escritório.

É necessário também ter em mente que para se alterar a base de dados do

controle supervisório de uma subestação é necessário deixar o seu sistema off-line,

ou seja, desligar a supervisão por um determinado tempo, que não pode ser muito,

principalmente no caso de subestação de transmissão que faz parte do sistema

interligado. Então, procedimentos de segurança têm que ser seguidos, deixando a

supervisão o menor tempo possível off-line, o que vai ser explanado neste capítulo.

Mesmo seguindo os procedimentos de segurança, situações adversas podem

acontecer na implantação em campo de uma base de dados, desde um "simples"

problema de reconhecimento de um pen drive nos servidores do SAGE no centro de

controle da subestação, até uma indisponibilidade de bornes na UTR. Todas essas

contingências precisam ser resolvidas da melhor maneira.

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54

5.2 PROBLEMA DE INDISPONIBILIDADE DE BORNES NA UTR

Em muitos casos, no diagrama funcional do projeto de RETROFIT, que

mostra a interligação da UTR com os contatos dos pontos de supervisão, não

constam os bornes da UTR que serão conectados, considerando que eles serão

selecionados na execução do projeto. Mas, geralmente, novos pontos de supervisão

são adicionados, mesmo que alguns pontos que perdem a utilidade sejam

substituídos, o que pode resultar em falta de bornes disponíveis na UTR no

momento da implantação em campo.

Acontecendo isso, não se tem muitas alternativas. A solução é reduzir a

quantidade de pontos supervisionados no SAGE e no NÍVEL 3, o que é possível

realizar com algumas limitações. A primeira solução, e a menos viável, é a redução

efetiva dos pontos de supervisão de acordo com o nível de importância, o que pode

ir de encontro com as exigências do ONS. Outra alternativa muito utilizada é o

agrupamento de pontos que compartilham funções semelhantes. Na tabela 5.1 são

mostrados alguns pontos que podem ser agrupados, e inclusive fazem parte do

projeto analisado no capítulo anterior, para o vão de linha de transmissão 04M3 da

subestação de Banabuiú.

Tabela 5.1 - Agrupamento de pontos na UTR.

UP1 - PROTEÇÃO DUTT/DTT PROTEÇÃO DUTT/DTT

UP2 - PROTEÇÃO DUTT/DTT

UP1 - PARTIDA 21 FASE A

UP1 - PARTIDA FASES UP1 - PARTIDA 21 FASE B

UP1 - PARTIDA 21 FASE C

UP2 - PARTIDA 21 FASE A

UP2 - PARTIDA FASES UP2 - PARTIDA 21 FASE B

UP2 - PARTIDA 21 FASE C

UP1 - TRIP 21 FASE TRIP 21 FASE

UP2 - TRIP 21 FASE

Essa solução implica na alteração na base dados desenvolvida em escritório,

que se resume na retirada dos pontos que foram agrupados, e adicionar um único

ponto que representará o agrupamento de alguns pontos, alterando as entidades já

vistas (PDS, PDD e PDF), utilizando o mesmo procedimento descrito no capítulo

anterior. No caso da CHESF, na sua planilha de supervisão, que descreve como os

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55

pontos devem ser adicionados ao SAGE, existe as duas opções, considerando com

ou sem agrupamento.

5.3 IMPLANTAÇÃO DA BASE NOS SERVIDORES

Nos projetos de RETROFIT que possuem esse caráter, de substituição da

tecnologia de proteção (relés eletromecânicos por relés digitais), a atualização da

base de dados da subestação geralmente é feita concomitantemente com a

instalação dos relés, painéis, fiações, cabeamentos, etc. Mas, diferente das

atividades referentes aos NÍVEIS 0 e 1, a atualização da base de dados interfere na

supervisão de todos os vãos da subestação, tendo em vista que o sistema de

controle supervisório precisa ser desativado para se implantar uma nova base,

mesmo que as alterações sejam apenas referentes ao vão de projeto. Por isso,

alguns procedimentos de segurança têm que ser considerados.

O primeiro procedimento feito na subestação em uma implantação da base de

dados do SAGE é a conferência da base que se esteve trabalhando ao longo do

projeto, ou seja, conferir se a base utilizada no projeto é realmente a que está

"rodando" na subestação. Para isso, pede-se autorização aos operadores para obter

acesso aos computadores do SAGE, e assim extrair a base de dados da

subestação. Comprovando que a base de dados utilizada no projeto é a base da

subestação, devemos obter o mapeamento da UTR e do nível 3. No caso da

CHESF, um funcionário responsável disponibiliza essa configuração. Daí se faz a

"complementação" da base como foi explicado no capítulo anterior, repetindo-se os

testes, para então a base ficar pronta para ser implantada.

Com a base de dados efetivamente pronta, basta carregar nos servidores e

IHMs da subestação, lembrando que a subestação não pode ficar off-line por muito

tempo, por isso alguns procedimentos de segurança têm que ser seguidos. Por

causa do pouco tempo para implantação da base de dados, não se admite grandes

erros.

O layout de operação do SAGE, padronizado pela CHESF, geralmente são

dois servidores rodando os principais processos da subestação e uma IHM com

alguns processos. Levando em conta esse modelo, o procedimento mais coerente

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56

para atualização da base de dados de uma subestação, que garante que o sistema

não fique off-line por muito tempo em caso de erros, é o seguinte:

1. Fazer um backup da base que está em operação (dos 03 computadores);

2. Desativar (deixar off-line) um dos servidores;

3. Fazer um último teste de consistência da base de dados no próprio

servidor que foi desativado. Em caso de erros, a base tem que ser revista,

e é conveniente que o servidor desativado volte a operar com a base

antiga.

4. Não encontrando erros no item 3, desativa-se (deixar off-line) os outros

dois computadores. Esse momento é o mais crítico, pois a supervisão da

subestação é desativada completamente.

5. Ativar (deixar on-line) a base de dados do projeto nos três computadores.

6. Verificar se todos os processos do SAGE estão sendo executados por

pelo menos 15 minutos, para garantir que nenhum processo foi perdido.

Também é verificado se está havendo comunicação com a UTR

É importante ressaltar que se tratando do sistema de transmissão da CHESF,

qualquer intervenção no sistema de controle supervisório tem que ser autorizada,

inclusive pelo NÍVEL 3. A figura 5.1 representa a tela de processos do SAGE.

Figura 5.1 - Visor de processos de SAGE.

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57

5.4 REALIZAÇÃO DOS TESTES EM CAMPO

Logo após a implantação da base, como dito anteriormente, os primeiros

testes a serem feitos são: A verificação se todos os processos do SAGE estão

rodando, se há comunicação com a UTR, se as telas estão reconhecendo os

equipamentos na base de dados .

Com todos os processos do SAGE rodando, podem-se iniciar os testes “ponto

a ponto”, para se verificar a atuação dos pontos de supervisão no sistema de

controle supervisório, e podem ser feito de duas maneiras: Direto da UTR, ou da

entrada do relé digital. O teste da entrada do relé acaba testando também toda a

fiação do projeto de proteção, sendo mais consistente, mas para verificar a

consistência do SAGE, basta testar a partir dos bornes da UTR, aplicando-se

tensões, simulando a atuação de um ponto de supervisão (envio de sinal do relé

digital ou outros equipamentos).

Em termos da transmissora CHESF, duas telas são utilizadas para

visualização da atuação dos pontos de supervisão, o "visor de logs" (geralmente

mostra todos os eventos) e o visor de alarmes (pontos pré-estabelecidos são

selecionados para serem mostrados de acordo com o nível de importância). A

atuação desses pontos nessas duas telas é determinada na entidade PDS,

explicado no capítulo anterior. Para atuação de cada ponto no SAGE são verificados

alguns padrões estabelecidos pela CHESF, pontuados a seguir:

Tipo de alarme acionado (sonorização emitida);

Coloração da atuação dos pontos de supervisão (de acordo com o

nível de severidade de cada ponto);

Descrições (existem padronizações que devem ser seguidas para

uniformizar e facilitar o trabalho dos operadores);

Ordem de atuação (verifica-se se a ordem de atuação está correta ou

invertida, ou seja, se com a aplicação de potencial do borne da UTR, o

evento é ativado ou desativado, sendo também ajustado na entidade

PDF, visto no capítulo anterior).

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Além dos testes dos pontos de supervisão, é necessário também testar os

pontos de controle (disjuntor e chaves seccionadoras), executando os comandos de

abertura e fechamento do próprio SAGE, verificando a devida atuação dos

equipamentos na própria aquisição desses pontos e no visor de telas, tendo em vista

que esses pontos são tanto de supervisão quanto de controle. Então, um comando

de abertura do disjuntor, por exemplo, é executado no SAGE ou na própria chave do

painel de comando da subestação, assim o disjuntor é aberto, e é verificado a

mudança de posição na tela do SAGE e a ocorrência nos visores de supervisão

(alarme e log).

Um problema comum encontrado nos testes dos pontos de controle é a

inversão dos estados do pontos, ou seja, o estado do disjuntor e da chave mostrado

no sistema de controle supervisório (SAGE) não corresponde com o que realmente

está acontecendo no pátio. Esses problemas são resolvidos na entidade PDF

(atributo KCONV), no qual foi explicado no capítulo anterior.

Dessa forma, verifica-se que nesses últimos testes, após a implantação da

base na subestação, ainda são identificados problemas na base de dados, que

geralmente são resolvidos nos próprios computadores da subestação (se forem

pequenos problemas), após o teste (conferência) de todos os pontos de supervisão

e controle previstos na lista.

As figuras 5.2 e 5.3 mostram os visores (logs, alarmes) onde é verificada a

consistência dos pontos de supervisão nos testes realizados em campo. Além da

exemplificação de um visor de telas, figura 5.4, onde é verificada a consistência dos

pontos de controle (disjuntor e chaves seccionadores).

Figura 5.2 - Visor de logs do SAGE.

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59

Figura 5.3 - Visor de alarmes do SAGE.

Figura 5.4 - Visor de telas do SAGE (subestação Banabuiú da CHESF).

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60

6. CONCLUSÃO

Esse trabalho apresentou uma proposta para alteração da base de dados do

SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia), com o principal objetivo de

acrescentar e eliminar pontos digitais de supervisão, o que tem sido muito comum

atualmente com a substituição dos antigos relés eletromecânicos pelos modernos

relés digitais (IEDs) nas subestações de transmissão do Brasil.

Assim, foi exposto primeiramente como é a filosofia do modelo de supervisão

e controle do setor elétrico brasileiro, com sua divisão em níveis hierárquicos. Para

assim ser explorado o nível de supervisão das subestações (NÍVEL 2). Também foi

exposto quais os principais pontos digitais que costumam ser supervisionados,

principalmente por um bay de linha de transmissão.

A respeito do SAGE, resumidamente foi esclarecido suas principais

características e funcionalidades, mostrando todas as vantagens que esse sistema

trouxe ao setor elétrico, destacando a capacidade de integrar plataformas de

hardware e software diferentes, além da possibilidade de integração entre todos os

níveis de supervisão do setor elétrico, centralizando e unificando as informações do

SEP. Também foi detalhado as entidades dos ponto digitais de supervisão e controle

(PDS, PDF e PDD), mostrando-se as funcionalidades dos seus atributos, assim

como alternativas para configuração, baseado no protocolo de comunicação DNP

V3.0, que foi o protocolo utilizado no projeto de exemplificação, foco deste

documento.

Com as entidades dos pontos digitais bem esclarecidas, partiu-se para o foco

deste documento, que foi a alteração da base de dados do SAGE em um projeto de

RETROFIT das proteções de um bay de linha de transmissão de 230 kV da CHESF.

Então, foi mostrado como configurar as entidades dos pontos digitais, visando incluir

e retirar pontos de supervisão.

Dessa forma, a configuração da base de dados foi dividida em três etapas,

visando uma melhor organização das ações, assim como algumas sugestões de

configuração foram dadas, para se evitar erros, pois o SAGE não admite-os,

principalmente erros de relacionamento entre as entidades, na qual também foi

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61

demonstrado como o SAGE faz a apuração dessas irregularidades, através da

ferramenta "STI - Manutenção da base de dados do SAGE".

Para finalizar, foi exposto como acontece a alteração efetiva de uma base de

dados em uma subestação, mostrando-se algumas situações adversas que são

encontradas e como solucioná-las. Alguns procedimentos também foram

demonstrados, visando garantir a segurança e o menor tempo possível fora de

operação quando deseja-se atualizar a base de dados de uma subestação operando

em tempo real.

Com o exposto, pode-se concluir que o detalhamento desse projeto foi

bastante útil para o esclarecimento do que acontece com a base de dados do SAGE,

quando se deseja alterar configurações referentes aos pontos digitais (incluir, retirar

e substituir). Principalmente porque, com já explicado, esse procedimento tem se

tornado muito comum nas subestações do SEP, não havendo profissionais

capacitados suficientes para atender a essa demanda.

E como se observou, não trata-se de um projeto que exige grande

conhecimento técnico, podendo-se ser compreendido e executado com um tempo

relativamente pequeno de treinamento, sempre lembrando que a base do SAGE

comporta uma enormidade de informações, exigindo-se grande experiência com o

software para um entendimento mais profundo.

Além disso, o conhecimento apresentado também dá margem para a

realização de inúmeras alterações na base dados do SAGE, principalmente com

relação aos pontos digitais, bastando o entendimento de como os pontos físicos de

supervisão, ativados pelos relés auxiliares na entrada da UTR, se relacionam com

as entidades do SAGE, assim como o entendimento de como as entidades se

relacionam entre si.

Dessa forma, almeja-se futuramente o desenvolvimento de novas propostas

para alteração da base de dados do SAGE, contemplando-se outros protocolos de

comunicação, principalmente os mais modernos, como o IEC 61850, na qual tem

sido muito utilizado recentemente, principalmente com a implementação de relés

digitais para proteção do SEP.

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62

7. ANEXOS

7.1 ANEXO A: PLANILHA DE SUPERVISÃO DA CHESF - NÍVEL 2

(DEMONSTRATIVO)

CHESF - NÍVEL 2

ID (

SA

GE

)

OC

R (

SA

GE

)

DE

SC

RIÇ

ÃO

TIP

O

CO

MA

ND

O

ME

DIÇ

ÃO

AN

UN

CIA

DO

R

LIS

TA

AL

AR

ME

S

SO

E

os D

igit

ais

PDS

ZZZ:0XBY:[F1/F2]:PDFA OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase A

PTIP X X X

ZZZ:0XBY:87B:PDFA OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase A

PTIP X X

ZZZ:0XBY:[F1/F2]:PDFB OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase B

PTIP X X X

ZZZ:0XBY:87B:PDFB OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase B

PTIP X X

ZZZ:0XBY:[F1/F2]:PDFC OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase C

PTIP X X X

ZZZ:0XBY:87B:PDFC OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial 87 Fase C

PTIP X X

ZZZ:0XBY:[F1/F2]:PDIF OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial

PTIP X X X X

ZZZ:0XBY:87B:PDIF OCR_NOR_IPU01 Trip Relé Diferencial

PTIP X X X

ZZZ:0XBY:59:SOBT OCR_NOR_URG01 Trip SobreTensão

PTNI X X X

ZZZ:0XBY:59R:SOTR OCR_NOR_URG01 Trip SobreTensão Residual

PTNI X X X

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63

7.2 ANEXO B: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DA

LINHA DE TRANSMISSÃO: TRIP - ZONA 1

Entidade PDS (01 Registro): PDS ID= BNB:04M3:21:PDPZ ALRIN= NAO CDINIC= NORMAL OCR= OCR_NOR_URG01 STINI= A STNOR= A TPEQP= TPFIL= NLFL EQP= TAC= BNB TIPO= PTNI TCL= NLCL NOME= Atuação Tempo Zona 1 Entidade PDF (02 Registros): PDF ID= BNB_ADNP_1_ASIM_311 KCONV= SQN NV2= BNB_ADNP_1_ASIM ORDEM= 311 PNT= BNB:04M3:21:PDPZ TPPNT= PDS PDF ID= COR_DDNP_1_ASIM_311 KCONV= SQN NV2= COR_DDNP_1_ASIM ORDEM= 311 PNT= BNB:04M3:21:PDPZ_COR TPPNT= PDD Entidade PDD (01 Registro): PDD ID= BNB:04M3:21:PDPZ_COR PDS= BNB:04M3:21:PDPZ TDD= COR_TDD

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64

7.3 ANEXO C: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DO

DISJUNTOR: BAIXA PRESSÃO DE SF6 1º GRAU

Entidade PDS (01 Registro): PDS ID= BNB:14M3:00:PBSP ALRIN= NAO CDINIC= NORMAL OCR= OCR_NOR_ADV01 STINI= A STNOR= A TPEQP= TPFIL= NLFL EQP= TAC= BNB TIPO= PTNI TCL= NLCL NOME= Baixa Pressão Sist. Extinção SF6 1.Grau Entidade PDF (02 Registros): PDF ID= BNB_ADNP_1_ASIM_321 KCONV= SQN NV2= BNB_ADNP_1_ASIM ORDEM= 321 PNT= BNB:14M3:00:PBSP TPPNT= PDS PDF ID= COR_DDNP_1_ASIM_321 KCONV= SQN NV2= COR_DDNP_1_ASIM ORDEM= 321 PNT= BNB:14M3:00:PBSP_COR TPPNT= PDD Entidade PDD (01 Registro): PDD ID= BNB:14M3:00:PBSP_COR PDS= BNB:14M3:00:PBSP TDD= COR_TDD

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65

7.4 ANEXO D: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE SUPERVISÃO DO

REATOR: RELÉ DE GÁS 1º GRAU

Entidade PDS (01 Registro): PDS ID= BNB:04E3:63:ARGP ALRIN= NAO CDINIC= NORMAL OCR= OCR_NOR_ADV01 STINI= A STNOR= A TPEQP= TPFIL= NLFL EQP= TAC= BNB TIPO= PTNI TCL= NLCL NOME= Relé de Gás Reator 1.Grau Entidade PDF (02 Registros): PDF ID= BNB_ADNP_1_ASIM_306 KCONV= SQN NV2= BNB_ADNP_1_ASIM ORDEM= 306 PNT= BNB:04E3:63:ARGP TPPNT= PDS PDF ID= COR_DDNP_1_ASIM_306 KCONV= SQN NV2= COR_DDNP_1_ASIM ORDEM= 306 PNT= BNB:04E3:63:ARGP_COR TPPNT= PDD Entidade PDD (01 Registro): PDD ID= BNB:04E3:63:ARGP_COR PDS= BNB:04E3:63:ARGP TDD= COR_TDD

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66

7.5 ANEXO E: CONFIGURAÇÃO DE UM PONTO DIGITAL DE CONTROLE DO

BAY: CHAVE SECCIONADORA 34M3-4

Entidade PDS (01 Registro): PDS ID= BNB:34M3-4:89 ALRIN= NAO CDINIC= NORMAL OCR= OCR_CHA_ADV01 STINI= A STNOR= A TPEQP= TPFIL= FIL1 EQP= TAC= BNB_FIL TIPO= CHAVE TCL= NLCL NOME= Seccionadora 34M3-4 Entidade PDF (03 Registros): PDF ID= BNB_ADNP_1_ASIM_323 KCONV= SQN NV2= BNB_ADNP_1_ASIM ORDEM= 323 PNT= BNB:34M3-4:89 TPPNT= PDS PDF ID= BNB_ADNP_1_ASIM_324 KCONV= SQN NV2= BNB_ADNP_1_ASIM ORDEM= 324 PNT= BNB:34M3-4:89 TPPNT= PDS PDF ID= COR_DDNP_1_ASIM_323 KCONV= SQN NV2= COR_DDNP_1_ASIM ORDEM= 323 PNT= BNB:34M3-4:89_COR TPPNT= PDD Entidade PDD (01 Registro): PDD ID= BNB:34M3-4:89_COR PDS= BNB:34M3-4:89 TDD= COR_TDD

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7.6 ANEXO F: ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO DA SE BANABUIÚ

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] CEPEL. Manual de configuração SAGE SCADA. Rio de Janeiro, 2011. Apostila.

[2] CEPEL. Configuração para UTRs com protocolo DNP V3.0. Rio de Janeiro, 2012.

Apostila.

[3] CEPEL. Base fonte do SAGE, descrição dos campos das tabelas. Rio de Janeiro,

2011. Apostila.

[4] CEPEL. SAGE - Sistemas SCADA / EMS: Visão geral. Rio de Janeiro. Apostila.

[5] PEREIRA, R. M.; SPRITZER, I. M. P. A. Automação e digitalização em

subestações de energia elétrica: Um estudo de caso. Gestão Industrial, Rio de

Janeiro, Dezembro de 2007. Disponível em http://revistas.utfpr.edu.br/pg/index.

php/revistagi/article/download/51/48. Acesso em 15 de maio de 2014.

[6] CAMINHA, A. C. Introdução à Proteção de Sistemas Elétricos. 7. ed. São Paulo:

Editora Edgard Blucher Ltda, 1977.

[7] KINDERMANN, G. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência. 3. ed.

Florianópolis: Edição do autor, 2012.

[8] ALMEIDA, C. E. L. Sistema para gerenciamento da base de dados do SAGE. Rio

de Janeiro, 2009. Monografia (Graduação em engenharia elétrica) - Escola

politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

[9] MELLO, N. F. B. Automação digital de subestações de energia elétrica. Rio de

Janeiro, 2006. Monografia (Graduação em engenharia elétrica) - Escola politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

[10] OLIVEIRA, C. A. Desenvolvimento de um protocolo de comunicação para

automação de subestações móveis via satélite. Natal, 2005. Dissertação (Mestrado

em Engenharia Elétrica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.